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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA


CAMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE
Curso Técnico em Eletromecânica
Unidade Curricular: Eletricidade Predial
Professor: Vanderlei Antunes de Mello

ESTRUTURA DO PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL

Apresentamos, a seguir, a estrutura mínima do projeto elétrico residencial.


Este documento contem orientações para documentar o projeto, sendo que o
material didático para seu desenvolvimento será apresentado em slides e postado
no moodle.

Capa

Deve conter os seguintes elementos:


• Nome da instituição, nome do curso, nome da unidade curricular, nome
do estudante;
• Título;
• Local;
• Ano de publicação, em algarismo arábico.

1 - Informações Preliminares

Neste tópico o estudante fará uma apresentação do trabalho a ser


desenvolvido.
Exemplo: Pretende-se desenvolver um projeto elétrico completo para a
instalação em uma residência a ser construída perímetro urbano, com endereço à
Rua 22 de Abril, 2440. Bairro São Luiz – São Miguel do Oeste SC. A edificação
estará a nível da rua, será feita em alvenaria, com laje de forro, paredes com
acabamento em reboco e pintura.

1.1. - Dados gerais do projeto

Coloque neste tópico uma breve introdução descrevendo o tipo de obra a ser
realizado o projeto (construção, reforma ou ampliação), localização (Endereço;
Bairro; Município) e Projetista/ Responsável Técnico pelo desenvolvimento do
projeto.
Exemplo:
Tipo de obra: construção
Localização: Rua 22 de Abril, 2440. Bairro São Luiz - São miguel do
Oeste/SC
Projetista/Responsável Técnico pelo desenvolvimento do projeto: nome
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1.2. - Planta de situação e planta de localização

A finalidade da planta de situação é indicar onde estará a obra no contexto


urbano, ou seja, como ela se apresenta em relação à rua, posição de rede de
energia, relevo entre outros. A planta de localização representa uma vista superior
do terreno e tem a finalidade identificar onde a obra será construída dento do terreno
e conta com informações como: limites do terreno, acessos, rede elétrica, entre
outros elementos que ajudem a planejar melhor o projeto. Coloque neste tópico o
desenho com a situação e localização da obra sobre o terreno, indicando a rua e
posição da entrada da casa.
Exemplo de Planta de situação e planta de localização

Fonte: https://carluc.com.br/projeto-arquitetonico/planta-de-situacao-localizacao/

1.3 - Planta baixa

A planta baixa tem a finalidade de indicar toda a área da construção,


indicando os cômodos, posição de portas e janelas, divisórias, entre outros detalhes
construtivos. Coloque neste tópico a planta baixa fornecida pelo proprietário (arquivo
está no moodle)

1.4 Objetivos da construção

Coloque neste tópico as características da edificação, necessidades indicadas


pelo proprietário (cargas específicas como ar-condicionado e outros). Estas
informações servirão de base para elaborar o projeto.
Exemplo: A edificação será para uso residencial, unifamiliar, composta por
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três pessoas, sendo dois adultos e um jovem. O proprietário pretende utilizar


aparelhos de ar condicionado tipo Split para climatizar três ambientes, sendo dois
quartos e a sala de estar. Os banheiros possuirão chuveiros elétricos, a cozinha terá
uma torneira elétrica, um forno elétrico e o fogão será alimentado com Gás GLP.
Também terá motor para portão eletrônico, iluminação da área externa da casa e do
jardim. Toda a iluminação será feita através de lâmpadas com tecnologia LED,
sendo luminárias tubulares para a garagem, escritório e a cozinha. Os demais
ambientes serão com luminárias tipo bulbo.

2. Quantificação de cargas do projeto

Nesta etapa será feita a quantificação das cargas do projeto elétrico com a
indicação das necessidades de iluminação e de tomadas de uso geral e de uso
específico. Nesta etapa também será feita a classificação do tipo de fornecimento.

2.1 - Levantamento de cargas - Previsão de cargas de iluminação

Apresente em forma de tabela, o levantamento das cargas de iluminação. A


determinação da quantidade de iluminamento (lux) é feita através do cálculo da
área a ser iluminada. Cada cômodo ou área a ser iluminada deverá constar em
uma linha separada. Utilize as medidas dos cômodos indicados na planta baixa.
Exemplo:
Levantamento de cargas - Previsão de cargas de iluminação
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8
cômodo a ser área do E Iluminamento fluxo luminoso Definição da carga no Carga mínima carga de
iluminado cômodo adotado.(opção necessário quantidade de ponto de de iluminação iluminaçã
(m2) do projetista e da (coluna 2 × lâmpadas iluminação (ABNT/NBR- o
ABNT/NBR- coluna 3) necessárias (VA) 5410/04) (VA)
5413/92) (lux) (lumens)

Para a definição da quantidade de lâmpadas em cada cômodo (coluna 5)


será necessário efetuar a escolha das lâmpadas em catálogo de fabricantes (sites).
Estas informações deverão ser apresentadas em uma tabela contendo tipo da
lâmpada, potência em W, quantidade de lumens, temperatura de cor correlata
(TCC), índice de reprodução de cor (IRC ou RA), fator de potência da lâmpada ()
e observações sobre montagem.
Exemplo:
Quadro resultante de pesquisa em catálogos de um fabricante de lâmpadas
Lâmpada Potência (W) Lumens (lm) TCC (K) IRC ou RA (%) Fator de potência Observações
()
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Importante lembrar que as lâmpadas para cozinha, escritório e garagem


deverão ser do tipo tubular e as demais tipo bulbo.
Quanto a temperatura de cor correlata (TCC), escolher valores entre 3.000 a
4000K para ambientes como quartos, sala de estar e corredor. Para cozinha,
escritório, garagem, banheiros utilizar TCC entre 4.500 a 6.000K.
O índice de reprodução de cor (IRC ou RA) deverá ser de 85% ou superior
para cozinha e banheiro e de 70 %ou superior para os demais ambientes internos.

