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Por que os santos perseveram?

O texto é bem grande, mas se não for ler tudo, é melhor nem começar.

E não – eu não sou Católico, nem Arminiano... Rsrsrs.

Se achar que sou Católico ou Arminiano - pode parar de ler aqui.

Salvação não é morrer e ir para o céu!

E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe:
Segue-me. João 21:19 – Nem todos nós seremos mártires, mas a morte de todos nós deverá
glorificar a Deus – A morte de todos os eleitos deve glorificar a Deus. Sem exceção!

Os santos perseveram porque Deus persevera em fazê-los terminar bem: “Guiar-me-ás com o
teu conselho, e depois me receberás na glória.” Salmos 73:24.

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; 2 Pelo
qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na
esperança da glória de Deus.3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações;
sabendo que a tribulação produz a paciência – Rm 5.1-3

“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de
Cristo Jesus.” - Filipenses 1:6

“pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa
vontade dele. Filipenses 2:13

O Livro de Jó poderia acabar com ele se suicidando seguindo o conselho da esposa... e ainda
assim muitos diriam – Deus foi glorificado... se Jó era justificado... está tudo bem... Imagine o
fim do livro logo nos primeiros capítulos: “E Jó foi e se suicidou!” – Seria um livro bem curto – e
certamente não estaria na Bíblia, como não está.
Na salvação o homem não é liberto apenas da culpa do pecado, mas do poder do pecado... Ele
agora tem um coração para Cristo e não para o pecado, mas esse não é desejo débil e incapaz, o
homem está livre da tirania do poder do pecado e do desespero de uma vida sem ser habitação
do Espírito de Deus e sem ser selado para o dia da redenção.

Imaginar que Deus elegeu Jó na eternidade e decretou toda a sua história ( do início ao fim )
para terminar assim, e para mostrar mais da Sua glória, é um deboche para com a soberania de
Deus, seu poder e o propósito de sua eleição, justificação... Sua glória.

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 2 Timóteo 4:7

O argumento de que alguém pode ser eleito, justificado... e se suicidar... realmente mostra que a
visão de salvação da pessoa, resume a salvação em IR PARA O CÉU ( Ir para o céu não é definição
de vida eterna e salvação ) e não é o que a salvação é realmente. E isso não tem nenhuma
ligação com o pensamento heréticos Católicos...

Seria como dizer – aquele ali é um homem justificado... mas ele morreu num motel... de ataque
cardíaco, vazamento de gás... mas era justificado, e por isso, tudo bem... Jesus não morreu por
este pecado também? A conclusão bíblica não é que aquela pessoa que morreu era justificada...
que como Jesus morreu por todos os pecados e ele está salvo... a conclusão óbvia é que ele era
um CRISTÃO NOMINAL. E eu levarei quase vinte páginas para definir essa realidade.

Esse argumento só é levantado por distorção do que é a salvação ( ir para o céu ) - Esse
argumento poderia ser aplicado a qualquer coisa se houver honestidade intelectual - ao aborto...
ela morreu fazendo um aborto, mas Jesus não morreu por este pecado? Ela era justifica...
Roubo... Eu posso estar fazendo um assalto a um banco e levar um tiro e morrer – a conclusão
não seria, ele é justificado, Jesus morreu por este pecado, então está “salvo”... Assassinato... ele
morreu do coração na hora que estava matando a esposa, mas Jesus não morreu por este
pecado? Ele era justificado, então... tudo bem. ( Isso é querer enfiar pessoas no céu achando que
isso é a salvação – definindo salvação como “ir para o céu”).

A conclusão óbvia seria, ele era um CRISTÃO NOMINAL... e assim por diante. Esse argumento é o
exato oposto do resultado da Justificação... que é santificação e que termina na glorificação ... o
argumento da Justificação jamais justifica o pecado e leva a encontrar descanso no pecado, nem
encontra brechas para ele em meio ao seu suposto desespero que não encontra descanso em
Deus – pois seria diabólico – somos justificados para sermos levados a Deus. “Porque também
Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado,
na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito” 1 Pedro 3:18.

