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VADE MECUM ESTRATÉGICO para a PRF

Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

Olá, pessoal! Tudo bem?


Aqui é o Ricardo Vale, professor de Direito Constitucional. Sou um dos fundadores do Estratégia
Concursos e, atualmente, Diretor Pedagógico do site.
Em nome de nossos professores, gostaria de lhes apresentar o Vade Mecum Estratégico para a
Polícia Rodoviária Federal, que foi preparado com muito cuidado para que possa lhe ajudar nesse
caminho rumo à aprovação.
O Vade Mecum Estratégico é uma compilação das principais normas do seu concurso. Queremos
que ele seja um material de consulta, a ser utilizado em toda a sua preparação. Pretendemos que
ele seja o seu companheiro sempre que você estiver assistindo nossas videoaulas ou lendo os nossos
livros digitais (PDFs).
Nos últimos anos, o Estratégia tem se notabilizado por oferecer a preparação mais completa aos
seus alunos, alcançando expressivos resultados de aprovação.
Para que você tenha uma ideia disso, veja nossos resultados no concurso da Polícia Federal 2018:

AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL – Dentre as 180 vagas ofertadas, 113 alunos do Estratégia
foram aprovados.
ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL – Dos 100 primeiros colocados, 50 foram alunos do
Estratégia.
PAPILOSCOPISTA – Dos 120 aprovados, 66 foram alunos do Estratégia/
DELEGADO POLÍCIA FEDERAL – Dentre as 150 vagas ofertadas, 57 alunos do Estratégia
foram aprovados.

Será um prazer tê-lo em nosso time de aprovados no concurso da Polícia Rodoviária Federal. Nossos
professores irão se esforçar ao máximo para trazer sempre o melhor conteúdo, tanto em videoaulas
quanto em PDF (livros digitais).

No último concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizado em 2013, o primeiro colocado foi
nosso aluno e, à época, deu um depoimento muito interessante. As dicas de um 1º colocado
merecem sempre uma atenção especial, não é mesmo?

Olhem aqui um trecho da entrevista:

“Acredito que meu principal erro foi ter ido para a prova sem ter estudado nada da disciplina
de Física. Em um concurso concorrido como o da PRF, qualquer ponto pode fazer a diferença
entre estar dentro ou fora das vagas. Graças a Deus consegui compensar nas outras matérias
o fato de ter deixado as questões de Física em branco.

No que diz respeito aos acertos, a escolha de um material bastante objetivo como foi o do
Estratégia Concursos foi determinante para minha aprovação. As dicas passadas pelos
professores sobre as questões elaboradas pelo CESPE refletiram exatamente o que foi cobrado
na prova”. (Matheus Araújo, 1º colocado PRF 2013)

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Para que você possa ler a entrevista completa, deixo o link a seguir. Quem sabe não será você o
próximo a dar um depoimento à nossa equipe do Estratégia Concursos?

https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/depoimento/depoimento-aprovado-concurso-da-
prf-2013/

Fique tranquilo! Iremos elaborar muitos outros conteúdos direcionados para o certame da Polícia
Rodoviária Federal, como, por exemplo, o Plano de Estudos e o Edital Estratégico. Fique ligado em
nosso site e acompanhe as novidades que lá divulgaremos. A nossa equipe está sempre antenada
com os anseios de nossos alunos.
Por fim, deixo o convite para que você conheça os nossos cursos completos em vídeo, livro digital
(PDF) e com acesso direto ao professor por meio do fórum de dúvidas. Acessando o link abaixo, você
pode baixar as aulas demonstrativas dos cursos e conhecer melhor o nosso trabalho. E, caso resolva
adquirir, saiba que você terá a nossa garantia de satisfação: caso não se adapte aos nossos cursos,
basta solicitar seu o dinheiro de volta nos primeiros 30 dias após a compra, e nós faremos o
reembolso integral, mesmo que você já tenha baixado alguns vídeos ou PDFs.

CURSOS COMPLETOS PARA A PRF:


https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorConcurso/prf-policial-rodoviario-federal/

Grande abraço,
Ricardo Vale

@profricardovale

AVISO IMPORTANTE! Nesse Váde Mecum Estratégico, nós não inserimos as leis completas, mas
apenas aquelas partes que estão previstas no seu edital. Como exemplo, em Direito Constitucional,
você não irá encontrar a Constituição Federal inteira por aqui, mas apenas aqueles artigos que
interessam para a sua prova!! J Tudo isso é feito com o objetivo de aproveitar ao máximo o seu
tempo.

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SUMÁRIO
Noções de Direito Constitucional ............................................................................................ 5
Constituição da República Federativa do Brasil / 1988 ........................................................................ 5
Ética no serviço Público ........................................................................................................ 42
Decreto nº 1.171/1994......................................................................................................................... 42
Noções de Direito Administrativo ......................................................................................... 45
Lei nº 8.112/1990 ................................................................................................................................. 45
Lei n° 8.429/1992 ................................................................................................................................. 77
Noções de Direito Penal ....................................................................................................... 82
Lei nº 2.848/1940 ................................................................................................................................. 82
Lei nº 8.072/1990 ............................................................................................................................... 113
Noções de Direito Processual Penal .................................................................................... 115
Decreto-Lei nº 3.689/1941 ................................................................................................................. 115
Lei nº 7.960/1989 ............................................................................................................................... 141
Legislação Especial ............................................................................................................. 142
Lei nº 10.826/2003 ............................................................................................................................. 142
Lei nº 7.716/1989 ............................................................................................................................... 149
Lei nº 5.553/1968 ............................................................................................................................... 151
Lei nº 4.898/1965 ............................................................................................................................... 151
Lei nº 9.455/1997 ............................................................................................................................... 154
Lei nº 8.069/1990 ............................................................................................................................... 154
Lei nº 10.741/2003 ............................................................................................................................. 166
Lei nº 12.850/2013 ............................................................................................................................. 179
Lei nº 9.099/1995 ............................................................................................................................... 183
Lei nº 10.259/2001 ............................................................................................................................. 186
Lei nº 11.340/2006 ............................................................................................................................. 189
Lei nº 11.343/2006 ............................................................................................................................. 195
Decreto-Lei nº 3.688/1941 ................................................................................................................. 205
Lei nº 9.605/1998 ............................................................................................................................... 210
Decreto nº 5.948/2006....................................................................................................................... 215

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Decreto nº 6.347/2008 ....................................................................................................................... 220


Decreto nº 7.901/2013 ....................................................................................................................... 232
Direitos Humanos e Cidadania ............................................................................................ 234
Decreto nº 7.037/2009 ....................................................................................................................... 234
Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 .......................................................................... 282
Decreto nº 592/1992 .......................................................................................................................... 285
Decreto nº 591/1992 .......................................................................................................................... 294
Pacto de San José da Costa Rica ........................................................................................................ 300
Protocolo de San Salvador ................................................................................................................. 311
Legislação Relativa ao DPRF ................................................................................................ 316
Lei nº 9.503/1997 ............................................................................................................................... 316
Lei nº 9.654/1998 ............................................................................................................................... 374
Decreto nº 9.360/2018 ....................................................................................................................... 378
Decreto nº 1.655/1995....................................................................................................................... 425

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Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas


NOÇÕES DE DIREITO relações internacionais pelos seguintes princípios:

CONSTITUCIONAL I - independência nacional;


II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
IV - não-intervenção;
FEDERATIVA DO BRASIL / 1988
V - igualdade entre os Estados;
PREÂMBULO VI - defesa da paz;
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em VII - solução pacífica dos conflitos;
Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, IX - cooperação entre os povos para o progresso da
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores humanidade;
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, X - concessão de asilo político.
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO América Latina, visando à formação de uma comunidade
BRASIL. latino-americana de nações.
TÍTULO I TÍTULO II
Dos Princípios Fundamentais Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união CAPÍTULO I
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como Dos Direitos E Deveres Individuais e Coletivos
fundamentos: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
I - a soberania; qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
II - a cidadania vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
III - a dignidade da pessoa humana; nos termos seguintes:

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
nos termos desta Constituição;
V - o pluralismo político.
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce coisa senão em virtude de lei;
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição. III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante;
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil: V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; imagem;
II - garantir o desenvolvimento nacional; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
desigualdades sociais e regionais; na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
discriminação. assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva;

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VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e interesse social, mediante justa e prévia indenização em
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
científica e de comunicação, independentemente de censura competente poderá usar de propriedade particular,
ou licença; assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
dano material ou moral decorrente de sua violação; desde que trabalhada pela família, não será objeto de
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
financiar o seu desenvolvimento;
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
investigação criminal ou instrução processual penal;
e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou atividades desportivas;
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
estabelecer;
das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao associativas;
exercício profissional;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de privilégio temporário para sua utilização, bem como
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
e econômico do País;
locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião XXX - é garantido o direito de herança;
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
exigido prévio aviso à autoridade competente;
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais
vedada a de caráter paramilitar; favorável a lei pessoal do "de cujus";
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a consumidor;
interferência estatal em seu funcionamento;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente informações de seu interesse particular, ou de interesse
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas:
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
judicial ou extrajudicialmente; direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
XXII - é garantido o direito de propriedade; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
pessoal;

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XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário c) de trabalhos forçados;


lesão ou ameaça a direito;
d) de banimento;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
e) cruéis;
perfeito e a coisa julgada;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a apenado;
organização que lhe der a lei, assegurados:
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física
a) a plenitude de defesa; e moral;
b) o sigilo das votações; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que
possam permanecer com seus filhos durante o período de
c) a soberania dos veredictos;
amamentação;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
contra a vida;
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização,
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
sem prévia cominação legal; entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
direitos e liberdades fundamentais; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
como crimes hediondos, por eles respondendo os ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
omitirem;
meios ilícitos;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
julgado de sentença penal condenatória;
constitucional e o Estado Democrático;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do se esta não for intentada no prazo legal;
patrimônio transferido;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
entre outras, as seguintes: social o exigirem;
a) privação ou restrição da liberdade; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
b) perda de bens;
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
c) multa; crime propriamente militar, definidos em lei;
d) prestação social alternativa; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
e) suspensão ou interdição de direitos;
família do preso ou à pessoa por ele indicada;
XLVII - não haverá penas:
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência
do art. 84, XIX; da família e de advogado;
b) de caráter perpétuo; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis
por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

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LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela a) o registro civil de nascimento;
autoridade judiciária;
b) a certidão de óbito;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas
a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do cidadania.
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
assegurados a razoável duração do processo e os meios que
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
poder;
fundamentais têm aplicação imediata.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
direito líquido e certo, não amparado por habeas
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
República Federativa do Brasil seja parte.
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público; § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
por:
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
a) partido político com representação no Congresso constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
Nacional; de 2004)
b) organização sindical, entidade de classe ou associação § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos Internacional a cuja criação tenha manifestado
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
associados; 2004)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a CAPÍTULO II
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
Dos Direitos Sociais
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
LXXII - conceder-se-á habeas data:
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
de dados de entidades governamentais ou de caráter 90, de 2015)
público;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo de outros que visem à melhoria de sua condição social:
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
de entidade de que o Estado participe, à moralidade
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico
involuntário;
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; III - fundo de garantia do tempo de serviço;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social,
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
sentença;
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)

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V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53,
trabalho; de 2006)
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos
convenção ou acordo coletivo; de trabalho;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
que percebem remuneração variável;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração empregador, sem excluir a indenização a que este está
integral ou no valor da aposentadoria; obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
sua retenção dolosa;
após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão
a) (Revogada).
da empresa, conforme definido em lei;
b) (Revogada).
XII - salário-família pago em razão do dependente do
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei deficiência;
nº 5.452, de 1943)
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
coletiva;
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
domingos; quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 20, de 1998)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
5.452, art. 59 § 1º) vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
um terço a mais do que o salário normal; trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV,
VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI,
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em
salário, com a duração de cento e vinte dias;
lei e observada a simplificação do cumprimento das
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes
da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua
incentivos específicos, nos termos da lei;
integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo Constitucional nº 72, de 2013)
no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de o seguinte:
normas de saúde, higiene e segurança;
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
insalubres ou perigosas, na forma da lei; competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
XXIV - aposentadoria;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
em qualquer grau, representativa de categoria profissional
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-
ou econômica, na mesma base territorial, que será definida

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pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
podendo ser inferior à área de um Município; brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
judiciais ou administrativas; brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
tratando de categoria profissional, será descontada em
atingida a maioridade, pela nacionalidade
folha, para custeio do sistema confederativo da
brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54,
representação sindical respectiva, independentemente da
de 2007)
contribuição prevista em lei;
II - naturalizados:
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
sindicato; a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de língua
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
negociações coletivas de trabalho;
idoneidade moral;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
organizações sindicais;
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País,
nos termos da lei.
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda
atendidas as condições que a lei estabelecer. Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
sobre os interesses que devam por meio dele defender. Constituição.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
comunidade.
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas
da lei. III - de Presidente do Senado Federal;
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que
V - da carreira diplomática;
seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto
de discussão e deliberação. VI - de oficial das Forças Armadas.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda
assegurada a eleição de um representante destes com a Constitucional nº 23, de 1999)
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
direto com os empregadores.
que:
CAPÍTULO III
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial,
Da Nacionalidade em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
Art. 12. São brasileiros: II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação
dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
I - natos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço
nº 3, de 1994)
de seu país;

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b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado
para permanência em seu território ou para o exercício de
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver
direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
Revisão nº 3, de 1994)
reeleitos para um único período subsequente. (Redação
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
Federativa do Brasil.
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos
até seis meses antes do pleito.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
ter símbolos próprios. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo
CAPÍTULO IV
grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Dos Direitos Políticos Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
eletivo e candidato à reeleição.
todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
I - plebiscito;
condições:
II - referendo;
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
III - iniciativa popular. da atividade;
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente,
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
no ato da diplomação, para a inatividade.
II - facultativos para:
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
a) os analfabetos; inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
b) os maiores de setenta anos;
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício de função,
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
cargo ou emprego na administração direta ou
durante o período do serviço militar obrigatório, os
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
conscritos.
Revisão nº 4, de 1994)
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
§ 10 O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
I - a nacionalidade brasileira; Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação,
II - o pleno exercício dos direitos políticos; instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.
III - o alistamento eleitoral;
§ 11 A ação de impugnação de mandato tramitará em
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
V - a filiação partidária; temerária ou de manifesta má-fé.

VI - a idade mínima de: Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda
ou suspensão só se dará nos casos de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador; I - cancelamento da naturalização por sentença transitada
em julgado;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal; II - incapacidade civil absoluta;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; durarem seus efeitos;

d) dezoito anos para Vereador. IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou


prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

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V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido
na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que
que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada
ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e
pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)
de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído
CAPÍTULO V pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
Dos Partidos Políticos TÍTULO III
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de Da Organização do Estado
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o
CAPÍTULO I
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes Da Organização Político-Administrativa
preceitos:
Art. 18. A organização político-administrativa da República
I - caráter nacional; Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de
termos desta Constituição.
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a
estes; § 1º Brasília é a Capital Federal.
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
origem serão reguladas em lei complementar.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se
definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem
escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
da população diretamente interessada, através de plebiscito,
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
e do Congresso Nacional, por lei complementar.
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Emenda Constitucional nº 97, de 2017) Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade
da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no
1996)
Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e
aos Municípios:
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
partidos políticos que alternativamente: (Redação dada I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
seus representantes relações de dependência ou aliança,
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos
público;
em pelo menos um terço das unidades da Federação, com
um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada II - recusar fé aos documentos públicos;
uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97,
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
de 2017)
CAPÍTULO II
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Da União
Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
Art. 20. São bens da União:
2017)
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de
ser atribuídos;
organização paramilitar.

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II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material
das fortificações e construções militares, das vias federais de bélico;
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
VII - emitir moeda;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as
de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam
operações de natureza financeira, especialmente as de
de limites com outros países, ou se estendam a território
crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e
estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
de previdência privada;
marginais e as praias fluviais;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
ordenação do território e de desenvolvimento econômico e
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
social;
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios,
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização,
pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações,
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos
econômica exclusiva; serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos
institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
VI - o mar territorial;
8, de 15/08/95:)
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização,
VIII - os potenciais de energia hidráulica; concessão ou permissão:
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
15/08/95:)
arqueológicos e pré-históricos;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
aproveitamento energético dos cursos de água, em
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito articulação com os Estados onde se situam os potenciais
Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da hidroenergéticos;
administração direta da União, participação no resultado da
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos
aeroportuária;
para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma continental, d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que
compensação financeira por essa exploração. transponham os limites de Estado ou Território;
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e
ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de internacional de passageiros;
fronteira, é considerada fundamental para defesa do
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
território nacional, e sua ocupação e utilização serão
reguladas em lei. XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria
Art. 21. Compete à União:
Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)
organizações internacionais;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o
II - declarar a guerra e celebrar a paz; corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como
prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
III - assegurar a defesa nacional;
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística,
permaneçam temporariamente;
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de
intervenção federal;
diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;

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XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de
calamidades públicas, especialmente as secas e as valores;
inundações;
VIII - comércio exterior e interestadual;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
(Regulamento) X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima,
aérea e aeroespacial;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano,
inclusive habitação, saneamento básico e transportes XI - trânsito e transporte;
urbanos;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
nacional de viação;
XIV - populações indígenas;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária
e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão
nº 19, de 1998) de estrangeiros;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de XVI - organização do sistema nacional de emprego e
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a condições para o exercício de profissões;
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
Territórios, bem como organização administrativa destes;
a) toda atividade nuclear em território nacional somente (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do (Produção de efeito)
Congresso Nacional;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia
b) sob regime de permissão, são autorizadas a nacionais;
comercialização e a utilização de radioisótopos para a
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação
popular;
dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção,
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico,
igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda garantias, convocação e mobilização das polícias militares e
Constitucional nº 49, de 2006) corpos de bombeiros militares;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária
existência de culpa; (Redação dada pela Emenda e ferroviária federais;
Constitucional nº 49, de 2006)
XXIII - seguridade social;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da
XXV - registros públicos;
atividade de garimpagem, em forma associativa.
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
modalidades, para as administrações públicas diretas,
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
II - desapropriação; Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e
para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo
nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda
e em tempo de guerra;
Constitucional nº 19, de 1998)
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa
radiodifusão;
marítima, defesa civil e mobilização nacional;
V - serviço postal;
XXIX - propaganda comercial.
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos
metais;

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Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os V - produção e consumo;


Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
relacionadas neste artigo.
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do ambiente e controle da poluição;
Distrito Federal e dos Municípios:
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das turístico e paisagístico;
instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
garantia das pessoas portadoras de deficiência; histórico, turístico e paisagístico;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia,
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela
naturais notáveis e os sítios arqueológicos; Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de X - criação, funcionamento e processo do juizado de
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou pequenas causas;
cultural;
XI - procedimentos em matéria processual;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de
qualquer de suas formas; deficiência;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; XV - proteção à infância e à juventude;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias
abastecimento alimentar; civis.
IX - promover programas de construção de moradias e a § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da
melhoria das condições habitacionais e de saneamento União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
básico;
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas
X - combater as causas da pobreza e os fatores de gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
marginalização, promovendo a integração social dos setores
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
desfavorecidos;
exercerão a competência legislativa plena, para atender a
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de suas peculiaridades.
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
minerais em seus territórios;
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
XII - estabelecer e implantar política de educação para a
CAPÍTULO III
segurança do trânsito.
Dos Estados Federados
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a
cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas
os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do Constituições e leis que adotarem, observados os princípios
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. desta Constituição.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal lhes sejam vedadas por esta Constituição.
legislar concorrentemente sobre:
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da
urbanístico; lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
II - orçamento;
nº 5, de 1995)
III - juntas comerciais;
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar,
IV - custas dos serviços forenses; instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios

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limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37,
execução de funções públicas de interesse comum. XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
CAPÍTULO IV
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na Dos Municípios
forma da lei, as decorrentes de obras da União;
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada
seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
Municípios ou terceiros; promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
seguintes preceitos:
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
União.
para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa simultâneo realizado em todo o País;
corresponderá ao triplo da representação do Estado na
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no
Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
Federais acima de doze.
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição de1997)
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
do ano subsequente ao da eleição;
incorporação às Forças Armadas.
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei
observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda
de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no
Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide
máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em
ADIN 4307)
espécie, para os Deputados Federais, observado o que
dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze
2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional
1998) nº 58, de 2009)
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000
regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil)
secretaria, e prover os respectivos cargos. habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
58, de 2009)
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo
legislativo estadual. c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000
(trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil)
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no
58, de 2009)
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
do ano anterior ao do término do mandato de seus (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil)
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no 2009)
art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de
de1997)
80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional
cargo ou função na administração pública direta ou indireta, nº 58, de 2009)
ressalvada a posse em virtude de concurso público e
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de
observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do
120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000
parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Constitucional nº 58, de 2009)
Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da

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g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000
(trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) Constitucional nº 58, de 2009)
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais
300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais
450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até
600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela
Constitucional nº 58, de 2009) Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000
(setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) Constitucional nº 58, de 2009)
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000
900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) Constitucional nº 58, de 2009)
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela
milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
Constitucional nº 58, de 2009)
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,
1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) nº 19, de 1998)
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente,
1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) observado o que dispõe esta Constituição, observados os
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os
2009) seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes,
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil
até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
nº 25, de 2000)
de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e
de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes,
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

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e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;
corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional 58, de 2009)
nº 25, de 2000)
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; Constitucional nº 58, de 2009)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e
não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada
receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
nº 1, de 1992)
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição
do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
Constitucional nº 1, de 1992)
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões
vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constitucional nº 58, de 2009)
Constituição do respectivo Estado para os membros da
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por
Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela
cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
(Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito
1, de 1992)
Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da 2000)
Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste
Constitucional nº 1, de 1992)
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
XII - cooperação das associações representativas no
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse
Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de
de 2000)
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
(Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, § 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
de 1992) Câmara Municipal o desrespeito ao § 1º deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28,
parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Art. 30. Compete aos Municípios:
Constitucional nº 1, de 1992)
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal,
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos
couber;
com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem
das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) em lei;
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda legislação estadual;
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de
efeito)

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V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais,
concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse para mandato de igual duração.
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-
essencial;
se o disposto no art. 27.
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do
e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de
fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
bombeiros militar.
53, de 2006)
Seção II
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União
e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; Dos Territórios
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do judiciária dos Territórios
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e deste Título.
estadual.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos Contas da União.
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal,
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil
na forma da lei.
habitantes, além do Governador nomeado na forma desta
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do segunda instância, membros do Ministério Público e
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
Municípios, onde houver. para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre CAPÍTULO VII
as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará
Da Administração Pública
de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da
Câmara Municipal. Seção I
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, Disposições Gerais
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
legitimidade, nos termos da lei.
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
Contas Municipais. também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
CAPÍTULO V
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
Do Distrito Federal e dos Territórios
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em
Seção I lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Do Distrito Federal
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em
aprovação prévia em concurso público de provas ou de
Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará,
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências Constitucional nº 19, de 1998)
legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, anos, prorrogável uma vez, por igual período;
observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado em concurso público de

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provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
carreira; pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira público não serão computados nem acumulados para fins de
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
assessoramento; (Redação dada pela Emenda
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
Constitucional nº 19, de 1998)
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II,
associação sindical; 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
Constitucional nº 19, de 1998) exceto, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda
os critérios de sua admissão; Constitucional nº 19, de 1998)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
determinado para atender a necessidade temporária de científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
excepcional interesse público; de 1998)
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e
mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela
funções e abrange autarquias, fundações, empresas
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
funções e empregos públicos da administração direta, público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos de 1998)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
precedência sobre os demais setores administrativos, na
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
forma da lei;
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do de economia mista e de fundação, cabendo à lei
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do de 1998)
Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos
anterior, assim como a participação de qualquer delas em
Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder
empresa privada;
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, obras, serviços, compras e alienações serão contratados
19.12.2003) mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
Poder Executivo;
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação

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técnica e econômica indispensáveis à garantia do § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao


cumprimento das obrigações. ocupante de cargo ou emprego da administração direta e
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de administradores e o poder público, que tenha por objeto a
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) cabendo à lei dispor sobre:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e I - o prazo de duração do contrato;
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
educativo, informativo ou de orientação social, dela não
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou III - a remuneração do pessoal."
servidores públicos.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
responsável, nos termos da lei. Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral. (Redação dada pela Emenda
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário
Constitucional nº 19, de 1998)
na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional § 10 É vedada a percepção simultânea de proventos de
nº 19, de 1998) aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído
interna, da qualidade dos serviços; (Redação dada pela
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 11 Não serão computadas, para efeito dos limites
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste
informações sobre atos de governo, observado o disposto no
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em
art. 5º, X e XXXIII; (Redação dada pela Emenda
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 12 Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
III - a disciplina da representação contra o exercício
artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar,
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
em seu âmbito, mediante emenda às respectivas
administração pública. (Redação dada pela Emenda
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
Constitucional nº 19, de 1998)
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
penal cabível. e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
47, de 2005)
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
de ressarcimento. aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
responsável nos casos de dolo ou culpa.
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração;

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III - investido no mandato de Vereador, havendo § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
a norma do inciso anterior; adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
disposto no art. 37, X e XI. (Redação dada pela Emenda
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
Constitucional nº 19, de 1998) (Incluído pela Emenda
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
Constitucional nº 19, de 1998)
por merecimento;
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a
afastamento, os valores serão determinados como se no
menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
exercício estivesse.
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela
Seção II Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Dos Servidores Públicos § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Constitucional nº 19, de 1998)
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência,
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
regime jurídico único e planos de carreira para os servidores
Municípios disciplinará a aplicação de recursos
da administração pública direta, das autarquias e das
orçamentários provenientes da economia com despesas
fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
Municípios instituirão conselho de política de administração produtividade, treinamento e desenvolvimento,
e remuneração de pessoal, integrado por servidores modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
nº 2.135-4) de 1998)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
componentes do sistema remuneratório carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela
observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
de 1998)
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
Constitucional nº 19, de 1998)
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Constitucional nº 19, de 1998) 41, 19.12.2003)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos 19.12.2003)
entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
Constitucional nº 19, de 1998)
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o 19.12.2003)
exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime
tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão
nº 88, de 2015)
por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de Constitucional nº 41, 19.12.2003)
dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido,
no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do
as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda
regime geral de previdência social de que trata o art. 201,
Constitucional nº 20, de 15/12/98)
acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se limite, caso aposentado à data do óbito (Incluído pela
homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no
Constitucional nº 20, de 15/12/98)
cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao previdência social de que trata o art. 201, acrescido de
tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso
Constitucional nº 20, de 15/12/98) em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela
a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de
ocasião da sua concessão, serão consideradas as serviço correspondente para efeito de
remunerações utilizadas como base para as contribuições do disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
servidor aos regimes de previdência de que tratam este de 15/12/98)
artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo
§ 11 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos
regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
definidos em leis complementares, os casos de
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral
47, de 2005)
de previdência social, e ao montante resultante da adição de
I - portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda proventos de inatividade com remuneração de cargo
Constitucional nº 47, de 2005) acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo
II - que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda
eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
Constitucional nº 47, de 2005)
15/12/98)
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais
§ 12 Além do disposto neste artigo, o regime de previdência
que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído
dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará,
pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão geral de previdência social. (Incluído pela Emenda
reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, Constitucional nº 20, de 15/12/98)
"a", para o professor que comprove exclusivamente tempo
§ 13 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
de efetivo exercício das funções de magistério na educação
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada
bem como de outro cargo temporário ou de emprego
pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
público, aplica-se o regime geral de previdência
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a 15/12/98)

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§ 14 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de
desde que instituam regime de previdência complementar doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional
para os seus respectivos servidores titulares de cargo nº 47, de 2005)
efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e
Art. 41 São estáveis após três anos de efetivo exercício os
pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do
virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda
regime geral de previdência social de que trata o art.
Constitucional nº 19, de 1998)
201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98) § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 15 O regime de previdência complementar de que trata o
§ 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder I - em virtude de sentença judicial transitada em
Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades 1998)
fechadas de previdência complementar, de natureza pública,
II - mediante processo administrativo em que lhe seja
que oferecerão aos respectivos participantes planos de
assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda
benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
Constitucional nº 19, de 1998)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
§ 16 Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
de 1998)
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação
do ato de instituição do correspondente regime de § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
previdência complementar. (Incluído pela Emenda estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga,
Constitucional nº 20, de 15/12/98) se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
§ 17 Todos os valores de remuneração considerados para o
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente
serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
1998)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o
§ 18 Incidirá contribuição sobre os proventos de
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido
aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela
para os benefícios do regime geral de previdência social de
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela
§ 19 O servidor de que trata este artigo que tenha
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
completado as exigências para aposentadoria voluntária
estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em TÍTULO IV
atividade fará jus a um abono de permanência equivalente
Da Organização Dos Poderes
ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
CAPÍTULO II
§ 20 Fica vedada a existência de mais de um regime próprio
Do Poder Executivo
de previdência social para os servidores titulares de cargos
efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo Seção I
regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. Do Presidente e do Vice-Presidente da República
142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da
República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
§ 21 A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá
apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da
de pensão que superem o dobro do limite máximo República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro
estabelecido para os benefícios do regime geral de domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano

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anterior ao do término do mandato presidencial vigente. Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao
da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do
nº 16, de 1997)
Vice-Presidente com ele registrado.
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que,
poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
País por período superior a quinze dias, sob pena de perda
votos, não computados os em branco e os nulos.
do cargo.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na
Seção II
primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias
após a proclamação do resultado, concorrendo os dois Das Atribuições do Presidente da República
candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
que obtiver a maioria dos votos válidos.
República:
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte,
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-
se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção
superior da administração federal;
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer,
em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
votação, qualificar-se-á o mais idoso. previstos nesta Constituição;
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
o compromisso de manter, defender e cumprir a
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo
brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela
do Brasil. Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a) organização e funcionamento da administração federal,
a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda
vago. Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar
outras atribuições que lhe forem conferidas por lei seus representantes diplomáticos;
complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais,
convocado para missões especiais.
sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o X - decretar e executar a intervenção federal;
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
e o do Supremo Tribunal Federal.
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa,
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente expondo a situação do País e solicitando as providências que
da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta julgar necessárias;
a última vaga.
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período necessário, dos órgãos instituídos em lei;
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas,
dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
forma da lei.
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela
período de seus antecessores. Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)

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XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário,
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador- unidades da Federação;
Geral da República, o presidente e os diretores do banco
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
central e outros servidores, quando determinado em lei;
IV - a segurança interna do País;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros
do Tribunal de Contas da União; V - a probidade na administração;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta VI - a lei orçamentária;
Constituição, e o Advogado-Geral da União;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial,
termos do art. 89, VII;
que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da
Conselho de Defesa Nacional;
República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas Federal, nos crimes de responsabilidade.
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
mobilização nacional;
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
Congresso Nacional;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
processo pelo Senado Federal.
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
permaneçam temporariamente;
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o processo.
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas
orçamento previstos nesta Constituição;
infrações comuns, o Presidente da República não estará
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro sujeito a prisão.
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato,
contas referentes ao exercício anterior;
não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma exercício de suas funções.
da lei;
CAPÍTULO III
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos
Do Poder Judiciário
termos do art. 62;
Seção I
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta
Constituição. Disposições Gerais
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira
I - o Supremo Tribunal Federal;
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda
os limites traçados nas respectivas delegações. Constitucional nº 45, de 2004)
Seção III II - o Superior Tribunal de Justiça;
Da Responsabilidade do Presidente da República II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do
Presidente da República que atentem contra a Constituição III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
Federal e, especialmente, contra:
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
I - a existência da União;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

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VI - os Tribunais e Juízes Militares; participação em curso oficial ou reconhecido por escola


nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Territórios.
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de
corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio
Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional,
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a
dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal
noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,
dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o
observados os seguintes princípios:
disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
substituto, mediante concurso público de provas e títulos,
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
dependentes observarão o disposto no art. 40; (Redação
todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas
nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) autorização do tribunal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente,
por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do
normas: magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão
por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes
Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de
VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira
comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao
quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não
disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de
da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
estes, em casos nos quais a preservação do direito à
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá intimidade do interessado no sigilo não prejudique o
recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda
terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e Constitucional nº 45, de 2004)
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas
se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo
45, de 2004)
voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se
última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda metade das vagas por antigüidade e a outra metade por
Constitucional nº 45, de 2004) eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
IV previsão de cursos oficiais de preparação,
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau,

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funcionando, nos dias em que não houver expediente aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda
forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído Constitucional nº 45, de 2004)
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 96. Compete privativamente:
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será
I - aos tribunais:
proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva
população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos
2004) internos, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
de administração e atos de mero expediente sem caráter
jurisdicionais e administrativos;
decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos
juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os
atividade correicional respectiva;
graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004) c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de
juiz de carreira da respectiva jurisdição;
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e d) propor a criação de novas varas judiciárias;
Territórios será composto de membros, do Ministério
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados
títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de
cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de
dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
confiança assim definidos em lei;
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes. f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
membros e aos juízes e servidores que lhes forem
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará
imediatamente vinculados;
lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte
dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e
nomeação. aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
respectivo, observado o disposto no art. 169:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
a) a alteração do número de membros dos tribunais
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida
inferiores;
após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,
transitada em julgado; bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
na forma do art. 93, VIII;
19.12.2003)
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou
Ministério Público, nos crimes comuns e de
função, salvo uma de magistério;
responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou Eleitoral.
participação em processo;
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
III - dedicar-se à atividade político-partidária. membros ou dos membros do respectivo órgão especial
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
ou ato normativo do Poder Público.
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Estados criarão:
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a

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execução de causas cíveis de menor complexidade e ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os 2004)
procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de
recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos
pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda
conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras Constitucional nº 62, de 2009)
previstas na legislação.
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos,
no âmbito da Justiça Federal. (Renumerado pela Emenda pensões e suas complementações, benefícios
Constitucional nº 45, de 2004) previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez,
fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados
judicial transitada em julgado, e serão pagos com
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre
específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional
aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela
nº 45, de 2004)
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares,
administrativa e financeira.
originários ou por sucessão hereditária, tenham 60
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais
débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros
os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o
tribunais interessados, compete:
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal será pago na ordem cronológica de apresentação do
Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
respectivos tribunais; 94, de 2016)
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e § 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à
Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de
aprovação dos respectivos tribunais. obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as
Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as
judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda
respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo
Constitucional nº 62, de 2009).
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por
orçamentária anual, os valores aprovados na lei leis próprias, valores distintos às entidades de direito
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites público, segundo as diferentes capacidades econômicas,
estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo
forem encaminhadas em desacordo com os limites § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de
estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá direito público, de verba necessária ao pagamento de seus
aos ajustes necessários para fins de consolidação da débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado,
proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de
Constitucional nº 45, de 2004) julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
seguinte, quando terão seus valores atualizados
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não
monetariamente. (Redação dada pela Emenda
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
Constitucional nº 62, de 2009).
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao

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Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda § 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após
determinar o pagamento integral e autorizar, a comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de de origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda
preterimento de seu direito de precedência ou de não Constitucional nº 62, de 2009).
alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei
seu débito, o sequestro da quantia respectiva. (Redação
complementar a esta Constituição Federal poderá
dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
estabelecer regime especial para pagamento de crédito de
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios,
comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e
liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de forma e prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda
responsabilidade e responderá, também, perante o Constitucional nº 62, de 2009).
Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União
Constitucional nº 62, de 2009).
poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados,
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
ou suplementares de valor pago, bem como o (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
para fins de enquadramento de parcela do total ao que
aferirão mensalmente, em base anual, o comprometimento
dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda
de suas respectivas receitas correntes líquidas com o
Constitucional nº 62, de 2009).
pagamento de precatórios e obrigações de pequeno valor.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
independentemente de regulamentação, deles deverá ser
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins
abatido, a título de compensação, valor correspondente aos
de que trata o § 17, o somatório das receitas tributárias,
débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública
de serviços, de transferências correntes e outras receitas
devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos,
correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da
ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em
Constituição Federal, verificado no período compreendido
virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído
pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades,
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal e deduzidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94,
solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até de 2016)
30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento,
I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito
informação sobre os débitos que preencham as condições
Federal e aos Municípios por determinação constitucional;
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da
determinação constitucional; (Incluído pela Emenda
entidade federativa devedora, a entrega de créditos em
Constitucional nº 94, de 2016)
precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo
ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos
de 2009). Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional,
provenientes da compensação financeira referida no § 9º do
a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição,
art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda
até o efetivo pagamento, independentemente de sua
Constitucional nº 94, de 2016)
natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica
da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da § 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de
mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros condenações judiciais em precatórios e obrigações de
incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a
a incidência de juros compensatórios. (Incluído pela Emenda média do comprometimento percentual da receita corrente
Constitucional nº 62, de 2009). líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a
parcela que exceder esse percentual poderá ser financiada,
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus
excetuada dos limites de endividamento de que tratam os
créditos em precatórios a terceiros, independentemente da
incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de
concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o
quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se
disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional
aplicando a esse financiamento a vedação de vinculação de
nº 62, de 2009).

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receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
2016)
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o
por cento) do montante dos precatórios apresentados nos Território;
termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União
deste precatório serão pagos até o final do exercício seguinte
e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as
e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios
respectivas entidades da administração indireta;
subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção
monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução
h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito
atualizado, desde que em relação ao crédito não penda i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou
recurso ou defesa judicial e que sejam observados os quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário
requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do
federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à
2016) mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
§§ 1º a 3º (Revogados pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004) j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
Seção II l) a reclamação para a preservação de sua competência e
garantia da autoridade de suas decisões;
Do Supremo Tribunal Federal
m) a execução de sentença nas causas de sua competência
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze
originária, facultada a delegação de atribuições para a
Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e
prática de atos processuais;
cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável
saber jurídico e reputação ilibada. n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam
direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal
da metade dos membros do tribunal de origem estejam
serão nomeados pelo Presidente da República, depois de
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
entre estes e qualquer outro tribunal;
I - processar e julgar, originariamente:
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato inconstitucionalidade;
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
regulamentadora for atribuição do Presidente da República,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas,
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores,
II - julgar, em recurso ordinário:
os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) e o mandado de injunção decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e b) o crime político;
o habeas data contra atos do Presidente da República, das
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
decididas em única ou última instância, quando a decisão
recorrida:

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a) contrariar dispositivo desta Constituição; § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de


medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
ciência ao Poder competente para a adoção das providências
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para
desta Constituição. fazê-lo em trinta dias.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União,
§ 1º A arguição de descumprimento de preceito
que defenderá o ato ou texto impugnado.
fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada
pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. § 4º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(Transformado do parágrafo único em § 1º pela Emenda
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou
Constitucional nº 3, de 17/03/93)
por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo membros, após reiteradas decisões sobre matéria
Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada pela cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e
demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja
discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo administração pública que acarrete grave insegurança
pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
Art. 103. Podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade e a ação declaratória de § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser
Constitucional nº 45, de 2004) provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.(Incluído pela Emenda Constitucional
I - o Presidente da República;
nº 45, de 2004)
II - a Mesa do Senado Federal;
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá
reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a
do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda
decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja
Constitucional nº 45, de 2004)
proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15
VI - o Procurador-Geral da República; (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida
1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Constitucional nº 61, de 2009)
VIII - partido político com representação no Congresso
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada
Nacional;
pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo
nacional.
respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser 45, de 2004)
previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em
III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado
todos os processos de competência do Supremo Tribunal
pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda
Federal.
Constitucional nº 45, de 2004)

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IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo
Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir
Constitucional nº 45, de 2004) atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou
recomendar providências; (Incluído pela Emenda
V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
Constitucional nº 45, de 2004)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário,
Constitucional nº 45, de 2004)
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se
VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de adotem as providências necessárias ao exato cumprimento
Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas
da União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo
2004)
Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou
órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços
IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
notariais e de registro que atuem por delegação do poder
2004)
público ou oficializados, sem prejuízo da competência
X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
Procurador-Geral da República; (Incluído pela Emenda processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a
Constitucional nº 45, de 2004) disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou
proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar
XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido
outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime
2004) contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil; (Incluído pela Emenda V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
Constitucional nº 45, de 2004) disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há
menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação
45, de 2004)
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro
pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre
nº 45, de 2004) processos e sentenças prolatadas, por unidade da
Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo
Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que
dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo
mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da
maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela
sessão legislativa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
45, de 2004)
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a
neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.
função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do Magistratura, as seguintes: (Incluído pela Emenda
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo- Constitucional nº 45, de 2004)
lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas
I - receber as reclamações e denúncias, de qualquer
pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda
interessado, relativas aos magistrados e aos serviços
Constitucional nº 45, de 2004)
judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

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II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for
correição geral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando
de 2004) o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de
Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
III - requisitar e designar magistrados, delegando-lhes
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais,
ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre
§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da
tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes
República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos
vinculados a tribunais diversos;
Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004) e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus
julgados;
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios,
criará ouvidorias de justiça, competentes para receber f) a reclamação para a preservação de sua competência e
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra garantia da autoridade de suas decisões;
membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus
g) os conflitos de atribuições entre autoridades
serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho
administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades
Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do
45, de 2004)
Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
Seção III
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
Do Superior Tribunal De Justiça regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou
autoridade federal, da administração direta ou indireta,
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no
excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal
mínimo, trinta e três Ministros.
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral,
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
serão nomeados pelo Presidente da República, dentre
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada,
Constitucional nº 45, de 2004)
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda II - julgar, em recurso ordinário:
Constitucional nº 45, de 2004)
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; for denegatória;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros b) os mandados de segurança decididos em única instância
do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94. Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando
denegatória a decisão;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou
I - processar e julgar, originariamente:
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do ou pessoa residente ou domiciliada no País;
Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do
ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
quando a decisão recorrida:
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de
perante tribunais;
lei federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de de 2004)
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação
atribuído outro tribunal.
dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

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Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da
Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e
2004) de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção seus ou dos juízes federais da região;
na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do
2004)
próprio Tribunal ou de juiz federal;
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz
forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da
federal;
Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão
central do sistema e com poderes correicionais, cujas e) os conflitos de competência entre juízes federais
decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda vinculados ao Tribunal;
Constitucional nº 45, de 2004)
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos
Seção IV juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da
competência federal da área de sua jurisdição.
Dos Tribunais Regionais Federais E Dos Juízes Federais
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou
I - os Tribunais Regionais Federais;
empresa pública federal forem interessadas na condição de
II - os Juízes Federais. autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência,
as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no
à Justiça do Trabalho;
mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na
respectiva região e nomeados pelo Presidente da República II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e internacional e Município ou pessoa domiciliada ou
cinco anos, sendo: residente no País;
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com
efetiva atividade profissional e membros do Ministério Estado estrangeiro ou organismo internacional;
Público Federal com mais de dez anos de carreira;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de
mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas
merecimento, alternadamente. as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral;
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos
Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e V - os crimes previstos em tratado ou convenção
sede. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda internacional, quando, iniciada a execução no País, o
Constitucional nº 45, de 2004) resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
reciprocamente;
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça
itinerante, com a realização de audiências e demais funções V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o
da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da § 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos 45, de 2004)
e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos
de 2004)
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar econômico-financeira;
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça
competência ou quando o constrangimento provier de
em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a
Constitucional nº 45, de 2004)
outra jurisdição;
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato
I - processar e julgar, originariamente: de autoridade federal, excetuados os casos de competência
dos tribunais federais;

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IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, III - Juizes do Trabalho. (Redação dada pela Emenda
ressalvada a competência da Justiça Militar; Constitucional nº 24, de 1999)
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de §§ 1º a 3º (Revogados pela Emenda Constitucional nº
estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o 45, de 2004)
"exequatur", e de sentença estrangeira, após a
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de
homologação, as causas referentes à nacionalidade,
vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com
inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos,
XI - a disputa sobre direitos indígenas. de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo
Presidente da República após aprovação pela maioria
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na
absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada
seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de
aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor,
efetiva atividade profissional e membros do Ministério
naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem
Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo
à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no
exercício, observado o disposto no art. 94; (Incluído pela
Distrito Federal.
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do
do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em
Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados
que forem parte instituição de previdência social e segurado,
pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela Emenda
sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal,
Constitucional nº 45, de 2004)
e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que
outras causas sejam também processadas e julgadas pela § 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior
justiça estadual. do Trabalho. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível
será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de § 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
jurisdição do juiz de primeiro grau. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Procurador-Geral da República, com a finalidade de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o promoção na carreira; (Incluído pela Emenda
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal Constitucional nº 45, de 2004)
de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo,
II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe
incidente de deslocamento de competência para a Justiça
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do
2004)
Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
constituirá uma seção judiciária que terá por sede a (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
respectiva Capital, e varas localizadas segundo o
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e
estabelecido em lei.
julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
da justiça local, na forma da lei.
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo,
Seção V nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la
aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
Regional do Trabalho. (Redação dada pela Emenda
Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais Constitucional nº 45, de 2004)
do Trabalho e dos Juízes do Trabalho Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura,
jurisdição, competência, garantias e condições de exercício
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
dos órgãos da Justiça do Trabalho. (Redação dada pela
I - o Tribunal Superior do Trabalho; Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

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Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e
cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os
Constitucional nº 45, de 2004)
entes de direito público externo e da administração pública
direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de
dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional efetiva atividade profissional e membros do Ministério
nº 45, de 2004) Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo
exercício, observado o disposto no art. 94; (Redação
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos,
antiguidade e merecimento, alternadamente. (Redação
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004) § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça
itinerante, com a realização de audiências e demais funções
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data
de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos
jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional
de 2004)
nº 45, de 2004)
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda
decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Constitucional nº 45, de 2004)
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida
VII - as ações relativas às penalidades administrativas por um juiz singular. (Redação dada pela Emenda
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das Constitucional nº 24, de 1999)
relações de trabalho; (Incluído pela Emenda
Parágrafo único. (Revogado).
Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 117. e Parágrafo único. (Revogados)
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas
no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes Seção VI
das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda
Dos Tribunais e Juízes Eleitorais
Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho,
na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional I - o Tribunal Superior Eleitoral;
nº 45, de 2004)
II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão
III - os Juízes Eleitorais;
eleger árbitros.
IV - as Juntas Eleitorais.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva
ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no
ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a mínimo, de sete membros, escolhidos:
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem
como as convencionadas anteriormente. (Redação a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Federal;
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de
possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Justiça;
Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo,
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se
de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na

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Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança,
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do habeas data ou mandado de injunção.
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Seção VII
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Dos Tribunais e Juízes Militares
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de
cada Estado e no Distrito Federal. Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - o Superior Tribunal Militar;
I - mediante eleição, pelo voto secreto: II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze
Justiça; Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República,
depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo
três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre
Tribunal de Justiça;
oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da
Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, carreira, e cinco dentre civis.
de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo
Regional Federal respectivo;
Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois e cinco anos, sendo:
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e profissional;
o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.
II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e membros do Ministério Público da Justiça Militar.
competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os
eleitorais.
crimes militares definidos em lei.
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o
integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas
funcionamento e a competência da Justiça Militar.
funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas
garantias e serão inamovíveis. Seção VIII
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo Dos Tribunais e Juízes dos Estados
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos
princípios estabelecidos nesta Constituição.
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
número igual para cada categoria. § 1º A competência dos tribunais será definida na
Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior
de iniciativa do Tribunal de Justiça.
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente
ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
caberá recurso quando:
atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
I - forem proferidas contra disposição expressa desta
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do
Constituição ou de lei;
Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de
mais tribunais eleitorais; Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça,
ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas
efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação
nas eleições federais ou estaduais;
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
eletivos federais ou estaduais;
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e
as ações judiciais contra atos disciplinares militares,

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ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) para fins de consolidação da proposta orçamentária anual,
os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar
de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.
e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for
direito, processar e julgar os demais crimes militares. encaminhada em desacordo com os limites estipulados na
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar
orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
45, de 2004)
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça
em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda § 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não
Constitucional nº 45, de 2004) poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
a realização de audiências e demais funções da atividade
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
2004)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 128. O Ministério Público abrange:
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de
Justiça proporá a criação de varas especializadas, com I - o Ministério Público da União, que compreende:
competência exclusiva para questões agrárias. (Redação
a) o Ministério Público Federal;
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
b) o Ministério Público do Trabalho;
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente
prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do c) o Ministério Público Militar;
litígio.
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
CAPÍTULO IV
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
Das Funções Essenciais à Justiça
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e
Seção I
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria
Do Ministério Público absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de
dois anos, permitida a recondução.
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida
interesses sociais e individuais indisponíveis. de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre
integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo
e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169,
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos,
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
permitida uma recondução.
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
público de provas ou de provas e títulos, a política § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação
organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei
Constitucional nº 19, de 1998) complementar respectiva.
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
diretrizes orçamentárias. estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de

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cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos
membros: de sua competência, requisitando informações e
documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
I - as seguintes garantias:
respectiva;
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
julgado;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de
mediante decisão do órgão colegiado competente do
suas manifestações processuais;
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, §
públicas.
4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153,
III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº § 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis
19, de 1998) previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e
II - as seguintes vedações:
na lei.
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas
honorários, percentagens ou custas processuais;
por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca
b) exercer a advocacia; da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da
instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
45, de 2004)
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á
função pública, salvo uma de magistério;
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,
três anos de atividade jurídica e observando-se, nas
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o
disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto
Constitucional nº 45, de 2004)
no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) § 5º A distribuição de processos no Ministério Público será
imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
2004)
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos
da lei;
Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público
Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua
compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
garantia;
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela
e de outros interesses difusos e coletivos; Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou I o Procurador-Geral da República, que o preside;
representação para fins de intervenção da União e dos
II quatro membros do Ministério Público da União,
Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das
III três membros do Ministério Público dos Estados;
populações indígenas;

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IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e
outro pelo Superior Tribunal de Justiça; correição geral;
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da III requisitar e designar membros do Ministério Público,
Ordem dos Advogados do Brasil; delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos
do Ministério Público.
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro § 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos
pelo Senado Federal. Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do
Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Ministério Público, competentes para receber reclamações e
Públicos, na forma da lei. denúncias de qualquer interessado contra membros ou
órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o
auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional
controle da atuação administrativa e financeira do Ministério
do Ministério Público.
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus
membros, cabendo lhe: Seção II
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Da Advocacia Pública
Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências; Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que,
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou
União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
termos da lei complementar que dispuser sobre sua
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e
União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou
assessoramento jurídico do Poder Executivo.
fixar prazo para que se adotem as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência § 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-
dos Tribunais de Contas; Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da
República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou
notável saber jurídico e reputação ilibada.
órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados,
inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da § 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição
competência disciplinar e correicional da instituição, de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público
podendo avocar processos disciplinares em curso, de provas e títulos.
determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a
com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de
representação da União cabe à Procuradoria-Geral da
serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.
ampla defesa;
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de
disciplinares de membros do Ministério Público da União ou
concurso público de provas e títulos, com a participação da
dos Estados julgados há menos de um ano;
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
V elaborar relatório anual, propondo as providências que exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica
julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
mensagem prevista no art. 84, XI.
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício,
Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério mediante avaliação de desempenho perante os órgãos
Público que o integram, vedada a recondução, competindo- próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.
lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
as seguintes:
Seção III
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado,
Da Advocacia
relativas aos membros do Ministério Público e dos seus
serviços auxiliares; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)

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Art. 133. O advogado é indispensável à administração da O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o
exercício da profissão, nos limites da lei. disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116
e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts.
Seção IV
10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,
Da Defensoria Pública
DECRETA:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, este baixa.
como expressão e instrumento do regime democrático,
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos
Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias,
direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
as providências necessárias à plena vigência do Código de
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva
integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso
Comissão de Ética, integrada por três servidores ou
LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada
empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
permanente. Parágrafo único. A constituição da Comissão de
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal
União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá da Presidência da República, com a indicação dos respectivos
normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos membros titulares e suplentes.
de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua
público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a
publicação.
garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da
advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106°
do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de da República.
2004)
ITAMAR FRANCO
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas
Romildo Canhim
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.
lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto
ANEXO
no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004) Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da
União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda CAPÍTULO I
Constitucional nº 74, de 2013)
Seção I
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a
Das Regras Deontológicas
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional,
aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência
e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. dos princípios morais são primados maiores que devem
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras
do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e
disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão
atitudes serão direcionados para a preservação da honra e
remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela
da tradição dos serviços públicos.
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II – O servidor público não poderá jamais desprezar o
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
DECRETO Nº 1.171/1994 consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal. III – A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia

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de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-
que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função pública.
IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos
tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de
próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que
moralidade administrativa se integre no Direito, como quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,
XIII – O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão,
V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu atividade pública é a grande oportunidade para o
próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da crescimento e o engrandecimento da Nação.
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado
Seção II
como seu maior patrimônio.
Dos Principais Deveres do Servidor Público
VI – A função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada XIV – São deveres fundamentais do servidor público:
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou
conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer
emprego público de que seja titular;
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
VII – Salvo os casos de segurança nacional, investigações
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente
policiais ou interesse superior do Estado e da Administração
resolver situações procrastinatórias, principalmente diante
Pública, a serem preservados em processo previamente
de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de
dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
o fim de evitar dano moral ao usuário;
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético
contra o bem comum, imputável a quem a negar. c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses
para o bem comum;
da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição
corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto coletividade a seu cargo;
mais a de uma Nação.
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela público;
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
éticos que se materializam na adequada prestação dos
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
serviços públicos;
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa respeitando a capacidade e as limitações individuais de
vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie
esperanças e seus esforços para construí-los. de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade,
cor, idade, religião, cunho político e posição social,
X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
solução que compete ao setor em que exerça suas funções,
permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza representar contra qualquer comprometimento indevido da
apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas estrutura em que se funda o Poder Estatal;
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
públicos.
contratantes, interessados e outros que visem obter
XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em
legais de seus superiores, velando atentamente por seu

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decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá- c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente
las; com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de
Ética de sua profissão;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua
moral ou material;
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo
negativamente em todo o sistema; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e
mister;
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo
as providências cabíveis; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias,
caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho,
no trato com o público, com os jurisdicionados
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e
administrativos ou com colegas hierarquicamente
distribuição;
superiores ou inferiores;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer
com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por
tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão,
escopo a realização do bem comum;
doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou
exercício da função; para influenciar outro servidor para o mesmo fim;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas encaminhar para providências;
funções;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as atendimento em serviços públicos;
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função,
j) desviar servidor público para atendimento a interesse
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez,
particular;
mantendo tudo sempre em boa ordem.
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente
de direito;
ao patrimônio público;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do
amigos ou de terceiros;
serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,
habitualmente;
poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse
público, mesmo que observando as formalidades legais e o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
não cometendo qualquer violação expressa à lei; contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
humana;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe
sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
integral cumprimento. empreendimentos de cunho duvidoso.
Seção III CAPÍTULO II
Das Vedações ao Servidor Público Das Comissões de Ética
XV – E vedado ao servidor público; XVI – Em todos os órgãos e entidades da Administração
Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo,
em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
posição e influências, para obter qualquer favorecimento,
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma
para si ou para outrem;
Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as
servidores ou de cidadãos que deles dependam; pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe
conhecer concretamente de imputação ou de procedimento
susceptível de censura.

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XVII – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que
XVIII – À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos
devem ser cometidas a um servidor.
organismos encarregados da execução do quadro de carreira
dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os
efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e
demais procedimentos próprios da carreira do servidor vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
público. caráter efetivo ou em comissão.
XIX – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os
casos previstos em lei.
XX – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
TÍTULO II
XXI – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e
XXII – A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de
Substituição
Ética é a de censura e sua fundamentação constará do
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, CAPÍTULO I
com ciência do faltoso.
Do Provimento
XXIII – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
Seção I
XXIV – Para fins de apuração do comprometimento ético,
Disposições Gerais
entendesse por servidor público todo aquele que, por força
de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo
de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda público:
que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou
I - a nacionalidade brasileira;
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, II - o gozo dos direitos políticos;
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
XXV – (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
V - a idade mínima de dezoito anos;
NOÇÕES DE DIREITO VI - aptidão física e mental.

ADMINISTRATIVO § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de


outros requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
LEI Nº 8.112/1990 direito de se inscrever em concurso público para provimento
de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
da União, das autarquias e das fundações públicas federais. reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no
concurso.
PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI Nº 8.112, DE 11 DE
DEZEMBRO DE 1990, DETERMINADA PELO ART. 13 DA LEI Nº § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e
9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997. tecnológica federais poderão prover seus cargos com
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso com as normas e os procedimentos desta Lei.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
Título I Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante
Capítulo Único ato da autoridade competente de cada Poder.

