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4 - ALGUMAS NOÇÕES DE LIMITE

O cálculo desenvolveu-se a partir de dois problemas fundamentais: o de


determinar uma reta tangente a curva; e o de determinar a área sobre uma curva.
Começaremos inicialmente falando sobre o primeiro problema (cálculo diferencial) e
mais na frente falaremos do problema da área sobre a curva.
Faremos dois tipos de exploração de limites: um gráfico, no qual iremos utilizar
os recursos gráficos da Hp48 e um numérico, no qual definiremos uma função e faremos
uma pesquisa numérica do limite estudado.
Para efetuarmos a pesquisa geométrica precisamos aprender como utilizar as
funções de zoom para a ampliação ou redução de (parte) de gráficos.

4.1 - ZOOM E PESQUISA GRÁFICA DE LIMITES


4.1.1 – Principais utilizações do zoom
Ao plotarmos um gráfico, várias opções apareceram na tela onde o gráfico
apareceu plotado. O zoom é uma dessas opções.
Vamos plotar a função x2
EQ: X^2
< : RAD
H-view: -3 a 4
V-view: -2 a 14
Repare que apareceu o comando zoom depois que mandamos plotar o gráfico.
Dentro deste menu, teremos uma gama de opções de zoom para um gráfico.
Citemos agora o funcionamento das opções mais utilizadas:
Antes de começarmos a utilizar as opções de zoom devemos explicar o que é o
[ZFACT].
O [ZFACT] – O submenu [ZFACT] é o menu
onde você determinará os fatores de aproximação
vertical e horizontal, quando você executar algum
comando de zoom, em outras palavras, o quanto você
irá multiplicar ou dividir a seu escala de gráfico.
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No H-Factor você determinará o coeficiente pelo qual a escala horizontal vai ser
multiplicada em Zoom Out ou dividida em Zoom In. No V-Factor, você determinará o
coeficiente pelo qual a escala vertical vai ser multiplicada ou dividida. Repare que você
tem a opção de colocar um check mark em “recenter at crosshairs”. Se você selecionar
essa opção, o centro dos zooms serão determinados pela posição do cursor que você tem
na tela de “plot”.
[BOXZ] - Caixa de zoom (“zoom to box”). – Permite que você determine uma
caixa com o cursor. A região delimitada por essa caixa será a nova região a ser plotada.
As teclas que você utilizará para determinar essa caixa serão: [] [] [] e [].
Você começará a determinar a caixa quando você der o comando [BOXZ] e ela será
“desenhada” através do cursor que apararece na tela. Depois de determinada a caixa,
selecionar a opção [ZOOM] que aparece na tela.
[ZIN] - Zoom In – Dará um zoom na horizontal e na vertical, com o fator de
zoom determinado no menu “zfact”. Lembre-se se você está ou não utilizando a opção
“recenter at crosshairs” do menu de fatores de zoom (zoom factors).
[ZOUT] - Zoom out – Afastará a imagem na horizontal e na vertical, com o fator
de zoom determinado no menu “zfact”.
[ZLAST] – Zoom to last – último zoom – Plotará novamente o zoom dado
anteriormente a este último selecionado. Em outras palavras, voltará “um” zoom daquele
que você deu anteriormente a este.

4.1.2 – Utilizando os Comandos


Agora daremos alguns exemplos dos comandos de zoom que serão utilizados com
maior freqüência nos zooms. Para todos os gráficos que forem reaproveitados,
utilizaremos o comando [ZLAST]; realizaremos esse processo para evitar que entre
novamente com os dados para se plotar uma segunda vez o mesmo gráfico.
Seja a função a ser plotada, a função xln(|x|):
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EQ : ‘X*LN(ABS(X))’
<: RAD
H-view: -3 a 3
V-view: -9 a 9

Entremos no menu [ZOOM] (fig. ao lado).

Primeiro iremos definir os fatores de zoom.


Tomemos o fator 4 para a escala vertical e horizontal, ou
seja, toda vez que dermos um comando que dependa dos
fatores de zoom, eles trabalharão com o fator 4 de multiplicação ou divisão nas escalas.
Depois de definidos os fatores, selecione [OK] e comecemos a trabalhar os zooms.
Ao apertar a opção [ZIN] você dará um zoom com o fator 4 tanto na escala
vertical quanto na horizontal. O gráfico será:
-

Ao selecionarmos a opção [ZIN] obteremos o gráfico da direita.