2.2 - Levantamento de cargas - Previsão de cargas de tomadas

Neste tópico serão indicadas todas as necessidades de tomadas de uso


geral (TUG) e de uso específico (TUE). A apresentação deverá ser feita através de
uma tabela com as mesmas linhas onde foi indicado cada cômodo na etapa de
levantamento de cargas de iluminação (colunas 1 a 8). Para facilitar a
compreensão deverá conter: Coluna 1 – nome dos cômodos, Coluna 9 – medida
do perímetro dos cômodos (obtido na planta baixa), Coluna 10 – quantidade de
tomadas em função dos números mínimos recomendados por perímetro,
anteriormente descritos, Coluna 11 – definição das TUEs e TUGs, Coluna 12 –
cálculo das cargas nas tomadas (soma das potências de TUG e TUE), Coluna 13 –
total geral: Soma das cargas de iluminação e tomadas (coluna 8 + coluna 12).
Exemplo:
Levantamento de cargas - Previsão de cargas de iluminação
Coluna 1 Coluna 9 Coluna 10 Coluna 11 Coluna 12 Coluna 13
Cômodos Perímetro (m) Quantidade de Tipo de tomadas e potência (VA) Cargas nas Total geral (VA)
tomadas TUG tomadas (VA)
TUG TUE

As tomadas TUG deverão ser estimadas segundo a norma ABNT/NBR –


5410/04 e as TUE deverão ser indicadas para cada carga especifica.

2.3 - Determinação da potência ativa da instalação

Como a potência de iluminação e tomadas é a potência aparente e é dada em


VA, na definição da carga no padrão podem utilizar o coeficiente fator de potência (ϕ)
de 0,95 e obter o total de potência ativa da instalação (W)
Exemplo:
Potência total instalada de 23.600VA.
Potencia ativa da instalação = 23.600 x 0,95
Potencia ativa da instalação = 22.420 W

2.4 – Classificação do tipo de fornecimento para entrada de serviço

Com o valor obtido na determinação da potência ativa da instalação, utilize a


norma da CELESC para determinação do Padrão de entrada de baixa tensão.
Exemplo: potência ativa da instalação = 22.420W
Padrão de entrada: Tipo Bifásico a 3 Fios - Unidade consumidora com carga
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instalada acima de 15 e até 25kW, ou que possua equipamento bifásico.

2.5. Determinação da categoria de atendimento do consumidor

Utilize a norma da CELESC para determinação do Padrão de entrada de


baixa tensão.
Exemplo: potência ativa da instalação = 22.420W
Categoria de atendimento B2 - Carga Total Instalada na Unidade
Consumidora (kW) entre 20 < C < 25 kW

3. Desenho dos pontos de utilização – Marcação dos pontos de utilização de


iluminação e tomadas, tubulações e traçados

Nesta etapa efetuaremos a marcação dos pontos de luminárias e tomadas de


acordo com o levantamento feito para estas cargas, segundo a norma. Além de
pontos de luz e seus comandos, tomadas de uso geral e de uso específico deverão
estar de acordo com sua utilização e indicação de necessidade do proprietário para
cargas específicas como motores de portão. Para isso, faremos uso da planta baixa
alocando cada ponto de carga estimado no seu devido local de instalação.

3.1 Marcação dos pontos de utilização de iluminação e seus comandos

Na planta baixa, efetuaremos a marcação dos pontos de luminárias e seus


comandos. Os pontos de iluminação deverão ser alocados de forma que a luminária
atenda o cômodo da melhor maneira possível, ou seja, distribuído simetricamente
uma vez que a caixa de passagem será colocada na laje. Em cômodos com formas
retangulares deve-se avaliar a possibilidade de distribuir mais pontos de iluminação
na laje para melhorar a distribuição de luminosidade.
Além dos pontos de iluminação colocados na laje, deve-se avaliar a
possibilidade de uso de arandelas instaladas nas paredes em corredores, próximo
aos espelhos em banheiros, acima das bancadas de cozinha e outros que forem
sugeridos pelos proprietários.
Os pontos de comando deverão estar acessíveis na entrada dos cômodos ou
pontos de utilização. Para os quartos deverão ser indicados comandos de luminárias
com interruptores paralelos para facilitar o desligamento na hora de dormir. Para
ambientes que tenham dois ou mais acessos (sala e cozinha, por exemplo), deverá
ser avaliada a possibilidade de utilizar comandos com interruptores intermediários e
paralelos.
A simbologia a ser utilizada é a indicada na norma NBR 5444.

3.2 Marcação dos pontos de utilização de tomadas e dos quadros de energia

No mesmo desenho onde foi efetuada a marcação dos pontos de utilização


de luminárias, faremos a marcação dos pontos de tomadas de uso geral (TUG) e
tomadas de uso específica (TUE). Deverá ser observada a norma quanto a altura
das tomadas e seu posicionamento em áreas sujeitas a respingos de água. Também
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deve ser observada a distribuição da quantidade de tomadas TUG previstas em


cada cômodo, tomando o cuidado de não indicar pontos atrás de portas ou em
lugares que já são reservados para móveis. Em geral, cômodos como quartos e
salas deve-se posicionar no mínimo um ponto de tomada em cada parede.
Quando ao quadro geral de energia, onde serão colocados os elementos de
proteção dos circuitos (disjuntores), este deverá ser alocado o mais próximo das
cargas maiores, ou seja, cozinha e banheiros. Em geral, é recomendado um quadro
de distribuição para cada 150m2 de área ou um por andar ou área separada da
edificação principal. O tamanho do quadro de disjuntores será definido após a
divisão dos circuitos terminais.
O quadro de medição de energia deverá ser colocado segundo as normas da
concessionária.
A simbologia normatizada deverá ser utilizada para a representação dos
pontos de tomadas e quadros de energia.

