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SANT’ANA DO LIVRAMENTO
2018
HAYMÃ ASSANDRI ROCHA
Sant’Ana do Livramento
2018
DEDICATÓRIA
Charles Darwin
RESUMO
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11
1 PROBLEMA ................................................................................................ 13
2 SINTOMAS DA EM ..................................................................................... 14
2.1 TIPOS DE ESCLEROSE MÚLTIPLA .................................................... 16
2.1.1 Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR) .........................16
2.1.2 Esclerose múltipla primária progressiva (EMPP).............................16
2.1.3 Esclerose múltipla secundária progressiva......................................17
3 DIAGNÓSTICO ........................................................................................... 18
3.1 EXAMES NECESSÁRIOS ..................................................................... 18
3.1.1 Ressonância magnética...................................................................18
3.1.2 Punção lombar.................................................................................18
3.1.3 Potencial evocado............................................................................19
CONCLUSÃO ................................................................................................. 40
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 41
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INTRODUÇÃO
podem aumentar o risco de crise. Outro fato que pode provocar essa reação é o stress,
apesar de ser um fator pouco determinante.
Embora não seja hereditária a EM tem sido associada a genes específicos.
A EM é imprevisível, os sintomas clínicos ocorrem por surtos, com gravidade e
tempo de duração variáveis, de modo que, conforme Haussen (1997)
1 PROBLEMA
2 SINTOMAS DA EM
Figure 1 - Desmielinização
3 DIAGNÓSTICO
Trata-se de um teste indolor que verifica a saúde das vias nervosas. Ele vai
avaliar o funcionamento da medula espinhal, dos nervos periféricos e também das
vias ópticas e das vias auditivas.
Ele é objetivo, isto é, não depende da resposta do paciente. Utiliza-se de sinais
elétricos, sonoros ou de luz para registrar as respostas do organismo e verificar a
integridade funcional das estruturas analisadas.
Existem, de forma aplicável, 3 tipos de potencial evocado.
Assim como no PEV, eletrodos são colocados no couro cabeludo, mas dessa
vez na região lateral (lobo temporal) e uma série de estímulos auditivos, cliques, são
emitidos por um fone de ouvido para analisar cada orelha separadamente.
A resposta obtida com o exame é o potencial evocado auditivo. A principal
indicação é no estudo de lesões do nervo coclear com perda auditiva, como pode
ocorrer na síndrome de Meniere.
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4.1 INTERFERON
É um medicamento composto por proteínas – alfa, beta e gama – que são
produzidas pelo corpo. Nosso sistema imunológico também produz essas proteínas,
que possuem propriedades antivirais. Esse remédio pode causar efeitos colaterais
confundidos com gripe, fadiga, calafrios, dores musculares, etc. Mulheres grávidas
não podem utilizá-lo. Esse medicamento é distribuído pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
4.2 ACETATO DE GLATIRÂMER^
De uso injetável, o acetato de glatirâmer é uma substância indicada para o
paciente portador da EM, porque acredita-se que ela bloqueia o ataque na mielina.
Apesar de seus efeitos colaterais serem raros, pode acontecer de apresentar dor no
peito, ansiedade, dificuldade para respirar. Não é recomendado para mulheres
grávidas. Também é fornecido pelo SUS.
4.3 FINGOLIMODE
É o primeiro medicamento do gênero no mundo, fármaco imunossupressor, é
ingerido por via oral, diariamente, em cápsulas, de alto custo, o que o torna quase
inviável para a maioria dos pacientes. Porém, pode ser conseguido via judicial e pelo
SUS – através da Farmácia Popular.
4.4 NATALIZUMABE
Segundo o site de internet Minha Vida – Saúde “acredita-se que sua eficácia
está no bloqueio da interação entre as moléculas de adesão expressa pelas células
inflamatórias e as moléculas dos vasos sanguíneos e das células do parênquima
cerebral. Seus efeitos não foram inteiramente definidos”.
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5.1 FISIOTERAPIA:
Procure o especialista que está cuidando de seu caso. Certamente ele irá
receitar relaxantes musculares. Dependendo do caso, a toxina botulínica poderá
auxiliar.
6.2 FISIOTERAPEUTA
O fisioterapeuta ajudará o paciente a readquirir a mobilidade perdida ou a
diminuir a espasticidade (espasticidade – aumento involuntário da contração
muscular) fazendo com que o indivíduo consiga locomover-se sem dificuldade.
6.3 FONOAUDIÓLOGO
No caso de distúrbio da fala ou da deglutição esse especialista irá contribuir
para que o paciente volte a se comunicar melhor e consiga alimentar-se de maneira
natural.
6.4 NEUROPSICÓLOGO
A neuropsicologia é um ramo da psicologia voltada para o estudo das relações
entre o cérebro e as manifestações do comportamento humano.
Um dos sintomas da esclerose múltipla é a perda da capacidade cognitiva.
Esse profissional irá ajudar na recuperação das funções cognitivas, isto é, da
memória, da capacidade de orientação no espaço e no tempo através de testes e
procedimentos utilizados no conjunto das habilidades mentais e cerebrais que são
necessárias para o indivíduo sentir-se reintegrado ao seu mundo.
