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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Faculdade de Engenharia Mecânica


Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

VOLUMES FINITOS EM TRANSFERÊNCIA DE CALOR


E ESCOAMENTO DE FLUIDOS

Método de Volumes Finitos em Transferência de Calor:


Sistema Chip-Substrato: Código Bidimensional

Renan Francisco Soares

Prof. Dr. Francisco José de Souza

Uberlândia/MG
2013
Volumes Finitos em Transferência de Calor e
Escoamento de Fluidos
Prof. Dr. Francisco José de Souza

SUMÁRIO

1. PROBLEMA DE TRANFERÊNCIA DE CALOR: CONJUNTO CHIP-


SUBSTRATO ............................................................................................................................ 4
1.1 MODELO FÍSICO ......................................................................................................... 4
1.2 MODELO MATEMÁTICO ........................................................................................... 5
2. CÓDIGO PARA O PROBLEMA CHIP-SUBSTRATO RETANGULAR ............. 7
2.1 PROPRIEDADES FÍSICAS PADRÕES E CRITÉRIOS DE SOLUÇÃO .................... 7
2.2 ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS ........................................................ 8
2.3 ALTERAÇÃO DAS DIMENSÕES E POSIÇÃO DO CONJUNTO CHIP-
SUBSTRATO ............................................................................................................................. 9
2.4 SETUP DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO ........................................................... 10
2.5 GERAÇÃO DAS MATRIZES QP (GERAÇÃO DE CALOR) E K (COEFICIENTES
DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA) ...................................................................................... 11
2.6 GERAÇÃO DAS MATRIZES TI (TEMPERATURA INICIAL) E COEFICIENTES
AN, AS, AW, AE E AP ............................................................................................................ 12
2.7 PROCESSO DE SOLUÇÃO ITERATIVO ................................................................. 13
2.8 IDENTIFICAÇÃO DAS TEMPERATURAS EXTREMAS DA SOLUÇÃO ............ 16
2.9 REPORTE DO RESULTADO ..................................................................................... 17
3. SIMULAÇÃO NUMÉRICA ...................................................................................... 18
3.1 COEFICIENTE DE SUB/SOBRERELAXAÇÃO ÔMEGA ....................................... 18
3.2 CASOS E RESULTADOS ........................................................................................... 18
4. CONCLUSÃO............................................................................................................. 24
APÊNDICE I – APLICAÇÕES DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO ........................... 25
APÊNDICE II – ALTERAÇÕES DO CONJUNTO CHIP-SUBSTRATO....................... 27
APÊNDICE III – CÓDIGO COMPLETO........................................................................... 28

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema da geometria do dispositivo constituído pelo conjunto chip-substrato. ..... 4


Figura 2 - Esquema de um volume de controle com temperatura TP e seus vizinhos adjacentes.
.................................................................................................................................................... 5
Figura 3 – Resultado para distribuição de temperatura para o problema apresentado Malha
numérica de 900x400 divisões, em tamanho proporcional ao problema original. ................... 19
Figura 4 - Resultados de malha numérica de 9x4 divisões (36 volumes de controle). ............ 20
Figura 5 - Resultados de malha numérica de 18x8 divisões (144 volumes de controle). ........ 20
Figura 6 – Resultados de malha numérica de 36x16 divisões (576 volumes de controle). ...... 20
Figura 7 - Resultados de malha numérica de 72x32 divisões (2304 volumes de controle). .... 21
Figura 8 - Resultados de malha numérica de 180x80 divisões (14400 volumes de controle). 21
Figura 9 - Resultados de malha numérica de 225x100 divisões (22500 volumes de controle).
.................................................................................................................................................. 21
Figura 10 - Resultados de malha numérica de 450x200 divisões (90000 volumes de controle).
.................................................................................................................................................. 22
Figura 11 - Resultados de malha numérica de 675x300 divisões (202500 volumes de controle).
.................................................................................................................................................. 22
Figura 12 - Resultados de malha numérica de 900x400 divisões (360000 volumes de controle).
.................................................................................................................................................. 22
Figura 13 - Gráfico Tempo - Iterações - Temperaturas versus Volumes de Controle. ............ 23
Figura 14 - Curvas de tendências para Tempo - Iterações versus Volumes de Controle. ........ 23
Figura 15 – Resultado para distribuição de temperatura para o problema apresentado. .......... 25
Figura 16 - Soluções para o caso original, sob diferentes condições de contorno: paredes
adiabáticas e/ou sob convecção. ............................................................................................... 26
Figura 17 - Solução para o caso das propriedades físicas original, sob diferente configuração da
geometria. ................................................................................................................................. 27

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1. PROBLEMA DE TRANFERÊNCIA DE CALOR: CONJUNTO CHIP-


SUBSTRATO

1.1 MODELO FÍSICO

O problema proposto é o caso de um chip eletrônico posicionado dentro de um


substrato, ambos de geometria retangular. A convenção adotada para as dimensões desta classe
de configuração é apresentada na figura 1.

Parede Superior
L_subs
y_chip

x_chip
L_chip
Parede Esquerda

Parede Direita
H_subs

H_chip

Parede Superior
Figura 1 - Esquema da geometria do dispositivo constituído pelo conjunto chip-substrato.

Assim, conforme o esquema da figura 1, tem-se as seguintes dimensões para o


problema proposto:

Tabela 1 - Dimensões do conjunto chip-substrato proposto para estudo.