3.3. - Divisão das cargas em circuitos

A carga total da edificação será dividida em circuitos para atender as cargas.


Em geral, temos numa instalação predial os circuitos:
• De alimentação: Também são chamados de ramal de carga,
compreendem o trajeto desde a conexão do ramal de saída do padrão
de entrada de energia até o quadro principal de disjuntores. Sua
função é levar toda a carga da instalação;
• Circuitos de distribuição: compreendem o trajeto entre o quadro
principal de disjuntores até outro quadro secundário de disjuntores.
Por exemplo: quando a edificação tem mais de um pavimento
(subsolo, sótão) ou uma edificação separada (quiosque, salão de
festas) é necessário instalar um quadro secundário de disjuntores;
• Circuitos terminais: compreendem o trajeto entre o quadro de
disjuntores (principal ou secundário) até as cargas de iluminação,
tomadas ou cargas específicas.

3.3.1 – Divisão da carga em circuitos terminais

Iniciaremos a divisão de carga pelos circuitos terminais. Isto é necessário pois


caso tenhamos quadro de disjuntores secundário, precisaremos saber qual a carga
total neste quadro, para depois dimensionar o circuito de distribuição.
Por recomendação da norma NBR 5410/04, os circuitos terminais devem ser
individualizados de acordo com a característica dos equipamentos alimentados. As
recomendações encontram-se no capítulo 4, sub item 4.2.5 da referida norma:
4.2.5 Divisão da instalação
4.2.5.1 A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos
necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser
seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito.
4.2.5.2 A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender,
entre outras, às seguintes exigências:
a) segurança — por exemplo, evitando que a falha em um circuito
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prive de alimentação toda uma área;


b) conservação de energia — por exemplo, possibilitando que cargas
de iluminação e/ou de climatização sejam acionadas na justa medida das
necessidades;
c) funcionais — por exemplo, viabilizando a criação de diferentes
ambientes, como os necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços
de demonstração, recintos de lazer, etc.;
d) de produção — por exemplo, minimizando as paralisações
resultantes de uma ocorrência;
e) de manutenção — por exemplo, facilitando ou possibilitando ações
de inspeção e de reparo.
4.2.5.3 Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que
requeiram controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam
afetados pelas falhas de outros (por exemplo, circuitos de supervisão
predial).
4.2.5.4 Na divisão da instalação devem ser consideradas também as
necessidades futuras. As ampliações previsíveis devem se refletir não só na
potência de alimentação, como tratado em 4.2.1, mas também na taxa de
ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição.
4.2.5.5 Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos
equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser
previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para
pontos de tomada. NOTA Para locais de habitação, ver também 9.5.3.
4.2.5.6 As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se
o maior equilíbrio possível.
4.2.5.7 Quando a instalação comportar mais de uma alimentação (rede
pública, geração local, etc.), a distribuição associada especificamente a
cada uma delas deve ser disposta separadamente e de forma claramente
diferenciada das demais. Em particular, não se admite que componentes
vinculados especificamente a uma determinada alimentação compartilhem,
com elementos de outra alimentação, quadros de distribuição e linhas,
incluindo as caixas dessas linhas, salvo as seguintes exceções:
a) circuitos de sinalização e comando, no interior de quadros;
b) conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o
intercâmbio das fontes de alimentação;
c) linhas abertas e nas quais os condutores de uma e de outra
alimentação sejam adequadamente identificados. (NORMA ABNT NBR
5410:2004, p. 18).

Além disso, a mesma norma ainda recomenda no seu item 9.5.3;

9.5.3 Divisão da instalação


9.5.3.1 Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo
ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10
A deve constituir um circuito independente.
9.5.3.2 Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de
serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos
exclusivamente destinados à alimentação de tomadas desses locais.
9.5.3.3 Em locais de habitação, admite-se, como exceção à regra geral de
4.2.5.5, que pontos de tomada, exceto aqueles indicados em 9.5.3.2, e
pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, desde
que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas:
a) a corrente de projeto (IB) do circuito comum (iluminação mais
tomadas) não deve ser superior a 16 A;
b) os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua
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totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação


mais tomadas); e
c) os pontos de tomadas, já excluídos os indicados em 9.5.3.2, não
sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito
seja comum (iluminação mais tomadas). (NORMA ABNT NBR 5410:2004, p.
184).

Diante do exposto, faremos a divisão da nossa instalação em um número


razoável de circuitos que atenda as recomendações da norma. Também é
necessário que sta divisão de circuitos promova facilidade na sua instalação e
utilização, além de oferecer segurança na manutenção destes. Como a norma
recomenda que os circuitos terminais sejam individualizados em função das cargas
que estes alimentam, teremos os seguintes tipos de circuitos:
• circuitos de iluminação: desejável que seja no mínimo dois;
• circuitos de tomadas de uso geral (TUG): observadas as
recomendações da norma de circuitos exclusivos para tug em áreas
molhadas, deverá ser verificada a possibilidade de fazer um circuito
que atenda as áreas secas como quartos, salas, corredor e escritório.
Caso os cômodos estejam distantes, poderá ser feito outros circuitos
para tug;
• circuitos para motores, chuveiros, boiler, condicionadores de ar,
bombas (TUE): deverá ser feito um circuito para cada elemento
utilizador;
• circuitos auxiliares de sinalização, sonorização, vídeo: não utilizaremos
no nosso projeto.

