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Índice
1Etimologia
2História
o 2.1Primeiras civilizações
o 2.2Colonização
o 2.3Independência
o 2.4Século XIX
o 2.5Séculos XX e XXI
3Geografia
4Demografia
o 4.1Religiões
5Governo e política
o 5.1Forças Armadas
6Subdivisões
7Economia
8Infraestrutura
o 8.1Educação
9Cultura
o 9.1Arquitetura
o 9.2Esportes
o 9.3Feriados
10Ver também
11Referências
o 11.1Bibliografia
11.1.1Leitura adicional
12Ligações externas
Antiga cidade inca de Machu Picchu, classificada pela UNESCOcomo um Patrimônio Mundial. Está
situada a 2 400 m de altitude, próximo ao vale do rio Urubamba
Centro Histórico de Lima, classificado como Patrimônio Mundialpela UNESCO e centro do poder do
governo peruano desde 1535
No início do século XIX, enquanto a maioria da América do Sul era assolada por guerras
de independência, o Peru continuou a ser um reduto monarquista. Como a elite hesitou
entre a emancipação e a lealdade para com a monarquia espanhola, a independência foi
obtida apenas após as campanhas militares de José de San Martín e Simón
Bolívar.[35] Durante os primeiros anos da República, lutas endêmicas pelo poder entre
líderes militares causaram instabilidade política.[36] A identidade nacional foi forjada durante
este período, com projetos bolivarianos que afundaram, como a Confederação da América
Latina, e uma união com a Bolívia que se mostrou efêmera.[37]
Primeiro Congresso Constituinte do Peru na capela da Universidade Nacional Maior de São Marcos,
em 22 de setembro de 1822.
Lutas internas após a guerra foram seguidas por um período de estabilidade no âmbito do
Partido Civil, que durou até o início do regime autoritário de Augusto B.
Leguía.[54] A Grande Depressão causou a queda de Leguía, renovada turbulência política e
a emergência da Aliança Popular Revolucionária Americana (APRA).[55] A rivalidade entre
esta organização e uma coalizão das elites e dos militares definiram a política peruana nas
três décadas seguintes.[56]
Em 1968, as forças armadas, lideradas pelo general Juan Velasco Alvarado, aplicaram
um golpe militar contra o presidente Fernando Belaúnde. O novo regime levou a cabo
reformas radicais para fomentar o desenvolvimento, mas não obteve apoio
generalizado.[57] Em 1975, Velasco foi substituído como presidente pelo general Francisco
Morales Bermúdez, que paralisou as reformas e supervisionou o restabelecimento
da democracia.[58]
Durante a década de 1980, o Peru enfrentou uma forte crise econômica e social, devido à
falta de controle dos gastos fiscais, uma dívida externa considerável e a crescente
inflação, juntamente com um conflito armado interno, causado pela insurreição dos grupos
terroristas do Sendero Luminoso e do Movimento Revolucionário Túpac Amaru de
inspiração comunista, que buscou tomar o poder através da luta armada. O terrorismo
obteve uma resposta repressiva das Forças Armadas, primeiro a Polícia e depois o
Exército. A luta entre os dois lados causou a morte de cerca de 70 mil pessoas entre
combatentes, camponeses e moradores da cidade.[59][60][61]
A crise entrou em sua fase mais crítica no final da década, durante o primeiro governo
de Alan García, quando o país sofreu uma forte crise econômica devido à falta de controle
dos gastos fiscais e à resultante hiperinflação que atingiu o máximo de 7,649% em 1990.
Enquanto isso o Sendero Luminoso se aventurou nas grandes cidades do país, iniciando a
fase mais difícil do conflito armado interno. [62]
Com a presidência de Alberto Fujimori (1990 2000), o país começou a se recuperar, no
entanto, as acusações de autoritarismo, corrupção e violações dos direitos
humanos forçaram sua renúncia após a polêmica eleição de 2000 [63][64]. Desde o fim do
regime de Fujimori, o Peru tenta lutar contra a corrupção, enquanto mantém o crescimento
econômico.[65] Em junho de 2016, em votação apertada, Pedro Pablo Kuczynski foi eleito
presidente do país,[66]sendo empossado no dia 28 do mês seguinte.[67]
A maioria dos rios peruanos tem origem nos picos da cordilheira dos Andes e correm
através de três bacias. Aqueles que correm em direção ao oceano Pacífico são íngremes e
curtos, fluindo apenas intermitentemente. Os afluentes do rio Amazonas são mais longos,
tem um fluxo muito maior e são menos íngremes, uma vez que saem da serra. Os rios que
vão em direção ao Lago Titicaca são geralmente curtos e têm um grande fluxo.[70] Os
maiores rios do país são o Ucayali, o Marañón, o Putumayo, o Yavarí, o Huallaga,
o Urubamba, o Mantaro e o Amazonas.[71]
O Peru não tem um clima exclusivamente tropical, pois a influência da Cordilheira dos
Andes e da corrente de Humboldt causa uma grande diversidade climática no país. A
costa tem temperaturas moderadas, baixos índices de precipitações e alta umidade, com
exceção de sua região norte, mais quente e úmida.[72]
Na serra (sierra), a chuva é frequente durante o verão e a temperatura e a umidade
diminuem com a altitude até os picos congelados dos Andes.[73] A selva é caracterizada por
fortes chuvas e altas temperaturas, com exceção de sua parte mais ao sul, que
tem invernos frios e chuvas sazonais.[74] Devido à sua variada geografia e clima, o Peru
tem uma grande biodiversidade, com 21 462 espécies de plantas e animais registradas até
2009; 5 855 delas endêmicas.[75]
Panorama do Vale do Colca, no sul do país.
