A constituição federal brasileira abrange em seu dispositivo, designações necessárias no
que se refere ao campo de políticas públicas de saúde estabelecendo base a ser seguida nos casos em que esse direito estiver sendo abordado, contudo, abre espaço para que a análise constitucional seja utilizada por meio de ponderação a adequar-se com cada caso, tendo em vista, que, apesar de não possuir apenas alusões esparsas, como anteriormente na constituição de 1824, no qual se elencava apenas tópico constituído previamente sobre a garantia de socorros públicos, seu âmbito de proteção não se encontra capaz de suprir toda a demanda que a cerca. Em previsão normativa do artigo 196 da carta magna, se propõe que o direito à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Faz-se então necessária, a compreensão desses termos que incorporam a definição desse direito social. Direito de todos, por tratar de relação jurídica obrigacional, que busca prestação positiva do Estado, que por sua vez possui a obrigatoriedade de reconhecer a essencialidade do direito a saúde como fator de relevância pública. E, por conseguinte, poderá chegar nas mãos do poder judiciário, no momento em que se for violado o direito constitucional em apreço. Contudo, não se trata de direito absoluto a todos os procedimentos do âmbito protetivo. Compete a todos os entes federativos, resguardar tal direito e se responsabilizar de todas as relações que o emanam, desde a implementação a fatores que incluam sua proteção. Garante-se mediante políticas sociais e econômicas formulando relações públicas que estejam de acordo com o viés programático, ou seja, concernente com o que vem sendo estabelecido por esse direito social no presente momento, observando os aspectos pelos quais a evolução os fez chegar ao seu atual estado. Afim de possibilitar a redução dos riscos de doença e demais agravos, as políticas preventivas se encontram aptas e supridas desse teor redutivo, como dispõe o artigo 198, inciso II da CF. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), políticas de saneamento básico ocasionaram a diminuição do índice de incidência dos riscos dessas enfermidades. Para assegurar o acesso aos serviços públicos de saúde, de maneira igualitária, que englobe toda a sociedade, o constituinte estabeleceu um sistema universal baseado no seguinte princípio: “igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. “ Ocasionando quebra de patente de medicamentos, afim de proporcionar o livre acesso daqueles que necessitem dessas políticas públicas de saúde, e por questões ligadas as condições em que se encontram, não poderiam por sua vez usufruir de tal direito. Contudo, às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, possuem falhas no que se refere a execução dessas políticas pelos entes federados, que apesar de implementadas e já existentes, não alcançaram a eficácia social que se presumia e necessitam de algo que engaje a sua melhor execução pelos entes que lhes foi atribuída a competência.