Das Disposições Preliminares Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em I - nomeação;
regime especial, e das fundações públicas federais.
II - promoção;
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
legalmente investida em cargo público. III - (Revogado);

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IV - (Revogado) Diário Oficial da União e em jornal diário de grande


circulação.
V - readaptação;
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver
VI - reversão;
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de
VII - aproveitamento; validade não expirado.
VIII - reintegração; Seção IV
IX - recondução. Da Posse e do Exercício
Seção II Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo
termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
Da Nomeação
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado,
Art. 9º A nomeação far-se-á: que não poderão ser alterados unilateralmente, por
qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
em lei.
provimento efetivo ou de carreira;
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para
publicação do ato de provimento. (Redação
cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão
publicação do ato de provimento, em licença prevista nos
ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter
incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos
exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem
incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do
prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese
art. 102, o prazo será contado do término do
em que deverá optar pela remuneração de um deles durante
impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
o período da interinidade. (Redação dada
10.12.97)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado
de provimento efetivo depende de prévia habilitação em § 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
concurso público de provas ou de provas e títulos, nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua 10.12.97)
validade.
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou
promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes função pública.
do sistema de carreira na Administração Pública Federal e
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse
seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº
não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo.
9.527, de 10.12.97)
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia
Seção III
inspeção médica oficial.
Do Concurso Público
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
podendo ser realizado em duas etapas, conforme
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de
cargo público ou da função de confiança. (Redação
carreira, condicionada a inscrição do candidato ao
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável
ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele § 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em
expressamente previstas. (Redação dada pela Lei nº cargo público entrar em exercício, contados da data da
9.527, de 10.12.97) (Regulamento) posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois )
anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual § 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado
período. sem efeito o ato de sua designação para função de confiança,
se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo,
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua
observado o disposto no art. 18. (Redação dada
realização serão fixados em edital, que será publicado no
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe de 10.12.97)
exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de
10.12.97)
trabalho estabelecida em leis
§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de
com a data de publicação do ato de designação, salvo 17.12.91)
quando o servidor estiver em licença ou afastado por
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para
qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
primeiro dia útil após o término do impedimento, que não
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses,
poderá exceder a trinta dias da
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de
publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
avaliação para o desempenho do cargo, observados os
10.12.97)
seguintes fatores: (Vide EMC nº 19)
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do
I - assiduidade;
exercício serão registrados no assentamento individual do
servidor. II - disciplina;
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor III - capacidade de iniciativa;
apresentará ao órgão competente os elementos necessários
IV - produtividade;
ao seu assentamento individual.
V- responsabilidade.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício,
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir § 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio
da data de publicação do ato que promover o probatório, será submetida à homologação da autoridade
servidor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de competente a avaliação do desempenho do servidor,
10.12.97) realizada por comissão constituída para essa finalidade, de
acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade
município em razão de ter sido removido, redistribuído,
de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no
caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº
mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
11.784, de 2008
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho
das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo § 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será
necessário para o deslocamento para a nova exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de anteriormente ocupado, observado o disposto no
10.12.97) parágrafo único do art. 29.
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou § 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de
contado a partir do término do direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de
impedimento. (Parágrafo renumerado e alterado lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de
provimento em comissão do Grupo-Direção e
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos
Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
estabelecidos no caput. (Incluído pela Lei nº
equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
9.527, de 10.12.97)
10.12.97)
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão
em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos,
ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos
respeitada a duração máxima do trabalho semanal de
arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento
quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de
para participar de curso de formação decorrente de
seis horas e oito horas diárias,
aprovação em concurso para outro cargo na Administração
respectivamente. (Redação dada pela Lei nº
Pública Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
8.270, de 17.12.91)
10.12.97)
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as
confiança submete-se a regime de integral dedicação ao
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86
serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser
e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
convocado sempre que houver interesse da
formação, e será retomado a partir do término do

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impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de b) a aposentadoria tenha sido


10.12.97) voluntária; (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção V
c) estável quando na atividade; (Incluído pela
Da Estabilidade
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores
empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá
à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória
estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de
nº 2.225-45, de 4.9.2001)
efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
sentença judicial transitada em julgado ou de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla § 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
defesa. resultante de sua transformação. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção VI
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será
Da Transferência
considerado para concessão da
Art. 23. (Revogado) aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção VII
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o
Da Readaptação
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida
de atribuições e responsabilidades compatíveis com a Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da
mental verificada em inspeção médica.
administração perceberá, em substituição aos proventos da
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer,
readaptando será aposentado. inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia
anteriormente à aposentadoria. (Incluído pela
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade
e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência § 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os
de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como proventos calculados com base nas regras atuais se
excedente, até a ocorrência de vaga. (Redação permanecer pelo menos cinco anos no
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Seção VIII
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste
Da Reversão
artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000) 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver
aposentado: (Redação dada pela Medida completado 70 (setenta) anos de idade.
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção IX
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar
Da Reintegração
insubsistentes os motivos da aposentadoria;
ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225- Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável
45, de 4.9.2001) no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de
sua transformação, quando invalidada a sua demissão por
II - no interesse da administração, desde
decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de
que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
todas as vantagens.
45, de 4.9.2001)
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela
em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito

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à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do
posto em disponibilidade. servidor, ou de ofício.
Seção X Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
Da Recondução I - quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório;
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em
exercício no prazo estabelecido.
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de
II - reintegração do anterior ocupante.
função de confiança dar-se-á: (Redação dada
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto
I - a juízo da autoridade competente;
no art. 30.
II - a pedido do próprio servidor.
Seção XI
CAPÍTULO III
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Da Remoção e da Redistribuição
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em
disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento Seção I
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
Da Remoção
compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil
de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
determinará o imediato aproveitamento de servidor em
mudança de sede.
disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou
entidades da Administração Pública Federal. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-
se por modalidades de remoção: (Redação
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob
responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal I - de ofício, no interesse da
Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
aproveitamento em outro órgão ou 10.12.97)
entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de
II - a pedido, a critério da
10.12.97)
Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e 10.12.97)
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta
interesse da Administração: (Incluído pela Lei nº
médica oficial.
9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO II
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também
Da Vacância servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
foi deslocado no interesse da
I - exoneração; Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
II - demissão;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro
III - promoção;
ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu
IV - (Revogado) assentamento funcional, condicionada à comprovação por
junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527,
V - (Revogado)
de 10.12.97)
VI - readaptação;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese
VII - aposentadoria; em que o número de interessados for superior ao número de
vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
ou entidade em que aqueles estejam
IX - falecimento. lotados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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Seção II Da Substituição
Da Redistribuição Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de
direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de
Especial terão substitutos indicados no regimento interno
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro
ou, no caso de omissão, previamente designados pelo
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
dirigente máximo do órgão ou
Poder, com prévia apreciação do órgão central do
entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
SIPEC, observados os seguintes
10.12.97)
preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) § 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente,
sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou
I - interesse da administração; (Incluído pela Lei
função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos
nº 9.527, de 10.12.97)
afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do
II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá
Lei nº 9.527, de 10.12.97) optar pela remuneração de um deles durante o respectivo
período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
III - manutenção da essência das atribuições do
10.12.97)
cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e
cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de
complexidade das atividades; (Incluído pela Lei
Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou
nº 9.527, de 10.12.97)
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva
habilitação profissional; (Incluído pela Lei nº substituição, que excederem o referido
9.527, de 10.12.97) período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as
finalidades institucionais do órgão ou Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares
entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de de unidades administrativas organizadas em nível de
10.12.97) assessoria.
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento TÍTULO III
de lotação e da força de trabalho às necessidades dos
Dos Direitos e Vantagens
serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou
criação de órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº CAPÍTULO I
9.527, de 10.12.97)
Do Vencimento e da Remuneração
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo
mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os
exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
órgãos e entidades da Administração Pública Federal
envolvidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo,
10.12.97) acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou
entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade § 1º A remuneração do servidor investido em função ou
no órgão ou entidade, o servidor estável que não for cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.
redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu
§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou
aproveitamento na forma dos arts. 30 e
entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração
31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei
de acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93.
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em
vantagens de caráter permanente, é irredutível.
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do
órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro § 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de
órgão ou entidade, até seu adequado atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou
aproveitamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens
10.12.97) de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de
trabalho.
CAPÍTULO IV

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§ 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de parceladas, a pedido do interessado. (Redação
2008 dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao
título de remuneração, importância superior à soma dos correspondente a dez por cento da remuneração, provento
valores percebidos como remuneração, em espécie, a ou pensão. (Redação dada pela Medida
qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e
§ 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês
Ministros do Supremo Tribunal Federal.
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as imediatamente, em uma única parcela. (Redação
vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61. dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 44. O servidor perderá: § 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem
sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles
motivo justificado; (Redação dada pela Lei nº
atualizados até a data da reposição. (Redação
9.527, de 10.12.97)
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for
atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de
demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou
que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese
disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
de compensação de horário, até o mês subsequente ao da
quitar o débito. (Redação dada pela Medida
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto
implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a
critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não
efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos
10.12.97) casos de prestação de alimentos resultante de decisão
judicial.
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial,
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou CAPÍTULO II
provento. (Vide Decreto nº 1.502, de
Das Vantagens
1995) (Vide Decreto nº 1.903, de
1996) (Vide Decreto nº 2.065, de 1996) Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor
as seguintes vantagens:
§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver
consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, I - indenizações;
a critério da administração e com reposição de custos, na
II - gratificações;
forma definida em regulamento. (Redação dada
pela Lei nº 13.172, de 2015) III - adicionais.
§ 2º O total de consignações facultativas de que trata o § § 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
1º não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da provento para qualquer efeito.
remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
exclusivamente para: (Redação dada pela Lei nº
vencimento ou provento, nos casos e condições indicados
13.172, de 2015)
em lei.
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas,
de crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de
nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
2015)
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão ou idêntico fundamento.
de crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)
Seção I
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas
Das Indenizações
até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao
servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

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I - ajuda de custo; Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em


caráter eventual ou transitório para outro ponto do território
II - diárias;
nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias
III - transporte. destinadas a indenizar as parcelas de despesas
extraordinária com pousada, alimentação e locomoção
IV - auxílio-moradia. (Incluído pela Lei nº
urbana, conforme dispuser em
11.355, de 2006)
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos de 10.12.97)
incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo
concessão, serão estabelecidos em
devida pela metade quando o deslocamento não exigir
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355,
pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio
de 2006)
diverso, as despesas extraordinárias cobertas por
Subseção I diárias. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Da Ajuda de Custo
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a
despesas de instalação do servidor que, no interesse do
diárias.
serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança
de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo § 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se
pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o deslocar dentro da mesma região metropolitana,
cônjuge ou companheiro que detenha também a condição aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por
de servidor, vier a ter exercício na mesma municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes,
10.12.97) cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e
servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se
§ 1º Correm por conta da administração as despesas de
houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias
transporte do servidor e de sua família, compreendendo
pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro
passagem, bagagem e bens pessoais.
do território nacional. (Incluído pela Lei nº
§ 2º À família do servidor que falecer na nova sede são 9.527, de 10.12.97)
assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da
origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
§ 3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede
art. 36. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento,
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto
do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não no caput.
podendo exceder a importância correspondente a 3
Subseção III
(três) meses.
Da Indenização de Transporte
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que
se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato
eletivo.
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não servidor que realizar despesas com a utilização de meio
sendo servidor da União, for nomeado para cargo em próprio de locomoção para a execução de serviços externos,
comissão, com mudança de domicílio. por força das atribuições próprias do cargo, conforme se
dispuser em regulamento.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art.
93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, Subseção IV
quando cabível.
Do Auxílio-Moradia
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das
sede no prazo de 30 (trinta) dias.
despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com
Subseção II aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês
Das Diárias

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após a comprovação da despesa pelo § 1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25%
servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de
Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se
atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela § 2º Independentemente do valor do cargo em comissão ou
Lei nº 11.355, de 2006) função comissionada, fica garantido a todos os que
preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo
1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela
servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Lei nº 11.784, de 2008
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de
funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de
imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de
2006)
imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário
Seção II
ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for
exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem Das Gratificações e Adicionais
averbação de construção, nos doze meses que antecederem
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas
a sua nomeação; (Incluído pela Lei nº 11.355, de
nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes
2006)
retribuições, gratificações e
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 10.12.97)
2006)
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para assessoramento; (Redação dada pela Lei
ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo- nº 9.527, de 10.12.97)
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6,
II - gratificação natalina;
de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou
equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de III - (Revogado)
2006)
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres,
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou perigosas ou penosas;
função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art.
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
58, § 3º, em relação ao local de residência ou domicílio do
servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) VI - adicional noturno;
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido VII - adicional de férias;
no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
cargo em comissão ou função de confiança,
desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro IX - gratificação por encargo de curso ou
desse período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
de 2006)
Subseção I
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia
de lotação ou nomeação para cargo
e Assessoramento
efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de
2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007)
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será
função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando
provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida
outro cargo em comissão relacionado no inciso
retribuição pelo seu exercício. (Redação dada
V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 60-C. (Revogado)
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art.
25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, 9º. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
função comissionada ou cargo de Ministro de Estado 10.12.97)
ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

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Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será
Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação da afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das
retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas
assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de atividades em local salubre e em serviço não penoso e não
Natureza Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei perigoso.
no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3º da Lei no 9.624,
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas,
de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida
de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
situações estabelecidas em legislação específica.
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos
somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração
servidores em exercício em zonas de fronteira ou em
dos servidores públicos federais. (Incluído pela
localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
termos, condições e limites fixados em regulamento.
Subseção II
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam
Da Gratificação Natalina com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob
controle permanente, de modo que as doses de radiação
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze legislação própria.
avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo
dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias
Subseção V
será considerada como mês integral.
Do Adicional por Serviço Extraordinário
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês
de dezembro de cada ano. Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora
Parágrafo único. (VETADO).
normal de trabalho.
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para
natalina, proporcionalmente aos meses de exercício,
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado
calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.
o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para
Subseção VI
cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Do Adicional Noturno
Subseção III
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário
Do Adicional por Tempo de Serviço
compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5
Art. 67. (Revogado) (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de
25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora
Subseção IV
como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o
Atividades Penosas
acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em remuneração prevista no art. 73.
locais insalubres ou em contato permanente com
Subseção VII
substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem
jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Do Adicional de Férias
§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao
e de periculosidade deverá optar por um deles. servidor, por ocasião das férias, um adicional
correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou
período das férias.
periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos
riscos que deram causa a sua concessão. Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de
direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de
comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo
servidores em operações ou locais considerados penosos,
do adicional de que trata este artigo.
insalubres ou perigosos.
Subseção VIII

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Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501,
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) de 2007)
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso § 2º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
é devida ao servidor que, em caráter somente será paga se as atividades referidas nos incisos
eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das
2006) (Regulamento) atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo
ser objeto de compensação de carga horária quando
I - atuar como instrutor em curso de formação, de
desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do
desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído
§ 4º do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº
no âmbito da administração pública
11.314 de 2006)
federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não
II - participar de banca examinadora ou de comissão para
se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para
exames orais, para análise curricular, para correção de
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de
provas discursivas, para elaboração de questões de provas
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins
ou para julgamento de recursos intentados por
de cálculo dos proventos da aposentadoria e das
candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de
pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
2006)
CAPÍTULO III
III - participar da logística de preparação e de realização de
concurso público envolvendo atividades de planejamento, Das Férias
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas
ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de
atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº
necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que
11.314 de 2006)
haja legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525,
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão
essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de
exigidos 12 (doze) meses de exercício.
2006)
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao
§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de
serviço.
que trata este artigo serão fixados em regulamento,
observados os seguintes parâmetros: (Incluído § 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas,
pela Lei nº 11.314 de 2006) desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da
administração pública. (Incluído pela Lei nº
I - o valor da gratificação será calculado em horas,
9.525, de 10.12.97)
observadas a natureza e a complexidade da atividade
exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será
2006) efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo
período, observando-se o disposto no § 1º deste
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a
artigo. (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
situação de excepcionalidade, devidamente justificada e § 1º (Revogado)
previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou
§ 2º (Revogado)
entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120
(cento e vinte) horas de trabalho § 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em
anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) comissão, perceberá indenização relativa ao período das
férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos
um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração
seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento
superior a quatorze dias. (Incluído pela Lei nº
básico da administração pública
8.216, de 13.8.91)
federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se
do mês em que for publicado o ato
tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput
exoneratório. (Incluído pela Lei nº 8.216, de
deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501,
13.8.91)
de 2007)
§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se
adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput

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Federal quando da utilização do primeiro mediante comprovação por perícia médica oficial. (Redação
período. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta
com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias do servidor for indispensável e não puder ser prestada
consecutivos de férias, por semestre de atividade simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação. compensação de horário, na forma do disposto no inciso II
do art. 44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por
10.12.97)
motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação
para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do § 2º A licença de que trata o caput, incluídas as
serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze
entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de meses nas seguintes condições: (Redação dada
10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997) pela Lei nº 12.269, de 2010)
Parágrafo único. O restante do período interrompido será I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a
gozado de uma só vez, observado o disposto no art. remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº
77. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 12.269, de 2010)
CAPÍTULO IV II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem
remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de
Das Licenças
2010)
Seção I
§ 3º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado
Disposições Gerais a partir da data do deferimento da primeira licença
concedida. (Incluído pela Lei nº 12.269, de
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
2010)
I - por motivo de doença em pessoa da família;
§ 4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações,
concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses,
III - para o serviço militar;
observado o disposto no § 3º, não poderá ultrapassar os
IV - para atividade política; limites estabelecidos nos incisos I e II do §
2º. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97) Seção III
VI - para tratar de interesses particulares; Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
VII - para desempenho de mandato classista. Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado
§ 1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem
para outro ponto do território nacional, para o exterior ou
como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
exame por perícia médica oficial, observado o disposto no
Legislativo.
art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
11.907, de 2009) § 1º A licença será por prazo indeterminado e sem
remuneração.
§ 2º (Revogado)
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou
§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante
companheiro também seja servidor público, civil ou militar,
o período da licença prevista no inciso I deste artigo.
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório
término de outra da mesma espécie será considerada como em órgão ou entidade da Administração Federal direta,
prorrogação. autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de
atividade compatível com o seu cargo. (Redação
Seção II
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Seção IV
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo
de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, Da Licença para o Serviço Militar
do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva
a suas expensas e conste do seu assentamento funcional,

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Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será remuneração. (Redação dada pela Medida
concedida licença, na forma e condições previstas na Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
legislação específica.
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do
até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o serviço. (Redação dada pela Medida Provisória
exercício do cargo. nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção V Seção VIII
Da Licença para Atividade Política Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem
durante o período que mediar entre a sua escolha em remuneração para o desempenho de mandato em
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a confederação, federação, associação de classe de âmbito
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade
Eleitoral. fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de
gerência ou administração em sociedade cooperativa
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde
constituída por servidores públicos para prestar serviços a
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção,
seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso
chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele
VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento
será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua
e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº
candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia
11.094, de 2005)
seguinte ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2
(dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº
§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia
12.998, de 2014)
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença,
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta
período de três meses. (Redação dada pela Lei nº mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação
9.527, de 10.12.97) dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
Seção VI III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil)
associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela
Da Licença para Capacitação
Lei nº 12.998, de 2014)
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos
Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o
para cargos de direção ou de representação nas referidas
servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se
entidades, desde que cadastradas no órgão
do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
competente. (Redação dada pela Lei nº 12.998,
remuneração, por até três meses, para participar de curso de
de 2014)
capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de § 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
2006) renovada, no caso de reeleição. (Redação dada
pela Lei nº 12.998, de 2014)
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata
o caput não são acumuláveis. (Redação dada CAPÍTULO V
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Dos Afastamentos
Art. 88. (Revogado) Seção I
Art. 90. (Revogado) Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
Art. 90. (VETADO). Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em
Seção VII outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados,
ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493,
ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja de 3.12.2002) (Vide Decreto nº 5.213, de
em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos 2004) (Vide Decreto nº 9.144, de 2017)
particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem I - para exercício de cargo em comissão ou função de
confiança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

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II - em casos previstos em leis específicas. (Redação I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital,
dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) ficará afastado do cargo;
§ 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou
III - investido no mandato de vereador:
entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos
demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as
de 17.12.91) vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo;
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou
sociedade de economia mista, nos termos das respectivas b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do
normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da
§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor
retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária
contribuirá para a seguridade social como se em exercício
efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou
estivesse.
entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº
11.355, de 2006) § 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista
não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para
§ 3º A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário
localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº
8.270, de 17.12.91) Seção III
§ 4º Mediante autorização expressa do Presidente da Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
República, o servidor do Poder Executivo poderá ter
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para
exercício em outro órgão da Administração Federal direta
estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da
que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim
República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e
determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº
Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Vide
8.270, de 17.12.91)
Decreto nº 1.387, de 1995)
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou
§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a
servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e
missão ou estudo, somente decorrido igual período, será
2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº
permitida nova ausência.
10.470, de 25.6.2002)
§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de
será concedida exoneração ou licença para tratar de
sociedade de economia mista, que receba recursos de
interesse particular antes de decorrido período igual ao do
Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha
afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
de pagamento de pessoal, independem das disposições
despesa havida com seu afastamento.
contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o
exercício do empregado cedido condicionado a autorização § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da
específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e carreira diplomática.
Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão
§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de
ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº
que trata este artigo, inclusive no que se refere à
10.470, de 25.6.2002)
remuneração do servidor, serão disciplinadas em
§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, regulamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
com a finalidade de promover a composição da força de 10.12.97)
trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em
Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de
organismo internacional de que o Brasil participe ou com o
empregado ou servidor, independentemente da observância
qual coopere dar-se-á com perda total da
do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste
remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)
artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de
25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005) Seção IV
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Seção II
Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Graduação Stricto Sensu no País
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração,
se as seguintes disposições:
e desde que a participação não possa ocorrer

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simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante desta Lei, o disposto nos §§ 1º a 6º deste
compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em
CAPÍTULO VI
programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de
ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº Das Concessões
11.907, de 2009)
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-
§ 1º Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, se do serviço: (Redação dada pela Medida
em conformidade com a legislação vigente, os programas de provisória nº 632, de 2013)
capacitação e os critérios para participação em programas de
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
pós-graduação no País, com ou sem afastamento do
servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para II - pelo período comprovadamente necessário para
este fim. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em
qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada
§ 2º Os afastamentos para realização de programas de
pela Lei nº 12.998, de 2014)
mestrado e doutorado somente serão concedidos aos
servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4
a) casamento;
(quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio
probatório, que não tenham se afastado por licença para b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou
tratar de assuntos particulares para gozo de licença padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e
capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) irmãos.
anos anteriores à data da solicitação de
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor
afastamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o
2009)
horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício
§ 3º Os afastamentos para realização de programas de pós- do cargo.
doutorado somente serão concedidos aos servidores
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a
titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver
há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio
exercício, respeitada a duração semanal do
probatório, e que não tenham se afastado por licença para
trabalho. (Parágrafo renumerado e alterado
tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de
afastamento. (Redação dada pela Lei nº § 2º Também será concedido horário especial ao servidor
12.269, de 2010) portador de deficiência, quando comprovada a necessidade
por junta médica oficial, independentemente de
§ 4º Os servidores beneficiados pelos afastamentos
compensação de horário. (Incluído pela Lei nº
previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo terão que
9.527, de 10.12.97)
permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno
por um período igual ao do afastamento § 3º As disposições constantes do § 2º são extensivas ao
concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com
deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.370,
§ 5º Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo
de 2016)
ou aposentadoria, antes de cumprido o período de
permanência previsto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir § 4º Será igualmente concedido horário especial, vinculado à
o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1
11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista
aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta
11.907, de 2009) Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no
justificou seu afastamento no período previsto, aplica-se o interesse da administração é assegurada, na localidade da
disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição
de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente de ensino congênere, em qualquer época,
máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei independentemente de vaga.
nº 11.907, de 2009) Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao
§ 7º Aplica-se à participação em programa de pós- cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor
graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob
sua guarda, com autorização judicial.

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CAPÍTULO VII f) por convocação para o serviço militar;


Do Tempo de Serviço IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço X - participação em competição desportiva nacional ou
público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas. convocação para integrar representação desportiva
nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias,
específica;
que serão convertidos em anos, considerado o ano como de
trezentos e sessenta e cinco dias. XI - afastamento para servir em organismo internacional de
que o Brasil participe ou com o qual
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97,
coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
são considerados como de efetivo exercício os afastamentos
em virtude de: (Vide Decreto nº 5.707, de 2006) Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e
disponibilidade:
I - férias;
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados,
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão
Municípios e Distrito Federal;
ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios
e Distrito Federal; II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família
do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias
III - exercício de cargo ou função de governo ou
em período de 12 (doze) meses. (Redação dada
administração, em qualquer parte do território nacional, por
pela Lei nº 12.269, de 2010)
nomeação do Presidente da República;
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º;
IV - participação em programa de treinamento regularmente
instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato
no País, conforme dispuser o eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao
regulamento; (Redação dada pela Lei nº ingresso no serviço público federal;
11.907, de 2009) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, Previdência Social;
municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
merecimento;
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o do art. 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
afastamento, conforme dispuser o 10.12.97)
regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527,
§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será
de 10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
contado apenas para nova aposentadoria.
VIII - licença:
§ 2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às
a) à gestante, à adotante e à paternidade; Forças Armadas em operações de guerra.
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e § 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço
quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou
público prestado à União, em cargo de provimento função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado,
efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública,
10.12.97) sociedade de economia mista e empresa pública.
c) para o desempenho de mandato classista ou participação CAPÍTULO VIII
de gerência ou administração em sociedade cooperativa
Do Direito de Petição
constituída por servidores para prestar serviços a seus
membros, exceto para efeito de promoção por Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos
merecimento; (Redação dada pela Lei nº Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.
11.094, de 2005)
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio
daquela a que estiver imediatamente subordinado o
e) para capacitação, conforme dispuser o
requerente.
regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não

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podendo ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos
2010) estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de TÍTULO IV
reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão
Do Regime Disciplinar
ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos
dentro de 30 (trinta) dias. CAPÍTULO I
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de Dos Deveres
2010)
Art. 116. São deveres do servidor:
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente
II - ser leal às instituições a que servir;
interpostos.
III - observar as normas legais e regulamentares;
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais manifestamente ilegais;
autoridades.
V - atender com presteza:
§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
ressalvadas as protegidas por sigilo;
requerente.
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar
da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando
suspensivo, a juízo da autoridade competente. houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de
outra autoridade competente para
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de
apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de
reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão
2011)
retroagirão à data do ato impugnado.
VII - zelar pela economia do material e a conservação do
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
patrimônio público;
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que
afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das IX - manter conduta compatível com a moralidade
relações de trabalho; administrativa;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo X - ser assíduo e pontual ao serviço;
quando outro prazo for fixado em lei.
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo
poder.
interessado, quando o ato não for publicado.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando
será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela
cabíveis, interrompem a prescrição.
autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser assegurando-se ao representando ampla defesa.
relevada pela administração.
CAPÍTULO II
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada
Das Proibições
vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor
ou a procurador por ele constituído. Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer
tempo, quando eivados de ilegalidade. I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;

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II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de
qualquer documento ou objeto da repartição; 2008
III - recusar fé a documentos públicos; II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre
IV - opor resistência injustificada ao andamento de
conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784,
documento e processo ou execução de serviço;
de 2008
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no
CAPÍTULO III
recinto da repartição;
Da Acumulação
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é
responsabilidade ou de seu subordinado; vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se § 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos
a associação profissional ou sindical, ou a partido político; e funções em autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo
grau civil; § 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica
condicionada à comprovação da compatibilidade de
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
horários.
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de
X - participar de gerência ou administração de sociedade
vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
privada, personificada ou não personificada, exercer o
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
decorram essas remunerações forem acumuláveis na
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784,
atividade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
de 2008
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº
grau, e de cônjuge ou companheiro;
9.527, de 10.12.97)
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
remuneração devida pela participação em conselhos de
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de
estrangeiro; economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como
quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
indiretamente, detenha participação no capital social,
XV - proceder de forma desidiosa; observado o que, a respeito, dispuser legislação
específica. (Redação dada pela Medida
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
serviços ou atividades particulares;
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de
transitórias;
ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis compatibilidade de horário e local com o exercício de um
com o exercício do cargo ou função e com o horário de deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou
trabalho; entidades envolvidos. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de CAPÍTULO IV
10.12.97) Das Responsabilidades
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de Art. 121. O servidor responde civil, penal e
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou administrativamente pelo exercício irregular de suas
indiretamente, participação no capital social ou em atribuições.
sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a

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Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos
comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII
erário ou a terceiros. e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna, que não justifique
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao
imposição de penalidade mais grave. (Redação
erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46,
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
na falta de outros bens que assegurem a execução do débito
pela via judicial. Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência
das faltas punidas com advertência e de violação das demais
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o
sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido
da herança recebida.
a inspeção médica determinada pela autoridade
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. cumprida a determinação.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de § 2º Quando houver conveniência para o serviço, a
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa,
cargo ou função. na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento
ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão
em serviço.
cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será
terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e
afastada no caso de absolvição criminal que negue a
5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
existência do fato ou sua autoria.
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado disciplinar.
civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá
autoridade superior ou, quando houver suspeita de
efeitos retroativos.
envolvimento desta, a outra autoridade competente para
apuração de informação concernente à prática de crimes ou Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em
I - crime contra a administração pública;
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função
pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011) II - abandono de cargo;
CAPÍTULO V III - inassiduidade habitual;
Das Penalidades IV - improbidade administrativa;
Art. 127. São penalidades disciplinares: V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição;
I - advertência;
VI - insubordinação grave em serviço;
II - suspensão;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo
III - demissão;
em legítima defesa própria ou de outrem;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
V - destituição de cargo em comissão;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do
VI - destituição de função comissionada. cargo;
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que nacional;
dela provierem para o serviço público, as circunstâncias
XI - corrupção;
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
públicas;
mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
disciplinar. (Incluído pela Lei nº 9.527, de XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
10.12.97)

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Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que 10.12.97)
se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé,
sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo
aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de
improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na
aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos,
hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a
empregos ou funções públicas em regime de acumulação
sua apuração e regularização imediata, cujo processo
ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação
administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes
serão comunicados. (Incluído pela Lei nº 9.527,
fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
de 10.12.97)
10.12.97)
§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta
comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e
dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da
comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias,
transgressão objeto da apuração; (Incluído pela
quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições
relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável,
10.12.97)
subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta
III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
10.12.97)
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível
pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela com a demissão.
descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por
situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de
não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de
vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
do correspondente regime jurídico. (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este
artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será
§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do
convertida em destituição de cargo em comissão.
ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão
transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,
bem como promoverá a citação pessoal do servidor nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a
indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem
prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando- prejuízo da ação penal cabível.
se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,
nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº
por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o
9.527, de 10.12.97)
ex-servidor para nova investidura em cargo público federal,
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório pelo prazo de 5 (cinco) anos.
conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo
opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará
em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X
o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à
e XI.
autoridade instauradora, para
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência
10.12.97) intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias
consecutivos.
§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao
aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) interpoladamente, durante o período de doze meses.
§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou
defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se inassiduidade habitual, também será adotado o
converterá automaticamente em pedido de exoneração do procedimento sumário a que se refere o art. 133,

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observando-se especialmente que: (Redação § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo


dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
proferida por autoridade competente.
I-a indicação da materialidade dar-se-
á: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará
a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa
do período de ausência intencional do servidor ao serviço TÍTULO V
superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527,
Do Processo Administrativo Disciplinar
de 10.12.97)
CAPÍTULO I
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias
de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual Disposições Gerais
ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
período de doze meses; (Incluído pela Lei nº
serviço público é obrigada a promover a sua apuração
9.527, de 10.12.97)
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
relatório conclusivo quanto à inocência ou à
§ 1º (Revogado)
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças
principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, § 2º (Revogado)
opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a
§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da
intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias
autoridade a que se refere, poderá ser promovida por
e remeterá o processo à autoridade instauradora para
autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência
10.12.97)
específica para tal finalidade, delegada em caráter
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: permanente ou temporário pelo Presidente da República,
pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no
do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas
Procurador-Geral da República, quando se tratar de
as competências para o julgamento que se seguir à
demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de
apuração. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
10.12.97)
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de
imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso
apuração, desde que contenham a identificação e o
anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
(trinta) dias;
confirmada a autenticidade.
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
arquivada, por falta de objeto.
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando
Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
se tratar de destituição de cargo em comissão.
I - arquivamento do processo;
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
até 30 (trinta) dias;
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão; III - instauração de processo disciplinar.
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
período, a critério da autoridade superior.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor
o fato se tornou conhecido.
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam- 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
se às infrações disciplinares capituladas também como disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
crime. obrigatória a instauração de processo disciplinar.

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CAPÍTULO II prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o


exigirem.
Do Afastamento Preventivo
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor
integral aos seus trabalhos, ficando seus membros
não venha a influir na apuração da irregularidade,
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
a autoridade instauradora do processo disciplinar
poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, § 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que
pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da deverão detalhar as deliberações adotadas.
remuneração.
Seção I
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por
Do Inquérito
igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que
não concluído o processo. Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio
do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com
CAPÍTULO III
a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Do Processo Disciplinar
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a disciplinar, como peça informativa da instrução.
apurar responsabilidade de servidor por infração praticada
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância
no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
as atribuições do cargo em que se encontre investido.
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por Ministério Público, independentemente da imediata
comissão composta de três servidores estáveis designados instauração do processo disciplinar.
pela autoridade competente, observado o disposto no
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
§ 3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente,
tomada de depoimentos, acareações, investigações e
que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de
diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de
ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
de 10.12.97)
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar
§ 1º A Comissão terá como secretário servidor designado o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador,
pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
seus membros. contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de pericial.
inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, § 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou
terceiro grau. de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com § 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo comprovação do fato independer de conhecimento especial
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da de perito.
administração.
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a
terão caráter reservado. segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes autos.
fases: Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
comissão; chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e
hora marcados para inquirição.
II - inquérito administrativo, que compreende instrução,
defesa e relatório; Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido
a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
III - julgamento.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar
não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de § 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.

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Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo
comissão promoverá o interrogatório do acusado, superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será
ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório
declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e
acareação entre eles. mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
convicção.
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, § 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, ou à responsabilidade do servidor.
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a
presidente da comissão.
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou
acusado, a comissão proporá à autoridade competente que atenuantes.
ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da
participe pelo menos um médico psiquiatra.
comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será instauração, para julgamento.
processado em auto apartado e apenso ao processo
Seção II
principal, após a expedição do laudo pericial.
Do Julgamento
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do
imputados e das respectivas provas. recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a
sua decisão.
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo
presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no § 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da
prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo autoridade instauradora do processo, este será
na repartição. encaminhado à autoridade competente, que decidirá em
igual prazo.
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum
e de 20 (vinte) dias. § 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
a imposição da pena mais grave.
para diligências reputadas indispensáveis.
§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na
aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às
cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
autoridades de que trata o inciso I do art. 141.
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que
fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas. § 4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a
autoridade instauradora do processo determinará o seu
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos
a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.
autos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão,
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da
salvo quando contrário às provas dos autos.
União e em jornal de grande circulação na localidade do
último domicílio conhecido, para apresentar defesa. Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar
as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação
ou isentar o servidor de responsabilidade.
do edital.
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que,
autoridade que determinou a instauração do processo ou
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de
processo e devolverá o prazo para a defesa. outra comissão para instauração de novo
processo. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade
10.12.97)
instauradora do processo designará um servidor como

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§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade
do processo. competente providenciará a constituição de comissão, na
forma do art. 149.
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de
que trata o art. 142, § 2º, será responsabilizada na forma do Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo
Capítulo IV do Título IV. originário.
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e
autoridade julgadora determinará o registro do fato nos hora para a produção de provas e inquirição das
assentamentos individuais do servidor. testemunhas que arrolar.
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a
o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público conclusão dos trabalhos.
para instauração da ação penal, ficando trasladado na
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no
repartição.
que couber, as normas e procedimentos próprios da
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só comissão do processo disciplinar.
poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
voluntariamente, após a conclusão do processo e o
penalidade, nos termos do art. 141.
cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte)
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o
dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual
parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em
a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
demissão, se for o caso.
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da direitos do servidor, exceto em relação à destituição do
sede de sua repartição, na condição de testemunha, cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
denunciado ou indiciado;
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando agravamento de penalidade.
obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a
TÍTULO VI
realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
Da Seguridade Social do Servidor
Seção III
CAPÍTULO I
Da Revisão do Processo
Disposições Gerais
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de o servidor e sua família.
justificar a inocência do punido ou a inadequação da
§ 1º O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja,
penalidade aplicada.
simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento administração pública direta, autárquica e fundacional não
do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social,
revisão do processo. com exceção da assistência à saúde. (Redação
dada pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
será requerida pelo respectivo curador. § 2º O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem
direito à remuneração, inclusive para servir em organismo
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou
requerente.
com o qual coopere, ainda que contribua para regime de
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo
constitui fundamento para a revisão, que requer elementos com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor
novos, ainda não apreciados no processo originário. Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes
assistindo, neste período, os benefícios do mencionado
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será
regime de previdência. (Incluído pela Lei nº
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente,
10.667, de 14.5.2003)
que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao
dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo § 3º Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem
disciplinar. remuneração a manutenção da vinculação ao regime do

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Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189
recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo e 224.
percentual devido pelos servidores em atividade, incidente
§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por
sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício
fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total
de suas atribuições, computando-se, para esse efeito,
auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.
inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído pela Lei
nº 10.667, de 14.5.2003) CAPÍTULO II
§ 4º O recolhimento de que trata o § 3º deve ser efetuado Dos Benefícios
até o segundo dia útil após a data do pagamento das
Seção I
remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os
procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais Da Aposentadoria
quando não recolhidas na data de
Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40
vencimento. (Incluído pela Lei nº 10.667, de
da Constituição)
14.5.2003)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura
quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
compreende um conjunto de benefícios e ações que
especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;
atendam às seguintes finalidades:
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença,
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade,
falecimento e reclusão; III - voluntariamente:
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30
(trinta) se mulher, com proventos integrais;
III - assistência à saúde.
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos
magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora,
e condições definidos em regulamento, observadas as
com proventos integrais;
disposições desta Lei.
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do
e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse
servidor compreendem:
tempo;
I - quanto ao servidor:
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos
a) aposentadoria; 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço.
b) auxílio-natalidade;
§ 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou
c) salário-família;
incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose
d) licença para tratamento de saúde; ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público,
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
f) licença por acidente em serviço; paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal
g) assistência à saúde;
de Paget (osteíte deformante), Síndrome de
h) garantia de condições individuais e ambientais de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar,
trabalho satisfatórias; com base na medicina especializada.
II - quanto ao dependente: § 2º Nos casos de exercício de atividades consideradas
insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas
a) pensão vitalícia e temporária;
no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e "c",
b) auxílio-funeral; observará o disposto em lei específica.
c) auxílio-reclusão; § 3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à
junta médica oficial, que atestará a invalidez quando
d) assistência à saúde.
caracterizada a incapacidade para o desempenho das
§ 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o
mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram

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disposto no art. 24. (Incluído pela Lei nº 9.527, de Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação
10.12.97) natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor
equivalente ao respectivo provento, deduzido o
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e
adiantamento recebido.
declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato
àquele em que o servidor atingir a idade-limite de Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente
permanência no serviço ativo. participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez
1967, será concedida aposentadoria com provento integral,
vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença
Seção II
para tratamento de saúde, por período não excedente a 24
(vinte e quatro) meses. Do Auxílio-Natalidade
§ 2º Expirado o período de licença e não estando em Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por
condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao
servidor será aposentado. menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de
natimorto.
§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da
licença e a publicação do ato da aposentadoria será § 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de
considerado como de prorrogação da licença. 50% (cinquenta por cento), por nascituro.
§ 4º Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, serão § 2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro
consideradas apenas as licenças motivadas pela servidor público, quando a parturiente não for servidora.
enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças
Seção III
correlacionadas. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
2009) Do Salário-Família
§ 5º A critério da Administração, o servidor em licença para Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao
tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser inativo, por dependente econômico.
convocado a qualquer momento, para avaliação das
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos
condições que ensejaram o afastamento ou a
para efeito de percepção do salário-família:
aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
2009) I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os
enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante,
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com
até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer
observância do disposto no § 3º do art. 41, e revisto na
idade;
mesma data e proporção, sempre que se modificar a
remuneração dos servidores em atividade. II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante
autorização judicial, viver na companhia e às expensas do
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer
servidor, ou do inativo;
benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de III - a mãe e o pai sem economia própria.
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que
Art. 198. Não se configura a dependência econômica
se deu a aposentadoria.
quando o beneficiário do salário-família perceber
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte,
ao tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor
especificadas no § 1º do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, igual ou superior ao salário-mínimo.
for considerado inválido por junta médica oficial passará a
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e
perceber provento integral, calculado com base no
viverem em comum, o salário-família será pago a um deles;
fundamento legal de concessão da
quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a
aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907,
distribuição dos dependentes.
de 2009)
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o
madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos
provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração
incapazes.
da atividade.
Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer
Art. 192. (Revogado)
tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição,
Art. 193. (Revogado) inclusive para a Previdência Social.

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Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos
remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do periódicos, nos termos e condições definidos em
salário-família. regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
2009) (Regulamento).
Seção IV
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a União
Da Licença para Tratamento de Saúde
e suas entidades autárquicas e fundacionais
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para poderão: (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em
I - prestar os exames médicos periódicos diretamente pelo
perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será servidor; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
concedida com base em perícia
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou
oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de
parceria com os órgãos e entidades da administração direta,
2009)
suas autarquias e fundações; (Incluído pela Lei nº
§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será 12.998, de 2014)
realizada na residência do servidor ou no estabelecimento
III - celebrar convênios com operadoras de plano de
hospitalar onde se encontrar internado.
assistência à saúde, organizadas na modalidade de
§ 2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde autogestão, que possuam autorização de funcionamento do
se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o órgão regulador, na forma do art. 230; ou (Incluído
servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos pela Lei nº 12.998, de 2014)
parágrafos do art. 230, será aceito atestado passado por
IV - prestar os exames médicos periódicos mediante contrato
médico particular. (Redação dada pela Lei nº
administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666, de 21
9.527, de 10.12.97)
de junho de 1993, e demais normas
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o atestado somente pertinentes. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade de
Seção V
recursos humanos do órgão ou
entidade. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-
2009) Paternidade
§ 4º A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por
dias no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
de afastamento será concedida mediante avaliação por junta remuneração. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008)
médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907,
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês
de 2009)
de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
§ 5º A perícia oficial para concessão da licença de que trata
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início
o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia
a partir do parto.
oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-
dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo de § 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do
atuação da odontologia. (Incluído pela Lei nº evento, a servidora será submetida a exame médico, e se
11.907, de 2009) julgada apta, reassumirá o exercício.
Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 § 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a
(quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso
de perícia oficial, na forma definida em remunerado.
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.907,
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor
de 2009)
terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se consecutivos.
referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis
tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença
meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada
profissional ou qualquer das doenças especificadas no art.
de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser
186, § 1º.
parcelada em dois períodos de meia hora.
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial
orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.
de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90

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(noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
nº 6.691, de 2008) 2015)
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que 2015)
trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de
Seção VI fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida
judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 13.135,
Da Licença por Acidente em Serviço
de 2015)
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o
a) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
servidor acidentado em serviço.
2015)
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou
b) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou
2015)
imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
c) Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o
2015)
dano:
d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135,
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo
de 2015)
servidor no exercício do cargo;
III - o companheiro ou companheira que comprove união
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-
estável como entidade familiar; (Incluído pela Lei nº
versa.
13.135, de 2015)
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos
tratamento especializado poderá ser tratado em instituição
seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.135,
privada, à conta de recursos públicos.
de 2015)
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Incluído
médica oficial constitui medida de exceção e somente será
pela Lei nº 13.135, de 2015)
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados
em instituição pública. b) seja inválido; (Incluído pela Lei nº 13.135, de
2015)
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez)
dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. c) tenha deficiência grave; ou (Redação dada pela
Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)
Seção VII
d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do
Da Pensão
regulamento; (Incluído pela Lei nº 13.135, de
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes, nas 2015)
hipóteses legais, fazem jus à pensão a partir da data de óbito,
V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica
observado o limite estabelecido no inciso XI do caput do art.
do servidor; e (Incluído pela Lei nº 13.135, de
37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei no 10.887, de
2015)
18 de junho de 2004. (Redação dada pela Lei nº
13.135, de 2015) VI - o irmão de qualquer condição que comprove
dependência econômica do servidor e atenda a um dos
Art. 216. (Revogado)
requisitos previstos no inciso IV. (Incluído pela Lei
Art. 217. São beneficiários das pensões: nº 13.135, de 2015)
I - o cônjuge; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de § 1º A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam
2015) os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos nos
incisos V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
a) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
2015)
2015)
§ 2º A concessão de pensão aos beneficiários de que trata o
b) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
inciso V do caput exclui o beneficiário referido no inciso
2015)
VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
c) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
§ 3º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho
2015)
mediante declaração do servidor e desde que comprovada
dependência econômica, na forma estabelecida em

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regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após
2015) a concessão da pensão ao cônjuge;
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário
o seu valor será distribuído em partes iguais entre os inválido, o afastamento da deficiência, em se tratando de
beneficiários habilitados. (Redação dada pela Lei beneficiário com deficiência, ou o levantamento da
nº 13.135, de 2015) interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência
intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135,
incapaz, respeitados os períodos mínimos decorrentes da
de 2015)
aplicação das alíneas “a” e “b” do inciso
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, VII; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
de 2015)
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
de 2015) 2015)
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais
VI - a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei
de 5 (cinco) anos.
nº 13.135, de 2015)
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a
posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de
III do caput do art. 217: (Incluído pela Lei nº
beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a
13.135, de 2015)
partir da data em que for oferecida.
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que
Art. 220. Perde o direito à pensão por
o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais
morte: (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do
prática de crime de que tenha dolosamente resultado a servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
morte do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de
2015)
acordo com a idade do pensionista na data de óbito do
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições
comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do
casamento ou na união estável, ou a formalização desses casamento ou da união estável: (Incluído pela Lei
com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, nº 13.135, de 2015)
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de
direito ao contraditório e à ampla defesa. (Incluído
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
pela Lei nº 13.135, de 2015)
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte
de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
presumida do servidor, nos seguintes casos:
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove)
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária
anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de
competente;
2015)
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de
ou acidente não caracterizado como em serviço;
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta
cargo ou em missão de segurança.
e três) anos de idade; (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em 13.135, de 2015)
vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco)
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de
anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento
idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
do servidor, hipótese em que o benefício será
automaticamente cancelado. § 1º A critério da administração, o beneficiário de pensão
cuja preservação seja motivada por invalidez, por
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a
I - o seu falecimento; qualquer momento para avaliação das referidas
condições. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

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§ 2º Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no § 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito)
inciso III ou os prazos previstos na alínea “b” do inciso VII, horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da
ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de acidente família que houver custeado o funeral.
de qualquer natureza ou de doença profissional ou do
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será
trabalho, independentemente do recolhimento de 18
indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
(dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2
(dois) anos de casamento ou de união Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço
estável. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas
de transporte do corpo correrão à conta de recursos da
§ 3º Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde
União, autarquia ou fundação pública.
que nesse período se verifique o incremento mínimo de um
ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, Seção IX
correspondente à expectativa de sobrevida da população
Do Auxílio-Reclusão
brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números
inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “b” do Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-
inciso VII do caput, em ato do Ministro de Estado do reclusão, nos seguintes valores:
Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o acréscimo na
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo
comparação com as idades anteriores ao referido
de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela
incremento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de
autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;
2015)
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em
§ 4º O tempo de contribuição a Regime Próprio de
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que
Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de Previdência
não determine a perda de cargo.
Social (RGPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito)
contribuições mensais referidas nas alíneas “a” e “b” do § 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor
inciso VII do caput. (Incluído pela Lei nº 13.135, de terá direito à integralização da remuneração, desde que
2015) absolvido.
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a § 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia
respectiva cota reverterá para os imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade,
cobeneficiários. (Redação dada pela Lei nº 13.135, ainda que condicional.
de 2015)
§ 3º Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, será devido, nas mesmas condições da pensão por morte,
de 2015) aos dependentes do segurado recolhido à
prisão. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135,
de 2015) CAPÍTULO III
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na Da Assistência à Saúde
mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo,
vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no
e de sua família compreende assistência médica, hospitalar,
parágrafo único do art. 189.
odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a básica o implemento de ações preventivas voltadas para a
percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Único de
cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2 Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual
(duas) pensões. (Redação dada pela Lei nº estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou
13.135, de 2015) contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante
ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor,
Seção VIII
ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com
Do Auxílio-Funeral planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma
estabelecida em regulamento. (Redação dada pela
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor
Lei nº 11.302 de 2006)
falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a
um mês da remuneração ou provento. § 1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida
perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência de
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será
médico ou junta médica oficial, para a sua realização o órgão
pago somente em razão do cargo de maior remuneração.
ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com
§ 2º (VETADO). unidades de atendimento do sistema público de saúde,

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entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, Art. 232. (Revogado)
ou com o Instituto Nacional do Seguro Social -
Art. 233. (Revogado)
INSS. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 234. (Revogado)
§ 2º Na impossibilidade, devidamente justificada, da
aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou Art. 235. (Revogado)
entidade promoverá a contratação da prestação de serviços
TÍTULO VIII
por pessoa jurídica, que constituirá junta médica
especificamente para esses fins, indicando os nomes e CAPÍTULO ÚNICO
especialidades dos seus integrantes, com a comprovação de
Das Disposições Gerais
suas habilitações e de que não estejam respondendo a
processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte
profissão. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) e oito de outubro.
§ 3º Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes
União e suas entidades autárquicas e fundacionais Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos
autorizadas a: (Incluído pela Lei nº 11.302 de funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos
2006) de carreira:
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou
serviços de assistência à saúde para os seus servidores ou trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a
empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como redução dos custos operacionais;
para seus respectivos grupos familiares definidos, com
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito,
entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de
condecoração e elogio.
instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e
publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em
autorização de funcionamento do órgão regulador, sendo dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o
certo que os convênios celebrados depois dessa data do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil
somente poderão sê-lo na forma da regulamentação seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja
específica sobre patrocínio de autogestões, a ser publicada expediente.
pelo mesmo órgão regulador, no prazo de 180 (cento e
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção
oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas também
filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de
aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida
2006; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666,
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos
de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros
da Constituição Federal, o direito à livre
privados de assistência à saúde que possuam autorização de
associação sindical e os seguintes direitos, entre outros,
funcionamento do órgão regulador; (Incluído pela Lei nº
dela decorrentes:
11.302 de 2006)
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como
III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
substituto processual;
§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após
§ 5º O valor do ressarcimento fica limitado ao total o final do mandato, exceto se a pedido;
despendido pelo servidor ou pensionista civil com plano ou c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical
seguro privado de assistência à saúde. (Incluído
a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições
pela Lei nº 11.302 de 2006)
definidas em assembleia geral da categoria.
CAPÍTULO IV
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do
Do Custeio cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas
expensas e constem do seu assentamento individual.
Art. 231. (Revogado)
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou
TÍTULO VII
companheiro, que comprove união estável como entidade
CAPÍTULO ÚNICO familiar.
Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o
Público município onde a repartição estiver instalada e onde o
servidor tiver exercício, em caráter permanente.

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TÍTULO IX quando considerados desnecessários. (Incluído


pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos
Das Disposições Transitórias e Finais
aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transformados
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por em anuênio.
esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei
dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das autarquias,
nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas,
transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma
regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de
prevista nos arts. 87 a 90.
1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou
pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada Art. 246. (VETADO).
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei,
contratados por prazo determinado, cujos contratos não
haverá ajuste de contas com a Previdência Social,
poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de
correspondente ao período de contribuição por parte dos
prorrogação.
servidores celetistas abrangidos pelo art.
§ 1º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no 243. (Redação dada pela Lei nº 8.162, de 8.1.91)
regime instituído por esta Lei ficam transformados em
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência
cargos, na data de sua publicação.
desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade de
§ 2º As funções de confiança exercidas por pessoas não origem do servidor.
integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1º do art. 231, os
onde têm exercício ficam transformadas em cargos em
servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e
comissão, e mantidas enquanto não for implantado o plano
nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor
de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei.
civil da União conforme regulamento próprio.
§ 3º As Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer,
por servidor integrante de quadro ou tabela de pessoal,
dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias para a
ficam extintas na data da vigência desta Lei.
aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo
§ 4º (VETADO). Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei nº
1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a
§ 5º O regime jurídico desta Lei é extensivo aos
vantagem prevista naquele
serventuários da Justiça, remunerados com recursos da
dispositivo. (Mantido pelo Congresso Nacional)
União, no que couber.
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
§ 6º Os empregos dos servidores estrangeiros com
com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês
estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem a
subsequente.
nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em
extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo dos Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro
direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se de 1952, e respectiva legislação complementar, bem como
encontrem vinculados os empregos. as demais disposições em contrário.
§ 7º Os servidores públicos de que trata o caput deste Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169º da Independência e
artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições 102º da República.
Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da
FERNANDO COLLOR
Administração e conforme critérios estabelecidos em
regulamento, ser exonerados mediante indenização de um Jarbas Passarinho
mês de remuneração por ano de efetivo exercício no serviço
Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.12.1990 e
público federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) republicado em 18.3.1998

§ 8º Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e


na declaração de rendimentos, serão considerados como Partes vetadas pelo Presidente da República e mantidas pelo
indenizações isentas os pagamentos efetuados a título de Congresso Nacional, do Projeto que se transformou na Lei
indenização prevista no parágrafo n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que "dispõe sobre o
anterior. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais".
§ 9º Os cargos vagos em decorrência da aplicação do
disposto no § 7º poderão ser extintos pelo Poder Executivo O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL:

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Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL manteve, e eu,


MAURO BENEVIDES, Presidente do Senado Federal, nos LEI N° 8.429/1992
termos do § 7º do art. 66 da Constituição, promulgo as
seguintes partes da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990: Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos
casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
"Art. 87.
cargo, emprego ou função na administração pública direta,
§ 2° Os períodos de licença-prêmio já adquiridos e não indireta ou fundacional e dá outras providências.
gozados pelo servidor que vier a falecer serão convertidos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
em pecúnia, em favor de seus beneficiários da pensão.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 192. O servidor que contar tempo de serviço para
CAPÍTULO I
aposentadoria com provento integral será aposentado:
Das Disposições Gerais
I - com a remuneração do padrão de classe imediatamente
superior àquela em que se encontra posicionado; Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer
agente público, servidor ou não, contra a administração
II - quando ocupante da última classe da carreira, com a
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
remuneração do padrão correspondente, acrescida da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de
diferença entre esse e o padrão da classe imediatamente
Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
anterior.
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
Art. 193. O servidor que tiver exercido função de direção, concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do
chefia, assessoramento, assistência ou cargo em comissão, patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma
por período de 5 (cinco) anos consecutivos, ou 10 (dez) anos desta lei.
interpolados, poderá aposentar-se com a gratificação da
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta
função ou remuneração do cargo em comissão, de maior
lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
valor, desde que exercido por um período mínimo de 2 (dois)
entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo,
anos.
fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas
§ 1º Quando o exercício da função ou cargo em comissão de para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
maior valor não corresponder ao período de 2 (dois) anos, concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio
será incorporada a gratificação ou remuneração da função ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
ou cargo em comissão imediatamente inferior dentre os patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
exercidos. cofres públicos.
§ 2º A aplicação do disposto neste artigo exclui as vantagens Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei,
previstas no art. 192, bem como a incorporação de que trata todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
o art. 62, ressalvado o direito de opção. remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
Art. 231.
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
§ 2º O custeio da aposentadoria é de responsabilidade mencionadas no artigo anterior.
integral do Tesouro Nacional.
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber,
Art. 240. àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se
d) de negociação coletiva;
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Art. 4° Os
e) de ajuizamento, individual e coletivamente, frente à agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são
Justiça do Trabalho, nos termos da Constituição Federal. obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no
dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias para a trato dos assuntos que lhe são afetos.
aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei n° omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-
1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a se-á o integral ressarcimento do dano.
vantagem prevista naquele dispositivo."
Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente
Senado Federal, 18 de abril de 1991. 170° da Independência público ou terceiro beneficiário os bens ou valores
e 103° da República. acrescidos ao seu patrimônio.
MAURO BENEVIDES Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá
Este texto não substitui o publicado no DOU de 19.4.1991.

