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CARTA PRECATÓRIA: Conhecida como DEPRECATA, é um instrumento judicial de comunicação entre as diversas

projeções judiciais, sem caráter subordinativo entre uma e outra, com o intuito COLABORATIVO, destinada de um
ato ou ciência sobre um processo. Está sempre vinculada a um processo judicial e é emitida por um juizo ou
tribunal para outro. Desta forma conhecida como DEPRECATA; seu emissor o DEPRECANTE, e o destinatário
DEPRECADO. (CARÁTER COLABORATIVO)

CARTA ROGATÓRIA: É um instrumento de viés DIPLOMÁTICO, BASEADO EM TRATADOS INTERNACIONAIS, que


visa a prática de um ato de natureza judicial entre a estrutura judiciária dos diversos países em território
brasileiro. Para o cumprimento desta, deverá ter a chancela do EXCELSO PRETÓRIO (SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL), e será cumprida pelo poder judiciário do Brasil. (CARÁTER COLABORATIVO INTERNACIONAL).

CARTA DE ORDEM: É um instrumento judicial de comunicação entre um órgão de instância SUPERIOR e outro de
instância INFERIOR, tendo caráter SUBORDINATIVO e ORDENATIVO, visando a prática de determinado ato judicial.
(SEMPRE DA MESMA COMPETÊNCIA E EM ESTRUTURA VERTICAL)

CUSTAS PROCESSUAIS: Excetuado àqueles que estejam amparados pela gratuidade de justiça, os jurisdicionados
deverão recolher aos cofres do poder judiciário as custas fixadas em tabelas oficiais que irão variar a depender do
valor da causa. Estas custas não se confundem com os honorários e com as despesas no curso do processo, tais
como, peritos, tradutores, etc...

HONORÁRIO ADVOCATÍCIO: É a contraprestação ou retribuição pelos serviços ao ADVOGADO.


Honorários Sucumbenciais - São aqueles que a parte vencida, segundo decisão do processo, deverá pagar
a parte vencedora. Sendo, portanto, fixada pelo juiz. Não se confunde com as custas e nem com o valor ou
obrigação que, no mérito da decisão, a parte derrotada tenha que pagar a parte vencedora.
Honorários Contratuais - São aqueles estabelecidos entre o autor e o réu (cliente e advogado), com
indicação dos valores pelo serviço do profissional. Não se confunde com honorários sucumbenciais.

LITISPENDÊNCIA: É uma existência SIMULTÂNEA perante um só juiz de duas ações idênticas na causa de pedir,
coisa e pessoa, ou seja, implica no fato de colidir demanda já pendente no mesmo juízo, com outra nele proposta,
em que há identidade de causa de coisa ou pessoa.

CONEXÃO: É a interdependência de duas causas diversas mas com o mesmo objeto, tratados em juízos
diferentes. (DEVEM SER FUNDIDOS).

CONTINÊNCIA: É o fenômeno processual em que o objeto de um processo, de caráter mais amplo, abarca o
outro, de modo que este tem o seu objeto inserido no primeiro.

JURISDIÇÃO PREVENTA: É aquela em que um juiz de competência igual a de outros da mesma comarca, tomou
conhecimento do PEDIDO EM PRIMEIRO LUGAR, excluindo os demais da apreciação de determinada causa. (VALE
A QUE FOI DESPACHADA PRIMEIRO AO JUIZ).

PRECLUSÃO: É a extinção de certos direitos que não foram exercidos ou alegados dentro do prazo legal, ou
prefixado.

COBRANÇA ORDINÁRIA: De obrigação não representada por título de divida líquida, certa e exigível.

EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA: Consubstanciada em título executivo judicial ou extrajudicial.

AÇÃO MONITÓRIA: Aquela que tem por objetivo configurar um título executivo judicial, através de prova
documental. Inexiste um documento com eficácia de título executivo.

PEREMPÇÃO: É a postura reiterada do autor que, por três vezes ou mais, em processos distintos e subsequentes,
deixa de praticar atos a que estava legalmente obrigado, causando a extinção dos mesmos. CONSEQUENCIA:
Extinção do processo atual, em curso, sem julgamento de mérito.
Obs.: O autor pode cancelar o processo em 2 casos:
1 - Se o réu não foi citado e o autor desiste.
2 - O réu foi citado e o RÉU aceita a desistência do Autor. (caso o réu não aceite, o autor terá que provar o
mérito)

*TODA VEZ QUE O JUIZ DER A SENTENÇA SEM APRECIAÇÃO DE MÉRITO, O AUTOR PODERÁ INGRESSAR
NOVAMENTE CONTRA O RÉU*

SUCESSÃO: É um fenômeno jurídico que deflagra a transferência de bens móveis e imóveis aos herdeiros com o
falecimento deste. Portanto, abre-se a sucessão hereditária com a morte.