Para darmos um novo zoom no gráfico plotado, devemos novamente entrar no


menu zoom.
Pressione agora a opção [ZOUT]. Pelo fato de não termos mudados os fatores de
zoom, ao selecionarmos essa opção, nosso gráfico voltará ao original.
Obteremos então:
-

Devido ao fato de não termos mudado os fatores de zoom, ao darmos o [ZOUT] obtemos novamente o gráfico inicial

Outra importante função do zoom é o [BOXZ], pois com ela, você poderá escolher
o local onde será dado o zoom desejado.
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Isto é IMPORTANTE: antes de selecionar a opção [BOXZ] posicione o cursor da


tela na posição que você deseja que comece a caixa de zoom.
Pois bem, daremos um zoom no vértice da função.
Repare na figura ao lado onde está
posicionado o cursor na tela. A partir desse
ponto irá começar a caixa de zoom, na hora
que selecionarmos a opção [BOXZ].

Iremos determinar a caixa com os cursores [] [] [


Determinada a caixa, selecionamos a opção [ZOOM] e será dado o zoom desejado:
Na primeira figura temos a caixa de zoom e a

opção de zoom; na segunda temos o zoom

determinado

Lembre-se de como utilizar as opções [TRACE] e [(X,Y)], pois elas serão


importantes na seqüência.

4.2 – CONFIGURAÇÕES PARA PESQUISA DE LIMITES


Antes de começarmos a realizar qualquer operação, vamos mudar uma
configuração da calculadora, para que torne possível o cálculo dos limites.
Vamos em [  ] [modes] (figura ao lado).

Vamos agora selecionar a opção [FLAG] para podermos mudar uma


simples configuração.
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Coloque um “check mark” na opção n o 2 (“Constant  num”). Isso fará com que
quando selecionarmos o número  não aparecerá mais o símbolo “” e sim o valor
numérico de  para a calculadora.

Após colocar o “check mark” em 02 selecione [OK] e [OK].

4.3 - EXPLORAÇÃO GRÁFICA


Informalmente falando, dizemos que uma curva no plano admite uma reta
tangente em um determinado ponto quando existe uma reta que passa por este ponto tal
que a curva “se confunde” com esta reta na proximidade do ponto.
Vamos explorar a existência de retas tangentes a curvas e tentar estimá-las
utilizando os recursos gráficos da Hp48.
Exemplo 1 – Vamos plotar a função f(x) = sen(x) de -a /2.
EQ: SIN(X)
<: RAD
Indep: X
H-view: -/2 a /2
V-view: -1.5 a 1.5
Repare que não conseguimos colocar o valor
de  no espaço do “H-view”. Teremos que utilizar
a opção [CALC]. Ao trabalharmos com esta opção, o
valor que estiver no nível 1 entrará no espaço
selecionado. Por exemplo, com a barra negra no primeiro espaço do H-view,
selecionamos a opção [CALC].
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A tela que aparece é similar a que fazemos os


cálculos. Ao selecionarmos o número , aparecerá o seu
valor (lembre-se que mudamos as configurações para
que  aparecesse com seu valor numérico). Basta
dividirmos o valor por dois e selecionar [OK], que este valor vai para o primeiro espaço
do H-view (não se esqueça de que para o início do H-view queremos o valor de
-/2). O segundo campo de H-view é preenchido de forma análoga.

Basta selecionarmos [ok] para que o valor que está no nível 1 vá para o local onde estava a

barra negra

Vamos agora plotar o gráfico de sen(x) com as


configurações anteriormente definidas.

4.3.1 – Determinando o coeficiente angular


Vamos agora dar alguns zooms em torno do ponto (0,0) e ver como se comporta a
função. Vamos utilizar a tecla [ZIN] e fatores de zoom 2 para ambas as escalas
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Repare que depois de dois zooms. O trecho do gráfico de sen(x) visualizado


parece uma reta. Podemos determinar o coeficiente angular desta reta utilizando a opção
[TRACE] e [(X,Y)].
Sabemos que o coeficiente angular de uma reta é:

y  y0
m
x  x0

sabemos também que o gráfico passa por (0,0).