Para organizar a divisão dos circuitos, utilizaremos uma tabela com linhas que
identifiquem os cômodos e colunas que representem os circuitos criados. Cada
coluna com circuito deverá conter o valor da potência e local da carga a ser
alimentada.
Exemplo da tabela com a criação dos circuitos:
Quadro de circuitos

Nome do cômodo Número Número do Número do Número Número Número Número …. Total da
do circuito circuito circuito do circuito do circuito do circuito do circuito potência no
cômodo
(VA)

Total da potência no
circuito (VA)

Para visualizar de maneira rápida qual carga cada circuito atenderá, é


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necessário organizar um quadro com estas informações.


Por exemplo:
Número do circuito Área que atende Observação
Circuito 1 Iluminação cômodos do lado direito
Circuito 2 Iluminação cômodos do lado esquerdo
Circuito 3 Chuveiro banheiro 1

3.3.2 – Desenho das tubulações dos circuitos terminais

Na planta baixa, faremos o desenho das tubulações que abrigarão os circuitos


terminais e também os comandos da iluminação.
Iniciaremos o lançamento dos eletrodutos a partir do quadro geral de
disjuntores. É aconselhável indicar uma caixa de passagem localizada acima do
quadro geral, pois teremos várias tubulações (eletrodutos) que chegarão neste
quadro.
A partir das marcações de pontos de iluminação, feitos na etapa 3.1, faremos
a interligação destes pontos desenhando o caminho dos eletrodutos que ficarão
embutidos na laje.
Com todos os pontos de iluminação na laje interligados, inicia-se a marcação
dos eletrodutos que atenderão os pontos de comando e de tomadas. Deve-se
escolher os caminhos mais curtos e evitar cruzamento de eletroduto na laje. Outra
recomendação é a de não colocar mais de cinco eletrodutos em cada caixa
embutida no teto (octogonais 4x4) e não mais de três nas caixas das paredes (4x2).
Caso seja necessário, pode-se indicar mais de um ponto de luz no teto no mesmo
cômodo.
Deve-se observar também que por um mesmo eletroduto poderá passar de
um a no máximo três circuitos, pois ocorrem induções de correntes elétricas de um
circuito nos outros diminuindo a capacidade de condução destes condutores.
Circuitos de baixa potência, como de iluminação por exemplo, poderão ser
desconsiderados neste caso.

3.3.3 – Traçado da fiação dos circuitos terminais

Cada circuito terminal sairá do quadro geral de disjuntores e passará por um


caminho dentro de eletrodutos até atender a carga. Desta forma teremos para cada
circuito os fios fase, neutro e terra (proteção). Desta forma, representaremos cada
condutor que está dentro do eletroduto por um símbolo conforme a norma ABNT
NBR 5444/89.

3.3.4 – Localização das caixas de passagem


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Na instalação de eletrodutos, não deve haver trechos contínuos retilíneos


maiores que 12 m. No caso de trechos com curvas, essa medida deverá ser
reduzida a 3m para cada curva de 90o quando instalados na laje. Exemplo: se um
trajeto de eletroduto precisar 2 curvas de 90o, o comprimento máximo dele será de
6m. Desta forma deve-se inserir caixas de passagem quando o trajeto for maior. No
caso de instalação no solo, a cada mudança de direção deve-se instalar uma caixa
de passagem.

3.3.5 – Localização de caixa de medição, ramal alimentador e ponto de entrega

A localização da caixa de medição, do ramal alimentador e ponto de entrega


deverá ser feita observando as normas da concessionária de energia (Celesc).
No nosso projeto teremos um circuito de alimentação e terá as características
já estabelecidas no item “2.4 – Classificação do tipo de fornecimento para entrada
de serviço”. O dimensionamento dos condutores deste circuito será feito em etapa
posterior.

3.3.6 – Desenho das tubulações dos circuitos alimentadores até o quadro de


disjuntores

Deverá ser feito observando as características do terreno, de outras


tubulações (esgoto, por exemplo) e da vegetação existente(árvores, por exemplo).
Marque o trajeto de acordo com a escolha da localização da caixa de medição
até o quadro geral de disjuntores.

3.3.7 – Traçado da fiação do circuito alimentador

Representaremos cada condutor do circuito de alimentação que está dentro


do eletroduto por um símbolo conforme a norma ABNT NBR 5444/89.

3.3.8 – Divisão da carga em circuitos de distribuição

Como no nosso projeto não teremos quadros de disjuntores secundários, não


haverá circuitos de distribuição.

4 – Dimensionamentos dos circuitos

Nesta etapa faremos o dimensionamento dos componentes dos circuitos, isto


é, dos condutores, disjuntores, quadros de disjuntores e dos eletrodutos que alojarão
os condutores.

4.1. Dimensionamento dos condutores dos circuitos terminais


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Esta etapa consiste em efetuar a escolha da seção dos condutores para cada
circuito da instalação. A determinação da seção destes condutores pode ser obtida
através de três diferentes processos:
a) dimensionamento pela seção mínima estabelecida em norma
Neste método atribui-se um valor mínimo para cada tipo de circuito. A norma
ABNT/NBR 5410/04 estabelece que condutores em cobre aplicados em circuitos de
iluminação a seção mínima deve ser de 1,5 mm2 e em circuitos de tomadas, 2,5mm2.
Estes valores para seção mínima deverão ser comparados com outros
métodos de dimensionamento, prevalecendo o dimensionamento que apresentar
maior seção em qualquer um dos métodos;
b) dimensionamento pela capacidade de corrente
Uma característica deste processo é que ele considera aspectos relevantes
do método de instalação como tipo da linha elétrica, fatores de temperatura e de
agrupamento de circuitos. Estes aspectos contribuem para um dimensionamento
mais preciso dos condutores o que leva a escolha mais econômica e segura.
c) dimensionamento pela queda de tensão
Dimensionar condutores pela queda de tensão é interessante em casos onde
a carga fica um pouco distante do quadro de disjuntores, pois nestes casos a queda
de tensão no condutor pode levar a um funcionamento inadequado da carga. Como
a resistência ôhmica do condutor aumenta com o seu comprimento, as vezes torna-
se necessário utilizar condutores com maior seção para diminuir este problema. No
nosso projeto não utilizaremos este método de dimensionamento pois, para
instalações prediais, os circuitos costumam apresentar distâncias relativamente
curtas entre os quadros de disjuntores e a cargas finais.

