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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CAMPUS SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO


FACULDADE DE TECNOLOGIA

NATHALIA DAMASCENO COLARES

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

MANAUS
2023

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
CAMPUS SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO
FACULDADE DE TECNOLOGIA

NATHALIA DAMASCENO COLARES

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Relatório apresentado no curso de Engenharia


Elétrica da Faculdade de Tecnologia da
Universidade Federal do Amazonas, para
obtenção de nota parcial da disciplina
Eletrotécnica Aplicada.
Professor: João Edgar Chaves Filho

MANAUS
2023

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SUMÁRIO

1. Introdução 4
2. Objetivo 4
3. Descrição do projeto 4
3.1 Características da edificação
4. Memorial de cargas 5
4.1 Previsão de cargas da residência 5
4.2 Pontos de iluminação, interruptores e tomadas 6
4.2.1 Determinação de carga das tomadas 6
4.2.2 Determinação da carga de iluminação 8
4.3 Tipo de fornecimento de tensão 9
4.4 Circuito de distribuição 9
4.5 Divisão da instalação elétrica em circuitos terminais 10
5. Lançamento da fiação e posicionamento dos eletrodutos 11
5.1 Dimensionamento da seção transversal dos condutores 13
5.1.1 Seção do condutor neutro 13
5.1.2. Seção do condutor de proteção 13
5.3 Dimensionamento dos eletrodutos
6 Considerações finais 14
Referências bibliográficas 14
Anexos

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1 Introdução

A eletricidade é um conjunto de fenômenos que ocorre graças ao desequilíbrio ou à


movimentação das cargas elétricas, uma propriedade inerente aos prótons e elétrons, assim
como também dos corpos eletricamente carregados. Na eletricidade, existem fenômenos
eletrostáticos e eletrodinâmicos, relativos a cargas em repouso e em movimento,
respectivamente. É graças à eletricidade que hoje em dia podemos usufruir de equipamentos
elétricos, sendo os mais comuns e utilizados as lâmpadas, chuveiro, geladeiras, computadores
e motores elétricos, por exemplo.

2 Objetivo

O objetivo do presente relatório é apresentar as etapas do projeto de instalação elétrica


de baixa tensão residencial dentro das normas da ABNT e CEMAT/Rede. Onde aqui, serão
apresentadas as informações necessárias e relativas à instalação elétrica, como também seus
principais componentes, como dimensioná-los e escolhê-los.

3 Descrição do projeto

Esta parte consiste no projeto através da planta baixa fornecida pelo professor com o
intuito de planejar a instalação de baixa tensão de uma residência, na qual possui
dependências internas e externas de , respectivamente. Pretende-se construir uma residência
familiar, utilizando a NBR 5410, de acordo com o catálogo da Pirelli.

3.1 Características da edificação

A residência é em alvenaria, com cobertura em telhas de alumínios sobre estacas de


ferros na horizontal da residência, e com seu ambiente interno superior revestido a Policloreto
de Vinila(PVC).

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4 Memorial de cargas

O levantamento das potências foi feito pela previsão das cargas mínimas de
iluminação e de tomadas a serem instaladas, possibilitando, determinar a potência total
prevista para a instalação residencial. Para a formulação do roteiro de cálculos segue-se
recomendações da NBR 5410, de acordo com as normas da empresa.

4.1 Previsão das cargas na residência

No projeto elétrico da residência deseja-se saber o quanto da potência aparente foi


transformada em potência ativa, aplicou-se então, os valores de 1, no fator de potência para a
iluminação e 0,8 para tomadas de uso geral (TUGs).

Figura 1 - Planta baixa

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Tabela 1 - Dimensões da planta

4.2 Pontos de Iluminação, interruptores e tomadas

Com o levantamento de distribuição de cargas, é a partir da área e do perímetro que é


determinado o número mínimo de lâmpadas, de interruptores e de tomadas. A partir dessas
determinações, podem ser separados os circuitos. Os circuitos vão ter as cargas distribuídas
entre si, de forma que fiquem equilibrados, com quantidade de carga parecida. A NBR 5410
determina que os circuitos sejam separados em circuitos de iluminação, para tomadas de uso
geral (TUG) e para tomadas de uso específico (TUE).