Dimensões do Descolamento do
Dimensões do Chip
Substrato Chip
Eixo X 27 mm 9 mm 9 mm
Eixo Y 12 mm 4 mm 0 mm

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Além das propriedades geométricas do problema, segue as propriedades físicas


presentes para o caso:

Tabela 2 - Propriedades físicas do problema proposto.

Parede sob Tamb 20 ºC


Convecção H 500 W/m².K

Meio Sólido:
k_subs 5 W/m.K
Substrato

Meio Sólido: k_chip 50 W/m.K


Chip q 10 W/m³

1.2 MODELO MATEMÁTICO

Partindo da análise de transferência de calor sobre as superfícies um volume de


controle P, além de sua taxa de geração interna, encontra-se a equação:

𝐴𝑛. 𝑇𝑁 + 𝐴𝑠. 𝑇𝑆 + 𝐴𝑤. 𝑇𝑊 + 𝐴𝑒. 𝑇𝐸 − 𝐴𝑝. 𝑇𝑃 + 𝑄𝑔 = 0

Δ𝑥 Δ𝑥 Δ𝑦 Δ𝑦
Onde: 𝐴𝑛 = 𝑘𝑛 Δ𝑦 ; 𝐴𝑠 = 𝑘𝑠 Δ𝑦 ; 𝐴𝑤 = 𝑘𝑤 Δ𝑥 ; 𝐴𝑒 = 𝑘𝑒 Δ𝑥 ;

Δ𝑦 Δ𝑥
𝐴𝑝 = (𝑘𝑤 + 𝑘𝑒 ) + (𝑘𝑛 + 𝑘𝑠 )
Δ𝑥 Δ𝑦

TN

TW TP TE

TS

Figura 2 - Esquema de um volume de controle com temperatura TP e seus vizinhos adjacentes.

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Para as fronteira adiabáticas, ou seja, sem transferência de energia na forma de


calor, impõem-se que a temperatura em de um volume de controle TP seja igual a temperatura
do volume adjacente que compõe a fronteira adiabática. Logo, sem um gradiente de temperatura
entre os dois volumes de controle, a face compartilhada entre eles não possuirá sua componente
de calor. Portanto, para um volume de controle P conhecido, e um volume de controle N
adjacente, onde existe a condição de fronteira adiabática, tem-se:

𝑇𝑁 = 𝑇𝑃

Para as fronteiras sob efeito de transferência de calor pelo mecanismo de


convecção, realiza-se um balanço de energia no volume de controle específico. Neste caso,
conclui-se que o calor devido à condução no meio sólido iguala-se ao calor presente no
mecanismo de convecção. Logo, para um elemento N sob convecção, tem-se:

Δ𝑦
𝑘𝑃 . 𝑇𝑃 + 𝑇𝑎𝑚𝑏 . ℎ. 2
𝑇𝑁 =
Δ𝑦
𝑘𝑃 + ℎ. 2

De ambos os modos, as informações presentes nas matrizes de coeficientes An, As,


Aw, Ae e Ap não alterar-se-á. Assim, somente a matriz de temperatura T será atualizada em
um processo iterativo para solução, ainda que existam condições especiais sob um determinado
grupo de volumes de controle no domínio estudado.

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2. CÓDIGO PARA O PROBLEMA CHIP-SUBSTRATO RETANGULAR

2.1 PROPRIEDADES FÍSICAS PADRÕES E CRITÉRIOS DE SOLUÇÃO

O código inicia-se definindo as propriedades físicas padrões. A primeira interação


com o usuário é quando questionado qual o valor da constante ômega para efeito de
sub/sobrerelaxação do processo iterativo. A segunda pergunta é a definição do valor para o
resíduo, utilizado como critério de convergência.

---------------------------------------------------------------------------
clear all; close all; clc;
disp('--------------------------------------------------------------');
disp('MFlab - Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica - UFU')
disp('Volumes Finitos para Escoamentos - Out 2013')
disp('Renan Francisco Soares - Mestrando')
disp('--------------------------------------------------------------');
disp('Transferência de Calor 2D - Método dos Volumes Finitos');
disp('--------------------------------------------------------------
');disp(' ');disp(' ');

%-------------------------------------------%
% Coordenadas cartesianas para o problema: %
% %
% (i,j)=(y,x) i corresponde à y (1:n) %
% j corresponde à x (1:m) %
% %
% z---» x (1,1) (1,2) (1,3) ... %
% | (2,1) (2,2) (2,3) ... %
% y (3,1) (3,2) (3,3) ... %
% ... ... ... ... %
%-------------------------------------------%

Tamb = 20;
Ti = 60;
h = 500;
Q_chip = 1e7;
k_subs = 5;
k_chip = 50;
n = 4*10;
m = 9*10;

disp('Método de iteração utilizado: SOR');disp(' ');


omega = input('Por favor, informe a constante de sub/sobrerelaxação (omega)
: '); disp(' ');
res_criterio = input('Para convergência do modelo, qual o valor aceitável
para Resíduo? '); disp(' ');
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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2.2 ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS

Neste ponto, é descrito ao usuário as propriedades físicas do problema e questiona-


se se é desejado alterar esta configuração.
Como resposta codificada, o valor um (1) corresponde a resposta positiva (Sim) e
o valor dois (2) a resposta negativa (Não). Ainda, para o caso de resposta inválida, a questão
será refeita.

