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Julho, 2019
Ciências Ambientais Espetaculares – BLOCO IV 2019
Índice
Material
Funil Gobelé de vidro
Papel de filtro Proveta
Balança Pipeta graduada
Suporte universal Placa de aquecimento
Anel adaptado a um funil Vareta de vidro
Tubo de ensaio Matráz
Suporte para tubos de ensaio Suporte para pipetas
Reagentes
Algas marinhas secas Solução aquosa de ácido sulfúrico 1 mol/dm3
Água desionizada Ciclohexano
Água oxigenada 20 volumes
Esquema de montagem
Procedimento experimental
1. Medir 1 g de algas marinhas secas ou obtidas durante a saída de campo.
2. Cortar as algas marinhas em pedaços muito pequenos.
3. Colocar as algas num gobelé e adicionar 10 mL de água desionizada.
4. Levar à ebulição suave durante alguns minutos.
5. Filtrar a solução.
6. Recolher o filtrado num tubo de ensaio.
7. Adicionar ao filtrado 2 mL de uma solução aquosa de ácido sulfúrico 1 mol/dm3, 2 mL de água
oxigenada 20 volumes.
8. Juntar à solução 2 mL de ciclohexano e agitar.
9. Observar o aparecimento da cor púrpura na fase orgânica. (O iodo livre dissolve-se na fase orgânica e
adquirindo uma cor púrpura.)
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 3
Ciências Ambientais Espetaculares – BLOCO IV 2019
Notas introdutórias
As pérolas de alginato produzidas laboratorialmente são polímeros biodegradáveis de alginato. Define-se
polímero como sendo uma molécula de grandes dimensões «macromolécula» constituída por unidades
estruturais repetitivas, unidas entre si por ligações químicas.
Os polímeros têm vindo a ser utilizados como aditivos na indústria alimentar. Os polímeros de alginato são
constituídos por polissacarídeos e podem ser facilmente biotransformados. Atualmente têm inúmeras
aplicações, nomeadamente, espessantes de gelados, recheios de pimentos e azeitonas, etc. As
propriedades destes polímeros podem ser alteradas por adição de determinados sais metálicos.
Os alginatos são extratos das algas castanhas da classe das Phacophyceae em particular das seguintes
espécies: Ascophyllum nodosum, Laminaria digitata e Fucus serratus. O alginato de sódio tem vindo a ser
usado na gastronomia molecular.
Material
Pipeta conta-gotas Coador
3 Gobelés de 100 mL Placa com agitação magnética
Barra magnética
Reagentes
Solução aquosa de alginato de sódio
Solução aquosa de cloreto de cálcio
Solução aquosa de sulfato de cobre (II) penta-hidratado
Solução aquosa de cloreto de níquel
Esquema de montagem
A B
Figura 1 – (A) queda de gotas de alginato sobre a solução aquosa de sulfato de cobre (II) (B) pérolas de alginato.
Procedimento experimental
1. Colocar a solução aquosa de alginato de sódio no interior de uma pipeta conta-gotas.
2. Colocar no gobelé 1 a solução aquosa de cloreto de cálcio.
3. Colocar no gobelé 2 a solução aquosa de sulfato de cobre (II).
4. Colocar no gobelé 3 a solução aquosa de cloreto de níquel.
5. Adicionar ao gobelé 1 uma barra magnética.
6. Colocar o gobelé 1 em cima da placa com agitação magnética. Se a placa tiver as duas funções
(aquecimento e agitação magnética) ligar apenas a parte da agitação magnética.
7. Deixar cair no interior do gobelé 1 uma gota de solução aquosa de alginato de sódio.
8. Observar o que acontece.
9. Adicionar várias gotas.
10. Coar a mistura obtida.
11. Observar o que fica no coador.
12. Repetir o mesmo procedimento para os gobelés 2 e 3.
Material
Lupa ou microscópio Papel absorvente
Caixas de Petri Papel de filtro
Pipeta conta-gotas Gobelé
Reagentes
Frasco contendo Dáfnias e água Álcool etílico 96%
Amostras de água para consumo humano Água da torneira
Bebida energética Água desionizada (ℓ)
Café com cafeína Coca-cola com cafeína
Café sem cafeína Coca-cola sem cafeína
Saquetas de chá preto
Esquema de montagem
Procedimento experimental
A – Ensaio de controlo
1. Colocar numa caixa de Petri, uma a duas gotas de água do recipiente que contém as Dáfnias.
2. Transferir, cuidadosamente, com a mesma pipeta conta-gotas uma dáfnia para a zona da caixa de
Petri onde foram colocadas as gotas de água. (Nota: Não exceder as duas gotas de água.)
