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2012

17/02/2013 1
Inspeção e Manutenção

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Noções de Combate a
Corrosão

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Tubulações Industriais

Corrosão

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Forma de Corrosão

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.

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Corrosão por Composto de Enxofre

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Definição de Corrosão

 É a deterioração do metal pela ação do meio externo, tentando voltar


para seu estado mais abundante na natureza;

 Hematita Fe2O3;
 Magnetita Fe3O4;
 Hidróxido de Ferro II Fe(OH)2;
 Akaganeita  - FeOOH;
 Lepdocrocita  - FeOOH;
 Goetita -FeOOH.

 Em geral metais reagindo com não metais: Oxigênio e Enxofre.

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Mecanismos da Corrosão

 Por que um material se Corrói?


 Interação: Metal x Meio x Condições Operacionais.
 O mecanismo eletroquímico:
 Em água ou soluções aquosas;
 Corrosão Atmosférica, no Solo, em Sais fundidos.

 O mecanismo químico
 Em alta temperatura, gases em ausência de umidade;
 Em solventes orgânicos isentos de água;
 Corrosão de materiais não metálicos.

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Mecanismos da Corrosão

Corrosão Química

 Campo abrangido é muito restrito


 Destaca-se em altas temperaturas.
 A cinética dos processos de oxidação se traduz em leis de
crescimento da película:
 Lei Linear: y = k.t + c;
 Lei Parabólica: y2 = K1.t + c1
 Lei Logarítmica: y = log(k2.t);

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Mecanismos da Corrosão

Corrosão Eletroquímica

 Área anódica onde passa a reação anódica;


 Área catódica onde passa a reação catódica;
 Uma ligação metálica que une ambas as áreas, por onde fluem os
elétrons;
 Um eletrólito em contato simultâneo com as áreas anódicas e
catódicas.

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Pilha de Corrosão

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.


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Pilha Eletroquímica de Corrosão

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.


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Série Eletro-motriz

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.


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Equação de Oxidação:
Mg  Mg2+ + 2e-
E0= +2,37V
Equação de Redução:
2H+ + 2e-  H2 E0= 0,00V
Equação Total ou REDOX:
Mg + 2H+  Mg2+ + H2
E0= +2,37V
Mg Cu
H2SO4
Força Eletromotriz (FEM):
E=E0+0,0591 log [Mg].[H+]2
[Mg2+].[H2]

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Diagrama de Pourbaix

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.


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O diagrama de Pourbaix é
normalmente simplificado,
representando as regiões de
corrosão, imunidade e
passividade.
Esse diagrama simplificado
mostra de forma sumária o
comportamento previsto para
um metal puro imerso em
água pura.

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Combate a Corrosão

Métodos Baseados na Modificação do Processo:


 Projeto da estrutura (ar,água,terra);
 Condições da superfície (ar,água,terra);
 Pela aplicação de proteção catódica (água,terra).

Métodos Baseados na Modificação do Meio Corrosivo:


 Desaeração da água ou solução neutra (água);
 Purificação ou diminuição da umidade do ar (ar);
 Adição de inibidores de corrosão, etc. (Água) (ar,terra em
casos especiais).

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Combate a Corrosão
Métodos Baseados na Modificação do Metal:
 Aumento da pureza (ar,água,terra);
 Adição de elementos - liga (ar,água,terra);
 Tratamento térmico (ar,água,terra).

Métodos Baseados em Barreiras contra o meio:


 Revestimentos com produtos da reação - tratamento químico ou
eletroquímico da superfície metálica (ar,água);
 Revestimentos orgânicos - tintas, resinas ou polímeros, etc
(ar,água,terra);
 Revestimentos inorgânicos - esmaltes, cimentos (ar,água,terra);
 Revestimentos metálicos (ar,água,terra);
 Protetores temporários (ar).