---------------------------------------------------------------------------
% Dados do problema Chip-Substrato

disp('Tamb = 20 [C]');
disp('Ti = 60 [C]');
disp('h = 500 [W/m².K]');
disp('Q_chip = 1e7 [W/m²]');
disp('k_subs = 5 [W/m.K]');
disp('k_chip = 50 [W/m.K]');
disp('Volumes = 90x40 (Eixo x * Eixo y)');disp(' ');disp(' ');

question = input('Deseja alterar estes valores? [1 - Sim; 2 Não] : ');


disp(' ');

while question ~= 1 && question ~= 2


disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
question = input('Deseja alterar os valores? [1 - Sim; 2 Não] : ');
disp(' ');
end

if question == 1
Tamb = input('Temperatura ambiente (Tamb) [C].....................:
');
Ti = input('Temperatura inicial do dispositivo (Ti) [C].........:
');
h = input('Coeficiente de convecção (h) [W/m².K]...............:
');
Q_chip = input('Geração de calor pelo Chip (Q_chip) [W/m²]..........:
');
k_subs = input('Condutividade térmica do Substrato (k_subs) [W/m.K].:
');
k_chip = input('Condutividade térmica do Chip (k_chip) [W/m.K]......:
');
m = input('Quantidade de elementos pertencente ao Eixo X (m)...:
');
n = input('Quantidade de elementos pertencente ao Eixo Y (n)...:
');disp(' ');
end
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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2.3 ALTERAÇÃO DAS DIMENSÕES E POSIÇÃO DO CONJUNTO CHIP-SUBSTRATO

Do mesmo modo, é descrito ao usuário a geometria da configuração chip-substrato


e é indagado a intenção de alterar estas dimensões. Como resposta codificada, o valor um (1)
corresponde a resposta positiva (Sim) e o valor dois (2) a resposta negativa (Não). Ainda, para
o caso de resposta inválida, a questão será refeita.

---------------------------------------------------------------------------
% Posição e Tamanho do Chip no Substrato

L_subs = 27; H_subs = 12;


x_chip = 9; y_chip = 0;
L_chip = 9; H_chip = 4;

disp('A geometria 2D da configuração chip-substrato é:');disp(' ');


disp('L_subs = 27 [mm]');
disp('H_subs = 12 [mm]');
disp('x_chip = 9 [mm]');
disp('y_chip = 0 [mm]');
disp('L_chip = 9 [mm]');
disp('H_chip = 4 [mm]'); disp(' ');

question = 0;

while question ~= 1 && question ~= 2


question = input('Deseja alterar a geometria da configuração chip-
substrato original? [1 - Sim; 2 Não] : '); disp(' ');
if question ~= 1 && question ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
end
if question == 1
L_subs = input('Comprimento do dispositivo (L_subs) [mm]: ');
H_subs = input('Altura do dispositivo (H_subs) [mm]: ');
x_chip = input('Deslocamento do chip no Eixo X (x_chip) [mm]: ');
y_chip = input('Deslocamento do chip no Eixo Y (y_chip) [mm]: ');
L_chip = input('Comprimento do Chip (L_chip) [mm]: ');
H_chip = input('Altura do Chip (H_chip) [mm]: '); disp(' ');
if (x_chip < 0) || (x_chip + L_chip) > L_subs || (y_chip < 0) ||
(y_chip + H_chip) > H_subs
disp('Parte da região do chip está fora do domínio do
dispositivo (substrato). Por favor, responda novamente.');
question = 0;
end
end
end

x_chip = x_chip/1000; y_chip = y_chip/1000;


L_chip = L_chip/1000; H_chip = H_chip/1000;
---------------------------------------------------------------------------

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2.4 SETUP DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO

O código permite escolher entre duas condições de contorno para as faces: parede
adiabática e parede sob convecção. Assim, questiona-se qual condição de contorno térmica será
aplicada a cada uma das quatro paredes do dispositivo (Superior, Inferior, Esquerda e Direita).
Como resposta codificada, o valor um (1) corresponde a resposta “Parede sob
Convecção” (Convecção) e o valor dois (2) a resposta “Parede Adiabática” (Adiabática). Ainda,
para o caso de resposta inválida, a questão será refeita.

---------------------------------------------------------------------------
% Setup das Condições de Contorno (Parede Adiabática ou Parede sob
Convecção)

BC_up = input('Qual a condição de contorno da fronteira SUPERIOR? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_up ~= 1 && BC_up ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
BC_up = input('Qual a condição de contorno da fronteira SUPERIOR? [1 -
Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end

BC_down = input('Qual a condição de contorno da fronteira INFERIOR? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_down ~= 1 && BC_down ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
BC_down = input('Qual a condição de contorno da fronteira INFERIOR? [1
- Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end

BC_left = input('Qual a condição de contorno da fronteira ESQUERDA? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_left ~= 1 && BC_left ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
BC_left = input('Qual a condição de contorno da fronteira ESQUERDA? [1
- Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end

BC_right = input('Qual a condição de contorno da fronteira DIREITA? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_right ~= 1 && BC_right ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
BC_right = input('Qual a condição de contorno da fronteira DIREITA? [1
- Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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2.5 GERAÇÃO DAS MATRIZES QP (GERAÇÃO DE CALOR) E K (COEFICIENTES DE


CONDUTIVIDADE TÉRMICA)

A partir desta etapa, o código realiza todas as atividades de modo independente.


