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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

Danielle Cristina Souza Oliveira


Layane Regina

Fichamento:
Ensino Fundamental de nove anos. Orientações para inclusão da criança de seis
anos de idade. O brincar como um modo de ser e estar no mundo.

Maceió
2018
“A forma como organizamos o trabalho pedagógico está ligada ao sentido que
atribuímos à escola e à sua função social; [...]. Em síntese, está ligado à nossa
concepção de educação: educar para quê? Como? Liga-se em consequência à
construção de sujeitos cidadãos que cada vez mais adentram os espaços sociais,
participando e atuando no sentido da sua transformação.” (p. 86)

“Na escola e na vida, encontramos a multiplicidade de sujeitos e de modos de viver,


pensar e ser. Mas encontramos também características e marcas que nos identificam
como seres humanos, pertencentes a um período histórico, a uma região geográfica e a
tantos outros agrupamentos que se entrelaçam. E por que isso acontece? Porque somos
sujeitos culturais, não somos sujeitos errantes: criamos vínculos, sentimentos, mundos,
literatura, teorias, moda, receitas culinárias, filosofia, brincadeiras, jogos, arte, máquinas
– tudo nos enreda e nos diz que, mesmo sem caminhos traçados, como de modo geral
acontece com os animais, construímos história e histórias, cultura e culturas que nos
enraízam, nos envolvem e nos identificam.” (p.86)

“Nossa experiência na escola mostra-nos que a criança de seis anos encontra-se no


espaço de interseção da educação infantil com o ensino fundamental. Sendo assim, o
planejamento de ensino deve prever aquelas diferenças e também atividades que
alternem movimentos, tempos e espaços.” (p. 87)

“A escola potencializa, desse modo, a vivência da infância pelas crianças, etapa essa tão
importante da vida, em que se aprende tanto.” (p.87)

“O projeto políticopedagógico, como sabemos, é um instrumento que nos dá direções,


nos aponta caminhos, prevendo, de forma flexível, modos de caminhar. O projeto é um
eixo organizador da ação de todos que fazem parte da comunidade escolar. Apresenta
quem somos e nossos papéis, nossos valores e modos de pensar os processos de ensino-
aprendizagem, além do que desejamos com o trabalho pedagógico.” (p. 88)

“Os critérios de organização das crianças em classes/turmas/grupos e de arrumação das


carteiras, dos grupos e dos materiais nas salas de aula; o planejamento do tempo para
brincadeiras livres e da hora da refeição; a programação de atividades e os modos como
elas são propostas e desenvolvidas – tudo isso influencia na forma como o projeto
pedagógico se desenrola. Trabalhos coletivos constroem-se coletivamente; espaços
democráticos reorganizam-se com a participação de todos, inclusive decidindo normas,
limites, horários, distribuição de tarefas... Se as crianças participarem, desde o início
dessa organização, terão a oportunidade de desenvolver o sentimento de A organização
do trabalho pedagógico caracteriza-se como uma dimensão muito importante para o
desenvolvimento do projeto político pedagógico da escola. Ensinar aprender envolve
certa intimidade, pertencimento ao grupo e de responsabilidade pelas decisões tomadas”
(p. 89 e 90)

“A atividade discursiva permeia todas as ações humanas (Bakhtin, 1992), penetrando


nos mais ín mos espaços sociais. Assim, a linguagem tem um papel marcante na
constituição de nossas vidas. A linguagem oral em que as crianças e os adolescentes se
expressam está impregnada de marcas de seus grupos sociais de origem, valores e
conhecimentos. Logo, seus modos de falar são legítimos e fazem parte de seu repertório
cultural, de vida – são modos de ler a realidade.” (p. 90)
“A criança e o jovem recriam a linguagem verbal oral falada à sua volta como forma de
participação na sociedade. A linguagem é recriada por meio dessa mesma participação –
os outros, isto é, os seus interlocutores, têm um papel muito importante no processo da
criança e do jovem, mas quem refaz a linguagem é a criança, é o jovem. É o seu
trabalho, agindo com a linguagem e sobre a linguagem, que os torna seres falantes e
participantes no universo social.” (p. 91)

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