Selecionamos ao acaso o ponto
(6.049×10-2,6.040×10-2).
Vamos agora calcular o coeficiente
angular:
6.049  10 2  0
m  m  1.00149  1
6.040  10  2  0
Veja que determinamos, com aproximação, o coeficiente angular da reta tangente:
m = 1.
E quando x = 0, temos y = 0, ou seja:
y  mx b
0  1 0  b
b0

logo, a equação da reta tangente a função sen(x) no ponto (0,0) é:


y=x
4.3.2 – Função módulo e limite no bico
Vamos falar agora da função módulo de x.
Exemplo 2 - Seja f(x) = |x-2| = ABS(X-2).
Vamos plotar a função:
EQ: ABS(X-2).
Indep: X
H-view: -1 a 5
V-view: -1.5 a 4

Repare que a função faz um bico no valor de x = 2.1


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Por razão deste bico, a função |x – 2| não possuirá reta tangente no ponto x = 2.

Mesmo se dermos vários zooms no “bico” da função, veremos que este


continuará. Concluímos então que a função não é “suave” no ponto x = 2, logo NÃO
existe derivada no ponto.

O “bico” não desaparecerá; não existe reta tangente no ponto x = 2

4.4 - ATIVIDADE 1
Determinar uma aproximação a reta tangente aos gráficos
das funções listadas abaixo, nos pontos indicados. Utilizar
comandos de zoom, as opções [trace] e [(x,y)]. Plote os
gráficos em uma escala conveniente no H-view.
3
a) f ( x)  x  4 x  3 ;no ponto (-2,2.333333).
3
Sugestão: H-view: –5 a 5 e V-view: -15 a 10
b) f ( x)  2 ln( x) ;no ponto (1,0).
Sugestão: H-view: 0 a 5 e V-view: –5 a 5
c) f ( x)  | x | ;no ponto (0,0)
Sugestão: Utilize ABS(X) como |x|
H-view: -5 a 5 V-view: –1.5 a 3
d) f ( x)  cos( x) ;no ponto (/4, 2 / 2 ).
Sugestão: Dê um zoom trigonométrico (APÊNDICE A) e
procure o ponto (/4, 2 / 2 ) e a partir daí retire os dados
para calcular a tangente.
4.5 – CONCEITO DE DERIVADA
Uma outra maneira de apresentar intuitivamente o conceito de reta tangente é
como o limite de retas secantes. Admita que uma curva tenha reta tangente em um ponto
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(xo ,yo). Considere uma reta secante à curva passando por dois pontos distintos sobre a
curva: (xo ,yo) e ( x , y ) . A figura
abaixo mostra o esquema da
secante cortando a curva. A idéia
é que para ( x , y ) próximo de (xo
,yo) a reta secante esteja próxima
da reta tangente.
A derivada é o coeficiente
angular da reta tangente, quando
esta existe e não é vertical.

Exemplo 3 – Vamos voltar ao exemplo de f(x) = sen(x), só que agora, não vamos
utilizar nenhum zoom.
EQ: SIN(X)
Indep: X
H-view: 0 a /2
V-view: -0.5 a 1.5
Vamos pegar cinco pontos distintos para calcularmos o coeficiente angular da
curva, quando próxima de zero.
Consideraremos o ponto (xo , yo) como o ponto (0,0).

(x1 , y1) = (1.110 , 0.896)


(x2 , y2) = (0.894 , 0.780)
(x3 , y3) = (0.652 , 0.607)
(x4 , y4) = (0.290 , 0.286)
(x5 , y5) = (0.048 , 0.048)
Vamos agora calcular o coeficiente angular das retas secantes, que passam por
(0,0) e os pontos acima.
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y  y0
m
x  x0
1.110  0
m1   1.239
0.896  0
0.894  0
m2   1.146
0.780  0
0.652  0
m3   1.074
0.607  0
0.290  0
m4   1.013
0.286  0
0.048  0
m5  1
0.048  0
Veja que, conforme fomos aproximando os valores de ( x , y ) aos valores do
ponto (xo ,yo) mais os valores de m foram se aproximando de 1. No exemplo anterior, nós
demos vários zooms, antes de escolhermos um ponto para calcularmos o coeficiente
angular. Aqui, nós escolhemos diversos pontos e vimos para qual valor estava tendendo
m. Compare o valor de m5 calculado agora, com o valor de m calculado no exemplo 1.

4.6 - ATIVIDADE 2
Calcule o coeficiente angular das funções da Atividade
1 pelo método empregado no exemplo 3. Compare os resultados
obtidos aqui com os resultados obtidos na ATIVIDADE 1.