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a autoridade administrativa responsável pelo inquérito de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade mencionadas no art. 1º desta lei;
dos bens do indiciado.
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de
deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
resultante do enriquecimento ilícito.
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado
cominações desta lei até o limite do valor da herança. por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público, durante a atividade;
CAPÍTULO II
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a
Dos Atos de Improbidade Administrativa
liberação ou aplicação de verba pública de qualquer
Seção I natureza;
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam X - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
Enriquecimento Ilícito direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício,
providência ou declaração a que esteja obrigado;
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa
importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou mencionadas no art. 1º desta lei.
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou Seção II
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam
decorrente das atribuições do agente público; Prejuízo ao Erário
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que
facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou
imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
referidas no art. 1º por preço superior ao valor de mercado; malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a
o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou
ao valor de mercado; jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, desta lei;
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza,
de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
por essas entidades; desta lei, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio
promessa de tal vantagem; de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
sem observância das formalidades legais e regulamentares
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, aplicáveis à espécie;
direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição
ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades

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referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço XVIII - celebrar parcerias da administração pública com
por parte delas, por preço inferior ao de mercado; entidades privadas sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de
bem ou serviço por preço superior ao de mercado; XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e
análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela
VI - realizar operação financeira sem observância das normas
administração pública com entidades privadas; (Incluído
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou
pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº
inidônea;
13.204, de 2015)
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela
observância das formalidades legais ou regulamentares
administração pública com entidades privadas sem a estrita
aplicáveis à espécie;
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº
seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação 2015)
dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não administração pública com entidades privadas sem a estrita
autorizadas em lei ou regulamento; observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda,
13.019, de 2014) (Vigência)
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio
público; Seção II-A
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro
aplicação irregular; ou Tributário
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa
enriqueça ilicitamente; qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter
benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,
o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de
veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer
31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº
natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
157, de 2016) (Produção de efeito)
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o
trabalho de servidor público, empregados ou terceiros Seção III
contratados por essas entidades.
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por Contra os Princípios da Administração Pública
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que
associada sem observar as formalidades previstas na lei;
atenta contra os princípios da administração pública
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
as formalidades previstas na lei. instituições, e notadamente:
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento
incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou ou diverso daquele previsto, na regra de competência;
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
transferidos pela administração pública a entidades privadas
ofício;
mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão
espécie; das atribuições e que deva permanecer em segredo;
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica IV - negar publicidade aos atos oficiais;
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos
V - frustrar a licitude de concurso público;
transferidos pela administração pública a entidade privada
mediante celebração de parcerias, sem a observância das VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à lo;
espécie;

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VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de benefício financeiro ou tributário concedido.
medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o
mercadoria, bem ou serviço.
juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela
CAPÍTULO IV
administração pública com entidades privadas.
Da Declaração de Bens
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de
acessibilidade previstos na legislação. Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam
condicionados à apresentação de declaração dos bens e
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
prestação de serviços na área de saúde sem a prévia
arquivada no serviço de pessoal competente.
celebração de contrato, convênio ou instrumento
congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei § 1º A declaração compreenderá imóveis, móveis,
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra
espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou
CAPÍTULO III
no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores
Das Penas patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de
outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e
declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso
administrativas previstas na legislação específica, está o
doméstico.
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: data em que o agente público deixar o exercício do mandato,
cargo, emprego ou função.
I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço
integral do dano, quando houver, perda da função pública, público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente
suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
declaração anual de bens apresentada à Delegacia da
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as
pelo prazo de dez anos;
necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, caput e no § 2° deste artigo .
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
CAPÍTULO V
patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
administrativa competente para que seja instaurada
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
investigação destinada a apurar a prática de ato de
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
improbidade.
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano,
assinada, conterá a qualificação do representante, as
se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos
informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das
políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de
provas de que tenha conhecimento.
até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação,
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou em despacho fundamentado, se esta não contiver as
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. não impede a representação ao Ministério Público, nos
termos do art. 22 desta lei.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade
determinará a imediata apuração dos fatos que, em se

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tratando de servidores federais, será processada na forma inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil.
prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará
acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.
autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída
Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze
existência de procedimento administrativo para apurar a dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
prática de ato de improbidade. 2001)
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou § 8º Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias,
Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido
representante para acompanhar o procedimento da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da
administrativo. ação ou da inadequação da via eleita. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 2001)
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a
comissão representará ao Ministério Público ou à § 9º Recebida a petição inicial, será o réu citado para
procuradoria do órgão para que requeira ao juízo apresentar contestação. (Incluído pela Medida Provisória
competente a decretação do sequestro dos bens do agente nº 2.225-45, de 2001)
ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo
dano ao patrimônio público.
de instrumento. (Incluído pela Medida Provisória nº
§ 1º O pedido de sequestro será processado de acordo com 2.225-45, de 2001)
o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a
§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o
exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações processo sem julgamento do mérito. (Incluído pela
financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
da lei e dos tratados internacionais.
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221,
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica caput e § 1º, do Código de Processo Penal. (Incluído pela
interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
cautelar.
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações pessoa jurídica interessada o ente tributante que figurar no
de que trata o caput. polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do
art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as
julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
ações necessárias à complementação do ressarcimento do
2016)
patrimônio público.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de
§ 3º No caso de a ação principal ter sido proposta pelo
reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos
Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no §
ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos
3º do art. 6º da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965.
bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica
(Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)
prejudicada pelo ilícito.
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como
CAPÍTULO VI
parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena
de nulidade. Das Disposições Penais
§ 5º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo Art. 19. Constitui crime a representação por ato de
para todas as ações posteriormente intentadas que possuam improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído quando o autor da denúncia o sabe inocente.
pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
§ 6º A ação será instruída com documentos ou justificação
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está
que contenham indícios suficientes da existência do ato de
sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
improbidade ou com razões fundamentadas da
morais ou à imagem que houver provocado.
impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas,
observada a legislação vigente, inclusive as disposições

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Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos


políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da NOÇÕES DE DIREITO PENAL
sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa
competente poderá determinar o afastamento do agente LEI Nº 2.848/1940
público do exercício do cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer Código Penal.
necessária à instrução processual. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei:
independe: PARTE GERAL
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo TÍTULO I
quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei
nº 12.120, de 2009). Da Aplicação Da Lei Penal

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. Anterioridade da Lei
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº
administrativa ou mediante representação formulada de 7.209, de 11.7.1984)
acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a
instauração de inquérito policial ou procedimento Lei penal no tempo
administrativo. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
CAPÍTULO VII deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Da Prescrição (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo
previstas nesta lei podem ser propostas: favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
de cargo em comissão ou de função de confiança; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209,
para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do de 11.7.1984)
serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido
emprego. o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que
III - até cinco anos da data da apresentação à administração a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
pública da prestação de contas final pelas entidades vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei. (Incluído Tempo do crime
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação
CAPÍTULO VIII ou omissão, ainda que outro seja o momento do
Das Disposições Finais resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Territorialidade

Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
disposições em contrário. crime cometido no território nacional. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 1984)
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e
104° da República. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão
do território nacional as embarcações e aeronaves
FERNANDO COLLOR brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
Célio Borja brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992. propriedade privada, que se achem, respectivamente, no

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espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
dada pela Lei nº 7.209, de 1984) (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209,
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em de 1984)
pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido
onde se produziu ou deveria produzir-se o
por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Lei nº 7.209, de 1984)
1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no Lei nº 7.209, de 1984)
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) nº 7.209, de 1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 7.209, de 11.7.1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei
fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº nº 7.209, de 11.7.1984)
7.209, de 1984)
Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº
c) contra a administração pública, por quem está a seu 7.209, de 11.7.1984)
serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode
domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a
a outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
11.7.1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº
1984)
7.209, de 11.7.1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei
mercantes ou de propriedade privada, quando em território
nº 7.209, de 11.7.1984)
estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984) a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no b) para os outros efeitos, da existência de tratado de
estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou
a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira
da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 1984) Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984) Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Frações não computáveis da pena (Redação dada pela Lei Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de
incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo prosseguir na execução ou impede que o resultado se
diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) produza, só responde pelos atos já praticados.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO II
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209,
Do Crime
de 11.7.1984)
Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave
11.7.1984)
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia
§ 1º - A superveniência de causa relativamente absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto,
independente exclui a imputação quando, por si só, produziu é impossível consumar-se o crime.(Redação dada pela Lei nº
o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a 7.209, de 11.7.1984)
quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir
risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
7.209, de 11.7.1984)
resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando
ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
11.7.1984)
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209,
11.7.1984)
de 11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos responde o agente que o houver causado ao menos
de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de culposamente.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma
por circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime

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culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste
de 11.7.1984) artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Estado de necessidade
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
7.209, de 11.7.1984)
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
11.7.1984)
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é
Legítima defesa
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. moderadamente dos meios necessários, repele injusta
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) TÍTULO III
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro Da Imputabilidade Penal
sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se
Inimputáveis
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental
ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era,
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato,
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº
essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
Redução de pena
Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois
terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
Menores de dezoito anos
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de Emoção e paixão
11.7.1984)
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)

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Embriaguez Pena - reclusão, de seis a vinte anos.


II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou Caso de diminuição de pena
substância de efeitos análogos.(Redação dada pela Lei nº
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
7.209, de 11.7.1984)
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
Homicídio qualificado
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº § 2° Se o homicídio é cometido:
7.209, de 11.7.1984)
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o motivo torpe;
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
II - por motivo futil;
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão,
a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura
de determinar-se de acordo com esse ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de perigo comum;
11.7.1984)
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou
TÍTULO IV outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do
ofendido;
Do Concurso de Pessoas
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime
vantagem de outro crime:
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
11.7.1984)
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada
feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em
11.7.1984)
razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Circunstâncias incomunicáveis
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições
§ 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo
de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
13.104, de 2015)
Casos de impunibilidade
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 13.104, de 2015)
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação dada
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Homicídio culposo
PARTE ESPECIAL
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
TÍTULO I
Pena - detenção, de um a três anos.
Dos Crimes Contra a Pessoa
Aumento de pena
CAPÍTULO I
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
Dos Crimes Contra a Vida
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
Homicídio simples de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
Art. 121. Matar alguem:

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conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de gestante:
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor
Pena - reclusão, de três a dez anos.
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação
dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
(Vide ADPF 54)
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar
de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem Pena - reclusão, de um a quatro anos.
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a
torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou
24.5.1977)
debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se fraude, grave ameaça ou violência
o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
Forma qualificada
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço)
dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre
até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei
lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por
nº 13.104, de 2015)
qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide
parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
ADPF 54)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
Aborto necessário
(sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015) I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
representante legal.
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-
lhe auxílio para que o faça: CAPÍTULO II
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; Das Lesões Corporais
ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio
Lesão corporal
resulta lesão corporal de natureza grave.
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de
Parágrafo único - A pena é duplicada:
outrem:
Aumento de pena
Pena - detenção, de três meses a um ano.
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
Lesão corporal de natureza grave
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
§ 1º Se resulta:
causa, a capacidade de resistência.
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de
Infanticídio
trinta dias;
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o
II - perigo de vida;
próprio filho, durante o parto ou logo após:
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
Pena - detenção, de dois a seis anos.
IV - aceleração de parto:
Aborto provocado pela gestante ou com seu
consentimento Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que § 2° Se resulta:
outrem lho provoque: (Vide ADPF 54)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
Pena - detenção, de um a três anos.
II - enfermidade incuravel;
Aborto provocado por terceiro
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;

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IV - deformidade permanente; § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente


descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
V - aborto:
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de
Pena - reclusão, de dois a oito anos. Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
Lesão corporal seguida de morte
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº
agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí- 13.142, de 2015)
lo:
CAPÍTULO III
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Da Periclitação da Vida e da Saúde
Diminuição de pena
Perigo de contágio venéreo
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta
qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o
que sabe ou deve saber que está contaminado:
juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Substituição da pena
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir
a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
contos de réis:
§ 2º - Somente se procede mediante representação.
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
Perigo de contágio de moléstia grave
II - se as lesões são recíprocas.
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia
Lesão corporal culposa grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o
contágio:
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Perigo para a vida ou saúde de outrem
Aumento de pena
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer
e iminente:
qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste
Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não
constitui crime mais grave.
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art.
121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um
terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo
Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
decorre do transporte de pessoas para a prestação de
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem desacordo com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777,
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o de 1998)
agente das relações domésticas, de coabitação ou de
Abandono de incapaz
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado,
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo,
dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as
Pena - detenção, de seis meses a três anos.
circunstâncias são as indicadas no § 9º deste artigo,
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza
10.886, de 2004) grave:
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será Pena - reclusão, de um a cinco anos.
aumentada de um terço se o crime for cometido contra
§ 2º - Se resulta a morte:
pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340,
de 2006) Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Aumento de pena

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§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
terço:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
§ 2º - Se resulta a morte:
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge,
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
irmão, tutor ou curador da vítima.
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela
contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. (Incluído
Lei nº 10.741, de 2003)
pela Lei nº 8.069, de 1990)
Exposição ou abandono de recém-nascido
CAPÍTULO IV
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar
Da Rixa
desonra própria:
Rixa
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
contendores:
Pena - detenção, de um a três anos.
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
§ 2º - Se resulta a morte:
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de
Pena - detenção, de dois a seis anos. natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a
pena de detenção, de seis meses a dois anos.
Omissão de socorro
CAPÍTULO V
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-
lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou Dos Crimes Contra a Honra
à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
Calúnia
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública: Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato
definido como crime:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a
triplicada, se resulta a morte. imputação, a propala ou divulga.
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Exceção da verdade
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou
3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de
formulários administrativos, como condição para o I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o
atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
Lei nº 12.653, de 2012).
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. nº I do art. 141;
(Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza
Difamação
grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº
12.653, de 2012). Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua
reputação:
Maus-tratos
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua
autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, Exceção da verdade
ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a
se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao
trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios
exercício de suas funções.
de correção ou disciplina:
Injúria
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.

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Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata
decoro: cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa.
diretamente a injúria; (Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015)
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere
injúria. calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode
pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou,
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que,
a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela
por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem
ofensa.
aviltantes:
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140,
pena correspondente à violência.
§ 2º, da violência resulta lesão corporal.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141
de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação
deste Código, e mediante representação do ofendido, no
dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
Lei nº 9.459, de 1997) 12.033. de 2009)
Disposições comuns CAPÍTULO VI
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se Dos Crimes Contra a Liberdade Individual
de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
SEÇÃO I
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de
Dos Crimes Contra a Liberdade Pessoal
governo estrangeiro;
Constrangimento ilegal
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora permite, ou a fazer o que ela não manda:
de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
nº 10.741, de 2003)
Aumento de pena
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou
promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro,
quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três
Exclusão do crime
pessoas, ou há emprego de armas.
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela correspondentes à violência.
parte ou por seu procurador;
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou
do paciente ou de seu representante legal, se justificada por
difamar;
iminente perigo de vida;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
II - a coação exercida para impedir suicídio.
em apreciação ou informação que preste no cumprimento
de dever do ofício. Ameaça
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou
injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e
grave:
Retratação

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Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
origem. (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Parágrafo único - Somente se procede mediante
representação. Tráfico de Pessoas (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência)
Sequestro e cárcere privado
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir,
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante
comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça,
sequestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de
violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
2002)
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Pena - reclusão, de um a três anos.
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de
companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; escravo; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) (Vigência)
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; (Incluído
casa de saúde ou hospital; pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. IV - adoção ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência)
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito)
anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) V - exploração sexual. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência)
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído
pela Lei nº 11.106, de 2005) Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da
natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: § 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se:
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício
Redução a condição análoga à de escravo
de suas funções ou a pretexto de exercê-las; (Incluído
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou
exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de
pessoa idosa ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº
trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua
13.344, de 2016) (Vigência)
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador
ou preposto: (Redação dada pela Lei nº 10.803, de III - o agente se prevalecer de relações de parentesco,
11.12.2003) domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de
dependência econômica, de autoridade ou de superioridade
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena
hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou
correspondente à violência. (Redação dada pela Lei nº
função; ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
10.803, de 11.12.2003)
(Vigência)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território
nº 10.803, de 11.12.2003)
nacional. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte (Vigência)
do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for
(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
primário e não integrar organização criminosa.
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador,
SEÇÃO II
com o fim de retê-lo no local de trabalho. (Incluído pela
Lei nº 10.803, de 11.12.2003) Dos Crimes Contra a Inviolabilidade do Domicílio
§ 2º A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: Violação de domicílio
(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou
I – contra criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
10.803, de 11.12.2003) quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:

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Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas
no número anterior;
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar
ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico,
duas ou mais pessoas: sem observância de disposição legal.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena § 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para
correspondente à violência. outrem.
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido § 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em
por funcionário público, fora dos casos legais, ou com serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com
Pena - detenção, de um a três anos.
abuso do poder.
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa
nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
alheia ou em suas dependências:
Correspondência comercial
I - durante o dia, com observância das formalidades legais,
para efetuar prisão ou outra diligência; Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de
estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime
parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir
está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
I - qualquer compartimento habitado;
Parágrafo único - Somente se procede mediante
II - aposento ocupado de habitação coletiva; representação.
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém SEÇÃO IV
exerce profissão ou atividade.
Dos Crimes Contra a Inviolabilidade dos Segredos
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
Divulgação de segredo
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de
coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do
documento particular ou de correspondência confidencial,
parágrafo anterior;
de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. produzir dano a outrem:
SEÇÃO III Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Dos Crimes Contra a Inviolabilidade de Correspondência § 1º Somente se procede mediante representação.
(Parágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000)
Violação de correspondência
§ 1º-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de
reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos
correspondência fechada, dirigida a outrem:
sistemas de informações ou banco de dados da
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Sonegação ou destruição de correspondência Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1º - Na mesma pena incorre:
§ 2º Quando resultar prejuízo para a Administração Pública,
I - quem se apossa indevidamente de correspondência
a ação penal será incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983,
alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega
de 2000)
ou destrói;
Violação do segredo profissional
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou
telefônica Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que
tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou
profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou
radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
entre outras pessoas;
Parágrafo único - Somente se procede mediante
representação.

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Invasão de dispositivo informático (Incluído pela Lei nº cometido contra a administração pública direta ou indireta
12.737, de 2012) Vigência de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal
ou Municípios ou contra empresas concessionárias de
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado
serviços públicos. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)
ou não à rede de computadores, mediante violação indevida
Vigência
de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar
ou destruir dados ou informações sem autorização expressa TÍTULO II
ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades
Dos Crimes Contra o Patrimônio
para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei nº 12.737,
de 2012) Vigência CAPÍTULO I
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Do Furto
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Furto
§ 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece,
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de
móvel:
computador com o intuito de permitir a prática da conduta
definida no caput. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Vigência
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado
§ 2º Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da durante o repouso noturno.
invasão resulta prejuízo econômico. (Incluído pela Lei nº
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa
12.737, de 2012) Vigência
furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
§ 3º Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente
comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou a pena de multa.
industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou
o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido:
qualquer outra que tenha valor econômico.
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Furto qualificado
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se
a conduta não constitui crime mais grave. (Incluído pela § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência crime é cometido:
§ 4º Na hipótese do § 3º, aumenta-se a pena de um a dois I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração
terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão da coisa;
a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou
obtidos. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
destreza;
§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime
III - com emprego de chave falsa;
for praticado contra: (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)
Vigência IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
I - Presidente da República, governadores e prefeitos; § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Incluído
nº 13.654, de 2018)
pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado
for de veículo automotor que venha a ser transportado para
Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara
outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº
Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou
9.426, de 1996)
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
§ 6º A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta
subtração for de semovente domesticável de produção,
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
ainda que abatido ou dividido em partes no local da
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
Ação penal (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
Vigência
multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
procede mediante representação, salvo se o crime é

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fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela § 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei
Lei nº 13.654, de 2018) nº 13.654, de 2018)
Furto de coisa comum I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18
(dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654,
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para
de 2018)
si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum: II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta)
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Extorsão
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível,
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
CAPÍTULO II deixar de fazer alguma coisa:
Do Roubo e da Extorsão Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Roubo § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou
com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,
metade.
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o
resistência: disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº
8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave
detenção da coisa para si ou para terceiro.
ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: 3º, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923,
(Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) de 2009)
I – (Revogado). Extorsão mediante sequestro
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou
para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o
do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide
agente conhece tal circunstância.
Lei nº 10.446, de 2002)
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação
transportado para outro Estado ou para o exterior;
dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas,
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo
se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada
Lei nº 13.654, de 2018)
pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause
perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

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§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito
o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública,
seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
(Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) concessionária de serviços públicos; (Redação dada
pela Lei nº 13.531, de 2017)
Extorsão indireta
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,
a vítima:
abusando da situação de alguém, documento que pode dar
causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da
terceiro: pena correspondente à violência.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia
CAPÍTULO III Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade
alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o
Da Usurpação
fato resulte prejuízo:
Alteração de limites
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico
outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no
todo ou em parte, de coisa imóvel alheia: Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada
pela autoridade competente em virtude de valor artístico,
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
arqueológico ou histórico:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Usurpação de águas
Alteração de local especialmente protegido
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem,
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o
águas alheias;
aspecto de local especialmente protegido por lei:
Esbulho possessório
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou
Ação penal
mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou
edifício alheio, para o fim de esbulho possessório. Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo
e do art. 164, somente se procede mediante queixa.
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena
a esta cominada. CAPÍTULO V
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de Da Apropriação Indébita
violência, somente se procede mediante queixa.
Apropriação indébita
Supressão ou alteração de marca em animais
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou posse ou a detenção:
rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Aumento de pena
CAPÍTULO IV
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente
Do Dano recebeu a coisa:
Dano I - em depósito necessário;
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,
inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
Dano qualificado
Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
9.983, de 2000)
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma
fato não constitui crime mais grave legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário
do prédio;
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000) Apropriação de coisa achada
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total
importância destinada à previdência social que tenha sido ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro
ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de no prazo de quinze dias.
2000)
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o
II – recolher contribuições devidas à previdência social que disposto no art. 155, § 2º.
tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à
CAPÍTULO VI
venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000) Do Estelionato e Outras Fraudes
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas Estelionato
cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em
pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, fraudulento:
importâncias ou valores e presta as informações devidas à
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
mil réis a dez contos de réis.
antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000) § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o
prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
art. 155, § 2º.
somente a de multa se o agente for primário e de bons
antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
2000)
Disposição de coisa alheia como própria
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social
garantia coisa alheia como própria;
previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000) Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº prestações, silenciando sobre qualquer dessas
9.983, de 2000) circunstâncias;
§ 4º A faculdade prevista no § 3º deste artigo não se aplica Defraudação de penhor
aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor,
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo
inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido,
credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando
administrativamente, como sendo o mínimo para o
tem a posse do objeto empenhado;
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº
13.606, de 2018) Fraude na entrega de coisa
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa
da natureza que deve entregar a alguém;
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências
da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou
Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
valor de seguro;
Apropriação de tesouro
Fraude no pagamento por meio de cheque

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VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em Outras fraudes


poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos
em detrimento de entidade de direito público ou de instituto para efetuar o pagamento:
de economia popular, assistência social ou beneficência.
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Estelionato contra idoso
Parágrafo único - Somente se procede mediante
§ 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias,
contra idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015) deixar de aplicar a pena.
Duplicata simulada Fraudes e abusos na fundação ou administração de
sociedade por ações
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não
corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações,
qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à
8.137, de 27.12.1990) assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
relativo:
(Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que
constitui crime contra a economia popular.
falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de
Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968) § 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui crime
contra a economia popular: (Vide Lei nº 1.521, de 1951)
Abuso de incapazes
I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por ações,
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de
que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou
necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da
comunicação ao público ou à assembléia, faz afirmação falsa
alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo
sobre as condições econômicas da sociedade, ou oculta
qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito
fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas relativo;
jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por qualquer
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos da
Induzimento à especulação sociedade;
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à sociedade
inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos bens ou
outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à haveres sociais, sem prévia autorização da assembléia geral;
especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou
IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta
devendo saber que a operação é ruinosa:
da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei o
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. permite;
Fraude no comércio V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito
social, aceita em penhor ou em caução ações da própria
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o
sociedade;
adquirente ou consumidor:
VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria
desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui
falsificada ou deteriorada;
lucros ou dividendos fictícios;
II - entregando uma mercadoria por outra:
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação
de conta ou parecer;
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade
ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender
IX - o representante da sociedade anônima estrangeira,
pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal de
autorizada a funcionar no País, que pratica os atos
ou outra qualidade:
mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Governo.
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.

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§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o
e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem para si ou juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de
para outrem, negocia o voto nas deliberações de assembléia aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no
geral. § 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Emissão irregular de conhecimento de depósito ou § 6º Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado,
"warrant" do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação
pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em
empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em
desacordo com disposição legal:
dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Redação
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. dada pela Lei nº 13.531, de 2017)
Fraude à execução Receptação de animal
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar,
destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas: ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou
de comercialização, semovente domesticável de produção,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser
Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa. produto de crime: (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
CAPÍTULO VII Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
Da Receptação
CAPÍTULO VIII
Receptação
Disposições Gerais
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar,
em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos
crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº
receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 10.741, de 2003)
1996)
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco
dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o
9.426, de 1996)
crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em Lei nº 10.741, de 2003)
depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
coisa que deve saber ser produto de crime: (Redação
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do
pessoa;
parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino, inclusive o exercício em residência. II - ao estranho que participa do crime.
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº
desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de 10.741, de 2003)
quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio
TÍTULO VI
criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Dos Crimes Contra A Dignidade Sexual
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas
as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou CAPÍTULO I
isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa.
Dos Crimes Contra A Liberdade Sexual
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

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(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído
pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº
Estupro
10.224, de 15 de 2001)
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave
§ 2º A pena é aumentada em até um terço se a vítima é
ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que
menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº
com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada
12.015, de 2009)
pela Lei nº 12.015, de 2009)
CAPÍTULO II
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Dos Crimes Sexuais Contra Vulnerável
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14
Sedução
(catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009) Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
§ 2º Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei
nº 12.015, de 2009) Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído
Art. 214 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Violação sexual mediante fraude (Redação dada
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas
pela Lei nº 12.015, de 2009)
no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato mental, não tem o necessário discernimento para a prática
libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído
vantagem econômica, aplica-se também multa.
pela Lei nº 12.015, de 2009)
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 4º Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei
Importunação sexual (Incluído pela Lei nº 13.718, de
nº 12.015, de 2009)
2018)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Incluído
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato
pela Lei nº 12.015, de 2009)
libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a
de terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) § 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste
artigo aplicam-se independentemente do consentimento da
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não
vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais
constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
anteriormente ao crime. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
2018)
2018)
Art. 216. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Corrupção de menores
Assédio sexual (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a
2001)
satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter nº 12.015, de 2009)
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação
agente da sua condição de superior hierárquico ou
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)

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Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois
adolescente (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou
tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14
o fim de vingança ou humilhação. (Incluído pela Lei nº
(catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou
13.718, de 2018)
outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de
outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Exclusão de ilicitude (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. (Incluído § 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas
pela Lei nº 12.015, de 2009) descritas no caput deste artigo em publicação de natureza
jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de
de recurso que impossibilite a identificação da vítima,
exploração sexual de criança ou adolescente ou de
ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18
vulnerável. (Redação dada pela Lei nº 12.978, de
(dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
2014)
CAPÍTULO III
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou
outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 Do Rapto
(dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência
Rapto violento ou mediante fraude
mental, não tem o necessário discernimento para a prática
do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Art. 219 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Rapto consensual
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído
Art. 220 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Diminuição de pena
§ 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem
econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Art. 221 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Lei nº 12.015, de 2009)
Concurso de rapto e outro crime
§ 2º Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº
Art. 222 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
12.015, de 2009)
CAPÍTULO IV
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com
alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos Disposições Gerais
na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído pela
Art. 223 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 224 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em
que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. Ação penal
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, constitui efeito Título, procede-se mediante ação penal pública
obrigatório da condenação a cassação da licença de incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
localização e de funcionamento do estabelecimento. Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 13.718, de 2018)
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, Aumento de pena
vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por
qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa Art. 226. A pena é aumentada: (Redação dada pela
ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo Lei nº 11.106, de 2005)
ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de
ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº
a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de 11.106, de 2005)
sexo, nudez ou pornografia: (Incluído pela Lei nº 13.718, de
2018) II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou
madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro
constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de título tiver autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº
2018) 13.718, de 2018)
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

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IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é § 2º Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave
praticado: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) ameaça ou fraude:
Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena
correspondente à violência.
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído
pela Lei nº 13.718, de 2018) § 3º Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se
também multa.
Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Casa de prostituição
b) para controlar o comportamento social ou sexual da
vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro,
estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou
CAPÍTULO V
não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou
Do Lenocínio E Do Tráfico De Pessoa Para Fim De gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Prostituição Ou Outra Forma De Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Exploração Sexual Rufianismo
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando
diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo
Mediação para servir a lascívia de outrem
ou em parte, por quem a exerça:
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1º Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14
§ 1º Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente,
(dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro,
descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por
curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado,
educação, de tratamento ou de guarda: (Redação proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.106, de 2005) 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos. Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave
ameaça ou fraude: § 2º Se o crime é cometido mediante violência, grave
ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena
manifestação da vontade da vítima: (Redação dada pela
correspondente à violência.
Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da
também multa.
pena correspondente à violência. (Redação dada pela
Favorecimento da prostituição ou outra forma de Lei nº 12.015, de 2009)
exploração sexual (Redação dada pela Lei nº
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração
12.015, de 2009)
sexual (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra
Art. 231. (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016)
forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar
(Vigência)
que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009) Art. 231-A. (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016)
(Vigência)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Art. 232. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1º Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, Promoção de migração ilegal
enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter
ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra
vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em
forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro:
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência

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§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta
meio, com o fim de obter vantagem econômica, a saída de gravidez; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente
em país estrangeiro. Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que
Vigência
sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa ou
§ 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) pessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.718,
se: Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência de 2018)
I - o crime é cometido com violência; ou Incluído pela Lei Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos
nº 13.445, de 2017 Vigência neste Título correrão em segredo de justiça. (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
II - a vítima é submetida a condição desumana ou
degradante. Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência Art. 234-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo
das correspondentes às infrações conexas. Incluído pela TÍTULO X
Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
Dos Crimes Contra a Fé Pública
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO I
Do Ultraje Público Ao Pudor
Da Moeda Falsa
Ato obsceno
Moeda Falsa
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda
ou exposto ao público:
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. estrangeiro:
Escrito ou objeto obsceno Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou
guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede,
exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
qualquer objeto obsceno:
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de
conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:
a dois anos, e multa.
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa,
dos objetos referidos neste artigo;
o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco
II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou
representação teatral, ou exibição cinematográfica de emissão:
caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em
mesmo caráter;
lei;
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular
CAPÍTULO VII
moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
Disposições Gerais
Crimes assimilados ao de moeda falsa
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 12.015, de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes
2009) verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos,
para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é
inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em
aumentada: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

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Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta,
anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado
trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº 11.035,
ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.(Vide Lei nº de 2004)
7.209, de 11.7.1984)
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda,
Petrechos para falsificação de moeda mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta,
fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho,
industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº
instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à
11.035, de 2004)
falsificação de moeda:
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
Emissão de título ao portador sem permissão legal
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela
vale ou título que contenha promessa de pagamento em Lei nº 11.035, de 2004)
dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da
§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando
pessoa a quem deva ser pago:
legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis,
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado,
pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.
qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior.
CAPÍTULO II
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de
Da Falsidade de Títulos e Outros Papéis Públicos boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que
se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a
Falsificação de papéis públicos
falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: meses a dois anos, ou multa.
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou § 5º Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso
qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de III do § 1º, qualquer forma de comércio irregular ou
tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros
logradouros públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso
11.035, de 2004)
legal;
Petrechos de falsificação
III - vale postal;
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa
objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer
econômica ou de outro estabelecimento mantido por
dos papéis referidos no artigo anterior:
entidade de direito público;
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento
relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
caução por que o poder público seja responsável; prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta
parte.
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de
transporte administrada pela União, por Estado ou por CAPÍTULO III
Município:
Da Falsidade Documental
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Falsificação do selo ou sinal público
§ 1º Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
nº 11.035, de 2004)
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União,
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis
de Estado ou de Município;
falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº
11.035, de 2004) II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito
público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:

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Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
particular ou alterar documento particular verdadeiro:
§ 1º - Incorre nas mesmas penas:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em
2012) Vigência
prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas,
a documento particular o cartão de crédito ou débito.
logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
identificadores de órgãos ou entidades da Administração
Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Falsidade ideológica
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular,
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer
parte. inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a
Falsificação de documento público
verdade sobre fato juridicamente relevante:
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento
público, ou alterar documento público verdadeiro:
é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. documento é particular.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou
parte. alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a
pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento
público o emanado de entidade paraestatal, o título ao Falso reconhecimento de firma ou letra
portador ou transmissível por endosso, as ações de
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de
sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento
função pública, firma ou letra que o não seja:
particular.
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento
§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
particular.
I – na folha de pagamento ou em documento de informações
Certidão ou atestado ideologicamente falso
que seja destinado a fazer prova perante a previdência
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de
obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a
obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do
público, ou qualquer outra vantagem:
empregado ou em documento que deva produzir efeito
perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da Pena - detenção, de dois meses a um ano.
que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
Falsidade material de atestado ou certidão
2000)
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão,
III – em documento contábil ou em qualquer outro
ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para
documento relacionado com as obrigações da empresa
prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter
perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da
cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter
que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
público, ou qualquer outra vantagem:
2000)
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos
documentos mencionados no § 3º, nome do segurado e seus § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se,
dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de além da pena privativa de liberdade, a de multa.
trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº
Falsidade de atestado médico
9.983, de 2000)
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão,
Falsificação de documento particular (Redação dada pela
atestado falso:
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Pena - detenção, de um mês a um ano.

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Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o
aplica-se também multa. fato não constitui elemento de crime mais grave.
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Fraude de lei sobre estrangeiro
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no
tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a território nacional, nome que não é o seu:
alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
selo ou peça:
Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
promover-lhe a entrada em território nacional: (Incluído pela
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de Lei nº 9.426, de 1996)
comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Incluído pela
Uso de documento falso Lei nº 9.426, de 1996)
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor
alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos
em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Supressão de documento
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou
Adulteração de sinal identificador de veículo automotor
particular verdadeiro, de que não podia dispor:
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou
é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu
documento é particular.
componente ou equipamento:(Redação dada pela Lei nº
CAPÍTULO IV 9.426, de 1996))
De Outras Falsidades Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada
pela Lei nº 9.426, de 1996)
Falsificação do sinal empregado no contraste de metal
precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins § 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função
pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço.
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
sinal empregado pelo poder público no contraste de metal
precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou § 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que
sinal dessa natureza, falsificado por outrem: contribui para o licenciamento ou registro do veículo
remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
material ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426,
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa de 1996)
a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou
CAPÍTULO V
para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou
comprovar o cumprimento de formalidade legal: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa. Das Fraudes em Certames de Interesse Público
Falsa identidade (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela
para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para Lei 12.550. de 2011)
causar dano a outrem:
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a
não constitui elemento de crime mais grave. credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (Incluído
pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor,
caderneta de reservista ou qualquer documento de I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize,
II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei 12.550.
documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
de 2011)

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III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou Inserção de dados falsos em sistema de informações
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (Incluído Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
pela Lei 12.550. de 2011) inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
dados da Administração Pública com o fim de obter
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
informações mencionadas no caput. (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
12.550. de 2011)
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
pública: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído
informações ou programa de informática sem autorização
pela Lei 12.550. de 2011)
ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é nº 9.983, de 2000)
cometido por funcionário público. (Incluído pela Lei 12.550.
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
de 2011)
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
TÍTULO XI
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até
Dos Crimes Contra a Administração Pública a metade se da modificação ou alteração resulta dano para
a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído
CAPÍTULO I
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Dos Crimes Praticados por Funcionário Público Contra a
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
Administração em Geral
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de
Peculato
que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, lo, total ou parcialmente:
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
crime mais grave.
proveito próprio ou alheio:
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
da estabelecida em lei:
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
Concussão
proporciona a qualidade de funcionário.
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
Peculato culposo
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime la, mas em razão dela, vantagem indevida:
de outrem:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Excesso de exação
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido,
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
Peculato mediante erro de outrem não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990)
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade
que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

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§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:


outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
cofres públicos:
Violência arbitrária
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a
Corrupção passiva
pretexto de exercê-la:
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
correspondente à violência.
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem: Abandono de função
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos
(Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) permitidos em lei:
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever
funcional. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a fronteira:
pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem
de contrabando ou descaminho (art. 334): autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado,
removido, substituído ou suspenso:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Prevaricação Violação de sigilo funcional
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: revelação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o
fato não constitui crime mais grave.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a § 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a pela Lei nº 9.983, de 2000)
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e
(Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco
de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº
Condescendência criminosa
9.983, de 2000)
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído
responsabilizar subordinado que cometeu infração no
pela Lei nº 9.983, de 2000)
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração
Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído
Advocacia administrativa
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
Violação do sigilo de proposta de concorrência
privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário: Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência
pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

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Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de
Funcionário público
influir em ato praticado por funcionário público no exercício
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
penais, quem, embora transitoriamente ou sem
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
(Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de Corrupção ativa
2000)
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
autores dos crimes previstos neste Capítulo forem retardar ato de ofício:
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
ou assessoramento de órgão da administração direta,
(Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em
1980) razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
CAPÍTULO II
Descaminho
Dos Crimes Praticados por Particular Contra a
Administração em Geral Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito
ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo
Usurpação de função pública
de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: 26.6.2014)
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
§ 1º Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
nº 13.008, de 26.6.2014)
Resistência
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
violência ou ameaça a funcionário competente para executá- 26.6.2014)
lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
Pena - reclusão, de um a três anos.
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das procedência estrangeira que introduziu clandestinamente
correspondentes à violência. no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser
produto de introdução clandestina no território nacional ou
Desobediência
de importação fraudulenta por parte de outrem; (Redação
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio,
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
Desacato
de procedência estrangeira, desacompanhada de
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da documentação legal ou acompanhada de documentos que
função ou em razão dela: sabe serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 26.6.2014)

Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de § 2º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos
deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
1995)
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o

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exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº 13.008, Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou
de 26.6.2014) conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público;
violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é
determinação legal ou por ordem de funcionário público,
praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
para identificar ou cerrar qualquer objeto:
(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Contrabando
Subtração ou inutilização de livro ou documento
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:
(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro
oficial, processo ou documento confiado à custódia de
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela
funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço
Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
público:
§ 1º Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui
13.008, de 26.6.2014)
crime mais grave.
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;
Sonegação de contribuição previdenciária (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
nº 9.983, de 2000)
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social
dependa de registro, análise ou autorização de órgão público
previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes
competente; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de
destinada à exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
documento de informações previsto pela legislação
26.6.2014)
previdenciária segurados empregado, empresário,
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria 9.983, de 2000)
proibida pela lei brasileira; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da
26.6.2014)
contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
proibida pela lei brasileira. (Incluído pela Lei nº 13.008, de
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros
26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para
auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos
os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular
geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído
ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o
pela Lei nº 9.983, de 2000)
exercido em residências. (Incluído pela Lei nº 4.729, de
14.7.1965) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é
praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído § 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores
e presta as informações devidas à previdência social, na
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
ou venda em hasta pública, promovida pela administração
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal;
somente a de multa se o agente for primário e de bons
afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por
antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de
2000)
vantagem:
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além
da pena correspondente à violência. II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios,
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº
Inutilização de edital ou de sinal 9.983, de 2000)

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§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público
pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em
quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo
terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído Poder Público de país estrangeiro ou em organizações
pela Lei nº 9.983, de 2000) públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de
11.6.2002)
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será
reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do CAPÍTULO III
reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela
Dos Crimes Contra a Administração da Justiça
Lei nº 9.983, de 2000)
Reingresso de estrangeiro expulso
CAPÍTULO II-A
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro
(Incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
que dele foi expulso:
Dos Crimes Praticados por Particular Contra a
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova
Administração Pública Estrangeira
expulsão após o cumprimento da pena.
Corrupção ativa em transação comercial internacional
Denunciação caluniosa
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de
indiretamente, vantagem indevida a funcionário público
processo judicial, instauração de investigação
estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a
administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que
transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº
o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)
10467, de 11.6.2002)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se
serve de anonimato ou de nome suposto.
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se,
em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de
estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica prática de contravenção.
infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de
Comunicação falsa de crime ou de contravenção
11.6.2002)
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a
Tráfico de influência em transação comercial internacional
ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter
(Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
verificado:
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de
vantagem a pretexto de influir em ato praticado por Auto-acusação falsa
funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções,
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime
relacionado a transação comercial internacional: (Incluído
inexistente ou praticado por outrem:
pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) Falso testemunho ou falsa perícia
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade
agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete
a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou
11.6.2002) em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
28.8.2001)
Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº 10467,
de 11.6.2002) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro,
para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou § 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o
em entidades estatais ou em representações diplomáticas fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo
de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de penal, ou em processo civil em que for parte entidade da
11.6.2002)

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administração pública direta ou indireta.(Redação dada pela Favorecimento pessoal


Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de
28.8.2001) § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente,
intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a
cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de Favorecimento real
28.8.2001)
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o
dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) proveito do crime:
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou
destinada a produzir efeito em processo penal ou em
facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação
processo civil em que for parte entidade da administração
móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em
pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268,
estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de
de 28.8.2001)
2009).
Coação no curso do processo
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de pela Lei nº 12.012, de 2009).
favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
Exercício arbitrário ou abuso de poder
parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada
a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de liberdade
em juízo arbitral: individual, sem as formalidades legais ou com abuso de
poder:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena
correspondente à violência. Pena - detenção, de um mês a um ano.
Exercício arbitrário das próprias razões Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcionário que:
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: estabelecimento destinado a execução de pena privativa de
liberdade ou de medida de segurança;
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da
pena correspondente à violência. II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança,
deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente
imediatamente a ordem de liberdade;
se procede mediante queixa.
III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria,
vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
que se acha em poder de terceiro por determinação judicial
ou convenção: IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança
Fraude processual Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente
presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo
civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de
reclusão, de dois a seis anos.
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito
em processo penal, ainda que não iniciado, as penas § 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se
aplicam-se em dobro. também a pena correspondente à violência.

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§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime Violência ou fraude em arrematação judicial


é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação
preso ou o internado.
judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante,
§ 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três meses a um oferecimento de vantagem:
ano, ou multa.
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da
Evasão mediante violência contra a pessoa pena correspondente à violência.
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão
submetido a medida de segurança detentiva, usando de de direito
violência contra a pessoa:
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
correspondente à violência.
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Arrebatamento de preso
CAPÍTULO IV
Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de
Dos Crimes Contra as Finanças Públicas
quem o tenha sob custódia ou guarda:
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena
correspondente à violência. Contratação de operação de crédito
Motim de presos Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de
crédito, interno ou externo, sem prévia autorização
Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou
legislativa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
disciplina da prisão:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena
nº 10.028, de 2000)
correspondente à violência.
Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena,
Patrocínio infiel
autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo:
Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio,
I – com inobservância de limite, condição ou montante
em juízo, lhe é confiado:
estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal;
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Patrocínio simultâneo ou tergiversação II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o
limite máximo autorizado por lei. (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou
10.028, de 2000)
procurador judicial que defende na mesma causa,
simultânea ou sucessivamente, partes contrárias. Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a
Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de
pagar, de despesa que não tenha sido previamente
restituir autos, documento ou objeto de valor probatório,
empenhada ou que exceda limite estabelecido em lei:
que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
Exploração de prestígio pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra Assunção de obrigação no último ano do mandato ou
utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor,
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação,
intérprete ou testemunha:
nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo
exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o
exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente
agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também
de disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de
se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
2000)

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Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído pela Lei Interventores, e os crimes militares, revogam-se as
nº 10.028, de 2000) disposições em contrário.
Ordenação de despesa não autorizada (Incluído pela Lei nº Art. 361 - Este Código entrará em vigor no dia 1º de janeiro
10.028, de 2000) de 1942.
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: (Incluído Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1940; 119º da
pela Lei nº 10.028, de 2000) Independência e 52º da República.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela GETÚLIO VARGAS
Lei nº 10.028, de 2000)
Francisco Campos
Prestação de garantia graciosa (Incluído pela Lei nº 10.028,
Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.1940
de 2000)
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que
tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou
LEI Nº 8.072/1990
superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei:
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º,
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído providências.
pela Lei nº 10.028, de 2000)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
Não cancelamento de restos a pagar (Incluído pela Lei nº Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
10.028, de 2000)
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes,
Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação
valor superior ao permitido em lei: (Incluído pela Lei nº dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
10.028, de 2000)
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só
pela Lei nº 10.028, de 2000) agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III,
IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de
Aumento de despesa total com pessoal no último ano do
2015)
mandato ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de
2000) I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129,
§ 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º),
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete
quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos
aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta
arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura:
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000))
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
Lei nº 10.028, de 2000) grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº
13.142, de 2015)
Oferta pública ou colocação de títulos no mercado (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000) II - latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); (Inciso incluído pela
Lei nº 8.930, de 1994)
Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública
ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º);
pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
estejam registrados em sistema centralizado de liquidação e
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art.
de custódia: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
159, caput, e §§ lo, 2º e 3º); (Inciso incluído pela Lei nº
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela 8.930, de 1994)
Lei nº 10.028, de 2000)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação
Disposições Finais dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 360 - Ressalvada a legislação especial sobre os crimes VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e
contra a existência, a segurança e a integridade do Estado e 4º); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
contra a guarda e o emprego da economia popular, os crimes
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º).
de imprensa e os de falência, os de responsabilidade do
(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
Presidente da República e dos Governadores ou

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VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o
de 1998) apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza."
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º;
273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270;
Lei nº 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a
pela Lei nº 9.695, de 1998) seguinte redação:
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de "Art. 157. .
exploração sexual de criança ou adolescente ou de
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de
vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído
reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta
pela Lei nº 12.978, de 2014)
morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime multa.
de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de
Art. 159. .
1º de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma
de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou consumados.
§ 1º .
(Redação dada pela Lei nº 13.497, de 2017)
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são § 2º .
insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante)
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
I - anistia, graça e indulto;
§ 3º .
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida
Art. 213. .
inicialmente em regime fechado. (Redação dada
pela Lei nº 11.464, de 2007) Pena - reclusão, de seis a dez anos.
§ 2º A progressão de regime, no caso dos condenados aos Art. 214. .
crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento
Pena - reclusão, de seis a dez anos.
de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e
de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei Art. 223. .
nº 11.464, de 2007)
Pena - reclusão, de oito a doze anos.
§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá
Parágrafo único. .
fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
(Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.
§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, Art. 267. .
de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual
período em caso de extrema e comprovada necessidade. Art. 270. ..
(Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007) Pena - reclusão, de dez a quinze anos."
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte
segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas parágrafo:
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja
permanência em presídios estaduais ponha em risco a "Art. 159. .
ordem ou incolumidade pública. § 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-
Art. 4º (Vetado). autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação
do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços."
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte
inciso: Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista
no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes
"Art. 83. . hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico

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Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da


à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com
desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo
Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados
(Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º,
213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e III - os processos da competência da Justiça Militar;
parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput
IV - os processos da competência do tribunal especial
e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de
(Constituição, art. 122, nº 17);
metade, respeitado o limite superior de trinta anos de
reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº
referidas no art. 224 também do Código Penal. 130)
Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos
passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte processos referidos nos nº IV e V, quando as leis especiais
redação: que os regulam não dispuserem de modo diverso.
"Art. 35. . Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo
anterior.
serão contados em dobro quando se tratar dos crimes
previstos nos arts. 12, 13 e 14." Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação
extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento
Art. 11. (Vetado).
dos princípios gerais de direito.
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
TÍTULO II
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
Do Inquérito Policial
Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades
da República.
policiais no território de suas respectivas circunscrições e
FERNANDO COLLOR terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
(Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995)
Bernardo Cabral
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não
Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.7.1990
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja
cometida a mesma função.
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será
PENAL iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do
DECRETO-LEI Nº 3.689/1941 Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de
quem tiver qualidade para representá-lo.
Código de Processo Penal.
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe que possível:
confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
LIVRO I
b) a individualização do indiciado ou seus sinais
Do Processo Em Geral característicos e as razões de convicção ou de presunção de
TÍTULO I ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade
de o fazer;
Disposições Preliminares
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território profissão e residência.
brasileiro, por este Código, ressalvados:
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura
I - os tratados, as convenções e regras de direito de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
internacional;
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da
existência de infração penal em que caiba ação pública

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poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste
informações, mandará instaurar inquérito. caso, rubricadas pela autoridade.
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se
de representação, não poderá sem ela ser iniciado. o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir
somente poderá proceder a inquérito a requerimento de do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de
quem tenha qualidade para intentá-la. 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração
apurado e enviará autos ao juiz competente.
penal, a autoridade policial deverá:
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem
o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde
criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) possam ser encontradas.

II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, § 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado
após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão
realizadas no prazo marcado pelo juiz.
III - colher todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que
interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.
IV - ouvir o ofendido;
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo
o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
Ihe tenham ouvido a leitura; I - fornecer às autoridades judiciárias as informações
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a necessárias à instrução e julgamento dos processos;
acareações; II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de Ministério Público;
corpo de delito e a quaisquer outras perícias; III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo autoridades judiciárias;
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha IV - representar acerca da prisão preventiva.
de antecedentes;
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A,
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de
vista individual, familiar e social, sua condição econômica, 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei
sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
para a apreciação do seu temperamento e caráter. delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos
X - colher informações sobre a existência de filhos, do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de
nº 13.257, de 2016) 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (Incluído pela Lei
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido nº 13.344, de 2016) (Vigência)
praticada de determinado modo, a autoridade policial I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei
Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o nº 13.344, de 2016) (Vigência)
disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
III - a identificação da unidade de polícia judiciária
responsável pela investigação. (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016) (Vigência)

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Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia,
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas de outras provas tiver notícia.
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os
que disponibilizem imediatamente os meios técnicos
autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente,
adequados – como sinais, informações e outros – que
onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o
em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
pedir, mediante traslado.
(Vigência)
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
posicionamento da estação de cobertura, setorização e
sociedade.
intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016) (Vigência) Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe
forem solicitados, a autoridade policial não poderá
§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de Lei nº 12.681, de 2012)
qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial,
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá
conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº 13.344,
sempre de despacho nos autos e somente será permitida
de 2016) (Vigência)
quando o interesse da sociedade ou a conveniência da
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel investigação o exigir.
celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de
por uma única vez, por igual período; (Incluído pela
três dias, será decretada por despacho fundamentado do
Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o
será necessária a apresentação de ordem judicial. disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963)
(Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial
deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver
duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência mais de uma circunscrição policial, a autoridade com
policial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja
(Vigência) procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra,
independentemente de precatórias ou requisições, e bem
§ 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12
assim providenciará, até que compareça a autoridade
(doze) horas, a autoridade competente requisitará às
competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
presença, noutra circunscrição.
telemática que disponibilizem imediatamente os meios
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de
delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. Identificação e Estatística, ou repartição congênere,
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado
poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou TÍTULO III
não, a juízo da autoridade.
Da Ação Penal
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
pela autoridade policial.
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de
devolução do inquérito à autoridade policial, senão para representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da representá-lo.
denúncia.
§ 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar ausente por decisão judicial, o direito de representação
autos de inquérito. passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

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(Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do
27.8.1993) Ministério Público, pelo juiz competente para o processo
penal.
§ 2º Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento
do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos,
ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu
27.8.1993) representante legal.
Art. 25. A representação será irretratável, depois de Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de
oferecida a denúncia. queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente
mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31,
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com
podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação,
o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria
caso o querelante desista da instância ou a abandone.
expedida pela autoridade judiciária ou policial.
Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a
constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser
iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a
representadas por quem os respectivos contratos ou
ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre
estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus
o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os
diretores ou sócios-gerentes.
elementos de convicção.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
representante legal, decairá no direito de queixa ou de
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor
juiz, no caso de considerar improcedentes as razões
do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de
prazo para o oferecimento da denúncia.
informação ao procurador-geral, e este oferecerá a
denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos
só então estará o juiz obrigado a atender. dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido,
pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao pessoalmente ou por procurador com poderes especiais,
Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do do Ministério Público, ou à autoridade policial.
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a
§ 1º A representação feita oralmente ou por escrito, sem
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar
assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu
a ação como parte principal.
representante legal ou procurador, será reduzida a termo,
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do
representá-lo caberá intentar a ação privada. Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado § 2º A representação conterá todas as informações que
ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou possam servir à apuração do fato e da autoria.
prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
§ 3º Oferecida ou reduzida a termo a representação, a
descendente ou irmão.
autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado
§ 4º A representação, quando feita ao juiz ou perante este
para promover a ação penal.
reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para
§ 1º Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover que esta proceda a inquérito.
às despesas do processo, sem privar-se dos recursos
§ 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito,
indispensáveis ao próprio sustento ou da família.
se com a representação forem oferecidos elementos que o
§ 2º Será prova suficiente de pobreza o atestado da habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá
autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. a denúncia no prazo de quinze dias.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os
mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os
daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador documentos necessários ao oferecimento da denúncia.

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Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados
criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em
do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa relação ao que o recusar.
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos,
rol das testemunhas.
o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação representante legal, mas o perdão concedido por um,
penal. havendo oposição do outro, não produzirá efeito.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou
poderes especiais, devendo constar do instrumento do retardado mental e não tiver representante legal, ou
mandato o nome do querelante e a menção do fato colidirem os interesses deste com os do querelado, a
criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz lhe
de diligências que devem ser previamente requeridas no nomear.
juízo criminal.
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se-
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52.
ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com
quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do
poderes especiais.
processo.
Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o
disposto no art. 50.
réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão
do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos
e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último os meios de prova.
caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa
(art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do
nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três
Ministério Público receber novamente os autos.
dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado
§ 1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito de que o seu silêncio importará aceitação.
policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a
á da data em que tiver recebido as peças de informações ou
punibilidade.
a representação
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de
§ 2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias,
declaração assinada pelo querelado, por seu representante
contado da data em que o órgão do Ministério Público
legal ou procurador com poderes especiais.
receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do
tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante
prosseguindo-se nos demais termos do processo. queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o
esclarecimentos e documentos complementares ou novos andamento do processo durante 30 dias seguidos;
elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente,
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua
de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou
incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no
possam fornecê-los.
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no
obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará art. 36;
pela sua indivisibilidade.
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar
relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas
alegações finais;
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada
pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se
com poderes especiais. extinguir sem deixar sucessor.
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer
menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.
este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá
Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério
o direito do primeiro.
Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em

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apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente, § 2º Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu
concederá o prazo de cinco dias para a prova, proferindo a paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar
decisão dentro de cinco dias ou reservando-se para apreciar conhecimento do fato.
a matéria na sentença final.
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu,
da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, ainda quando conhecido o lugar da infração.
declarará extinta a punibilidade.
CAPÍTULO III
TÍTULO V
Da Competência Pela Natureza Da Infração
Da Competência
Art. 74. A competência pela natureza da infração será
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a
competência privativa do Tribunal do Júri.
I - o lugar da infração:
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes
II - o domicílio ou residência do réu;
previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123,
III - a natureza da infração; 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou
tentados. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
IV - a distribuição;
§ 2º Se, iniciado o processo perante um juiz, houver
V - a conexão ou continência;
desclassificação para infração da competência de outro, a
VI - a prevenção; este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a
jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua
VII - a prerrogativa de função.
competência prorrogada.
CAPÍTULO I
§ 3º Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para
Da Competência Pelo Lugar Da Infração outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-
á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo
pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá
lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
proferir a sentença (art. 492, § 2º).
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução. CAPÍTULO IV
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração Da Competência Por Distribuição
se consumar fora dele, a competência será determinada pelo
Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência
lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de
quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de
execução.
um juiz igualmente competente.
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do
Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da
território nacional, será competente o juiz do lugar em que
concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva
o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia
ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa
produzir seu resultado.
prevenirá a da ação penal.
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais
CAPÍTULO V
jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a
infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais Da Competência Por Conexão Ou Continência
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente,
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas,
competência firmar-se-á pela prevenção.
ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo
CAPÍTULO II e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
Da Competência Pelo Domicílio Ou Residência Do Réu II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para
facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a
ou vantagem em relação a qualquer delas;
competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do
réu. III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas
circunstâncias elementares influir na prova de outra
§ 1º Se o réu tiver mais de uma residência, a competência
infração.
firmar-se-á pela prevenção.

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Art. 77. A competência será determinada pela continência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença
quando: absolutória ou que desclassifique a infração para outra que
não se inclua na sua competência, continuará competente
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma
em relação aos demais processos.
infração;
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos
competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a
arts. 51, § 1º, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal.
desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou acusado, de maneira que exclua a competência do júri,
continência, serão observadas as seguintes regras: remeterá o processo ao juízo competente.
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição
órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do prevalente deverá avocar os processos que corram perante
júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença
definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará,
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria:
ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
penas.
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada
CAPÍTULO VI
a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263,
de 23.2.1948) Da Competência Por Prevenção
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez
número de infrações, se as respectivas penas forem de igual que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente
gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver
23.2.1948) antecedido aos outros na prática de algum ato do processo
ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros
oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3º, 71,
casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
72, § 2º, e 78, II, c).
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias,
CAPÍTULO VII
predominará a de maior graduação; (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Da Competência Pela Prerrogativa De Função
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do
prevalecerá esta. (Redação dada pela Lei nº 263, Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça,
de 23.2.1948) dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que
Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de
devam responder perante eles por crimes comuns e de
processo e julgamento, salvo:
responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; 10.628, de 24.12.2002)
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que
menores. forem querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à
jurisdição do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de
§ 1º Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se,
Apelação, àquele ou a estes caberá o julgamento, quando
em relação a algum co-réu, sobrevier o caso previsto no art.
oposta e admitida a exceção da verdade.
152.
Art. 86. Ao Supremo Tribunal Federal competirá,
§ 2º A unidade do processo não importará a do julgamento,
privativamente, processar e julgar:
se houver co-réu foragido que não possa ser julgado à
revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461. I - os seus ministros, nos crimes comuns;
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando II - os ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com os
as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de do Presidente da República;
tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo
III - o procurador-geral da República, os desembargadores
número de acusados e para não lhes prolongar a prisão
dos Tribunais de Apelação, os ministros do Tribunal de
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar
Contas e os embaixadores e ministros diplomáticos, nos
conveniente a separação.
crimes comuns e de responsabilidade.
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou
continência, ainda que no processo da sua competência

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Art. 87. Competirá, originariamente, aos Tribunais de Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer,
Apelação o julgamento dos governadores ou interventores sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação
nos Estados ou Territórios, e prefeito do Distrito Federal, dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
seus respectivos secretários e chefes de Polícia, juízes de
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a
instância inferior e órgãos do Ministério Público.
produção antecipada de provas consideradas urgentes e
CAPÍTULO VIII relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei
Disposições Especiais
nº 11.690, de 2008)
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida
houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver
sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº
residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da
11.690, de 2008)
República.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
águas territoriais da República, ou nos rios e lagos
violação a normas constitucionais ou legais.
fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais,
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do
primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das
o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade
que houver tocado. entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser
obtidas por uma fonte independente das primeiras.
Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional,
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
dentro do espaço aéreo correspondente ao território
brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave § 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só,
estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da
território nacional, serão processados e julgados pela justiça investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir
da comarca em cujo território se verificar o pouso após o ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690,
crime, ou pela da comarca de onde houver partido a de 2008)
aeronave.
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova
Art. 91. Se não se firmar a competência de acordo com as declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão
normas estabelecidas nos arts. 89 e 90, será competente o judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
juízo da Capital da República. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com § 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
as normas estabelecidas nos arts. 89 e 90, a competência se
CAPÍTULO II
firmará pela prevenção. (Redação dada pela Lei nº
4.893, de 9.12.1965) Do Exame Do Corpo De Delito, E Das Perícias Em Geral
TÍTULO VII Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
Da Prova
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
CAPÍTULO I
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame
Disposições Gerais de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:
(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação
da prova produzida em contraditório judicial, não podendo I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa
cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação
com deficiência. (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso
serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil.
superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2
(duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica, dentre as que

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tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o
exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) que declararão no auto.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o
e fielmente desempenhar o encargo. (Redação simples exame externo do cadáver, quando não houver
dada pela Lei nº 11.690, de 2008) infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de
necessidade de exame interno para a verificação de alguma
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a
circunstância relevante.
formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a
autoridade providenciará para que, em dia e hora
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se
juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo
lavrará auto circunstanciado.
pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou
particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às
desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem
partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690,
indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar
de 2008)
não destinado a inumações, a autoridade procederá às
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição
intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas
em que forem encontrados, bem como, na medida do
sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez)
possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no
dias, podendo apresentar as respostas em laudo
local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862,
complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de
de 28.3.1994)
2008)
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver,
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar
os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame
pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos
provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente
em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
rubricados.
2008)
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material
exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto
probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado
de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou
no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua
pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o
assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
cadáver, com todos os sinais e indicações.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de
autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser
uma área de conhecimento especializado, poder-se-á
úteis para a identificação do cadáver.
designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte
indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por
Lei nº 11.690, de 2008) haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal
poderá suprir-lhe a falta.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde
descreverão minuciosamente o que examinarem, e Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame
responderão aos quesitos formulados. (Redação pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) complementar por determinação da autoridade policial ou
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo
Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em
casos excepcionais, a requerimento dos peritos. § 1º No exame complementar, os peritos terão presente o
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou
retificá-lo.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em
qualquer dia e a qualquer hora. § 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do
delito no art. 129, § 1º, I, do Código Penal, deverá ser feito
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois
logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do
do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de
crime.