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Manutenção em Ligações
Flangeadas

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Condições Necessárias Para uma Boa Vedação.
1.1 Flanges em bom estado
• Limpos
• Sem corrosão
• Paralelos e centrados
1.2 Ranhuras
• Paralelas
• Sem risco
• Sem detritos e juntas velhas
1.3 Juntas de vedação
• Conforme especificada
• Qualidade adequada
• Nova
• Bem posicionada

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Condições Necessárias Para uma Boa Vedação.
1.4 Parafusos
• Dimensões adequadas
• Em bom estado
• Limpos e lubrificados
• Conforme especificação
1.5 Aperto
• Torque recomendado
• Ferramenta recomendada
• Sequência de aperto
1.6 Montagem
• Centrar corretamente a junta
• Respeitar o procedimento
• Respeitar torque máximo

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Condições Necessárias Para uma Boa Vedação.

1. Providenciar a liberação do flange a ser aberto.


2. Providenciar as ferramentas adequadas.
3. Providenciar a junta de vedação conforme especificação.
4. Posicionar-se a favor do vento e fora do plano da junta.
5. Desapertar primeiro os parafusos do lado oposto.
6. Caso não haja vazamento remover o restante dos parafusos.
7. Abrir os flanges e remover a junta velha.
8. Fazer limpeza das ranhuras, parafusos e flanges.
9. Inspecionar: ranhuras, parafusos e planicidade do flange.

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Condições Necessárias Para uma Boa Vedação.

10. Caso haja anormalidade acionar o supervisor para possíveis


providências;
11. Lubrificar os parafusos com graxa para alta temperatura.
12. Manter a junta certa (centralizada).
13. Aproximar as porcas manualmente.
14. Fazer o aperto na sequência recomendada.
15. Para flanges que permite o uso de torquímetro usar os valores
tabelados.
16. Verificar se há vazamentos no teste de estanqueidade.

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Seqüência de Aperto de Flanges

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Seqüência de Aperto de Flanges

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Tubulações Industriais
Falhas Decorrentes ao Mau Aperto de Flanges

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Falhas Decorrentes ao Mau Aperto de Flanges

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Inspeção e Ensaios em
Tubulações

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Inspeção em Tubulações

Planejamento da Inspeção: É o levantamento de todas as informações


necessárias para garantir a qualidade da inspeção a ser executada.

Pontos Importantes no Ato de Inspeção:

a) detalhes construtivos: material da linha, especificação do isolamento térmico,


encaminhamento.
b) acessórios existentes e suas folhas de dados (suportes de mola, válvulas,
suportes fixos

c) condições operacionais de projeto: pressão, temperatura e fluido conduzido.


d) mecanismos de danos a que a linha está sujeita, caso exista e já tenham
sido identificados.

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Inspeção em Tubulações

e) em tubulações sujeitas a CSI, identificar previamente os locais onde será


necessária a remoção de isolamento térmico para inspeção em vents, drenos,
tomadas de instrumentos, conexões e suportes

f) ensaios e regiões a serem realizados; micro-clima na região a ser


inspecionada; motivo e objetivo da inspeção

g) apoios de serviços necessários a boa condução dos serviços, bem como,


sua programação

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Inspeção em Tubulações

Suportes e Fundações

 Verificar o estado geral dos componentes quanto à existência de corrosão,


deformações, vibrações, danos mecânicos, não conformidades com o
projeto, apoios deficientes e interferências com outras tubulações ou
equipamentos, inclusive quando possuir “suporte carona”;

 Nas chapas de reforço de suportes carona, verificar existência de frestas


com conseqüente processo corrosivo. Caso existam frestas, recomendar a
sua vedação;

 Nos suportes deslizantes verificar a existência de impedimentos para a


livre movimentação da tubulação, bem como indícios de travamento do
suporte, como: deformações, entalhes, deslocamento da posição original.

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Inspeção em Tubulações

Suportes e Fundações
 Nos suportes guias ou tipo braçadeiras verificar a existência de processo
corrosivo sob as regiões de contato ou obstruções para a movimentação
das guias. Caso necessário, a braçadeira deve ser removida ou deslocada
para permitir a inspeção da região abraçada;

 Nos suportes de ancoragem verificar indícios de deslocamentos indevidos


da tubulação, tais como: deformações e trincas.

 Nos suportes de mola, verificar se o mesmo está trabalhando com a carga


conforme plaqueta e, caso haja alguma suspeita, verificar se os dados da
plaqueta de identificação estão de acordo com o projeto;

 Verificar o estado geral da mola quanto a corrosão, deformação ou fratura.