7 ETIOLOGIA
A causa da EM ainda é desconhecida, presume-se que seja autoimune
influenciada pela interação genética e pelo meio ambiente (SENNE; GOMES;
SOHLER, 2005).
Existem algumas possibilidades quanto às causas da EM. Frankel (1994),
considera que a etiologia pode ser de causa viral e o dano causado à mielina seja
mediado pelo sistema imune, resultando em um ataque contra o tecido neural do
próprio indivíduo (resposta autoimune). Se o vírus realmente for responsável, pode
ser um vírus comum que infecta um grande número de pessoas, mas somente a
minoria delas desenvolveria a EM. Ou ainda, um vírus pouco comum, com baixa
incidência de infecção e alta incidência de expressão clínica.
As conjecturas etiopatogênicas são inúmeras. Contudo, existem estudos que
sugerem a existência de fatores exógenos, provavelmente virais, e fatores
endógenos, como alterações genéticas, que servem como elementos necessários
para a ocorrência da doença (CALLEGARO, 2003, p. 336).
Na informação fornecida pelo neurologista Renan Domingues:
FONTE: RUDICK, R. A. Esclerose Múltipla e doenças correlatas. In: BENNETT. J. C. & PLUM,
F. Cecil Tratado de Medicina Interna.
8.3 APEMSMAR
Com sede em Santa Maria/RS – uma das associadas à ABEM. Efetua,
periodicamente, a divulgação para a população através de revistas, esclarecendo de
forma clara os cuidados e a atenção que devemos ter ao portador da doença.
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Figure 3 - Portadores de EM
atividade aeróbia, de intensidade moderada, duas vezes por semana e treino de força
dos principais grupos musculares, duas vezes por semana.
Relativamente ao treino de força, é aconselhada a realização de 10-15
repetições de cada exercício, tentando, gradualmente, aumentar para 2 séries.
O descanso entre cada série deve ser entre 1-2 minutos. As bandas de
resistência elástica e os pesos livres são alguns exemplos de materiais a serem
utilizados (LATIMER-CHEUNG, MARTIN GINIS, ET AL., 2013).
Segundo estes autores, o cumprimento das normas pré-estabelecidas para
física a atividade pode provocar redução na fadiga, melhoria na mobilidade e na
qualidade de vida.
pessoas com EM, quando comparados com as saudáveis, acabando por atingir
negativamente a qualidade de vida (STROUD & MINAHAN, 2009).
A qualidade de vida é um conceito amplo e está intimamente ligada com a
influência que a enfermidade pode ter na pessoa, nomeadamente o alterar e limitar a
sua capacidade de desempenhar as tarefas do dia-a-dia (CARR ET AL., 2001). A AF
é reconhecida como preponderante na qualidade de vida de uma pessoa, melhorando
a Saúde, o bem-estar e prevenindo doenças (DÖRING ET AL., 2012).
A qualidade de vida pode também ser afetada em diversas vertentes e as
pessoas com EM podem perder a sua independência, levando à diminuição da
participação em atividades sociais (KESSELRING & BEER, 2006). Contudo, importa
referir que, em pessoas com EM torna-se difícil avaliar a qualidade de vida, devido à
sua complexidade e à diversidade de fatores que afetam negativamente o bem-estar
físico, psicológico e social em pessoas com EM (HOLLAND, 2014).
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CONCLUSÃO
Como foi possível observar ao longo deste trabalho, bem como nas
Referências, a literatura sobre a Esclerose Múltipla é vasta, porém repetitiva, uns
autores repetindo o ponto de vista de outros.
No entanto, o ponto em comum em todo o material é que essa doença, até o
presente momento, não tem cura. Assim como não se sabe com exatidão se ela é
hereditária, ou de onde e como se instala no organismo humano.
De certeza temos que a faixa etária é de gente jovem até idosos. Que o público
feminino é o mais atingido. Que a população moradora em ambiente frio é a mais
propensa à sua instalação.
Para o tratamento, temos muitos fármacos. Uns poucos efeitos fazem; outros,
têm efeitos colaterais graves.
A alternativa é o exercício físico que, por sua vez, também pode causar danos
se não for bem aplicado e supervisionado por especialistas.
Como se vê em toda a literatura existente, há que se ter muito cuidado também
com o exercício físico. As razões? Simples. Nem todos somos iguais. Temos a
distinção do sexo: feminino e masculino. Os homens têm um físico próprio para
fazerem mais força, o que lhes possibilita exercitar-se mais. As mulheres, mais frágeis
fisicamente, no que toca esse tipo de atividade, devem ter um acompanhamento mais
severo. Uns têm o biótipo próprio para a atividade física e bastante disposição. Outros,
mais sedentários não consideram o exercício uma boa opção.
Procure a orientação de neurologistas, fisioterapeutas, psicólogos, e demais
profissionais da área, o mais breve possível.
Uma alternativa do portador da EM é procurar informações e/ou apoio médico
e psicológico através da ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla que
mantém uma página na internet sobre o assunto.
Quanto antes for diagnosticada a EM mais chances de controle terá.
Não se automedique.
Apenas dessa forma essa doença poderá ser administrada com sucesso.
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REFERÊNCIAS
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