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§ 3º A falta de exame complementar poderá ser suprida pela por precatória, em que se consignarão as palavras que a
prova testemunhal. pessoa será intimada a escrever.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos
praticada a infração, a autoridade providenciará empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes
imediatamente para que não se altere o estado das coisas verificar a natureza e a eficiência.
até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos
com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
até o ato da diligência.
(Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as
far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de
alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as
ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser
conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
feita pelo juiz deprecante.
(Incluído pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão
transcritos na precatória.
material suficiente para a eventualidade de nova perícia.
Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao processo
esquemas. o laudo assinado pelos peritos.
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou Art. 179. No caso do § 1º do art. 159, o escrivão lavrará o
rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, se
de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, presente ao exame, também pela autoridade.
indicarão com que instrumentos, por que meios e em que
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o
época presumem ter sido o fato praticado.
laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito e
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de rubricado em suas folhas por todos os peritos.
coisas destruídas, deterioradas ou que constituam produto
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão
do crime.
consignadas no auto do exame as declarações e respostas de
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
procederão à avaliação por meio dos elementos existentes laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
nos autos e dos que resultarem de diligências. de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo
exame por outros peritos.
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa
e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no
resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão caso de omissões, obscuridades ou contradições, a
do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que autoridade judiciária mandará suprir a formalidade,
interessarem à elucidação do fato. complementar ou esclarecer o laudo. (Redação
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por
comparação de letra, observar-se-á o seguinte: Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que
se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito
conveniente.
será intimada para o ato, se for encontrada;
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-
II - para a comparação, poderão servir quaisquer
lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido
judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública,
cuja autenticidade não houver dúvida; observar-se-á o disposto no art. 19.
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou
exame, os documentos que existirem em arquivos ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes,
estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
se daí não puderem ser retirados;
CAPÍTULO III
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem
Do Interrogatório Do Acusado
insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa
escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade
mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e
interrogado na presença de seu defensor, constituído ou

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nomeado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela
1º.12.2003) Lei nº 11.900, de 2009)
§ 1º O interrogatório do réu preso será realizado, em sala § 7º Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo
própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde nas hipóteses em que o interrogatório não se realizar na
que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do forma prevista nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do pela Lei nº 11.900, de 2009)
defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela
§ 8º Aplica-se o disposto nos §§ 2º, 3º, 4º e 5º deste artigo,
Lei nº 11.900, de 2009)
no que couber, à realização de outros atos processuais que
§ 2º Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, dependam da participação de pessoa que esteja presa, como
de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição
interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência de testemunha ou tomada de declarações do ofendido.
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária
§ 9º Na hipótese do § 8º deste artigo, fica garantido o
para atender a uma das seguintes finalidades:
acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu
(Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)
defensor. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a
suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável
(Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado
em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;
do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo
(Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou permanecer calado e de não responder perguntas que lhe
da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento forem formuladas. (Redação dada pela Lei nº
destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste 10.792, de 1º.12.2003)
Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão,
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.
(Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 3º Da decisão que determinar a realização de Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes:
interrogatório por videoconferência, as partes serão sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.
intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Incluído (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 1º Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre
§ 4º Antes do interrogatório por videoconferência, o preso a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades
poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa,
realização de todos os atos da audiência única de instrução notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em
e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve
Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta,
se a cumpriu e outros dados familiares e sociais.
§ 5º Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada
com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica § 2º Na segunda parte será perguntado sobre:
também garantido o acesso a canais telefônicos reservados (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; (Incluído
o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
este e o preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de
2009) II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo
particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a
§ 6º A sala reservada no estabelecimento prisional para a
quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e
realização de atos processuais por sistema de
se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo
dela; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
juiz de cada causa, como também pelo Ministério Público e

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III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e Art. 193. Quando o interrogando não falar a língua nacional,
se teve notícia desta; (Incluído pela Lei nº 10.792, o interrogatório será feito por meio de intérprete.
de 1º.12.2003) (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
IV - as provas já apuradas; (Incluído pela Lei nº Art. 195. Se o interrogado não souber escrever, não puder ou
10.792, de 1º.12.2003) não quiser assinar, tal fato será consignado no termo.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por
inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de
qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a
10.792, de 1º.12.2003)
infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e
tenha sido apreendido; (Incluído pela Lei nº CAPÍTULO IV
10.792, de 1º.12.2003)
Da Confissão
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios
elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração;
adotados para os outros elementos de prova, e para a sua
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. do processo, verificando se entre ela e estas existe
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) compatibilidade ou concordância.
Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas
partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando poderá constituir elemento para a formação do
as perguntas correspondentes se o entender pertinente e convencimento do juiz.
relevante. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório,
1º.12.2003)
será tomada por termo nos autos, observado o disposto no
Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em art. 195.
parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar provas.
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
do livre convencimento do juiz, fundado no exame das
Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os provas em conjunto.
motivos e circunstâncias do fato e se outras pessoas
CAPÍTULO V
concorreram para a infração, e quais sejam. (Redação
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) DO OFENDIDO
Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
separadamente. (Redação dada pela Lei nº
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e
10.792, de 1º.12.2003)
perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja
Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo- ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar,
mudo será feito pela forma seguinte: (Redação tomando-se por termo as suas declarações.
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que § 1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem
ele responderá oralmente; (Redação dada pela motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) autoridade. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
2008)
II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente,
respondendo-as por escrito; (Redação dada pela § 2º O ofendido será comunicado dos atos processuais
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à
designação de data para audiência e à sentença e respectivos
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por
acórdãos que a mantenham ou modifiquem.
escrito e do mesmo modo dará as respostas.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 3º As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no
Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou
endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção do
escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob
ofendido, o uso de meio eletrônico. (Incluído
compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo.
pela Lei nº 11.690, de 2008)
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

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§ 4º Antes do início da audiência e durante a sua realização, Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir
será reservado espaço separado para o ofendido. outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1º Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as
§ 5º Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o pessoas a que as testemunhas se referirem.
ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente
§ 2º Não será computada como testemunha a pessoa que
nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a
nada souber que interesse à decisão da causa.
expensas do ofensor ou do Estado. (Incluído pela Lei
nº 11.690, de 2008) Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma de per
si, de modo que umas não saibam nem ouçam os
§ 6º O juiz tomará as providências necessárias à preservação
depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das
da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido,
penas cominadas ao falso testemunho. (Redação dada
podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em
pela Lei nº 11.690, de 2008)
relação aos dados, depoimentos e outras informações
constantes dos autos a seu respeito para evitar sua Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua
exposição aos meios de comunicação. (Incluído realização, serão reservados espaços separados para a
pela Lei nº 11.690, de 2008) garantia da incomunicabilidade das testemunhas.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
CAPÍTULO VI
Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer
Das Testemunhas
que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha. a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade
policial para a instauração de inquérito.
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a
promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for Parágrafo único. Tendo o depoimento sido prestado em
perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu plenário de julgamento, o juiz, no caso de proferir decisão na
estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua audiência (art. 538, § 2º), o tribunal (art. 561), ou o conselho
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, de sentença, após a votação dos quesitos, poderão fazer
ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que apresentar imediatamente a testemunha à autoridade
souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as policial.
circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes
credibilidade.
diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa
permitido à testemunha trazê-lo por escrito. ou importarem na repetição de outra já respondida.
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto,
breve consulta a apontamentos. Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz
poderá complementar a inquirição. (Incluído pela Lei
Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da
nº 11.690, de 2008)
testemunha, o juiz procederá à verificação pelos meios ao
seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste
desde logo. suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da
narrativa do fato.
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação
de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão
ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou
ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro de fé. O juiz fará consignar a contradita ou arguição e a
modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou
circunstâncias. não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts.
207 e 208.
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão
de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar Art. 215. Na redação do depoimento, o juiz deverá cingir-se,
segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, tanto quanto possível, às expressões usadas pelas
quiserem dar o seu testemunho. testemunhas, reproduzindo fielmente as suas frases.
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido a
203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a
(quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206. testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá

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a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz
ambos. será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência,
expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá
razoável, intimadas as partes.
causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à
testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a § 1º A expedição da precatória não suspenderá a instrução
verdade do depoimento, fará a inquirição por criminal.
videoconferência e, somente na impossibilidade dessa
§ 2º Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o
forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na
julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez
inquirição, com a presença do seu defensor. (Redação
devolvida, será junta aos autos.
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3º Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de
Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas
testemunha poderá ser realizada por meio de
previstas no caput deste artigo deverá constar do termo,
videoconferência ou outro recurso tecnológico de
assim como os motivos que a determinaram. (Incluído
transmissão de sons e imagens em tempo real, permitida a
pela Lei nº 11.690, de 2008)
presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive,
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de durante a realização da audiência de instrução e julgamento.
comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja
Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se
conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio
demonstrada previamente a sua imprescindibilidade,
da força pública.
arcando a parte requerente com os custos de envio.
Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por
Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o disposto
crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das
nos §§ 1º e 2º do art. 222 deste Código. (Incluído pela
custas da diligência. (Redação dada pela Lei nº 6.416,
Lei nº 11.900, de 2009)
de 24.5.1977)
Art. 223. Quando a testemunha não conhecer a língua
Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou
nacional, será nomeado intérprete para traduzir as
por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas
perguntas e respostas.
onde estiverem.
Parágrafo único. Tratando-se de mudo, surdo ou surdo-
Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os
mudo, proceder-se-á na conformidade do art. 192.
senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os
governadores de Estados e Territórios, os secretários de Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de um
Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela
deputados às Assembleias Legislativas Estaduais, os simples omissão, às penas do não-comparecimento.
membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se,
Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito
ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos
ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá,
em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o
de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-
juiz. (Redação dada pela Lei nº 3.653, de 4.11.1959)
lhe antecipadamente o depoimento.
§ 1º O Presidente e o Vice-Presidente da República, os
CAPÍTULO VII
presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e
do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação Do Reconhecimento De Pessoas E Coisas
de depoimento por escrito, caso em que as perguntas,
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o
formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão
reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte
transmitidas por ofício. (Redação dada pela Lei nº 6.416,
forma:
de 24.5.1977)
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será
§ 2º Os militares deverão ser requisitados à autoridade
convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
superior. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será
§ 3º Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art.
colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem
218, devendo, porém, a expedição do mandado ser
qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o
imediatamente comunicada ao chefe da repartição em que
reconhecimento a apontá-la;
servirem, com indicação do dia e da hora marcados.
(Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para
o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra

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influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo
ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito,
não veja aquela; ainda que não haja consentimento do signatário.
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento
pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa,
chamada para proceder ao reconhecimento e por duas providenciará, independentemente de requerimento de
testemunhas presenciais. qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível.
Parágrafo único. O disposto no nº III deste artigo não terá Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão
aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de submetidas a exame pericial, quando contestada a sua
julgamento. autenticidade.
Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem
as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário,
aplicável. traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa
idônea nomeada pela autoridade.
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o
reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando
prova em separado, evitando-se qualquer comunicação conferidas com o original, em presença da autoridade.
entre elas.
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo,
CAPÍTULO VIII quando não exista motivo relevante que justifique a sua
conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e
Da Acareação
ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os
Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre produziu, ficando traslado nos autos.
acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado
CAPÍTULO X
ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas
ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, Dos Indícios
sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por
que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a indução, concluir-se a existência de outra ou outras
termo o ato de acareação. circunstâncias.
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações CAPÍTULO XI
divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a
Da Busca E Da Apreensão
conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto
o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas
testemunha ausente, transcrevendo-se as declarações desta
razões a autorizarem, para:
e as da testemunha presente, nos pontos em que divergirem,
bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete a) prender criminosos;
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios
forma estabelecida para a testemunha presente. Esta
criminosos;
diligência só se realizará quando não importe demora
prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente. c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação
e objetos falsificados ou contrafeitos;
CAPÍTULO IX
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na
Dos Documentos
prática de crime ou destinados a fim delituoso;
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à
apresentar documentos em qualquer fase do processo.
defesa do réu;
Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos,
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado
instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.
ou em seu poder, quando haja suspeita de que o
Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação
autenticada, se dará o mesmo valor do original. do fato;
Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por g) apreender pessoas vítimas de crimes;
meios criminosos, não serão admitidas em juízo.

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h) colher qualquer elemento de convicção. § 6º Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será
imediatamente apreendida e posta sob custódia da
§ 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada
autoridade ou de seus agentes.
suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou
objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo § 7º Finda a diligência, os executores lavrarão auto
anterior. circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas
presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4º.
Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária
não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior,
precedida da expedição de mandado. quando se tiver de proceder a busca em compartimento
habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a
em compartimento não aberto ao público, onde alguém
requerimento de qualquer das partes.
exercer profissão ou atividade.
Art. 243. O mandado de busca deverá:
Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será procurada, os motivos da diligência serão comunicados a
realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou quem tiver sofrido a busca, se o requerer.
morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa
Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que
que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
não moleste os moradores mais do que o indispensável para
II - mencionar o motivo e os fins da diligência; o êxito da diligência.
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se
que o fizer expedir. não importar retardamento ou prejuízo da diligência.
§ 1º Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no
do mandado de busca. território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado,
quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de
§ 2º Não será permitida a apreensão de documento em
pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à competente
poder do defensor do acusado, salvo quando constituir
autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a
elemento do corpo de delito.
urgência desta.
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso
§ 1º Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em
de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a
seguimento da pessoa ou coisa, quando:
pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou
for determinada no curso de busca domiciliar. transporte, a seguirem sem interrupção, embora depois a
percam de vista;
Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia,
salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por
de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o informações fidedignas ou circunstâncias indiciárias, que
mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando- está sendo removida ou transportada em determinada
o, em seguida, a abrir a porta. direção, forem ao seu encalço.
§ 1º Se a própria autoridade der a busca, declarará § 2º Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para
previamente sua qualidade e o objeto da diligência. duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referidas
diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade
§ 2º Em caso de desobediência, será arrombada a porta e
dos mandados que apresentarem, poderão exigir as provas
forçada a entrada.
dessa legitimidade, mas de modo que não se frustre a
§ 3º Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de diligência.
força contra coisas existentes no interior da casa, para o
TÍTULO VIII
descobrimento do que se procura.
Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado E Defensor,
§ 4º Observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º, quando
ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a Dos Assistentes E Auxiliares Da Justiça
assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver
CAPÍTULO I
presente.
Do Juiz
§ 5º Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar,
o morador será intimado a mostrá-la. Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do
processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos,
podendo, para tal fim, requisitar a força pública.

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Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma
em que: estabelecida neste Código; e (Incluído pela Lei nº
11.719, de 2008).
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, II - fiscalizar a execução da lei. (Incluído pela Lei nº
como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, 11.719, de 2008).
autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu
funções ou servido como testemunha; cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem,
III - tiver funcionado como juiz de outra instância,
no que lhes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição
pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
e aos impedimentos dos juízes.
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou
CAPÍTULO III
afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive,
for parte ou diretamente interessado no feito. Do Acusado E Seu Defensor
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com
processo os juízes que forem entre si parentes, o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A
terceiro grau, inclusive. qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da
execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação,
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer,
far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da
poderá ser recusado por qualquer das partes:
validade dos atos precedentes.
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que,
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá
criminoso haja controvérsia; mandar conduzi-lo à sua presença. (Vide ADPF 395)(Vide
ADPF 444)
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim,
até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de
responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que lhe
das partes; for aplicável.
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido,
será processado ou julgado sem defensor.
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer
das partes; Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por
defensor público ou dativo, será sempre exercida através de
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade
manifestação fundamentada. (Incluído pela Lei nº
interessada no processo.
10.792, de 1º.12.2003)
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
parentesco por afinidade cessará pela dissolução do
casamento que lhe tiver dado causa, salvo sobrevindo Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado
descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo,
descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se,
o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no caso tenha habilitação.
processo.
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem obrigado a pagar os honorários do defensor dativo,
reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito arbitrados pelo juiz.
der motivo para criá-la.
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e
CAPÍTULO II solicitadores serão obrigados, sob pena de multa de cem a
quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados,
Do Ministério Público
quando nomeados pelo Juiz.
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: (Redação dada
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo
pela Lei nº 11.719, de 2008).
senão por motivo imperioso, comunicado previamente o
juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários

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mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. CAPÍTULO VI


(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Dos Peritos E Intérpretes
§ 1º A audiência poderá ser adiada se, por motivo
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à
justificado, o defensor não puder comparecer. (Incluído
disciplina judiciária.
pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito.
§ 2º Incumbe ao defensor provar o impedimento até a
abertura da audiência. Não o fazendo, o juiz não determinará Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a
o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos
defensor substituto, ainda que provisoriamente ou só para o mil-réis, salvo escusa atendível.
efeito do ato. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que,
Art. 266. A constituição de defensor independerá de sem justa causa, provada imediatamente:
instrumento de mandato, se o acusado o indicar por ocasião
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da
do interrogatório.
autoridade;
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão como
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
defensores os parentes do juiz.
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja
CAPÍTULO IV
feita, nos prazos estabelecidos.
Dos Assistentes
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.
intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido
Art. 279. Não poderão ser peritos:
ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das
pessoas mencionadas no Art. 31. I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito
mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar
em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou
se achar. opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir III - os analfabetos e os menores de 21 anos.
como assistente do Ministério Público.
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o
Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de disposto sobre suspeição dos juízes.
prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos,
os articulados, participar do debate oral e arrazoar os
equiparados aos peritos.
recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele
próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598. TÍTULO IX
§ 1º O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da Da Prisão, Das Medidas Cautelares E Da Liberdade
realização das provas propostas pelo assistente. Provisória
§ 2º O processo prosseguirá independentemente de nova (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
intimação do assistente, quando este, intimado, deixar de
CAPÍTULO I
comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do
julgamento, sem motivo de força maior devidamente Disposições Gerais
comprovado. Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente deverão ser aplicadas observando-se a: (Redação dada
sobre a admissão do assistente. pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não I - necessidade para aplicação da lei penal, para a
caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o investigação ou a instrução criminal e, nos casos
pedido e a decisão. expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
CAPÍTULO V
II - adequação da medida à gravidade do crime,
Dos Funcionários Da Justiça
circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no
que lhes for aplicável.

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§ 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome,
cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). alcunha ou sinais característicos;
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a
investigação criminal, por representação da autoridade
infração;
policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe
execução.
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de
ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o
cautelar, determinará a intimação da parte contrária, executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos
acompanhada de cópia do requerimento e das peças exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência.
necessárias, permanecendo os autos em juízo. (Incluído Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar;
pela Lei nº 12.403, de 2011). se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será
mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas.
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do
requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será
querelante, poderá substituir a medida, impor outra em imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o
cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva mandado.
(art. 312, parágrafo único). (Incluído pela Lei nº 12.403,
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja
de 2011).
exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a
§ 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quem será entregue cópia assinada pelo executor ou
quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem apresentada a guia expedida pela autoridade competente,
como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a devendo ser passado recibo da entrega do preso, com
justifiquem. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). declaração de dia e hora.
§ 6º A prisão preventiva será determinada quando não for Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio
cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. exemplar do mandado, se este for o documento exibido.
319). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional,
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante fora da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua
delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do
judiciária competente, em decorrência de sentença mandado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
condenatória transitada em julgado ou, no curso da
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por
investigação ou do processo, em virtude de prisão
qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o
temporária ou prisão preventiva. (Redação dada pela
motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
Lei nº 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se
§ 2º A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as
aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou
precauções necessárias para averiguar a autenticidade da
alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 3º O juiz processante deverá providenciar a remoção do
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a
preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
efetivação da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
inviolabilidade do domicílio. (Incluído pela Lei nº 12.403,
2011).
de 2011).
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a
registro do mandado de prisão em banco de dados mantido
indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga
pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade.
do preso.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o
§ 1º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
respectivo mandado.
determinada no mandado de prisão registrado no Conselho
Parágrafo único. O mandado de prisão: Nacional de Justiça, ainda que fora da competência
territorial do juiz que o expediu. (Incluído pela Lei nº
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
12.403, de 2011).

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§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres
decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios
Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar para a realização do parto e durante o trabalho de parto,
a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a bem como em mulheres durante o período de puerpério
decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro imediato. (Redação dada pela Lei nº 13.434, de 2017)
do mandado na forma do caput deste artigo. (Incluído
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com
pela Lei nº 12.403, de 2011).
segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa,
§ 3º A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de
local de cumprimento da medida o qual providenciará a prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor
certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na
e informará ao juízo que a decretou. (Incluído pela Lei casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o
nº 12.403, de 2011). executor, depois da intimação ao morador, se não for
atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do
incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas
inciso LXIII do art. 5º da Constituição Federal e, caso o
e efetuará a prisão.
autuado não informe o nome de seu advogado, será
comunicado à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu
12.403, de 2011). oculto em sua casa será levado à presença da autoridade,
para que se proceda contra ele como for de direito.
§ 5º Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a
legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o
preso, aplica-se o disposto no § 2º do art. 290 deste Código. disposto no artigo anterior, no que for aplicável.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à
§ 6º O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o disposição da autoridade competente, quando sujeitos a
registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste prisão antes de condenação definitiva:
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - os ministros de Estado;
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de
II - os governadores ou interventores de Estados ou
outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe
Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos
a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o
secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os
imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se
chefes de Polícia; (Redação dada pela Lei nº 3.181, de
for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção
11.6.1957)
do preso.
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de
§ 1º - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do
Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos
réu, quando:
Estados;
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção,
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
embora depois o tenha perdido de vista;
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados,
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o
do Distrito Federal e dos Territórios; (Redação dada
réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção,
pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
VI - os magistrados;
§ 2º Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões
para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores
legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em da República;
custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida.
VIII - os ministros de confissão religiosa;
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á
IX - os ministros do Tribunal de Contas;
feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, lhe
apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo. X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a
função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros,
de incapacidade para o exercício daquela função;
resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
autoridade competente, o executor e as pessoas que o XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e
auxiliarem poderão usar dos meios necessários para Territórios, ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se 5.126, de 20.9.1966)
lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.

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§ 1º A prisão especial, prevista neste Código ou em outras III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido
leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser
distinto da prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, autor da infração;
de 11.7.2001)
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas,
§ 2º Não havendo estabelecimento específico para o preso objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo infração.
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente
11.7.2001)
em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
§ 3º A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo,
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente,
atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela
ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura,
concorrência dos fatores de aeração, insolação e
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do
condicionamento térmico adequados à existência humana.
preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que
(Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a
§ 4º O preso especial não será transportado juntamente com imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas
o preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o
11.7.2001) auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
§ 5º Os demais direitos e deveres do preso especial serão os § 1º Resultando das respostas fundada a suspeita contra o
mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto
de 11.7.2001) no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá
nos atos do inquérito ou processo, se para isso for
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível,
competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que
serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de
o seja.
acordo com os respectivos regulamentos.
§ 2º A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto
Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela
de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor,
autoridade judiciária, a autoridade policial poderá expedir
deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
tantos outros quantos necessários às diligências, devendo
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original.
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de
não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será
mandado judicial, por qualquer meio de comunicação,
assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua
tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as
leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº
precauções necessárias para averiguar a autenticidade
11.113, de 2005)
desta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão
constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas
separadas das que já estiverem definitivamente condenadas,
idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato
nos termos da lei de execução penal. (Redação dada
de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
pela Lei nº 12.403, de 2011).
pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer
lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel
pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de
da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição
prestado o compromisso legal.
das autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011). Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
CAPÍTULO II
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à
Da Prisão Em Flagrante pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais
e seus agentes deverão prender quem quer que seja § 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da
encontrado em flagrante delito. prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
I - está cometendo a infração penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - acaba de cometê-la; § 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante
recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o

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motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). decretada em caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da
(art. 282, § 4º). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções,
constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida
declarações que fizer o preso e os depoimentos das a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela
testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo Lei nº 12.403, de 2011).
preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação
não o for a autoridade que houver presidido o auto.
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em
efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no
mais próximo.
inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela
liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante. Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra
deverá fundamentadamente: (Redação dada pela Lei a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa
nº 12.403, de 2011). com deficiência, para garantir a execução das medidas
protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403,
I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403,
de 2011).
de 2011).
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando
quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou
presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código,
quando esta não fornecer elementos suficientes para
e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente
cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº
em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese
12.403, de 2011).
recomendar a manutenção da medida. (Incluído pela Lei
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. nº 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos
flagrante, que o agente praticou o fato nas condições autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas
constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto- nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.
poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a
todos os atos processuais, sob pena de revogação.
prisão preventiva será sempre motivada. (Redação
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
CAPÍTULO III
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no
Da Prisão Preventiva correr do processo, verificar a falta de motivo para que
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do
razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo
5.349, de 3.11.1967)
juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento
do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por CAPÍTULO IV
representação da autoridade policial. (Redação dada
Da Prisão Domiciliar
pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada
crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
pela Lei nº 12.403, de 2011).

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Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança
domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo,
nº 12.403, de 2011). qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº
2011).
12.403, de 2011).
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - (Revogado).
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor
de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído IV - quando presentes os motivos que autorizam a
pela Lei nº 12.403, de 2011). decretação da prisão preventiva (art. 312). (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
2016) Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a
conceder nos seguintes limites: (Redação dada pela Lei
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
nº 12.403, de 2011).
incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar
idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; (Incluído
CAPÍTULO VI pela Lei nº 12.403, de 2011).
Da Liberdade Provisória, Com Ou Sem Fiança II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o
máximo da pena privativa de liberdade cominada for
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação
superior a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.403,
da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade
de 2011).
provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios § 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a
constantes do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
nº 12.403, de 2011). 2011).
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código;
fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº
ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
12.403, de 2011).
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá
Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada
em consideração a natureza da infração, as condições
pela Lei nº 12.403, de 2011).
pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como
12.403, de 2011). a importância provável das custas do processo, até final
julgamento.
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a
hediondos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for
intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou
para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança
militares, contra a ordem constitucional e o Estado
será havida como quebrada.
Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011). Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de
quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

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mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão
àquela autoridade o lugar onde será encontrado. ao pagamento das custas, da indenização do dano, da
prestação pecuniária e da multa, se o réu for condenado.
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
um livro especial, com termos de abertura e de
encerramento, numerado e rubricado em todas as suas Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no
folhas pela autoridade, destinado especialmente aos termos caso da prescrição depois da sentença condenatória (art. 110
de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e assinado pela do Código Penal). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-á 2011).
certidão para juntar-se aos autos.
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão pelo julgado sentença que houver absolvido o acusado ou
escrivão notificados das obrigações e da sanção previstas nos declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir,
arts. 327 e 328, o que constará dos autos. atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no
parágrafo único do art. 336 deste Código. (Redação
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos,
títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na
em hipoteca inscrita em primeiro lugar. espécie será cassada em qualquer fase do processo.
§ 1º A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida
preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela a existência de delito inafiançável, no caso de inovação na
autoridade. classificação do delito.
§ 2º Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa,
I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança
e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham
insuficiente;
livres de ônus.
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à
bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos
repartição arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao
metais ou pedras preciosas;
depositário público, juntando-se aos autos os respectivos
conhecimentos. III - quando for inovada a classificação do delito.
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será
puder fazer de pronto, o valor será entregue ao escrivão ou recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo,
pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de três não for reforçada.
dias dar-se-á ao valor o destino que lhe assina este artigo, o
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:
que tudo constará do termo de fiança.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de
para conceder a fiança a autoridade que presidir ao
comparecer, sem motivo justo; (Incluído pela Lei nº
respectivo auto, e, em caso de prisão por mandado, o juiz
12.403, de 2011).
que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial
a quem tiver sido requisitada a prisão. II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao
andamento do processo; (Incluído pela Lei nº 12.403,
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida
de 2011).
independentemente de audiência do Ministério Público,
este terá vista do processo a fim de requerer o que julgar III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente
conveniente. com a fiança; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não IV - resistir injustificadamente a ordem judicial; (Incluído
transitar em julgado a sentença condenatória. (Redação pela Lei nº 12.403, de 2011).
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - praticar nova infração penal dolosa. (Incluído pela
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a Lei nº 12.403, de 2011).
concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se
prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz
declarou quebrada a fiança, esta subsistirá em todos os seus
competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
efeitos.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará
na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir

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sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do
caso, a decretação da prisão preventiva. (Redação dada acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-
pela Lei nº 12.403, de 2011). á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta
preliminar.
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da
fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o Art. 515. No caso previsto no artigo anterior, durante o
início do cumprimento da pena definitivamente imposta. prazo concedido para a resposta, os autos permanecerão em
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). cartório, onde poderão ser examinados pelo acusado ou por
seu defensor.
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as
deduções previstas no art. 345 deste Código, o valor restante Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com
será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. documentos e justificações.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou
entregue a quem houver prestado a fiança, depois de do seu defensor, da inexistência do crime ou da
deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. improcedência da ação.
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por Art. 517. Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusado
meio de hipoteca, a execução será promovida no juízo cível citado, na forma estabelecida no Capítulo I do Título X do
pelo órgão do Ministério Público. Livro I.
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais Art. 518. Na instrução criminal e nos demais termos do
preciosos, o juiz determinará a venda por leiloeiro ou processo, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Título
corretor. I, deste Livro.
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando LIVRO III
a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe
Das Nulidades e dos Recursos em Geral
liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes
dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas TÍTULO II
cautelares, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº
Dos Recursos em Geral
12.403, de 2011).
CAPÍTULO X
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo
justo, qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar- Do Habeas Corpus E Seu Processo
se-á o disposto no § 4º do art. 282 deste Código.
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal
LIVRO II na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição
disciplinar.
Dos Processos em Espécie
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
TÍTULO II
I - quando não houver justa causa;
Dos Processos Especiais
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que
CAPÍTULO II
determina a lei;
Do Processo E Do Julgamento Dos Crimes
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência
De Responsabilidade Dos Funcionários Públicos para fazê-lo;
Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a
públicos, cujo processo e julgamento competirão aos juízes coação;
de direito, a queixa ou a denúncia será instruída com
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos
documentos ou justificação que façam presumir a existência
casos em que a lei a autoriza;
do delito ou com declaração fundamentada da
impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas. VI - quando o processo for manifestamente nulo;
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou VII - quando extinta a punibilidade.
queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua
a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro
jurisdição, fará passar imediatamente a ordem impetrada,
do prazo de quinze dias.
nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a
autoridade coatora.

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Art. 650. Competirá conhecer, originariamente, do pedido Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o
de habeas corpus: oficial de justiça ou a autoridade judiciária ou policial que
embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem de habeas
I - ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no Art.
corpus, as informações sobre a causa da prisão, a condução
101, I, g, da Constituição;
e apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado
II - aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de na quantia de duzentos mil-réis a um conto de réis, sem
violência ou coação forem atribuídos aos governadores ou prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão
interventores dos Estados ou Territórios e ao prefeito do impostas pelo juiz do tribunal que julgar o habeas corpus,
Distrito Federal, ou a seus secretários, ou aos chefes de salvo quando se tratar de autoridade judiciária, caso em que
Polícia. caberá ao Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de
Apelação impor as multas.
§ 1º A competência do juiz cessará sempre que a violência
ou coação provier de autoridade judiciária de igual ou Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se
superior jurisdição. julgar necessário, e estiver preso o paciente, mandará que
este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e hora que
§ 2º Não cabe o habeas corpus contra a prisão
designar.
administrativa, atual ou iminente, dos responsáveis por
dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, alcançados Parágrafo único. Em caso de desobediência, será expedido
ou omissos em fazer o seu recolhimento nos prazos legais, mandado de prisão contra o detentor, que será processado
salvo se o pedido for acompanhado de prova de quitação ou na forma da lei, e o juiz providenciará para que o paciente
de depósito do alcance verificado, ou se a prisão exceder o seja tirado da prisão e apresentado em juízo.
prazo legal.
Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum motivo
Art. 651. A concessão do habeas corpus não obstará, nem escusará a sua apresentação, salvo:
porá termo ao processo, desde que este não esteja em
I - grave enfermidade do paciente;
conflito com os fundamentos daquela.
Il - não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a
Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de
detenção;
nulidade do processo, este será renovado.
III - se o comparecimento não tiver sido determinado pelo
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de
juiz ou pelo tribunal.
habeas corpus, será condenada nas custas a autoridade que,
por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver determinado a Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local em que o paciente
coação. se encontrar, se este não puder ser apresentado por motivo
de doença.
Parágrafo único. Neste caso, será remetida ao Ministério
Público cópia das peças necessárias para ser promovida a Art. 658. O detentor declarará à ordem de quem o paciente
responsabilidade da autoridade. estiver preso.
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a
qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como violência ou coação ilegal, julgará prejudicado o pedido.
pelo Ministério Público.
Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente,
§ 1º A petição de habeas corpus conterá: o juiz decidirá, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e
quatro) horas.
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer
violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação § 1º Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto
ou ameaça; em liberdade, salvo se por outro motivo dever ser mantido
na prisão.
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso
de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu § 2º Se os documentos que instruírem a petição
temor; evidenciarem a ilegalidade da coação, o juiz ou o tribunal
ordenará que cesse imediatamente o constrangimento.
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo,
quando não souber ou não puder escrever, e a designação § 3º Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o
das respectivas residências. paciente admitido a prestar fiança, o juiz arbitrará o valor
desta, que poderá ser prestada perante ele, remetendo,
§ 2º Os juízes e os tribunais têm competência para expedir
neste caso, à autoridade os respectivos autos, para serem
de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de
anexados aos do inquérito policial ou aos do processo
processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência
judicial.
de sofrer coação ilegal.

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§ 4º Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar


ameaça de violência ou coação ilegal, dar-se-á ao paciente LEI Nº 7.960/1989
salvo-conduto assinado pelo juiz.
Dispõe sobre prisão temporária.
§ 5º Será incontinenti enviada cópia da decisão à autoridade
que tiver ordenado a prisão ou tiver o paciente à sua O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
disposição, a fim de juntar-se aos autos do processo. Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 6º Quando o paciente estiver preso em lugar que não seja Art. 1º Caberá prisão temporária:
o da sede do juízo ou do tribunal que conceder a ordem, o I - quando imprescindível para as investigações do inquérito
alvará de soltura será expedido pelo telégrafo, se houver, policial;
observadas as formalidades estabelecidas no art. 289,
parágrafo único, in fine, ou por via postal. II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não
fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua
Art. 661. Em caso de competência originária do Tribunal de
identidade;
Apelação, a petição de habeas corpus será apresentada ao
secretário, que a enviará imediatamente ao presidente do III - quando houver fundadas razões, de acordo com
tribunal, ou da câmara criminal, ou da turma, que estiver qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
reunida, ou primeiro tiver de reunir-se. participação do indiciado nos seguintes crimes:
Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do art. 654, § 1º, a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º);
o presidente, se necessário, requisitará da autoridade b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º
indicada como coatora informações por escrito. Faltando,
e 2º);
porém, qualquer daqueles requisitos, o presidente mandará
preenchê-lo, logo que Ihe for apresentada a petição. c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
Art. 663. As diligências do artigo anterior não serão d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º);
ordenadas, se o presidente entender que o habeas corpus e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§
deva ser indeferido in limine. Nesse caso, levará a petição ao 1º, 2º e 3º);
tribunal, câmara ou turma, para que delibere a respeito.
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223,
Art. 664. Recebidas as informações, ou dispensadas, o caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de
habeas corpus será julgado na primeira sessão, podendo, 1940)
entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão seguinte.
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua
Parágrafo único. A decisão será tomada por maioria de combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide
votos. Havendo empate, se o presidente não tiver tomado Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
parte na votação, proferirá voto de desempate; no caso
contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente. h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de
Art. 665. O secretário do tribunal lavrará a ordem que, 1940)
assinada pelo presidente do tribunal, câmara ou turma, será
dirigida, por ofício ou telegrama, ao detentor, ao carcereiro i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º);
ou autoridade que exercer ou ameaçar exercer o j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia
constrangimento. ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput,
Parágrafo único. A ordem transmitida por telegrama combinado com art. 285);
obedecerá ao disposto no art. 289, parágrafo único, in fine. l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
Art. 666. Os regimentos dos Tribunais de Apelação m) genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de
estabelecerão as normas complementares para o processo e outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
julgamento do pedido de habeas corpus de sua competência
originária. n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro
de 1976);
Art. 667. No processo e julgamento do habeas corpus de
competência originária do Supremo Tribunal Federal, bem o) crimes contra o sistema financeiro (Lei nº 7.492, de 16 de
como nos de recurso das decisões de última ou única junho de 1986).
instância, denegatórias de habeas corpus, observar-se-á, no p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei
que Ihes for aplicável, o disposto nos artigos anteriores, nº 13.260, de 2016)
devendo o regimento interno do tribunal estabelecer as
regras complementares. Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face
da representação da autoridade policial ou de requerimento

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do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias,


prorrogável por igual período em caso de extrema e LEGISLAÇÃO ESPECIAL
comprovada necessidade.
§ 1º Na hipótese de representação da autoridade policial, o
Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. LEI Nº 10.826/2003
§ 2º O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de
fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas –
quatro) horas, contadas a partir do recebimento da Sinarm, define crimes e dá outras providências.
representação ou do requerimento.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
§ 3º O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso
lhe seja apresentado, solicitar informações e CAPÍTULO I
esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame Do Sistema Nacional de Armas
de corpo de delito.
Art. 1º O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no
§ 4º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao circunscrição em todo o território nacional.
indiciado e servirá como nota de culpa.
Art. 2º Ao Sinarm compete:
§ 5º A prisão somente poderá ser executada depois da
expedição de mandado judicial. I – identificar as características e a propriedade de armas de
fogo, mediante cadastro;
§ 6º Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o
preso dos direitos previstos no art. 5º da Constituição II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e
Federal. vendidas no País;

§ 7º Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as
deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já renovações expedidas pela Polícia Federal;
tiver sido decretada sua prisão preventiva. IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio,
Art. 3º Os presos temporários deverão permanecer, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os
obrigatoriamente, separados dos demais detentos. dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
empresas de segurança privada e de transporte de valores;
Art. 4º O art. 4º da Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965,
fica acrescido da alínea i, com a seguinte redação: V – identificar as modificações que alterem as características
ou o funcionamento de arma de fogo;
"Art. 4º .
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de
medida de segurança, deixando de expedir em tempo VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as
oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
liberdade;" VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como
Art. 5º Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um conceder licença para exercer a atividade;
plantão permanente de vinte e quatro horas do Poder IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,
Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos varejistas, exportadores e importadores autorizados de
pedidos de prisão temporária. armas de fogo, acessórios e munições;
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. X – cadastrar a identificação do cano da arma, as
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário. características das impressões de raiamento e de
microestriamento de projétil disparado, conforme marcação
Brasília, 21 de dezembro de 1989; 168º da Independência e e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
101º da República.
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos
JOSÉ SARNEY Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de
J. Saulo Ramos porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem
como manter o cadastro atualizado para consulta.
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 22.12.1989
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as
armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como
as demais que constem dos seus registros próprios.

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CAPÍTULO II interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que


comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
Do Registro
características daquela a ser adquirida. (Incluído
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão pela Lei nº 11.706, de 2008)
competente.
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão validade em todo o território nacional, autoriza o seu
registradas no Comando do Exército, na forma do proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
regulamento desta Lei. interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o
ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou
interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de
atender aos seguintes requisitos:
2004)
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido
certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas
pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não
Sinarm.
estar respondendo a inquérito policial ou a processo
criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; § 2º Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4º
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) deverão ser comprovados periodicamente, em período não
inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no
II – apresentação de documento comprobatório de
regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de
ocupação lícita e de residência certa;
Registro de Arma de Fogo.
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão
§ 3º O proprietário de arma de fogo com certificados de
psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na
registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do
forma disposta no regulamento desta Lei.
Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não
§ 1º O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei
fogo após atendidos os requisitos anteriormente deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de
indicada, sendo intransferível esta autorização. documento de identificação pessoal e comprovante de
residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e
§ 2º A aquisição de munição somente poderá ser feita no
do cumprimento das demais exigências constantes dos
calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. (Redação
estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 4º Para fins do cumprimento do disposto no § 3º deste
§ 3º A empresa que comercializar arma de fogo em território
artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
Departamento de Polícia Federal, certificado de registro
competente, como também a manter banco de dados com
provisório, expedido na rede mundial de computadores -
todas as características da arma e cópia dos documentos
internet, na forma do regulamento e obedecidos os
previstos neste artigo.
procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº
§ 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios 11.706, de 2008)
e munições responde legalmente por essas mercadorias,
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet,
ficando registradas como de sua propriedade enquanto não
com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído
forem vendidas.
pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia
munições entre pessoas físicas somente será efetivada
Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que
mediante autorização do Sinarm.
estimar como necessário para a emissão definitiva do
§ 6º A expedição da autorização a que se refere o § 1º será certificado de registro de propriedade. (Incluído pela
concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no Lei nº 11.706, de 2008)
prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do
CAPÍTULO III
requerimento do interessado.
Do Porte
§ 7º O registro precário a que se refere o § 4º prescinde do
cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo. Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o
território nacional, salvo para os casos previstos em
§ 8º Estará dispensado das exigências constantes do inciso
legislação própria e para:
III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o

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I – os integrantes das Forças Armadas; § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e


guardas prisionais poderão portar arma de fogo de
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e
propriedade particular ou fornecida pela respectiva
V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da Força
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que
Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação
estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
dada pela Lei nº 13.500, de 2017)
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva;
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos
(Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos
mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento II - sujeitos à formação funcional, nos termos do
desta Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948) regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de
2014)
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios
com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000 III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle
(quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
(Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) (Vide ADIN 5538)
§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.993, de
(Vide ADIN 5948)
2014)
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de
§ 2º A autorização para o porte de arma de fogo aos
Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
do caput deste artigo está condicionada à comprovação do
República;
requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4º desta
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei.
IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas § 3º A autorização para o porte de arma de fogo das guardas
prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas municipais está condicionada à formação funcional de seus
portuárias; integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de
controle interno, nas condições estabelecidas no
valores constituídas, nos termos desta Lei;
regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério
IX – para os integrantes das entidades de desporto da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de
legalmente constituídas, cujas atividades esportivas 2004)
demandem o uso de armas de fogo, na forma do
§ 4º Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais
regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a
e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos
legislação ambiental.
Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal no art. 4º, ficam dispensados do cumprimento do disposto
do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do
Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada regulamento desta Lei.
pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma
Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso
de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde
do Ministério Público - CNMP. (Incluído pela que o interessado comprove a efetiva necessidade em
Lei nº 12.694, de 2012) requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes
documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput
2008)
deste artigo terão direito de portar arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva I - documento de identificação pessoal; (Incluído
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos pela Lei nº 11.706, de 2008)
termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito
II - comprovante de residência em área rural; e
nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela
Lei nº 11.706, de 2008)

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§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua § 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de
arma de fogo, independentemente de outras tipificações que trata este artigo fica condicionado à apresentação de
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por documentação comprobatória do preenchimento dos
disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação requisitos constantes do art. 4º desta Lei, bem como à
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) formação funcional em estabelecimentos de ensino de
atividade policial e à existência de mecanismos de
§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios
fiscalização e de controle interno, nas condições
que integram regiões metropolitanas será autorizado porte
estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído
de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela
pela Lei nº 12.694, de 2012)
Lei nº 11.706, de 2008)
§ 4º A listagem dos servidores das instituições de que trata
Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos empregados das
este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm.
empresas de segurança privada e de transporte de valores,
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas empresas, § 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a
somente podendo ser utilizadas quando em serviço, registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
devendo essas observar as condições de uso e de eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
pela Polícia Federal em nome da empresa. ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de
2012)
§ 1º O proprietário ou diretor responsável de empresa de
segurança privada e de transporte de valores responderá Art. 8º As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas
pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, legalmente constituídas devem obedecer às condições de
sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento
extravio de armas de fogo, acessórios e munições que desta Lei.
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça a autorização do
horas depois de ocorrido o fato.
porte de arma para os responsáveis pela segurança de
§ 2º A empresa de segurança e de transporte de valores cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
deverá apresentar documentação comprobatória do Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei,
preenchimento dos requisitos constantes do art. 4º desta Lei o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo
quanto aos empregados que portarão arma de fogo. para colecionadores, atiradores e caçadores e de
representantes estrangeiros em competição internacional
§ 3º A listagem dos empregados das empresas referidas
oficial de tiro realizada no território nacional.
neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao
Sinarm. Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso
permitido, em todo o território nacional, é de competência
Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das
da Polícia Federal e somente será concedida após
instituições descritas no inciso XI do art. 6º serão de
autorização do Sinarm.
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
instituições, somente podendo ser utilizadas quando em § 1º A autorização prevista neste artigo poderá ser
serviço, devendo estas observar as condições de uso e de concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo termos de atos regulamentares, e dependerá de o
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos requerente:
pela Polícia Federal em nome da instituição.
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
atividade profissional de risco ou de ameaça à sua
§ 1º A autorização para o porte de arma de fogo de que trata integridade física;
este artigo independe do pagamento de taxa.
II – atender às exigências previstas no art. 4º desta Lei;
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
III – apresentar documentação de propriedade de arma de
§ 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério
fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
Público designará os servidores de seus quadros pessoais no
exercício de funções de segurança que poderão portar arma § 2º A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste
de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o
cento) do número de servidores que exerçam funções de portador dela seja detido ou abordado em estado de
segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)

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embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
alucinógenas.
Omissão de cautela
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para
constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
relativos:
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo
I – ao registro de arma de fogo; que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
II – à renovação de registro de arma de fogo; Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo; Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário
ou diretor responsável de empresa de segurança e
IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência
V – à renovação de porte de arma de fogo; policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo
ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte
fogo.
quatro) horas depois de ocorrido o fato.
§ 1º Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e
do Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
responsabilidades. depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
§ 2º São isentas do pagamento das taxas previstas neste
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos
permitido, sem autorização e em desacordo com
I a VII e X e o § 5º do art. 6º desta Lei. (Redação dada
determinação legal ou regulamentar:
pela Lei nº 11.706, de 2008)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as
condições do credenciamento de profissionais pela Polícia Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável,
Federal para comprovação da aptidão psicológica e da salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo. agente. (Vide Adin 3.112-1)
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Disparo de arma de fogo
§ 1º Na comprovação da aptidão psicológica, o valor
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
dos honorários profissionais para realização de avaliação
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho
finalidade a prática de outro crime:
Federal de Psicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
2008) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 2º Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder R$ (Vide Adin 3.112-1)
80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munição.
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter
§ 3º A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§
em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
1º e 2º deste artigo implicará o descredenciamento do
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
profissional pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido
nº 11.706, de 2008)
ou restrito, sem autorização e em desacordo com
CAPÍTULO IV determinação legal ou regulamentar:
Dos Crimes e das Penas Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com de identificação de arma de fogo ou artefato;
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa:

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restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; definição das armas de fogo e demais produtos controlados,
de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo
valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder
ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
determinação legal ou regulamentar;
Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma
§ 1º Todas as munições comercializadas no País deverão
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
estar acondicionadas em embalagens com sistema de código
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou informações definidas pelo regulamento desta Lei.
adolescente; e
§ 2º Para os órgãos referidos no art. 6º, somente serão
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, expedidas autorizações de compra de munição com
ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis,
na forma do regulamento desta Lei.
Comércio ilegal de arma de fogo
§ 3º As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,
data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
órgãos previstos no art. 6º.
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com § 4º As instituições de ensino policial e as guardas
determinação legal ou regulamentar: municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6º
desta Lei e no seu § 7º poderão adquirir insumos e máquinas
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou de suas atividades, mediante autorização concedida nos
industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de termos definidos em regulamento. (Incluído pela
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou Lei nº 11.706, de 2008)
clandestino, inclusive o exercido em residência.
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
Tráfico internacional de arma de fogo desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e
fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
produtos controlados, inclusive o registro e o porte de
acessório ou munição, sem autorização da autoridade
trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e
competente:
caçadores.
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo
munição forem de uso proibido ou restrito. juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo
de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma
pena é aumentada da metade se forem praticados por
do regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e
11.706, de 2008)
8º desta Lei.
§ 1º As armas de fogo encaminhadas ao Comando do
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
Exército que receberem parecer favorável à doação,
insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-
obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou
1)
órgão de segurança pública, atendidos os critérios de
CAPÍTULO V prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido
o Comando do Exército, serão arroladas em relatório
Disposições Gerais
reservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições,
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse.
com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
disposto nesta Lei.

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§ 2º O Comando do Exército encaminhará a relação das exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4º
armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o seu perdimento em favor da instituição beneficiada. (Prorrogação de prazo)
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no
§ 3º O transporte das armas de fogo doadas será de caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de
ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. registro provisório, expedido na forma do § 4º do art. 5º
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo
2008) adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo,
entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização,
§ 5º O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o
nos termos do regulamento desta Lei.
encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate
de arma de uso permitido ou de uso restrito, Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo
semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo, poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
mencionando suas características e o local onde se presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do
encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual
posse irregular da referida arma. (Redação dada
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização
pela Lei nº 11.706, de 2008)
e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de
armas de fogo, que com estas se possam confundir. Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais)
a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os
regulamento desta Lei:
simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à
coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário,
Comando do Exército. marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por
qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,
transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou
excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso
com inobservância das normas de segurança;
restrito.
II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às
realize publicidade para venda, estimulando o uso
aquisições dos Comandos Militares.
indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos especializadas.
adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com
entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput
aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão,
do art. 6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706,
sob pena de responsabilidade, as providências necessárias
de 2008)
para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5º da Constituição
concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a Federal.
publicação desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004)
Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de dos serviços de transporte internacional e interestadual de
validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, passageiros adotarão as providências necessárias para evitar
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4º, 6º e 10 o embarque de passageiros armados.
desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação,
CAPÍTULO VI
sem ônus para o requerente.
Disposições Finais
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de
uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante munição em todo o território nacional, salvo para as
apresentação de documento de identificação pessoal e entidades previstas no art. 6º desta Lei.
comprovante de residência fixa, acompanhados de nota
§ 1º Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de
fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse,
aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em
pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração
outubro de 2005.
firmada na qual constem as características da arma e a sua
condição de proprietário, ficando este dispensado do
pagamento de taxas e do cumprimento das demais

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§ 2º Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto


V - Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00
neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu
resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
VI - Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00
Art. 36. É revogada a Lei nº 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. VII - Expedição de segunda via de
60,00
certificado de registro de arma de fogo
Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182º da Independência e
115º da República. VIII - Expedição de segunda via de porte de
60,00
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA arma de fogo

Márcio Thomaz Bastos


José Viegas Filho LEI Nº 7.716/1989
Marina Silva Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.12.2003 cor.

ANEXO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso


Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes
Tabela De Taxas resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada
ATO ADMINISTRATIVO R$ pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

I - Registro de arma de fogo: Art. 2º (Vetado).


Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente
Gratuito habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou
- até 31 de dezembro de 2008 Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
(art. 30)
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
- a partir de 1º de janeiro de 2009 60,00
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo
de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência
II - Renovação do certificado de registro de
nacional, obstar a promoção funcional. (Incluído pela Lei
arma de fogo:
nº 12.288, de 2010) (Vigência)
Gratuito Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada.
- até 31 de dezembro de 2008 (art. 5º, Pena: reclusão de dois a cinco anos.
§ 3º)
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de
discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do
- a partir de 1º de janeiro de 2009 60,00
preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica:
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência)
III - Registro de arma de
fogo para empresa de segurança privada 60,00 I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao
e de transporte de valores empregado em igualdade de condições com os demais
trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)
IV - Renovação do certificado de registro (Vigência)
de arma de fogo para empresa de II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar
segurança privada e de transporte de outra forma de benefício profissional; (Incluído pela Lei
valores: nº 12.288, de 2010) (Vigência)
- até 30 de junho de 2008 30,00 III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no
ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário.
- de 1º de julho de 2008 a 31 de outubro (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência)
45,00
de 2008 § 2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de
serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da
- a partir de 1º de novembro de 2008 60,00 igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra

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forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou
aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas função pública, para o servidor público, e a suspensão do
atividades não justifiquem essas exigências. (Incluído pela funcionamento do estabelecimento particular por prazo não
Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência) superior a três meses.
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento Art. 17. (Vetado).
comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei
ou comprador.
não são automáticos, devendo ser motivadamente
Pena: reclusão de um a três anos. declarados na sentença.
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de Art. 19. (Vetado).
aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou
qualquer grau.
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
Pena: reclusão de três a cinco anos. nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela
dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço). Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos,
pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar. emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que
utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação
Pena: reclusão de três a cinco anos.
do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes
nº 9.459, de 15/05/97)
abertos ao público.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido
Pena: reclusão de um a três anos.
por intermédio dos meios de comunicação social ou
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº
estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes 9.459, de 15/05/97)
sociais abertos ao público.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
Pena: reclusão de um a três anos. nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões § 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar,
de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes
ou estabelecimento com as mesmas finalidades. do inquérito policial, sob pena de desobediência: (Redação
dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos.
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios
exemplares do material respectivo;(Incluído pela Lei nº
públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso
9.459, de 15/05/97)
aos mesmos:
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas,
Pena: reclusão de um a três anos.
televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio;
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, (Redação dada pela Lei nº 12.735, de 2012) (Vigência)
como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de
qualquer outro meio de transporte concedido.
informação na rede mundial de computadores. (Incluído
Pena: reclusão de um a três anos. pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência)
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em § 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação,
qualquer ramo das Forças Armadas. após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do
material apreendido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de
Pena: reclusão de dois a quatro anos.
15/05/97)
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
casamento ou convivência familiar e social.
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990)
Pena: reclusão de dois a quatro anos.
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 15. (Vetado). (Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990)

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Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e 101º Brasília, 6 de dezembro de 1968; 147º da Independência e
da República. 80º da República.
JOSÉ SARNEY A. COSTA E SILVA
Paulo Brossard Luís Antônio da Gama e Silva
Este texto não substitui o publicado no DOU de 6.1.1989 e Augusto Hamann Rademaker Grunewald
retificada em 9.1.1989
Aurélio de Lyra Tavares

LEI Nº 5.553/1968 José de Magalhães Pinto


Antônio Delfim Netto
Dispõe sobre a apresentação e uso de documentos de
Mário David Andreazza
identificação pessoal.
Raymundo Bruno Marussig
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Tarso Dutra
Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma Jarbas G. Passarinho
pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é
Marcio de Souza e Mello
lícito reter qualquer documento de identificação pessoal,
ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou Leonel Miranda
pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o
José Costa Cavalcanti
serviço militar, título de eleitor, carteira profissional,
certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, Edmundo de Macedo Soares
comprovante de naturalização e carteira de identidade de
Hélio Beltrão
estrangeiro.
Afonso A. Lima
Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for
exigida a apresentação de documento de identificação, a Carlos F. de Simas
pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 5
Este texto não substitui o publicado no DOU de 10.12.1968 e
(cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em
retificado em 23.12.1968
seguida o documento ao seu exibidor.
§ 1º - Além do prazo previsto neste artigo, somente por
ordem judicial poderá ser retido qualquer documento de
LEI Nº 4.898/1965
identificação pessoal. (Renumerado pela Lei nº 9.453,
Regula o Direito de Representação e o processo de
de 20/03/97) Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de
§ 2º - Quando o documento de identidade for indispensável abuso de autoridade.
para a entrada de pessoa em órgãos públicos ou particulares, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
serão seus dados anotados no ato e devolvido o documento
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
imediatamente ao interessado. (Incluído pela Lei nº
9.453, de 20/03/97) Art. 1º O direito de representação e o processo de
responsabilidade administrativa civil e penal, contra as
Art. 3º Constitui contravenção penal, punível com pena de
autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem
prisão simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa de NCR$
abusos, são regulados pela presente lei.
0,50 (cinqüenta centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros novos),
a retenção de qualquer documento a que se refere esta Lei. Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de
petição:
Parágrafo único. Quando a infração for praticada por
preposto ou agente de pessoa jurídica, considerar-se-á a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal
responsável quem houver ordenado o ato que ensejou a para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a
retenção, a menos que haja , pelo executante, desobediência respectiva sanção;
ou inobservância de ordens ou instruções expressas, b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver
quando, então, será este o infrator. competência para iniciar processo-crime contra a autoridade
Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei culpada.
dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e
sua publicação. conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação

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do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção
houver. administrativa civil e penal.
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a
gravidade do abuso cometido e consistirá em:
a) à liberdade de locomoção;
a) advertência;
b) à inviolabilidade do domicílio;
b) repreensão;
c) ao sigilo da correspondência;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a
d) à liberdade de consciência e de crença;
cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;
e) ao livre exercício do culto religioso;
d) destituição de função;
f) à liberdade de associação;
e) demissão;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do
f) demissão, a bem do serviço público.
voto;
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do
h) ao direito de reunião;
dano, consistirá no pagamento de uma indenização de
i) à incolumidade física do indivíduo; quinhentos a dez mil cruzeiros.
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício § 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras
profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79) dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em:
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade b) detenção por dez dias a seis meses;
individual, sem as formalidades legais ou com abuso de
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de
poder;
qualquer outra função pública por prazo até três anos.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou
§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser
a constrangimento não autorizado em lei;
aplicadas autônoma ou cumulativamente.
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade
a prisão ou detenção de qualquer pessoa;
policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
detenção ilegal que lhe seja comunicada; acusado exercer funções de natureza policial ou militar no
município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a
prestar fiança, permitida em lei; Art. 7º recebida a representação em que for solicitada a
aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial
militar competente determinará a instauração de inquérito
carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra
para apurar o fato.
despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer
quanto à espécie quer quanto ao seu valor; § 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas
estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial
ou militares, que estabeleçam o respectivo processo.
recibo de importância recebida a título de carceragem,
custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; § 2º não existindo no município no Estado ou na legislação
militar normas reguladoras do inquérito administrativo
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural
serão aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219
ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder
a 225 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 (Estatuto
ou sem competência legal;
dos Funcionários Públicos Civis da União).
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado
medida de segurança, deixando de expedir em tempo
para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade.
(Incluído pela Lei nº 7.960, de 21/12/89) Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcional da
autoridade civil ou militar.
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei,
quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida à
civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem autoridade administrativa ou independentemente dela,
remuneração. poderá ser promovida pela vítima do abuso, a

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responsabilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade § 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento
culpada. final e para comparecer à audiência de instrução e
julgamento, será feita por mandado sucinto que, será
Art. 10. Vetado
acompanhado da segunda via da representação e da
Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código de denúncia.
Processo Civil.
Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser
Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de apresentada em juízo, independentemente de intimação.
inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério
Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de precatória
Público, instruída com a representação da vítima do abuso.
para a audiência ou a intimação de testemunhas ou, salvo o
Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos para a
da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas, realização de diligências, perícias ou exames, a não ser que o
denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso Juiz, em despacho motivado, considere indispensáveis tais
de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem providências.
assim, a designação de audiência de instrução e julgamento.
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos
§ 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em auditórios ou o oficial de justiça declare aberta a audiência,
duas vias. apregoando em seguida o réu, as testemunhas, o perito, o
representante do Ministério Público ou o advogado que
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade
tenha subscrito a queixa e o advogado ou defensor do réu.
houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá:
Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-se
a) promover a comprovação da existência de tais vestígios,
se ausente o Juiz.
por meio de duas testemunhas qualificadas;
Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da
houver comparecido, os presentes poderão retirar-se,
audiência de instrução e julgamento, a designação de um
devendo o ocorrido constar do livro de termos de audiência.
perito para fazer as verificações necessárias.
Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pública,
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e
se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia
prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o
útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou,
apresentarão por escrito, querendo, na audiência de
excepcionalmente, no local que o Juiz designar.
instrução e julgamento.
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a representação
interrogatório do réu, se estiver presente.
poderá conter a indicação de mais duas testemunhas.
Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu
Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para
apresentar a denúncia requerer o arquivamento da
funcionar na audiência e nos ulteriores termos do processo.
representação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes
as razões invocadas, fará remessa da representação ao Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz
Procurador-Geral e este oferecerá a denúncia, ou designará dará a palavra sucessivamente, ao Ministério Público ou ao
outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá advogado que houver subscrito a queixa e ao advogado ou
no arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender. defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um,
prorrogável por mais dez (10), a critério do Juiz.
Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a
denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida ação Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamente
privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a sentença.
a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e
Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no livro
intervir em todos os termos do processo, interpor recursos
próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo, os
e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante,
depoimentos e as alegações da acusação e da defesa, os
retomar a ação como parte principal.
requerimentos e, por extenso, os despachos e a sentença.
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de
Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do
quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou
Ministério Público ou o advogado que houver subscrito a
rejeitando a denúncia.
queixa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão.
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz
Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem
designará, desde logo, dia e hora para a audiência de
difíceis e não permitirem a observância dos prazos fixados
instrução e julgamento, que deverá ser realizada,
nesta lei, o juiz poderá aumentá-las, sempre
improrrogavelmente. dentro de cinco dias.
motivadamente, até o dobro.