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Inspeção em Tubulações

Fundações

 Inspecionar o trecho aparente das fundações de concreto quanto à


existência de ferragens expostas, deformações, rachaduras ou
deteriorações. Nos parafusos/chumbadores verificar a existência de
corrosão, fraturas.

 Realizar inspeção das condições físicas dos componentes e da pintura, se


pintado, verificar a existência de corrosão, vibrações, vazamentos,
deformações, danos mecânicos, empolamentos ou gotejamento de
condensado sobre os mesmos.

NOTA: Deve-se ter atenção especial na inspeção destes componentes, pois podem
possuir espessura nominal menor do que a da linha principal, apresentam dificuldade
maior de pintura, podem estar locados em locais de difícil acesso, além de serem mais
susceptíveis a corrosão sob isolamento e danos por vibração.

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Inspeção em Tubulações

Tomadas de Instrumentos

 Realizar inspeção das condições físicas dos componentes e da pintura, se


pintado, verificar a existência de corrosão, vibrações, vazamentos,
deformações, danos mecânicos, sinais de tensões provenientes de
montagem inadequada, empolamentos ou gotejamento de condensado
sobre os mesmos.

 Normalmente as tomadas de instrumentos são pintadas. Nos casos de


tomadas isoladas, o isolamento térmico a frio deve ser removido para
inspeção.

 A mesma nota para drenos e vents é aplicada para esses componentes.

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Inspeção em Tubulações

Critério para Inspeção

 Realizar inspeção visual geral das condições físicas visando detectar a


existência de corrosão, vazamentos, vibrações, deformações, danos
mecânicos, empolamentos ou gotejamento de condensado ou produto.

 Cuidado especial nas regiões de tubulações pintadas, localizadas sobre


apoios direto em estruturas, principalmente se não possuir vergalhão, em
dormentes ou vigas de concreto armado. Esses pontos são mais susceptíveis
a corrosão, e apresentam maior dificuldade de avaliação de danos.

 Caso existam sinais de deterioração, a tubulação deve ser levantada ou a


suportação rebaixada para se ter acesso a tais regiões; nesses casos é
necessária uma avaliação criteriosa, devido a existência do risco de furo.

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Inspeção em Tubulações

Critério para Inspeção

 Nas tubulações não isoladas, atentar para regiões com acúmulo de material
estranho sobre a superfície, pois pode ocorrer o desenvolvimento de
processo corrosivo sob depósito.

 Nas tubulações, em aço inoxidável austenítico, sem pintura ou isolamento,


verificar a existência de condições que propiciem a ocorrência de corrosão
sob tensão, tais como: restos de silicato de cálcio depositado sobre a
superfície do metal, gotejamento ou respingos provenientes de torre de
refrigeração ou de vazamentos e pontos de acúmulo de água.

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Tubulações Industriais

Inspeção em Tubulações
Costado da Tubulação – Sob isolamento

 Nas tubulações isoladas a quente ou a frio deve ser verificado também o


estado geral do mesmo quanto a existência de frestas, trechos caídos ou
soltos, condensação ou formação de gelo (nos isolamentos a frio).

 Se o material da tubulação for em aço inoxidável austenítico, verificar se é


isolado com silicato de cálcio e, caso positivo, avaliar em conjunto c/ o PH da
área a possibilidade de existência de corrosão sob tensão e da necessidade
de complemento da inspeção com outro ensaio

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Tubulações Industriais

Inspeção em Tubulações
Costado da Tubulação – Sob isolamento

A inspeção sob isolamento deve ser sempre precedida de uma inspeção


externa da linha, sendo nessa oportunidade identificados os pontos onde serão
removidos o isolamento para a inspeção. A seguinte orientação deve ser
utilizada:

 Na escolha das regiões a serem inspecionadas, deve-se realizar avaliação


qualitativa da temperatura ao longo da tubulação, de modo a direcionar as
avaliações para as regiões mais susceptíveis;

 Remover isolamento e inspecionar 100% das seguintes regiões: vents,


drenos, tomadas de instrumentos, regiões de interface entre trechos isolados
e não isolados, junto as conexões e suportes, flanges sem isolamento e
derivações;

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Tubulações Industriais

Inspeção em Tubulações
Costado da Tubulação – Sob isolamento

 Remover isolamento e inspecionar todos os locais onde o mesmo esteja


danificado ou haja infiltração de umidade e/ou favoreça o seu acúmulo;

 No caso que haja processo corrosivo no trecho inspecionado, aumentar a


amostragem até atingir região não afetada, mesmo que isso implique na
remoção total do isolamento;

 A remoção do isolamento para inspeção deve ser precedida de consulta ao


processo, de modo a evitar problemas operacionais, como por exemplo:
condensação do fluido circulante de tubulações de sucções de compressores,
e congelamento de trechos com possibilidade de emperramento de válvula.