Com cerca de 31,2 milhões de habitantes, o Peru é o quinto país mais populoso
da América do Sul.[85] A taxa de crescimento demográfico caiu de 2,6% para 1,6% entre
1950 e 2000; a população deverá atingir a marca de cerca de 42 milhões de habitantes em
2050.[86] Em 2007, 75,9% dos peruanos viviam em áreas urbanas e 24,1% em áreas
rurais.[87] As principais cidades do país são Lima (o lar de mais de cerca de 8 milhões de
pessoas), Arequipa, Trujillo, Chiclayo, Piura, Iquitos, Cuzco, Chimbote e Huancayo; todas
registraram mais de 250 mil habitantes no censo de 2007.[88] Existem 15 tribos indígenas
isoladas no território peruano.[89] O espanhol era o idioma usado por 83,9% dos peruanos
com cinco anos de idade ou mais em 2007 e é a principal língua do país. Ele coexiste com
várias outras línguas indígenas, sendo a mais comum o quíchua, falado por 13,2% da
população do país. Outras línguas nativas e estrangeiras eram faladas naquela época por
2,7% e 0,1% dos peruanos, respectivamente.[90] O índice de alfabetização foi estimado em
92,9% em 2007, mas essa taxa é menor em áreas rurais (80,3%) do que nas áreas
urbanas (96,3%).[91] O ensino primário e o secundário são obrigatórios e gratuitos nas
escolas públicas.[92]
No censo de 2007, 81,3% da população com mais de 12 anos de idade descreveu-se
como católica, 12,5% como evangélicos, 3,3% de outras denominações e 2,9%
como irreligiosos.[93]
O governo peruano está intimamente ligado com a Igreja Católica. O artigo 50 da
Constituição reconhece o papel da Igreja Católica como "um elemento importante no
desenvolvimento histórico, cultural e moral da nação."[94] O clero e leigos recebem
remuneração do Estado, além do estipêndios pagos a eles pela Igreja. Isto aplica-se aos
52 bispos do país, assim como a alguns padres cujos ministérios estão localizados em
cidades e vilas ao longo das fronteiras. Além disso, cada diocese recebe um subsídio
mensal institucional do governo. Um acordo assinado com o Vaticano em 1980 concede o
estatuto especial para a Igreja Católica no Peru.[95]
A Igreja Católica recebe o tratamento preferencial em matéria de educação, benefícios
fiscais, de imigração de trabalhadores religiosos, e em outras áreas, em conformidade com
o acordo. A lei exige que em todas as escolas, públicas e privadas, a educação religiosa
seja parte do currículo de todo o processo de ensino (primário e secundário).
O catolicismo é a única religião ensinada nas escolas públicas. Além disso, os símbolos
religiosos católicos são encontrados em todos os edifícios governamentais e locais
públicos.[96]
As forças armadas peruanas são a principal força de combate e defesa da nação. Ela é
composta por um exército, uma marinha e uma aeronáutica, cuja principal função é
defender a soberania, a independência e a integridade territorial do país.[108]
As forças armadas estão subordinadas ao Ministério da Defesa e ao presidente
como comandante em chefe. A conscrição foi abolida em 1999 e substituída por
um serviço militarvoluntário.[108]
A Polícia Nacional do Peru, apesar de ser subordinada às forças armadas, é inteiramente
construída sobre uma estrutura civil.[109] A conscrição foi abolida em 1999 e substituída por
um serviço voluntário.[108][110]
Lima
A política econômica peruana tem variado muito ao longo das últimas décadas. O governo
de Juan Velasco Alvarado (1968-1975) introduziu reformas radicais, que incluíram
a reforma agrária, a expropriação das empresas estrangeiras, a introdução de um sistema
de planejamento econômico e a criação de um amplo setor estatal. Estas medidas não
conseguiram atingir os seus objetivos de redistribuição de renda e o fim da dependência
econômica de países desenvolvidos.[121]
Apesar destes resultados negativos, a maioria das reformas não foi revertida até a década
de 1990, quando a liberalização do governo de Alberto Fujimori terminou com os controles
de preços, o protecionismo, as restrições ao investimento direto estrangeiro, e mais
propriedade estatal das empresas Em 8 de agosto de 1990, o governo de Fujimori
anunciou um choque econômico chamado "Fujishock": a taxa de câmbio foi desvalorizado
em 227%, o preço da gasolina aumentou 3.000 por cento, desemprego subiu para 73%, a
inflação chegou a 7.694,6%. (114.5% em 1987, 1722% em 1988, 2775% em 1989, e 7694
em 1990).[122][123]
Os serviços representam 53% do produto interno bruto nacional peruano, seguidos pela
indústria transformadora (22,3%), indústrias extrativas (15%)
e impostos (9,7%).[124][124][125] Espera-se aumento do comércio após a aplicação de um
acordo de livre comércio com os Estados Unidos, assinado em 12 de abril de 2006.[126] As
principais exportações do Peru são de cobre, ouro, zinco, têxteis e farinha de peixe. Seus
principais parceiros comerciais são os Estados Unidos, China, Brasil e Chile.[124] Em 2013
as exportações agrícolas tradicionais caiu 40,6 por cento[127]
Parque Universitário da Universidade Nacional Maior de São Marcos, universidade mais antiga da
América, fundada em 12 de maio de 1551
A educação é dividida em diferentes níveis: a formação inicial, corresponde à do período
entre zero e cinco anos de idade, e tem por finalidade principal dar às crianças estímulos
necessários para o seu desenvolvimento, através de técnicas e atividades
educacionais.[130] O ensino primário começa com o primeiro ciclo, que consiste no primeiro
e segundo grau. A idade de entrada para as crianças é de seis anos. Este nível começa na
primeira série e termina na sexta série.[130]
O ensino secundário é constituído por cinco anos, do primeiro ao quinto ano. Em seguida,
vem o ensino superior que é composto por cursos de graduação, tecnológico ou técnico.
Para ingressar em universidades é essencial passar em um exame de admissão, embora
a aprovação dependa da exigência da universidade. A primeira universidade criada no
país foi a Universidade Nacional Maior de São Marcos, a mais antiga nas Américas,
fundada em 12 de maio de 1551; seguida pela Universidade Nacional de San Cristóbal de
Huamanga em 1677, da Universidade Nacional de San Antonio Abad de Cusco em
1692, Universidade Nacional de Trujillo criada em 1824, Universidade Nacional de Santo
Agostinho fundada em 1828, Universidade Nacional de Engenharia (1876), Universidade
Nacional Agrária La Molina (1902), Universidade Nacional do Centro do Peru (1959),
a Universidade Nacional de Cajamarca (1962), Universidade Nacional Federico
Villarreal em 1963, entre outras. Todas as universidades mais antigas do país são
públicas.[131]
No lado das universidades privadas, a mais antiga é a Pontifícia Universidade Católica do
Peru, criada em 1917, e a Universidade Peruana Cayetano Heredia, fundada em 1961. No
norte do país, destaca-se também a Universidade Señor de Sipán, em Chiclayo. De
acordo com os resultados do censo de 2007, cerca de 87,73% dos peruanos de três ou
mais anos de idade são alfabetizados. Sobre o nível de escolaridade, 38,2% das pessoas
têm o ensino secundário, enquanto que 31,3% concluíram o ensino superior.[132] A média
de anos de escolaridade é de 8,7 anos.[133]
Mario Vargas Llosa, escritor peruano laureado com o Prêmio Nobel de Literatura
A literatura peruana está enraizada nas tradições orais das civilizações pré-colombianas.
Os espanhóis introduziram a escrita no século XVI; a expressão literária colonial
incluía crônicas e literatura religiosa. Após a independência, o costumbrismo e
o romantismo se tornaram os gêneros literários mais comuns no país, como exemplificado
nas obras do escritor Ricardo Palma.[142] O movimento do indigenismo do início do século
XX foi liderado por escritores como Ciro Alegría[143] e José María Arguedas.[144] César
Vallejo escreveu versos modernistas e muitas vezes era politicamente engajado. A
literatura peruana moderna é reconhecida graças a autores como Mario Vargas Llosa,
ganhador do Prêmio Nobel de Literatura e um dos principais membros do chamado "boom
latino-americano".[145]
A música peruana tem raízes andinas, espanholas e africanas.[146] Em tempos pré-
hispânicos, expressões musicais variaram muito em cada região; a quena e a tinya são
dois instrumentos comuns.[147] Os espanhóis introduziram novos instrumentos, como
a guitarra e a harpa, o que levou ao desenvolvimento de instrumentos mestiços, como
o charango.[148] Entre as contribuições africanas para a música peruana estão ritmos e
o cajón, um instrumento de percussão.[149] Danças folclóricas peruanas
incluem marinera, tondero, zamacueca e huaino.[150]
2° Domingo de
Dia das Mães Día de la Madre
maio
3° Domingo de
Dia dos Pais Día del Padre
junho
Padroeira do
30 de agosto Santa Rosa de Lima Santa Rosa de Lima
Peru
Dia de todos os
1 de novembro Día de todos los santos
santos