4.2.1 Determinação da carga das tomadas

Para a determinação das cargas de tomadas adota-se a uma condição para se


estabelecer o número mínimo de tomadas de uso geral (TUG’s), as quais se devem seguir as
seguintes recomendações: Cômodos com área igual ou inferior a 6 metros quadrados, pelo
menos uma tomada. Dependências com mais de 6 metros quadrados, no mínimo uma tomada
para cada 5 metros ou fração de perímetro, uniformemente distribuídas. banheiros: No
mínimo uma tomada junto ao lavatório. Cozinha: uma tomada para 3,5 metros ou fração de
perímetro, independente da área.
Nas TUG’s se destinam aparelhos móveis ou portáteis. Para se estabelecer a potência
mínima de tomadas de uso geral se segue as seguintes condições: Para o banheiro, cozinha e

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área de serviço: se atribui no mínimo 600 VA por tomada, até três tomadas e 100 VA para os
excedentes. Nas demais dependências: se deve atribuir no mínimo 100 VA por tomada. As
tomadas de uso específico são destinadas à ligação de equipamentos fixos e estacionários.
A condição para se estabelecer a quantidade (TUE’s) se faz de acordo com o número
de aparelhos de utilização que vão estar fixos em uma dada posição no ambiente. Para se
estabelecer a potência das tomadas de uso específico, se deve atribuir a potência nominal do
equipamento a ser alimentado. Pode-se prever a carga das TUE’s, segundo os critérios que já
foram estabelecidos a partir do cômodo em estudo fazendose necessário ter o valor da área e
do perímetro. A partir do cálculo do perímetro se pode prever a quantidade mínima de
tomadas e reunindo todos os dados obtidos, tem-se a potência total da instalação.

Figura 2 - Disposição das tomadas e dos interruptores

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Tabela 2 - Distribuição de cargas de usos gerais

Tabela 3 - Distribuição de cargas de usos específicos

4.2.2 Determinação da Carga de Iluminação

Para o levantamento das cargas de iluminação usamos a condição para se definir a


quantidade mínima de pontos de luz, a qual é necessária prever pelo menos um ponto de luz
no teto, comandado por um interruptor de parede. A carga de iluminação é feita em função da
área do cômodo da residência e se estabelece a potência mínima de iluminação, adotando os
critérios: Para os cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 metros quadrados
deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA.
Agora, para os cômodos com área superior a 6 metros, deve ser prevista uma carga
mínima de 100VA para os primeiros 6 metros quadrados, acrescida de 60VA para cada
aumento de 4 metros quadrados inteiros. Estabelecidas as condições para a iluminação de
áreas internas da residência, se utiliza as dimensões de cada cômodo da planta baixa

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fornecida, ilustrada abaixo. Depois de determinar as áreas dos cômodos é que podemos prever
a carga de iluminação da planta residencial, mostrado na tabela abaixo.

Tabela 4 - Distribuição de cargas de iluminação

Figura 3 - Posicionamento das lâmpadas da área interna

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4.3 Tipo de fornecimento e tensão

Conforme as Normas Técnicas da Light complementares ao padrão RECON – BT -


Entradas individuais isoladas, monofásicas e polifásicas ligadas em sistema 127 V (20A), com
carga demandada até 8kVA localizadas em regiões de rede de distribuição urbana, aérea e
subterrânea. Portanto o fornecimento é monofásico.
O Padrão de Entrada Light são Normas Técnicas da Light complementares ao padrão
RECON – BT visando o pleno atendimento aos padrões técnicos e construtivos da
Concessionária. Estando tudo certo, a concessionária instala e liga o medidor e o ramal de
serviço. Uma vez pronto o padrão de entrada e estando ligados o medidor e o ramal de
serviço, a energia elétrica entregue pela concessionária estará disponível para ser utilizada

4.4 Circuito de distribuição

Através do circuito de distribuição, essa energia é levada do medidor até o quadro de


distribuição, também conhecido como quadro de luz. Quadro de distribuição é o centro de
distribuição de toda a instalação elétrica de uma residência, pois recebe os fios que vêm do
medidor e encontram os dispositivos de proteção. É do circuito de distribuição que partem os
circuitos terminais que vão alimentar diretamente as lâmpadas, tomadas e aparelhos elétricos.
O quadro de distribuição deve estar localizado em um lugar de fácil acesso e o mais
próximo possível do medidor. Isto é feito para se evitar gastos desnecessários com os fios do
circuito de distribuição, que são os mais grossos de toda a instalação e, portanto, os mais
caros. É recomendada a utilização de proteção diferencial-residual (disjuntor DDR,
dispositivo IDR ou dispositivo diferencial acoplado ao disjuntor geral).