4.7 - EXPLORAÇÃO NUMÉRICA


Dada uma função f(x), a inclinação da reta secante que passa pelos pontos
distintos (xo ,yo) e ( x , y )
f f ( x )  f ( x0 )
 ,
x x  x0

é a taxa média de variação de f(x) com relação a x, no intervalo[x0 , x ] . O limite quando


x se aproxima de xo, quando existe, é a taxa instantânea de variação, ou a derivada da
função f(x) no ponto x = x0.
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Na exploração gráfica investigamos casos particulares de limites. Nesta seção


estudamos o caso geral, isto é, o limite de uma função h(x) quando x tende ao valor fixo

x , denotado por lim


x x
h( x ) .

4.7.1 – Calculando o limite por exploração numérica

Exemplo 4 - Vamos calcular o lim x2 .


x 2

Primeiramente definiremos a função f(x)=x2


Lembre-se, para definir a função utilizamos o [equation] e a tecla [def] para
definir f em função de x (cap. 3 – “Equações, Funções e Gráficos”).
Com f(x) definido daremos valores cada vez mais próximos de 2 e iremos
observando os resultados para determinarmos para qual valor a função estará se
aproximando.
Segue agora alguns valores de x para que possamos realizar a pesquisa numérica
deste limite:
x f(x)
1.9 3.61
1.99 3.9601
1.999 3.996001
1.9999 3.99960001
1.99999 3.99996

O que podemos observar? Observamos que conforme formos dando valores para
x, cada vez mais próximos de 2, obteremos valores cada vez mais próximos do valor de
f(2). Nesse caso, f(2)=4; repare que quanto mais aproximássemos o número de 2, mais o
valor de f(x) ficaria próximo de 2.

Abaixo temos o gráfico da função x2 e o sentido por onde nós “aproximamos” o 2.

Gráfico da função onde aparece o valor de f(2) e o sentido por onde aproximamos o valor de

dois

4.8 - ATIVIDADE 3
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Estimar numericamente os limites abaixo com o auxílio


da calculadora e utilizando os valores de x dados na tabela.
Traçar também o gráfico de cada uma das funções em torno do
número ao qual x tende e determinar o sentido de aproximação
do valor desejado:
Sugestão: para que você obtenha os valore defina uma
função f(x) como a função do limite e de os valores
desejados para x.

x 1
1) lim
x 3 x3

x f(x) x f(x)

3.1 2.9

3.01 2.99

3.001 2.999

3.0001 2.9999

3.00001 2.99999

2) lim x 2  9
x  4

x f(x) x f(x)

-4.1 -3.9

-4.01 -3.99

-4.001 -3.999

-4.0001 -3.9999

-4.00001 -3.99999

4.9 - LIMITES TRIGONOMÉTRICOS


Falaremos agora de alguns limites trigonométricos.
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Primeiramente falemos das funções sen(  ) e cos(  ). Pelo círculo


trigonométrico vemos que conforme   0 o ponto P(cos(  ), sen(  )), o qual percorre
a função que determina o raio do círculo trigonométrico, tende para o ponto R(1,0). Logo
cos(  )1 e sen(  )0 quando  0+. Por se tratar do círculo trigonométrico vemos
que as afirmações também são verdadeiras quanto  0-. Temos assim:
lim cos ( )  1 e lim sen( )  0
 0  0

Já o limite do quociente sen(x)/x desempenha papel especial no cálculo de funções


trigonométricas. É essencial para determinarmos as derivadas das funções seno e cosseno.
Repare que o quociente não está definido para  =0. Façamos, agora, uma pesquisa
numérica do valor do limite quando  0.
sen( x )
Exemplo 5 - lim
0 x
x f(x)
0.5 0.95885
0.1 0.99833
0.05 0.99958
0.01 0.99998
0.005 0.999995
0.001 1.000000
Segue-se agora um gráfico dessa função:

Temos na figura da esquerda a função sen(x)/x e na da direita o ponto (x,y) onde x


= 0 e y não está definido.
Repare que pelo gráfico a função sen(x)/x tende para o ponto (0,1), mas não está
definida neste ponto.

O limite trigonométrico básico


sen( x)
lim 1
x 0 x
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Agora vamos mostrar graficamente que o limite anterior tende para 1.

Para tanto, vamos plotar as funções cos(x), sen(x)/x, e 1, para mostrar que função
cos(x) e a função 1 “espremem” a função sen(x)/x em torno do valor 1.

