Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Simone
RESUMO
Diante do novo modelo sociedade que se segue, há uma preocupação em fazer com que todos
compartilhem e sintam-se pertencentes do mesmo espaço. Considerar a igualdade de
oportunidades, e respeitar as diferenças, nos encaminha a inclusão favorecendo a
aprendizagem de todos os alunos. Esse novo paradigma da sociedade contemporânea,
propõe uma educação para todos respeitando as diferenças e necessidades individuais de
cada ser humano.
1. INTRODUÇÃO
A educação inclusiva tem como objetivo o apoio necessário para que o indivíduo
aprenda dentro de suas possibilidades e consiga desenvolver plenamente seu potencial. A
educação dos alunos superdotados no processo de inclusão, aborda alguns dos principais
fatores que desencadeia a exclusão do aluno bem dotado no ensino regular.
Considerando que a exclusão que esses indivíduos sofrem, é bem diferente da
comumente enfrentada pelos alunos com algum tipo de deficiência. As crianças superdotadas
por vezes estão matriculados nas escolas regulares, todavia sem qualquer atendimento às
necessidades especiais que sua condição bem dotada exige. A exclusão enfrentada por esses
alunos provém do preconceito e dos estereótipos criados na sociedade em torno das pessoas
com altas habilidades. Todavia, a influência desses preconceitos, que inviabilizam o
atendimento efetivo a esses alunos, age de forma decisiva na sua produtividade, e relações
sociais.
Será possível dizer, que a instituição escolar tem sabido lidar de maneira adequada
com o diferente. Como são as relações interpessoais desse aluno cognitivo e intelectualmente
bem dotado. Este aluno de habilidade superior, apresenta alguma dificuldade de relacionar e
de interação com o meio.
No momento em que se fala tanto de educação inclusiva como forma de incluir a todos
e aceitar as diferenças, logo se imagina que esta proposta venha a beneficiar a todos os
estudantes, de acordo com suas reais necessidades.
representar aquilo que os indivíduos demonstravam por sua inteligência. Nesse sentido “O
dote passou a referir-se ao dom natural e o talento assumiu o sentido de aptidão natural ara
certas coisas ou de uma habilidade adquirida”. ( SILVA, 2003, p. 42) As designações foram
introduzidas nas escolas de forma classificatória. As palavras superdotados e superdotação
tornaram-se sinônimos dos indivíduos que apresentavam conhecimento para além do que se
trabalhavam na escola. No entanto, anos mais tarde surgiu a teoria sócio-cultural que entendia
“que a cultura, com seus códigos e instrumentos, é que seria a mediadora no processo de
formação da mente humana.” ( SILVA, 2003, p. 42) notou-se então que muitos tentaram
negar a superdotação, sob o jugo de que se ninguém nascia sabendo nada como poderia uma
pessoa, ser superdotada? Partindo desta nova premissa, um novo termo foi definido para
tentar evitar esteriótipos, passando a utilizar a expressão altas habilidades. Mas para todos os
efeitos em nosso país tem se observado que as expressões superdotados, bem-dotados e altas
habilidades, continuam sendo utilizados.
Todavia é interessante ressaltar que todas estas mudanças, provem da evolução
gradativa que sofreram ainda sofrem todas as sociedades de todo o mundo. Neste momento
em que tem-se reconhecido a diversidade humana como a forma mais democrática de
construção da sociedade, faz-se necessária compreender alguns aspectos em relação aos
alunos superdotados, que por vezes são confundidos e julgados por esteriotipos criados em
nosso meio social. Estes alunos também são vítimas da exclusão. No entanto, para eles, esta
exclusão ocorre de forma diferenciada. Os alunos superdotados estão matriculados nas
escolas, todavia não há qualquer preocupação com um atendimento que esteja de acordo com
o seu nível de desenvolvimento. Muitos são os indivíduos que têm em mente, que a criança
superdotada aprende sozinha, e por isso não necessita de atenção. O fato de serem bastante
questionadoras e com um conhecimento avançado, provoca certa intimidação nos professores.
Fatores como estes nos demonstram o quanto há de informações errôneas e de conceitos e
pré-conceitos, criados ao longo dos anos, por sociedades que não aprenderam a lidar com as
diferenças. No entanto, se a proposta de inclusão é justamente privilegiar a diversidade, faz-se
necessário nos mobilizarmos para conhecer as diferenças e agirmos de forma efetiva na
construção dessa sociedade inteiramente democrática. Nas palavras de Leonardo Boff:
valores que orientam a vida e das utopias que mantêm aberto o futuro. (2006,
p. 33)
tornaram-se taxativas aos superdotados. Tais conceitos concedem a estes, desempenho, forma
de aprendizagem, tipo de personalidade, que na verdade não os traduzem como pessoas.