4.1.1 – Dimensionamento dos condutores pela seção mínima


Com as informações obtidas no item “3.3.1 – Divisão da carga em circuitos
terminais”, faremos uma relação dos circuitos e do tipo de carga que eles atendem.
Exemplo:
Dimensionamento da fiação pela secção mínima
Número do 1 2 3 4 5 ...
circuito
Tipo de carga Iluminação Iluminação tomadas
Secção mínima 1,5 1,5 2,5
(mm2)

A tabela deverá apresentar todos os circuitos da instalação e suas respectivas


seções mínimas.
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4.1.2 – Dimensionamento da fiação pela capacidade de corrente dos condutores


Este método de dimensionamento considera aspectos do tipo de instalação
que podem interferir na capacidade de corrente dos condutores. Destacamos dois
fatores: f1 – fator de correção em função da temperatura e f2 – fator de correção em
função da quantidade de circuitos agrupados num mesmo eletroduto.
Desta forma, para calcular a corrente de projeto em um circuito, utilizaremos a
seguinte equação:
P
i=
Ux f 1 x f 2
Onde: i é a corrente de projeto (i) [A];
P é a potência aparente do circuito [VA];
U é a tensão do circuito, no nosso caso 220 [V];
f1 é o fator de correção de temperatura ambiente de trabalho do
circuito;
f2 é o fator de correção por quantidade de circuitos agrupados no
mesmo eletroduto.
A escolha dos valores a serem atribuídos para o fator f 1,deve levar em conta a
temperatura no local de trabalho do condutor, ou seja, se o circuito está instalado em
uma parede que receba radiação de calor, a temperatura no interior do eletroduto
será maior que a temperatura ambiente e por este motivo devemos considerar um
valor menor para o fator f1.
A tabela a seguir apresenta dos coeficientes de correção de temperatura dos
circuitos:
Coeficientes para f1 – correção de temperatura dos circuitos
Temperatura no ambiente de trabalho (oC) 20 25 30 35 40 45
Fator de correção f1 (para condutores com isolação 1,12 1,06 1,0 0,94 0,87 0,79
em PVC)
Fonte: ABNT/NBR 5410/04

Para a escolha dos valores de f2, temos que avaliar a quantidade de circuitos
que estão passando pelo interior de um mesmo eletroduto. Quanto maior o número
de circuitos no interior, maior será a interferência entre eles, o que acaba diminuindo
sua capacidade de corrente.
A tabela abaixo apresenta os fatores f2:
Coeficientes para f2 – correção de temperatura dos circuitos
o
N de circuitos agrupados 1 2 3 4
Fator de correção f2 (para condutores com isolação 1,00 0,80 0,70 0,65
em PVC)
Fonte: ABNT/NBR 5410/04
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CAMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE
Curso Técnico em Eletromecânica
Unidade Curricular: Eletricidade Predial
Professor: Vanderlei Antunes de Mello

Com os valores de potência do circuito, fator de temperatura (f1) e fator devido


ao agrupamento de circuitos num mesmo eletroduto (f2) já devidamente escolhidos,
faremos o cálculo da corrente de projeto (i).
Após efetuar o cálculo da corrente de projeto (i) em todos os circuitos,
faremos a escolha do tipo de linha elétrica a ser utilizado. Para o nosso projeto
utilizaremos o tipo B1, que é para condutores isolados ou cabos unipolares em
eletroduto aparente de seção circular sobre parede ou espaçado desta pelo menos
0,3 vezes o diâmetro do eletroduto. O tipo B1 também se aplica a condutores
isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em
alvenaria. Estas informações estão disponíveis na norma ABNT NBR 5410/04.
Com o valor da corrente de projeto e a definição do tipo de linha elétrica,
escolhe-se a seção do condutor que atenda o valor de corrente obtido no cálculo. A
tabela abaixo apresenta os valores de capacidade de condução de corrente para
condutores de cobre com isolação em PVC:
Capacidade de condução de corrente
(para condutores de cobre com isolação em PVC)
Tipo de linha elétrica A1 B1 B2 C

Número de condutores 3 2 3 2 3 2
carregados
Seção do condutor (mm2) Corrente máxima (A)
1,0 10 14 12 13 12 15
1,5 13,5 17,5 15,5 16,5 15 19,5
2,5 18 24 21 23 20 27

4,0 24 32 28 30 27 36
6,0 31 41 36 38 34 46
10,0 42 57 50 52 46 63
16 56 76 68 69 62 85
25 73 101 89 90 80 112
Fonte: ABNT/NBR 5410/04

Neste método de dimensionamento da fiação podemos utilizar a capacidade


máxima de condução de corrente de um condutor sem que este sofra danos.
Para organizar as informações sobre cada circuito, faremos uma tabela com
as seguintes linhas e colunas. Exemplo:

Dimensionamento da fiação pela capacidade de corrente


Número do circuito

1 2 3 4 ...
Potência do circuito (VA)
Tensão no circuito (V) 220 220 220 220 220
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Temperatura de trabalho do circuito (oC)

Coeficiente de correção - Fator f1


Quantidade de circuitos agrupados
Coeficiente de correção - Fator f2
Corrente de projeto do circuito – i (A)

Tipo de linha elétrica escolhida

Número de condutores carregados

Seção do condutor (mm2)