DE CUJUS: É o detentor de bens que faleceu.

ESPÓLIO: É o conjunto de bens , direitos e deveres de natureza patrimonial que compõe o universo valorativo que
pertence ao DE CUJUS.

INVENTÁRIO: É o instrumento jurídico que aponta formalmente a sucessão hereditária, a partir do falecimento,
determinando os direitos de herdeiros, meeiros e terceiros detentores de crédito ou direitos, culminando com a
partilha de bens e direitos, ou a declaração de sua inexistência. Pode ser classificada como positivo ou negativo.

ARROLAMENTO: É a forma simplificada de convergir para um instrumento formal os bens e direitos, partilhando-
os entre herdeiros e meeiros, desde que todos sejam maiores capazes; obviamente quando aceitem. Pode se
fazer diretamente em cartório.

SENTENÇA: É a conclusão que define o objeto jurídico da ação, conferindo estabilidade sobre a interpretação da
lide. É sempre desafiada por recursos, quando a parte iressignada o interpõe.

*DECISÃO DE MÉRITO: É aquela que aprecia e define o direito material disputado no processo.

DECISÃO FORMAL: É aquela que se restringe a observar os aspectos legais na tramitação do processo, sem
adentrar no objeto contencioso.

*DESISTÊNCIA: É um requerimento formulado pelo autor, numa ação já existente, que se for feito antes da
citação de réu, ou mesmo depois desta, porém com aceitação do réu, permite ao juiz extingui-la sem apreciação
de mérito.
É bem verdade que o réu, caso o autor concorde, poderá obter uma desistência, mas isso é
excepcionalidade. Neste caso de desistência o autor pode ingressar com outra ação tendo o mesmo objeto.

RENÚNCIA: É o requerimento em que o autor, numa ação judicial em andamento renuncia ao direito sobre o qual
versa o objeto da mesma. Nesta modalidade o autor NÃO PODE ENTRAR EM OUTRA AÇÃO, reivindicar o mesmo
objeto em face do réu pretérito.

RECURSO: É o meio jurídico que devolve a matéria julgada para apreciação por um colegiado, mantendo ou
reformando a sentença de piso.
COISA JULGADA = (Transito em Julgado)É a sentença que se tornou irretratável, por não haver contra ela
qualquer recurso, firmou o direito de um dos litigantes para não admitir sobre a dissidência anterior qualquer
outra oposição por parte do vencido, ou de outrem que sub-rogue em suas pretensões.

AÇÃO RECISÓRIA = (Remédio jurídico para rediscutir a matéria da coisa transitada em julgado). É o ato que
compete a parte prejudicada em sentença de mérito transitada em julgado, quando ocorrem em sua prolação
fatos que a inquinam de nulidade. O prazo é de 2 anos.

QUERELA NULLITATIS = (Específico no vício do ato citatório). Construção jurisprudencial que se presta a atacar
sentença em que haja vício insanável no ato citatório, não existindo prazo máximo para sua formulação.
CARTÓRIOS = (Registro de imóveis). É a organização cartorária que controla os títulos de propriedades de bens,
funcionando por critério de territorialidade, ou seja, o local do imóvel, em regra, é o do seu registro.

Obs.: ESCRITURA: PODE SER FEITA EM QUALQUER LUGAR


REGISTRO: SOMENTE ONDE O IMÓVEL ESTÁ

CARTÓRIOS = (Registro Civil das Pessoas Naturais). É a organização cartorária que perpetua os atos da vida civil,
tais como nascimento, morte, casamento, divórcio, adoção e emancipação.

CARTÓRIOS = (Registro de Notas e Tabelionato). É a organização cartorária que formaliza atos declaratórios ou
contratuais envolvendo a escrituração de bens e direitos.

CARTÓRIOS = (Registro de Protestos). É a organização cartorária que se presta a registrar títulos de créditos
vencidos e não adimplidos.

CARTÓRIOS = (Registro de Títulos e Documentos). É a organização cartorária que se presta a perpetuar dados e
documentos de uma forma geral que não possuem um forma registral específica.