Um contador de tempo inicia-se para mensurar o tempo gasto até alcançar a solução final.
Neste parte do código, calcula-se as dimensões dos volumes de controle, os quais
são uniformes para todo o domínio, além de adicionais elementos sobre as fronteiras. Ainda,
cria-se a matriz k, que contém as constantes de condutividade térmica (k) dos volumes de
controle sobre o dispositivo. Ou seja, um mapeamento da constante k nas regiões do chip e do
substrato.

---------------------------------------------------------------------------
tic; % Início do contador de tempo

% Elementos da Malha Numérica

dx = L_subs/m/1000; % Comprimento dx dos volumes de controle em x [m]


dy = H_subs/n/1000; % Comprimento dx dos volumes de controle em y [m]

m = m + 2; % Acréscimo de elementos nas extremidades em x


n = n + 2; % Acréscimo de elementos nas extremidades em y

% Geração das matrizes Qp e k.

k(1:n,1:m) = k_subs;
Qp(1:n,1:m) = 0;
xmin = round( x_chip/dx ) + 2;
xmax = round((x_chip+L_chip)/dx) + 1;
ymin = round( y_chip/dy ) + 2;
ymax = round((y_chip+H_chip)/dy) + 1;

for i=ymin:ymax
for j=xmin:xmax

% Propriedades do Chip
k(i,j) = k_chip;
Qp(i,j) = Q_chip*(dx*dy);

end
end
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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2.6 GERAÇÃO DAS MATRIZES TI (TEMPERATURA INICIAL) E COEFICIENTES AN,


AS, AW, AE E AP

Pela dedução da equação de conservação de energia sobre cada volume de controle,


as componentes de calor de cada face de um volume de controle P (n, s, w, e e) correspondem
a multiplicação da temperatura de cada de um dos volumes adjacentes (N, S, W e E) com seus
respectivos coeficientes associados as suas interfaces (An, As, Aw e Ae).
Portanto, nesta parte do programa geram-se as matrizes Aw, Ae, An e As; além de
estabelecer o estado inicial do dispositivo, ou seja, sua temperatura inicial.

---------------------------------------------------------------------------
% Cálculo Condição inicial Ti e coeficientes AS, AN, AW, AE e AP.

T(1:n,1:m) = Ti;
AW(1:n,1:m) = 0;
AE(1:n,1:m) = 0;
AS(1:n,1:m) = 0;
AN(1:n,1:m) = 0;
AP(1:n,1:m) = 0;

for i=2:n-1
for j=2:m-1

kw = ( k(i,j-1) + k(i,j) )/2;


ke = ( k(i,j+1) + k(i,j) )/2;
kn = ( k(i-1,j) + k(i,j) )/2;
ks = ( k(i+1,j) + k(i,j) )/2;

AW(i,j) = kw * (dy/dx);
AE(i,j) = ke * (dy/dx);
AS(i,j) = ks * (dx/dy);
AN(i,j) = kn * (dx/dy);
AP(i,j) = (ke+kw)*dy/dx + (ks+kn)*dx/dy;

end
end
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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2.7 PROCESSO DE SOLUÇÃO ITERATIVO

Assim que as propriedades necessárias para a análise do balanço de energia para


todos os volumes de controle fazem-se posse, o método iterativo de solução pode ser iniciado.
E como último preparativo, cria-se o termo res_AP, possuindo a finalidade de
normalizar o resíduo das iterações.

---------------------------------------------------------------------------
% Modelo de Solução Iterativo

res = 1e6;
iter = 1;
res_AP = sum(sum(AP,1),2); % Soma dos coeficientes da matriz AP.

while res > res_criterio

sum_erro = 0;
Told = T;

%------------------------------------------------------------------
%---------------------- Condições de Contorno ---------------------
%
if BC_up == 1
for r = 2:m-1
T(1,r) = ( k(2,r)*T(2,r) + (h*dy/2)*Tamb )/( k(2,r) + h*dy/2 );
end
else
T(1,:) = T(2,:);
end
%
if BC_down == 1
for r = 2:m-1
T(n,r) = ( k(n-1,r)*T(n-1,r) + (h*dy/2)*Tamb )/( k(n-1,r) +
h*dy/2 );
end
else
T(n,:) = T(n-1,:);
end
%
if BC_left == 1
for r = 1:n
T(r,1) = ( k(r,2)*T(r,2) + (h*dx/2)*Tamb )/( k(r,2) + h*dx/2 );
end
else
T(:,1) = T(:,2);
end
%
if BC_right == 1
for r = 1:n
T(r,m) = ( k(r,m-1)*T(r,m-1) + (h*dx/2)*Tamb )/( k(r,m-1) +
h*dx/2 );

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end
else
T(:,m) = T(:,m-1);
end
%------------------------------------------------------------------

%------------------------------------------------------------------
%------------------ Núcleo do Processo de Solução -----------------
%
for i=2:n-1
for j=2:m-1

laranja = Qp(i,j) + ( AN(i,j)*T(i-1,j) + AS(i,j)*T(i+1,j) +


AW(i,j)*T(i,j-1) + AE(i,j)*T(i,j+1) );
T(i,j) = omega*laranja/AP(i,j) + (1-omega)*T(i,j);

sum_erro = sum_erro + abs( T(i,j) - Told(i,j) );

end
end
%------------------------------------------------------------------

% Histórico do Resíduo

% Definição de Resíduo: somatória da diferença dos elementos entre os


passos (t) e (t+1), normalizado dividindo pela somatória dos termos da
matriz Ap.

res = sum_erro / res_AP;

Residuo(iter) = res;
iter = iter + 1;
eixoiter = 1:iter-1;