3. Observar à lupa ou ao microscópio o batimento cardíaco da Daphnia magna Straus. (Nota: Se a Dáfnia
se deslocar do campo de visão, repetir a preparação colocando alguns fios de algodão no início da
preparação para a aprisionar.)
a. Colocar a preparação na platina e acender a luz (menor intensidade possível).
b. Mover o parafuso macrométrico e, observando através da(s) ocular(es), focar a preparação.
c. Utilizando apenas o parafuso micrométrico, corrigir a focagem até obter uma imagem nítida.
d. Observar a Dáfnia, prestando particular atenção à localização do coração.
4. Fazer a contagem dos batimentos cardíacos, durante 10 segundos. (Nota: Para contar o batimento
cardíaco, pode-se usar um lápis, uma folha de papel e um cronómetro. Um aluno faz um ponto com o
bico de um lápis numa folha de papel por cada batimento cardíaco que observar, enquanto outro aluno
controla o tempo. Se repetir a contagem, ou demorar mais tempo, adicionar mais uma ou duas gotas
de água à preparação.)
5. Calcular o ritmo cardíaco por minuto (BPM) multiplicando o valor obtido por 6. (Nota: O valor do ritmo
cardíaco das Dáfnias deve estar compreendido entre 200 e 300 batimentos cardíacos por minuto. Caso
o valor obtido esteja fora deste intervalo repetir a contagem dos batimentos cardíacos.)
6. Se optar por realizar três ensaios, preencher a tabela 1. (Nota: As contagens devem ser sempre
realizadas pela mesma pessoa.)
7. Determinar o valor médio do ritmo cardíaco por minuto (BPM). (tabela 2)
8. Desenhar e legendar a Daphnia magna Straus.
9. Desligar a luz do microscópio, caso não esteja a observar a Dáfnia ou a efetuar contagens.
10. Selecionar dáfnias com tamanho e idade diferente e comparar o batimento cardíaco.
Ensaio Ritmo cardíaco por 10 segundos Ritmo cardíaco por minuto (BPM)
1
2
3
Tópicos de reflexão
Pesquisar na internet a utilização de Daphnia magna Straus em ensaios toxicológicos.
Importância da utilização do controlo.
Explicar a vantagem em utilizar três ensaios para a determinação do BPM.
Prever, testar e analisar a influência de algumas drogas, como por exemplo: cafeína, nicotina e álcool
no ritmo cardíaco da Dáfnia.
As previsões e as observações devem conter um dos seguintes registos: (a) grande aumento do ritmo
cardíaco, (b) aumento do ritmo cardíaco, (c) pequeno aumento do ritmo cardíaco, (d) ritmo cardíaco
sem alteração, (e) pequena diminuição do ritmo cardíaco, (f) diminuição do ritmo cardíaco, (g) grande
diminuição do ritmo cardíaco, (h) paragem do coração.
Testar uma das drogas, fazendo variar o tempo de exposição às mesmas, por exemplo 1 e 5 minutos.
Classificar as drogas em estimulantes ou depressoras, comparando os resultados obtidos do BPM na
presença e na ausência de drogas (Nota: Comparar o BPM na presença de drogas com o ensaio de
controlo.)
Pode-se usar a seguinte expressão matemática para classificar as drogas:
Variação BPM = média BPM (solução experimental) – média BPM (controlo)
Valor negativo, significa que ocorreu uma diminuição do ritmo cardíaco droga depressora
Valor positivo, significa que ocorreu um aumento do ritmo cardíaco droga estimulante
Explicar a necessidade de utilizar soluções diluídas das soluções experimentais testadas (drogas).
Refletir sobre o modo como as drogas afetam um organismo vivo e inclusive o ser humano.
Pesquisar sobre os possíveis efeitos destas drogas no ser humano.
Planear uma experiência que permita avaliar a influência de diferentes concentrações de detergentes
domésticos na sobrevivência da dáfnia, usando uma solução de hipoclorito de sódio 0,16%; uma
solução de amoníaco a 1% e tripolifosfato de sódio no estado sólido.
Explicar a seleção dos reagentes: solução de hipoclorito de sódio 0,16%; solução de amoníaco a 1% e
tripolifosfato de sódio no estado sólido.
Realizar a atividade experimental planeada.
Vantagens em utilizar as dáfnias no estudo.
Cada grupo de trabalho faz o ensaio de controlo e estuda o efeito de uma das substâncias
no batimento cardíaco nas dáfnias.
Extração de DNA
Notas introdutórias
A sigla DNA corresponde a deoxyribonucleic acid.
A molécula de DNA está presente em todos os seres vivos, vegetais e animais.
