Controle Reclamações Constitucionais

Controle Reclamações Constitucionais
Nome Victor de Oliveira Varela
Instrutor Keila Cassiane Teixeira
Data Maio 2019
Entendimentos.
1. Concurso Público: RCL 34890 e RCL 34865

Trata-se de reclamação que impugna decisão de Turma Recursal do PR que considerou
não haver direito subjetivo a nomeação em cargo público, pois a reclamante não
demonstrou que a contratação temporária (Processo Seletivo Simplificado) se destinou a
suprir cargo efetivo.
A reclamante alega afrontas a ADI 3210 e ADI 3430, afirmando que o STF considerou
inconstitucional a contratação temporária de forma abrangente. Aduz que o Estado do
Paraná realizou contratação precária para o exercício das mesmas funções/atividades
atribuídas ao cargo para o qual teria sido preterida a reclamante.
O entendimento firmado é de que o acordão reclamado se baseia na fundamentação de

que não houve comprovação da preterição arbitrária e voluntária da candidata reclamante.
Por outro lado, as ADI’s não debatem sobre a comprovação da preterição. Portanto,
ausente a aderência estrita com os paradigmas invocados.
Além disso, a Reclamação não é a via adequada para superação de entendimento

jurídico fixado pelo órgão reclamado.
2. Competência estadual análise de vinculo jurídico-administrativo: RCL 34855

Trata-se de reclamação ajuizada pelo Município de Mucambo/CE em que se alega
afronta a decisão do STF na ADI 3395, na qual foi determinado a suspensão de todas as
interpretações que incluíam na competência da justiça do trabalho (art. 114, I, CF) a
apreciação das causas entre o Poder Público e servidores estatutários.
A reclamante alega que a relação jurídica-administrativa atrairia a competência da

Justiça Comum
O entendimento firmado é de que a alegação de matérias que possam descaracterizar a

relação jurídica administrativa (FGTS, insalubridade ou similar) devam ser analisadas pela
Justiça Comum. No caso, há lei municipal regulando a relação entre os servidores e o
Poder Público. Portanto, razão cabe a reclamante.
3. ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS – Modulação dos efeitos pelo TRF
4ª REGIÇÃO – RCL 34947
Trata-se de reclamação interposta contra acordão do TRF 4ª Região em qual se pleiteia
o reconhecimento à exclusão da base de cálculo do PIS e COFINS do montante do ICMS. O
recuso foi sobrestado na origem em 2008 em razão do julgamento do TEMA 69 RG.
Julgado o paradigma em 2017, os autos retornaram a turma e em juízo de retratação, foi
dado parcial provimento ao recurso.
A 1ª turma do TRF 4ª Região modulou os efeitos da decisão, estipulando que o ICMS

passaria a consta na base do PIS e da COFINS a parti do dia 1/1/2015 em razão da lei
12.973/2014, que alterou o texto normativo anterior da lei 9.718/98.
O entendimento firmado na cautelar da reclamação é de que o órgão reclamado teria

limitado temporalmente a tese firmada no TEMA 69 RG, excedendo, assim, o
entendimento firmado pela suprema corte. Deferida a liminar para suspender os efeitos da
decisão reclamada.
4. Terceirização de mão de obra – bancários – ADPF 324 e SV nº 10 – RCL 35169

Trata-se de reclamação que impugna decisão que considerou ilícita a terceirização de
mão de obra entre a Caixa Econômica Federal e empresa prestadora de serviços,
condenando ambas ao pagamento de verbas trabalhistas decorrentes de equiparação
salarial.
A reclamante alega afronta a ADPF 324, sustentando a constitucionalidade da

terceirização e violação a Súmula Vinculante nº 10, na qual o órgão reclamado teria
afastando a incidência do artigo 17 da lei 4.959/64 e do artigo 1° da Resolução do Banco
Central nº 2.707.
Contudo, o entendimento firmado por esta corte é de que não há violação de

precedente que se quer existia a época, portanto inviável é a alegação de afronta a ADPF
324. Por outro lado, o artigo 17 da lei 4.959/64 trata tão somente da definição de instituições
financeiras, não guardando qualquer previsão sobre uma possível terceirização de
serviços. A Resolução 2.707/02 do Banco Central é norma infralegal e, portanto, o seu
afastamento constitui controle de legalidade, e não de constitucionalidade. Desta forma,
também inviável a alegação de afronta a Súmula Vinculante n° 10.
5. Agravo Regimental – Terceirização ilícita – ADPF 324 e SV nº 10 – AgR 34841

Trata-se de agravo regimental ajuizado em face da decisão deste relator que negou
seguimento a reclamação, considerando a anterioridade do acordão reclamado em relação
ao julgamento da ADPF 324.
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O agravante afirma que a decisão proferida na ADPF 324 somente não afetaria as
reclamações transitadas em julgado e que em razão do efeito erga omnes e vinculante da
referida decisão, a reclamação não deveria ter seu seguimento obstado.
Contudo, a jurisprudência desta corte se consolidou no sentido que a reclamação é

inviável quando o ato impugnado houver sido proferido antes da decisão paradigma,
considerando que essa anterioridade constitui uma violação aos pressupostos de
admissibilidade da reclamação.
6. Concurso Público: RCL 34890

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2. Competência estadual análise de vinculo jurídico-administrativo: RCL 34855

A reclamante alega que a relação jurídica-administrativa atrairia a competência da

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A 1ª turma do TRF 4ª Região modulou os efeitos da decisão, estipulando que o ICMS

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4. Terceirização de mão de obra – bancários – ADPF 324 e SV nº 10 – RCL 35169

A reclamante alega afronta a ADPF 324, sustentando a constitucionalidade da

Contudo, o entendimento firmado por esta corte é de que não há violação de

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Contudo, a jurisprudência desta corte se consolidou no sentido que a reclamação é

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