%----------------------------------------------------------------------
%--------------------- Interface com Usuário --------------------------

clc;
disp('--------------------------------------------------------------');
disp('MFlab - Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica - UFU')
disp('Volumes Finitos - Out 2013')
disp('Renan Francisco Soares - Mestrando')
disp('--------------------------------------------------------------');
disp('Transferência de Calor 2D - Método dos Volumes Finitos');
disp('--------------------------------------------------------------
');disp(' ');disp(' ');

disp('---------------------------------------------------');
disp('O modelo iterativo está sendo executado.');
disp('---------------------------------------------------');disp(' ');
disp('Figura 1: Resultado instantâneo das iterações.');
disp('Figura 2: Histórico do Resíduo de Temperatura.');disp(' ');
disp('O resíduo atual é de: '); res

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% Gráficos instantâneos

figure(1)
imagesc([1 m],[1 n],T);
title('Distribuição de Temperatura 2D')
xlabel('Volumes - Eixo x')
ylabel('Volumes - Eixo y')
colorbar('SouthOutside')

figure(2)
plot(eixoiter, Residuo,'go')
semilogy (Residuo,'go')
grid on
title('Resíduo (Temperatura)')
xlabel('Iterações')
ylabel('Resíduo')

%----------------------------------------------------------------------

end
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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2.8 IDENTIFICAÇÃO DAS TEMPERATURAS EXTREMAS DA SOLUÇÃO

Uma vez atingida a solução (distribuição de temperatura no domínio do


dispositivo), esta etapa irá identificar tanto qual é a temperatura máxima alcançada quanto sua
respectiva posição.

---------------------------------------------------------------------------
% Temperatura Mínima e Máxima

Tmin = T(2,2);
Tmax = T(2,2);

for i=2:n-1
for j=2:m-1
if T(i,j) > Tmax
Tmax = T(i,j);
pos_y = (i-1)*dy;
pos_x = (j-1)*dx;
end
if T(i,j) < Tmin
Tmin = T(i,j);
end
end
end
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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2.9 REPORTE DO RESULTADO

Concluindo o processo, a resposta é transmitida ao usuário. Esta consiste-se na


posição de máxima temperatura no dispositivo, o tempo decorrido no processo de solução e a
magnitude da temperatura máxima.

---------------------------------------------------------------------------
% Mensagem de Resultado

t = toc;

disp('---------------------------------------------------');
disp('Processo concluído!');
disp('---------------------------------------------------');disp(' ');
disp('O ponto de máxima temperatura dista, em X e Y [mm]: ');
Pos_XY = [pos_x*1000 pos_y*1000]
disp('---------------------------------------------------');
Resultado = ['Duração da solução ....: ' num2str(t, 5) ' [s] ';
'Temperatura mínima ....: ' num2str(Tmin, 5) ' [ºC]'; 'Temperatura máxima
....: ' num2str(Tmax, 5) ' [ºC]']
disp('---------------------------------------------------');disp(' ');
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------

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3. SIMULAÇÃO NUMÉRICA

3.1 COEFICIENTE DE SUB/SOBRERELAXAÇÃO ÔMEGA

Este coeficiente pode ser usado tanto para o propósito de minimizar a velocidade
de avanço das informações dentro do domínio em estudo (0 < Ω < 1), ou para maximizar tal
avanço (Ω > 1). A vantagem de minimizar a velocidade é prover ao processo iterativo maior
estabilidade; entretanto, considerável custo computacional é faz-se necessário.
Assim, para fins de performance de solução, convém adotar valores que maximizam a
velocidade de propagação das informações; contudo, instabilidades aumentam ao passo que
incrementa-se o valor da constante.
Embasando-se no estudo pseudoempírico deste coeficiente, as soluções providas
com Ω > 2 adotam caráter divergente de solução. Portanto, conclui-se que o valor Ω = 2,0 é o
valor máximo aceitável pelo sistema para manter seu caráter convergente, e assim,
possibilitando obter resultados.

3.2 CASOS E RESULTADOS

De modo progressivo, nove tamanhos diferentes de malha numéricas diferentes são


simulados para análise de resultados.
Quanto à disposição dos volumes de controle, a proporção 9x4 é observada pelas
dimensões do dispositivo (27 mm de comprimento por 12 mm de altura), sendo esta razão
fundamental de disposição de elementos. Assim, com o intuito de obter volumes de controle
quadrados, a razão 9x4 elementos é multiplicada em cada eixo a fim de alcançar melhor
resolução na malha numérica. A condição de volumes de controle quadrados para a malha
numérica é somente desejável, ou seja, não é necessária. Pois o código está configurado para
aceitar valores independentes para cada eixo cartesiano; contudo, aconselha-se que os
elementos estejam o mais regular possível para melhor precisão numérica.

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Para fins de economia computacional, o estado inicial, o qual seria a temperatura


ambiente Ti = 20ºC, é substituído para Ti = 60ºC, numa tentativa de deixar iniciar os processos
de maneira mais próxima da distribuição de temperatura final.
Na tabela abaixo estão as configurações e resultados de nove malhas numéricas de
resoluções diferentes. Todos os casos foram executados com os mesmos parâmetros,
modificando-se somente a resolução.

Tabela 3 - Resultados obtidos com Ω = 2,0 e Resíduos < 10-6.