Material
Almofariz Proveta 50 mL
Bisturi Tubo de ensaio
Banho de gelo Espátula
Papel de filtro Vareta de vidro
Proveta 10 mL Anel adaptado a um funil
Balança Funil
Suporte para tubos de ensaio Suporte universal
Pipeta conta-gotas Matráz
Sacos Gaze
Placa de aquecimento Gobelé
Noz
Reagentes
Detergente da loiça Kiwi, cebola, ervilha, morango, banana, tomate
Água desionizada (ℓ) Etanol 96% frio
Sal de cozinha
Procedimento experimental
A – Preparação da solução de extração de DNA
1. Preparar uma mistura contendo 50 mL de água desionizada, 5 mL de detergente da loiça e 1,5 g de sal
de cozinha.
2. Agitar lentamente para evitar a formação de espuma.
B – Extração de DNA
1. Descascar a amostra e cortá-la em pedaços.
2. Transferir os pedaços da amostra para um almofariz e com o auxílio de um pilão, triturar. (Em
alternativa, pode colocar a amostra dentro de um saco de plástico, fechá-lo e pressionar a amostra.)
3. Adicionar a solução de extração de DNA à amostra triturada.
4. Continuar a triturar a mistura no almofariz, de modo a obter um líquido espesso e homogéneo.
5. Colocar a mistura em banho-maria, durante cerca de 15 minutos.
6. Arrefecer a mistura, à temperatura ambiente ou em banho de gelo.
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Ciências Ambientais Espetaculares – BLOCO IV 2019
7. Filtrar, através de uma filtração por gravidade, o preparado. (Em vez do papel de filtro, pode usar uma
gaze para substituir o papel de filtro.)
8. Retirar uma pequena quantidade de filtrado para um tubo de ensaio (cerca de ½ da capacidade do
tubo de ensaio.
9. Adicionar, lentamente, uma pequena quantidade (cerca de 5 mL) de etanol 96% frio (proveniente do
frigorífico ou congelador) até se observar duas fases. A adição de etanol pode ser feita com uma pipeta
conta-gotas. O etanol deve escorrer lenta e cuidadosamente através das paredes do tubo de ensaio.
Não deve ocorrer mistura do etanol com o líquido que se encontra na fase inferior.
10. Colocar o tubo de ensaio num banho de gelo durante aproximadamente 2 a 3 minutos.
11. Deixar repousar.
12. Observar a interface entre as duas fases.
13. Com o auxílio de uma vareta de vidro, retirar com cuidado uma amostra de DNA.
Nota:
Observar cuidadosamente a consistência da camada.
O DNA precipita com o álcool e fica na parte inferior da fase alcoólica, logo acima da fase aquosa.
A pectina fica na superfície da fase alcoólica, apresenta consistência gelatinosa e abundante com
abundantes bolhas de ar.
Tópicos de reflexão
Função de cada um dos reagentes, sal das cozinhas, detergente da loiça e do etanol.
Motivo pelo qual se filtra a mistura.
Temperatura do álcool etílico.
Extração de DNA a partir de células vegetais e animais.
Uso de diferentes fontes de DNA: morango, kiwi, banana, ervilhas (demolhadas)
Modo de procedimento de trituração da amostra: almofariz, liquidificadora, varinha mágica ou
esmagamento num saco de plástico.
Quantidade de solução de extração de DNA.
Uso de diferentes detergentes ou sabões: sabão, detergentes em pó, detergentes líquidos, champô,
gel de banho, sabonete líquido
Uso de álcool isopropílico em vez de álcool etílico
Uso de álcool etílico 70%
Necessidade do banho-maria
Utilidade da centrifugação após a precipitação do DNA
O método usado permite extrair exclusivamente DNA?
Vantagens da extração de DNA vegetal.
Problemas na identificação do DNA após a conclusão da atividade experimental.
Dificuldades em discernir entre DNA e pectinas.
Elencar um conjunto de vegetais onde seja mais fácil identificar o DNA.
Elencar um conjunto de vegetais onde seja mais difícil identificar o DNA.
Material
Recipiente Copo de plástico
Proveta Pipeta conta-gotas
Reagentes
Corante alimentar
Água (ℓ)
Esquema de montagem
Procedimento experimental
Parte I
Parte II
Tópicos de reflexão
Refletir sobre o impacto da fusão do gelo no nível da água do mar.
Material
Recipiente
Pipeta conta-gotas
Jarro elétrico
Quadrado de folha de acetato
Reagentes
Água
Corante alimentar azul
Corante alimentar vermelho
Esquema de montagem
Procedimento experimental
1. Aquecer água num jarro elétrico.
2. Transferir a água quente para o interior de um recipiente, de modo a preencher cerca de metade do
recipiente (recipiente 1).