PLURIDADE DAS PARTES = LITISCONSÓRCIO = É o instituto jurídico que agrega de forma deliberativa, num pólo
ativo, DIVERSOS AUTORES, e de forma compulsória ou obrigatória no pólo passivo, diversos réus; havendo entre
eles a causa de pedir e o pedido.
Litisconsórcio ATIVO - É o que se forma pelo ajuntamento de diversos autores
Litisconsórcio PASSIVO - É aquele que se forma pelo apontamento como réu de diversas pessoas
apontadas pelo autor.
Litisconsórcio INICIAL - É aquele formado, seja em relação ao pólo ativo ou passivo, no momento da
proposição da ação.
Litisconsórcio INCIDENTAL - É aquele que se forma após a propositura da ação, em decorrência de uma
situação jurídica posterior, ou seja, aquela ação que originalmente dispunha de um autor e de um réu, passa a ter
outros em um ou noutro pólo.
Litisconsórcio UNITÁRIO OU NECESSÁRIO - (ATINGE TODO MUNDO) É aquele que não pode ser
dispensado, mesmo com o acordo geral dos litigantes, uma vez que o objeto não é exclusivo de um ou mais
autores ou réus.

No Litisconsórcio NECESSÁRIO, conforme o art. 114 do CPC estabelece, estabelece assim duas situações:
1 - Pode ser resultado de imposição da Lei, como por exemplo; nas ações reais imobiliárias intentadas contra
cônjuges.
2 - Pode decorrer da natureza da relação jurídica controvertida, cuja solução judicial, para ser eficaz dependerá da
presença no processo de todos os respectivos sujeitos, como por exemplo; ocorre na anulação de um contrato
plurilateral e na dissolução de uma sociedade de pessoas.

No Litisconsórcio UNITÁRIO verifica-se que, pela natureza da relação jurídica controvertida, o juiz terá de
decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

Em regra, o Litisconsórcio cria uma unidade procedimental, mas conserva a autonomia das ações
cumuladas, de sorte que os pedidos reunidos pelos diversos autores, ou contra os diversos réus, mesmo sendo
julgados por sentença formalmente una, podem ter desfechos diferentes. Em casos particulares, contudo, os
colitigantes integram relação materialmente una e incindível. Apesar de ser necessário o Litisconsórcio, o pedido
que cada um formula é o mesmo, e se funda em igual causa de pedir. Não é possível, portanto, o mesmo pedido
em tais circunstâncias, ser submetido a julgamento diferente para cada um dos colitigantes.

Litisconsórcio FACULTATIVO - É aquele, cuja possibilidade abarca a propositura processual com um ou


diversos figurantes no pólo ativo ou passivo.

Obs.: Consoante o disposto no Art. 113 do CPC, duas ou mais pessoas podem litigar no mesmo processo em
conjunto ativa ou passivamente quando:
1 - Entre elas houver comunhão de direitos ou obrigações relativamente a Lide.
2 - Entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir.
3 - Ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.

INTERVENÇÃO DE TERCEIRO:

JUIZ
AUTOR   RÉU  LIDE  DECISÃO
É o meio processual utilizado por alguém que ingressa como parte ou coadjuvante da parte em processo
pendente entre outras partes. A princípio essa intervenção tem um aspecto voluntária, pois, mesmo na situação
em que uma das partes provoca a intervenção de um estranho num processo pendente, o fato é que este só virá
aos autos se quiser, arcando com as consequências caso mantenha-se inerte.

CLASSIFICAÇÃO:
1 -Conforme o terceiro vise ampliar ou modificar subjetivamente a relação processual:
- AD COADIUM VANDUM (como coadjuvante), Quando o terceiro procura prestar cooperação a uma das
partes primitivas, como na assistência.
- AD EXCLUDENDUM (por exclusão), Quando o terceiro procura excluir uma ou ambas as partes
primitivas.

Obs.: O novo CPC retirou a figura da oposição do elenco dos interventores por terceiros de modo que este
instituto processual é manejado em sede judicial própria, a teor, do que dispõe os Arts. 682 - 686.

2 - Conforme iniciativa da medida a intervenção pode ser:


- EXPONTÂNEA, Quando a iniciativa é do terceiro, quando geralmente ocorre na assistência e no AMICUS
CURIAL, excetuando que nesta última figura pode ocorrer uma espécie de convite.
- PROVOCADA, Quando, embora voluntária a medida adotada pelo terceiro, foi ela procedida por citação
promovida pela parte primitiva.

TIPOS DE INTERVENÇÃO:

1 - Assistência - Art. 119 a 124]


2 - Denunciação de lide - Art. 125 a 129
3 - Chamamento ao processo - Art. 130 a 132
4 - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica - Art. 133 a 137
5 - Amicus Curiae - Art. 138

Obs.: Com o Novo CPC, não figura entre o ROLL de intervenção de terceiros a nomeação a autoria, por quanto tal
instituto pode ser articulado no momento e na peça de contestação, consoante disposto nos Arts. 338 e 339.

*A obrigação civil passa de pessoa para pessoa

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