Total de Temperatura Temperatura
Fator Disposição Iterações Tempo
Volumes Mínima Máxima

c X Y p Tmin [°C] Tmax [°C] inter t [s]


1 9 4 36 66,778 79,075 189 22,238
2 18 8 144 85,569 106,12 361 38,028
4 36 16 576 72,348 91,696 709 74,036
8 72 32 2304 76,641 98,562 1316 138,18
20 180 80 14400 74,951 97,125 2676 286,85
25 225 100 22500 73.613 95,421 3225 379,54
50 450 200 90000 74,268 96,543 5864 835,86
75 675 300 202500 73,919 96,155 8263 1331,1
100 900 400 360000 73,736 95,953 10517 2551,6

Figura 3 – Resultado para distribuição de temperatura para o problema apresentado


Malha numérica de 900x400 divisões, em tamanho proporcional ao problema original.

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Figura 4 - Resultados de malha numérica de 9x4 divisões (36 volumes de controle).

Figura 5 - Resultados de malha numérica de 18x8 divisões (144 volumes de controle).

Figura 6 – Resultados de malha numérica de 36x16 divisões (576 volumes de controle).

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Figura 7 - Resultados de malha numérica de 72x32 divisões (2304 volumes de controle).

Figura 8 - Resultados de malha numérica de 180x80 divisões (14400 volumes de controle).

Figura 9 - Resultados de malha numérica de 225x100 divisões (22500 volumes de controle).

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Figura 10 - Resultados de malha numérica de 450x200 divisões (90000 volumes de controle).

Figura 11 - Resultados de malha numérica de 675x300 divisões (202500 volumes de controle).

Figura 12 - Resultados de malha numérica de 900x400 divisões (360000 volumes de controle).

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Figura 13 - Gráfico Tempo - Iterações - Temperaturas versus Volumes de Controle.

Figura 14 - Curvas de tendências para Tempo - Iterações versus Volumes de Controle.

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4. CONCLUSÃO

Uma vez em posse das informações presentes na Tabela 3 e figuras13, conclui-se


que os resultados obtidos a partir de uma malha de 14.400 volumes (180x80) já fornecem
temperaturas máxima e mínima com valores de, no máximo, uma unidade de diferença quando
comparado com a malha mais refinada de 360.000 volumes (900x400).
Isto significa dizer que uma resposta muito próxima pode ser alcançada com uma
malha ligeiramente grosseira (80x80 divisões) com apenas 11% do tempo necessário para a
solução mais refinada (900x400 divisões).
Ainda, quanto os resultados qualitativos, conclui-se que o código provém resultados
coerentes de perfis de temperatura, tanto na esfera dos valores de dos diferentes valores de
propriedades físicas e geométricas, quanto aos tipos de condições de contorno empregados (ver
Apêndices I e II).

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APÊNDICE I – APLICAÇÕES DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO

Algumas soluções de distribuição de temperatura podem ser otimizadas quando


apresentam algum tipo de simetria térmica, onde as linhas de simetrias são adiabáticas. Este é
o caso do problema proposto, onde a linha central vertical é uma linha de simetria, ou seja,
adiabática.
Portanto, a solução pode ser alcançada simulando somente metade do domínio. Isto
significa que, pelo menos custo de resolução, é necessário praticamente a metade do total de
volumes de controles do caso completo.
Na figura abaixo está exposta a solução do caso originalmente proposto utilizando
o conceito de simetria adiabática e, consequentemente, utilizando menor quantidade de
divisões.

Figura 15 – Resultado para distribuição de temperatura para o problema apresentado.


Malha numérica de 90x80 divisões (metade esquerda da malha 180x80).

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Figura 16 - Soluções para o caso original, sob diferentes condições de contorno:


paredes adiabáticas e/ou sob convecção.

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APÊNDICE II – ALTERAÇÕES DO CONJUNTO CHIP-SUBSTRATO

A opção de alterar a geometria do conjunto chip-substrato permite alterar tanto as


dimensões do chip e/ou substrato, quanto o posicionamento do chip dentro do domínio
retangular do substrato.
Um exemplo disto pode ser visto abaixo, onde um chip de 10 mm x 10 mm é
posicionado dentro de um substrato de 50 mm de comprimento por 30 de altura, deslocado
5mm da fronteira esquerda e também 5 mm da fronteira superior. Nesta simulação, a condição
de convecção é aplicada nas quatro fronteiras do dispositivo.

Figura 17 - Solução utilizando as propriedades físicas original, sob diferente configuração da geometria e
com fronteiras sob convecção.

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APÊNDICE III – CÓDIGO COMPLETO

Segue, na íntegra, o código desenvolvido para a classe do problema proposto.

clear all; close all; clc;


disp('--------------------------------------------------------------');
disp('MFlab - Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica - UFU')
disp('Volumes Finitos para Escoamentos - Out 2013')
disp('Renan Francisco Soares - Mestrando')
disp('--------------------------------------------------------------');
disp('Transferência de Calor 2D - Método dos Volumes Finitos');
disp('--------------------------------------------------------------
');disp(' ');disp(' ');

%-------------------------------------------%
% Coordenadas cartesianas para o problema: %
% %
% (i,j)=(y,x) i corresponde à y (1:n) %
% j corresponde à x (1:m) %
% %
% z---» x (1,1) (1,2) (1,3) ... %
% | (2,1) (2,2) (2,3) ... %
% y (3,1) (3,2) (3,3) ... %
% ... ... ... ... %
%-------------------------------------------%