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Inspeção em Tubulações
Costado da Tubulação – Sob isolamento

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Inspeção em Tubulações
Flanges e Válvulas

Além dos aspectos já mencionados nos itens anteriores e que se aplicam a


esses componentes, algumas recomendações específicas devem ser
seguidas:
 Atenção especial nas conexões em inox (isoladas ou não), que possuam
parafusos em aço carbono ou baixa liga, devido a formação de pilha
galvânica, com conseqüente corrosão nos parafusos.
 Caso seja observada a existência de vazamentos por gaxetas e/ou juntas
nesses componentes, em linhas de produto, deve-se informar imediatamente
à operação da área.
 As válvulas de segurança existentes na tubulação, apesar de possuírem uma
programação de inspeção específica, devem, também, ser inspecionadas
externamente quando da inspeção da tubulação.

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Inspeção em Tubulações
Purgadores.
 Além da inspeção das condições físicas externa do purgador, incluindo linhas,
deve-se observar se ele está bloqueado ou com vazamentos. Informar a
operação formalmente caso seja observada uma dessas anormalidades e
registrá-las no histórico.
 Em caso de bloqueio do purgador, medir a temperatura da linha nas
proximidades para avaliar o acúmulo de condensado (o acúmulo de
condensado pode provocar “martelo hidráulico” e conseqüentemente “golpes
de aríete” na linha).
Instrumentos.
 Devem ser verificadas as condições físicas da parte estrutural, suportes,
parafusos e tomadas quanto a corrosão, deformações ou vibrações; quando
da inspeção da linha em que os instrumentos estejam conectados

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Inspeção em Tubulações
Steam-Tracing.
 A inspeção da tubulação inclui também a inspeção do “steam-trace”, quando
houver, sendo nesses casos direcionadas principalmente para a verificação
da existência de vazamentos;

 No caso da existência de vazamentos deve-se informar a operação, registrar


no histórico da linha e emitir recomendação de inspeção para a correção do
problema. O inspetor deve fazer uma avaliação a respeito das conseqüências
desses vazamentos sobre a linha e sobre equipamentos e outras linhas
adjacentes;

 Deve ser verificado, também, se o “steam trace” encontra-se operando e, em


caso negativo, avaliar a possibilidade de ocorrência de CSI e, se necessário,
redirecionar a inspeção.

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Inspeção em Tubulações
Medição de Espessura.
 A medição de espessura deve ser feita sempre que uma das condições seguintes
sejam satisfeitas: avaliação devido a corrosão externa, suspeita de corrosão interna ou
furo devido a dano interno.

 Para o caso de corrosão externa, a medição de espessura deve ser feita com ultra-som
sobre a área corroída. Caso a região não ofereça condições para medição, medir a
profundidade dos alvéolos com paquímetro de profundidade ou micrômetro, subtrair da
nominal ou a espessura medida com ultra-som numa área vizinha a afetada,
encontrando, assim, a espessura residual.

 Tubulações com diâmetro nominal menor ou igual do que 1½” e que apresentem
corrosão externa, devem ter sua espessura avaliada através de medida indireta,
utilizando medição do diâmetro externo com paquímetro. Se a perda de espessura for
interna, a avaliação deve ser feita durante parada da linha, através de martelamento
das regiões previamente selecionadas, utilizando martelo bronze tipo bola de 200 g.

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Inspeção em Tubulações
Medição de Espessura.
 As medições de espessura realizadas, devem ser comparadas com a
espessura mínima do ponto da tubulação que está sendo avaliado. Caso a
espessura mínima ainda não tenha sido calculada, utilizar a espessura
nominal menos a sobre-espessura de corrosão, conforme especificação; caso
a espessura medida seja menor do que esta, calcular a espessura mínima.
 Recomendar a substituição dos trechos deteriorados que apresentem
espessura abaixo da mínima ou taxa de corrosão que possa comprometer a
integridade da linha.