Inclusive podem torna-se um problema, tanto para as famílias, quanto para os superdotados.
Estes acabam por se tornarem retraídos, com receio de demonstrarem seu verdadeiro
potencial.
Muitos mitos foram historicamente construídos acerca das pessoas com altas
habilidades. Equívocos de considerar por exemplo, que o superdotado sempre sabe tudo e que
terá sempre ótimo rendimento na escola. Distorções como estas não procedem considerando
que “saber tudo implica em ter armazenado todo e qualquer conhecimento que possa existir”.
(MEC, 1999, p. 155) portanto é importante ficar atento ao fato de que cada superdotado tem
seu potencial próprio e mesmo que ele possa ter um vasto conhecimento não significa, que
será em todo e qualquer assunto. É também comum encontrarmos a concepção de que todo o
superdotado é maluco, por apresentar um comportamento diferente do normal.
Devido a sua firmeza e determinação muitas vezes o superdotado é levado a quebrar
certas regras em razão do que pensa e deseja. Em contra partida a sociedade que ainda não
aprendeu a lidar com as diferenças, o julga de forma equivocada. É importante que fique claro
que as pessoas com altas habilidades não são loucas “sua postura e comportamento nascem de
sua natureza superdotada e não de um quadro patológico de uma insanidade mental”. ( MEC,
1999, p. 159) É importante atentar e compreender que em função das altas habilidades, os
superdotados são sempre extremamente criativos e dotados de grandes sentimentos
inovadores o que faz com que apresentem comportamento incomuns, não significando porém
que apresentem algum distúrbio mental. No mais simplório dos adjetivos podemos considerá-
los diferentes.
se dará de forma natural, sem maiores auxílios. “... A experiência brasileira já demonstra que
isso não é verdade. É comum encontramos uma defasagem entre o que o aluno é capaz de
fazer e o que ele demonstra conhecer.”( SILVA, 2003, p. 47) diante disso é importante ficar
atento para perceber que ser dotado de altas habilidades não é garantia de sucesso, se não
houver acompanhamento adequado e preocupação em conhecer verdadeiramente o potencial
desse aluno.
Outro conceito equivocado que se criou com a falta de informação por parte de todos
foi a idéia de que o superdotado não devem ter conhecimento de suas habilidade superiores. A
explicação para esse ponto de vista e de que o estudante se tornaria extremamente vaidoso de
suas altas habilidades, e assim seria difícil sua relação com os demais coleguinhas. Porém o
que se tem notado é que:
Em se tratando do mesmo assunto, algo semelhante ocorre com relação a família que
segundo mais um dos mitos, não deverá saber que um de seus membros possue altas
habilidades. A justificativa se dá pelo fato da família querer exigir mais do que o superdotado
pode oferecer em potencial. Mais “... Não só o sujeito superdotado mas também sua família
precisa ser informada sobre esta superdotação.” ( SILVA, 2003, p. 47)
É importante que a família tome conhecimento para dar suporte ao superdotado,
oferecendo um ambiente familiar que favoreça os seu desenvolvimento dentro de suas
potencialidades.
Sendo “a família a primeira unidade social de aprendizagem que a criança encontra em
sua existência”. (MEC, 1999, p. 23) é fundamental o seu papel e colaboração em prol da
criança com altas habilidades. É necessário compreender que ter um filho superdotado requer
mais esforços e cuidados que o normal.
Outro grande mito presente em nossa sociedade, é o que considera que a criança por
ser superdotada sempre terá alta produtividade na vida. Essa é uma idéia comum entre as
pessoas, que se explica na medida que não se considera que o superdotado necessite de
ambiente estimulador, que efetive seu potencial.”... experiências com superdotados
8
demonstram que eles também têm necessidade de uma educação especial”... ( SILVA, 2003,
p.45) Sendo assim dismistificar estas concepções seria o primeiro passo rumo a inclusão
social. O segundo passo se daria quando a sociedade de fato entendesse que uma educação de
qualidade favoreceria sobre maneira a compreensão desses equívocos e diminuiria a
discriminação.
Quando uma criança nasce com superdotação começa para ela e sua família uma longa
história de dificuldade. Não é apenas a deficiência que torna difícil a sua existência, mas a
atitude das pessoas e da sociedade diante de sua condição. Ser portadora de superdotação
nunca foi fácil, nem aceitável, com base nos padrões de normalidade estabelecidos pelo
contexto socicultura.
Todavia faz-se necessário que a sociedade se mobilize e se utilize de todos os recursos
possíveis, inclusive de pesquisas e estudos científicos, em torno dos portadores de altas
habilidades, para que se enriqueça seu potencial e ajude-a a atingir completa realização
pessoal.
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS