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TENSÃO SUPERFICIAL

ORIGEM DA TENSÃO SUPERFICIAL

Gota de água em uma superfície


Gota de Mercúrio

Gota de etanol
TENSÃO SUPERFICIAL

Unidades
𝐽
SI 𝑁 σ=
σ= 𝑚2
𝑚

𝑑𝑦𝑛
CGS σ = 𝑐𝑚 1 dyn = 10-5N
É a tensão que surge na superfície líquida que a transforma numa
tênue membrana elástica.
A fotografia a seguir mostra um inseto com as patas apoiadas
numa membrana superficial líquida. A imagem mostra a sombra do
inseto sobre o líquido como também as depressões na superfície
produzidas pelas patas.
O que é a molhabilidade?
É a capacidade que um líquido tem de molhar uma superfície sólida em contacto

Como é avaliada a molhabilidade?


A molhabilidade é avaliada pelo ângulo de contacto do líquido com a superfície sólida.

Quanto menor o ângulo de contato maior a molhabilidade


Tensão interfacial

óleo agitação

água
ag

repouso
Tensão interfacial com uso de surfactante

óleo agitação

água
ag
repouso

Diminui o tamanho das gotas


Aumenta a estabilidade da emulsão
Reduz a tensão interfacial

Lauril sulfato de sódio


Emulsão sem surfactante Emulsão com surfactante
Qual é o aspecto da superfície do líquido contido num recipiente?
Afastada das bordas a superfície do líquido é plana. Próxima às bordas a superfície
do líquido apresenta uma curvatura que varia com a molhabilidade.

Capilaridade
Líquido Tensão Superficial /10-3Nm-1

Água 72,75
Solução de Lauril Sulfato de 34,3
sódio 0,1 %
Solução de NaCl 10 % 73,5
Acetona 23,7
Etanol 22,3
n-Hexano 18,4
Mercúrio 485
𝑁 105 𝑑𝑦𝑛
1 = = 103 dyncm-1
𝑚 102 𝑐𝑚
MEDIDA DA TENSÃO SUPERFICIAL
•Medidor de tensão superficial WILHELMY PLATE (placa Wilhelmy): este método
utiliza uma placa de platina retangular que após ser mergulhada em líquido sofre
resistência ao ser retirada. A força oposta máxima exercida pelo líquido à placa
antes da quebra da lamela é medida por uma balança e é diretamente
proporcional a tensão superficial.
MEDIDA DA TENSÃO SUPERFICIAL

•Medidor de tensão superficial DU NOUY RING (Tensiômetro de anel): este método é


baseado na força necessária para separar do líquido um anel de platina-irídio em
contato com a superfície deste. Essa força é medida por uma balança de torção em
dinas/cm a determinada temperatura. Alguns cuidados são necessários para a
precisão do método como a manutenção do anel exatamente na horizontal,
flambagem do anel para limpeza e evitar-se formação de ondas na superfície do
líquido.
MEDIDA DA TENSÃO SUPERFICIAL – MÉTODO DA GOTA

Consideremos uma gota de peso P no momento do


desprendimento de uma cânula de raio R.
A tensão superficial do líquido é σ.

Consideremos as forças atuantes na gota no


momento do desprendimento:
•P peso da gota.
•F resultante das forças produzidas pela tensão
superficial.
Quando uma gota se forma na ponta de um tubo, como ilustrado na figura, tem-se
a força peso, 𝑃, e a força capilar, 𝐹C , atuando. O peso é definido como 𝑃 = 𝑚𝑔,
onde 𝑚 é a massa da gota e 𝑔 a aceleração da gravidade. A massa pode ser escrita
como uma função da densidade 𝜌 do líquido, ou seja, 𝑚 = 𝑉𝜌. E deste modo
optemos simplesmente,
𝑃 = 𝑉𝜌𝑔. (9.1)

Para a força capilar temos que 𝐹C ∝ σ 𝑒 𝐹C ∝ 𝐿 , onde 𝐿 é a linha de contato


𝐹
entre a gota e o tubo (perímetro do tubo). Por definição σ = C e 𝐿 = 2𝜋𝑟,
𝐿
portanto, σ = 𝐹C /2𝜋𝑟, ou seja, 𝐹C = 2𝜋σ𝑟

Para que a gora se destaque do tubo e caia, é necessário que as duas forças. 𝑃 e
𝐹C se igualem:
σ2𝜋𝑟 = 𝑉𝑔𝜌