3. Colocar 1 gota de corante alimentar vermelho.
4. Homogeneizar.
5. Adicionar água ao recipiente, de modo a encher totalmente o recipiente.
6. Colocar água à temperatura ambiente dentro de outro recipiente (recipiente 2).
7. Colocar 1 gota de corante alimentar azul.
8. Ajustar o nível da água, de modo a que o recipiente fique totalmente cheio.
9. Homogeneizar.
10. Colocar o quadrado de folha de acetato sobre o recipiente 1.
11. Inverter o recipiente 1, sem verter o líquido.
12. Colocar o recipiente 1 invertido sobre o recipiente 2, com a folha de acetato a separar o conteúdo dos
dois recipientes.
13. Certificar que os contornos dos dois recipientes ficam totalmente ajustados.
14. Deslizar lentamente a folha de acetato, de modo a que a superfície dos dois líquidos fique em contacto.
15. Retirar completamente a folha de acetato.
16. Observar o que acontece.
17. Repetir os procedimentos anteriores, colocando o recipiente com água quente e corante alimentar
vermelho por baixo e o recipiente com água à temperatura ambiente e corante alimentar azul por cima.
Tópicos de reflexão
Comparar a densidade da água quente com a densidade da água fria (ou à temperatura ambiente).
Explicar as diferenças observadas por trocar a posição dos recipientes. Formular uma explicação para
o sucedido.
Contextualizar esta situação no quotidiano.
Estudar as implicações desta situação no quotidiano.
Associar os resultados desta atividade experimental às correntes oceânicas e ao clima da Terra.
Material
Recipiente
Pipeta conta-gotas
Quadrado de folha de acetato
Reagentes
Água do mar
Água da torneira
Corante alimentar
Procedimento experimental
1. Transferir a água do mar para o interior de um recipiente, de modo a preencher cerca de metade do
recipiente (recipiente 1).
2. Colocar 1 gota de corante alimentar vermelho.
3. Homogeneizar.
4. Adicionar água do mar ao recipiente 1, de modo a encher totalmente o recipiente.
5. Colocar água da torneira dentro de outro recipiente (recipiente 2).
6. Colocar 1 gota de corante alimentar azul.
7. Ajustar o nível da água no recipiente 2, de modo a que o recipiente fique totalmente cheio.
8. Homogeneizar.
9. Colocar o quadrado de folha de acetato sobre o recipiente 2.
10. Inverter o recipiente 2, sem verter o líquido.
11. Colocar o recipiente 2 invertido sobre o recipiente 1, com a folha de acetato a separar o conteúdo dos
dois recipientes.
12. Certificar que os contornos dos dois recipientes ficam totalmente ajustados.
13. Deslizar lentamente a folha de acetato, de modo a que a superfície dos dois líquidos fique em contacto.
14. Retirar completamente a folha de acetato.
15. Observar o que acontece.
16. Repetir os procedimentos anteriores, colocando o recipiente com água do mar e corante alimentar
vermelho por cima e o recipiente com água da torneira e corante alimentar azul por baixo.
Tópicos de reflexão
Comparar a densidade da água doce com a densidade da água do mar.
Objetivos
Realizar a eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de sódio.
Observar e interpretar o que se forma junto de cada elétrodo.
Escrever as equações relativas às reações envolvidas na eletrólise.
Medir o valor de pH e a concentração de cloro livre da solução antes e após a realização da eletrólise.
Notas Introdutórias
Na eletrólise da água, observa-se junto de cada elétrodo a formação de bolhas gasosas,
evidência de que se forma um gás em ambos os elétrodos.
Ânodo (oxidação)
Cátodo (redução)
Equação global
Na eletrólise da solução aquosa de cloreto de sódio, também se observa junto de cada elétrodo a
formação de bolhas gasosas, evidência de que se forma um gás em ambos os elétrodos. No
entanto, no cátodo forma-se o gás hidrogénio e no ânodo forma-se o gás cloro. Neste caso,
sente-se um cheiro caraterístico a cloro e verifica-se que o valor de pH aumenta durante a
eletrólise.
Ânodo (oxidação)
Cátodo (redução)
Equação global
Material
Garrafa de esguicho Painel solar
Crocodilos Fios condutores
Elétrodos Gobelé
Kit de cloro livre Pilha
Reagentes
Cloreto de sódio, (s) Água desionizada, (ℓ)
Indicador universal em papel
Esquema de montagem
Figura 2 – Eletrólise da solução aquosa de cloreto de sódio, usando como fonte de energia uma pilha.
Procedimento experimental
1. Preparar uma solução aquosa de cloreto de sódio. Medir o valor de pH e o valor da concentração de
cloro livre desta solução.
2. Efetuar a eletrólise da solução salina, usando um painel solar. Se não estiver sol, usar em alternativa
uma pilha.
3. Observar a libertação de bolhas gasosas junto a cada elétrodo e medir ao fim de alguns minutos o
valor pH e a concentração de cloro livre na solução.