A Justificação é um ato forense, acontece fora de mim, mas está longe de ser tudo o que
acontece com os eleitos de Deus. Juntamente com isso, por exemplo, o homem é Regenerado,
tem uma nova natureza, é nascido de Deus... “Porque todo o que é nascido de Deus vence o
mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” 1 João 5:4 – “Assim que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2
Coríntios 5:17

Se somos justificados – como Paulo diz em Romanos 5.1, estamos em paz com Deus. Por
estarmos em paz com Deus, e se estamos em paz com Deus, nos gloriamos na esperança da
glória de Deus, mas não somente nisso, mas também nas tribulações – não nos matamos por
causa delas – pois nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de
glória.– viver assim, ou terminar a vida assim, caracteriza o oposto do propósito da eleição,
Regeneração, Justificação...

Esse tipo de argumento leva exatamente a falsa acusação (desinformada da Verdade ) contra os
reformados da ideia de que uma vez salvo, salvo para sempre, não importando em como se vive
ou morre. Mas é o oposto, a Doutrina é da PERSEVERANÇA dos santos. Eles PERSEVERAM. E
todo esse argumento não está falando sobre a perseverança dos santos, mas sobre o oposto.

O suicídio – como disse alguém - é o ato máximo e extremo de desesperança e da perda


absoluta da fé - “Justificados pois pela fé temos paz com Deus e nos gloriamos na esperança da
glória de Deus e nas tribulações?” - fatos incompatíveis com alguém que é habitado pelo
Consolador e por quem Cristo intercede junto ao Pai. Portanto, nega a doutrina da Perseverança
dos Santos. Há um desespero maior do que a habitação do Espírito, da Intercessão de Cristo...

Podemos dizer que há momentos decisivos na grande jornada dos Eleitos... quando ele nasce
neste mundo, no tempo exato em que Deus determinou que isso ocorresse. Seu chamado Eficaz
– onde é Regenerado e não só Justificado... então começa a santificação... e por último o ponto
culminante da santificação - a morte. Quando ele é glorificado. Esse grande último passo para a
glorificação, o fim do processo de santificação operada soberana e poderosamente por um Deus
que nunca falha em conduzir seus eleitos é um suicídio. O ponto final da santificação e o
momento da glorificação?? O que poderia ser mais contraditório com tudo que a salvação
realmente é – e eu, mas na frente detalharei tudo que ela é.

Realmente a ideia por trás de todas essa argumentação sobre o suicídio, é só levar as pessoas
para o céu a qualquer custo, redefinindo a salvação como apenas isso – “ir para o céu” – é a
Justificação, que acontece fora de nós como um ato forense, sem nada mais acontecer dentro de
nós, como Regeneração, a habitação do Espírito Santo... É a doutrina do “Sola Justificação” – O
que sempre leva a várias formas de antinomianismo. O que sempre foi muito comum no meio de
ditos reformados, infelizmente. Mas isso nega o que acontece num homem que foi Justificado.

Paulo começa Romanos 8 com a grande declaração: “Portanto, agora nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus”- Romanos 8:1 – Justificação!

Mas então, a partir do verso 5 ele começa definir quem são essas pessoas – o que difere elas do
homem não justificado, do cristão nominal... e depois de mostrar a imensa diferença entre um
homem natural e o homem regenerado, conclui:

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” ( v.9)

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus.” - Rm 8:14

Como o Espírito guia os eleitos em suas aflições? “Porque para mim tenho por certo que as
aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser
revelada.” - Romanos 8:18.

Essa são suas descrições de um homem que não só foi Justificado – como ele abre dizendo no
verso um, mas que também foi Regenerado, é habitado pelo Espírito Santo... está sendo
santificado... e será glorificado.

