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por The-Spearhead.com
Não muito tempo antes da Primavera Árabe estourar, as primeiras damas do mundo
árabe eram regularmente saudadas como feministas audaciosas que tinham grande influência
e poder. Dos 22 estados árabes, 15 de suas primeiras damas eram signatárias de uma
organização feminista chamada “Organização das Mulheres Árabes”. Em 2009, a repórter do
The Guardian Helen Smith descreveu o grupo como “fundado com o propósito principal de
fortalecer a mulher…” e parabenizava efusivamente seus membros.
A lista dos países signatários é impressionante: Jordânia, os Emirados, Barein, Tunísia, Argélia,
Sudão, Síria, Omã, Palestina, Líbano, Líbia, Egito, Mauritânia, Marrocos e Iêmen..E quase
todos esses países passaram por problemas com manifestações no último ano, e praticamente
metade deles enfrenta uma guerra civil ou mudança de governo.
Uma das coisas que as feministas adoram falar é que se as mulheres comandassem o mundo,
não haveria mais guerras, fome, conflitos, etc. Qualquer um com um conhecimento razoável de
história sabe o quanto isto é ridículo; mulheres chefes de estado são tão violentas quanto suas
contrapartes masculinas, se não forem ainda piores. Da Rainha Isabella e Elisabeth I à
Imperatriz Dowager Cixi, as líderes mulheres são associadas à matanças e ao caos. E agora,
se o que Asma falou é realmente sério, podemos colocar ela na lista também.
Uma coisa que os ocidentais não entendem muito bem é que é que os árabes tendem a ser
muito conservadores e tradicionais, enquanto suas elites geralmente estão ficando cada vez
menos conservadoras. Isto está começando a ficar comum nos EUA, mas tal diferença é
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04/07/2019 A primeira dama feminista da Síria: “Eu sou a verdadeira ditadora”
gritante em países como Egito e Síria. Muitos de seus líderes – e suas esposas – foram
educados na cultura liberal Ocidental onde o anti-tradicionalismo atingia o seu máximo,
enquanto seus opositores geralmente estudaram em madraçais islâmicas e estudaram a
história árabe clássica e o Alcorão. Os árabes vêem essas primeiras damas andando pra lá e
pra cá de limusines, usando jóias caríssimas e com roupas da moda enquanto dizem palavras
de ordem sobre os direitos da mulher e o “progresso”. Enquanto isso, os jovens árabes ficam
desempregados e muitas de suas possíveis esposas ficam presas em casa, com poucas
chances de começar uma família própria.
Ainda não chegamos a esse ponto, mas estamos chegando cada vez mais perto. Se nossas
feministas não enxergam seu papel na decadência social que um dia levará a uma mudança
drástica de regime, é simplesmente porque não é da natureza delas se preocuparem com isto.
E para os líderes árabes que deixam suas mulheres mandarem, só temos que ler os jornais
para saber o que acontece com homens que acabam ficando molengas e procuram conselhos
em suas camas.
fonte: http://www.the-spearhead.com/2012/03/19/feminist-syrian-first-lady-i-am-the-real-dictator/
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