Agora que já temos o dimensionamento da fiação, obtido através de dois


métodos, faremos a comparação dos resultados e utilizaremos o condutor com
maior valor de seção nominal (mm2). Faremos uma tabela para melhor visualizar a
escolha:

Escolha da seção do condutor - comparação entre métodos de dimensionamento


Circuito 1 2 3 4 ...
Seção mínima de acordo com a
norma (mm2)
Seção através da capacidade de
corrente (mm2)
Seção utilizada (mm2)

4.2. Dimensionamento dos condutores dos circuitos de distribuição

Quando a edificação exigir a instalação de um quadro secundário de


disjuntores, precisaremos dimensionar os condutores que atenderão este quadro
secundário. A função destes condutores será alimentar as cargas que estarão no
quadro secundário e o dimensionamento deverá ser feito da mesma maneira que os
condutores dos circuitos terminais. A potência deste circuito deverá ser observada e,
caso necessário, fazer circuito bifásico ou trifásico para alimentar o quadro
secundário.

4.3. Dimensionamento dos condutores dos circuitos de alimentação

O circuito de alimentação compreende o trecho entre o quadro de medição e


o quadro geral de disjuntores. Este circuito pode ser monofásico, bifásico ou
trifásico, dependendo da carga que ele deverá alimentar e da potência total da
instalação.
Para o dimensionamento deste circuito, consideraremos todos os circuitos
terminais com cargas monofásicas e ligadas em uma das fases. Caso existam
cargas que precisem ser alimentadas em duas ou três fases, deveremos dividir a
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potência destas cargas pelo número de fases que o alimenta e indicar este valor nas
fases que a carga estará ligada.
Antes de efetuarmos o dimensionamento dos condutores devemos equilibrar
os circuitos terminais nas fases (quando o padrão de entrada for bifásico ou trifásico)
e calcular a demanda da instalação.

4.3.1 – Procedimento para efetuar o equilíbrio dos circuitos terminais nas fases

Este procedimento consiste em escolher em qual fase do circuito da


alimentação os circuitos de distribuição ou terminais serão ligados, de modo que a
diferença de potência entre as fases não ultrapasse 4% da potência total.
Exemplo:
Distribuição dos circuitos terminais nas fases
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total na fase
Ilumin. Ilumin. TUE TUG TUE TUE TUG TUE TUE TUE (VA)
Fase 1 900 5.500 3.300 1.200 10.900
(VA)
Fase 2 1.020 2.400 7.000 10.420
(VA)
Fase 3 7.000 1.200 2.600 10.800
(VA)
0 32.120

Na distribuição apresentada, podemos verificar que a diferença entre a fase


mais carregada (Fase 1) e a fase menos carregada (Fase 2) não ultrapassa 4% da
potência total (10.900 – 10.420 = 480, o que representa menos de 1,5% da potência
total).

4.3.2 – Procedimento para efetuar o cálculo da demanda

Devemos considerar que numa instalação predial dificilmente teremos a


utilização simultânea de 100% dos equipamentos previstos. Desta forma, podemos
adotar um fator de demanda que representará a quantidade de potência a ser
utilizada. O valor do fator de demanda terá influência em função da característica de
ocupação da instalação (residencial, comercial, industrial), do perfil e hábito dos
moradores, entre outras.
Existem vários métodos para efetuar o cálculo da demanda, dos quais
destacamos:
a) Aplicação direta de uma porcentagem sobre a potência total
neste método podemos adotar valores entre 65% e 90%, observando que
quanto mais baixa a carga instalada, maior deverá ser o fator de demanda aplicado.
No nosso projeto poderemos adotar um fator de demanda de 75% para a fase
mais carregada. Exemplo Potência demandada (PD) na fase 1:
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PD = 0,75 X 10.900, o que resulta em 8.175 VA na fase 1

b) Demanda em função das tomadas TUG, TUE e iluminação


neste método considera-se as potências de iluminação, tomadas de uso geral
e tomadas de uso exclusivo com fatores de demanda específicos. A equação que
define a potência demandada (PD) é a seguinte:

PD = (PI+TUG x FD1)+(PTUE x FD2)

Onde: PD = Potência demandada (VA)


PI+TUG= Soma das potências de iluminação e TUG (VA)
PTUE = soma das potências de uso exclusivos (VA)
FD1 = fator de demanda para iluminação e TUG
FD2 = fator de demanda para TUE

A tabela a seguir apresenta os valores para FD1 - fator de demanda para


iluminação e TUG:
Tabela – Fatores FD1
Potência (VA) FD1
0 a 1.000 0,86
1.000 a 2.000 0,75
2.000 a 3.000 0,66
3.000 a 4.000 0,59
4.000 a 5.000 0,52
5.000 a 6.000 0,45
6.000 a 7.000 0,40
7.000 a 8.000 0,35
8.000 a 9.000 0,31
9.000 a 10.000 0,27
Acima de 10.000 0,24
Fonte: Cavalin, 2017, p 234

Já para os fatores de demanda para TUE (FD2), os valores podem ser


encontrados na tabela abaixo:
Tabela – Fatores FD2
Número de circuitos FD2 Número de circuitos FD2
de TUE’s de TUE’s
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1 1,00 11 0,49
2 1,00 12 0,48
3 0,84 13 0,46
4 0,76 14 0,45
5 0,70 15 0,44
6 0,65 16 0,43
7 0,60 17 0,41
8 0,57 18 a 20 0,40
9 0,54 21 a 23 0,39
10 0,52 24 a 25 0,38
Fonte: Cavalin, 2017, p 234

Para o cálculo de demanda do nosso projeto, utilizaremos o método de


Aplicação direta de uma porcentagem sobre a potência total, utilizando o fator de
75% da potência.
Então:
PD = Pfase x 0,75

onde PD = Potencia demandada na fase (VA)