 Tubulações ou trechos que apresentem espessura menor do que a mínima


ou taxa de corrosão que comprometa a campanha, deve ser imediatamente
informado ao PH da área, para avaliação mais detalhada.

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Inspeção em Tubulações
Cálculo de Espessura Mínima (ASME/ANSI B.31)
 Cálculo de espessura mínima p/ tubos sujeitos à pressão interna. Empregada p/ todas
as classes de pressão, exceto p/ tubulações em que:
P/SE > 0,385 ou que t > D/6 onde exige um cálculo especial.
Tubulações enterradas de baixa pressão (3 kg/cm²)
 Cálculo permitido p/ tubos curvos – se adelgamento ou a ovalização (devido ao
processo de fabricação) < 8% do Ø e da espessura de paredes.
 Sobreespessura de corrosão depende do material, serviço e vida esperada da
tubulação. Será teoricamente o produto da taxa anual de corrosão pelo número de
anos de vida útil considerada.
 Quando não existem dados toma-se por base mínima 1,2 mm p/ Aços Carbono e
baixa-liga.
 Pela ANSI B.16.10 devemos considerar a tolerância de + 12,5% de variação de
espessura de parede nominal devido a fabricação

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Tubulações Industriais

Inspeção em Tubulações
Espessura Mínima em Tubulações com Trecho Aéreo e Enterrado

 Verificar a ocorrência de corrosão nas regiões de interface solo/ar, caso haja


indício de corrosão, o solo deve ser escavado para avaliação da região.

 O revestimento especificado para o trecho enterrado, quando existir, deve


prosseguir além do ponto de afloramento de forma a se evitar danos nessas
regiões.

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Inspeção em Tubulações
Espessura Mínima em Tubulações com Trecho Enterrado

 As inspeções serão realizadas conforme programações, por amostragem,


através de escavações em regiões a serem escolhidas de acordo com a
avaliação dos seguintes itens:

- histórico de falhas;
- acompanhamento do sistema de proteção catódica;
- mapa de resistividade do solo;
- mapa de contaminação do solo, quando existente.

 As inspeções devem ser direcionadas para os “headers” dos sistemas de


tubulações enterradas, porém, é aconselhável que a escavação sempre
contemple mais de uma linha numa região de derivação.

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Tubulações Industriais

Inspeção em Tubulações
Espessura Mínima em Tubulações com Trecho Enterrado

As avaliações deverão constar de:

 Avaliação visual do revestimento, do metal após remoção do revestimento e do solo;

 Ensaio de revestimento externo com Holliday Detector, realizado através de varredura


de todo o perímetro da tubulação, num comprimento mínimo de 500mm. Esse ensaio
deverá ser feito no revestimento antigo e no novo após sua recomposição;

 Medições de espessura seguindo a mesma premissa do ensaio de Holliday Detector.

 Os resultados das inspeções obtidos nessas amostragens, deverão ser analisados em


conjunto, e se conclusivos, extrapolados para os sub-headers e os ramais, incluindo os
trechos enterrados das tubulações com trechos aéreos. Se não forem conclusivos,
avaliar a possibilidade de extensão da amostragem realizada.

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Tubulações Industriais
Ensaios Não-destrutivos

Todas as soldas de tubulação devem ser submetidas a ensaios não-destrutivos


para a pesquisa de possíveis defeitos. São os seguintes os métodos de
inspeção empregados na prática:

 Inspeção visual (sem ou com auxílio de aparelhos óticos ou de iluminação


especial – boroscopia ou endoscopia).
 Inspeção com líquidos penetrantes (dye-check).
 Inspeção com partículas magnéticas (magnetic particles).
 Inspeção radiográfica: parcial (por amostragem) ou total.
 Inspeção por ultra-som.
A ASME B31.3 exige que os inspetores sejam treinados e tenham experiência.
Os procedimentos devem atender ao BPV Seção V.