Tamb = 20;
Ti = 60;
h = 500;
Q_chip = 1e7;
k_subs = 5;
k_chip = 50;
n = 4*20;
m = 9*20;

disp('Método de iteração utilizado: SOR');disp(' ');


omega = input('Por favor, informe a constante de sub/sobrerelaxação (omega)
: '); disp(' ');
res_criterio = input('Para convergência do modelo, qual o valor aceitável
para Resíduo? '); disp(' ');

% Dados do problema Chip-Substrato

disp('Tamb = 20 [C]');
disp('Ti = 60 [C]');
disp('h = 500 [W/m².K]');
disp('Q_chip = 1e7 [W/m²]');
disp('k_subs = 5 [W/m.K]');

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disp('k_chip = 50 [W/m.K]');
disp('Volumes = 90x40 (Eixo x * Eixo y)');disp(' ');disp(' ');

question = input('Deseja alterar estes valores? [1 - Sim; 2 Não] : ');


disp(' ');

while question ~= 1 && question ~= 2


disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
question = input('Deseja alterar os valores? [1 - Sim; 2 Não] : ');
disp(' ');
end

if question == 1
Tamb = input('Temperatura ambiente (Tamb) [C].....................:
');
Ti = input('Temperatura inicial do dispositivo (Ti) [C].........:
');
h = input('Coeficiente de convecção (h) [W/m².K]...............:
');
Q_chip = input('Geração de calor pelo Chip (Q_chip) [W/m²]..........:
');
k_subs = input('Condutividade térmica do Substrato (k_subs) [W/m.K].:
');
k_chip = input('Condutividade térmica do Chip (k_chip) [W/m.K]......:
');
m = input('Quantidade de elementos pertencente ao Eixo X (m)...:
');
n = input('Quantidade de elementos pertencente ao Eixo Y (n)...:
');disp(' ');
end

% Posição e Tamanho do Chip no Substrato

L_subs = 27;
H_subs = 12;
x_chip = 9;
y_chip = 0;
L_chip = 9;
H_chip = 4;

disp('A geometria 2D da configuração chip-substrato é:');disp(' ');


disp('L_subs = 27 [mm]');
disp('H_subs = 12 [mm]');
disp('L_chip = 9 [mm]');
disp('H_chip = 4 [mm]');
disp('x_chip = 9 [mm]');
disp('y_chip = 0 [mm]'); disp(' ');

question = 0;

while question ~= 1 && question ~= 2


question = input('Deseja alterar a geometria da configuração chip-
substrato original? [1 - Sim; 2 Não] : '); disp(' ');
if question ~= 1 && question ~= 2

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disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');


end
if question == 1
L_subs = input('Comprimento do dispositivo (L_subs) [mm]: ');
H_subs = input('Altura do dispositivo (H_subs) [mm]: ');
x_chip = input('Deslocamento do chip no Eixo X (x_chip) [mm]: ');
y_chip = input('Deslocamento do chip no Eixo Y (y_chip) [mm]: ');
L_chip = input('Comprimento do Chip (L_chip) [mm]: ');
H_chip = input('Altura do Chip (H_chip) [mm]: '); disp(' ');
if (x_chip < 0) || (x_chip + L_chip) > L_subs || (y_chip < 0) ||
(y_chip + H_chip) > H_subs
disp('Parte da região do chip está fora do domínio do
dispositivo (substrato). Por favor, responda novamente.');
question = 0;
end
end
end

x_chip = x_chip/1000;
y_chip = y_chip/1000;
L_chip = L_chip/1000;
H_chip = H_chip/1000;

% Setup das Condições de Contorno (Parede Adiabática ou Parede sob


Convecção)

BC_up = input('Qual a condição de contorno da fronteira SUPERIOR? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_up ~= 1 && BC_up ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
BC_up = input('Qual a condição de contorno da fronteira SUPERIOR? [1 -
Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end

BC_down = input('Qual a condição de contorno da fronteira INFERIOR? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_down ~= 1 && BC_down ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
BC_down = input('Qual a condição de contorno da fronteira INFERIOR? [1
- Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end

BC_left = input('Qual a condição de contorno da fronteira ESQUERDA? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_left ~= 1 && BC_left ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');
BC_left = input('Qual a condição de contorno da fronteira ESQUERDA? [1
- Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end

BC_right = input('Qual a condição de contorno da fronteira DIREITA? [1 -


Convecção, 2 - Adiabática]: ' );
while BC_right ~= 1 && BC_right ~= 2
disp('Resposta não válida. Por favor, responda novamente.');

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BC_right = input('Qual a condição de contorno da fronteira DIREITA? [1


- Convecção, 2 - Adiabática]: ' ); disp(' ');
end

tic; % Início do contador de tempo

% Elementos da Malha Numérica

dx = L_subs/m/1000; % Comprimento dx dos volumes de controle em x [m]


dy = H_subs/n/1000; % Comprimento dx dos volumes de controle em y [m]

m = m + 2; % Acréscimo de elementos nas extremidades em x


n = n + 2; % Acréscimo de elementos nas extremidades em y

% Geração das matrizes Qp e k.

k(1:n,1:m) = k_subs;
Qp(1:n,1:m) = 0;
xmin = round( x_chip/dx ) + 2;
xmax = round((x_chip+L_chip)/dx) + 1;
ymin = round( y_chip/dy ) + 2;
ymax = round((y_chip+H_chip)/dy) + 1;

for i=ymin:ymax
for j=xmin:xmax

% Propriedades do Chip
k(i,j) = k_chip;
Qp(i,j) = Q_chip*(dx*dy);

end
end

% Cálculo Condição inicial Ti e coeficientes AS, AN, AW, AE e AP.