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Figura 4- Quadro de distribuição

O fascículo 10 desta Regulamentação mostra os detalhes de aplicação. Este tipo de


proteção diferencial, além de diminuir significativamente a possibilidade de choques elétricos
em seres vivos, principalmente se considerados os equipamentos/eletrodomésticos com baixo
nível de isolamento onde o aterramento através do condutor de proteção antecipa o
desligamento do circuito antes que este seja tocado, também se mostra bastante eficiente
contra a possibilidade de curto-circuito de alta impedância (baixo valor de corrente) que gera
uma falsa sobrecarga e, em algumas situações, inclusive o estabelecimento de arco à terra, o
que pode ocasionar incêndio na edificação

4.5. Divisão da Instalação Elétrica em Circuitos Terminais

Durante a execução do projeto foram previstos circuitos de iluminação (circuitos 1 e 2)


separados dos circuitos de tomadas de uso geral (critérios estabelecidos pela NBR 5410). Para
que os circuitos não fiquem carregados, e não resultarem numa seção nominal (bitola) muito
grande dificultando a instalação dos fios nos eletrodutos e as ligações terminais (interruptores
e tomadas) procuramos organizar nossos circuitos de modo a limitar a corrente a 10 A, ou
seja, 1270 VA em 127 V, ou 2200 em 220V.
Já para o caso do chuveiro elétrico, no qual excede os 10 A, a norma prevê circuito
independente, exclusivo para o equipamento, como nós fizemos. Apesar do o ar-condicionado
que escolhemos não superar os 2200VA, adotamos um circuito exclusivo para ele por medidas
de segurança, e assim manter a ele uma boa vida útil. A planilha resumo da divisão dos
circuitos e quadro de carga pode ser vista na tabela abaixo.

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Tabela 5 - Distribuição de circuitos terminais

Como o tipo de fornecimento determinado para o exemplo em questão é monofásico,


têm-se uma fase e um neutro alimentando o quadro de distribuição. Sendo assim, neste projeto
foram adotados os seguintes critérios: Os circuitos de iluminação e tomadas de uso geral
(TUG’S) serão ligados na menor tensão de 127V, entre fase e neutro. Os circuitos TUE´S com
corrente maior que 10 Ampere serão ligados na tensão de 220V. Como não obtivemos uma
tensão igual a 10ª, não utilizaremos, até porque nosso sistema é monofásico. A menor bitola
exigida por norma tem área de 1,5 mm² para condutores de iluminação e 2,5 mm² para
condutores em tomadas. A norma também define que esses condutores devem ocupar, no
máximo, 40% da área interna de um eletroduto.

5 Lançamento da fiação e posicionamento dos eletrodutos


A menor bitola exigida por norma tem área de 1,5 mm² para condutores de iluminação
e 2,5 mm² para condutores em tomadas. A norma também define que esses condutores devem
ocupar, no máximo, 40% da área interna de um eletroduto

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Figura 5 - Lançamento da fiação

A ligação começa por um padrão de alimentação que é fornecido pela concessionária


por meio de um ramal de ligação, que é ligado ao medidor. O medidor, por sua vez, é ligado
ao quadro de distribuição. Do quadro de distribuição saem os circuitos terminais, que são
aqueles que foram distribuídos no projeto para alimentar os ambientes. No quadro de
distribuição, também estão presentes as proteções, que são os disjuntores diferenciais
residuais e gerais e os demais dispositivos. Essas proteções são contra curto-circuito, choques,
incêndios, descargas elétricas, sobrecargas elétricas etc.
Do quadro de distribuição, derivam os circuitos e, em cada um deles, estão presentes
os condutores fase, neutro e terra. A forma de ligação desses condutores dependerá do tipo de
ligação — monofásica, bifásica ou trifásica, e do tipo de circuito — iluminação, uso geral ou
uso específico. Nos circuitos de iluminação, nas ligações entre interruptor simples e lâmpada,
serão utilizados os condutores fase, neutro e retorno. Vale lembrar que o retorno nada mais é
do que uma fase. Nas ligações entre interruptores de duas seções e lâmpadas, são utilizados
fase, neutro e dois retornos.
Quando se trata de interruptores paralelos — 3 way e 4 way, estão presentes fase,
neutro e 3 retornos. O que varia entre um e outro é que os retornos são seccionados no 4 way.
Já nas tomadas estão presentes os condutores fase, neutro e terra. É importante ressaltar que,

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em ligações monofásicas, existe apenas uma fase, um neutro e uma terra. Em ligações
bifásicas, no entanto, há duas fases, um neutro e um terra. Já em trifásicas, existem três fases,
um neutro e um terra. Em circuitos de tomadas de uso específico, deve estar presente apenas
um único aparelho de alta potência. Esse tipo de circuito é utilizado para chuveiros, torneiras
elétricas, ar-condicionado, máquinas de lavar e demais aparelhos que, sozinhos, apresentam
carga suficiente para um circuito.