Pfase = potência da fase mais carregada (VA)
0,75 = fator de demanda escolhido (75%)

Desta forma, escolheremos a fase mais carregada para dimensionamento dos


condutores do circuito de alimentação. Exemplo;
Potencia da fase mais carregada 10.900 VA.
PD = 10.900 x 0,75
PD = 8.175 (VA)

4.3.3 –Dimensionamento dos condutores do circuito de alimentação pela capacidade


de corrente dos condutores

O dimensionamento destes condutores é feito utilizando a mesma equação


dos condutores dos circuitos terminais.
PD
i=
Ux f 1 x f 2
Onde: i é a corrente de projeto [A];
PD é a potência demandada na fase [VA];
U é a tensão do circuito, no nosso caso 220 [V];
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f1 é o fator de correção de temperatura ambiente de trabalho do


circuito;
f2 é o fator de correção por quantidade de circuitos agrupados no
mesmo eletroduto.
Exemplo: Fase mais carregada (F1)
Pfase = 10.900 VA
PD = 8.175 (VA)
U = 220V
f1 = 1 (temperatura 0o C)
f2 = 1,0 (um circuito no interior do eletroduto)

Então,
8.175
i=
220 x 1,0 x 1,0

i = 37,16 A

Verificando na tabela de capacidade de corrente, na maneira de instalar B1,


para 3 condutores carregados, encontramos o condutor de 10mm2 que possui
capacidade de condução de 50 A nesta condição.

4.4. Dimensionamento dos eletrodutos

Os eletrodutos são utilizados para organizar a passagem dos condutores


elétricos. Eles tem a finalidade de proteger a fiação de agentes externos, sejam eles
ambientais como temperatura e radiação solar ou mecânicos como esmagamento
ou danos na isolação devido a aninais (roedores, por exemplo). Em construções
onde se utiliza laje de forro, são imprescindíveis para levar a fiação até os pontos de
comando e utilização desejados.
O dimensionamento deverá ser feito de modo que os condutores não ocupem
um volume maior do que 40% da área do eletroduto. Este percentual de ocupação
parece pequeno mas é necessário que seja observado este limite pois do contrário
teremos dificuldades na enfiação dos condutores nestes eletrodutos. A dificuldade
está principalmente nas curvas pois os condutores não ocupam simetricamente o
mesmo lugar desde o início da colocação nos eletrodutos.
Na escolha dos eletrodutos devemos levar em conta as características dos
materiais e dos diâmetros nominais padronizados. A tabela a seguir apresenta a
quantidade máxima de condutores em um determinado eletroduto:

Dimensionamento de eletrodutos em função do número máximo de condutores com isolamento PVC 70o C
Seção do condutor Diâmetro Nominal do eletroduto em PVC rígido (mm)/quantidade máxima de condutores
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(mm2) 16 20 25 32 40
1,5 6 11 19 32 51
2,5 4 8 13 23 36
4 3 6 10 16 26
6 2 4 7 12 19
10 1 3 4 8 13
16 1 2 3 5 8
25 0 1 2 3 5
Fonte: Lara, 2012, p 116

Embora existam eletrodutos de 16mm, recomenda-se utilizar eletrodutos com


no mínimo 20mm de diâmetro nominal.

Para calcular a área de ocupação dos eletrodutos devemos calcular a área


individual de todos os condutores que estarão no interior do eletroduto. Como os
condutores apresentam áreas de ocupação diferentes, precisamos fazer uma
conversão tratando todos os condutores em função da relação de ocupação deles. A
tabela a seguir apresenta a equivalência de área ocupada pelos condutores de
diferentes seções:
Seções Equivalentes – relações entre as áreas dos condutores
Seção (mm2) 1,0 1,5 2,5 4,0 6,0 10,
1,0 1,00 1,41 1,97 2,73 3,65 5,50
1,5 0,71 1,00 1,40 1,94 2,60 3,91
2,5 0,51 0,71 1,00 1,38 1,85 2,79
4,0 0,37 0,52 0,72 1,00 1,34 2,02
6,0 0,27 0,39 0,54 0,75 1,00 1,51
10,0 0,18 0,26 0,36 0,50 0,66 1,00
Fonte: Lara, 2012, p 117

Exemplo: Em um determinado trecho de um eletroduto temos os circuitos de


iluminação (1,5mm2), chuveiro (4,0mm2) e tomadas de uso geral (2,5mm2). Qual será
o eletroduto adequado para este trecho?
- para iniciar faremos a escolha de uma seção de condutores do trecho, neste
caso escolheremos o de 4mm2.. Após isso, na tabela de seções equivalentes,
faremos a conversão das demais seções em equivalentes de 4mm2.
- então no circuito de iluminação um condutor de 1,5mm2 equivale a 0,52
condutores de 4mm2; no circuito de chuveiro um condutor de 4mm2 equivale a 1,00
condutores de 4mm2 e no circuito de tomadas de uso geral um condutor de 2,5mm2
equivale a 0,72 condutores de 4mm2.
- agora faremos o somatório das equivalências para 4mm2, lembrando que
cada circuito é composto por 3 condutores:
- (3x 0,52) + (3x1) + (3x 0,72) = 6,72 condutores de 4mm2
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Podemos afirmar que temos o equivalente a 7 condutores de 4mm2 no trecho.


Com este dado, verificaremos na tabela de “Dimensionamento de eletrodutos em
função do número máximo de condutores com isolamento PVC 70 o C” qual será o
eletroduto necessário. Escolheremos o eletroduto de 25 mm pois este abriga até 10
condutores de 4mm2.
Como sugestão, indicaremos a utilização de eletroduto de 20 mm para os
trechos dos pontos de iluminação até o comando e as tomadas TUG. Os eletrodutos
entre os pontos de iluminação deverão dimensionados em função dos condutores
que neles passam e nunca deverá ser menor que 20mm. No trecho da descida entre
a caixa de passagem que fica no teto acima no quadro geral de disjuntores
recomenda-se a utilização de vários eletrodutos com diâmetro mínimo de 40mm.