T(1:n,1:m) = Ti;
AW(1:n,1:m) = 0;
AE(1:n,1:m) = 0;
AS(1:n,1:m) = 0;
AN(1:n,1:m) = 0;
AP(1:n,1:m) = 0;

for i=2:n-1
for j=2:m-1

kw = ( k(i,j-1) + k(i,j) )/2;


ke = ( k(i,j+1) + k(i,j) )/2;
kn = ( k(i-1,j) + k(i,j) )/2;
ks = ( k(i+1,j) + k(i,j) )/2;

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AW(i,j) = kw * (dy/dx);
AE(i,j) = ke * (dy/dx);
AS(i,j) = ks * (dx/dy);
AN(i,j) = kn * (dx/dy);
AP(i,j) = (ke+kw)*dy/dx + (ks+kn)*dx/dy;

end
end

% Modelo de Solução Iterativo

res = 1e6;
iter = 1;
res_AP = sum(sum(AP,1),2); % Soma dos coeficientes da matriz AP.

while res > res_criterio

sum_erro = 0;
Told = T;

%------------------------------------------------------------------
%---------------------- Condições de Contorno ---------------------
%
if BC_up == 1
for r = 2:m-1
T(1,r) = ( k(2,r)*T(2,r) + (h*dy/2)*Tamb )/( k(2,r) + h*dy/2 );
end
else
T(1,:) = T(2,:);
end
%
if BC_down == 1
for r = 2:m-1
T(n,r) = ( k(n-1,r)*T(n-1,r) + (h*dy/2)*Tamb )/( k(n-1,r) +
h*dy/2 );
end
else
T(n,:) = T(n-1,:);
end
%
if BC_left == 1
for r = 1:n
T(r,1) = ( k(r,2)*T(r,2) + (h*dx/2)*Tamb )/( k(r,2) + h*dx/2 );
end
else
T(:,1) = T(:,2);
end
%
if BC_right == 1
for r = 1:n
T(r,m) = ( k(r,m-1)*T(r,m-1) + (h*dx/2)*Tamb )/( k(r,m-1) +
h*dx/2 );
end
else
T(:,m) = T(:,m-1);

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end
%------------------------------------------------------------------

%------------------------------------------------------------------
%------------------ Núcleo do Processo de Solução -----------------
%
for i=2:n-1
for j=2:m-1

laranja = Qp(i,j) + ( AN(i,j)*T(i-1,j) + AS(i,j)*T(i+1,j) +


AW(i,j)*T(i,j-1) + AE(i,j)*T(i,j+1) );
T(i,j) = omega*laranja/AP(i,j) + (1-omega)*T(i,j);

sum_erro = sum_erro + abs( T(i,j) - Told(i,j) );

end
end
%------------------------------------------------------------------

% Histórico do Resíduo

% Definição do Resíduo: somatória da diferença dos elementos entre os


passos (t) e (t+1), normalizado dividindo pela somatória dos termos da
matriz Ap.

res = sum_erro / res_AP;

Residuo(iter) = res;
iter = iter + 1;
eixoiter = 1:iter-1;

%----------------------------------------------------------------------
%--------------------- Interface com Usuário --------------------------

clc;
disp('--------------------------------------------------------------');
disp('MFlab - Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica - UFU')
disp('Volumes Finitos para Escoamentos - Out 2013')
disp('Renan Francisco Soares - Mestrando')
disp('--------------------------------------------------------------');
disp('Transferência de Calor 2D - Método dos Volumes Finitos');
disp('--------------------------------------------------------------
');disp(' ');disp(' ');

disp('---------------------------------------------------');
disp('O modelo iterativo está sendo executado.');
disp('---------------------------------------------------');disp(' ');
disp('Figura 1: Resultado instantâneo das iterações.');
disp('Figura 2: Histórico do Resíduo de Temperatura.');disp(' ');
disp('O resíduo atual é de: '); res

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% Gráficos instantâneos

figure(1)
imagesc([1 m],[1 n],T);
title('Distribuição de Temperatura 2D')
xlabel('Volumes - Eixo x')
ylabel('Volumes - Eixo y')
colorbar('SouthOutside')

figure(2)
plot(eixoiter, Residuo,'go')
semilogy (Residuo,'go')
grid on
title('Resíduo (Temperatura)')
xlabel('Iterações')
ylabel('Resíduo')

%----------------------------------------------------------------------

end

% Temparatura Mínima e Máxima

Tmin = T(2,2);
Tmax = T(2,2);

for i=2:n-1
for j=2:m-1
if T(i,j) > Tmax
Tmax = T(i,j);
pos_y = (i-1)*dy;
pos_x = (j-1)*dx;
end
if T(i,j) < Tmin
Tmin = T(i,j);
end
end
end

% Mensagem de Resultado

t = toc;

disp('---------------------------------------------------');
disp('Processo concluído!');
disp('---------------------------------------------------');disp(' ');
disp('O ponto de máxima temperatura dista, em X e Y [mm]: ');
Pos_XY = [pos_x*1000 pos_y*1000]
disp('---------------------------------------------------');
Resultado = ['Duração da solução ....: ' num2str(t, 5) ' [s] ';
'Temperatura mínima ....: ' num2str(Tmin, 5) ' [ºC]'; 'Temperatura máxima
....: ' num2str(Tmax, 5) ' [ºC]']
disp('---------------------------------------------------');disp(' ');

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