A salvação bíblica não deixa o suposto “justificado” igual ao ímpio, somente com um ato forense
e nada mais. A Justificação não é um fim em si mesmo... ela nos leva a Deus... e nos dá todos os
recursos que estão em Cristo... não fico apenas com um ato forense: “Assim que, se alguém está
em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios
5:17

Esse “amor” ao suicida – que acaba por dizer, vai em frente, se mate se você é “justificado” e
está deprimido – é o mesmo “amor” meramente sentimental que levou um homem como John
Stott defender em determinado momento o aniquilacionismo.
John Stott, um dos grandes teólogos do último século infelizmente escreveu isso em 1988:

“Emocionalmente, acho que esse conceito de tormento consciente eterno é intolerável e não
entendo como as pessoas podem viver com ele sem cauterizar seus sentimentos ou se quebrar
sob a sua tensão. Quero acreditar que Escritura aponta na direção da aniquilação.

Não, John Stott, devemos responder - as Escrituras não indicam a direção da aniquilação. Suas
emoções fazem isso. E é assim que as pessoas adotam essa convicção. Eles não aguentam mais.
( Elas querem dizer algo agradável e consolador - se John Stott cai nessa armadilha - qualquer
um cai… não foi a Bíblia, foi as emoções dele que o fizeram fazer essa declaração herética )

Dizer que alguém morreu no momento do adultério, adulterando... mas que como Jesus morreu
por este pecado tudo bem, ele foi justificado... (E se for coerente e honesto intelectualmente – a
pessoa tem que usar o mesmo argumento para tudo ) como eu disse é o oposto da conclusão
que a Bíblia nos leva a chegar – era um CRISTÃO NOMINAL.

O Deus que elege, o faz para mostrar sua glória... concluir que Deus elegeu alguém e decretou
que ele morreria num motel para mostrar mais da sua glória, se matando... seria um deboche
com a ideia da soberania de Deus e de sua glória e controle e determinação em cada parte de
nossa vida – incluindo nossa morte..

Jesus disse para Pedro que ele iria morrer como mártir para glorificá-lo. “Essa é a morte com a
qual você irá me glorificar!” – Nossa morte deve ser a morte com a qual nós devemos glorificar a
Deus. Nem todos morreremos como um mártir – mas nossa morte deve glorificá-lo.

Como disse antes, na salvação o homem não é liberto apenas da culpa do pecado, mas do poder
do pecado... Ele agora tem um coração para Cristo e não para o pecado, mas esse não é desejo
débil e incapaz, o homem está livre da tirania do poder do pecado.

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo
se fez novo." - 2 Coríntios 5:17
Aquele que é salvo da culpa do pecado - também é salvo do poder do pecado. O homem por
natureza está "sob o pecado." - "O mundo inteiro jaz no Maligno." O pecado como um tirano
usurpou, tomou a autoridade – e o homem cede à suas exigências imperiosas. O pecado reina
em seu coração e sobre todas as faculdades que o homem irregenerado possui. Ele não sabe
nada sobre liberdade ( o pecado sussurra em seu ouvido: Tu és livre!) -, mas ele é o escravo da
corrupção. Ele vive "nos desejos da carne, fazendo a vontade da carne e da mente, e é por
natureza um filho da ira como os demais!" (Efésios 2:03) O homem natural é por natureza...

influenciado por motivos corrompidos,

governado por princípios do mal,

levado cativo pelas paixões carnais,

e vive sob o poder do pecado!

A salvação é a libertação não apenas da culpa (Justificação) do poder do pecado, mas o livra de
sua autoridade, de modo que se possa dizer de cada pessoa salva, "O pecado não terá domínio
sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. " - Romanos 6:14

O Espírito Santo. . .

dá um princípio de vida espiritual,

aplica ao homem regenerado a Palavra de Deus com poder,

e faz a sua residência na alma.

Quando o evangelho da graça é manifestado, feito compreendido soberanamente e aplicado ao


coração pelo Espírito - o homem inteiro está mudado!

Seu coração duro é suavizado,

sua vontade obstinada é rendida,

suas afeições elevam-se acima das coisas terrenas,

sua consciência agora concorda com Deus, e


ele é "transformado à imagem de Jesus de glória em glória, como pelo Espírito do Senhor." - 2
Coríntios 3:18

O pecado ainda vai lutar - mas não pode reinar.

O pecado pode prevalecer por um tempo - mas vai ser subjugado.

O conflito pode ser grave, e vai durar por toda a vida - mas o pecado não deve recuperar o trono,
ou reduzir o cristão a um estado de escravidão novamente. Os princípios graciosos implantados
dentro dele são imortais, eles são santos, eles devem superar cada estratégia e astúcia do
pecado sempre e sempre!

Por meio do Espírito, o crente mortifica as obras pecaminosas do corpo, para que ele possa viver.
(Romanos 8:13) Sendo de Cristo, ele crucifica a carne com as suas paixões e concupiscências.
(Gálatas 5:24) E quando ele está sob a influência do Espírito - ele não cumpre os desejos da
carne. (Gálatas 5:16) O pecado não tem autoridade sobre ele, pois. . .

ele renunciou a ele,

ele diariamente chora por causa dele,

ele confessa diante de Deus,

ele luta contra ele, e

ele anseia pelo Céu, porque lá ele estará totalmente livre do pecado!

Aquele que é salvo da culpa e do poder do pecado - também é liberto de todo amor ao pecado.
O pecado não é mais seu elemento, o seu negócio, o seu prazer. O pecado já foi seu amor uma
vez - assim como todos em um estado natural. O homem regenerado odeia todo pecado. Ele não
tem mais sequer

algum pecado favorito,


um pecado querido,

seu ídolo, que ele adora, o que ele deseja ver poupado.

A salvação liberta do amor de cada pecado, e fixa o coração em busca da santidade universal. É
verdade que é possível para uma pessoa regenerada por um tempo, perceber seus afetos indo
em direção a um objeto proibido, ou o que é grosseiramente mal, mas logo isso será detectado,
confessado diante de Deus, e lamentado no profundo de seu coração regenerado. O coração
renovado não pode habitualmente amar o pecado -, mas odiá-lo.

O pecado é odiado. . .

porque Deus o odeia,

porque ele é contrário aos nossos interesses,

porque crucificaram o Filho de Deus,

porque entristece o Espírito Santo, e

porque é contrário à nova natureza do cristão.

Assim como é impossível um pássaro gostar de ser confinado sob a água ou os peixes desejarem
o deserto estéril contrário ao seu elemento nativo - um verdadeiro crente habitualmente pode
amar o pecado. É impossível! Não, ele odeia - ele odeia isso, naturalmente, constantemente, e
com um ódio invencível!

Seus pontos de vista foram alterados - e ele pensa do pecado em algum grau como Deus pensa
dele! Seus desejos são alteradas - e ele deseja purificar-se de toda a imundícia da carne e do
espírito, aperfeiçoando a santificação no temor do Senhor. (2 Coríntios 7:1)

Suas esperanças são alteradas, de modo que, apesar de ele já ter esperado e desejado as
riquezas do mundo, honra e prazer - agora espera ser para sempre liberto do pecado, e ser
exatamente igual, e eternamente uno com seu precioso Salvador!
Ele teme o pecado - e nada mais do que pecado!

Ele tem prazer em santidade - e nenhum prazer em qualquer outra coisa!

Ele é ferido no pecado - e nada faz com que ele sinta tanta dor e tristeza!

Esta é certamente a salvação bíblica,

Ser para sempre livre. . .

da culpa do pecado, com seus horrores e castigos;

do poder do pecado, com sua conseqüente degradação e

do amor ao pecado, que é a principal característica da imagem de Satanás!

Aquele que é, assim, salvo – está livre também de todas as conseqüências penais do pecado.

Para ele, não há nenhuma maldição - pois Cristo foi feito maldição para ele.

Para ele, não há ira - porque Deus está em paz com ele, e o ama com um amor eterno.

Para ele, não há punição futura - pois ele está justificado de todas as acusações e tem a vida
eterna, que não é ira para o céu – mas amar e conhecer a Deus – que determina o nosso tempo
de vida!

Por que os santos perseveram? Volto a perguntar.

“Eu devo ter o Salvador de fato, pois Ele é o meu tudo. Tudo o que os outros têm do mundo, em
si mesmos, eu tenho somente nEle – prazeres, riquezas, segurança, honra, vida, justiça,
santidade, sabedoria, felicidade, alegria, prazer e felicidade...

Se uma criança anseia por seu pai, um viajante por fim da sua jornada, um operário terminar o
seu trabalho, um prisioneiro a sua liberdade, um herdeiro a plena posse de sua herança, assim,
em todos estes aspectos, não deixo de desejar somente Ele e ir logo para casa!” – Howell Harris (
1714 – 1773 ).

Primeiro, - Cristo apareceu uma vez por todas para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício – “Se
assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele
apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de
si mesmo.” - Hebreus 9:26

Fui Salvo!

Cristo veio ao mundo para definitivamente aniquilar o pecado na vida daqueles que Ele chama
por Sua graça. De maneira muito diferente dos sacrifícios que eram repetidamente oferecidos
pelos sacerdotes levitas, ele ofereceu um sacrifício de uma vez por todas. O único altar do
evangelho é o Calvário. Altar é o lugar onde é oferecido o sacrifício ( Eis a razão por ser absurdo
chamar a plataforma na frente dos templos de altar – não existem altares na Nova Aliança senão
o Calvário – A parte da frente do templo é simplesmente uma plataforma onde é pregado o
evangelho – não é um lugar mais santo... um altar...).

Por isso o texto diz: “Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos...”- Hebreus
9:26 – Sua obra perfeita aponta e prepara a expectativa de um fim. Sua vida, morte,
ressurreição, ascensão e derramamento do Espírito, inaugurou os “últimos dias” – “mas nestes
últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por
meio de quem fez o universo.” - Hebreus 1:2

A perspectiva e experiência espiritual do Antigo Testamente é descortinada para nós aqui – Lá os


crentes viviam à luz das promessas de Deus e andaram pela fé, crescendo no conhecimento do
significado interior dos inúmeros sacrifícios que eles presenciavam e ofereciam a Deus. Tudo
aquilo para que suas mentes se fixassem no verdadeiro sacrifício que era tipificado dia após dia.
Eles ainda não tinham a realidade: “Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no
entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido.” - Hebreus 11:39.

Todos os redimidos, no Antigo e Novo Testamento, são salvos em Cristo, num único sacrifício.
Eles entenderam que a longa fila de sacerdotes e sacrifícios não poderia ser o caminho para o
perdão final e aceitação deles diante de Deus: “No entanto, somente o sumo sacerdote entrava
no Santo dos Santos, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício,
que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância. Dessa
forma, o Espírito Santo estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para
o Santo dos Santos enquanto ainda permanecia o primeiro tabernáculo. Isso é uma ilustração
para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao
adorador uma consciência perfeitamente limpa.” - Hebreus 9:7-9

Ao ir a cruz Cristo libertou milhões e milhões de cativos, aniquilou o pecado, rasgou o título da
dívida e deu aos verdadeiro adoradores uma consciência limpa.

Segundo, - Cristo aparece agora na presença de Deus em nosso favor– “Pois Cristo não entrou
em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio
céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor” - Hebreus 9:24

Sendo Salvo! – O que Cristo está fazendo agora? Está intercedendo por seu povo. A ideia de que
nós fomos perdoados na cruz e agora é conosco – nós que manteremos a nossa salvação... é
completamente antibíblica. Cristo não é apenas o Autor de nossa fé, ele a mantém até o fim –
essa é a base da perseverança dos santos. Ele começou algo que Ele terminará. Quem foi
justificado em seu sangue, será salvo da corrupção do mundo por Seu poder infinito e sua
intercessão, onde Ele está diante do Pai em nosso favor: “Tendo por certo isto mesmo, que
aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” – Filipenses
1.6 – Sua intercessão por aqueles que o Pai lhe deu, é invencível.

Em Hebreus 9.24 o autor de Hebreus está pensando no que aconteceu após a morte de nosso
Sumo Sacerdote. Na escuridão do Gólgota Ele foi “castigado e ferido por Deus” (Is 53.4). Quando
o Sumo sacerdote entrava no Santo dos santos representando o povo de Deus, suas roupas
tinham sinos nas orlas para que o som deles mostrasse aos adoradores que ele estava vivo (Ex
28.33-35). Nos três dias em que Cristo esteve morto, podemos dizer que não se ouvia os sinos...
Mas então Cristo se levantou no poder de uma vida indestrutível e ascendeu à mão direita de
Deus. Sua presença ali é a evidência de que toda a dívida de todos os eleitos foi riscada e que
jamais sacrifício pelos pecados precisará ser repetido. Ele pessoalmente encarna a propiciação
perfeita feita pelos nossos pecados: “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro
animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres
e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.” - Apocalipse 5:6 – Eis a
aparência daquele que faz toda a intercessão de que precisamos: “Quem é que condena? Pois é
Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus,
e também intercede por nós.” - Romanos 8:34.

Aí está toda a base da santificação presente e da perseverança de todos os santos – Somos por
Ele salvos no presente da corrupção do mundo e mantidos na Fé – “Nos quais o deus deste
século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” - 2 Coríntios 4:4 – Mas nos filhos de
Deus, por Cristo, o maligno não toca (1 Jo 5.19,20). Sua intercessão vencedora que começou na
terra: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” – João 17.15 – Ele intercede
não pelo mundo, mas pelos eleitos: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles
que me deste, porque são teus.” -João 17:9 - e continua à direita do Pai.

Sua intercessão vencedora traz no presente infalivelmente santificação e perseverança – “Não


peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo
não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” - João 17:15-17 – Pela obra e
intercessão de Cristo, todos os eleitos serão, estão sendo, completamente salvos da corrupção
do mundo e guardados para a redenção ( Santificação e perseverança) – Nele, por Ele e para Ele.

Terceiro - Cristo aparecerá para salvar aqueles que estão esperando ansiosamente por Ele:
“...assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de
muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o
aguardam.” - Hebreus 9:28

Serei salvo! - Enquanto Jesus estiver a Direita de Deus nos céus, a nossa salvação será vitoriosa e
permanecerá – e como Ele está ali eternamente, nada pode destruir o que Ele fez em e por nós:
“Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de
Deus, pois vive sempre para interceder por eles.” - Hebreus 7:25 – Portanto, infalivelmente algo
está no nosso futuro. Cristo aparecerá em glória para salvar os que ansiosamente esperam por
Ele: “...e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o
aguardam.” - Hebreus 9:28

Todos esses que O aguardam vivem no poder da santidade que sua intercessão lhes garante:
“Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” - 1
João 3:3. Estamos certamente saboreando o “Já” da salvação, mas completamente conscientes
de que há um futuro, há um “ainda não” – o qual esperamos ansiosamente.
Ainda não estamos em casa com Cristo, somos peregrinos, queremos ir para casa. Você está
ansioso? “desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” - Filipenses 1:23. Exatamente
por isso, esperamos Ele nos chamar para casa.

Isso é salvação - não morrer e simplesmente ir para o céu.

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