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CIÊNCIAS SOCIAIS
MARCELO ALARIO ENNES
CÍCERO LIMA JÚNIOR
juniorjuniorlima5@gmail.com
REFERÊNCIA
MARX, Karl. A chamada acumulação primitiva. In: _____. O capital. v. II. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. p. 828 - 882.
IDEIA GERAL
As relações humanas, desde os primórdios da era feudal à capitalista, é
caracterizada pela a presença do valor e da troca de favores. É referente ao valor, aquilo
que se chamaria de dinheiro, e a troca de favores, ao trabalho imposto para favorecer essas
relações. No decorrer dos séculos do período de transição ‘‘feudo-capitalismo’’, foram
estabelecidas as bases do trabalho, uma vez que, diferentes contextos da economia
necessitavam de interpretações para o seu entendimento. Isto é, o capital, a mais-valia, e
a força de trabalho eram percalços da origem da chamada acumulação primitiva, e
obedecendo respectivamente a ordem da base da economia, seria possível analisar a pré-
história do sistema capitalista. Neste sentido, o breve fichamento, é direcionado acerca da
gênese do capital e o seu domínio alcançado sobre todos os setores da economia nascente,
sobretudo o capitalismo, a fim de que possa aprofundar os conceitos marxista.
IDEIA PRINCIPAL
Em meados do século V, o feudalismo estava em vigor no período denominado
de Idade Média, onde as ferramentas do trabalho e os princípios do sistema de economia
começavam a se naturalizar nas relações de reis e camponeses. Posteriormente é,
precisamente no século XIV, que ocorre o surgimento do capitalismo, em que há
superação de uma sistema antigo pelo atual e mais completo. Porém, tais contextos são
analisados por Karl Marx sob o viés da ligação de propriedade com os trabalhadores, em
que no primeiro momento histórico, o camponês (trabalhador) toma posse de lotes de
terras para trabalhar sobre os comandos do rei, e o segundo, o trabalhador, ou
proletariado, é dissociado das terras, ou melhor, dos meios de produção e passa a ser
limitado pelos donos desses meios. E, é nessa perspectiva que é explicada a acumulação
primitiva do capital, ao fixar os contextos que foram determinantes para a compreensão
do capitalismo mercantil e sua ânsia pela a exploração do trabalhador.
Onde e quando começou a acumulação primitiva, isso é o que Karl Marx (1980)
mostra detalhadamente nas entrelinhas da obra O capital, ao iniciar afirmando que a
própria acumulação possui um segredo. Nesse sentido, o sociólogo segue uma linha
cronológica dos efeitos e resultados da força do trabalhador até a economia gerada. Tendo
como ponto principal o surgimento da mais-valia, que a diferença do valor empreendido
no trabalho e no valor recebido por esse trabalhador, e o seu fruto, o capital, produto da
mais-valia. Sendo assim, Marx (1980) enuncia a passagem do antigo capital, para o novo
capital, ou seja, a acumulação primitiva para acumulação capitalista. Infere-se, também,
as transformações ocorridas no campo, assim como na área urbana, a conquista do
trabalho assalariado, o papel da Igreja sobre a economia, o usufruto do sistema
protecionista e, claro, o nascimento do capitalismo industrial, que serão fatores
norteadores do pensamento marxista.