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Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
Código de Processo Penal, sempre que compatíveis com o
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou
sistema de instrução e julgamento regulado por esta lei.
emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro
Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, do prazo da pena aplicada.
caberão os recursos e apelações previstas no Código de
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça
Processo Penal.
ou anistia.
Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a
Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144º da Independência e hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime
77º da República. fechado.
H. CASTELLO BRANCO Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime
não tenha sido cometido em território nacional, sendo a
Juracy Magalhães
vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.12.1965 jurisdição brasileira.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
LEI Nº 9.455/1997 Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho
de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Define os crimes de tortura e dá outras providências.
Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º da
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
República.
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 1º Constitui crime de tortura:
Nelson A. Jobim
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.4.1997
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão
da vítima ou de terceira pessoa; LEI Nº 8.069/1990
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; outras providências.
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
TÍTULO II
pessoal ou medida de caráter preventivo.
Dos Direitos Fundamentais
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
CAPÍTULO I
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou
sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, Do Direito à Vida e à Saúde
por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à
resultante de medida legal.
vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
detenção de um a quatro anos.
Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou programas e às políticas de saúde da mulher e de
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação
I - se o crime é cometido por agente público; dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador § 1º O atendimento pré-natal será realizado por
de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; profissionais da atenção primária. (Redação dada pela
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Lei nº 13.257, de 2016)

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§ 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa
garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, de liberdade.
ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido
§ 1º Os profissionais das unidades primárias de saúde
o direito de opção da mulher. (Redação dada pela Lei nº
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas,
13.257, de 2016)
visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de
§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento
assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos materno e à alimentação complementar saudável, de forma
alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção contínua. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
§ 2º Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal
apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de
de 2016)
coleta de leite humano. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
§ 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência 2016)
psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal,
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção
inclusive como forma de prevenir ou minorar as
à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados
consequências do estado puerperal. (Incluído pela Lei nº
a:
12.010, de 2009) Vigência
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de
§ 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser
prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
prestada também a gestantes e mães que manifestem
interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua
gestantes e mães que se encontrem em situação de privação impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe,
de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;
§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
acompanhante de sua preferência durante o período do pré- III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica
natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) como prestar orientação aos pais;
§ 7º A gestante deverá receber orientação sobre IV - fornecer declaração de nascimento onde constem
aleitamento materno, alimentação complementar saudável necessariamente as intercorrências do parto e do
e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre desenvolvimento do neonato;
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato
estimular o desenvolvimento integral da criança.
a permanência junto à mãe.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VI - acompanhar a prática do processo de amamentação,
§ 8º A gestante tem direito a acompanhamento saudável
prestando orientações quanto à técnica adequada,
durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar,
estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
utilizando o corpo técnico já existente. (Incluído pela
intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído
Lei nº 13.436, de 2017) (Vigência)
pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado
§ 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio
gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de
do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da
pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
equidade no acesso a ações e serviços para promoção,
consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela
2016)
Lei nº 13.257, de 2016)
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à
§ 1º A criança e o adolescente com deficiência serão
mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas
custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema
reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação
com o sistema de ensino competente, visando ao § 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente,
desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses
nº 13.257, de 2016) e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento,
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores
acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas
propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno,

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necessidades específicas. (Redação dada pela Lei nº direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016) 13.257, de 2016)
§ 3º Os profissionais que atuam no cuidado diário ou § 3º A atenção odontológica à criança terá função educativa
frequente de crianças na primeira infância receberão protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê
formação específica e permanente para a detecção de sinais nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida,
acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela com orientações sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº
Lei nº 13.257, de 2016) 13.257, de 2016)
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, § 4º A criança com necessidade de cuidados odontológicos
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde.
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
para a permanência em tempo integral de um dos pais ou
§ 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus
responsável, nos casos de internação de criança ou
primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro
adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
instrumento construído com a finalidade de facilitar a
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico.
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, (Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017) (Vigência)
sem prejuízo de outras providências legais.
CAPÍTULO II
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo
sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis,
pela Lei nº 13.010, de 2014) humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
§ 1º As gestantes ou mães que manifestem interesse em Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente aspectos:
encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
§ 2º Os serviços de saúde em suas diferentes portas de
II - opinião e expressão;
entrada, os serviços de assistência social em seu
componente especializado, o Centro de Referência III - crença e culto religioso;
Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao V - participar da vida familiar e comunitária, sem
atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância discriminação;
com suspeita ou confirmação de violência de qualquer
VI - participar da vida política, na forma da lei;
natureza, formulando projeto terapêutico singular que
inclua intervenção em rede e, se necessário, VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
13.257, de 2016) integridade física, psíquica e moral da criança e do
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
assistência médica e odontológica para a prevenção das identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
enfermidades que ordinariamente afetam a população espaços e objetos pessoais.
infantil, e campanhas de educação sanitária para pais,
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do
educadores e alunos. adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
§ 1º É obrigatória a vacinação das crianças nos casos desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
recomendados pelas autoridades sanitárias. constrangedor.
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser
2016)
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
§ 2º O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais,
integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis,

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pelos agentes públicos executores de medidas Seção III


socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de
Da Autorização para Viajar
cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído
pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca
onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:
expressa autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 1º A autorização não será exigida quando:
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva
aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança,
adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma
de 2014) região metropolitana;
a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de b) a criança estiver acompanhada:
2014)
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) comprovado documentalmente o parentesco;
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe
de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: ou responsável.
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou
a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) responsável, conceder autorização válida por dois anos.
b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a
de 2014) autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado
responsáveis, os agentes públicos executores de medidas expressamente pelo outro através de documento com firma
socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar reconhecida.
de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma
protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel
criança ou adolescente nascido em território nacional
ou degradante como formas de correção, disciplina,
poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem
ou domiciliado no exterior.
prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas,
que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: TÍTULO V
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Do Conselho Tutelar
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de
CAPÍTULO I
proteção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Disposições Gerais
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou
psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
adolescente, definidos nesta Lei.
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento
Art. 132. Em cada Município e em cada Região
especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um)
V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão
pela população local para mandato de 4 (quatro) anos,
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de
providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
escolha. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
TÍTULO III
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar,
Da Prevenção serão exigidos os seguintes requisitos:
CAPÍTULO II I - reconhecida idoneidade moral;
Da Prevenção Especial II - idade superior a vinte e um anos;

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III - residir no município. VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade


judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia
adolescente autor de ato infracional;
e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive
quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais VII - expedir notificações;
é assegurado o direito a: (Redação dada pela Lei nº
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança
12.696, de 2012)
ou adolescente quando necessário;
I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei nº 12.696,
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
de 2012)
proposta orçamentária para planos e programas de
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
terço) do valor da remuneração mensal; (Incluído pela
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
Lei nº 12.696, de 2012)
violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, Constituição Federal;
de 2012)
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações
IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as
de 2012) possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente
junto à família natural. (Redação dada pela Lei nº
V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº 12.696,
12.010, de 2009) Vigência
de 2012)
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e
profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao
reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e
adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
formação continuada dos conselheiros tutelares.
(Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o
Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro
convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao
constituirá serviço público relevante e estabelecerá
Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os
presunção de idoneidade moral. (Redação dada pela
motivos de tal entendimento e as providências tomadas para
Lei nº 12.696, de 2012)
a orientação, o apoio e a promoção social da família.
CAPÍTULO II (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Das Atribuições do Conselho Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão
ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
tenha legítimo interesse.
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
CAPÍTULO III
nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art.
101, I a VII; Da Competência
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de
medidas previstas no art. 129, I a VII; competência constante do art. 147.
III - promover a execução de suas decisões, podendo para CAPÍTULO IV
tanto:
Da Escolha dos Conselheiros
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,
Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
serviço social, previdência, trabalho e segurança;
Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos
descumprimento injustificado de suas deliberações. Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do
Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que
12.10.1991)
constitua infração administrativa ou penal contra os direitos
da criança ou adolescente; § 1º O processo de escolha dos membros do Conselho
Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês
competência;
de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)

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§ 2º A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha. estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) identificar corretamente o neonato e a parturiente, por
ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames
§ 3º No processo de escolha dos membros do Conselho
referidos no art. 10 desta Lei:
Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou
entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer Pena - detenção de seis meses a dois anos.
natureza, inclusive brindes de pequeno valor. (Incluído
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
pela Lei nº 12.696, de 2012)
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
CAPÍTULO V
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade,
Dos Impedimentos
procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade
marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e judiciária competente:
genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro,
à apreensão sem observância das formalidades legais.
na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e
ao representante do Ministério Público com atuação na Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
foro regional ou distrital. comunicação à autoridade judiciária competente e à família
do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
TÍTULO VII
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
CAPÍTULO I
autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
Dos Crimes constrangimento:
Seção I Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Disposições Gerais Art. 233. (Revogado).
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa,
a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente,
do disposto na legislação penal. tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas Pena - detenção de seis meses a dois anos.
da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta
pertinentes ao Código de Processo Penal.
Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
incondicionada
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
Seção II
judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do
Dos Crimes em Espécie Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de Pena - detenção de seis meses a dois anos.
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem
registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo
o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial,
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
com o fim de colocação em lar substituto:
parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica,
declaração de nascimento, onde constem as intercorrências Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
do parto e do desenvolvimento do neonato:
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a
Pena - detenção de seis meses a dois anos. terceiro, mediante paga ou recompensa:
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou
efetiva a paga ou recompensa.

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Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei
ao envio de criança ou adolescente para o exterior com nº 11.829, de 2008)
inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das
lucro:
fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de
ou fraude: (Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata
o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena
2008)
correspondente à violência.
§ 2º As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1º deste
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou
artigo são puníveis quando o responsável legal pela
registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput
(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer
(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de
participação de criança ou adolescente nas cenas referidas 2008)
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente
§ 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de
comete o crime: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de
pequena quantidade o material a que se refere o caput deste
2008)
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de
§ 2º Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a
exercê-la; (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
finalidade de comunicar às autoridades competentes a
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A
ou de hospitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
11.829, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
III – prevalecendo-se de relações de parentesco I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído
consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de pela Lei nº 11.829, de 2008)
tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua,
quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela,
entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o
ou com seu consentimento. (Incluído pela Lei nº
processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes
11.829, de 2008)
referidos neste parágrafo; (Incluído pela Lei nº 11.829,
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro de 2008)
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
III – representante legal e funcionários responsáveis de
envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela
provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de
Lei nº 11.829, de 2008)
computadores, até o recebimento do material relativo à
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou
(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) ao Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
2008)
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir,
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive § 3º As pessoas referidas no § 2º deste artigo deverão
por meio de sistema de informática ou telemático, manter sob sigilo o material ilícito referido. (Incluído
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de pela Lei nº 11.829, de 2008)
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente
adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) ou qualquer outra forma de representação visual:
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

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Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela
Lei nº 13.106, de 2015)
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende,
expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos
produzido na forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
nº 11.829, de 2008) reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer
dano físico em caso de utilização indevida:
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por
qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
ela praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829,
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais
de 2008)
definidos no caput do art. 2º desta Lei, à prostituição ou à
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. exploração sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, de
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 23.6.2000)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade
I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo
da Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi
cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela
cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.
praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº 11.829, de
(Redação dada pela Lei nº 13.440, de 2017)
2008)
§ 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com
ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão
o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
de criança ou adolescente às práticas referidas no caput
sexualmente explícita. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
2008)
§ 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a
da licença de localização e de funcionamento do
expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975, de
compreende qualquer situação que envolva criança ou
23.6.2000)
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou
simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
adolescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou
pela Lei nº 11.829, de 2008) induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído
munição ou explosivo: pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. (Redação § 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem
dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer
meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente,
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou
adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes § 2º As penas previstas no caput deste artigo são
possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou
utilização indevida: induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei nº 8.072, de 25
de julho de 1990. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa, se o fato
não constitui crime mais grave. CAPÍTULO II
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, Das Infrações Administrativas
ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
produtos cujos componentes possam causar dependência
fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à
física ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106,
autoridade competente os casos de que tenha
de 2015)
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de
maus-tratos contra criança ou adolescente:

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Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
se o dobro em caso de reincidência. se o dobro em caso de reincidência.
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo
de atendimento o exercício dos direitos constantes nos público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada
incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei: do local de exibição, informação destacada sobre a natureza
da diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
certificado de classificação:
se o dobro em caso de reincidência.
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização
se o dobro em caso de reincidência.
devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou
documento de procedimento policial, administrativo ou Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato representações ou espetáculos, sem indicar os limites de
infracional: idade a que não se recomendem:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada
se o dobro em caso de reincidência. em caso de reincidência, aplicável, separadamente, à casa de
espetáculo e aos órgãos de divulgação ou publicidade.
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou
parcialmente, fotografia de criança ou adolescente Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão,
envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso
diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de de sua classificação:
forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente.
Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá
emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste determinar a suspensão da programação da emissora por
artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a até dois dias.
apreensão da publicação.
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere
Art. 248. (Revogado). classificado pelo órgão competente como inadequado às
crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres
inerentes ao pátrio poder poder familiar ou decorrente de Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na
tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade reincidência, a autoridade poderá determinar a suspensão
judiciária ou Conselho Tutelar: (Expressão substituída do espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência quinze dias.
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de
se o dobro em caso de reincidência. programação em vídeo, em desacordo com a classificação
atribuída pelo órgão competente:
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente
desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
hotel, pensão, motel ou congênere: (Redação dada fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
pela Lei nº 12.038, de 2009).
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79
Pena – multa. (Redação dada pela Lei nº 12.038, de desta Lei:
2009).
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem prejuízo
a autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do de apreensão da revista ou publicação.
estabelecimento por até 15 (quinze) dias. (Incluído pela
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o
Lei nº 12.038, de 2009).
empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso
§ 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre
(trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente sua participação no espetáculo:
fechado e terá sua licença cassada. (Incluído pela Lei nº
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
12.038, de 2009).
de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e 85
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar
desta Lei:
a instalação e operacionalização dos cadastros previstos no

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art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei: (Incluído pela Lei real; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012)
nº 12.010, de 2009) Vigência (Vide)
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado
mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual,
Vigência observado o disposto no art. 22 da Lei nº 9.532, de 10 de
dezembro de 1997. (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade
2012) (Vide)
que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas § 1º-A. Na definição das prioridades a serem atendidas com
ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e
em regime de acolhimento institucional ou familiar. municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção,
Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
Convivência Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar
pela Primeira Infância. (Redação dada dada pela Lei nº
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso
13.257, de 2016)
de que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada
em entregar seu filho para adoção: (Incluído pela Lei nº § 2º Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos
12.010, de 2009) Vigência direitos da criança e do adolescente fixarão critérios de
utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente
mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de guarda, de crianças e adolescentes e para programas de
programa oficial ou comunitário destinado à garantia do atenção integral à primeira infância em áreas de maior
direito à convivência familiar que deixa de efetuar a carência socioeconômica e em situações de calamidade.
comunicação referida no caput deste artigo. (Incluído (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso II Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a
do art. 81: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) comprovação das doações feitas aos fundos, nos termos
deste artigo . (Incluído pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00
(dez mil reais); (Redação dada pela Lei nº 13.106, de § 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a
2015) forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, dos incentivos fiscais
Medida Administrativa - interdição do estabelecimento
referidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de
comercial até o recolhimento da multa aplicada.
12.10.1991)
(Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
§ 5º Observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.249,
Disposições Finais e Transitórias
de 26 de dezembro de 1995, a dedução de que trata o inciso
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da I do caput: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012)
publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo (Vide)
sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da
I - será considerada isoladamente, não se submetendo a
política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que
limite em conjunto com outras deduções do imposto; e
estabelece o Título V do Livro II.
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios
II - não poderá ser computada como despesa operacional na
promoverem a adaptação de seus órgãos e programas às
apuração do lucro real. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei.
2012) (Vide)
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos
Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário de
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional,
2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata
distrital, estaduais ou municipais, devidamente
o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua
comprovadas, sendo essas integralmente deduzidas do
Declaração de Ajuste Anual. (Incluído pela Lei nº 12.594,
imposto de renda, obedecidos os seguintes limites:
de 2012) (Vide)
(Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 1º A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido
os seguintes percentuais aplicados sobre o imposto apurado
apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro

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na declaração: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas jurídicas
(Vide) que apuram o imposto trimestralmente; e (Incluído pela
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Vide) II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para
as pessoas jurídicas que apuram o imposto anualmente.
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
(Vide)
Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do
III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012.
período a que se refere a apuração do imposto. (Incluído
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 2º A dedução de que trata o caput: (Incluído pela Lei
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
nº 12.594, de 2012) (Vide)
podem ser efetuadas em espécie ou em bens. (Incluído
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
sobre a renda apurado na declaração de que trata o inciso II
Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem
do caput do art. 260; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
ser depositadas em conta específica, em instituição
2012) (Vide)
financeira pública, vinculadas aos respectivos fundos de que
II - não se aplica à pessoa física que: (Incluído pela Lei trata o art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
nº 12.594, de 2012) (Vide) (Vide)
a) utilizar o desconto simplificado; (Incluído pela Lei nº Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das
12.594, de 2012) (Vide) contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir
b) apresentar declaração em formulário; ou (Incluído
recibo em favor do doador, assinado por pessoa competente
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
e pelo presidente do Conselho correspondente,
c) entregar a declaração fora do prazo; (Incluído pela Lei especificando: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
nº 12.594, de 2012) (Vide) (Vide)
III - só se aplica às doações em espécie; e (Incluído pela I - número de ordem; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 2012) (Vide)
IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções em II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e
vigor. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) endereço do emitente; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide)
§ 3º O pagamento da doação deve ser efetuado até a data
de vencimento da primeira quota ou quota única do III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
imposto, observadas instruções específicas da Secretaria da doador; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.594,
IV - data da doação e valor efetivamente recebido; e
de 2012) (Vide)
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 4º O não pagamento da doação no prazo estabelecido no
V - ano-calendário a que se refere a doação. (Incluído
§ 3º implica a glosa definitiva desta parcela de dedução,
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
ficando a pessoa física obrigada ao recolhimento da
diferença de imposto devido apurado na Declaração de § 1º O comprovante de que trata o caput deste artigo pode
Ajuste Anual com os acréscimos legais previstos na ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores
legislação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) doados mês a mês. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Vide)
§ 5º A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na
Declaração de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo § 2º No caso de doação em bens, o comprovante deve
ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos dos conter a identificação dos bens, mediante descrição em
Direitos da Criança e do Adolescente municipais, distrital, campo próprio ou em relação anexa ao comprovante,
estaduais e nacional concomitantemente com a opção de informando também se houve avaliação, o nome, CPF ou
que trata o caput, respeitado o limite previsto no inciso II do CNPJ e endereço dos avaliadores. (Incluído pela Lei nº
art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260 Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador
poderá ser deduzida: (Incluído pela Lei nº 12.594, de deverá: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
2012) (Vide)

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I - comprovar a propriedade dos bens, mediante I - o calendário de suas reuniões; (Incluído pela Lei nº
documentação hábil; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 12.594, de 2012) (Vide)
2012) (Vide)
II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos, atendimento à criança e ao adolescente; (Incluído pela
quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, no caso Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
de pessoa jurídica; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem
2012) (Vide)
beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da
III - considerar como valor dos bens doados: (Incluído Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) municipais; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Vide)
a) para as pessoas físicas, o valor constante da última
declaração do imposto de renda, desde que não exceda o IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano-
valor de mercado; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) calendário e o valor dos recursos previstos para
(Vide) implementação das ações, por projeto; (Incluído pela
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos bens.
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação,
por projeto atendido, inclusive com cadastramento na base
Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será
de dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a
considerado na determinação do valor dos bens doados,
Adolescência; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária.
(Vide)
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados com
Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D
recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do
e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais.
de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
perante a Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012) (Vide) Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos incentivos
Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das
fiscais referidos no art. 260 desta Lei. (Incluído pela Lei
contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
nº 12.594, de 2012) (Vide)
nacional, estaduais, distrital e municipais devem:
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos arts.
260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação
I - manter conta bancária específica destinada
judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar
exclusivamente a gerir os recursos do Fundo; (Incluído
de ofício, a requerimento ou representação de qualquer
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
cidadão. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
II - manter controle das doações recebidas; e (Incluído
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria da Receita
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano, arquivo
Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando os eletrônico contendo a relação atualizada dos Fundos dos
seguintes dados por doador: (Incluído pela Lei nº 12.594, Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital,
de 2012) (Vide) estaduais e municipais, com a indicação dos respectivos
números de inscrição no CNPJ e das contas bancárias
a) nome, CNPJ ou CPF; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
específicas mantidas em instituições financeiras públicas,
2012) (Vide)
destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos Fundos.
b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
em bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá
Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações as instruções necessárias à aplicação do disposto nos arts.
previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do 260 a 260-K. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério Público. (Vide)
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do criança e do adolescente, os registros, inscrições e alterações
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais a que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91 desta Lei
divulgarão amplamente à comunidade: (Incluído pela serão efetuados perante a autoridade judiciária da comarca
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) a que pertencer a entidade.

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Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos meios de comunicação social. (Redação dada dada pela
estados e municípios, e os estados aos municípios, os Lei nº 13.257, de 2016)
recursos referentes aos programas e atividades previstos
Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será
nesta Lei, tão logo estejam criados os conselhos dos direitos
veiculada em linguagem clara, compreensível e adequada a
da criança e do adolescente nos seus respectivos níveis.
crianças e adolescentes, especialmente às crianças com
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as idade inferior a 6 (seis) anos. (Incluído dada pela Lei nº
atribuições a eles conferidas serão exercidas pela autoridade 13.257, de 2016)
judiciária.
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 publicação.
(Código Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações:
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser
1) Art. 121 . promovidas atividades e campanhas de divulgação e
esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço,
se o crime resulta de inobservância de regra técnica de Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964, e 6.697, de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar 10 de outubro de 1979 (Código de Menores), e as demais
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as disposições em contrário.
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
da República.
um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de
catorze anos. FERNANDO COLLOR
2) Art. 129 . Bernardo Cabral
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer Carlos Chiarelli
das hipóteses do art. 121, § 4º.
Antônio Magri
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
Margarida Procópio
3) Art. 136.
Este texto não substitui o publicado no DOU 16.7.1990 e
§ 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado retificado em 27.9.1990
contra pessoa menor de catorze anos.
4) Art. 213 . LEI Nº 10.741/2003
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos:
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.
Pena - reclusão de quatro a dez anos. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
5) Art. 214. Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos: TÍTULO I
Pena - reclusão de três a nove anos.» Disposições Preliminares
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro de Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular
1973, fica acrescido do seguinte item: os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos.
"Art. 102 .
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. "
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, da integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou
administração direta ou indireta, inclusive fundações por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
instituídas e mantidas pelo poder público federal preservação de sua saúde física e mental e seu
promoverão edição popular do texto integral deste Estatuto, aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em
que será posto à disposição das escolas e das entidades de condições de liberdade e dignidade.
atendimento e de defesa dos direitos da criança e do
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade
adolescente.
e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta
Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao

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trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do
à convivência familiar e comunitária. idoso, definidos nesta Lei.
§ 1º A garantia de prioridade compreende: (Redação TÍTULO II
dada pela Lei nº 13.466, de 2017)
Dos Direitos Fundamentais
I – atendimento preferencial imediato e individualizado
CAPÍTULO I
junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços
à população; Do Direito à Vida
II – preferência na formulação e na execução de políticas Art. 8º O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua
sociais públicas específicas; proteção um direito social, nos termos desta Lei e da
legislação vigente.
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
relacionadas com a proteção ao idoso; Art. 9º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a
proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas
IV – viabilização de formas alternativas de participação,
sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável
ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
e em condições de dignidade.
V – priorização do atendimento do idoso por sua própria
CAPÍTULO II
família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos
que não a possuam ou careçam de condições de Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
manutenção da própria sobrevivência;
Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à
VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como
áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos,
aos idosos; individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a § 1º O direito à liberdade compreende, entre outros, os
divulgação de informações de caráter educativo sobre os seguintes aspectos:
aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e
VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
assistência social locais.
II – opinião e expressão;
IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de
III – crença e culto religioso;
Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).
IV – prática de esportes e de diversões;
§ 2º Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos
maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades V – participação na vida familiar e comunitária;
sempre preferencialmente em relação aos demais idosos.
VI – participação na vida política, na forma da lei;
(Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017)
VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de
negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, § 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será integridade física, psíquica e moral, abrangendo a
punido na forma da lei. preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de
valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.
§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos
direitos do idoso. § 3º É dever de todos zelar pela dignidade do idoso,
colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano,
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
prevenção outras decorrentes dos princípios por ela
adotados. CAPÍTULO III
Art. 5º A inobservância das normas de prevenção importará Dos Alimentos
em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da
da lei.
lei civil.
Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso
competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha
optar entre os prestadores.
testemunhado ou de que tenha conhecimento.
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser
Art. 7º Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal
celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor
e Municipais do Idoso, previstos na Lei nº 8.842, de 4 de

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Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará
executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil. representar por procurador legalmente constituído.
(Redação dada pela Lei nº 11.737, de 2008) (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem § 6º É assegurado ao idoso enfermo o atendimento
condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do
ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência Seguro Social - INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo
social. serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que
integre o Sistema Único de Saúde - SUS, para expedição do
CAPÍTULO IV
laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos
Do Direito à Saúde sociais e de isenção tributária. (Incluído pela Lei nº 12.896,
de 2013)
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por
intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe § 7º Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta
o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e anos terão preferência especial sobre os demais idosos,
contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, exceto em caso de emergência. (Incluído pela Lei nº
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção 13.466, de 2017).
especial às doenças que afetam preferencialmente os
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado
idosos.
o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde
§ 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão proporcionar as condições adequadas para a sua
efetivadas por meio de: permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
I – cadastramento da população idosa em base territorial; Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde
responsável pelo tratamento conceder autorização para o
II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal justificá-la por escrito.
especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades
IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de
população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se saúde que lhe for reputado mais favorável.
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de
instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e
proceder à opção, esta será feita:
eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios
urbano e rural; I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou
redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde. este não puder ser contactado em tempo hábil;
§ 2º Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e
gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar;
continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao
§ 3º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde Ministério Público.
pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios
§ 4º Os idosos portadores de deficiência ou com limitação mínimos para o atendimento às necessidades do idoso,
incapacitante terão atendimento especializado, nos termos promovendo o treinamento e a capacitação dos
da lei. profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares
e grupos de auto-ajuda.
§ 5º É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo
perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência
seguinte procedimento: (Incluído pela Lei nº 12.896, de praticada contra idosos serão objeto de notificação
2013) compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à
autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente
I - quando de interesse do poder público, o agente
comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:
promoverá o contato necessário com o idoso em sua
(Redação dada pela Lei nº 12.461, de 2011)
residência; ou (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;

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III – Conselho Municipal do Idoso; editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura,
considerada a natural redução da capacidade visual.
IV – Conselho Estadual do Idoso;
(Incluído pela lei nº 13.535, de 2017)
V – Conselho Nacional do Idoso.
CAPÍTULO VI
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra
Da Profissionalização e do Trabalho
o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público
ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade
ou psicológico. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011) profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais
e psíquicas.
§ 2º Aplica-se, no que couber, à notificação compulsória
prevista no caput deste artigo, o disposto na Lei nº 6.259, de Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou
30 de outubro de 1975. (Incluído pela Lei nº 12.461, de emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite
2011) máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os
casos em que a natureza do cargo o exigir.
CAPÍTULO V
Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em
Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer
concurso público será a idade, dando-se preferência ao de
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, idade mais elevada.
lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que
Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
respeitem sua peculiar condição de idade.
I – profissionalização especializada para os idosos,
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do
aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades
idoso à educação, adequando currículos, metodologias e
regulares e remuneradas;
material didático aos programas educacionais a ele
destinados. II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com
antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a
§ 1º Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo
novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de
relativo às técnicas de comunicação, computação e demais
esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.
III – estímulo às empresas privadas para admissão de idosos
§ 2º Os idosos participarão das comemorações de caráter
ao trabalho.
cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e
vivências às demais gerações, no sentido da preservação da CAPÍTULO VII
memória e da identidade culturais.
Da Previdência Social
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime
formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de
Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão,
envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de
critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários
forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos
sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da
sobre a matéria.
legislação vigente.
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção
de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo
serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-
menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de
eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como
início ou do seu último reajustamento, com base em
o acesso preferencial aos respectivos locais.
percentual definido em regulamento, observados os
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou critérios estabelecidos pela Lei nº 8.213, de 24 de julho de
horários especiais voltados aos idosos, com finalidade 1991.
informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre
Art. 30. A perda da condição de segurado não será
o processo de envelhecimento.
considerada para a concessão da aposentadoria por idade,
Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão às desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo da vida, contribuição correspondente ao exigido para efeito de
cursos e programas de extensão, presenciais ou a distância, carência na data de requerimento do benefício.
constituídos por atividades formais e não formais. (Redação
Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto no
dada pela lei nº 13.535, de 2017)
caput observará o disposto no caput e § 2º do art. 3º da Lei
Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo
universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência
publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão

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de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei nº 8.213, de familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição
1991. pública ou privada.
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, § 1º A assistência integral na modalidade de entidade de
efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência longa permanência será prestada quando verificada
Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou
reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de carência de recursos financeiros próprios ou da família.
Previdência Social, verificado no período compreendido
§ 2º Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica
entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo
obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de
pagamento.
interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1º de Maio, é a data-base
§ 3º As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a
dos aposentados e pensionistas.
manter padrões de habitação compatíveis com as
CAPÍTULO VIII necessidades deles, bem como provê-los com alimentação
regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com
Da Assistência Social
estas condizentes, sob as penas da lei.
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de
Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou
forma articulada, conforme os princípios e diretrizes
subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de
previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política
prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria,
Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais
observado o seguinte:
normas pertinentes.
I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que
habitacionais residenciais para atendimento aos idosos;
não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-
(Redação dada pela Lei nº 12.418, de 2011)
la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal
de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da II – implantação de equipamentos urbanos comunitários
Assistência Social – Loas. (Vide Decreto nº 6.214, de 2007) voltados ao idoso;
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas,
membro da família nos termos do caput não será computado para garantia de acessibilidade ao idoso;
para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se
IV – critérios de financiamento compatíveis com os
refere a Loas.
rendimentos de aposentadoria e pensão.
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-
Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para
lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços
atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente,
com a pessoa idosa abrigada.
no pavimento térreo. (Incluído pela Lei nº 12.419, de 2011)
§ 1º No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é
CAPÍTULO X
facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da
entidade. Do Transporte
§ 2º O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica
da Assistência Social estabelecerá a forma de participação assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos
prevista no § 1º, que não poderá exceder a 70% (setenta por urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e
cento) de qualquer benefício previdenciário ou de especiais, quando prestados paralelamente aos serviços
assistência social percebido pelo idoso. regulares.
§ 3º Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu § 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso
representante legal firmar o contrato a que se refere o caput apresente qualquer documento pessoal que faça prova de
deste artigo. sua idade.
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, § 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este
por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos
econômica, para os efeitos legais. (Vigência) para os idosos, devidamente identificados com a placa de
reservado preferencialmente para idosos.
CAPÍTULO IX
§ 3º No caso das pessoas compreendidas na faixa etária
Da Habitação
entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da critério da legislação local dispor sobre as condições para
família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no
caput deste artigo.

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Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime
observar-se-á, nos termos da legislação específica: ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
(Regulamento) (Vide Decreto nº 5.934, de 2006)
IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas
idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários- lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua
mínimos; convivência que lhe cause perturbação;
II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no V – abrigo em entidade;
valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas
VI – abrigo temporário.
gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-
mínimos. TÍTULO IV
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os Da Política de Atendimento ao Idoso
mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos
CAPÍTULO I
previstos nos incisos I e II.
Disposições Gerais
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos
da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio
estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser do conjunto articulado de ações governamentais e não-
posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e
idoso. dos Municípios.
Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do idoso Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
nos procedimentos de embarque e desembarque nos
I – políticas sociais básicas, previstas na Lei nº 8.842, de 4 de
veículos do sistema de transporte coletivo. (Redação dada
janeiro de 1994;
pela Lei nº 12.899, de 2013)
II – políticas e programas de assistência social, em caráter
TÍTULO III
supletivo, para aqueles que necessitarem;
Das Medidas de Proteção
III – serviços especiais de prevenção e atendimento às
CAPÍTULO I vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso,
crueldade e opressão;
Das Disposições Gerais
IV – serviço de identificação e localização de parentes ou
Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis
responsáveis por idosos abandonados em hospitais e
sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
instituições de longa permanência;
ameaçados ou violados:
V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
direitos dos idosos;
II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou
VI – mobilização da opinião pública no sentido da
entidade de atendimento;
participação dos diversos segmentos da sociedade no
III – em razão de sua condição pessoal. atendimento do idoso.
CAPÍTULO II CAPÍTULO II
Das Medidas Específicas de Proteção Das Entidades de Atendimento ao Idoso
Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela
poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e manutenção das próprias unidades, observadas as normas
levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o de planejamento e execução emanadas do órgão
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. competente da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei nº
8.842, de 1994.
Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art.
43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a Parágrafo único. As entidades governamentais e não-
requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à
seguintes medidas: inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da
Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e
I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo
em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da
de responsabilidade;
Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento,
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários; observados os seguintes requisitos:

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I – oferecer instalações físicas em condições adequadas de XI – proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
XII – comunicar à autoridade competente de saúde toda
II – apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho ocorrência de idoso portador de doenças infecto-
compatíveis com os princípios desta Lei; contagiosas;
III – estar regularmente constituída; XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público
requisite os documentos necessários ao exercício da
IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.
cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis
institucionalização de longa permanência adotarão os
que receberem dos idosos;
seguintes princípios:
XV – manter arquivo de anotações onde constem data e
I – preservação dos vínculos familiares;
circunstâncias do atendimento, nome do idoso, responsável,
II – atendimento personalizado e em pequenos grupos; parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem
como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver,
III – manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em
e demais dados que possibilitem sua identificação e a
caso de força maior;
individualização do atendimento;
IV – participação do idoso nas atividades comunitárias, de
XVI – comunicar ao Ministério Público, para as providências
caráter interno e externo;
cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte
V – observância dos direitos e garantias dos idosos; dos familiares;
VI – preservação da identidade do idoso e oferecimento de XVII – manter no quadro de pessoal profissionais com
ambiente de respeito e dignidade. formação específica.
Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos
atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência
pelos atos que praticar em detrimento do idoso, sem judiciária gratuita.
prejuízo das sanções administrativas.
CAPÍTULO III
Art. 50. Constituem obrigações das entidades de
Da Fiscalização das Entidades de Atendimento
atendimento:
Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais
I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o
de atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos
idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da
do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros
entidade e prestações decorrentes do contrato, com os
previstos em lei.
respectivos preços, se for o caso;
Art. 53. O art. 7º da Lei nº 8.842, de 1994, passa a vigorar
II – observar os direitos e as garantias de que são titulares os
com a seguinte redação:
idosos;
"Art. 7º Compete aos Conselhos de que trata o art. 6º desta
III – fornecer vestuário adequado, se for pública, e
Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a
alimentação suficiente;
avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
IV – oferecer instalações físicas em condições adequadas de respectivas instâncias político-administrativas." (NR)
habitabilidade;
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos
V – oferecer atendimento personalizado; recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de
atendimento.
VI – diligenciar no sentido da preservação dos vínculos
familiares; Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as
determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da
VII – oferecer acomodações apropriadas para recebimento
responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou
de visitas;
prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido
VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a processo legal:
necessidade do idoso;
I – as entidades governamentais:
IX – promover atividades educacionais, esportivas, culturais
a) advertência;
e de lazer;
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de
acordo com suas crenças; c) afastamento definitivo de seus dirigentes;

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d) fechamento de unidade ou interdição de programa; Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00
(um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz,
II – as entidades não-governamentais:
conforme o dano sofrido pelo idoso.
a) advertência;
CAPÍTULO V
b) multa;
Da Apuração Administrativa de Infração às Normas de
c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas; Proteção ao Idoso
d) interdição de unidade ou suspensão de programa; Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV serão
atualizados anualmente, na forma da lei.
e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse
público. Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade
administrativa por infração às normas de proteção ao idoso
§ 1º Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo
terá início com requisição do Ministério Público ou auto de
de fraude em relação ao programa, caberá o afastamento
infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se
provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a
possível, por duas testemunhas.
suspensão do programa.
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração
§ 2º A suspensão parcial ou total do repasse de verbas
poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a
públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou
natureza e as circunstâncias da infração.
desvio de finalidade dos recursos.
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-
§ 3º Na ocorrência de infração por entidade de atendimento,
á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24
que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será
(vinte e quatro) horas, por motivo justificado.
o fato comunicado ao Ministério Público, para as
providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a
das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição de apresentação da defesa, contado da data da intimação, que
atendimento a idosos a bem do interesse público, sem será feita:
prejuízo das providências a serem tomadas pela Vigilância
I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for
Sanitária.
lavrado na presença do infrator;
§ 4º Na aplicação das penalidades, serão consideradas a
II – por via postal, com aviso de recebimento.
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes ou Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a
atenuantes e os antecedentes da entidade. autoridade competente aplicará à entidade de atendimento
as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
CAPÍTULO IV
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
Das Infrações Administrativas Público ou pelas demais instituições legitimadas para a
fiscalização.
Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as
determinações do art. 50 desta Lei:
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida
(três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime, ou a saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade
podendo haver a interdição do estabelecimento até que competente aplicará à entidade de atendimento as sanções
sejam cumpridas as exigências legais. regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a
de longa permanência, os idosos abrigados serão
fiscalização.
transferidos para outra instituição, a expensas do
estabelecimento interditado, enquanto durar a interdição. CAPÍTULO VI
Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por Da Apuração Judicial de Irregularidades em Entidade de
estabelecimento de saúde ou instituição de longa Atendimento
permanência de comunicar à autoridade competente os
Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento
casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento:
administrativo de que trata este Capítulo as disposições das
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de
(três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência. janeiro de 1999.
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em
a prioridade no atendimento ao idoso: entidade governamental e não-governamental de

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atendimento ao idoso terá início mediante petição feito, que determinará as providências a serem cumpridas,
fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do
Ministério Público. processo.
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade § 2º A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,
judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar estendendo-se em favor do cônjuge supérstite,
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da companheiro ou companheira, com união estável, maior de
entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para 60 (sessenta) anos.
evitar lesão aos direitos do idoso, mediante decisão
§ 3º A prioridade se estende aos processos e procedimentos
fundamentada.
na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de públicos e instituições financeiras, ao atendimento
10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos
documentos e indicar as provas a produzir. Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de
Assistência Judiciária.
Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na
conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará § 4º Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso
audiência de instrução e julgamento, deliberando sobre a o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a
necessidade de produção de outras provas. destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o § 5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade
Ministério Público terão 5 (cinco) dias para oferecer especial aos maiores de oitenta anos. (Incluído pela Lei nº
alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual 13.466, de 2017).
prazo.
CAPÍTULO II
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo
Do Ministério Público
de dirigente de entidade governamental, a autoridade
judiciária oficiará a autoridade administrativa Art. 72. (VETADO)
imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei,
24 (vinte e quatro) horas para proceder à substituição.
serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade
Art. 74. Compete ao Ministério Público:
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a
processo será extinto, sem julgamento do mérito. proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos,
individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso;
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da
entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento. II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de
interdição total ou parcial, de designação de curador
TÍTULO V
especial, em circunstâncias que justifiquem a medida e
Do Acesso à Justiça oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de
idosos em condições de risco;
CAPÍTULO I
III – atuar como substituto processual do idoso em situação
Disposições Gerais
de risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste
IV – promover a revogação de instrumento procuratório do
Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de
idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando
Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos
necessário ou o interesse público justificar;
nesta Lei.
V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo:
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e
exclusivas do idoso. a) expedir notificações, colher depoimentos ou
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos
injustificado da pessoa notificada, requisitar condução
e procedimentos e na execução dos atos e diligências
coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de
qualquer instância. autoridades municipais, estaduais e federais, da
administração direta e indireta, bem como promover
§ 1º O interessado na obtenção da prioridade a que alude
inspeções e diligências investigatórias;
este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o
benefício à autoridade judiciária competente para decidir o

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c) requisitar informações e documentos particulares de I – acesso às ações e serviços de saúde;


instituições privadas;
II – atendimento especializado ao idoso portador de
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências deficiência ou com limitação incapacitante;
investigatórias e a instauração de inquérito policial, para a
III – atendimento especializado ao idoso portador de doença
apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao
infecto-contagiosa;
idoso;
IV – serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não
extrajudiciais cabíveis; excluem da proteção judicial outros interesses difusos,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de
do idoso, protegidos em lei.
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando
de pronto as medidas administrativas ou judiciais Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no
necessárias à remoção de irregularidades porventura foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência
verificadas; absoluta para processar a causa, ressalvadas as
competências da Justiça Federal e a competência originária
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos
dos Tribunais Superiores.
serviços de saúde, educacionais e de assistência social,
públicos, para o desempenho de suas atribuições; Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos
consideram-se legitimados, concorrentemente:
dos idosos previstos nesta Lei.
I – o Ministério Público;
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.
III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem
IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos 1
outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições
(um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa
do Ministério Público.
dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de autorização da assembléia, se houver prévia autorização
suas funções, terá livre acesso a toda entidade de estatutária.
atendimento ao idoso.
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os
Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for Ministérios Públicos da União e dos Estados na defesa dos
parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na interesses e direitos de que cuida esta Lei.
defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei,
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por
hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes,
associação legitimada, o Ministério Público ou outro
podendo juntar documentos, requerer diligências e
legitimado deverá assumir a titularidade ativa.
produção de outras provas, usando os recursos cabíveis.
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por
Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso,
esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação
será feita pessoalmente.
pertinentes.
Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de
a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
a requerimento de qualquer interessado.
de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e
CAPÍTULO III certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se
regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.
Da Proteção Judicial dos Interesses Difusos, Coletivos e
Individuais Indisponíveis ou Homogêneos Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de
obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela
Art. 78. As manifestações processuais do representante do
específica da obrigação ou determinará providências que
Ministério Público deverão ser fundamentadas.
assegurem o resultado prático equivalente ao
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de adimplemento.
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao
§ 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito
insatisfatório de:

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ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua
prévia, na forma do art. 273 do Código de Processo Civil. presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa, organismo público ou particular, certidões,
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do § 1º ou na sentença, impor
informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o
multa diária ao réu, independentemente do pedido do autor,
qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando
prazo razoável para o cumprimento do preceito. § 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
diligências, se convencer da inexistência de fundamento
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em
para a propositura da ação civil ou de peças informativas,
julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida
determinará o seu arquivamento, fazendo-o
desde o dia em que se houver configurado.
fundamentadamente.
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao Fundo
arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta
Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao
grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do
atendimento ao idoso.
Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e Revisão do
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias Ministério Público.
após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas por
§ 3º Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento,
meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos
pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por Câmara
mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais
de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as
legitimados em caso de inércia daquele.
associações legitimadas poderão apresentar razões escritas
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças de
para evitar dano irreparável à parte. informação.
Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser § 4º Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de
condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa Coordenação e Revisão do Ministério Público de homologar
de peças à autoridade competente, para apuração da a promoção de arquivamento, será designado outro
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se membro do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
atribua a ação ou omissão.
TÍTULO VI
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado
Dos Crimes
da sentença condenatória favorável ao idoso sem que o
autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério CAPÍTULO I
Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados,
Disposições Gerais
como assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de
inércia desse órgão. Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
disposições da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima
e quaisquer outras despesas. privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-
se o procedimento previsto na Lei nº 9.099, de 26 de
Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério
setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as
Público.
disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, (Vide ADI 3.096-5 - STF)
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe
CAPÍTULO II
informações sobre os fatos que constituam objeto de ação
civil e indicando-lhe os elementos de convicção. Dos Crimes em Espécie
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal
no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e
de fatos que possam configurar crime de ação pública contra 182 do Código Penal.
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa,
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando
devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério
seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte,
Público, para as providências cabíveis.
ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou
Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá instrumento necessário ao exercício da cidadania, por
requerer às autoridades competentes as certidões e motivo de idade:
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
prazo de 10 (dez) dias.

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§ 1º Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão
motivo.
ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se aplicação diversa da de sua finalidade:
encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso,
possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente
como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à
perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
entidade de atendimento:
saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro
de autoridade pública: Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa
a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da
qualquer outro documento com objetivo de assegurar
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
recebimento ou ressarcimento de dívida:
triplicada, se resulta a morte.
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde,
entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de
prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei comunicação, informações ou imagens depreciativas ou
ou mandado: injuriosas à pessoa do idoso:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa. Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus
psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas atos a outorgar procuração para fins de administração de
ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados bens ou deles dispor livremente:
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
trabalho excessivo ou inadequado:
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar,
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
contratar, testar ou outorgar procuração:
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem
§ 2º Se resulta a morte: discernimento de seus atos, sem a devida representação
legal:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano e multa: TÍTULO VII
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por Disposições Finais e Transitórias
motivo de idade;
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do
II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
trabalho;
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de
Art. 110. O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940,
prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações:
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
"Art. 61.
motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil
a que alude esta Lei; II - .
V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando mulher grávida;" (NR)
requisitados pelo Ministério Público.
"Art. 121.
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
que for parte ou interveniente o idoso:
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar

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imediato socorro à vítima, não procura diminuir as II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;”
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de (NR)
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor
Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei nº 6.368, de 21 de
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 133.
"Art. 18.
§ 3º
III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR) menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade igual
ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por
"Art. 140.
qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos discernimento ou de autodeterminação:" (NR)
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição
Art. 114. O art 1º da Lei nº 10.048, de 8 de novembro de
de pessoa idosa ou portadora de deficiência:”(NR)
2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 141.
"Art. 1º As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as
de deficiência, exceto no caso de injúria." (NR) lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo
terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR)
"Art. 148. .
Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao
§ 1º.
Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do agente Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em
ou maior de 60 (sessenta) anos." (NR) cada exercício financeiro, para aplicação em programas e
ações relativos ao idoso.
"Art. 159.
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados
§ 1º Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas,
relativos à população idosa do País.
se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso
quadrilha." (NR) Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do
Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica
"Art. 183.
da Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou direito seja condizente com o estágio de desenvolvimento
superior a 60 (sessenta) anos." (NR) sócio-econômico alcançado pelo País.
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias
do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do art. 36,
para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 que vigorará a partir de 1º de janeiro de 2004.
(sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos
Brasília, 1º de outubro de 2003; 182º da Independência e
necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia
115º da República.
judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem
justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
gravemente enfermo:" (NR)
Márcio Thomaz Bastos
Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro
Antonio Palocci Filho
de 1941, Lei das Contravenções Penais, passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo único: Rubem Fonseca Filho
"Art. 21. Humberto Sérgio Costa LIma
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a Guido Mantega
metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
Ricardo José Ribeiro Berzoini
Art. 112. O inciso II do § 4º do art. 1º da Lei nº 9.455, de 7 de
Benedita Souza da Silva Sampaio
abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
"Art. 1º .
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.10.2003
§ 4º .

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I - se há participação de criança ou adolescente;


LEI Nº 12.850/2013 II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a
organização criminosa dessa condição para a prática de
Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação
infração penal;
criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais
correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se,
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga no todo ou em parte, ao exterior;
a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras
providências.
organizações criminosas independentes;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
transnacionalidade da organização.
CAPÍTULO I
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário
Da Organização Criminosa público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se
a investigação criminal, os meios de obtenção da prova,
fizer necessária à investigação ou instrução processual.
infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser
aplicado. § 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao
funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4
mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou
(quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
cumprimento da pena.
informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a § 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará
superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que
transnacional. designará membro para acompanhar o feito até a sua
conclusão.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
CAPÍTULO II
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção
internacional quando, iniciada a execução no País, o Da Investigação e dos Meios de Obtenção da Prova
resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão
reciprocamente;
permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas seguintes meios de obtenção da prova:
voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente
I - colaboração premiada;
definidos. (Redação dada pela lei nº 13.260, de 2016)
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar,
ou acústicos;
pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa: III - ação controlada;
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas,
prejuízo das penas correspondentes às demais infrações a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos
penais praticadas. ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas,
qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal nos termos da legislação específica;
que envolva organização criminosa.
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos
§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da termos da legislação específica;
organização criminosa houver emprego de arma de fogo.
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação,
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, na forma do art. 11;
individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que
VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais,
não pratique pessoalmente atos de execução.
distritais, estaduais e municipais na busca de provas e
§ 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois informações de interesse da investigação ou da instrução
terços): criminal.

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§ 1º Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre § 4º Nas mesmas hipóteses do caput, o Ministério Público
a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação poderá deixar de oferecer denúncia se o colaborador:
para contratação de serviços técnicos especializados,
I - não for o líder da organização criminosa;
aquisição ou locação de equipamentos destinados à polícia
judiciária para o rastreamento e obtenção de provas II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos
previstas nos incisos II e V. (Incluído pela Lei nº 13.097, de deste artigo.
2015)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena
§ 2º No caso do § 1º, fica dispensada a publicação de que poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a
trata o parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de progressão de regime ainda que ausentes os requisitos
junho de 1993, devendo ser comunicado o órgão de controle objetivos.
interno da realização da contratação. (Incluído pela Lei nº
§ 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre
13.097, de 2015)
as partes para a formalização do acordo de colaboração, que
Seção I ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o
defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou,
Da Colaboração Premiada
conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder ou acusado e seu defensor.
o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º, o respectivo
privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de
termo, acompanhado das declarações do colaborador e de
direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
cópia da investigação, será remetido ao juiz para
voluntariamente com a investigação e com o processo
homologação, o qual deverá verificar sua regularidade,
criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
legalidade e voluntariedade, podendo para este fim,
dos seguintes resultados:
sigilosamente, ouvir o colaborador, na presença de seu
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da defensor.
organização criminosa e das infrações penais por eles
§ 8º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não
praticadas;
atender aos requisitos legais, ou adequá-la ao caso concreto.
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de
§ 9º Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá,
tarefas da organização criminosa;
sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das membro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia
atividades da organização criminosa; responsável pelas investigações.
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito § 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que
das infrações penais praticadas pela organização criminosa; as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador
não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade
física preservada. § 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado
e sua eficácia.
§ 1º Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em
conta a personalidade do colaborador, a natureza, as § 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não
circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato denunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a
criminoso e a eficácia da colaboração. requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade
judicial.
§ 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o
Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de § 13. Sempre que possível, o registro dos atos de
polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação colaboração será feito pelos meios ou recursos de gravação
do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive
juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das
que esse benefício não tenha sido previsto na proposta informações.
inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei
§ 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao
Penal).
silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a
§ 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, verdade.
relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6
§ 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e
(seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam
execução da colaboração, o colaborador deverá estar
cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o
assistido por defensor.
respectivo prazo prescricional.

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§ 16. Nenhuma sentença condenatória será proferida com Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção
fundamento apenas nas declarações de agente colaborador. policial ou administrativa relativa à ação praticada por
organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida
Art. 5º São direitos do colaborador:
sob observação e acompanhamento para que a medida legal
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação se concretize no momento mais eficaz à formação de provas
específica; e obtenção de informações.
II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações § 1º O retardamento da intervenção policial ou
pessoais preservados; administrativa será previamente comunicado ao juiz
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites
III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais
e comunicará ao Ministério Público.
coautores e partícipes;
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma
IV - participar das audiências sem contato visual com os
a não conter informações que possam indicar a operação a
outros acusados;
ser efetuada.
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos
comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua
será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de
prévia autorização por escrito;
polícia, como forma de garantir o êxito das investigações.
VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto
demais corréus ou condenados.
circunstanciado acerca da ação controlada.
Art. 6º O termo de acordo da colaboração premiada deverá
Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de
ser feito por escrito e conter:
fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou
I - o relato da colaboração e seus possíveis resultados; administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação
das autoridades dos países que figurem como provável
II - as condições da proposta do Ministério Público ou do
itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os
delegado de polícia;
riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou
III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu proveito do crime.
defensor;
Seção III
IV - as assinaturas do representante do Ministério Público ou
Da Infiltração de Agentes
do delegado de polícia, do colaborador e de seu defensor;
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de
V - a especificação das medidas de proteção ao colaborador
investigação, representada pelo delegado de polícia ou
e à sua família, quando necessário.
requerida pelo Ministério Público, após manifestação
Art. 7º O pedido de homologação do acordo será técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de
sigilosamente distribuído, contendo apenas informações inquérito policial, será precedida de circunstanciada,
que não possam identificar o colaborador e o seu objeto. motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
seus limites.
§ 1º As informações pormenorizadas da colaboração serão
dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que § 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o
decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
Público.
§ 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério
Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o § 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração
êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no penal de que trata o art. 1º e se a prova não puder ser
interesse do representado, amplo acesso aos elementos de produzida por outros meios disponíveis.
prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa,
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis)
devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que
os referentes às diligências em andamento.
comprovada sua necessidade.
§ 3º O acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º, o relatório
assim que recebida a denúncia, observado o disposto no art.
circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
5º.
imediatamente cientificará o Ministério Público.
Seção II
§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia
Da Ação Controlada poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade
de infiltração.