5.1. Dimensionamento da Seção Transversal dos Condutores

Para esse dimensionamento, adotamos em nossa planta somente fios PIRELLI.


Baseado em seu catálogo, iniciamos o dimensionamento com o Condutor Neutro.

5.1.1. Seção do Condutor Neutro

O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito e o condutor neutro de
um circuito monofásico deve ter a mesma seção do condutor fase. Conforme a NBR-5410. Os
valores da tabela abaixo são aplicáveis quando os condutores de fase e o condutor neutro
forem do mesmo metal.

Tabela 6 - Valores de seção transversal do condutor neutro

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5.1.2. Seção do Condutor de Proteção

Em um circuito terminal, o condutor de proteção liga as massas dos equipamentos de


utilização e, se for o caso, o terminal “terra” das tomadas de corrente ao terminal de
aterramento do quadro de distribuição respectivo. Em um circuito de distribuição, o condutor
de proteção interliga o terminal de aterramento do quadro de onde parte o circuito de
distribuição ao quadro alimentado pelo circuito. O dimensionamento do condutor de proteção
deve atender a aspectos elétricos e mecânicos.

Tabela 7 - valores de seção transversal do condutor de proteção

Seção dos condutores Seção mínima do condutor


de fase S mm² de proteção
correspondente mm²

S ≤ 16 S

16 < S ≤ 35 16

S > 35 S/2

5.3. Dimensionamento dos eletrodutos

De acordo com a norma NBR 5410/2004, a taxa máxima de ocupação em relação à


área da seção transversal de eletrodutos não deve ser superior a 40% para três ou mais
condutores ou cabos. O dimensionamento dos eletrodutos pode ser feito por dois métodos. No
primeiro método esse dimensionamento pode ser obtido da seguinte forma, determinando a
seção dos condutores que irão passar no interior do eletroduto.
● Determinar à área total de cada condutor (considerando a camada de isolação)
na Tabela 21 (A) (NBR 5410/2004), demonstrada logo abaixo.
● Efetuar a somatória das seções totais, obtida no item anterior.
● Com o valor da somatória, determinar na Tabela 22 (B) (NBR 5410/2004) o
valor imediatamente superior ao valor da somatória e o respectivo diâmetro do
eletroduto a ser utilizado;
● Em uma instalação elétrica, o eletroduto deve ter um diâmetro mínimo de 20
mm; estes eletrodutos não são cotados na planta.

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Tabela 8 - Valores de nominal do eletroduto

Tabela 9 - Valores de ocupação máxima do eletroduto de PVC rigído

Agora pelo segundo método, para este dimensionamento utiliza-se a Tabela D (NBR
5410/2004), pois escolhemos eletrodutos de PVC rígido, no qual o tamanho nominal do
eletroduto pode ser determinado em função da quantidade de condutores e a seção nominal do
maior condutor no eletroduto.

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Tabela 10- Dimensionamento de eletroduto de PVC rígido

Como o diâmetro mínimo de um eletroduto em instalação elétrica de baixa tensão deve


ser de 20 mm², então substituímos os valores dos trechos que deram 16 mm² por 20 mm², em
nosso projeto.

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6 Considerações Finais

Como foi descrito, para o projeto da instalação elétrica de baixa tensão residencial, o
dimensionamento de todos os componentes da instalação, se apresenta a multi versatilidade e
economia, podendo ser demonstrado nas tabelas e memorial de cálculo. Uma planta baixa de
uma casa simples proporcionou o conhecimento para tal habilidade, fazendo com que a
elaboração do presente trabalho nos proporcionou o conhecimento prático da disciplina, sendo
assim, pudemos aplicar toda a teoria dada em sala de aula e ver na prática como é o projeto de
dimensionamento de uma instalação residencial.

Referências bibliográficas

¹ Instalações Elétricas Residenciais. Julho, 2003. PIRELLI.

Anexos

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