EQ: {‘COS(X)’ ‘SIN(X)/X’ ‘1’}

<: RAD

Indep: X

H-view: -3 a 3 (utilize a opção [CALC] do menu plot)

V-view: -1.5 a 1.5

cos(x) f(x)=1 sen(x)/x

Repare que a função cos(x) e 1 “espremem” a função sen(x)/x em torno do valor 1

Tomemos agora alguns exemplos de limites trigonométricos.

Exemplo 6– Investimentos agora


 
lim sen 
x 0
x
Façamos, primeiramente a pesquisa numérica:
x f(x)
1 0
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0.5 4.13...×10-13
0.1 2.06...×10-12
0.05 4.13...×10-12
0.01 2.06...×10-11
0.005 4.13...×10-11
0.001 2.06...×10-10
Repare que a coluna da direita pode ser aproximada para zero em todas as linhas.
Então o limite da função sen()/x é zero quando x0, certo? Vejamos: plotemos o
gráfico da função e vamos analisar o que está acontecendo.
EQ: SIN()/X
<: RAD
H-view: -1 a 1
V-view: -2 a 2
sen( x )
O gráfico revela uma oscilação nos valores de quando x próximo de
x
zero, que nossa pesquisa numérica encobriu. Ocorre que x assume valores cada vez
maiores em módulo quando x tende para zero. Como a função seno é periódica,
assumindo valores de –1 a 1, a função sen(x) não tem limite quando x tende a zero.

Mas então, o que aconteceu com a pesquisa numérica?


Repare que todos os números utilizados na pesquisa numérica foram números do
tipo 1/n, onde n é um número inteiro (0.1=1/10; 0,05=5/100; etc.) podemos então deduzir
que:
    
sen    sen   sen(n )  0
x  1/ n 
para todo inteiro n diferente de zero. Mas, com uma escolha diferente dos “valores de
teste” de x, poderíamos obter outros resultados do gráfico, conflitantes com os desta
pesquisa.
Este exemplo deixa bem claro que a pesquisa numérica serve para nos dar uma
noção de qual valor a função estaria tendendo, porém não é suficiente para demonstrar
que o limite realmente é igual a este valor.
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4.10 - ATIVIDADE 4
Faça a pesquisa numérica dos limites abaixo para os
valores de x dados
sen(3 x)
1) lim
x 0 x
x f(x)
1
0.1
0.01
0.001
0.0001

sen(3 x )
2) lim
x 0 sen(2 x )
X f(x)
1
0.1
0.01
0.001
0.0001

1  cos(3 x)
3) lim
x 0 2x
X f(x)
1
0.01
0.0001
0.00001
0.000001

4.11 - RESPOSTA DAS ATIVIDADES


ATIVIDADES 1 e 2:
1)m = 0 ; reta tangente  y = 0x + 8.33333
2)m = 2 ; reta tangente  y = 2x - 2
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3)m = não existe ; reta tangente vertical


4)m = 0.7071 ; reta tangente  y = 0.7071x + 1.2624
ATIVIDADE 3
x 1
1) lim
x 3 x3
x f(x) x f(x)
3.1 0.3342 2.9 0.3220
3.01 0.3344 2.99 0.3322
3.001 0.3334 2.999 0.3332
3.0001 0.33334 2.9999 0.33332
3.00001 0.33333 2.99999 0.33333
Ele tende a três pela direita quando utilizamos os
dados da primeira coluna e tende a três pela esquerda quando
utilizamos os dados da coluna 3

2) lim x 2  9
x  4

x f(x) x f(x)
-4.1 5.08035 -3.9 4.92036
-4.01 5.00800 -3.99 4.99200
-4.001 5.00080 -3.999 4.99920
-4.0001 5.00008 -3.9999 4.99992
-4.00001 5.00000 -3.99999 4.99999=5
Quando utilizamos os dados da coluna 1 estamos nos
aproximando de –4 pela esquerda e quando utilizamos os dados
da coluna 3 estamos nos aproximando de –4 pela direita.
ATIVIDADE 4
sen(3 x)
1) lim
x 0 x
X f(x)
1 0.14112
0.1 2.95520
0.01 2.99955
0.001 2.99999
0.0001 2.9999999=3
sen(3 x )
2) lim
x 0 sen(2 x )
X f(x)
1 0.15519
0.1 1.48749
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0.01 1.49987
0.001 1.49999
0.0001 1.499999 = 1.5
1  cos(3 x)
3) lim
x 0 2x
X f(x)
1 0.99499
0.01 0.22498
0.0001 0.000225
0.00001 0.000022
0.000001 0.000002 = 0

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