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Art. 11. O requerimento do Ministério Público ou a aos dados cadastrais do investigado que informem
representação do delegado de polícia para a infiltração de exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
agentes conterão a demonstração da necessidade da endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas
medida, o alcance das tarefas dos agentes e, quando telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet
possível, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e o e administradoras de cartão de crédito.
local da infiltração.
Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo
Art. 12. O pedido de infiltração será sigilosamente de 5 (cinco) anos, acesso direto e permanente do juiz, do
distribuído, de forma a não conter informações que possam Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de
indicar a operação a ser efetivada ou identificar o agente que dados de reservas e registro de viagens.
será infiltrado.
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel
§ 1º As informações quanto à necessidade da operação de manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição das
infiltração serão dirigidas diretamente ao juiz competente, autoridades mencionadas no art. 15, registros de
que decidirá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após identificação dos números dos terminais de origem e de
manifestação do Ministério Público na hipótese de destino das ligações telefônicas internacionais, interurbanas
representação do delegado de polícia, devendo-se adotar as e locais.
medidas necessárias para o êxito das investigações e a
Seção V
segurança do agente infiltrado.
Dos Crimes Ocorridos na Investigação e na Obtenção da
§ 2º Os autos contendo as informações da operação de
Prova
infiltração acompanharão a denúncia do Ministério Público,
quando serão disponibilizados à defesa, assegurando-se a Art. 18. Revelar a identidade, fotografar ou filmar o
preservação da identidade do agente. colaborador, sem sua prévia autorização por escrito:
§ 3º Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
sofre risco iminente, a operação será sustada mediante
Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração
requisição do Ministério Público ou pelo delegado de polícia,
com a Justiça, a prática de infração penal a pessoa que sabe
dando-se imediata ciência ao Ministério Público e à
ser inocente, ou revelar informações sobre a estrutura de
autoridade judicial.
organização criminosa que sabe inverídicas:
Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
proporcionalidade com a finalidade da investigação,
responderá pelos excessos praticados. Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das investigações
que envolvam a ação controlada e a infiltração de agentes:
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a
prática de crime pelo agente infiltrado no curso da Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
investigação, quando inexigível conduta diversa.
Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, registros,
Art. 14. São direitos do agente: documentos e informações requisitadas pelo juiz, Ministério
Público ou delegado de polícia, no curso de investigação ou
I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada;
do processo:
II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber,
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
o disposto no art. 9º da Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999,
bem como usufruir das medidas de proteção a testemunhas; Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, de forma
indevida, se apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados
III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e
cadastrais de que trata esta Lei.
demais informações pessoais preservadas durante a
investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão CAPÍTULO III
judicial em contrário;
Disposições Finais
IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou
Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais
filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia
conexas serão apurados mediante procedimento ordinário
autorização por escrito.
previsto no Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
Seção IV (Código de Processo Penal), observado o disposto no
parágrafo único deste artigo.
Do Acesso a Registros, Dados Cadastrais, Documentos e
Informações Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada
em prazo razoável, o qual não poderá exceder a 120 (cento
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão
e vinte) dias quando o réu estiver preso, prorrogáveis em até
acesso, independentemente de autorização judicial, apenas
igual período, por decisão fundamentada, devidamente

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motivada pela complexidade da causa ou por fato CAPÍTULO III


procrastinatório atribuível ao réu.
Dos Juizados Especiais Criminais
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela
Disposições Gerais
autoridade judicial competente, para garantia da celeridade
e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes
ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso togados ou togados e leigos, tem competência para a
aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais
direito de defesa, devidamente precedido de autorização de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de
judicial, ressalvados os referentes às diligências em conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº
andamento. 11.313, de 2006)
Parágrafo único. Determinado o depoimento do Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo
investigado, seu defensor terá assegurada a prévia vista dos comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das
autos, ainda que classificados como sigilosos, no prazo regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos
mínimo de 3 (três) dias que antecedem ao ato, podendo ser da transação penal e da composição dos danos civis.
ampliado, a critério da autoridade responsável pela (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006)
investigação.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial
Art. 24. O art. 288 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2
seguinte redação: (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação
dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
“Associação Criminosa
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim
pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,
específico de cometer crimes:
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a
aplicação de pena não privativa de liberdade.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a
(Redação dada pela Lei nº 13.603, de 2018)
associação é armada ou se houver a participação de criança
ou adolescente.” (NR) Seção I
Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Da Competência e dos Atos Processuais
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo
seguinte redação:
lugar em que foi praticada a infração penal.
“Art. 342.
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.” (NR) realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana,
conforme dispuserem as normas de organização judiciária.
Art. 26. Revoga-se a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995.
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que
Art. 27. Esta Lei entra em vigor após decorridos 45 (quarenta
preencherem as finalidades para as quais foram realizados,
e cinco) dias de sua publicação oficial.
atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei.
Brasília, 2 de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha
da República.
havido prejuízo.
DILMA ROUSSEFF
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas
José Eduardo Cardozo poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de
comunicação.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.8.2013 -
Edição extra § 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos
havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de
LEI Nº 9.099/1995 instrução e julgamento poderão ser gravados em fita
magnética ou equivalente.
Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado,
outras providências. sempre que possível, ou por mandado.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

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Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na
o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para administração da Justiça Criminal.
adoção do procedimento previsto em lei.
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá
de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa
recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo
privada ou de ação penal pública condicionada à
necessário, por oficial de justiça, independentemente de
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao
mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio
direito de queixa ou representação.
idôneo de comunicação.
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada
Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência
imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o
considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os
direito de representação verbal, que será reduzida a termo.
interessados e defensores.
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado
audiência preliminar não implica decadência do direito, que
de citação do acusado, constará a necessidade de seu
poderá ser exercido no prazo previsto em lei.
comparecimento acompanhado de advogado, com a
advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de
defensor público. ação penal pública incondicionada, não sendo caso de
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a
Seção II
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas,
Da Fase Preliminar a ser especificada na proposta.
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável,
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima,
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
providenciando-se as requisições dos exames periciais
necessários. I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de
crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do
termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de termos deste artigo;
violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a
de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de
personalidade do agente, bem como os motivos e as
convivência com a vítima. (Redação dada pela
circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da
Lei nº 10.455, de 13.5.2002))
medida.
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor,
sendo possível a realização imediata da audiência preliminar,
será submetida à apreciação do Juiz.
será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos
autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos
envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se for
ou multa, que não importará em reincidência, sendo
o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68
registrada apenas para impedir novamente o mesmo
desta Lei.
benefício no prazo de cinco anos.
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a
do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se
apelação referida no art. 82 desta Lei.
possível, o responsável civil, acompanhados por seus
advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo
composição dos danos e da aceitação da proposta de não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo
aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá
efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por
no juízo cível.
conciliador sob sua orientação.
Seção III
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça,
recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre Do Procedimento Sumariíssimo

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Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não § 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de
houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as
pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.
o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo,
oral, se não houver necessidade de diligências
assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo
imprescindíveis.
dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença.
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada
§ 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os
com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta
elementos de convicção do Juiz.
Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do
exame do corpo de delito quando a materialidade do crime Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da
estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma
composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não
jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público
poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias,
existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. contados da ciência da sentença pelo Ministério Público,
pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser
constarão as razões e o pedido do recorrente.
oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a
complexidade e as circunstâncias do caso determinam a § 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita
adoção das providências previstas no parágrafo único do art. no prazo de dez dias.
66 desta Lei.
§ 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a da fita magnética a que alude o § 3º do art. 65 desta Lei.
termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará
§ 4º As partes serão intimadas da data da sessão de
citado e imediatamente cientificado da designação de dia e
julgamento pela imprensa.
hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual
também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o § 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios
responsável civil e seus advogados. fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em
dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou
de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas omissão. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, 2015) (Vigência)
no mínimo cinco dias antes de sua realização.
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da
serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para decisão.
comparecerem à audiência de instrução e julgamento.
§ 2º Os embargos de declaração interrompem o prazo para
§ 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma a interposição de recurso. (Redação dada pela
prevista no art. 67 desta Lei. Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de § 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver
Seção IV
havido possibilidade de tentativa de conciliação e de
oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder- Da Execução
se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.
Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, cumprimento far-se-á mediante pagamento na Secretaria do
quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva Juizado.
comparecer.
Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o Juiz declarará
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor extinta a punibilidade, determinando que a condenação não
para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou fique constando dos registros criminais, exceto para fins de
não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão requisição judicial.
ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita a
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-
conversão em pena privativa da liberdade, ou restritiva de
se imediatamente aos debates orais e à prolação da
direitos, nos termos previstos em lei.
sentença.

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Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos
restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, será processos penais cuja instrução já estiver iniciada.
processada perante o órgão competente, nos termos da lei. (Vide ADIN nº 1.719-9)
Seção V Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito
da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, de
Das Despesas Processuais
27.9.1999)
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo civil e
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
aplicação de pena restritiva de direitos ou multa (arts. 74 e
representação para a propositura da ação penal pública, o
76, § 4º), as despesas processuais serão reduzidas, conforme
ofendido ou seu representante legal será intimado para
dispuser lei estadual.
oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência.
Seção VI
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos
Disposições Finais Códigos Penal e de Processo Penal, no que não forem
incompatíveis com esta Lei.
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação
especial, dependerá de representação a ação penal relativa
aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. LEI Nº 10.259/2001
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual
Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e
ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o
Criminais no âmbito da Justiça Federal.
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos
Art. 1º São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais
que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77
da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar
do Código Penal).
com esta Lei, o disposto na Lei nº 9.099, de 26 de setembro
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na de 1995.
presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá
Art. 2º Compete ao Juizado Especial Federal Criminal
suspender o processo, submetendo o acusado a período de
processar e julgar os feitos de competência da Justiça
prova, sob as seguintes condições:
Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo,
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação
dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
comum ou o tribunal do júri, decorrente da aplicação das
autorização do Juiz;
regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, da transação penal e da composição dos danos civis.
mensalmente, para informar e justificar suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica Art. 3º Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar,
subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal
situação pessoal do acusado. até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar
as suas sentenças.
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o
beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não § 1º Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível
efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. as causas:
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou Federal, as ações de mandado de segurança, de
descumprir qualquer outra condição imposta. desapropriação, de divisão e demarcação, populares,
execuções fiscais e por improbidade administrativa e as
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta
demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou
a punibilidade.
individuais homogêneos;
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão
II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações
do processo.
públicas federais;
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste
artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.

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III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo Parágrafo único. Os representantes judiciais da União,
federal, salvo o de natureza previdenciária e o de autarquias, fundações e empresas públicas federais, bem
lançamento fiscal; como os indicados na forma do caput, ficam autorizados a
conciliar, transigir ou desistir, nos processos da competência
IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de
dos Juizados Especiais Federais.
demissão imposta a servidores públicos civis ou de sanções
disciplinares aplicadas a militares. Art. 11. A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a
documentação de que disponha para o esclarecimento da
§ 2º Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas,
causa, apresentando-a até a instalação da audiência de
para fins de competência do Juizado Especial, a soma de
conciliação.
doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3º,
caput. Parágrafo único. Para a audiência de composição dos danos
resultantes de ilícito criminal (arts. 71, 72 e 74 da Lei nº
§ 3º No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial,
9.099, de 26 de setembro de 1995), o representante da
a sua competência é absoluta.
entidade que comparecer terá poderes para acordar, desistir
Art. 4º O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, ou transigir, na forma do art. 10.
deferir medidas cautelares no curso do processo, para evitar
Art. 12. Para efetuar o exame técnico necessário à
dano de difícil reparação.
conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz nomeará
Art. 5º Exceto nos casos do art. 4º, somente será admitido pessoa habilitada, que apresentará o laudo até cinco dias
recurso de sentença definitiva. antes da audiência, independentemente de intimação das
partes.
Art. 6º Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível:
§ 1º Os honorários do técnico serão antecipados à conta de
I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e
verba orçamentária do respectivo Tribunal e, quando
empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei nº 9.317,
vencida na causa a entidade pública, seu valor será incluído
de 5 de dezembro de 1996;
na ordem de pagamento a ser feita em favor do Tribunal.
II – como rés, a União, autarquias, fundações e empresas
§ 2º Nas ações previdenciárias e relativas à assistência social,
públicas federais.
havendo designação de exame, serão as partes intimadas
Art. 7º As citações e intimações da União serão feitas na para, em dez dias, apresentar quesitos e indicar assistentes.
forma prevista nos arts. 35 a 38 da Lei Complementar nº 73,
Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame
de 10 de fevereiro de 1993.
necessário.
Parágrafo único. A citação das autarquias, fundações e
Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação de
empresas públicas será feita na pessoa do representante
lei federal quando houver divergência entre decisões sobre
máximo da entidade, no local onde proposta a causa,
questões de direito material proferidas por Turmas Recursais
quando ali instalado seu escritório ou representação; se não,
na interpretação da lei.
na sede da entidade.
§ 1º O pedido fundado em divergência entre Turmas da
Art. 8º As partes serão intimadas da sentença, quando não
mesma Região será julgado em reunião conjunta das Turmas
proferida esta na audiência em que estiver presente seu
em conflito, sob a presidência do Juiz Coordenador.
representante, por ARMP (aviso de recebimento em mão
própria). § 2º O pedido fundado em divergência entre decisões de
turmas de diferentes regiões ou da proferida em
§ 1º As demais intimações das partes serão feitas na pessoa
contrariedade a súmula ou jurisprudência dominante do STJ
dos advogados ou dos Procuradores que oficiem nos
será julgado por Turma de Uniformização, integrada por
respectivos autos, pessoalmente ou por via postal.
juízes de Turmas Recursais, sob a presidência do
§ 2º Os tribunais poderão organizar serviço de intimação das Coordenador da Justiça Federal.
partes e de recepção de petições por meio eletrônico.
§ 3º A reunião de juízes domiciliados em cidades diversas
Art. 9º Não haverá prazo diferenciado para a prática de será feita pela via eletrônica.
qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito
§ 4º Quando a orientação acolhida pela Turma de
público, inclusive a interposição de recursos, devendo a
Uniformização, em questões de direito material, contrariar
citação para audiência de conciliação ser efetuada com
súmula ou jurisprudência dominante no Superior Tribunal de
antecedência mínima de trinta dias.
Justiça -STJ, a parte interessada poderá provocar a
Art. 10. As partes poderão designar, por escrito, manifestação deste, que dirimirá a divergência.
representantes para a causa, advogado ou não.
§ 5º No caso do § 4º, presente a plausibilidade do direito
invocado e havendo fundado receio de dano de difícil

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reparação, poderá o relator conceder, de ofício ou a § 2º Desatendida a requisição judicial, o Juiz determinará o
requerimento do interessado, medida liminar determinando seqüestro do numerário suficiente ao cumprimento da
a suspensão dos processos nos quais a controvérsia esteja decisão.
estabelecida.
§ 3º São vedados o fracionamento, repartição ou quebra do
§ 6º Eventuais pedidos de uniformização idênticos, valor da execução, de modo que o pagamento se faça, em
recebidos subseqüentemente em quaisquer Turmas parte, na forma estabelecida no § 1º deste artigo, e, em
Recursais, ficarão retidos nos autos, aguardando-se parte, mediante expedição do precatório, e a expedição de
pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça. precatório complementar ou suplementar do valor pago.
§ 7º Se necessário, o relator pedirá informações ao § 4º Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido no §
Presidente da Turma Recursal ou Coordenador da Turma de 1º, o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório,
Uniformização e ouvirá o Ministério Público, no prazo de sendo facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do
cinco dias. Eventuais interessados, ainda que não sejam valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do
partes no processo, poderão se manifestar, no prazo de saldo sem o precatório, da forma lá prevista.
trinta dias.
Art. 18. Os Juizados Especiais serão instalados por decisão do
§ 8º Decorridos os prazos referidos no § 7º, o relator incluirá Tribunal Regional Federal. O Juiz presidente do Juizado
o pedido em pauta na Seção, com preferência sobre todos os designará os conciliadores pelo período de dois anos,
demais feitos, ressalvados os processos com réus presos, os admitida a recondução. O exercício dessas funções será
habeas corpus e os mandados de segurança. gratuito, assegurados os direitos e prerrogativas do jurado
(art. 437 do Código de Processo Penal).
§ 9º Publicado o acórdão respectivo, os pedidos retidos
referidos no § 6º serão apreciados pelas Turmas Recursais, Parágrafo único. Serão instalados Juizados Especiais
que poderão exercer juízo de retratação ou declará-los Adjuntos nas localidades cujo movimento forense não
prejudicados, se veicularem tese não acolhida pelo Superior justifique a existência de Juizado Especial, cabendo ao
Tribunal de Justiça. Tribunal designar a Vara onde funcionará.
§ 10. Os Tribunais Regionais, o Superior Tribunal de Justiça e Art. 19. No prazo de seis meses, a contar da publicação desta
o Supremo Tribunal Federal, no âmbito de suas Lei, deverão ser instalados os Juizados Especiais nas capitais
competências, expedirão normas regulamentando a dos Estados e no Distrito Federal.
composição dos órgãos e os procedimentos a serem
Parágrafo único. Na capital dos Estados, no Distrito Federal
adotados para o processamento e o julgamento do pedido
e em outras cidades onde for necessário, neste último caso,
de uniformização e do recurso extraordinário.
por decisão do Tribunal Regional Federal, serão instalados
Art. 15. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, Juizados com competência exclusiva para ações
será processado e julgado segundo o estabelecido nos §§ 4º previdenciárias.
a 9º do art. 14, além da observância das normas do
Art. 20. Onde não houver Vara Federal, a causa poderá ser
Regimento.
proposta no Juizado Especial Federal mais próximo do foro
Art. 16. O cumprimento do acordo ou da sentença, com definido no art. 4º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
trânsito em julgado, que imponham obrigação de fazer, não 1995, vedada a aplicação desta Lei no juízo estadual.
fazer ou entrega de coisa certa, será efetuado mediante
Art. 21. As Turmas Recursais serão instituídas por decisão do
ofício do Juiz à autoridade citada para a causa, com cópia da
Tribunal Regional Federal, que definirá sua composição e
sentença ou do acordo.
área de competência, podendo abranger mais de uma seção.
Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa,
Art. 22. Os Juizados Especiais serão coordenados por Juiz do
após o trânsito em julgado da decisão, o pagamento será
respectivo Tribunal Regional, escolhido por seus pares, com
efetuado no prazo de sessenta dias, contados da entrega da
mandato de dois anos.
requisição, por ordem do Juiz, à autoridade citada para a
causa, na agência mais próxima da Caixa Econômica Federal Parágrafo único. O Juiz Federal, quando o exigirem as
ou do Banco do Brasil, independentemente de precatório. circunstâncias, poderá determinar o funcionamento do
Juizado Especial em caráter itinerante, mediante autorização
§ 1º Para os efeitos do § 3º do art. 100 da Constituição
prévia do Tribunal Regional Federal, com antecedência de
Federal, as obrigações ali definidas como de pequeno valor,
dez dias.
a serem pagas independentemente de precatório, terão
como limite o mesmo valor estabelecido nesta Lei para a Art. 23. O Conselho da Justiça Federal poderá limitar, por até
competência do Juizado Especial Federal Cível (art. 3º, três anos, contados a partir da publicação desta Lei, a
caput). competência dos Juizados Especiais Cíveis, atendendo à
necessidade da organização dos serviços judiciários ou
administrativos.

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Art. 24. O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à
Justiça Federal e as Escolas de Magistratura dos Tribunais pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e
Regionais Federais criarão programas de informática facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde
necessários para subsidiar a instrução das causas submetidas física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e
aos Juizados e promoverão cursos de aperfeiçoamento social.
destinados aos seus magistrados e servidores.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o
Art. 25. Não serão remetidas aos Juizados Especiais as exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à
demandas ajuizadas até a data de sua instalação. alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
Art. 26. Competirá aos Tribunais Regionais Federais prestar
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
o suporte administrativo necessário ao funcionamento dos
comunitária.
Juizados Especiais.
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem
Art. 27. Esta Lei entra em vigor seis meses após a data de sua
garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das
publicação.
relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las
Brasília, 12 de julho de 2001; 180º da Independência e 113º de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
da República. violência, crueldade e opressão.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO § 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as
condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos
Paulo de Tarso Tamos Ribeiro
enunciados no caput.
Roberto Brant
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins
Gilmar Ferreira Mendes sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições
peculiares das mulheres em situação de violência doméstica
Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.7.2001
e familiar.

LEI Nº 11.340/2006 TÍTULO II


Da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da CAPÍTULO I
Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Disposições Gerais
Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher;
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de
patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de
Execução Penal; e dá outras providências.
2015)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem
TÍTULO I vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
Disposições Preliminares II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a formada por indivíduos que são ou se consideram
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção vontade expressa;
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor
Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e conviva ou tenha convivido com a ofendida,
Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados independentemente de coabitação.
internacionais ratificados pela República Federativa do
Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste
Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas artigo independem de orientação sexual.
de assistência e proteção às mulheres em situação de Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher
violência doméstica e familiar. constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, CAPÍTULO II
etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional,

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Das Formas de Violência Doméstica e Familiar Contra a raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à
Mulher freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher,
para a sistematização de dados, a serem unificados
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra
nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das
a mulher, entre outras:
medidas adotadas;
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores
ofenda sua integridade ou saúde corporal;
éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a
que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido
ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento no inciso III do art. 1º, no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do
ou que vise degradar ou controlar suas ações, art. 221 da Constituição Federal;
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
IV - a implementação de atendimento policial especializado
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
para as mulheres, em particular nas Delegacias de
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
Atendimento à Mulher;
chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito
de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à V - a promoção e a realização de campanhas educativas de
saúde psicológica e à autodeterminação; prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher,
voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que
difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos
a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação
humanos das mulheres;
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos
qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar ou outros instrumentos de promoção de parceria entre
qualquer método contraceptivo ou que a force ao órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, governamentais, tendo por objetivo a implementação de
mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou programas de erradicação da violência doméstica e familiar
que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e contra a mulher;
reprodutivos;
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos
conduta que configure retenção, subtração, destruição profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
VIII - a promoção de programas educacionais que
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade
necessidades;
da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que etnia;
configure calúnia, difamação ou injúria.
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis
TÍTULO III de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos,
à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da
Da Assistência à Mulher em Situação de Violência
violência doméstica e familiar contra a mulher.
Doméstica e Familiar
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I
Da Assistência à Mulher em Situação de Violência
Das Medidas Integradas de Prevenção
Doméstica e Familiar
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência
doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de
doméstica e familiar será prestada de forma articulada e
um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei
Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde,
governamentais, tendo por diretrizes:
no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério e políticas públicas de proteção, e emergencialmente
Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança quando for o caso.
pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da
habitação;
mulher em situação de violência doméstica e familiar no
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras cadastro de programas assistenciais do governo federal,
informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de estadual e municipal.

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§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência procedimento: (Incluído pela Lei nº 13.505, de
doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e 2017)
psicológica:
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, para esse fim, o qual conterá os equipamentos próprios e
integrante da administração direta ou indireta; adequados à idade da mulher em situação de violência
doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o
da violência sofrida; (Incluído pela Lei nº 13.505,
afastamento do local de trabalho, por até seis meses.
de 2017)
§ 3º A assistência à mulher em situação de violência
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por
doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios
profissional especializado em violência doméstica e familiar
decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico,
designado pela autoridade judiciária ou policial;
incluindo os serviços de contracepção de emergência, a
(Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e
da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou
procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de magnético, devendo a degravação e a mídia integrar o
violência sexual. inquérito. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
CAPÍTULO III Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência
doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre
Do Atendimento Pela Autoridade Policial
outras providências:
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência
I - garantir proteção policial, quando necessário,
doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial
comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder
que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de
Judiciário;
imediato, as providências legais cabíveis.
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo
ao Instituto Médico Legal;
ao descumprimento de medida protetiva de urgência
deferida. III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes
para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência
doméstica e familiar o atendimento policial e pericial IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a
especializado, ininterrupto e prestado por servidores - retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do
preferencialmente do sexo feminino - previamente domicílio familiar;
capacitados. (Incluíd pela Lei nº 13.505, de 2017)
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência e os serviços disponíveis.
doméstica e familiar ou de testemunha de violência
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar
doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher,
contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a
obedecerá às seguintes diretrizes: (Incluído pela
autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes
Lei nº 13.505, de 2017)
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da de Processo Penal
depoente, considerada a sua condição peculiar de pessoa em
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a
situação de violência doméstica e familiar; (Incluído
representação a termo, se apresentada;
pela Lei nº 13.505, de 2017)
II - colher todas as provas que servirem para o
II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em
esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
situação de violência doméstica e familiar, familiares e
testemunhas terão contato direto com investigados ou III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
suspeitos e pessoas a eles relacionadas; (Incluído expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para
pela Lei nº 13.505, de 2017) a concessão de medidas protetivas de urgência;
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito
inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;
administrativo, bem como questionamentos sobre a vida
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
privada. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos
§ 2º Na inquirição de mulher em situação de violência
autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a
doméstica e familiar ou de testemunha de delitos de que
trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte

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existência de mandado de prisão ou registro de outras Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o
ocorrências policiais contra ele; julgamento e a execução das causas decorrentes da prática
de violência doméstica e familiar contra a mulher.
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao
juiz e ao Ministério Público. Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em
horário noturno, conforme dispuserem as normas de
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela
organização judiciária.
autoridade policial e deverá conter:
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os
I - qualificação da ofendida e do agressor;
processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
II - nome e idade dos dependentes;
I - do seu domicílio ou de sua residência;
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;
solicitadas pela ofendida.
III - do domicílio do agressor.
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento
referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de todos os Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à
documentos disponíveis em posse da ofendida. representação da ofendida de que trata esta Lei, só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou
audiência especialmente designada com tal finalidade, antes
prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de
do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
saúde.
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência
Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta
suas políticas e planos de atendimento à mulher em situação
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no
substituição de pena que implique o pagamento isolado de
âmbito da Polícia Civil, à criação de Delegacias Especializadas
multa.
de Atendimento à Mulher (Deams), de Núcleos
Investigativos de Feminicídio e de equipes especializadas CAPÍTULO II
para o atendimento e a investigação das violências graves
Das Medidas Protetivas de Urgência
contra a mulher.
Seção I
Art. 12-B. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505,
de 2017) Disposições Gerais
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida,
2017) caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
§ 2º (VETADO. (Incluído pela Lei nº 13.505, de I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as
2017) medidas protetivas de urgência;
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de
públicos necessários à defesa da mulher em situação de assistência judiciária, quando for o caso;
violência doméstica e familiar e de seus dependentes.
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as
(Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
providências cabíveis.
TÍTULO IV
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser
Dos Procedimentos concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público
ou a pedido da ofendida.
CAPÍTULO I
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser
Disposições Gerais
concedidas de imediato, independentemente de audiência
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo
cíveis e criminais decorrentes da prática de violência este ser prontamente comunicado.
doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas
dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da
isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a
legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao
qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os
idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei.
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra violados.
a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou
e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito
a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de

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urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender § 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o


necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do
seu patrimônio, ouvido o Ministério Público. art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da
as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará
instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor,
a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato
decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
do agressor responsável pelo cumprimento da determinação
Público ou mediante representação da autoridade policial.
judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva de desobediência, conforme o caso.
se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento,
razões que a justifiquem.
auxílio da força policial.
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que
processuais relativos ao agressor, especialmente dos
couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 da
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da
Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo
intimação do advogado constituído ou do defensor público.
Civil).
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação
Seção III
ou notificação ao agressor.
Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida
Seção II
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o
outras medidas:
Agressor
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e
oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá
aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou II - determinar a recondução da ofendida e a de seus
separadamente, as seguintes medidas protetivas de dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do
urgência, entre outras: agressor;
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem
comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e
10.826, de 22 de dezembro de 2003; alimentos;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com IV - determinar a separação de corpos.
a ofendida;
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o
juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas,
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
entre outras:
testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre
estes e o agressor; I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo
agressor à ofendida;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas
por qualquer meio de comunicação; II - proibição temporária para a celebração de atos e
contratos de compra, venda e locação de propriedade em
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar
comum, salvo expressa autorização judicial;
a integridade física e psicológica da ofendida;
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes
agressor;
menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar
ou serviço similar; IV - prestação de caução provisória, mediante depósito
judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
de violência doméstica e familiar contra a ofendida.
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório
aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre
competente para os fins previstos nos incisos II e III deste
que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem,
artigo.
devendo a providência ser comunicada ao Ministério
Público. Seção IV
(Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)

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Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
Urgência a Mulher que vierem a ser criados poderão contar com uma
equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por
Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência
profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas de saúde.
protetivas de urgência previstas nesta Lei: (Incluído
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar,
pela Lei nº 13.641, de 2018)
entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao
(Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos
ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de
§ 1º A configuração do crime independe da competência
orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas,
civil ou criminal do juiz que deferiu as medidas.
voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com
(Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
especial atenção às crianças e aos adolescentes.
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação
autoridade judicial poderá conceder fiança. (Incluído
mais aprofundada, o juiz poderá determinar a manifestação
pela Lei nº 13.641, de 2018)
de profissional especializado, mediante a indicação da
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras equipe de atendimento multidisciplinar.
sanções cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta
CAPÍTULO III orçamentária, poderá prever recursos para a criação e
manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos
Da Atuação do Ministério Público
termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte,
TÍTULO VI
nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência
doméstica e familiar contra a mulher. Disposições Transitórias
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência
atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais
contra a mulher, quando necessário: acumularão as competências cível e criminal para conhecer
e julgar as causas decorrentes da prática de violência
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de
doméstica e familiar contra a mulher, observadas as
educação, de assistência social e de segurança, entre outros;
previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de processual pertinente.
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas
familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas
varas criminais, para o processo e o julgamento das causas
ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades
referidas no caput.
constatadas;
TÍTULO VII
III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher. Disposições Finais
CAPÍTULO IV Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada pela
Da Assistência Judiciária
implantação das curadorias necessárias e do serviço de
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a assistência judiciária.
mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os
estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no
Municípios poderão criar e promover, no limite das
art. 19 desta Lei.
respectivas competências:
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência
I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para
doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria
mulheres e respectivos dependentes em situação de
Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da
violência doméstica e familiar;
lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento
específico e humanizado. II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes
menores em situação de violência doméstica e familiar;
TÍTULO V
III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de
Da Equipe de Atendimento Multidisciplinar
saúde e centros de perícia médico-legal especializados no

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atendimento à mulher em situação de violência doméstica e II - .


familiar;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações
IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com
doméstica e familiar; violência contra a mulher na forma da lei específica;” (NR)
V - centros de educação e de reabilitação para os agressores. Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
seguintes alterações:
Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de
seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei. “Art. 129.
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente,
previstos nesta Lei poderá ser exercida, concorrentemente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem
pelo Ministério Público e por associação de atuação na área, conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos agente das relações domésticas, de coabitação ou de
da legislação civil. hospitalidade:
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
dispensado pelo juiz quando entender que não há outra
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será
entidade com representatividade adequada para o
aumentada de um terço se o crime for cometido contra
ajuizamento da demanda coletiva.
pessoa portadora de deficiência.” (NR)
Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar
Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984
contra a mulher serão incluídas nas bases de dados dos
(Lei de Execução Penal), passa a vigorar com a seguinte
órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de
redação:
subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo
às mulheres. “Art. 152.
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a
Estados e do Distrito Federal poderão remeter suas mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento
informações criminais para a base de dados do Ministério da obrigatório do agressor a programas de recuperação e
Justiça. reeducação.” (NR)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
Municípios, no limite de suas competências e nos termos das após sua publicação.
respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão
Brasília, 7 de agosto de 2006; 185º da Independência e
estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada
118º da República.
exercício financeiro, para a implementação das medidas
estabelecidas nesta Lei. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras Dilma Rousseff
decorrentes dos princípios por ela adotados.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 8.8.2006
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, independentemente da pena
prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
LEI Nº 11.343/2006
1995. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso
de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar indevido, atenção e reinserção social de usuários e
acrescido do seguinte inciso IV: dependentes de drogas; estabelece normas para repressão
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas;
“Art. 313. define crimes e dá outras providências.
IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
execução das medidas protetivas de urgência.” (NR)
TÍTULO I
Art. 43. A alínea f do inciso II do art. 61 do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a Disposições Preliminares
vigorar com a seguinte redação: Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas
“Art. 61. Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para

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prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;
drogas e define crimes.
VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social
drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
dependência, assim especificados em lei ou relacionados em produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito;
listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos
União.
Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação mútua
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as nas atividades do Sisnad;
drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a
IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser
a interdependência e a natureza complementar das
extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de
atividades de prevenção do uso indevido, atenção e
autorização legal ou regulamentar, bem como o que
reinserção social de usuários e dependentes de drogas,
estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre
repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de
Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de
drogas;
uso estritamente ritualístico-religioso.
X - a observância do equilíbrio entre as atividades de
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo,
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a
e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas
garantir a estabilidade e o bem-estar social;
as ressalvas supramencionadas.
XI - a observância às orientações e normas emanadas do
TÍTULO II
Conselho Nacional Antidrogas - Conad.
Do Sistema Nacional de Políticas Públicas Sobre Drogas
Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos:
Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar,
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a
organizar e coordenar as atividades relacionadas com:
torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e
social de usuários e dependentes de drogas; outros comportamentos correlacionados;
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito II - promover a construção e a socialização do conhecimento
de drogas. sobre drogas no país;
CAPÍTULO I III - promover a integração entre as políticas de prevenção
do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
Dos Princípios e dos Objetivos do Sistema Nacional de
dependentes de drogas e de repressão à sua produção não
Políticas Públicas Sobre Drogas
autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais
Art. 4º São princípios do Sisnad: dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal,
Estados e Municípios;
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana,
especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade; IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração
e a articulação das atividades de que trata o art. 3º desta Lei.
II - o respeito à diversidade e às especificidades
populacionais existentes; CAPÍTULO II
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania Da Composição e da Organização do Sistema Nacional de
do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de Políticas Públicas Sobre Drogas
proteção para o uso indevido de drogas e outros
Art. 6º (VETADO)
comportamentos correlacionados;
Art. 7º A organização do Sisnad assegura a orientação
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla
central e a execução descentralizada das atividades
participação social, para o estabelecimento dos
realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital,
fundamentos e estratégias do Sisnad;
estadual e municipal e se constitui matéria definida no
V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre regulamento desta Lei.
Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da
Art. 8º (VETADO)
participação social nas atividades do Sisnad;

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CAPÍTULO III dependentes de drogas e respectivos familiares, por meio do


estabelecimento de parcerias;
(VETADO)
V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e
Art. 9º (VETADO)
adequadas às especificidades socioculturais das diversas
Art. 10. (VETADO) populações, bem como das diferentes drogas utilizadas;
Art. 11. (VETADO) VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do
uso” e da redução de riscos como resultados desejáveis das
Art. 12. (VETADO)
atividades de natureza preventiva, quando da definição dos
Art. 13. (VETADO) objetivos a serem alcançados;
Art. 14. (VETADO) VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais
vulneráveis da população, levando em consideração as suas
CAPÍTULO IV
necessidades específicas;
Da Coleta, Análise e Disseminação de Informações Sobre
VIII - a articulação entre os serviços e organizações que
Drogas
atuam em atividades de prevenção do uso indevido de
Art. 15. (VETADO) drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de
drogas e respectivos familiares;
Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à
saúde e da assistência social que atendam usuários ou IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais,
dependentes de drogas devem comunicar ao órgão artísticas, profissionais, entre outras, como forma de
competente do respectivo sistema municipal de saúde os inclusão social e de melhoria da qualidade de vida;
casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a
X - o estabelecimento de políticas de formação continuada
identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da
na área da prevenção do uso indevido de drogas para
União.
profissionais de educação nos 3 (três) níveis de ensino;
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de repressão ao
XI - a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do
tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações
uso indevido de drogas, nas instituições de ensino público e
do Poder Executivo.
privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos
TÍTULO III conhecimentos relacionados a drogas;
Das Atividades de Prevenção do Uso Indevido, Atenção e XII - a observância das orientações e normas emanadas do
Reinserção Social de Usuários e Dependentes de Drogas Conad;
CAPÍTULO I XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle
social de políticas setoriais específicas.
Da Prevenção
Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso indevido
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido
de drogas dirigidas à criança e ao adolescente deverão estar
de drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para a
em consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho
redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda.
promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção.
CAPÍTULO II
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de
drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes: Das Atividades de Atenção e de Reinserção Social de
Usuários ou Dependentes de Drogas
I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator
de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e
relação com a comunidade à qual pertence; dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito
desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida
II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação
e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso de
científica como forma de orientar as ações dos serviços
drogas.
públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e
estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam; Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do
usuário ou do dependente de drogas e respectivos
III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade
familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para
individual em relação ao uso indevido de drogas;
sua integração ou reintegração em redes sociais.
IV - o compartilhamento de responsabilidades e a
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do
colaboração mútua com as instituições do setor privado e
usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares
com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e
devem observar os seguintes princípios e diretrizes:

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I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, I - advertência sobre os efeitos das drogas;


independentemente de quaisquer condições, observados os
II - prestação de serviços à comunidade;
direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional III - medida educativa de comparecimento a programa ou
de Assistência Social; curso educativo.
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e § 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu
reinserção social do usuário e do dependente de drogas e consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
respectivos familiares que considerem as suas destinadas à preparação de pequena quantidade de
peculiaridades socioculturais; substância ou produto capaz de causar dependência física ou
psíquica.
III - definição de projeto terapêutico individualizado,
orientado para a inclusão social e para a redução de riscos e § 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo
de danos sociais e à saúde; pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
substância apreendida, ao local e às condições em que se
IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem
respectivos familiares, sempre que possível, de forma
como à conduta e aos antecedentes do agente.
multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste
V - observância das orientações e normas emanadas do
artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
Conad;
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos
VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social
II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo
de políticas setoriais específicas.
máximo de 10 (dez) meses.
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios desenvolverão
em programas comunitários, entidades educacionais ou
programas de atenção ao usuário e ao dependente de
assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres,
drogas, respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde e os
públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem,
princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória a
preferencialmente, da prevenção do consumo ou da
previsão orçamentária adequada.
recuperação de usuários e dependentes de drogas.
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas
Municípios poderão conceder benefícios às instituições
a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que
privadas que desenvolverem programas de reinserção no
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz
mercado de trabalho, do usuário e do dependente de drogas
submetê-lo, sucessivamente a:
encaminhados por órgão oficial.
I - admoestação verbal;
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos,
com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência II - multa.
social, que atendam usuários ou dependentes de drogas
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à
poderão receber recursos do Funad, condicionados à sua
disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de
disponibilidade orçamentária e financeira.
saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão especializado.
da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o
privativa de liberdade ou submetidos a medida de
inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, atendendo à
segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua
reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa,
saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário.
em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior
CAPÍTULO III a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a
capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos
Dos Crimes e das Penas
até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como
multa a que se refere o § 6º do art. 28 serão creditados à
substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público
conta do Fundo Nacional Antidrogas.
e o defensor.
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
execução das penas, observado, no tocante à interrupção do
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: TÍTULO IV

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Da Repressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico plantas que se constituam em matéria-prima para a
Ilícito de Drogas preparação de drogas;
CAPÍTULO I III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou
Disposições Gerais
consente que outrem dele se utilize, ainda que
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, drogas.
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas
droga: (Vide ADI nº 4.274)
ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as
demais exigências legais. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente
destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro,
que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
tudo lavrando auto de levantamento das condições
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as
pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
medidas necessárias para a preservação da prova. (Redação
dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços,
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde
que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a
dedique às atividades criminosas nem integre organização
plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à
criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)
proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661,
de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer,
autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir,
Meio Ambiente - Sisnama. guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão
fabricação, preparação, produção ou transformação de
expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da
drogas, sem autorização ou em desacordo com
Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.
determinação legal ou regulamentar:
CAPÍTULO II
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de
Dos Crimes 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
determinação legal ou regulamentar:
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento
incorre quem se associa para a prática reiterada do crime
de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
definido no art. 36 desta Lei.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito,
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.
sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo,
químico destinado à preparação de drogas; organização ou associação destinados à prática de qualquer
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de
300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.

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Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar
que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses voluntariamente com a investigação policial e o processo
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes
regulamentar: do crime e na recuperação total ou parcial do produto do
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
terço a dois terços.
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal,
Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o
a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
agente.
personalidade e a conduta social do agente.
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a
de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de
39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta
outrem:
Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da um, segundo as condições econômicas dos acusados, valor
apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes
proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de o maior salário-mínimo.
liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de
(quatrocentos) dias-multa.
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação
cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda
(seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias- que aplicadas no máximo.
multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a
transporte coletivo de passageiros.
37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça,
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão
aumentadas de um sexto a dois terços, se: de suas penas em restritivas de direitos.
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo,
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de
transnacionalidade do delito; dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente
específico.
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função
pública ou no desempenho de missão de educação, poder Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da
familiar, guarda ou vigilância; dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
de determinar-se de acordo com esse entendimento.
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais
de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo,
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços por força pericial, que este apresentava, à época do fato
de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste
social, de unidades militares ou policiais ou em transportes artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu
públicos; encaminhamento para tratamento médico adequado.
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois
emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45
intimidação difusa ou coletiva; desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
entre estes e o Distrito Federal;
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou
avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo,
agente para tratamento, realizada por profissional de saúde
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
com competência específica na forma da lei, determinará
determinação;
que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. Lei.

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CAPÍTULO III § 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º


deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração
Do Procedimento Penal
do laudo definitivo.
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz,
definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo,
no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal
aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de
do laudo de constatação e determinará a destruição das
Processo Penal e da Lei de Execução Penal.
drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961,
desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos de 2014)
nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado
forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de
de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na
setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.
Criminais.
(Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei,
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a
não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato
destruição das drogas referida no § 3º, sendo lavrado auto
ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na
circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se
falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer,
neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961,
lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as
de 2014)
requisições dos exames e perícias necessários.
Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas sem a
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências
ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração,
previstas no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato
no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da
pela autoridade policial, no local em que se encontrar,
apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do
vedada a detenção do agente.
laudo definitivo, aplicando-se, no que couber, o
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2º deste procedimento dos §§ 3º a 5º do art. 50. (Incluído pela Lei nº
artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito, 12.961, de 2014)
se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30
entender conveniente, e em seguida liberado.
(trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa)
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de dias, quando solto.
1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais, o
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem
Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de
ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público,
pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na
mediante pedido justificado da autoridade de polícia
proposta.
judiciária.
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33,
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei,
caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as
a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do
circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos
inquérito ao juízo:
protetivos de colaboradores e testemunhas previstos na Lei
nº 9.807, de 13 de julho de 1999. I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,
justificando as razões que a levaram à classificação do delito,
Seção I
indicando a quantidade e natureza da substância ou do
Da Investigação produto apreendido, o local e as condições em que se
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de
conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou
polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz
competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual II - requererá sua devolução para a realização de diligências
será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte necessárias.
e quatro) horas.
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante de diligências complementares:
e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo
laudo de constatação da natureza e quantidade da droga,
resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até
firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento;
idônea.
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e
valores de que seja titular o agente, ou que figurem em seu

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nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo § 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de
competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso,
e julgamento. realização de diligências, exames e perícias.
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para
crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos a audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do
Ministério Público, os seguintes procedimentos assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.
investigatórios:
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de disposto nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o juiz,
investigação, constituída pelos órgãos especializados ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento
pertinentes; cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionário
público, comunicando ao órgão respectivo.
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas,
seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em § 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será
sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao
a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização
integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se
prejuízo da ação penal cabível. realizará em 90 (noventa) dias.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o
autorização será concedida desde que sejam conhecidos o interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas,
itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do
de colaboradores. Ministério Público e ao defensor do acusado, para
sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada
Seção II
um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.
Da Instrução Criminal
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de indagará das partes se restou algum fato para ser
Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o
dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 entender pertinente e relevante.
(dez) dias, adotar uma das seguintes providências:
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de
I - requerer o arquivamento; imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos
para isso lhe sejam conclusos.
II - requisitar as diligências que entender necessárias;
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e
a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se à
requerer as demais provas que entender pertinentes.
prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação reconhecido na sentença condenatória.
do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo
CAPÍTULO IV
de 10 (dez) dias.
Da Apreensão, Arrecadação e Destinação de Bens do
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e
Acusado
exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar
todas as razões de defesa, oferecer documentos e Art. 60. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
justificações, especificar as provas que pretende produzir e, Público ou mediante representação da autoridade de polícia
até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. judiciária, ouvido o Ministério Público, havendo indícios
suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos
ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias
termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
relacionadas aos bens móveis e imóveis ou valores
outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
consistentes em produtos dos crimes previstos nesta Lei, ou
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz que constituam proveito auferido com sua prática,
nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei
concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação. nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo
Penal.
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.
§ 1º Decretadas quaisquer das medidas previstas neste
artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo de 5 (cinco)

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dias, apresente ou requeira a produção de provas acerca da correspondentes quantias em conta judicial, juntando-se aos
origem lícita do produto, bem ou valor objeto da decisão. autos o recibo.
§ 2º Provada a origem lícita do produto, bem ou valor, o juiz § 4º Após a instauração da competente ação penal, o
decidirá pela sua liberação. Ministério Público, mediante petição autônoma, requererá
ao juízo competente que, em caráter cautelar, proceda à
§ 3º Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o
alienação dos bens apreendidos, excetuados aqueles que a
comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz
União, por intermédio da Senad, indicar para serem
determinar a prática de atos necessários à conservação de
colocados sob uso e custódia da autoridade de polícia
bens, direitos ou valores.
judiciária, de órgãos de inteligência ou militares, envolvidos
§ 4º A ordem de apreensão ou seqüestro de bens, direitos nas ações de prevenção ao uso indevido de drogas e
ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério operações de repressão à produção não autorizada e ao
Público, quando a sua execução imediata possa tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse dessas
comprometer as investigações. atividades.
Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da prova dos § 5º Excluídos os bens que se houver indicado para os fins
fatos e comprovado o interesse público ou social, ressalvado previstos no § 4º deste artigo, o requerimento de alienação
o disposto no art. 62 desta Lei, mediante autorização do juízo deverá conter a relação de todos os demais bens
competente, ouvido o Ministério Público e cientificada a apreendidos, com a descrição e a especificação de cada um
Senad, os bens apreendidos poderão ser utilizados pelos deles, e informações sobre quem os tem sob custódia e o
órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção do uso local onde se encontram.
indevido, na atenção e reinserção social de usuários e
§ 6º Requerida a alienação dos bens, a respectiva petição
dependentes de drogas e na repressão à produção não
será autuada em apartado, cujos autos terão tramitação
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no
autônoma em relação aos da ação penal principal.
interesse dessas atividades.
§ 7º Autuado o requerimento de alienação, os autos serão
Parágrafo único. Recaindo a autorização sobre veículos,
conclusos ao juiz, que, verificada a presença de nexo de
embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de
instrumentalidade entre o delito e os objetos utilizados para
trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a
a sua prática e risco de perda de valor econômico pelo
expedição de certificado provisório de registro e
decurso do tempo, determinará a avaliação dos bens
licenciamento, em favor da instituição à qual tenha deferido
relacionados, cientificará a Senad e intimará a União, o
o uso, ficando esta livre do pagamento de multas, encargos
Ministério Público e o interessado, este, se for o caso, por
e tributos anteriores, até o trânsito em julgado da decisão
edital com prazo de 5 (cinco) dias.
que decretar o seu perdimento em favor da União.
§ 8º Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências
Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer
sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o
outros meios de transporte, os maquinários, utensílios,
valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em
instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para
leilão.
a prática dos crimes definidos nesta Lei, após a sua regular
apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia § 9º Realizado o leilão, permanecerá depositada em conta
judiciária, excetuadas as armas, que serão recolhidas na judicial a quantia apurada, até o final da ação penal
forma de legislação específica. respectiva, quando será transferida ao Funad, juntamente
com os valores de que trata o § 3º deste artigo.
§ 1º Comprovado o interesse público na utilização de
qualquer dos bens mencionados neste artigo, a autoridade § 10. Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos
de polícia judiciária poderá deles fazer uso, sob sua contra as decisões proferidas no curso do procedimento
responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, previsto neste artigo.
mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
§ 11. Quanto aos bens indicados na forma do § 4º deste
§ 2º Feita a apreensão a que se refere o caput deste artigo, artigo, recaindo a autorização sobre veículos, embarcações
e tendo recaído sobre dinheiro ou cheques emitidos como ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao
ordem de pagamento, a autoridade de polícia judiciária que equivalente órgão de registro e controle a expedição de
presidir o inquérito deverá, de imediato, requerer ao juízo certificado provisório de registro e licenciamento, em favor
competente a intimação do Ministério Público. da autoridade de polícia judiciária ou órgão aos quais tenha
deferido o uso, ficando estes livres do pagamento de multas,
§ 3º Intimado, o Ministério Público deverá requerer ao juízo,
encargos e tributos anteriores, até o trânsito em julgado da
em caráter cautelar, a conversão do numerário apreendido
decisão que decretar o seu perdimento em favor da União.
em moeda nacional, se for o caso, a compensação dos
cheques emitidos após a instrução do inquérito, com cópias
autênticas dos respectivos títulos, e o depósito das

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Art. 63. Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre
sobre o perdimento do produto, bem ou valor apreendido, produtores e traficantes de drogas e seus precursores
seqüestrado ou declarado indisponível. químicos.
§ 1º Os valores apreendidos em decorrência dos crimes TÍTULO VI
tipificados nesta Lei e que não forem objeto de tutela
Disposições Finais e Transitórias
cautelar, após decretado o seu perdimento em favor da
União, serão revertidos diretamente ao Funad. Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º
desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista
§ 2º Compete à Senad a alienação dos bens apreendidos e
mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias
não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento já tenha
entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob
sido decretado em favor da União.
controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio
§ 3º A Senad poderá firmar convênios de cooperação, a fim de 1998.
de dar imediato cumprimento ao estabelecido no § 2º deste
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei nº 7.560,
artigo.
de 19 de dezembro de 1986, em favor de Estados e do
§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito às
do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério diretrizes básicas contidas nos convênios firmados e do
Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e fornecimento de dados necessários à atualização do sistema
valores declarados perdidos em favor da União, indicando, previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias
quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade judiciárias.
ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
destinação nos termos da legislação vigente.
Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros,
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na
convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com prevenção do uso indevido de drogas, atenção e reinserção
organismos orientados para a prevenção do uso indevido de social de usuários e dependentes e na repressão da
drogas, a atenção e a reinserção social de usuários ou produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
dependentes e a atuação na repressão à produção não
Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na
empresas ou estabelecimentos hospitalares, de pesquisa, de
liberação de equipamentos e de recursos por ela
ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde
arrecadados, para a implantação e execução de programas
que produzirem, venderem, adquirirem, consumirem,
relacionados à questão das drogas.
prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualquer outro
TÍTULO V em que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao
juízo perante o qual tramite o feito:
Da Cooperação Internacional
I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou
Art. 65. De conformidade com os princípios da não-
liquidação, sejam lacradas suas instalações;
intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e do
respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgente
regulamentos nacionais em vigor, e observado o espírito das adoção das medidas necessárias ao recebimento e guarda,
Convenções das Nações Unidas e outros instrumentos em depósito, das drogas arrecadadas;
jurídicos internacionais relacionados à questão das drogas,
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para
de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará, quando
acompanhar o feito.
solicitado, cooperação a outros países e organismos
internacionais e, quando necessário, deles solicitará a § 1º Da licitação para alienação de substâncias ou produtos
colaboração, nas áreas de: não proscritos referidos no inciso II do caput deste artigo, só
podem participar pessoas jurídicas regularmente habilitadas
I - intercâmbio de informações sobre legislações,
na área de saúde ou de pesquisa científica que comprovem
experiências, projetos e programas voltados para atividades
a destinação lícita a ser dada ao produto a ser arrematado.
de prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção
social de usuários e dependentes de drogas; § 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º deste artigo,
o produto não arrematado será, ato contínuo à hasta
II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e
pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença dos
tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o tráfico de
Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério Público.
armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores
químicos; § 3º Figurando entre o praceado e não arrematadas
especialidades farmacêuticas em condições de emprego
terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do

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Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada
saúde. no território nacional.
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação ou
arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo ou
são da competência da Justiça Federal. a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer
efeito jurídico.
Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que
não sejam sede de vara federal serão processados e julgados Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção.
na vara federal da circunscrição respectiva.
Art. 5º As penas principais são:
Art. 71. (VETADO)
I – prisão simples.
Art. 72. Encerrado o processo penal ou arquivado o
II – multa.
inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação
do delegado de polícia ou a requerimento do Ministério Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor
Público, determinará a destruição das amostras guardadas penitenciário, em estabelecimento especial ou seção
para contraprova, certificando isso nos autos. (Redação especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou
dada pela Lei nº 12.961, de 2014) aberto. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os § 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre
Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e separado dos condenados a pena de reclusão ou de
repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e detenção.
com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso
§ 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede
indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social
a quinze dias.
de usuários e dependentes de drogas. (Redação dada pela
Lei nº 12.219, de 2010) Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica
uma contravenção depois de passar em julgado a sentença
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por
após a sua publicação.
qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
Art. 75. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da
1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de 2002.
lei, quando escusaveis, a pena pode deixar de ser aplicada.
Brasília, 23 de agosto de 2006; 185º da Independência e
Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo
118º da República.
com o que dispõe o Código Penal sobre a conversão de multa
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA em detenção.
Márcio Thomaz Bastos Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a
conversão em prisão simples se faz entre os limites de quinze
Guido Mantega
dias e três meses.
Jorge Armando Felix
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em
Este texto não substitui o publicado no DOU de 24.8.2006 caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das
multas ultrapassar cinquenta contos.
DECRETO-LEI Nº 3.688/1941 Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode
suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a
Lei das Contravenções Penais três, a execução da pena de prisão simples, bem como
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que conceder livramento condicional. (Redação dada
lhe confere o artigo 180 da Constituição, pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)

DECRETA: Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença e


as seguintes interdições de direitos:
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
I – a incapacidade temporária para profissão ou atividade,
Parte Geral cujo exercício dependa de habilitação especial, licença ou
Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do autorização do poder público;
Código Penal, sempre que a presente lei não disponha de II – a suspensão dos direitos políticos.
modo diverso.
Parágrafo único. Incorrem:

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a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três
condenado por motivo de contravenção cometida com meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis,
abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a quem, possuindo arma ou munição:
ela inerente;
a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade,
b) na interdição sob nº II, o condenado a pena privativa de quando a lei o determina;
liberdade, enquanto dure a execução do pena ou a aplicação
b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa
da medida de segurança detentiva.
inexperiente no manejo de arma a tenha consigo;
Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, os medidas
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se
de segurança estabelecidas no Código Penal, à exceção do
apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou pessoa
exílio local.
inexperiente em manejá-la.
Art. 14. Presumem-se perigosos, alem dos indivíduos a que
Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto destinado a
se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal:
provocar aborto: (Redação dada pela Lei nº 6.734, de
I – o condenado por motivo de contravenção cometido, em 1979)
estado de embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos
Pena - multa de hum mil cruzeiros a dez mil cruzeiros.
análogos, quando habitual a embriaguez;
(Redação dada pela Lei nº 6.734, de 1979)
II – o condenado por vadiagem ou mendicância;
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguem:
Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
de trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, pelo
de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não constitue
prazo mínimo de um ano: (Regulamento)
crime.
I – o condenado por vadiagem (art. 59);
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a
II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo); metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
(Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em
manicômio judiciário ou em casa de custódia e tratamento é Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele
de seis meses. internar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada
como doente mental:
Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de
decretar a internação, submeter o indivíduo a liberdade Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
vigiada.
§ 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar a
Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade autoridade competente, no prazo legal, internação que
proceder de ofício. tenha admitido, por motivo de urgência, sem as
formalidades legais.
Parte Especial
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três
CAPÍTULO I
meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco contos de
Das Contravenções Referentes à Pessoa réis, aquele que, sem observar as prescrições legais, deixa
retirar-se ou despede de estabelecimento psiquiátrico
Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou
pessoa nele, internada.
vender, sem permissão da autoridade, arma ou munição:
Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora do
Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de
caso previsto no artigo anterior, sem autorização de quem
um a cinco contos de réis, ou ambas cumulativamente, se o
de direito:
fato não constitue crime contra a ordem política ou social.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
desta, sem licença da autoridade:
CAPÍLULO II
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
de duzentos mil réis a três contos de réis, ou ambas Das Contravenções Referentes ao Patrimônio
cumulativamente.
Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento
§ 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o empregado usualmente na prática de crime de furto:
agente já foi condenado, em sentença irrecorrivel, por
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de
violência contra pessoa.
trezentos mil réis a três contos de réis.

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Art. 25. Ter alguem em seu poder, depois de condenado, por Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via
crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade pública, ou embarcação a motor em aguas públicas:
vigiada ou quando conhecido como vadio ou mendigo,
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
gazuas, chaves falsas ou alteradas ou instrumentos
empregados usualmente na prática de crime de furto, desde Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado:
que não prove destinação legítima:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e multa,
Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa de de duzentos mil réis a dois contos de réis.
duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em
Art. 26. Abrir alguem, no exercício de profissão de serralheiro águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia:
ou oficio análogo, a pedido ou por incumbência de pessoa de
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
cuja legitimidade não se tenha certificado previamente,
de trezentos mil réis a dois contos de réis.
fechadura ou qualquer outro aparelho destinado à defesa de
lugar nu objeto: Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a
vôos baixos, fora da zona em que a lei o permite, ou fazer
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse fim:
de duzentos mil réis a um conto de réis.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
CAPÍTULO III
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Das Contravenções Referentes à Incolumidade Pública
Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo,
Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas determinado em lei ou pela autoridade e destinado a evitar
adjacências, em via pública ou em direção a ela: perigo a transeuntes:
Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de
trezentos mil réis a três contos de réis. duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a
a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra
dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas
natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a
adjacências, em via pública ou em direção a ela, sem licença
transeuntes;
da autoridade, causa deflagração perigosa, queima fogo de
artifício ou solta balão aceso. b) remove qualquer outro sinal de serviço público.
Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, por erro Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar
no projeto ou na execução, dar-lhe causa: de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa ofender,
sujar ou molestar alguem:
Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato não
constitue crime contra a incolumidade pública. Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 30. Omitir alguem a providência reclamada pelo Estado Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as
ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja conservação devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa que, caindo
lhe incumbe: em via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio,
possa ofender, sujar ou molestar alguem.
Pena – multa, de um a cinco contos de réis.
Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor
Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa
ou gás, que possa ofender ou molestar alguem:
inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal
perigoso: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de CAPÍTULO IV
cem mil réis a um conto de réis.
Das Contravenções Referentes à Paz Pública
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
Art. 39. Participar de associação de mais de cinco pessoas,
a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, que se reunam periodicamente, sob compromisso de ocultar
ou o confia à pessoa inexperiente; à autoridade a existência, objetivo, organização ou
administração da associação:
b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança
alheia; Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de
trezentos mil réis a três contos de réis.
c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a
segurança alheia.

