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2nd WCRP Summer School on Climate Model Development

Scale aware parameterization for representing sub-grid scale processes

Climate Model Development (Coupling between physics and dynamics)

Coupling of the physics and dynamics processes in weather and climate forecasting models

Nos últimos anos ocorreram vários desenvolvimentos computacionais e científicos para


construir e implementar os complexos processos dinâmicos e físicos linear e não lineares nos
modelos do sistema terrestre que são atualmente utilizados para simulações do clima terrestre.
Entretanto, ainda existem várias questões relacionadas ao acoplamento entre a física e dinâmica
que ainda não estão bem solucionadas. Por exemplo, o uso de acopladores (OASIS, FMS,
ESMS, etc.) apesar das vantagens e desvantagens computacionais entre eles, o modo de
acoplamento entre a física e a dinâmica não segue um padrão comum. Alguns comunicam
somente tendências e variáveis da atmosfera e oceano, que são resolvidas na grade dos modelos
e algumas variáveis diagnosticas que servem como condição de contornos aos modelos
acoplados e outros acopladores também incluem as comunicação fluxos turbulentos. Estas são
algumas diferenças que interferem diretamente no processo de transferência de energia entre as
escalas. Assim, os desenvolvimentos futuros dos acopladores devem focar no ponto básico da
não linearidade dos processos físicos que são responsáveis pela transferência de energia entre as
escalas. A não linearidade é importante, pois ela afetam as interações lentas (O[5-7dias]),
rápidas (O[1 dias ou menos]), intrasasonais (O[20 a 60 dias]), intra-anual (O[2 a 3 anos]) e
decenal e multi-decenal. Do ponto de vista da dinâmica, existem outras considerações
computacionais e numéricas que interferem nos processos não lineares durante a integração no
modelo dinâmicos. Podem-se citar várias considerações, como por exemplo: o timestep
utilizado nas integrações dos modelos, o uso de timestep muito longos para os processos físicos
rápidos, muito abordados em esquemas implícitos e formulações semi-lagrangianas e a possível
influencias do modos de alta frequência nos modos mais lentos nas soluções numéricas de
esquemas de 3 níveis de tempos através das interações não lineares. Em principio, todos os
processos evoluem simultaneamente, no entanto, a integração numérica do tempo geralmente é
baseada em esquemas de 2 ou 3 níveis de tempo, em alguns casos específicos, encontramos o
uso de um esquema numérico de 4ª ordem (Runge Kutta) para processos de evolução rápida.
Portanto, sabe-se que diferentes processos utilizam diferentes esquemas numéricos de
integração temporal, assim, é necessários ordenar os processos durante a integração numérica,
pois a ordem d integração terá efeito e implicações físicas impactando a solução numérica final.
As interações entre a física e a dinâmica ocorrem em diferentes tipos de modelos atmosféricos
(Cloud-Resolving Model (CRMs), Mesosacle Models (RegM) , e Modelo de circulação Global
(GCMs)), que resolvem diferentes escalas, em cada o modelo há um método numérico
especifico utilizado na sua formulação. Estas representações numéricas (Diferença finitas,
Volume Finito, Galerkin (método espectral, elementos finitos ) possuem algumas características
que são vantajosas ou que prejudicam o método numérico adotado na sua formulação. A técnica
que utiliza a diferenças finitas caracteriza-se por ser de fácil implementação, mas possui
problemas de instabilidade não linear e aliasing, que são minimizados utilizando as técnicas
especiais de filtragem desenvolvido por Arakawa e Jacobian. O método Espectral é mais
acurado em relação ao método de diferenças finitas considerando os mesmos graus de liberdade,
este método resolve o problema de aliasing, pois as onda mais curtas são truncadas e na
integração do modelo são excluída da solução numérica, em uma integração global não ocorre
problema de assimetria na região polar, mas devido ao truncamento espectral inclui-se ruídos
espectral (em regiões montanhosas), o método espectral é complexo e sua implementação não é
facial. O método de elementos finitos, possui a vantagem da flexibilidade na estrutura de grade
para domínio irregular ou resolução variável, mas também é um método complexo na sua
implementação e na solução numérica. Outro método que influencia na interação entre a física e
dinâmica é o método de integração no tempo, que depende da formulação matemática da
dinâmica da equações da atmosfera. No método euleriano, em que os ponto de grade são fixos e
os campos evoluem ao redor dos pontos a discretização pode ser explicita (com 2 níveis no
tempo Forword ou 3 níveis no tempo Leapfrog), neste caso o critério de estabilidade é rigoroso,
o timestep é controlado pela velocidade de fase das ondas de gravidade que se movem muito
rápida ou semi-implicito em que os termos advectivos são explicito e os termos lineares que
controlam as onda que se movem rapidamente são implícito, no esquema semi-implicito se usa
um relaxação numérica no critério de estabilidade. O método Semi-Lagrangiano os campos
evoluem seguindo as partículas do fluído. Portanto, escolhem-se diferentes conjuntos de
partículas em cada timestep de modo que uma grade regular possa ser utilizada, neste método
também se utiliza um relaxamento numérico no critério de estabilidade. O método que incorpora
o esquema Semi-implicto mais método Semi-Lagragiano cria um método mais eficiente, o
método semi-implicit para onda que se movem rapidamente e o método semi-lagrangiano para a
advecção dos campos. O valor máximo do timestep está mais relacionado a física (convecção,
microfísica fluxo de superfície, camada limite, radiação, nuvem e arrasto por onda de gravidade)
utilizada, à estabilidade do método numérico. Apesar dos erros de acurácia presentes nos
método numéricos e nas parametrizações usadas atualmente nos modelos, eles sempre serão
ferramenta indispensáveis para os diagnósticos da atmosfera e oceano. Assim, uma alternativa
futura para a interação entre a física e a dinâmica é a utilização de modelos globais com grades
variáveis (O Modelo de Previsão de tempo e clima através de escalas). Os acoplamentos entre a
física e a dinâmica podem ser sequenciais ou simultâneos dependendo do quanto realista se
deseje representar os feedbacks entre a física e a dinâmica. No CAM-SE existem diferentes
modulos (física (surface, radiation, microfísica, química, etc.), dinâmica (atmosférica e
oceânica)), que são computados em diferentes passos de tempo, portanto, para somar as
tendências (forçantes) de cada componente foi desenvolvidas técnicas numéricas e
computacionais para o acoplamentos, onde leva-se em consideração o timestep usado em cada
componente.
Para o acoplamento entre a física e a dinâmica existem muitos aspectos computacionais e físicos
que ainda devem ser estudados e trabalhados para a implementação nos futuros modelos.
Alguns tópicos podem ser mencionados para melhorar o acoplamento entre a física e a dinâmica
dos futuros modelos: As novas parametrizações físicas devem incorporar processos físicos mais
detalhados, A utilização de altas resoluções horizontais, Desenvolvimento de técnicas robustas e
eficientes de discretizações temporal, O uso de resolução variável pode melhorar o transporte de
energia entre as escalas, O uso de refinamento de grades adaptativas que podem acompanhar
sistemas meteorológicos e refinar a grade para resolver as escalas menores e importantes para o
desenvolvimento do sistema meteorológico de interesse. Uso dos Modelos Adaptativos,
significa que o modelo pode se adaptar localmente na região do domínio de fenômeno
atmosférico de interesse, a adaptabilidade do modelo pode potencialmente explorar diferentes
níveis de paralelismo, assíncrono e precisão mista e pode minimizar a comunicação entre as
camadas. Que são questões importantes sobre o acoplamento entre física e dinâmica.

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