4.5. Dimensionamento dos dispositivos de proteção

4.5.1 dimensionamento dos disjuntores termomagnéticos:


Os disjuntores têm por função proteger os condutores contra sobrecorrentes,
causadas por anomalias no circuito. Essas anomalias podem ser devido a correntes
de curto circuito, onde temos um aumento instantâneo da corrente a nível
elevadíssimos, ou a sobrecorrentes onde ocorre um aumento gradativo da corrente
em um tempo relativamente grande. Os disjuntores Termomagnéticos (DTM) atuam
nas duas situações citadas.
Comercialmente temos valores padronizados para estes disjuntores,
conforme a tabela abaixo:
Valores padronizados de correntes para disjuntores DTM (A)
Padrão NEMA Padrão DIN
monofásico 15 – 20 – 25 – 30 - 35 10 – 16 – 20 – 25 - 32
40 – 50 – 60 - 70 40 – 50 – 63 - 70 – 80
bifásico 15 – 20 – 25 – 30 - 35 10 – 16 – 20 – 25 - 32
40 – 50 – 60 - 70 – 90 - 100 40 – 50 – 63 - 70 – 80
trifásico 15 – 20 – 25 – 30 - 35 10 – 16 – 20 – 25 - 32
40 – 50 – 60 - 70 – 90 - 100 40 – 50 – 63 - 70 – 80
Fonte: Adaptado de Lara, 2012, p 117

Os disjuntores também apresentam diferenças em função de sua aplicação


classificando-os em faixas de atuação nas curvas B, C ou D.
Disjuntores da curva B possuem atuação entre 3 e 5 vezes a corrente
nominal (In) e são aplicados em circuitos com natureza resistiva como chuveiros, por
exemplo.
Disjuntores da curva C possuem atuação entre 5 e 10 vezes a corrente
nominal (In) e são aplicados em circuitos com natureza indutiva como motores,
eletrobombas, aparelhos de ar condicionado e lâmpadas fluorescentes.
Disjuntores da curva D possuem atuação entre 10 e 50 vezes a corrente
nominal (In) e são aplicados em circuitos com natureza fortemente indutiva como
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transformadores e motores com corrente de partida acima de 10 vezes a corrente


nominal.
No nosso projeto utilizaremos os disjuntores da curva C.

Por norma, os disjuntores atuam (desarmam) com precisão de 20% em torno


do seu valor calibrado. Por exemplo, um disjuntor de 20A vai atuar com uma
corrente de 16A, que equivale a 80% da corrente nominal.
Desta forma, na escolha dos disjuntores DTM devemos adotar uma faixa de
atuação entre 1.15 e 1,35 vezes a corrente máxima do condutor que este DTM
protegerá. Os fatores de temperatura (F1) e de agrupamento (F2) também deverão
ser considerados no cálculo. Para melhor organização dos dados podemos utilizar o
exemplo da tabela abaixo:

Dimensionamento dos DTM’s


Número do circuito 1 2 3 4 ... Geral
2
Condutor (mm ) 1,5
Corrente a proteger 17,5
(i)
F1(temperatura) 1,00
F2(agrupamento) 0,80
Corrente corrigida 14,0
(ic)
ic = i x F1 x F2
1,15 x Ic 16,1
1,35 x Ic 18,9
DTM escolhido ( A) 1 x 16
Fonte: Adaptado de Lara, 2012, p 110

4.5.2 dimensionamento dos dispositivos diferenciais residuais (DR’s):

Enquanto que os DTM’s protegem os condutores, os dispositivos diferenciais


residuais (DR’s) tem por principal função proteger as pessoas contra choques
elétricos.
Quando ao funcionamento, os DR’s são elementos de proteção que medem
as correntes que por ele passam e atuam quando a corrente que entra é diferente da
corrente que sai do circuito em pelo menos 30mA. A ocorrência de correntes
diferentes de entrada e saída significa que está ocorrendo uma fuga de corrente
(uma pessoa tomando choque elétrico, por exemplo) e o circuito deverá ser
desligado automaticamente.
Quanto a construção, existem dispositivos DR’s que são interruptores
diferencial residual (IDR) que apenas identifica a corrente de fuga e desliga o circuito
e os Disjuntores diferencial residual (DDR) que além da identificação de corrente de
fuga tem também um disjuntor DTM no mesmo dispositivo.
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Ambos dispositivos apresentam capacidade de condução de corrente de


acordo com sua especificação e possuem sensibilidade para detectar fugas de
correntes entre 30 e 500mA. No nosso projeto, utilizemos os que possuam
sensibilidade de 30mA, para proteção contra contato direto e indireto.
A escolha da capacidade de corrente dos DR’s deverá ser de acordo com o
circuito no qual estará inserido, ou seja, com valor igual ou maior do que o DTM. A
tabela abaixo apresenta os valores comerciais destes dispositivos:
Valores comerciais para DR’s
Sensibilidade 30mA
IDR Bipolar (F/N ou F/F) 25 – 40 – 63 - 80
(somente Tetrapolar (F/F/N 25 – 40 – 63 – 80 - 100
interruptor DR) ou F/F/F/N)
DDR Bipolar (F/N ou F/F) 6 – 10 – 16 – 20 - 25 – 32 - 40
(Disjuntor DTM e Tetrapolar (F/F/N 6 – 10 – 16 – 20 - 25 – 32 - 40
Interruptor DR) ou F/F/F/N)

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