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Tubulações Industriais
Ensaios Não-destrutivos

A PETROBRÁS faz, em resumo, as seguintes exigências de inspeção para tubulações de


processo, de acordo com o material e a classe da tubulação:

 Aço-carbono, classe 150#, margem para corrosão até 3 mm: Radiografia em 5% da


extensão total das soldas.
 Aço-carbono (classe 300#, margem até 3 mm), aço-liga 1/2 Mo (classes 150#e 300#),
aços inoxidáveis austeníticos (classe 150#, temperaturas até 185°C): Exame com
partículas magnéticas ou líquido penetrante em todas as soldas, radiografia em 10%
da extensão total das soldas.
 Aço-carbono (classe 600# ou margem acima de 3 mm), aço-liga 1/2 Mo (classe 600#),
aços-liga até 9% Cr (classes 150# e 300#), aços inoxidáveis austeníticos (classes
300# a 600#, temperaturas até 185°C): Idem, como acima, e radiografia em 20% da
extensão total das soldas.
 Aço-carbono (classes 900# a 2.500#), aços-liga Cr-Mo para classes de pressão mais
altas, aços-liga Ni, aços inoxidáveis austeníticos para classes de pressão ou
temperaturas mais altas: Idem, como acima, e com radiografia total das soldas.
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Tubulações Industriais
Teste de Pressão.

A tubulação deve ser testada quanto a presença de vazamentos antes da


operação inicial e após a execução dos ensaio e tratamentos térmicos
cabíveis.

Condições de dispensa do teste:

Por opção do operador, para fluidos categoria D, desde que realizado teste
com próprio fluido. Quando o operador julgar que o teste hidrostático ou
pneumático sejam perigosos. Neste caso inspecionar 100% das soldas.

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Tubulações Industriais
Teste hidrostático.

Cálculo da pressão de teste:


 Se temperatura de teste for igual a temperatura de projeto a pressão deverá
ser no mínimo 1 ½ da pressão de projeto
 Se temperatura de teste for menor que a temperatura de projeto a pressão
deverá atender a seguinte fórmula:

Onde:

1,5PdSc Pt = pressão mínima do teste

Pt 
hidrostático.
Pd = pressão de projeto da tubulação.

Sh Sc = tensão admissível do material na


temperatura de teste.
Sh = tensão admissível do material na
temperatura de projeto.
17/02/2013 62
Tubulações Industriais
Teste hidrostático.

 Diferenças entre teste de fábrica (fabricação) e teste de campo


(inspeções de integridade).
 Duração do teste.
 Parâmetros de controle do teste (temperatura, pressão, etc).
 Aprovação do teste.
 Registro do teste.

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Tubulações Industriais
Cuidados no Teste hidrostático.

 Todo o sistema de tubulações deve ser subdividido em seções, por meio de


raquetes, flanges cegos, tampões, bujões etc., de forma que cada seção
possa suportar a mesma pressão de teste.

 As placas de orifício e todas as outras restrições ao fluxo devem ser


removidas.

 Todas as válvulas devem ser completamente abertas, e as válvulas de


controle, retenção, e outras que se fechem por ação de mola ou da
gravidade, ou que não possam por si permanecerem posição aberta, devem
ser travadas abertas.

 As válvulas de bloqueio dos ramais para os instrumentos devem ser


fechadas.

 Os instrumentos e outros equipamentos que não possam ser submetidos à


pressão de teste devem ser retirados ou substituídos por carretéis de tubo.
17/02/2013 64
Tubulações Industriais
Cuidados no Teste hidrostático.
 As válvulas de segurança e de alívio devem ser removidas e substituídas
por flanges cegos ou tampões.

 As juntas de expansão de fole devem ser verificadas e escoradas


convenientemente, se necessário, para não se deformarem com o peso da
água.

 Todos os filtros provisórios devem ser colocados em seus lugares, para a


proteção de máquinas, equipamentos e instrumentos.

 Todos os suportes de molas devem ser mecanicamente travados, na sua


calibragem de projeto, sendo que as travas só devem ser retiradas após a
conclusão do teste hidrostático e o esvaziamento completo do sistema.

 Todas as soldas, roscas e quaisquer outras ligações da tubulação devem


ser deixadas expostas, sem isolamento térmico e sem pintura.

 Todas
17/02/2013 as emendas em tubos enterrados devem ficar expostas. 65
Tubulações Industriais
Cuidados no Teste hidrostático.

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