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§ 1º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante de Das Contravenções Relativas à Organização do Trabalho
prédio que o cede, no todo ou em parte, para reunião de
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou
associação que saiba ser de carater secreto.
anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por
§ 2º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, deixar de lei está subordinado o seu exercício:
aplicar a pena, quando lícito o objeto da associação.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato
Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições legais,
oficial, em assembléia ou espetáculo público, se o fato não
comércio de antiguidades, de obras de arte, ou de
constitue infração penal mais grave;
manuscritos e livros antigos ou raros:
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, de um a
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
dez contos de réis.
Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo
Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula ou à
inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir
escrituração de indústria, de comércio, ou de outra
pânico ou tumulto:
atividade:
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis.
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
CAPÍTULO VII
Art. 42. Perturbar alguem o trabalho ou o sossego alheios:
Das Contravenções Relativas à Polícia de Costumes
I – com gritaria ou algazarra;
Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo
ou acessivel ao público, mediante o pagamento de entrada
com as prescrições legais;
ou sem ele: (Vide Decreto-Lei nº 4.866, de
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; 23.10.1942) (Vide Decreto-Lei 9.215, de 30.4.1946)
IV – provocando ou não procurando impedir barulho Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, de
produzido por animal de que tem a guarda: dois a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da
condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
local.
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os
CAPÍTULO V
empregados ou participa do jogo pessoa menor de dezoito
Das Contravenções Referentes à Fé Pública anos.
Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda de curso § 2º Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois mil reais)
legal no país: a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é encontrado a
participar do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
outro meio de comunicação, como ponteiro ou apostador.
Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que (Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)
pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda:
§ 3º Consideram-se, jogos de azar:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou
Art. 45. Fingir-se funcionário público: principalmente da sorte;
Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou
quinhentos mil réis a três contos de réis. de local onde sejam autorizadas;
Art 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva.
função pública que não exerce; usar, indevidamente, de
§ 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessivel
sinal, distintivo ou denominação cujo emprêgo seja regulado
ao público:
por lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 6.916, de
2.10.1944) a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando
deles habitualmente participam pessoas que não sejam da
Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não
família de quem a ocupa;
constitui infração penal mais grave. (Redação dada
pelo Decreto-Lei nº 6.916, de 2.10.1944) b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e
moradores se proporciona jogo de azar;
CAPÍTULO VI

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c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de sorteio ou
que se realiza jogo de azar; avisos de loteria, onde ela não possa legalmente circular:
d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de azar, Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de cem
ainda que se dissimule esse destino. a quinhentos mil réis.
Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem autorização Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, de
legal: rádio, cinema, ou qualquer outra forma, ainda que
disfarçadamente, anúncio, aviso ou resultado de extração de
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de
loteria, onde a circulação dos seus bilhetes não seria legal:
cinco a dez contos de réis, estendendo-se os efeitos da
condenação à perda dos moveis existentes no local. Pena – multa, de um a dez contos de réis.
§ 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou expõe Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do
à venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, introduz bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua realização ou
ou tenta introduzir na circulação bilhete de loteria não exploração:
autorizada.
Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa,
§ 2º Considera-se loteria toda operação que, mediante a de dois a vinte contos de réis.
distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos
Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos mil
ou meios análogos, faz depender de sorteio a obtenção de
réis a dois contos de réis, aquele que participa da loteria,
prêmio em dinheiro ou bens de outra natureza.
visando a obtenção de prêmio, para si ou para terceiro.
§ 3º Não se compreendem na definição do parágrafo
Art. 59. Entregar-se alguem habitualmente à ociosidade,
anterior os sorteios autorizados na legislação especial.
sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure
Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, bilhete meios bastantes de subsistência, ou prover à própria
de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras: subsistência mediante ocupação ilícita:
Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa, Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses.
de um a cinco contos de réis.
Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe assegure ao condenado meios bastantes de subsistência,
à venda, tem sob sua guarda. para o fim de venda, introduz extingue a pena.
ou tenta introduzir na circulação, bilhete de loteria
Art. 60. (Revogado).
estrangeira.
Art. 61. (Revogado).
Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de loteria
estadual em território onde não possa legalmente circular: Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de
embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha em
Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de um
perigo a segurança própria ou alheia:
a três contos de réis.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
à venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda, introduz
ou tonta introduzir na circulação, bilhete de loteria estadual, Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor é
em território onde não possa legalmente circular. internado em casa de custódia e tratamento.
Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio de loteria Art. 63. Servir bebidas alcoólicas:
estrangeira:
I - (Revogado).
Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de
II – a quem se acha em estado de embriaguez;
duzentos mil réis a um conto de réis.
III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe ou tem
mentais;
sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, em
território onde esta não possa legalmente circular. IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida
de frequentar lugares onde se consome bebida de tal
Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura de
natureza:
bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a
loteria, em lugar onde ela não possa legalmente circular: Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de
quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis. Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a
trabalho excessivo:

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Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de Disposições Finais


cem a quinhentos mil réis.
Art. 71. Ressalvada a legislação especial sobre florestas, caça
§ 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins e pesca, revogam-se as disposições em contrário.
didáticos ou científicos, realiza em lugar público ou exposto
Art. 72. Esta lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1942.
ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo.
Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1941; 120º da Independência
§ 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal
e 58º da República.
é submetido a trabalho excessivo ou tratado com crueldade,
em exibição ou espetáculo público. GETULIO VARGAS.
Art. 65. Molestar alguem ou perturbar-lhe a tranquilidade, Francisco Campos.
por acinte ou por motivo reprovavel:
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.10.1941
Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis. LEI Nº 9.605/1998
CAPÍTULO VIII
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas
Das Contravenções Referentes à Administração Pública
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente: outras providências.
I – crime de ação pública, de que teve conhecimento no O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
exercício de função pública, desde que a ação penal não Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
dependa de representação;
CAPÍTULO III
II – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
Da Apreensão do Produto e do Instrumento de Infração
exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde
Administrativa ou de Crime
que a ação penal não dependa de representação e a
comunicação não exponha o cliente a procedimento Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus
criminal: produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. § 1º Os animais serão prioritariamente libertados em seu
habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável
Art. 67. Inumar ou exumar cadaver, com infração das por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos,
disposições legais: fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e
Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa, de cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
duzentos mil réis a dois contos de réis. (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, § 2º Até que os animais sejam entregues às instituições
justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou mencionadas no § 1º deste artigo, o órgão autuante zelará
indicações concernentes à própria identidade, estado, para que eles sejam mantidos em condições adequadas de
profissão, domicílio e residência: acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-
estar físico. (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de um a
estes avaliados e doados a instituições científicas,
seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de
hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.
réis, se o fato não constitue infração penal mais grave, quem,
(Renumerando do §2º para §3º pela Lei nº 13.052, de 2014)
nas mesmas circunstâncias, f'az declarações inverídicas a
respeito de sua identidade pessoal, estado, profissão, § 4º Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis
domicílio e residência. serão destruídos ou doados a instituições científicas,
culturais ou educacionais. (Renumerando do §3º para §4º
Art. 69. (Revogado).
pela Lei nº 13.052, de 2014)
Pena – prisão simples, de três meses a um ano.
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão
(Revogado pela Lei nº 6.815, de 19.8.1980)
vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da
Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do reciclagem. (Renumerando do §4º para §5º pela Lei nº
monopólio postal da União: 13.052, de 2014)
Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de CAPÍTULO V
três a dez contos de réis, ou ambas cumulativamente.
Dos Crimes Contra o Meio Ambiente

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Seção I Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer


técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade
Dos Crimes contra a Fauna
competente:
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a
devida permissão, licença ou autorização da autoridade Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
competente, ou em desacordo com a obtida: animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença,
dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins
autorização ou em desacordo com a obtida;
didáticos ou científicos, quando existirem recursos
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou alternativos.
criadouro natural;
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, morte do animal.
tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos,
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento
larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota
de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática
migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos,
existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas
provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida
jurisdicionais brasileiras:
permissão, licença ou autorização da autoridade
competente. Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas
cumulativamente.
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não
considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles de aqüicultura de domínio público;
pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer
II - quem explora campos naturais de invertebrados
outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte
aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da
de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do
autoridade competente;
território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais,
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, devidamente demarcados em carta náutica.
ainda que somente no local da infração;
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou
II - em período proibido à caça; em lugares interditados por órgão competente:
III - durante a noite; Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas
as penas cumulativamente.
IV - com abuso de licença;
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
V - em unidade de conservação;
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de
com tamanhos inferiores aos permitidos;
provocar destruição em massa.
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do
a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não
exercício de caça profissional.
permitidos;
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa
pesca.
espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
répteis em bruto, sem a autorização da autoridade
ambiental competente: I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água,
produzam efeito semelhante;
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela
autoridade competente:

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Pena - reclusão de um ano a cinco anos. § 1º Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção
Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato
Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios
tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou
de Vida Silvestre. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de
capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos,
2000)
moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de
aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies § 2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de
ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da extinção no interior das Unidades de Conservação de
fauna e da flora. Proteção Integral será considerada circunstância agravante
para a fixação da pena. (Redação dada pela Lei nº 9.985,
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
de 2000)
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
ou de sua família;
Art. 40-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
predatória ou destruidora de animais, desde que legal e § 1º Entende-se por Unidades de Conservação de Uso
expressamente autorizado pela autoridade competente; Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de
Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as
III – (VETADO)
Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do
pelo órgão competente. Patrimônio Natural. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
Seção II § 2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de
extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso
Dos Crimes contra a Flora
Sustentável será considerada circunstância agravante para a
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de fixação da pena. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
preservação permanente, mesmo que em formação, ou
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
utilizá-la com infringência das normas de proteção:
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
penas cumulativamente.
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida
à metade. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção
de seis meses a um ano, e multa.
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou
secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que
do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de
normas de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de
2006). assentamento humano:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as
ambas as penas cumulativamente. (Incluído pela Lei nº penas cumulativamente.
11.428, de 2006).
Art. 43. (VETADO)
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou
à metade. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
consideradas de preservação permanente, sem prévia
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de
preservação permanente, sem permissão da autoridade minerais:
competente:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei,
penas cumulativamente.
assim classificada por ato do Poder Público, para fins
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,
Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº econômica ou não, em desacordo com as determinações
99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua legais:
localização:
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou
industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de

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origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é
outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da aumentada de um sexto a um terço se:
via que deverá acompanhar o produto até final
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão
beneficiamento:
do solo ou a modificação do regime climático;
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
II - o crime é cometido:
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende,
a) no período de queda das sementes;
expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda
madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, b) no período de formação de vegetações;
sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda
armazenamento, outorgada pela autoridade competente.
que a ameaça ocorra somente no local da infração;
Art. 47. (VETADO)
d) em época de seca ou inundação;
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de
e) durante a noite, em domingo ou feriado.
florestas e demais formas de vegetação:
Seção III
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Da Poluição e outros Crimes Ambientais
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer
modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais
públicos ou em propriedade privada alheia: que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana,
ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou
significativa da flora:
ambas as penas cumulativamente.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis
meses, ou multa. § 1º Se o crime é culposo:
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues,
§ 2º Se o crime:
objeto de especial preservação:
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
ocupação humana;
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada,
floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou
ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas,
devolutas, sem autorização do órgão competente:
ou que cause danos diretos à saúde da população;
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
III - causar poluição hídrica que torne necessária a
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
interrupção do abastecimento público de água de uma
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
comunidade;
§ 1º Não é crime a conduta praticada quando necessária à
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;
subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família.
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou
gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em
§ 2º Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil
desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano por milhar
regulamentos:
de hectare. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e
nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da § 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo
autoridade competente: anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a
autoridade competente, medidas de precaução em caso de
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
risco de dano ambiental grave ou irreversível.
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos
substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para
minerais sem a competente autorização, permissão,
exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem
concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:
licença da autoridade competente:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

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Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da
Seção IV
autorização, permissão, licença, concessão ou determinação
do órgão competente. Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio
Cultural
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar,
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo
ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em
ou decisão judicial;
desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos
seus regulamentos: II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca,
instalação científica ou similar protegido por lei, ato
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
administrativo ou decisão judicial:
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
pela Lei nº 12.305, de 2010)
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
ou os utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de
segurança; (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010) Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local
especialmente protegido por lei, ato administrativo ou
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta,
decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico,
reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos
ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso,
de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização
(Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
da autoridade competente ou em desacordo com a
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, concedida:
a pena é aumentada de um sexto a um terço.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
§ 3º Se o crime é culposo:
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. seu entorno, assim considerado em razão de seu valor
paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural,
Art. 57. (VETADO)
religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas autorização da autoridade competente ou em desacordo
serão aumentadas: com a concedida:
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
ou ao meio ambiente em geral;
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de monumento urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408,
natureza grave em outrem; de 2011)
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011)
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo
somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais § 1º Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada
grave. em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico,
a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa.
Art. 59. (VETADO)
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer 2011)
funcionar, em qualquer parte do território nacional,
§ 2º Não constitui crime a prática de grafite realizada com o
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos
mediante manifestação artística, desde que consentida pelo
ambientais competentes, ou contrariando as normas legais
proprietário e, quando couber, pelo locatário ou
e regulamentares pertinentes:
arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as a autorização do órgão competente e a observância das
penas cumulativamente. posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos
governamentais responsáveis pela preservação e
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam
conservação do patrimônio histórico e artístico nacional.
causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos
(Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011)
ecossistemas:

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Seção V
Dos Crimes contra a Administração Ambiental
DECRETO Nº 5.948/2006
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou Aprova a Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de
enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados Pessoas e institui Grupo de Trabalho Interministerial com o
técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de objetivo de elaborar proposta do Plano Nacional de
licenciamento ambiental: Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - PNETP.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização
ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para DECRETA:
as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de
Art. 1º Fica aprovada a Política Nacional de Enfrentamento
ato autorizativo do Poder Público:
ao Tráfico de Pessoas, que tem por finalidade estabelecer
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. princípios, diretrizes e ações de prevenção e repressão ao
tráfico de pessoas e de atendimento às vítimas, conforme
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses
Anexo a este Decreto.
a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
Art. 2. (Revogado).
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual
de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse Art. 3. (Revogado).
ambiental:
Art. 4. (Revogado).
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Art. 5. (Revogado).
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses
Art. 6. (Revogado).
a um ano, sem prejuízo da multa.
Art. 7. (Revogado).
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder
Público no trato de questões ambientais: Art. 8. (Revogado).
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Art. 9. (Revogado).
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua
concessão florestal ou qualquer outro procedimento publicação.
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou
Brasília, 26 de outubro de 2006; 185º da Independência e
parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão:
118º da República.
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) Márcio Thomaz Bastos
§ 1º Se o crime é culposo: (Incluído pela Lei nº 11.284, de Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.10.2006
2006) ANEXO
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela
Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
Lei nº 11.284, de 2006)
CAPÍTULO I
§ 2º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois
terços), se há dano significativo ao meio ambiente, em Disposições Gerais
decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou Art. 1º A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de
enganosa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) Pessoas tem por finalidade estabelecer princípios, diretrizes
Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e e ações de prevenção e repressão ao tráfico de pessoas e de
110º da República. atenção às vítimas, conforme as normas e instrumentos
nacionais e internacionais de direitos humanos e a legislação
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO pátria.
Gustavo Krause Art. 2º Para os efeitos desta Política, adota-se a expressão
Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.2.1998 e “tráfico de pessoas” conforme o Protocolo Adicional à
retificado em 17.2.1998 Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado
Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do
Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, que a

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define como o recrutamento, o transporte, a transferência, II - não-discriminação por motivo de gênero, orientação
o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à sexual, origem étnica ou social, procedência, nacionalidade,
ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao atuação profissional, raça, religião, faixa etária, situação
rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à migratória ou outro status;
situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de
III - proteção e assistência integral às vítimas diretas e
pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de
indiretas, independentemente de nacionalidade e de
uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de
colaboração em processos judiciais;
exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração
da prostituição de outrem ou outras formas de exploração IV - promoção e garantia da cidadania e dos direitos
sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou humanos;
práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de
V - respeito a tratados e convenções internacionais de
órgãos.
direitos humanos;
§ 1º O termo “crianças” descrito no caput deve ser
VI - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos
entendido como “criança e adolescente”, de acordo com a
direitos humanos; e
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e
do Adolescente. VII - transversalidade das dimensões de gênero, orientação
sexual, origem étnica ou social, procedência, raça e faixa
§ 2º O termo “rapto” descrito no caput deste artigo deve ser
etária nas políticas públicas.
entendido como a conduta definida no art. 148 do Decreto-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal Parágrafo único. A Política Nacional de Enfrentamento ao
Brasileiro, referente ao seqüestro e cárcere privado. Tráfico de Pessoas observará os princípios da proteção
integral da criança e do adolescente.
§ 3º A expressão “escravatura ou práticas similares à
escravatura” deve ser entendida como: Seção II
I - a conduta definida no art. 149 do Decreto-Lei nº 2.848, de Diretrizes Gerais
1940, referente à redução à condição análoga a de escravo;
Art. 4º São diretrizes gerais da Política Nacional de
e
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:
II - a prática definida no art. 1º da Convenção Suplementar
I - fortalecimento do pacto federativo, por meio da atuação
sobre a Abolição da Escravatura, do Tráfico de Escravos e das
conjunta e articulada de todas as esferas de governo na
Instituições e Práticas Análogas à Escravatura, como sendo o
prevenção e repressão ao tráfico de pessoas, bem como no
casamento servil.
atendimento e reinserção social das vítimas;
§ 4º A intermediação, promoção ou facilitação do
II - fomento à cooperação internacional bilateral ou
recrutamento, do transporte, da transferência, do
multilateral;
alojamento ou do acolhimento de pessoas para fins de
exploração também configura tráfico de pessoas. III - articulação com organizações não-governamentais,
nacionais e internacionais;
§ 5º O tráfico interno de pessoas é aquele realizado dentro
de um mesmo Estado-membro da Federação, ou de um IV - estruturação de rede de enfrentamento ao tráfico de
Estado-membro para outro, dentro do território nacional. pessoas, envolvendo todas as esferas de governo e
organizações da sociedade civil;
§ 6º O tráfico internacional de pessoas é aquele realizado
entre Estados distintos. V - fortalecimento da atuação nas regiões de fronteira, em
portos, aeroportos, rodovias, estações rodoviárias e
§ 7º O consentimento dado pela vítima é irrelevante para a
ferroviárias, e demais áreas de incidência;
configuração do tráfico de pessoas.
VII - verificação da condição de vítima e respectiva proteção
CAPÍTULO II
e atendimento, no exterior e em território nacional, bem
Princípios E Diretrizes como sua reinserção social;
Seção I VIII - incentivo e realização de pesquisas, considerando as
diversidades regionais, organização e compartilhamento de
Princípios
dados;
Art. 3º São princípios norteadores da Política Nacional de
IX - incentivo à formação e à capacitação de profissionais
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:
para a prevenção e repressão ao tráfico de pessoas, bem
I - respeito à dignidade da pessoa humana; como para a verificação da condição de vítima e para o
atendimento e reinserção social das vítimas;

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X - harmonização das legislações e procedimentos II - assistência consular às vítimas diretas e indiretas de


administrativos nas esferas federal, estadual e municipal tráfico de pessoas, independentemente de sua situação
relativas ao tema; migratória e ocupação;
XI - incentivo à participação da sociedade civil em instâncias III - acolhimento e abrigo provisório das vítimas de tráfico de
de controle social das políticas públicas na área de pessoas;
enfrentamento ao tráfico de pessoas;
IV - reinserção social com a garantia de acesso à educação,
XII - incentivo à participação dos órgãos de classe e conselhos cultura, formação profissional e ao trabalho às vítimas de
profissionais na discussão sobre tráfico de pessoas; e tráfico de pessoas;
XIII - garantia de acesso amplo e adequado a informações em V - reinserção familiar e comunitária de crianças e
diferentes mídias e estabelecimento de canais de diálogo, adolescentes vítimas de tráfico de pessoas;
entre o Estado, sociedade e meios de comunicação,
VI - atenção às necessidades específicas das vítimas, com
referentes ao enfrentamento ao tráfico de pessoas.
especial atenção a questões de gênero, orientação sexual,
Seção III origem étnica ou social, procedência, nacionalidade, raça,
religião, faixa etária, situação migratória, atuação
Diretrizes Específicas
profissional ou outro status;
Art. 5º São diretrizes específicas de prevenção ao tráfico de
VII - proteção da intimidade e da identidade das vítimas de
pessoas:
tráfico de pessoas; e
I - implementação de medidas preventivas nas políticas
VIII - levantamento, mapeamento, atualização e divulgação
públicas, de maneira integrada e intersetorial, nas áreas de
de informações sobre instituições governamentais e não-
saúde, educação, trabalho, segurança, justiça, turismo,
governamentais situadas no Brasil e no exterior que prestam
assistência social, desenvolvimento rural, esportes,
assistência a vítimas de tráfico de pessoas.
comunicação, cultura, direitos humanos, dentre outras;
CAPÍTULO III
II - apoio e realização de campanhas socioeducativas e de
conscientização nos âmbitos internacional, nacional, Ações
regional e local, considerando as diferentes realidades e
Art. 8º Na implementação da Política Nacional de
linguagens;
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, caberá aos órgãos e
III - monitoramento e avaliação de campanhas com a entidades públicos, no âmbito de suas respectivas
participação da sociedade civil; competências e condições, desenvolver as seguintes ações:
IV - apoio à mobilização social e fortalecimento da sociedade I - na área de Justiça e Segurança Pública:
civil; e
a) proporcionar atendimento inicial humanizado às vítimas
V - fortalecimento dos projetos já existentes e fomento à de tráfico de pessoas que retornam ao País na condição de
criação de novos projetos de prevenção ao tráfico de deportadas ou não admitidas nos aeroportos, portos e
pessoas. pontos de entrada em vias terrestres;
Art. 6º São diretrizes específicas de repressão ao tráfico de b) elaborar proposta intergovernamental de
pessoas e de responsabilização de seus autores: aperfeiçoamento da legislação brasileira relativa ao
enfrentamento do tráfico de pessoas e crimes correlatos;
I - cooperação entre órgãos policiais nacionais e
internacionais; c) fomentar a cooperação entre os órgãos federais, estaduais
e municipais ligados à segurança pública para atuação
II - cooperação jurídica internacional;
articulada na prevenção e repressão ao tráfico de pessoas e
III - sigilo dos procedimentos judiciais e administrativos, nos responsabilização de seus autores;
termos da lei; e
d) propor e incentivar a adoção do tema de tráfico de
IV - integração com políticas e ações de repressão e pessoas e direitos humanos nos currículos de formação dos
responsabilização dos autores de crimes correlatos. profissionais de segurança pública e operadores do Direito,
federais, estaduais e municipais, para capacitação, quando
Art. 7º São diretrizes específicas de atenção às vítimas do
do ingresso na instituição e de forma continuada, para o
tráfico de pessoas:
enfrentamento a este tipo de crime;
I - proteção e assistência jurídica, social e de saúde às vítimas
e) fortalecer as rubricas orçamentárias existentes e criar
diretas e indiretas de tráfico de pessoas;
outras voltadas para a formação dos profissionais de
segurança pública e de justiça na área de enfrentamento ao
tráfico de pessoas;

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f) incluir nas estruturas específicas de inteligência policial a e) promover a coordenação das políticas referentes ao
investigação e repressão ao tráfico de pessoas; enfrentamento ao tráfico de pessoas em fóruns
internacionais bilaterais e multilaterais;
g) criar, nas Superintendências Regionais do Departamento
de Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, estruturas f) propor e apoiar projetos de cooperação técnica
específicas para o enfrentamento do tráfico de pessoas e internacional na área de enfrentamento ao tráfico de
outros crimes contra direitos humanos; pessoas;
h) promover a aproximação dos profissionais de segurança g) coordenar e facilitar a participação brasileira em eventos
pública e operadores do Direito com a sociedade civil; internacionais na área de enfrentamento ao tráfico de
pessoas; e
i) celebrar acordos de cooperação com organizações da
sociedade civil que atuam na prevenção ao tráfico de h) fortalecer os serviços consulares na defesa e proteção de
pessoas e no atendimento às vítimas; vítimas de tráfico de pessoas;
j) promover e incentivar, de forma permanente, cursos de III - na área de Educação:
atualização sobre tráfico de pessoas, para membros e
a) celebrar acordos com instituições de ensino e pesquisa
servidores dos órgãos de justiça e segurança pública,
para o desenvolvimento de estudos e pesquisas relacionados
preferencialmente por meio de suas instituições de
ao tráfico de pessoas;
formação;
b) incluir a questão do tráfico de pessoas nas ações e
l) articular os diversos ramos do Ministério Público dos
resoluções do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Estados e da União, da Magistratura Estadual e Federal e dos
Educação do Ministério da Educação (FNDE/MEC);
órgãos do sistema de justiça e segurança pública;
c) apoiar a implementação de programas e projetos de
m) organizar e integrar os bancos de dados existentes na
prevenção ao tráfico de pessoas nas escolas;
área de enfrentamento ao tráfico de pessoas e áreas
correlatas; d) incluir e desenvolver o tema do enfrentamento ao tráfico
de pessoas nas formações continuadas da comunidade
n) celebrar acordos de cooperação técnica com entidades
escolar, em especial os trabalhadores da educação;
públicas e privadas para subsidiar a atuação judicial e
extrajudicial; e) promover programas intersetoriais de educação e
prevenção ao tráfico de pessoas para todos os atores
o) incluir o tema de tráfico de pessoas nos cursos de combate
envolvidos; e
à lavagem de dinheiro, ao tráfico de drogas e armas e a
outros crimes correlatos; f) fomentar a educação em direitos humanos com destaque
ao enfrentamento ao tráfico de pessoas em todas
p) desenvolver, em âmbito nacional, mecanismos de
modalidades de ensino, inclusive no ensino superior;
prevenção, investigação e repressão ao tráfico de pessoas
cometido com o uso da rede mundial de computadores, e IV - na área de Saúde:
conseqüente responsabilização de seus autores; e
a) garantir atenção integral para as vítimas de tráfico de
q) incluir a possível relação entre o desaparecimento e o pessoas e potencializar os serviços existentes no âmbito do
tráfico de pessoas em pesquisas e investigações policiais; Sistema Único de Saúde;
II - na área de Relações Exteriores: b) acompanhar e sistematizar as notificações compulsórias
relativas ao tráfico de pessoas sobre suspeita ou
a) propor e elaborar instrumentos de cooperação
confirmação de maus-tratos, violência e agravos por causas
internacional na área do enfrentamento ao tráfico de
externas relacionadas ao trabalho;
pessoas;
c) propor a elaboração de protocolos específicos para a
b) iniciar processos de ratificação dos instrumentos
padronização do atendimento às vítimas de tráfico de
internacionais referentes ao tráfico de pessoas;
pessoas; e
c) inserir no Manual de Serviço Consular e Jurídico do
d) capacitar os profissionais de saúde na área de
Ministério das Relações Exteriores um capítulo específico de
atendimento às vítimas de tráfico de pessoas;
assistência consular às vítimas de tráfico de pessoas;
V - na área de Assistência Social:
d) incluir o tema de tráfico de pessoas nos cursos de remoção
oferecidos aos servidores do Ministério de Relações a) oferecer assistência integral às vítimas de tráfico de
Exteriores; pessoas no âmbito do Sistema Único de Assistência Social;
b) propiciar o acolhimento de vítimas de tráfico, em
articulação com os sistemas de saúde, segurança e justiça;

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c) capacitar os operadores da assistência social na área de a erradicação do trabalho forçado ou do trabalho em


atendimento às vítimas de tráfico de pessoas; e condição análoga a de escravo; e
d) apoiar a implementação de programas e projetos de f) incentivar os Estados, Municípios e demais parceiros a
atendimento específicos às vítimas de tráfico de pessoas; acolher e prestar apoio específico aos trabalhadores
libertados, por meio de capacitação técnica;
VI - na área de Promoção da Igualdade Racial:
IX - na área dos Direitos Humanos:
a) garantir a inserção da perspectiva da promoção da
igualdade racial nas políticas governamentais de a) proteger vítimas, réus colaboradores e testemunhas de
enfrentamento ao tráfico de pessoas; crimes de tráfico de pessoas;
b) apoiar as experiências de promoção da igualdade racial b) receber denúncias de tráfico de pessoas através do serviço
empreendidas por Municípios, Estados e organizações da de disque-denúncia nacional, dando o respectivo
sociedade civil voltadas à prevenção ao tráfico de pessoas e encaminhamento;
atendimento às vítimas; e
c) incluir ações específicas sobre enfrentamento ao tráfico
c) promover a realização de estudos e pesquisas sobre o de pessoas e fortalecer ações existentes no âmbito de
perfil das vítimas de tráfico de pessoas, com ênfase na programas de prevenção à violência e garantia de direitos;
população negra e outros segmentos étnicos da população
d) proporcionar proteção aos profissionais que atuam no
brasileira;
enfrentamento ao tráfico de pessoas e que, em função de
VII - na área do Trabalho e Emprego: suas atividades, estejam ameaçados ou se encontrem em
situação de risco;
a) orientar os empregadores e entidades sindicais sobre
aspectos ligados ao recrutamento e deslocamento de e) incluir o tema do tráfico de pessoas nas capacitações dos
trabalhadores de uma localidade para outra; Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e
Conselhos Tutelares;
b) fiscalizar o recrutamento e o deslocamento de
trabalhadores para localidade diversa do Município ou f) articular ações conjuntas de enfrentamento ao tráfico de
Estado de origem; crianças e adolescentes em regiões de fronteira;
c) promover articulação com entidades profissionalizantes g) promover, em parceira com os órgãos e entidades
visando capacitar e reinserir a vítima no mercado de diretamente responsáveis, a prevenção ao trabalho escravo,
trabalho; e através da sensibilização de operadores de Direito,
orientação a produtores rurais acerca dos direitos
d) adotar medidas com vistas a otimizar a fiscalização dos
trabalhistas, educação e capacitação de trabalhadores
inscritos nos Cadastros de Empregadores que Tenham
rurais; e
Mantido Trabalhadores em Condições Análogas a de
Escravo; h) disponibilizar mecanismos de acesso a direitos, incluindo
documentos básicos, preferencialmente nos Municípios
VIII - na área de Desenvolvimento Agrário:
identificados como focos de aliciamento de mão-de-obra
a) diminuir a vulnerabilidade do trabalhador e prevenir o para trabalho escravo;
recrutamento mediante políticas específicas na área de
X - na área da Proteção e Promoção dos Direitos da Mulher:
desenvolvimento rural;
a) qualificar os profissionais da rede de atendimento à
b) promover ações articuladas com parceiros que atuam nos
mulher em situação de violência para o atendimento à
Estados de origem dos trabalhadores recrutados;
mulher traficada;
c) formar parcerias no que tange à assistência técnica para
b) incentivar a prestação de serviços de atendimento às
avançar na implementação da Política Nacional de
mulheres traficadas nos Centros de Referência de
Assistência Técnica e Extensão Rural;
Atendimento à Mulher em Situação de Violência;
d) excluir da participação em certames licitatórios e restringir
c) apoiar e incentivar programas e projetos de qualificação
o acesso aos recursos do crédito rural a todas as pessoas
profissional, geração de emprego e renda que tenham como
físicas ou jurídicas que explorem o trabalho forçado ou em
beneficiárias diretas mulheres traficadas;
condição análoga a de escravo;
d) fomentar debates sobre questões estruturantes
e) promover a reinclusão de trabalhadores libertados e de
favorecedoras do tráfico de pessoas e relativas à
resgate da cidadania, mediante criação de uma linha
discriminação de gênero;
específica, em parceria com o Ministério da Educação, para
alfabetização e formação dos trabalhadores resgatados, de
modo que possam atuar como agentes multiplicadores para

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e) promover ações de articulação intersetoriais visando a I - definir as metas de curto, médio e longo prazos; e
inserção da dimensão de gênero nas políticas públicas
II - definir os órgãos e entidades que atuarão como
básicas, assistenciais e especiais;
parceiros no cumprimento de cada meta, levando-se em
f) apoiar programas, projetos e ações de educação não- consideração suas atribuições e competências
sexista e de promoção da diversidade no ambiente institucionais.
profissional e educacional;
Art. 2º Caberá ao Ministério da Justiça a função de avaliar e
g) participar das capacitações visando garantir a temática de monitorar o PNETP.
gênero; e
Art. 3º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Justiça, o
h) promover, em parceria com organizações governamentais Grupo Assessor de Avaliação e Disseminação do PNETP,
e não-governamentais, debates sobre metodologias de com as seguintes atribuições:
atendimento às mulheres traficadas;
I - apoiar o Ministério da Justiça no monitoramento e
XI - na área do Turismo: avaliação do PNETP;
a) incluir o tema do tráfico de pessoas, em especial mulheres, II - estabelecer a metodologia de monitoramento e
crianças e adolescentes nas capacitações e eventos de avaliação do PNETP e acompanhar a execução das ações,
formação dirigidos à cadeia produtiva do turismo; atividades e metas estabelecidas;
b) cruzar os dados dos diagnósticos feitos nos Municípios III - efetuar ajustes na definição de suas prioridades;
para orientar os planos de desenvolvimento turístico local
IV - promover sua difusão junto a órgãos e entidades
através do programa de regionalização; e
governamentais e não-governamentais; e
c) promover campanhas de sensibilização contra o turismo
V - elaborar relatório semestral de acompanhamento.
sexual como forma de prevenção ao tráfico de pessoas;
Art. 4º O Grupo Assessor será integrado por um
XII - na área de Cultura:
representante, e respectivo suplente, de cada órgão a
a) desenvolver projetos e ações culturais com foco na seguir indicado:
prevenção ao tráfico de pessoas; e
I - Ministérios:
b) fomentar e estimular atividades culturais, tais como
a) da Justiça, que o coordenará;
programas regionais de rádio, peças e outros programas
veiculados por radiodifusores, que possam aumentar a b) do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
conscientização da população com relação ao tráfico de
c) da Saúde;
pessoas, trabalho escravo e exploração sexual, respeitadas
as características regionais. d) do Trabalho e Emprego;
e) do Desenvolvimento Agrário;
DECRETO Nº 6.347/2008 f) da Educação;
Aprova o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de g) das Relações Exteriores;
Pessoas - PNETP e institui Grupo Assessor de Avaliação e
h) do Turismo;
Disseminação do referido Plano.
i) da Cultura;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, II - da Presidência da República:
DECRETA: a) Secretaria Especial dos Direitos Humanos;
Art. 1º Fica aprovado o Plano Nacional de Enfrentamento b) Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; e
ao Tráfico de Pessoas - PNETP, com o objetivo de prevenir e
c) Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
reprimir o tráfico de pessoas, responsabilizar os seus
Racial; e
autores e garantir atenção às vítimas, nos termos da
legislação em vigor e dos instrumentos internacionais de III - Advocacia-Geral da União.
direitos humanos, conforme Anexo a este Decreto.
§ 1º Os integrantes do Grupo Assessor serão indicados
§ 1º O PNETP será executado no prazo de dois anos. pelos titulares dos órgãos representados e designados pelo
Ministro de Estado da Justiça.
§ 2º Compete ao Ministério da Justiça, em articulação com
o órgão responsável pelo cumprimento de cada meta § 2º Poderão ser convidados a participar das reuniões do
estabelecida no PNETP: Grupo Assessor representantes do Ministério Público

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Federal, do Ministério Público do Trabalho e de outros


Atividade
órgãos e entidades da administração pública e da sociedade
civil.
Realizar levantamento de serviços e
Art. 5º As atividades desenvolvidas no âmbito do Grupo experiências referenciais da Proteção
Assessor serão consideradas serviço público relevante, não 1.A.3. Social Especial no âmbito do Sistema
remunerado. Unificado de Assistência Social
(SUAS) realizadas no Brasil.
Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Um levantamento realizado e
Brasília, 8 de janeiro de 2008; 187º da Independência e Meta MDS
publicado.
1120º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Atividade

Tarso Genro Realizar jornada de debates para


Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.1.2008 1.A.4. troca de experiências e
conhecimentos.

ANEXO Meta Uma jornada realizada. MJ

Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico De Pessoas – Atividade


PNETP
Eixo Estratégico 1 - Prevenção Ao Tráfico De Pessoas Realizar evento de divulgação dos
1.A.5.
resultados.
Prioridade nº 1: Levantar, sistematizar, elaborar e
divulgar estudos, pesquisas, informações e experiências Meta Um evento realizado. MJ
sobre o tráfico de pessoas.
Atividade

Elaborar programa sobre Plano


Levantar, sistematizar e disseminar 1.A.6. Nacional de Enfrentamento ao
estudos, pesquisas, informações e Tráfico de Pessoas para a TV Senasp.
Ação
experiências já existentes no âmbito
1.A.
nacional ou internacional Meta Um programa realizado. MJ
sobre tráfico de pessoas.
Atividade
Atividade
Realizar seminário informativo
Elaborar levantamento de pesquisas 1.A.7. envolvendo funcionários da área
1.A.1. realizadas no Brasil ou em outros consular.
países.
Meta Um seminário realizado. MRE
Um levantamento realizado e
Meta MJ
publicado. Atividade

Atividade Criar prêmio de incentivo a boas


1.A.8.
práticas.
Elaborar levantamento de boas
práticas de serviços e experiências de Meta Uma premiação realizada. MJ
1.A.2 prevenção ao tráfico de crianças e
adolescentes realizadas no Brasil ou Atividade
em outros países.
Elaborar levantamento das políticas
Um levantamento realizado e 1.A.9. sociais básicas mais afetas aos grupos
Meta SEDH
publicado. vulneráveis ao tráfico de pessoas.

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ações de prevenção ao tráfico e


Meta Um levantamento realizado. MJ
atenção às vítimas.
Realizar estudos e pesquisas sobre
Ação 1.B. Uma metodologia que identifique a
tráfico de pessoas.
Meta vulnerabilidade à DST/AIDS e o MS
tráfico de pessoas desenvolvida.
Atividade
Uma metodologia que identifique a
Realizar mapeamento da dinâmica vulnerabilidade à discriminação por
1.B.1. territorial do tráfico de pessoas no Meta SEDH
procedência e por tráfico de
Brasil. pessoas desenvolvida.
Um mapeamento realizado e Uma metodologia que identifique
Meta SEDH
publicado. as interfaces entre trabalho
Meta MTE
degradante, situação migratória e o
Atividade tráfico de pessoas desenvolvida.

Realizar pesquisa sobre o perfil de Uma metodologia que identifique a


1.B.2 atores relacionados ao tráfico de vulnerabilidade à
pessoas no Brasil. Meta discriminação homofóbica, SEDH
lesbofóbica e transfóbica e o tráfico
Meta Uma pesquisa realizada e publicada. MJ de pessoas desenvolvida.

Atividade Uma metodologia que identifique a


relação entre discriminação étnico-
Realizar pesquisa específica sobre Meta SEPPIR
racial e a vulnerabilidade ao tráfico
1.B.3. tráfico para fins de remoção de de pessoas desenvolvida.
órgão.
Uma metodologia que identifique a
Meta Uma pesquisa realizada. MS vulnerabilidade de crianças,
Meta SEDH
adolescentes e jovens em relação
Atividade ao tráfico de pessoas desenvolvida.

Fomentar a elaboração de Uma metodologia que identifique a


monografias nos cursos da Rede vulnerabilidade de idosos em
1.B.4. Meta SEDH
Nacional de Altos Estudos em relação ao tráfico de pessoas
Segurança Pública (RENAESP). desenvolvida.

Uma estratégia de fomento Atividade


Meta MJ
implementada.
Elaborar estudo sobre a legislação
Atividade que disciplina o funcionamento de
agências de recrutamento de
Produzir estudo sobre o processo trabalhadores, estudantes,
1.B.5. de estruturação e disseminação dos 1.B.7.
esportistas, modelos, casamentos
dados. no Brasil e no exterior, entre outros,
propondo, se for o caso, sua
Meta Um estudo realizado. MEC alteração.

Atividade Meta Um estudo realizado e publicado. MJ

Desenvolver metodologias para Incentivar a criação de linhas de


identificação de interfaces do Ação 1.C. pesquisa e extensão sobre tráfico de
1.B.6. tráfico de pessoas com outras pessoas em universidades.
situações de violências ou
vulnerabilidade para subsidiar

Cursos Completos para a PRF em: 222


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Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

envolvidos na prevenção ao tráfíco


Atividade
de pessoas.
1.C.1. Criar prêmio anual de pesquisas.
250 agentes formadores envolvidos
Meta nas comunidades tradicionais SEPPIR
Meta Duas premiações realizadas. MJ
capacitados.
Atividade
500 equipes de Saúde da Família
dos três Estados com maior índice
Orientar a concessão de bolsas e de tráfico de pessoas capacitados e
apoio financeiro específicos, por meio
Meta 100% dos Centros de Referência do MS
1.C.2 de edital voltado para os programas
Trabalhador dos três Estados com
de Instituição de Ensino Superior
maior índice de tráfico de
(IES).
pessoas capacitados.
Meta Um edital publicado. MEC
Cinco capacitações regionais para
Meta profissionais de comunicação social SEDH
realizadas.
Prioridade nº 2: Capacitar e formar atores envolvidos
500 trabalhadores da educação nos
direta ou indiretamente com o enfrentamento ao tráfico
Meta níveis e modalidades de ensino MEC
de pessoas na perspectiva dos direitos humanos.
capacitados.

Cinco capacitações regionais para


os operadores do sistema de
Realizar cursos e oficinas, com a Meta SEDH
garantia de direitos da criança e do
Ação produção de material de referência
adolescente realizadas.
2.A. quando necessário, para
profissionais e agentes específicos.
800 agentes multiplicadores para a
Meta promoção dos direitos da mulher SPM
capacitados.
Atividade
1.400 profissionais de segurança
pública capacitados por meio da
Desenvolver material voltado para a Meta MJ
Rede Nacional de Ensino à
formação dos trabalhadores da
2.A.1. Distância.
educação nos níveis e modalidades
de ensino.

Um material voltado para os


Prioridade nº 3: Mobilizar e sensibilizar grupos
trabalhadores da educação sobre
Meta MEC específicos e comunidade em geral sobre o tema do
Educação em Direitos Humanos e
tráfico de pessoas.
Tráfico de Pessoas produzido.

Um material voltado para os alunos


sobre Educação em Direitos Apoiar projetos artísticos e culturais
Meta MEC Ação
Humanos e Tráfico de Pessoas com enfoque no enfrentamento ao
produzido. 3.A.
tráfico de pessoas.

Atividade Atividade

2.A.2 Capacitar profissionais de saúde e Criar premiação para elaboração de


agentes, direta ou indiretamente 3.A.1.
slogan contra o tráfico de pessoas.

Cursos Completos para a PRF em: 223


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Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

calendário de encontros do Programa


Meta Uma premiação nacional. MinC
Turismo Sustentável e Infância (TSI),
com inclusão do tema do tráfico de
pessoas.
Atividade
Meta 18 encontros realizados. MTur
Estabelecer, nos editais de fomento à
cultura, critérios condicionantes de
divulgação de slogan do
3.A.2 Atividade
enfrentamento ao tráfico de pessoas,
de acordo com a linguagem do
Sensibilizar a cadeia produtiva do
projeto a ser financiado.
turismo através da realização de
seminários e da confecção de
Meta 100 projetos condicionados. MinC 3.C.2.
cartilhas educativas direcionadas a
esse setor, nas regiões de maior
vulnerabilidade.
Promover e realizar campanhas
Meta 5.000 cartilhas produzidas. MTur
Ação 3.B. nacionais de enfrentamento
ao tráfico de pessoas.
Meta 18 seminários realizados. MTur

Atividade
Atividade
Realizar campanha nacional
3.B.1. Realizar encontros com as entidades
referente ao tráfico de pessoas. 3.C.3.
de pais e mestres, e grupos de jovens.
Uma campanha nacional dirigida aos
Meta Dois encontros realizados. MS
usuários de produtos ou serviços
Meta MJ
oriundos do tráfico de pessoas
realizada.
Atividade
Uma campanha de prevenção ao
Meta SPM
tráfico de pessoas realizada.
Realizar encontros técnicos com os
gestores para a priorização dos
3.C.4.
grupos vulneráveis ao tráfico de
pessoas nas políticas sociais básicas.
Atividade
Meta Dois encontros realizados. MJ
Apoiar campanhas promovidas por
3.B.2.
entidades envolvidas com o tema.

Meta Duas campanhas apoiadas. MJ


Prioridade nº 4: Diminuir a vulnerabilidade ao tráfico de
pessoas de grupos sociais específicos.
Sensibilizar atores de setores
Ação 3.C. específicos com relação ao tráfico de
pessoas.
Disponibilizar mecanismos de acesso
Ação a direitos, incluindo documentos
4.A. básicos, preferencialmente nos
Atividade Municípios e comunidades
identificadas como focos de
3.C.1. Realizar encontro com profissionais
da indústria do turismo, seguindo o

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Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

aliciamento de vítimas de tráfico de


Meta Uma cartilha produzida. MTE
pessoas.

Atividade
Atividade
Elaborar e implementar projeto-
Fomentar e apoiar comitês
piloto de centro público de
interinstitucionais, balcões de
4.A.1. intermediação de mão-de-obra rural
direitos e outras iniciativas que 4.B.2.
em Município identificado como foco
possibilitem o acesso a direitos.
de aliciamento para o trabalho
escravo.
Meta Cinco parcerias realizadas. SEDH
Um projeto-piloto elaborado e
Meta MTE
implementado.
Atividade

Estabelecer parcerias com órgãos


Atividade
4.A.2 competentes para o fornecimento de
documentação civil básica.
Criar mecanismo de monitoramento
da emissão da certidão liberatória,
Meta 12 parcerias estaduais estabelecidas. SEDH 4.B.3.
em articulação com a Polícia
Rodoviária Federal.

Meta Um mecanismo criado. MTE


Atividade

Elaborar e divulgar material


4.A.3. informativo sobre condições de
Prioridade nº 5: Articular, estruturar e consolidar, a
acesso a direitos.
partir dos serviços e redes existentes, um sistema
nacional de referência e atendimento às vítimas de
Cinco materiais elaborados e tráfico.
Meta SEDH
divulgados.

Formular e implementar um
Promover a regularização do Ação programa permanente e integrado
Ação 4.B. recrutamento, deslocamento e 5.A. de formação em atendimento, na
contratação de trabalhadores. perspectiva dos direitos humanos.

Atividade Atividade

Divulgar nas entidades Inventariar os programas de


representativas de empregadores e capacitação e conteúdos existentes
trabalhadores e em outras nos setores públicos governamentais
instâncias, como a Polícia Rodoviária e não-governamentais, bem como nos
Federal, a obrigatoriedade da 5.A.1.
4.B.1. organismos internacionais com vistas
solicitação da certidão liberatória a definir conteúdos básicos
para transportar trabalhadores (referenciais mínimos) para a
recrutados em Municípios distintos abordagem do tema.
daquele onde se localiza a unidade
produtiva. Meta Um inventário elaborado. MJ

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Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

Atividade Atividade

Incentivar a incorporação dos Desenvolver projeto-piloto a partir


conteúdos básicos (referenciais de um Centro de Referência
5.A.2 mínimos) referidos nos programas de Especializado no Atendimento à
capacitação já existentes nos órgãos 5.B.4. Mulher em um Município selecionado
governamentais. para a estruturação de uma rede de
atendimento às mulheres vítimas de
Uma estratégia de incorporação de tráfico de pessoas.
Meta conteúdos básicos nos programas MJ
inventariada implementada. Meta Um projeto-piloto desenvolvido. SPM

Integrar, estruturar, fortalecer, Atividade


Ação 5.B. articular e mobilizar os serviços e as
redes de atendimento. Apoiar a estruturação da rede de
acolhimento (abrigos) a mulheres
5.B.5.
vítimas de violência ou traficadas e
seus filhos.
Atividade
Meta 138 abrigos estruturados. MDS
Ampliar e consolidar serviços de
recepção a brasileiros deportados e
não admitidos nos principais pontos
5.B.1.
de entrada e saída do País, como Atividade
núcleos de enfrentamento ao tráfico
de pessoas. Apoiar a estruturação dos Centros de
Referência Especializado em
Dois serviços de recepção 5.B.6. Assistência Social (CREAS) existentes
Meta MJ
organizados. para atender às vítimas de violência e
tráfico.

Meta 996 CREAS mapeados e implantados. MDS


Atividade

Apoiar o desenvolvimento de núcleos


5.B.2. de enfrentamento ao tráfico de Atividade
pessoas.
Apoiar a estruturação de novos
Meta Dois núcleos apoiados. MJ Centros de Referência Especializados
5.B.7. em Assistência Social (CREAS) para
atender a violações dos direitos de
vítimas de violência ou tráfico.
Atividade
Meta 567 novos CREAS estruturados. MDS
Criar e fortalecer os Centros de
5.B.3. Referência Especializados de
Atendimento à Mulher.
Atividade
120 centros de referência criados ou
Meta SPM
fortalecidos. 5.B.8. Incorporar o tema do tráfico de
pessoas nas ações de atendimento

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Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

das áreas de Saúde do Sistema Único pessoas para utilização nos serviços e
de Saúde (SUS). redes existentes.

Três ações com tema de tráfico de Meta Um manual elaborado. SEDH


Meta MS
pessoas incorporado.

Definir metodologias e fluxos de


atendimento, procedimentos e Atividade
Ação 5.C. responsabilidades nos diferentes
níveis de complexidade da atenção à Definir fluxos de atendimento,
vítima. procedimentos e responsabilidades
entre os órgãos de defesa e
responsabilização e os serviços de
atendimento de saúde, assistência
5.C.5.
Atividade social, justiça e direitos humanos
atuantes nas áreas de fronteira
Formalizar parceria entre órgãos de internacional, bem como nos casos
governo e entidades da sociedade de tráfico interestadual e
5.C.1. civil, definindo papéis e intermunicipal.
responsabilidades para o
atendimento adequado às vítimas. Um fluxograma definido
Meta conjuntamente pelos órgãos MJ
Um protocolo de intenções envolvidos.
Meta SEDH
formalizado.

Atividade
Atividade
Definir fluxos de atendimento e
Desenvolver metodologia de procedimentos entre a rede consular
5.C.2. atendimento às mulheres vítimas de 5.C.6. brasileira no exterior e os serviços de
tráfico de pessoas. atendimento às vítimas de tráfico de
pessoas no Brasil.
Meta Uma metodologia desenvolvida. SPM
Um fluxograma definido
Meta conjuntamente pelos órgãos MRE
envolvidos.
Atividade
Realizar capacitações articuladas
Avaliar as atuações dos escritórios Ação entre as três esferas de governo,
estaduais, entre outras 5.D. organizações da sociedade civil e
experiências, como subsídio para outros atores estratégicos.
5.C.3.
apoiar a criação ou o
desenvolvimento de núcleos de
enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Atividade
Meta Uma avaliação realizada. MJ
Capacitar profissionais e demais
atores no adequado
5.D.1.
encaminhamento ou atendimento de
Atividade vítimas de tráfico de pessoas.

Elaborar manual de orientação e 400 militares e profissionais de


5.C.4. acompanhamento jurídico na Meta segurança pública atuantes MJ
proteção, defesa e garantia dos prioritariamente nas áreas de
direitos das vítimas de tráfico de fronteira capacitados com foco na

Cursos Completos para a PRF em: 227


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Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

abordagem e encaminhamento das ao tráfico de pessoas e crimes


vítimas do tráfico de pessoas. correlatos.

100 profissionais atuantes no


atendimento no Aeroporto
Internacional de São Paulo/Guarulhos Atividade
Meta capacitados em tráfico e migração, MJ
com vistas à integração com o serviço Analisar projetos de lei sobre o tema
de recepção a deportados e não- e propor o aperfeiçoamento da
6.A.1.
admitidos. legislação brasileira para o
enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Rede de assistência capacitada nos
996 CREAS e respectivos CRAS, a partir Um relatório de análise legislativa
Meta do cruzamento com as áreas de MDS Meta com propostas de aperfeiçoamento MJ
fronteira, capitais, pesquisas e elaborado.
experiências já existentes.

20.000 profissionais da Rede de


Atendimento à Mulher capacitados na Atividade
Meta SPM
área de atendimento às vítimas de
tráfico de pessoas. Elaborar um anteprojeto de lei com
proposta de uniformização do
500 profissionais de saúde conceito de tráfico de pessoas, em
Meta capacitados na área de atendimento MS consonância com a Política Nacional
às vítimas de tráfico de pessoas. de Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas, com o Protocolo Adicional à
Realizar articulações internacionais Convenção das Nações Unidas contra
6.A.2
Ação 5.E. para garantir os direitos das vítimas o Crime Organizado Transnacional
de tráfico de pessoas. relativo à Prevenção, Repressão e
Punição do Tráfico de Pessoas, em
especial Mulheres e Crianças
(Protocolo de Palermo) e com
Atividade acordos internacionais ratificados
pelo Brasil.
Fomentar debates com organizações
internacionais atuantes no Meta Um anteprojeto de lei elaborado. MJ
enfrentamento ao tráfico de pessoas
5.E.1.
com ênfase em atenção às pessoas
traficadas, na perspectiva do respeito
aos direitos humanos. Atividade

Meta Quatro debates realizados. MRE Elaborar um anteprojeto de lei com


proposta de criação de Fundo
6.A.3.
específico para financiar ações de
enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Prioridade nº 6: Aperfeiçoar a legislação brasileira
relativa ao enfrentamento ao tráfico de pessoas e crimes Meta Um anteprojeto de lei elaborado. MJ
correlatos.

Prioridade nº 7: Ampliar e aperfeiçoar o conhecimento


Criar um subgrupo de especialistas sobre o enfrentamento ao tráfico de pessoas nas
Ação para elaborar proposta instâncias e órgãos envolvidos na repressão ao crime e
6.A. intergovernamental de responsabilização dos autores.
aperfeiçoamento da legislação
brasileira relativa ao enfrentamento

Cursos Completos para a PRF em: 228


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Legislação compilada pelo Estratégia Concursos

Capacitar profissionais de segurança Atividade


Ação
pública e operadores do direito,
7.A.
federais, estaduais e municipais. Incluir o tema nos cursos realizados
no âmbito da Estratégia Nacional de
7.A.5.
Combate à Corrupção e Lavagem de
Dinheiro (ENCCLA).
Atividade
Meta 50 agentes públicos capacitados. MJ
Elaborar material de formação com
conteúdos básicos para capacitação
7.A.1.
dos diversos atores envolvidos na
repressão ao tráfico de pessoas. Prioridade nº 8: Fomentar a cooperação entre os órgãos
federais, estaduais e municipais envolvidos no
Uma apostila com conteúdo enfrentamento ao tráfico de pessoas para atuação
Meta MJ
referencial elaborada. articulada na repressão do tráfico de pessoas e
responsabilização de seus autores.

Atividade
Padronizar e fortalecer o intercâmbio
Realizar oficinas regionais em de informações entre os órgãos de
Ação
7.A.2 matéria de investigação, fiscalização segurança pública em matéria de
8.A.
e controle do tráfico de pessoas. investigação dos casos de tráfico de
pessoas.
Meta Cinco oficinas realizadas. MJ

Atividade
Atividade
Ampliar as ações do enfrentamento ao
Promover a realização de cursos 8.A.1. tráfico de pessoas no âmbito dos
sobre tráfico de pessoas, para Gabinetes de Gestão Integrada (GGIs).
membros e servidores dos órgãos de
justiça e segurança pública, 27 GGIs com propostas de ampliação
7.A.3. Meta MJ
preferencialmente por meio de suas das ações negociadas.
instituições de formação, em
parceria com entidades de direitos
humanos.
Atividade
Meta Seis cursos realizados. MJ
Designar responsáveis nos Estados,
8.A.2 indicados pelas corporações policiais,
para intercâmbio de informações.
Atividade
Um representante por Estado
Meta MJ
Incluir o tema do tráfico de pessoas designado.
nos currículos de formação dos
7.A.4. profissionais de órgãos de justiça e Atividade
segurança pública federais, estaduais
e municipais. Desenvolver mecanismo-piloto para
coibir o aliciamento para fins de tráfico
Cinco propostas de inclusão do tema 8.A.3. de pessoas, por meio da rede mundial
Meta MJ de computadores, e responsabilizar
do tráfico de pessoas apresentadas.
seus autores.

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tráfico de pessoas em todas as suas


Meta Um mecanismo desenvolvido. MJ
modalidades.

Meta Três capacitações realizadas. SEDH


Promover a aproximação e integração
Ação 8.B. dos órgãos e instituições envolvidos no
enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Atividade

Capacitar os operadores da Central


de Atendimento à Mulher - 180 de
Atividade
9.A.3. forma a incluir o tema do tráfico de
pessoas em todas as suas
Realizar seminário de âmbito nacional
modalidades.
para aproximação e troca de
experiências de repressão ao tráfico de
8.B.1. Meta 100 operadoras capacitados. SPM
pessoas e responsabilização de seus
autores pelas várias modalidades do
tráfico de pessoas.
Atividade
Meta Um seminário realizado. MJ
Definir de forma
conjunta/articulada fluxo de
encaminhamento que inclua
Prioridade nº 9: Criar e aprimorar instrumentos para o 9.A.4.
competências e responsabilidades
enfrentamento ao tráfico de pessoas.
das instituições inseridas no
sistema do Ligue 100.

Desenvolver, em âmbito nacional, Um fluxo de encaminhamento


Meta SEDH
mecanismos de repressão ao definido.
Ação
tráfico de pessoas e consequente
9.A.
responsabilização de seus
autores.
Atividade

Definir fluxo de encaminhamento


Atividade que inclua competências e
9.A.5. responsabilidades das instituições
Elaborar guia de referência para inseridas no sistema da Central de
Atendimento à Mulher- 180.
facilitar a identificação de vítimas
de tráfico pelos profissionais
9.A.1. envolvidos no enfrentamento, Uma proposta de
Meta SPM
observando o princípio de não- encaminhamento construída.
discriminação e o respeito aos
direitos humanos.

Meta Um guia elaborado. MJ Atividade

Apresentar, por meio de um grupo


de trabalho, proposta de banco de
Atividade dados sobre tráfico de pessoas, a
9.A.6.
partir da análise dos bancos de
Capacitar os operadores do Ligue dados existentes relacionados
9.A.2 direta ou indiretamente ao tema.
100 de forma a incluir o tema do

Cursos Completos para a PRF em: 230


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Uma proposta de banco de dados Três negociações para designação de


Meta MJ Meta MJ
elaborada. oficiais de ligação realizadas.

Prioridade nº 10: Estruturar órgãos responsáveis pela Atividade


repressão ao tráfico de pessoas e responsabilização de
seus autores. Estabelecer instrumentos de
cooperação bilateral e multilateral
11.A.2 que incluam o reconhecimento e
repressão ao tráfico de pessoas no
10.A. Ampliar os recursos humanos e exterior.
estrutura logística das unidades
específicas para o enfrentamento ao Meta Quatro instrumentos negociados. MRE
Ação
tráfico de pessoas, como um dos
10.A.
crimes contra os direitos humanos,
nas Superintendências Regionais do
Departamento de Polícia Federal. Atividade

Fomentar a utilização dos


instrumentos internacionais que
Atividade servem de base para a cooperação
jurídica internacional para o efetivo
11.A.3.
Criar estruturas específicas de enfrentamento ao tráfico
repressão aos crimes contra os direitos internacional de pessoas,
humanos nas Superintendências proporcionando o correto
Regionais do Departamento de Polícia desenvolvimento de ações penais.
10.A.1.
Federal, nos locais indicados pela
Coordenação-Geral de Defesa Quatro acordos bilaterais de
Institucional, dotando-as de recursos Meta cooperação jurídica internacional em MJ
humanos e estrutura logística. matéria penal negociados.

Meta Duas propostas de criação negociadas. MJ

Atividade

Realizar evento para discussão da


Convenção Internacional sobre a
Prioridade nº 11: Fomentar a cooperação internacional Proteção dos Direitos de todos
11.A.4.
para repressão ao tráfico de pessoas. Trabalhadores Migrantes e dos
Membros de suas Famílias e outros
instrumentos internacionais.