𝜌𝑉𝑔
σ=
2𝜋𝑟
Para contornar o problema da determinação do raio do tubo,
usa-se um método comparativo para a determinação de σ

Esse método baseia-se no conhecimento prévio do valor da tensão


superficial de um líquido A. Primeiramente, faz-se a medida do
número de gotas, 𝑛𝐴 , formadas por um volume fixo 𝑉 do líquido A. O
Volume de cada gota 𝑉𝐴 é dado por:
𝑉
𝑉𝐴 = (9.2)
𝑛𝐴
Essa medida é repetida para outro líquido 𝐵, medindo o número de
gotas 𝑛𝐵 e por consequência o volume de cada gota do líquido 𝐵:
𝑉
𝑉𝐵 =
𝑛𝐵

Desta maneira obtém-se para os dois líquidos que,


𝜌𝐴 𝑉𝐴 𝑔 𝜌𝐵 𝑉𝐵 𝑔
σ𝐴 = e σ𝐵 = .
2𝜋𝑟 2𝜋𝑟
Substituindo os valores de 𝑉𝐴 e 𝑉𝐵 , temos:
𝜌𝐴 𝑉𝑔 𝜌𝐵 𝑉𝑔
σ𝐴 = e σ𝐵 = ,
2𝜋𝑟𝑛𝐴 2𝜋𝑟𝑛𝐵
DETERMINAÇÃO DA TENSÃO SUPERFICIAL DO LÍQUIDO PROBLEMA

Dividindo σ𝐴 e por σ𝐵

σ𝐴 𝜌𝐴 𝑛𝐵
= (9.3)
σ𝐵 𝜌𝐵 𝑛𝐴

A equação acima permite determinar tensão superficial do


líquido 𝐴 (se conhecermos a tensão superficial do líquido
𝐵).

A determinação da tensão superficial do líquido 𝐴 é obtida


indiretamente.
1. Objetivos

Medir a tensão superficial relativa de


líquidos puros e de soluções;
1. Procedimento

1) Prender uma bureta/pipeta pequena em um suporte:


2) Encher a bureta com água destilada;
3) Determinar o número de gotas que se formam por mL.
4) Repetir os passos 1 a 3, abaixo, pelo menos três vezes, e tirar a
média.
Repetir o procedimento para as soluções de álcool etílico.

T = 26 oC

1. Dados

20 oC
𝛾 á𝑔𝑢𝑎 = 72,75 dina cm-1

25 C
o
𝛾 á𝑔𝑢𝑎 = 71,97 dina cm-1
30 oC
𝛾 á𝑔𝑢𝑎 = 71, I8 dina cm-1
CONTAGEM DO NÚMERO DE GOTAS
DO PADRÃO PARA UM VOLUME
FIXO
CONTAGEM DO NÚMERO DE GOTAS DA
AMOSTRA NO MESMO VOLUME DO PADRÃO
DADOS EXPERIMENTAIS

Mist VH2O VEtOH dens n1 n2 n3 nm


1 100 0 20 18 19
2 90 10 27 27 27
3 70 30 39 39 38
4 50 50 42 41 43
5 30 70 45 45 45
6 15 85 51 53 52
7 0 100 54 55 53
Número de gotas n, desvio padrão Sg e número de gotas média ng de água e solução água etanol.

N Número de gotas (n)


Água Solução água etanol
1 20 27
2 19 27
3 18 27
Sg 1 0
ng 19 27

Com os valores da tensão superficial γb, densidade ρb e número de gotas nb da água e


densidade ρa e número de gotas na da mistura binária, calculou-se através da fórmula
matemática a tensão superficial γa da solução em questão. Segue abaixo:

σa 𝜌a𝑛b
=
σb 𝜌b𝑛a

σa 0,9790 𝑥 19
=
71,97 0,9966 𝑥 27

𝝈𝐚 = 𝟒𝟗, 𝟕𝟓 = 𝟓𝟎 dina cm-1


1. Resultados a apresentar

a. Cálculo da tensão superficial das misturas


água-álcool.
b. Gráfico da tensão superficial Vs.
concentração das misturas água-etanol
(%m/m e % v/v).
c. Análise dos resultados.

d. Discutas as diferenças entre as tensões


superficiais da solução de lauril sulfato de
sódio e de NaCl comparadas com a da água.

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