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O que é Hepatite A?

Hepatite A é uma inflamação do fígado causada por um vírus, geralmente tem um curso
benigno, evoluindo para a cura espontânea em mais de 90% dos casos.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram diagnosticados mais de 138 mil casos de
hepatite A no Brasil entre 2000 e 2011. No mundo, são registrados 1,4 milhão de novos
casos da doença todos os anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A hepatite A tem tratamento super simples e se ele for seguido direitinho, a doença
certamente terá cura. Saiba mais sobre sintomas, transmissão e prevenção da doença a
seguir.
SINTOMAS
Os sinais e sintomas da hepatite A geralmente aparecem 2 a 4 semanas após a infecção
pelo vírus, que é o período de incubação do vírus. Entre os principais sintomas, estão:
Fadiga
Náusea e vômitos
Dor ou desconforto abdominal, especialmente na área próxima ao fígado
Perda de apetite
Febre baixa
Urina escura
Dor muscular
Amarelamento da pele e olhos (icterícia).
Geralmente a doença dura menos de dois meses, mas pode perdurar até seis meses
eventualmente. Raramente pode apresentar uma forma grave, chamada fulminante, que
pode levar a óbito rapidamente.
Nem todas as pessoas com hepatite A desenvolvem sintomas, ou seja, existem casos de
infecção assintomática e outras podem ser subclínicas, onde existem poucos sintomas e
pode passar despercebida.
TRANSMISSÃO
A hepatite A é causada pelo vírus da hepatite A. Sua transmissão ocorre pela ingestão de
água ou alimentos contaminados com matéria fecal. A pessoa infectada elimina o vírus
nas fezes, podendo contaminar a água onde não existem condições adequadas de
saneamento básico, as pessoas que tomarem essa água contaminada ou ingerirem
alimentos crus lavados com essa água, podem se infectar, assim como ao comer marisco
ou frutos do mar crus, de água poluída com esgoto.
Outra forma de transmissão da hepatite A é decorrente falta de higiene adequada após
evacuar, quando alguém infectado com o vírus manipula alimentos sem lavar as mãos
após usar o banheiro.
É muito frequente a transmissão de hepatite A entre crianças, que muitas vezes não lavam
bem as mãos, pegam brinquedos que outras crianças vão pegar e levam os brinquedos e
as mãos à boca, dessa forma ingerindo o vírus.
PREVENÇÃO
O melhor método de prevenção contra hepatite A é por meio da vacina, que é geralmente
dividida em duas fases: a inicial e um reforço após seis meses. A vacina é recomendada
para os seguintes casos:
Todas as crianças de até um ano de idade ou mais velhas que não receberam a vacina
ainda
Trabalhadores de laboratório que possam eventualmente entrar em contato com o vírus
da hepatite A
Pessoas que pretendem viajar para áreas do mundo com alta incidência de hepatite A
Pessoas portadoras de doença hepática crônica.
Outras medidas preventivas podem ajudar a evitar a hepatite A, veja:
Evitar carne e peixe crus ou mal cozidos
Ter cuidado com frutas que possam ter sido lavadas em água contaminada
Não comprar frutas vendidas na rua.
O que é Hepatite B?
A hepatite B é uma doença causada por vírus e que acarreta inflamação do fígado. Entre
as hepatites temos as causadas pelos vírus A, B, C, D e E. No Brasil, estima-se que 15%
da população já foi contaminada e 1% é portadora crônica da doença.
Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa, também
chamada de soro-homóloga. Como o HBV está presente no sangue, no esperma e no leite
materno, a hepatite B é considerada uma infecção sexualmente transmissível.
SINTOMAS DE HEPATITE B
Geralmente, os sintomas de hepatite B surgem cerca de 40 dias depois do contato com o
vírus, e sua intensidade varia de pessoa para pessoa. Confira os principais sintomas da
doença:
Dor abdominal
Urina escura
Febre
Dor nas articulações
Perda de apetite
Náusea e vômitos
Fraqueza e fadiga
Amarelamento da pele (icterícia).
Os sintomas vão melhorando aos poucos, geralmente duram alguns dias e desaparecem,
essa fase inicial com sintomas e com alteração dos exames de sangue é chamada de fase
aguda da doença (hepatite aguda). Nessa fase o seu sistema imunológico consegue
combater o vírus facilmente e o prognóstico é dos melhores, com recuperação em poucos
meses. Apesar da melhora dos sintomas os exames podem demorar até 6 meses para
voltarem ao normal, quando ocorre a cura espontânea da hepatite B.
Porém em cerca de 5 a 10% dos casos o corpo não consegue combater o vírus B,
permanecendo com infecção ativa, o que caracteriza a forma crônica da doença, que pode
evoluir para problemas mais graves no fígado, a exemplo da cirrose e do câncer.
A maioria das crianças infectadas durante o parto ou até os cinco anos de idade não
conseguem eliminar o vírus e apresentam hepatite B crônica.
Além de ser mais grave, a hepatite crônica é também mais traiçoeira, pois pode passar
despercebida por décadas. Muitas pessoas não apresentam os sintomas de fase aguda
quando entram em contato com o vírus e ele permanece sem causar sintomas, porém
causando destruição progressiva do fígado. Quando o diagnóstico finalmente é feito,
muitas vezes o paciente já está com complicações graves e com tratamento muito mais
difícil.
TRANSMISSÃO
As formas de transmissão do vírus B são: sexual, sanguínea e vertical (de mãe para filho
durante a gestação-parto e amamentação).
A hepatite B é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), pois pode ser
transmitida de pessoa a pessoa por meio do contato com sêmen, saliva e secreções
vaginais durante relação sexual desprotegida. Isso acontece porque o vírus atinge
concentrações muito altas em secreções sexuais.
A transmissão sanguínea ocorre por meio do compartilhamento de seringas com sangue
contaminado, que é uma prática comum entre usuários de drogas injetáveis, em acidentes
com material perfurante contaminado, entre trabalhadores da área da saúde, por meio de
pequenos ferimentos presentes na pele e nas mucosas, hemodiálise, por transfusão de
sangue (quando a contaminação acontece do doador de sangue para o receptor).
Felizmente, desde que a avaliação de sangue doado tornou-se uma prática obrigatória nos
bancos de sangue, a contaminação de hepatite B por meio de transfusão é cada vez mais
rara.
A transmissão vertical é quando a contaminação acontece de mãe portadora do vírus B
para a criança, que se dá durante o parto.
PREVENÇÃO
A melhor maneira de prevenir a hepatite B é através da vacina. A vacina contra a hepatite
B é segura e eficaz e geralmente é administrada em 3-4 doses durante um período de 6
meses. Depois de receber as três doses, a vacina contra hepatite B fornece mais de 90%
de proteção a bebês, crianças e adultos imunizados antes de serem expostos ao vírus.
Todas as crianças devem receber a primeira dose da vacina contra a hepatite B no
nascimento e devem completar a série de três vacinas até os seis meses. Jovens menores
de 19 anos que não foram vacinados devem atualizar suas vacinas.
Pessoas com alto risco de contaminação, incluindo profissionais da saúde e aqueles que
moram com alguém que tem hepatite B precisam se vacinar.
Recém-nascidos cujas mães estão infectadas com hepatite B devem receber uma
imunização especial, que inclui imunoglobulina contra hepatite B e vacinação contra
hepatite B nas primeiras 72 horas de vida.
A triagem de todo o sangue doado tem reduzido as chances de contaminação por hepatite
B na transfusão de sangue. A notificação obrigatória da doença permite que os
profissionais da saúde acompanhem pessoas que foram expostas ao vírus. A vacina é dada
àqueles que ainda não desenvolveram a doença.
A vacina ou a imunoglobulina contra a hepatite B (HBIG) pode ajudar a prevenir a
infecção se aplicada até 72 horas após a exposição.
A vacina contra a hepatite B não é recomendada para pessoas que tiveram reações
alérgicas graves a uma dose anterior da vacina contra a hepatite B ou a qualquer parte da
vacina. Além disso, não é recomendado para quem é alérgico a levedura porque a
levedura é usada ao fazer a vacina. Informe o seu médico se você tem alguma alergia
grave. Mas é sempre bom prevenir, então os médicos recomendam que as pessoas:
Evite o contato sexual desprotegido com uma pessoa que tenha hepatite B aguda ou
crônica
Use preservativo e pratique sexo seguro
Evite utilizar objetos pessoais de outros, tais como lâminas de barbear ou escovas de dente
Não compartilhe seringas de drogas ou instrumentos de outras drogas (como canudos para
cheirar drogas). De preferência, não use drogas. Procure um centro especializado em
dependência química e informe-se sobre as melhores opções para livrar-se de vez dos
vícios.
O vírus da hepatite B não pode ser transmitido pelo contato casual, como mãos dadas,
partilha de talheres ou copos, abraço, tosse ou espirro.
Varicela: sintomas, transmissão e prevenção

SINTOMAS
Surgimento de exantema de aspecto maculopapular* e distribuição predominantemente
na face e tronco, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para
pústulas e, posteriormente, forma crostas – de 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e
prurido (coceira), é frequente. Em crianças, geralmente, é uma doença benigna e
autolimitada. Em adolescentes e adultos, o quadro clínico é mais grave e sujeita a
complicações, como pneumonia. Se uma gestante adquirir varicela, existe um risco de
lesão fetal grave.

*Maculopapular: lesões que progridem de máculas (manchas na pele) para pápulas


(carocinhos na pele), vesícula (pequenas bolhas na pele) e crostas (casquinhas na pele).

TRANSMISSÃO
É transmitida de pessoa a pessoa, através de contato direto ou de secreções respiratórias
(disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contato com
lesões de pele. É uma infecção altamente transmissível, que pode ocorrer em surtos,
acometendo principalmente crianças, e pode estar associada a complicações como
infecções de pele e doenças neurológicas.
A infecção confere imunidade permanente. A imunidade passiva transferida para o feto
pela mãe que já teve varicela assegura, na maioria das vezes, proteção de 4 a 6 meses de
vida extrauterina. Além de ser possível a prevenção através da vacinação, que começou
a ser fornecida em 2013.
PREVENÇÃO

A catapora é uma doença transmitida pelo ar e é altamente contagiosa antes mesmo de


aparecerem as erupções, o que torna sua prevenção difícil. No entanto, a vacina tetra viral
e a vacina contra varicela fazem parte da rotina de imunização.

 As crianças recebem duas doses da tradicional vacina contra catapora. A


primeira dose é dada aos 12 meses de idade. A segunda dose deve recebida dos
15 aos 24 meses de idade
 Pessoas acima de 13 anos que não foram vacinadas e não contraíram catapora
devem tomar as duas doses da vacina, respeitando um intervalo de quatro a oito
semanas.

Praticamente ninguém que toma a vacina chega a apresentar catapora grave ou moderada.
Do pequeno número de crianças que contraíram catapora após receberem a vacina, apenas
uma criança apresentou um caso moderado.

A vacina da catapora não necessita de um reforço posterior. Entretanto, uma vacina


semelhante, mas diferente, recebida posteriormente reduz a incidência de herpes-zoster.

Fale com seu médico caso você ache que seu filho pode ter risco de complicações e possa
ter sido exposto. Medidas preventivas imediatas podem ser importantes. A vacinação logo
após a exposição ainda pode reduzir a gravidade da doença.
Chikungunya: sintomas, transmissão e prevenção

SINTOMAS
A febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira
vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos
idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos
na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952
e 1953. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas
articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor
de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível
ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto
da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O
mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em
que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam
sintomas.
TRANSMISSÃO
A transmissão do vírus chikungunya (CHIKV) é feita através da picada de insetos-
vetores do gênero Aedes, que em cidades é principalmente pelo Aedes aegypti e em
ambientes rurais ou selvagens pode ser por Aedes albopictus. Embora a transmissão direta
entre humanos não esteja demonstrada, há de se considerar a possibilidade da
transmissão in utero da mãe para o feto. O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias,
e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante. A mortalidade em menores de um ano
é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas.
PREVENÇÃO
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Portanto, a única forma
de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando
os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando
os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser
adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser
usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para
aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores
noturnos).

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