Propor e elaborar instrumentos de Meta Um evento realizado. MRE


Ação cooperação bilateral e multilateral na
11.A. área de repressão ao tráfico de
pessoas.
Fortalecer e integrar projetos de
Ação
Atividade cooperação internacional na área de
11.B.
enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Fomentar a cooperação internacional
por meio de oficiais de ligação nos três
11.A.1.
países que mais recebem vítimas
brasileiras de tráfico. Atividade

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DECRETA:
Identificar os projetos de cooperação
com organismos internacionais Art. 1º Fica instituída a Coordenação Tripartite da Política
11.B.1.
relacionados direta ou indiretamente Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, para
ao tráfico de pessoas. coordenar a gestão estratégica e integrada da Política
Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, aprovada
Meta Um levantamento elaborado. MRE pelo Decreto nº 5.948, de 26 de outubro de 2006, e dos
Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Parágrafo único. A Coordenação Tripartite da Política
Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas será
Atividade integrada pelos seguintes órgãos:
Articular os projetos de cooperação I - Ministério da Justiça;
11.B.2. internacional a fim de evitar II - Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
sobreposição de ações. República; e

Uma estratégia de articulação III - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da


Meta MRE República.
elaborada.
Art. 2º São atribuições da Coordenação Tripartite da Política
Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:

Articular ações conjuntas de I - analisar e decidir sobre aspectos relacionados à


Ação coordenação das ações de enfrentamento ao tráfico de
enfrentamento ao tráfico de pessoas
11.C. pessoas no âmbito da administração pública federal;
em regiões de fronteira.
II - conduzir a construção dos planos nacionais de
enfrentamento ao tráfico de pessoas e coordenar os
trabalhos dos respectivos grupos interministeriais de
Atividade monitoramento e avaliação;

Incluir na agenda das reuniões III - mobilizar redes de atores e parceiros envolvidos no
bilaterais de fronteira com países enfrentamento ao tráfico de pessoas;
11.C.1.
vizinhos o tema da repressão do IV - articular ações de enfrentamento ao tráfico de pessoas
tráfico de pessoas. com Estados, Distrito Federal e Municípios e com as
organizações privadas, internacionais e da sociedade civil;
Duas propostas de
Meta MRE V - elaborar relatórios para instâncias nacionais e
inclusão negociadas.
internacionais e disseminar informações sobre
enfrentamento ao tráfico de pessoas; e
VI - subsidiar os trabalhos do Comitê Nacional de
Atividade Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, propondo temas para
debates.
Incluir na agenda das comissões
Art. 3º Ato conjunto dos Ministros de Estado com
11.C.2. mistas bilaterais antidrogas o tema da
representação na Coordenação Tripartite da Política
repressão ao tráfico de pessoas.
Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas disporá
sobre o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de
Quatro propostas de inclusão
Meta MRE Pessoas - II PNETP, para o período de 2013 a 2016, e instituirá
negociadas.
grupo interministerial para seu monitoramento e avaliação.
§ 1º O II PNETP terá os seguintes objetivos:
DECRETO Nº 7.901/2013 I - ampliar e aperfeiçoar a atuação de instâncias e órgãos
envolvidos no enfrentamento ao tráfico de pessoas, na
Institui a Coordenação Tripartite da Política Nacional de
prevenção e repressão do crime, na responsabilização dos
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o Comitê Nacional
autores, na atenção às vítimas e na proteção de seus direitos;
de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - CONATRAP.
II - fomentar e fortalecer a cooperação entre órgãos públicos,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
organizações da sociedade civil e organismos internacionais
confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

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no Brasil e no exterior envolvidos no enfrentamento ao IV - um representante do Ministério de Desenvolvimento


tráfico de pessoas; Social e Combate à Fome.
III - reduzir as situações de vulnerabilidade ao tráfico de § 1º Será assegurada, na composição da CONATRAP, a
pessoas, consideradas as identidades e especificidades dos participação de:
grupos sociais;
I - sete representantes de organizações da sociedade civil ou
IV - capacitar profissionais, instituições e organizações especialistas em enfrentamento ao tráfico de pessoas;
envolvidas com o enfrentamento ao tráfico de pessoas;
II - um representante de cada um dos seguintes colegiados:
V - produzir e disseminar informações sobre o tráfico de
a) Conselho Nacional de Assistência Social;
pessoas e as ações para seu enfrentamento; e
b) Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
VI - sensibilizar e mobilizar a sociedade para prevenir a
Adolescente;
ocorrência, os riscos e os impactos do tráfico de pessoas.
c) Conselho Nacional dos Direitos da Mulher;
§ 2º O II PNETP deverá ser implementado por meio de ações
articuladas nas esferas federal, estadual, distrital e d) Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho
municipal, e em colaboração com organizações da sociedade Escravo;
civil e organismos internacionais.
e) Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial;
§ 3º Os Ministérios responsáveis por ações desenvolvidas no
f) Conselho Nacional de Imigração;
âmbito do II PNETP deverão ser consultados sobre seu
conteúdo previamente à assinatura do ato conjunto de que g) Conselho Nacional de Saúde;
trata o caput.
h) Conselho Nacional de Segurança Pública;
Art. 4º Fica instituído o Comitê Nacional de Enfrentamento
i) Conselho Nacional de Turismo; e
ao Tráfico de Pessoas - CONATRAP, para articular a atuação
dos órgãos e entidades públicas e privadas no j) Conselho Nacional de Combate à Discriminação e
enfrentamento ao tráfico de pessoas. Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais;
Art. 5º São atribuições do CONATRAP:
III - um representante a ser indicado pelos Núcleos Estaduais
I - propor estratégias para gestão e implementação de ações
de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e pelos Postos
da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas,
Avançados de Atendimento Humanizado ao Migrante
aprovada pelo Decreto nº 5.948, de 2006;
formalmente constituídos; e
II - propor o desenvolvimento de estudos e ações sobre o
IV - um representante a ser indicado pelos comitês estaduais
enfrentamento ao tráfico de pessoas;
e do Distrito Federal de enfrentamento ao tráfico de
III - acompanhar a implementação dos planos nacionais de pessoas.
enfrentamento ao tráfico de pessoas;
§ 2º O CONATRAP será presidido pelo Secretário Nacional de
IV - articular suas atividades àquelas dos Conselhos Justiça do Ministério da Justiça ou por pessoa por ele
Nacionais de políticas públicas que tenham interface com o designada.
enfrentamento ao tráfico de pessoas, para promover a
§ 3º Os representantes titulares referidos nos incisos I, II, III
intersetorialidade das políticas;
e IV do caput e seus suplentes serão indicados pelos titulares
V - articular e apoiar tecnicamente os comitês estaduais, dos órgãos que representam e designados por ato do
distrital e municipais de enfrentamento ao tráfico de pessoas Ministro de Estado da Justiça.
na definição de diretrizes comuns de atuação, na
§ 4º Os representantes titulares referidos nos incisos I, II, III
regulamentação e no cumprimento de suas atribuições;
e IV do §1º e seus suplentes serão designados por ato do
VI - elaborar relatórios de suas atividades; e Ministro de Estado da Justiça, após indicação pelas
entidades, conselhos, núcleos, postos ou comitês.
VII - elaborar e aprovar seu regimento interno.
§ 5º A designação dos representantes titulares referidos nos
Art. 6º O CONATRAP será integrado por:
incisos II, III e IV do § 1º e seus suplentes deverá atender à
I - quatro representantes do Ministério da Justiça; proporção de cinquenta por cento de representantes
governamentais e cinquenta por cento de representantes da
II - um representante da Secretaria de Políticas para as
sociedade civil, observada a paridade da composição do
Mulheres da Presidência da República;
CONATRAP, na forma do regimento interno.
III - um representante da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República; e

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§ 6º O mandato dos integrantes do CONATRAP referidos nos Art. 2º O PNDH-3 será implementado de acordo com os
incisos I, II, III e IV do § 1º será de dois anos, admitida apenas seguintes eixos orientadores e suas respectivas diretrizes:
uma recondução, por igual período.
I - Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e
§ 7º Poderão ser convidados a participar das reuniões do sociedade civil:
CONATRAP especialistas e representantes de outros órgãos
a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade
ou entidades públicas e privadas, com atribuições
civil como instrumento de fortalecimento da democracia
relacionadas ao enfrentamento ao tráfico de pessoas.
participativa;
Art. 7º A participação nos colegiados instituídos por este
b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como
Decreto será considerada prestação de serviço público
instrumento transversal das políticas públicas e de interação
relevante, não remunerada.
democrática; e
Art. 8º O Ministério da Justiça prestará suporte técnico e
c) Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de
administrativo para a execução dos trabalhos e o
informações em Direitos Humanos e construção de
funcionamento dos colegiados instituídos por este Decreto.
mecanismos de avaliação e monitoramento de sua
Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua efetivação;
publicação.
II - Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos:
Art. 10. Ficam revogados os arts. 2º a 9º do Decreto nº 5.948,
a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento
de 26 de outubro de 2006.
sustentável, com inclusão social e econômica,
Brasília, 4 de fevereiro de 2013; 192º da Independência e ambientalmente equilibrado e tecnologicamente
125º da República. responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo
e não discriminatório;
DILMA ROUSSEFF
b) Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito
José Eduardo Cardozo
central do processo de desenvolvimento; e
Carlos Daudt Brizola
c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais
Alexandre Rocha Santos Padilha como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como
sujeitos de direitos;
Tereza Campello
III - Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto
Gastão Vieira
de desigualdades:
Luiza Helena de Bairros
a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma
Eleonora Menicucci de Oliveira universal, indivisível e interdependente, assegurando a
cidadania plena;
Maria do Rosário Nunes
b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.2.2013 e
adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma
retificado em 6.2.2013
não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e
participação;
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA c) Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e
d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade;
DECRETO Nº 7.037/2009 IV - Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e
Combate à Violência:
Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-
3 e dá outras providências. a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de
segurança pública;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no
sistema de segurança pública e justiça criminal;
DECRETA:
c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e
Art. 1º Fica aprovado o Programa Nacional de Direitos profissionalização da investigação de atos criminosos;
Humanos - PNDH-3, em consonância com as diretrizes,
objetivos estratégicos e ações programáticas estabelecidos, d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase
na forma do Anexo deste Decreto. na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial
e carcerária;

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e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e IV - acompanhar a implementação das ações e
de proteção das pessoas ameaçadas; recomendações; e
f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, V - elaborar e aprovar seu regimento interno.
priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à
§ 1º O Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do
privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e
PNDH-3 será integrado por um representante e respectivo
g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, suplente de cada órgão a seguir descrito, indicados pelos
ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de respectivos titulares:
direitos;
I - Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
V - Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos da República, que o coordenará;
Humanos:
II - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da Presidência da República;
política nacional de educação em Direitos Humanos para
III - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
fortalecer uma cultura de direitos;
Igualdade Racial da Presidência da República;
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia
IV - Secretaria-Geral da Presidência da República;
e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica,
nas instituições de ensino superior e nas instituições V - Ministério da Cultura;
formadoras;
VI - Ministério da Educação;
c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal
VII - Ministério da Justiça;
como espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos;
VIII - Ministério da Pesca e Aqüicultura;
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos
no serviço público; e IX - Ministério da Previdência Social;
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação X - Ministério da Saúde;
democrática e ao acesso à informação para consolidação de
XI - Ministério das Cidades;
uma cultura em Direitos Humanos; e
XII - Ministério das Comunicações;
VI - Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade:
XIII - Ministério das Relações Exteriores;
a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade
como Direito Humano da cidadania e dever do Estado; XIV - Ministério do Desenvolvimento Agrário;
b) Diretriz 24: Preservação da memória histórica e XV - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
construção pública da verdade; e Fome;
c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com XVI - Ministério do Esporte;
promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a
XVII - Ministério do Meio Ambiente;
democracia.
XVIII - Ministério do Trabalho e Emprego;
Parágrafo único. A implementação do PNDH-3, além dos
responsáveis nele indicados, envolve parcerias com outros XIX - Ministério do Turismo;
órgãos federais relacionados com os temas tratados nos
XX - Ministério da Ciência e Tecnologia; e
eixos orientadores e suas diretrizes.
XXI - Ministério de Minas e Energia.
Art. 3º As metas, prazos e recursos necessários para a
implementação do PNDH-3 serão definidos e aprovados em § 2º O Secretário Especial dos Direitos Humanos da
Planos de Ação de Direitos Humanos bianuais. Presidência da República designará os representantes do
Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3.
Art. 4º Fica instituído o Comitê de Acompanhamento e
Monitoramento do PNDH-3, com a finalidade de: § 3º O Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do
PNDH-3 poderá constituir subcomitês temáticos para a
I - promover a articulação entre os órgãos e entidades execução de suas atividades, que poderão contar com a
envolvidos na implementação das suas ações programáticas; participação de representantes de outros órgãos do Governo
II - elaborar os Planos de Ação dos Direitos Humanos; Federal.
III - estabelecer indicadores para o acompanhamento, § 4º O Comitê convidará representantes dos demais
monitoramento e avaliação dos Planos de Ação dos Direitos Poderes, da sociedade civil e dos entes federados para
Humanos; participarem de suas reuniões e atividades.

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Art. 5º Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os


órgãos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do
ANEXO
Ministério Público, serão convidados a aderir ao PNDH-3.
Eixo Orientador I:
Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação. Interação democrática entre Estado e sociedade civil
Art. 7º Fica revogado o Decreto no 4.229, de 13 de maio de A partir da metade dos anos 1970, começam a ressurgir no
2002. Brasil iniciativas de rearticulação dos movimentos sociais, a
despeito da repressão política e da ausência de canais
Brasília, 21 de dezembro de 2009; 188º da Independência e
democráticos de participação. Fortes protestos e a luta pela
121º da República.
democracia marcaram esse período. Paralelamente,
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA surgiram iniciativas populares nos bairros reivindicando
direitos básicos como saúde, transporte, moradia e controle
Tarso Genro
do custo de vida. Em um primeiro momento, eram iniciativas
Celso Luiz Nunes Amorim atomizadas, buscando conquistas parciais, mas que ao longo
dos anos foram se caracterizando como movimentos sociais
Guido Mantega
organizados.
Alfredo Nascimento
Com o avanço da democratização do País, os movimentos
José Geraldo Fontelles sociais multiplicaram-se. Alguns deles institucionalizaram-se
e passaram a ter expressão política. Os movimentos
Fernando Haddad
populares e sindicatos foram, no caso brasileiro, os principais
André Peixoto Figueiredo Lima promotores da mudança e da ruptura política em diversas
épocas e contextos históricos. Com efeito, durante a etapa
José Gomes Temporão
de elaboração da Constituição Cidadã de 1988, esses
Miguel Jorge segmentos atuaram de forma especialmente articulada,
Edison Lobão afirmando-se como um dos pilares da democracia e
influenciando diretamente os rumos do País.
Paulo Bernardo Silva
Nos anos que se seguiram, os movimentos passaram a se
Hélio Costa consolidar por meio de redes com abrangência regional ou
José Pimentel nacional, firmando-se como sujeitos na formulação e
monitoramento das políticas públicas. Nos anos 1990,
Patrus Ananias desempenharam papel fundamental na resistência a todas
João Luiz Silva Ferreira as orientações do neoliberalismo de flexibilização dos
direitos sociais, privatizações, dogmatismo do mercado e
Sérgio Machado Rezende enfraquecimento do Estado. Nesse mesmo período,
Carlos Minc multiplicaram-se pelo País experiências de gestão estadual e
municipal em que lideranças desses movimentos, em larga
Orlando Silva de Jesus Junior escala, passaram a desempenhar funções de gestores
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho públicos.

Geddel Vieira Lima Com as eleições de 2002, alguns dos setores mais
organizados da sociedade trouxeram reivindicações
Guilherme Cassel históricas acumuladas, passando a influenciar diretamente a
Márcio Fortes de Almeida atuação do governo e vivendo de perto suas contradições
internas.
Altemir Gregolin
Nesse novo cenário, o diálogo entre Estado e sociedade civil
Dilma Rousseff assumiu especial relevo, com a compreensão e a
Luiz Soares Dulci preservação do distinto papel de cada um dos segmentos no
processo de gestão. A interação é desenhada por acordos e
Alexandre Rocha Santos Padilha dissensos, debates de idéias e pela deliberação em torno de
Samuel Pinheiro Guimarães Neto propostas. Esses requisitos são imprescindíveis ao pleno
exercício da democracia, cabendo à sociedade civil exigir,
Edson Santos pressionar, cobrar, criticar, propor e fiscalizar as ações do
Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.12.2009 Estado.

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Essa concepção de interação democrática construída entre informações em Direitos Humanos com produção e seleção
os diversos órgãos do Estado e a sociedade civil trouxe de indicadores para mensurar demandas, monitorar, avaliar,
consigo resultados práticos em termos de políticas públicas reformular e propor ações efetivas, garante e consolida o
e avanços na interlocução de setores do poder público com controle social e a transparência das ações governamentais.
toda a diversidade social, cultural, étnica e regional que
A adoção de tais medidas fortalecerá a democracia
caracteriza os movimentos sociais em nosso País. Avançou-
participativa, na qual o Estado atua como instância
se fundamentalmente na compreensão de que os Direitos
republicana da promoção e defesa dos Direitos Humanos e a
Humanos constituem condição para a prevalência da
sociedade civil como agente ativo – propositivo e reativo –
dignidade humana, e que devem ser promovidos e
de sua implementação.
protegidos por meio do esforço conjunto do Estado e da
sociedade civil. Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade
civil como instrumento de fortalecimento da democracia
Uma das finalidades do PNDH-3 é dar continuidade à
participativa.
integração e ao aprimoramento dos mecanismos de
participação existentes, bem como criar novos meios de Objetivo estratégico I:
construção e monitoramento das políticas públicas sobre
Garantia da participação e do controle social das políticas
Direitos Humanos no Brasil.
públicas em Direitos Humanos, em diálogo plural e
No âmbito institucional o PNDH-3, amplia as conquistas na transversal entre os vários atores sociais.
área dos direitos e garantias fundamentais, pois internaliza a
Ações programáticas:
diretriz segundo a qual a primazia dos Direitos Humanos
constitui princípio transversal a ser considerado em todas as a)Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a instituição do
políticas públicas. Conselho Nacional dos Direitos Humanos, dotado de
recursos humanos, materiais e orçamentários para o seu
As diretrizes deste capítulo discorrem sobre a importância de
pleno funcionamento, e efetuar seu credenciamento junto
fortalecer a garantia e os instrumentos de participação
ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para
social, o caráter transversal dos Direitos Humanos e a
os Direitos Humanos como "Instituição Nacional Brasileira",
construção de mecanismos de avaliação e monitoramento
como primeiro passo rumo à adoção plena dos "Princípios de
de sua efetivação. Isso inclui a construção de sistema de
Paris".
indicadores de Direitos Humanos e a articulação das políticas
e instrumentos de monitoramento existentes. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
O Poder Executivo tem papel protagonista na coordenação e
implementação do PNDH-3, mas faz-se necessária a b)Fomentar a criação e o fortalecimento dos conselhos de
definição de responsabilidades compartilhadas entre a Direitos Humanos em todos os Estados e Municípios e no
União, Estados, Municípios e do Distrito Federal na execução Distrito Federal, bem como a criação de programas estaduais
de políticas públicas, tanto quanto a criação de espaços de de Direitos Humanos.
participação e controle social nos Poderes Judiciário e
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Legislativo, no Ministério Público e nas Defensorias, em
Presidência da República
ambiente de respeito, proteção e efetivação dos Direitos
Humanos. O conjunto dos órgãos do Estado – não apenas no c)Criar mecanismos que permitam ação coordenada entre os
âmbito do Executivo Federal – deve estar comprometido diversos conselhos de direitos, nas três esferas da
com a implementação e monitoramento do PNDH-3. Federação, visando a criação de agenda comum para a
implementação de políticas públicas de Direitos Humanos.
Aperfeiçoar a interlocução entre Estado e sociedade civil
depende da implementação de medidas que garantam à Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
sociedade maior participação no acompanhamento e Presidência da República, Secretaria-Geral da Presidência da
monitoramento das políticas públicas em Direitos Humanos, República
num diálogo plural e transversal entre os vários atores
d)Criar base de dados dos conselhos nacionais, estaduais,
sociais e deles com o Estado. Ampliar o controle externo dos
distrital e municipais, garantindo seu acesso ao público em
órgãos públicos por meio de ouvidorias, monitorar os
geral.
compromissos internacionais assumidos pelo Estado
brasileiro, realizar conferências periódicas sobre a temática, Responsáveis: Secretaria-Geral da Presidência da República;
fortalecer e apoiar a criação de conselhos nacional, distrital, Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
estaduais e municipais de Direitos Humanos, garantindo-lhes República
eficiência, autonomia e independência são algumas das
e)Apoiar fóruns, redes e ações da sociedade civil que fazem
formas de assegurar o aperfeiçoamento das políticas
acompanhamento, controle social e monitoramento das
públicas por meio de diálogo, de mecanismos de controle e
políticas públicas de Direitos Humanos.
das ações contínuas da sociedade civil. Fortalecer as

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Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da
República República; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
f)Estimular o debate sobre a regulamentação e efetividade b)Propor e articular o reconhecimento do status
dos instrumentos de participação social e consulta popular, constitucional de instrumentos internacionais de Direitos
tais como lei de iniciativa popular, referendo, veto popular e Humanos novos ou já existentes ainda não ratificados.
plebiscito.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de
Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da Relações Institucionais da Presidência da República
República
c)Construir e aprofundar agenda de cooperação multilateral
g)Assegurar a realização periódica de conferências de em Direitos Humanos que contemple prioritariamente o
Direitos Humanos, fortalecendo a interação entre a Haiti, os países lusófonos do continente africano e o Timor-
sociedade civil e o poder público. Leste.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
Objetivo estratégico II: d)Aprofundar a agenda Sul-Sul de cooperação bilateral em
Direitos Humanos que contemple prioritariamente os países
Ampliação do controle externo dos órgãos públicos.
lusófonos do continente africano, o Timor-Leste, Caribe e a
Ações programáticas: América Latina.
a)Ampliar a divulgação dos serviços públicos voltados para a Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
efetivação dos Direitos Humanos, em especial nos canais de Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
transparência.
Objetivo estratégico II:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Fortalecimento dos instrumentos de interação democrática
Presidência da República
para a promoção dos Direitos Humanos.
b)Propor a instituição da Ouvidoria Nacional dos Direitos
Ações programáticas:
Humanos, em substituição à Ouvidoria-Geral da Cidadania,
com independência e autonomia política, com mandato e a)Criar o Observatório Nacional dos Direitos Humanos para
indicação pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos, subsidiar, com dados e informações, o trabalho de
assegurando recursos humanos, materiais e financeiros para monitoramento das políticas públicas e de gestão
seu pleno funcionamento. governamental e sistematizar a documentação e legislação,
nacionais e internacionais, sobre Direitos Humanos.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República
c)Fortalecer a estrutura da Ouvidoria Agrária Nacional.
b)Estimular e reconhecer pessoas e entidades com destaque
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário
na luta pelos Direitos Humanos na sociedade brasileira e
Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como internacional, com a concessão de premiação, bolsas e
instrumento transversal das políticas públicas e de outros incentivos, na forma da legislação aplicável.
interação democrática.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Objetivo estratégico I: Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
Promoção dos Direitos Humanos como princípios c)Criar selo nacional "Direitos Humanos", a ser concedido às
orientadores das políticas públicas e das relações entidades públicas e privadas que comprovem atuação
internacionais. destacada na defesa e promoção dos direitos fundamentais.
Ações programáticas: Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Justiça
a)Considerar as diretrizes e objetivos estratégicos do PNDH-
3 nos instrumentos de planejamento do Estado, em especial Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de
no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na informação em Direitos Humanos e construção de
Lei Orçamentária Anual. mecanismos de avaliação e monitoramento de sua
efetivação.
Objetivo estratégico I:

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Desenvolvimento de mecanismos de controle social das b)Elaborar relatórios periódicos para os órgãos de tratados
políticas públicas de Direitos Humanos, garantindo o da ONU, no prazo por eles estabelecidos, com base em fluxo
monitoramento e a transparência das ações de informações com órgãos do governo federal e com
governamentais. unidades da Federação.
Ações programáticas: Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
a)Instituir e manter sistema nacional de indicadores em
Direitos Humanos, de forma articulada com os órgãos c)Elaborar relatório de acompanhamento das relações entre
públicos e a sociedade civil. o Brasil e o sistema ONU que contenha, entre outras, as
seguintes informações:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República Ø Recomendações advindas de relatores especiais do
Conselho de Direitos Humanos da ONU;
b)Integrar os sistemas nacionais de informações para
Ø Recomendações advindas dos comitês de tratados
elaboração de quadro geral sobre a implementação de
do Mecanismo de Revisão Periódica;
políticas públicas e violações aos Direitos Humanos.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
Presidência da República
d)Definir e institucionalizar fluxo de informações, com
c)Articular a criação de base de dados com temas
responsáveis em cada órgão do governo federal e unidades
relacionados aos Direitos Humanos.
da Federação, referentes aos relatórios internacionais de
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Direitos Humanos e às recomendações dos relatores
Presidência da República especiais do Conselho de Direitos Humanos da ONU e dos
comitês de tratados.
d)Utilizar indicadores em Direitos Humanos para mensurar
demandas, monitorar, avaliar, reformular e propor ações Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
efetivas. Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da e)Definir e institucionalizar fluxo de informações, com
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas responsáveis em cada órgão do governo federal, referentes
para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria aos relatórios da Comissão Interamericana de Direitos
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Humanos e às decisões da Corte Interamericana de Direitos
Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do Humanos.
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Justiça; Ministério das Cidades; Ministério do Meio
Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
Ambiente; Ministério da Cultura; Ministério do Turismo;
Ministério do Esporte; Ministério do Desenvolvimento f)Criar banco de dados público sobre todas as
Agrário recomendações dos sistemas ONU e OEA feitas ao Brasil,
contendo as medidas adotadas pelos diversos órgãos
e)Propor estudos visando a criação de linha de
públicos para seu cumprimento.
financiamento para a implementação de institutos de
pesquisa e produção de estatísticas em Direitos Humanos Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
nos Estados. Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Eixo Orientador II:
Presidência da República
Desenvolvimento e Direitos Humanos
Objetivo estratégico II:
O tema "desenvolvimento" tem sido amplamente debatido
Monitoramento dos compromissos internacionais por ser um conceito complexo e multidisciplinar. Não existe
assumidos pelo Estado brasileiro em matéria de Direitos modelo único e preestabelecido de desenvolvimento,
Humanos. porém, pressupõe-se que ele deva garantir a livre
determinação dos povos, o reconhecimento de soberania
Ações programáticas:
sobre seus recursos e riquezas naturais, respeito pleno à sua
a)Elaborar relatório anual sobre a situação dos Direitos identidade cultural e a busca de equidade na distribuição das
Humanos no Brasil, em diálogo participativo com a riquezas.
sociedade civil.
Durante muitos anos, o crescimento econômico, medido
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da pela variação anual do Produto Interno Bruto (PIB), foi usado
Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores como indicador relevante para medir o avanço de um país.

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Acreditava-se que, uma vez garantido o aumento de bens e progresso civilizatório, está na agenda do dia. Esta discussão
serviços, sua distribuição ocorreria de forma a satisfazer as coloca em questão os investimentos em infraestrutura e
necessidades de todas as pessoas. Constatou-se, porém, modelos de desenvolvimento econômico na área rural,
que, embora importante, o crescimento do PIB não é baseados, em grande parte, no agronegócio, sem a
suficiente para causar, automaticamente, melhoria do bem preocupação com a potencial violação dos direitos de
estar para todas as camadas sociais. Por isso, o conceito de pequenos e médios agricultores e das populações
desenvolvimento foi adotado por ser mais abrangente e tradicionais.
refletir, de fato, melhorias nas condições de vida dos
O desenvolvimento pode ser garantido se as pessoas forem
indivíduos.
protagonistas do processo, pressupondo a garantia de
A teoria predominante de desenvolvimento econômico o acesso de todos os indivíduos aos direitos econômicos,
define como um processo que faz aumentar as possibilidades sociais, culturais e ambientais, e incorporando a
de acesso das pessoas a bens e serviços, propiciadas pela preocupação com a preservação e a sustentabilidade como
expansão da capacidade e do âmbito das atividades eixos estruturantes de proposta renovada de progresso.
econômicas. O desenvolvimento seria a medida qualitativa Esses direitos têm como foco a distribuição da riqueza, dos
do progresso da economia de um país, refletindo transições bens e serviços.
de estágios mais baixos para estágios mais altos, por meio da
Todo esse debate traz desafios para a conceituação sobre os
adoção de novas tecnologias que permitem e favorecem
Direitos Humanos no sentido de incorporar o
essa transição. Cresce nos últimos anos a assimilação das
desenvolvimento como exigência fundamental. A
idéias desenvolvidas por Amartya Sem, que abordam o
perspectiva dos Direitos Humanos contribui para
desenvolvimento como liberdade e seus resultados
redimensionar o desenvolvimento. Motiva a passar da
centrados no bem estar social e, por conseguinte, nos
consideração de problemas individuais a questões de
direitos do ser humano.
interesse comum, de bem-estar coletivo, o que alude
São essenciais para o desenvolvimento as liberdades e os novamente o Estado e o chama à corresponsabilidade social
direitos básicos como alimentação, saúde e educação. As e à solidariedade.
privações das liberdades não são apenas resultantes da
Ressaltamos que a noção de desenvolvimento está sendo
escassez de recursos, mas sim das desigualdades inerentes
amadurecida como parte de um debate em curso na
aos mecanismos de distribuição, da ausência de serviços
sociedade e no governo, incorporando a relação entre os
públicos e de assistência do Estado para a expansão das
direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais,
escolhas individuais. Este conceito de desenvolvimento
buscando a garantia do acesso ao trabalho, à saúde, à
reconhece seu caráter pluralista e a tese de que a expansão
educação, à alimentação, à vida cultural, à moradia
das liberdades não representa somente um fim, mas
adequada, à previdência, à assistência social e a um meio
também o meio para seu alcance. Em consequência, a
ambiente sustentável. A inclusão do tema Desenvolvimento
sociedade deve pactuar as políticas sociais e os direitos
e Direitos Humanos na 11a Conferência Nacional reforçou as
coletivos de acesso e uso dos recursos. A partir daí, a
estratégias governamentais em sua proposta de
medição de um índice de desenvolvimento humano veio
desenvolvimento.
substituir a medição de aumento do PIB, uma vez que o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) combina a riqueza Assim, este capítulo do PNDH-3 propõe instrumentos de
per capita indicada pelo PIB aos aspectos de educação e avanço e reforça propostas para políticas públicas de
expectativa de vida, permitindo, pela primeira vez, uma redução das desigualdades sociais concretizadas por meio de
avaliação de aspectos sociais não mensurados pelos padrões ações de transferência de renda, incentivo à economia
econométricos. solidária e ao cooperativismo, à expansão da reforma
agrária, ao fomento da aquicultura, da pesca e do
No caso do Brasil, por muitos anos o crescimento econômico
extrativismo e da promoção do turismo sustentável.
não levou à distribuição justa de renda e riqueza, mantendo-
se elevados índices de desigualdade. As ações de Estado O PNDH-3 inova ao incorporar o meio ambiente saudável e
voltadas para a conquista da igualdade socioeconômica as cidades sustentáveis como Direitos Humanos, propõe a
requerem ainda políticas permanentes, de longa duração, inclusão do item "direitos ambientais" nos relatórios de
para que se verifique a plena proteção e promoção dos monitoramento sobre Direitos Humanos e do item "Direitos
Direitos Humanos. É necessário que o modelo de Humanos" nos relatórios ambientais, assim como fomenta
desenvolvimento econômico tenha a preocupação de pesquisas de tecnologias socialmente inclusivas.
aperfeiçoar os mecanismos de distribuição de renda e de
Nos projetos e empreendimentos com grande impacto
oportunidades para todos os brasileiros, bem como
socioambiental, o PNDH-3 garante a participação efetiva das
incorpore os valores de preservação ambiental. Os debates
populações atingidas, assim como prevê ações mitigatórias e
sobre as mudanças climáticas e o aquecimento global,
compensatórias. Considera fundamental fiscalizar o respeito
gerados pela preocupação com a maneira com que os países
aos Direitos Humanos nos projetos implementados pelas
vêm explorando os recursos naturais e direcionando o

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empresas transnacionais, bem como seus impactos na Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário
manipulação das políticas de desenvolvimento. Nesse
e)Incentivar as políticas públicas de economia solidária, de
sentido, avalia como importante mensurar o impacto da
cooperativismo e associativismo e de fomento a pequenas e
biotecnologia aplicada aos alimentos, da nanotecnologia,
micro empresas.
dos poluentes orgânicos persistentes, metais pesados e
outros poluentes inorgânicos em relação aos Direitos Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
Humanos. do Desenvolvimento Agrário; Ministério das Cidades;
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Alcançar o desenvolvimento com Direitos Humanos é
capacitar as pessoas e as comunidades a exercerem a f)Fortalecer políticas públicas de apoio ao extrativismo e ao
cidadania, com direitos e responsabilidades. É incorporar, manejo florestal comunitário ambientalmente sustentáveis.
nos projetos, a própria população brasileira, por meio de
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do
participação ativa nas decisões que afetam diretamente suas
Desenvolvimento Agrário; Ministério do Desenvolvimento,
vidas. É assegurar a transparência dos grandes projetos de
Indústria e Comércio Exterior
desenvolvimento econômico e mecanismos de
compensação para a garantia dos Direitos Humanos das g)Fomentar o debate sobre a expansão de plantios de
populações diretamente atingidas. monoculturas que geram impacto no meio ambiente e na
cultura dos povos e comunidades tradicionais, tais como
Por fim, este PNDH-3 reforça o papel da equidade no Plano
eucalipto, cana-de-açúcar, soja, e sobre o manejo florestal, a
Plurianual, como instrumento de garantia de priorização
grande pecuária, mineração, turismo e pesca.
orçamentária de programas sociais.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento
Presidência da República
sustentável, com inclusão social e econômica,
ambientalmente equilibrado e tecnologicamente h)Erradicar o trabalho infantil, bem como todas as formas de
responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo violência e exploração sexual de crianças e adolescentes nas
e não discriminatório. cadeias produtivas, com base em códigos de conduta e no
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Objetivo estratégico I:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Implementação de políticas públicas de desenvolvimento
Presidência da República; Ministério do Turismo
com inclusão social.
i)Garantir que os grandes empreendimentos e projetos de
Ações programáticas:
infraestrutura resguardem os direitos dos povos indígenas e
a)Ampliar e fortalecer as políticas de desenvolvimento social de comunidades quilombolas e tradicionais, conforme
e de combate à fome, visando a inclusão e a promoção da previsto na Constituição e nos tratados e convenções
cidadania, garantindo a segurança alimentar e nutricional, internacionais.
renda mínima e assistência integral às famílias.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério dos
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Transportes; Ministério da Integração Nacional; Ministério
Combate à Fome de Minas e Energia; Secretaria Especial de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
b)Expandir políticas públicas de geração e transferência de
Ministério do Meio Ambiente; Ministério do
renda para erradicação da extrema pobreza e redução da
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
pobreza.
Pesca e Aquicultura; Secretaria Especial de Portos da
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Presidência da República
Combate à Fome
j)Integrar políticas de geração de emprego e renda e políticas
c)Apoiar projetos de desenvolvimento sustentável local para sociais para o combate à pobreza rural dos agricultores
redução das desigualdades inter e intrarregionais e o familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas,
aumento da autonomia e sustentabilidade de espaços sub- indígenas, famílias de pescadores e comunidades
regionais. tradicionais.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e
Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Combate à Fome; Ministério da Integração Nacional;
Agrário Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do
Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Secretaria
d)Avançar na implantação da reforma agrária, como forma
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
de inclusão social e acesso aos direitos básicos, de forma
Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério
articulada com as políticas de saúde, educação, meio
da Pesca e Aquicultura
ambiente e fomento à produção alimentar.

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k)Integrar políticas sociais e de geração de emprego e renda Responsáveis: Ministério da Agricultura, Pecuária e
para o combate à pobreza urbana, em especial de catadores Abastecimento; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da
de materiais recicláveis e população em situação de rua. Saúde; Ministério do Desenvolvimento Agrário
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério e)Promover o debate com as instituições de ensino superior
do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Social e e a sociedade civil para a implementação de cursos e
Combate à Fome; Ministério das Cidades; Secretaria dos realização de pesquisas tecnológicas voltados à temática
Direitos Humanos da Presidência da República socioambiental, agroecologia e produção orgânica,
respeitando as especificidades de cada região.
l)Fortalecer políticas públicas de fomento à aquicultura e à
pesca sustentáveis, com foco nos povos e comunidades Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do
tradicionais de baixa renda, contribuindo para a segurança Desenvolvimento Agrário
alimentar e a inclusão social, mediante a criação e geração
Objetivo estratégico III:
de trabalho e renda alternativos e inserção no mercado de
trabalho. Fomento à pesquisa e à implementação de políticas para o
desenvolvimento de tecnologias socialmente inclusivas,
Responsáveis: Ministério da Pesca e Aquicultura; Ministério
emancipatórias e ambientalmente sustentáveis.
do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome Ações programáticas:
m)Promover o turismo sustentável com geração de trabalho a)Adotar tecnologias sociais de baixo custo e fácil
e renda, respeito à cultura local, participação e inclusão dos aplicabilidade nas políticas e ações públicas para a geração
povos e das comunidades nos benefícios advindos da de renda e para a solução de problemas socioambientais e
atividade turística. de saúde pública.
Responsáveis: Ministério do Turismo; Ministério do Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do
Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Objetivo estratégico II:
Ministério da Saúde
Fortalecimento de modelos de agricultura familiar e
b)Garantir a aplicação do princípio da precaução na proteção
agroecológica.
da agrobiodiversidade e da saúde, realizando pesquisas que
Ações programáticas: avaliem os impactos dos transgênicos no meio ambiente e
na saúde.
a)Garantir que nos projetos de reforma agrária e agricultura
familiar sejam incentivados os modelos de produção Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Meio
agroecológica e a inserção produtiva nos mercados formais. Ambiente; Ministério de Ciência e Tecnologia
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; c)Fomentar tecnologias alternativas para substituir o uso de
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio substâncias danosas à saúde e ao meio ambiente, como
Exterior poluentes orgânicos persistentes, metais pesados e outros
poluentes inorgânicos.
b)Fortalecer a agricultura familiar camponesa e a pesca
artesanal, com ampliação do crédito, do seguro, da Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério
assistência técnica, extensão rural e da infraestrutura para do Meio Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério da
comercialização. Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Ministério da Pesca e Aquicultura d)Fomentar tecnologias de gerenciamento de resíduos
sólidos e emissões atmosféricas para minimizar impactos à
c)Garantir pesquisa e programas voltados à agricultura
saúde e ao meio ambiente.
familiar e pesca artesanal, com base nos princípios da
agroecologia. Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério
do Meio Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério das
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Cidades
Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento; Ministério da Pesca e e)Desenvolver e divulgar pesquisas públicas para
Aquicultura; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e diagnosticar os impactos da biotecnologia e da
Comércio Exterior nanotecnologia em temas de Direitos Humanos.
d)Fortalecer a legislação e a fiscalização para evitar a Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
contaminação dos alimentos e danos à saúde e ao meio Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do
ambiente causados pelos agrotóxicos.

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Meio Ambiente; Ministério da Agricultura, Pecuária e f)Fomentar políticas e ações públicas voltadas à mobilidade
Abastecimento; Ministério de Ciência e Tecnologia urbana sustentável.
f)Produzir, sistematizar e divulgar pesquisas econômicas e Responsável: Ministério das Cidades
metodologias de cálculo de custos socioambientais de
g)Considerar na elaboração de políticas públicas de
projetos de infraestrutura, de energia e de mineração que
desenvolvimento urbano os impactos na saúde pública.
sirvam como parâmetro para o controle dos impactos de
grandes projetos. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério das Cidades
Responsáveis: Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério h)Fomentar políticas públicas de apoio às organizações de
de Minas e Energia; Ministério do Meio Ambiente; Secretaria catadores de materiais recicláveis, visando à disponibilização
de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; de áreas e prédios desocupados pertencentes à União, a fim
Ministério da Integração Nacional de serem transformados em infraestrutura produtiva para
essas organizações.
Objetivo estratégico IV:
Responsáveis: Ministério do Planejamento, Orçamento e
Garantia do direito a cidades inclusivas e sustentáveis.
Gestão; Ministério das Cidades; Ministério do Trabalho e
Ações programáticas: Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome
a)Apoiar ações que tenham como princípio o direito a
cidades inclusivas e acessíveis como elemento fundamental i)Estimular a produção de alimentos de forma comunitária,
da implementação de políticas urbanas. com uso de tecnologias de bases agroecológicas, em espaços
urbanos e periurbanos ociosos e fomentar a mobilização
Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial
comunitária para a implementação de hortas, viveiros,
dos Direitos Humanos da Presidência da República;
pomares, canteiros de ervas medicinais, criação de
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
pequenos animais, unidades de processamento e
Exterior
beneficiamento agroalimentar, feiras e mercados públicos
b)Fortalecer espaços institucionais democráticos, populares.
participativos e de apoio aos Municípios para a
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e
implementação de planos diretores que atendam aos
Combate à Fome; Ministério da Agricultura, Pecuária e
preceitos da política urbana estabelecidos no Estatuto da
Abastecimento
Cidade.
Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito
Responsável: Ministério das Cidades
central do processo de desenvolvimento.
c)Fomentar políticas públicas de apoio aos Estados, Distrito
Objetivo estratégico I:
Federal e Municípios em ações sustentáveis de urbanização
e regularização fundiária dos assentamentos de população Garantia da participação e do controle social nas políticas
de baixa renda, comunidades pesqueiras e de provisão públicas de desenvolvimento com grande impacto
habitacional de interesse social, materializando a função socioambiental.
social da propriedade.
Ações programáticas:
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio
a)Fortalecer ações que valorizem a pessoa humana como
Ambiente; Ministério da Pesca e Aquicultura
sujeito central do desenvolvimento, enfrentando o quadro
d)Fortalecer a articulação entre os órgãos de governo e os atual de injustiça ambiental que atinge principalmente as
consórcios municipais para atuar na política de saneamento populações mais pobres.
ambiental, com participação da sociedade civil.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente
Ambiente; Secretaria de Relações Institucionais da
b)Assegurar participação efetiva da população na elaboração
Presidência da República
dos instrumentos de gestão territorial e na análise e controle
e)Fortalecer a política de coleta, reaproveitamento, triagem, dos processos de licenciamento urbanístico e ambiental de
reciclagem e a destinação seletiva de resíduos sólidos e empreendimentos de impacto, especialmente na definição
líquidos, com a organização de cooperativas de reciclagem, das ações mitigadoras e compensatórias por impactos
que beneficiem as famílias dos catadores. sociais e ambientais.
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das
Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social Cidades
e Combate à Fome; Ministério do Meio Ambiente

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c)Fomentar a elaboração do Zoneamento Ecológico b)Reforçar os critérios da equidade e da prevalência dos


Econômico (ZEE), incorporando o sócio e etnozoneamento. Direitos Humanos como prioritários na avaliação da
programação orçamentária de ação ou autorização de
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio
gastos.
Ambiente
Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e
d)Assegurar a transparência dos projetos realizados, em
Gestão
todas as suas etapas, e dos recursos utilizados nos grandes
projetos econômicos, para viabilizar o controle social. c)Instituir código de conduta em Direitos Humanos para ser
considerado no âmbito do poder público como critério para
Responsáveis: Ministério dos Transportes; Ministério da
a contratação e financiamento de empresas.
Integração Nacional; Ministério de Minas e Energia;
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
República Presidência da República
e)Garantir a exigência de capacitação qualificada e d)Regulamentar a taxação do imposto sobre grandes
participativa das comunidades afetadas nos projetos básicos fortunas previsto na Constituição.
de obras e empreendimentos com impactos sociais e
Responsáveis: Ministério da Fazenda; Secretaria Especial dos
ambientais.
Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Integração Nacional; Ministério
e)Ampliar a adesão de empresas ao compromisso de
de Minas e Energia; Secretaria Especial dos Direitos
responsabilidade social e Direitos Humanos.
Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
f)Definir mecanismos para a garantia dos Direitos Humanos
Presidência da República; Ministério do Desenvolvmento,
das populações diretamente atingidas e vizinhas aos
Indústria e Comércio Exterior
empreendimentos de impactos sociais e ambientais.
Objetivo estratégico III:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República Fortalecimento dos direitos econômicos por meio de
políticas públicas de defesa da concorrência e de proteção
g)Apoiar a incorporação dos sindicatos de trabalhadores e
do consumidor.
centrais sindicais nos processos de licenciamento ambiental
de empresas, de forma a garantir o direito à saúde do Ações programáticas:
trabalhador.
a)Garantir o acesso universal a serviços públicos essenciais
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do de qualidade.
Trabalho e Emprego; Ministério da Saúde
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação;
h)Promover e fortalecer ações de proteção às populações Ministério de Minas e Energia; Ministério do
mais pobres da convivência com áreas contaminadas, Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério das
resguardando-as contra essa ameaça e assegurando-lhes Cidades
seus direitos fundamentais.
b)Fortalecer o sistema brasileiro de defesa da concorrência
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das para coibir condutas anticompetitivas e concentradoras de
Cidades; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à renda.
Fome; Ministério da Saúde
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Fazenda
Objetivo estratégico II:
c)Garantir o direito à informação do consumidor,
Afirmação dos princípios da dignidade humana e da fortalecendo as ações de acompanhamento de mercado,
equidade como fundamentos do processo de inclusive a rotulagem dos transgênicos.
desenvolvimento nacional.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do
Ações programáticas: Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
a)Reforçar o papel do Plano Plurianual como instrumento de
consolidação dos Direitos Humanos e de enfrentamento da d)Fortalecer o combate à fraude e a avaliação da
concentração de renda e riqueza e de promoção da inclusão conformidade dos produtos e serviços no mercado.
da população de baixa renda.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do
Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Gestão

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Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais no cumprimento da Declaração pelos Estados signatários,
como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras identificou-se a necessidade de reconhecer as diversidades e
como sujeitos de direitos. diferenças para concretização do princípio da igualdade.
Objetivo estratégico I: No Brasil, ao longo das últimas décadas, os Direitos Humanos
passaram a ocupar uma posição de destaque no
Afirmação dos direitos ambientais como Direitos Humanos.
ordenamento jurídico. O País avançou decisivamente na
Ações programáticas: proteção e promoção do direito às diferenças. Porém, o peso
negativo do passado continua a projetar no presente uma
a)Incluir o item Direito Ambiental nos relatórios de
situação de profunda iniquidade social.
monitoramento dos Direitos Humanos.
O acesso aos direitos fundamentais continua enfrentando
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
barreiras estruturais, resquícios de um processo histórico,
Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente
até secular, marcado pelo genocídio indígena, pela
b)Incluir o tema dos Direitos Humanos nos instrumentos e escravidão e por períodos ditatoriais, práticas que
relatórios dos órgãos ambientais. continuam a ecoar em comportamentos, leis e na realidade
social.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente O PNDH-3 assimila os grandes avanços conquistados ao
longo destes últimos anos, tanto nas políticas de erradicação
c)Assegurar a proteção dos direitos ambientais e dos Direitos
da miséria e da fome, quanto na preocupação com a moradia
Humanos no Código Florestal.
e saúde, e aponta para a continuidade e ampliação do acesso
Responsável: Ministério do Meio Ambiente a tais políticas, fundamentais para garantir o respeito à
dignidade humana.
d)Implementar e ampliar políticas públicas voltadas para a
recuperação de áreas degradadas e áreas de desmatamento Os objetivos estratégicos direcionados à promoção da
nas zonas urbanas e rurais. cidadania plena preconizam a universalidade,
indivisibilidade e interdependência dos Direitos Humanos,
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das
condições para sua efetivação integral e igualitária. O acesso
Cidades
aos direitos de registro civil, alimentação adequada, terra e
e)Fortalecer ações que estabilizem a concentração de gases moradia, trabalho decente, educação, participação política,
de efeito estufa em nível que permita a adaptação natural cultura, lazer, esporte e saúde, deve considerar a pessoa
dos ecossistemas à mudança do clima, controlando a humana em suas múltiplas dimensões de ator social e sujeito
interferência das atividades humanas (antrópicas) no de cidadania.
sistema climático.
À luz da história dos movimentos sociais e de programas de
Responsável: Ministério do Meio Ambiente governo, o PNDH-3 orienta-se pela transversalidade, para
que a implementação dos direitos civis e políticos transitem
f)Garantir o efetivo acesso a informação sobre a degradação
pelas diversas dimensões dos direitos econômicos, sociais,
e os riscos ambientais, e ampliar e articular as bases de
culturais e ambientais. Caso contrário, grupos sociais
informações dos entes federados e produzir informativos em
afetados pela pobreza, pelo racismo estrutural e pela
linguagem acessível.
discriminação dificilmente terão acesso a tais direitos.
Responsável: Ministério do Meio Ambiente
As ações programáticas formuladas visam enfrentar o
g)Integrar os atores envolvidos no combate ao trabalho desafio de eliminar as desigualdades, levando em conta as
escravo nas operações correntes de fiscalização ao dimensões de gênero e raça nas políticas públicas, desde o
desmatamento e ao corte ilegal de madeira. planejamento até a sua concretização e avaliação. Há, neste
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da sentido, propostas de criação de indicadores que possam
Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; mensurar a efetivação progressiva dos direitos.
Ministério do Meio Ambiente Às desigualdades soma-se a persistência da discriminação,
Eixo Orientador III: que muitas vezes se manifesta sob a forma de violência
contra sujeitos que são histórica e estruturalmente
Universalizar direitos em um contexto de desigualdades vulnerabilizados.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma em seu O combate à discriminação mostra-se necessário, mas
preâmbulo que o "reconhecimento da dignidade inerente a insuficiente enquanto medida isolada. Os pactos e
todos os membros da família humana e de seus direitos convenções que integram o sistema regional e internacional
iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça de proteção dos Direitos Humanos apontam para a
e da paz no mundo". No entanto, nas vicissitudes ocorridas necessidade de combinar estas medidas com políticas

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compensatórias que acelerem a construção da igualdade, nascido a certidão de nascimento antes da alta
como forma capaz de estimular a inclusão de grupos médica.
socialmente vulneráveis. Além disso, as ações afirmativas Ø Fortalecer a Declaração de Nascido Vivo (DNV),
constituem medidas especiais e temporárias que buscam emitida pelo Sistema Único de Saúde , como
remediar um passado discriminatório. No rol de movimentos mecanismo de acesso ao registro civil de
e grupos sociais que demandam políticas de inclusão social nascimento, contemplando a diversidade na
encontram-se crianças, adolescentes, mulheres, pessoas emissão pelos estabelecimentos de saúde e pelas
idosas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, parteiras.
pessoas com deficiência, pessoas moradoras de rua, povos Ø Realizar orientação sobre a importância do registro
indígenas, populações negras e quilombolas, ciganos, civil de nascimento para a cidadania por meio da
ribeirinhos, varzanteiros e pescadores, entre outros. rede de atendimento (saúde, educação e
assistência social) e pelo sistema de Justiça e de
Definem-se, neste capítulo, medidas e políticas que devem
segurança pública.
ser efetivadas para reconhecer e proteger os indivíduos
Ø Aperfeiçoar as normas e o serviço público notarial e
como iguais na diferença, ou seja, para valorizar a
de registro, em articulação com o Conselho
diversidade presente na população brasileira para
Nacional de Justiça, para garantia da gratuidade e
estabelecer acesso igualitário aos direitos fundamentais.
da cobertura do serviço de registro civil em âmbito
Trata-se de reforçar os programas de governo e as
nacional.
resoluções pactuadas nas diversas conferências nacionais
temáticas, sempre sob o foco dos Direitos Humanos, com a Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do
preocupação de assegurar o respeito às diferenças e o Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
combate às desigualdades, para o efetivo acesso aos Previdência Social; Ministério da Justiça; Ministério do
direitos. Planejamento, Orçamento e Gestão; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
Por fim, em respeito à primazia constitucional de proteção e
promoção da infância, do adolescente e da juventude, o b)Promover a mobilização nacional com intuito de reduzir o
capítulo aponta suas diretrizes para o respeito e a garantia número de pessoas sem registro civil de nascimento e
das gerações futuras. Como sujeitos de direitos, as crianças, documentação básica.
os adolescentes e os jovens são frequentemente
Ø Instituir comitês gestores estaduais, distrital e
subestimadas em sua participação política e em sua
municipais com o objetivo de articular as
capacidade decisória. Preconiza-se o dever de assegurar-
instituições públicas e as entidades da sociedade
lhes, desde cedo, o direito de opinião e participação.
civil para a implantação de ações que visem à
Marcadas pelas diferenças e por sua fragilidade temporal, as ampliação do acesso à documentação básica.
crianças, os adolescentes e os jovens estão sujeitos a Ø Realizar campanhas para orientação e
discriminações e violências. As ações programáticas conscientização da população e dos agentes
promovem a garantia de espaços e investimentos que responsáveis pela articulação e pela garantia do
assegurem proteção contra qualquer forma de violência e acesso aos serviços de emissão de registro civil de
discriminação, bem como a promoção da articulação entre nascimento e de documentação básica.
família, sociedade e Estado para fortalecer a rede social de Ø Realizar mutirões para emissão de registro civil de
proteção que garante a efetividade de seus direitos. nascimento e documentação básica, com foco nas
regiões de difícil acesso e no atendimento às
Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma
populações específicas como os povos indígenas,
universal, indivisível e interdependente, assegurando a
quilombolas, ciganos, pessoas em situação de rua,
cidadania plena.
institucionalizadas e às trabalhadoras rurais.
Objetivo estratégico I:
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do
Universalização do registro civil de nascimento e ampliação Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
do acesso à documentação básica. Defesa; Ministério da Fazenda; Ministério do Trabalho e
Emprego; Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Ações programáticas:
Direitos Humanos da Presidência da República
a)Ampliar e reestruturar a rede de atendimento para a
c)Criar bases normativas e gerenciais para garantia da
emissão do registro civil de nascimento visando a sua
universalização do acesso ao registro civil de nascimento e à
universalização.
documentação básica.
Ø Interligar maternidades e unidades de saúde aos
Ø Implantar sistema nacional de registro civil para
cartórios, por meio de sistema manual ou
interligação das informações de estimativas de
informatizado, para emissão de registro civil de
nascimentos, de nascidos vivos e do registro civil, a
nascimento logo após o parto, garantindo ao recém

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fim de viabilizar a busca ativa dos nascidos não Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário;
registrados e aperfeiçoar os indicadores para Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
subsidiar políticas públicas.
d)Ampliar o abastecimento alimentar, com maior autonomia
Ø Desenvolver estudo e revisão da legislação para
e fortalecimento da economia local, associado a programas
garantir o acesso do cidadão ao registro civil de
de informação, de educação alimentar, de capacitação, de
nascimento em todo o território nacional.
geração de ocupações produtivas, de agricultura familiar
Ø Realizar estudo de sustentabilidade do serviço
camponesa e de agricultura urbana.
notarial e de registro no País.
Ø Desenvolver a padronização do registro civil Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e
(certidão de nascimento, de casamento e de óbito) Combate à Fome; Ministério da Agricultura, Pecuária e
em território nacional. Abastecimento; Ministério do Desenvolvimento Agrário
Ø Garantir a emissão gratuita de Registro Geral e
e)Promover a implantação de equipamentos públicos de
Cadastro de Pessoa Física aos reconhecidamente
segurança alimentar e nutricional, com vistas a ampliar o
pobres.
acesso à alimentação saudável de baixo custo, valorizar as
Ø Desenvolver estudo sobre a política nacional de
culturas alimentares regionais, estimular o aproveitamento
documentação civil básica.
integral dos alimentos, evitar o desperdício e contribuir para
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do a recuperação social e de saúde da sociedade.
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e
Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministério da Fazenda;
Combate à Fome
Ministério da Justiça; Ministério do Trabalho e Emprego;
Ministério da Previdência Social; Secretaria Especial dos f)Garantir que os hábitos e contextos regionais sejam
Direitos Humanos da Presidência da República incorporados nos modelos de segurança alimentar como
fatores da produção sustentável de alimentos.
d)Incluir no questionário do censo demográfico perguntas
para identificar a ausência de documentos civis na Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e
população. Combate à Fome
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da g)Realizar pesquisas científicas que promovam ganhos de
Presidência da República produtividade na agricultura familiar e assegurar estoques
reguladores.
Objetivo estratégico II:
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e
Acesso à alimentação adequada por meio de políticas
Combate à Fome; Ministério do Desenvolvimento Agrário;
estruturantes.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Ações programáticas:
Objetivo estratégico III:
a)Ampliar o acesso aos alimentos por meio de programas e
Garantia do acesso à terra e à moradia para a população de
ações de geração e transferência de renda, com ênfase na
baixa renda e grupos sociais vulnerabilizados.
participação das mulheres como potenciais beneficiárias.
Ações programáticas:
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome; Secretaria Especial de Políticas para as a)Fortalecer a reforma agrária com prioridade à
Mulheres da Presidência da República implementação e recuperação de assentamentos, à
regularização do crédito fundiário e à assistência técnica aos
b)Vincular programas de transferência de renda à garantia
assentados, atualização dos índices Grau de Utilização da
da segurança alimentar da criança, por meio do
Terra (GUT) e Grau de Eficiência na Exploração (GEE),
acompanhamento da saúde e nutrição e do estímulo de
conforme padrões atuais e regulamentação da
hábitos alimentares saudáveis, com o objetivo de erradicar a
desapropriação de áreas pelo descumprimento da função
desnutrição infantil.
social plena.
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Combate à Fome; Ministério da Educação; Ministério da
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Saúde
b)Integrar as ações de mapeamento das terras públicas da
c)Fortalecer a agricultura familiar e camponesa no
União.
desenvolvimento de ações específicas que promovam a
geração de renda no campo e o aumento da produção de Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e
alimentos agroecológicos para o autoconsumo e para o Gestão
mercado local.

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c)Estimular o saneamento dos serviços notariais de registros k)Garantir as condições para a realização de acampamentos
imobiliários, possibilitando o bloqueio ou o cancelamento ciganos em todo o território nacional, visando a preservação
administrativo dos títulos das terras e registros irregulares. de suas tradições, práticas e patrimônio cultural.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Desenvolvimento Agrário Presidência da República; Ministério das Cidades
d)Garantir demarcação, homologação, regularização e Objetivo estratégico IV:
desintrusão das terras indígenas, em harmonia com os
Ampliação do acesso universal a sistema de saúde de
projetos de futuro de cada povo indígena, assegurando seu
qualidade.
etnodesenvolvimento e sua autonomia produtiva.
Ações programáticas:
Responsável: Ministério da Justiça
a)Expandir e consolidar programas de serviços básicos de
e)Assegurar às comunidades quilombolas a posse dos seus
saúde e de atendimento domiciliar para a população de
territórios, acelerando a identificação, o reconhecimento, a
baixa renda, com enfoque na prevenção e diagnóstico prévio
demarcação e a titulação desses territórios, respeitando e
de doenças e deficiências, com apoio diferenciado às
preservando os sítios de valor simbólico e histórico.
pessoas idosas, indígenas, negros e comunidades
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas em situação
da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério de rua, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais,
da Cultura; Ministério do Desenvolvimento Agrário crianças e adolescentes, mulheres, pescadores artesanais e
população de baixa renda.
f)Garantir o acesso a terra às populações ribeirinhas,
varzanteiras e pescadoras, assegurando acesso aos recursos Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
naturais que tradicionalmente utilizam para sua reprodução Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da
física, cultural e econômica. República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
da Presidência da República; Ministério da Pesca e
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Aquicultura
Ministério do Meio Ambiente
b)Criar programas de pesquisa e divulgação sobre
g)Garantir que nos programas habitacionais do governo
tratamentos alternativos à medicina tradicional no sistema
sejam priorizadas as populações de baixa renda, a população
de saúde.
em situação de rua e grupos sociais em situação de
vulnerabilidade no espaço urbano e rural, considerando os Responsável: Ministério da Saúde
princípios da moradia digna, do desenho universal e os
c)Reformular o marco regulatório dos planos de saúde, de
critérios de acessibilidade nos projetos.
modo a diminuir os custos para a pessoa idosa e fortalecer o
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do pacto intergeracional, estimulando a adoção de medidas de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome capitalização para gastos futuros pelos planos de saúde.
h)Promover a destinação das glebas e edifícios vazios ou Responsável: Ministério da Saúde
subutilizados pertencentes à União, para a população de
d)Reconhecer as parteiras como agentes comunitárias de
baixa renda, reduzindo o déficit habitacional.
saúde.
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
Planejamento, Orçamento e Gestão
Políticas para as Mulheres da Presidência da República
i)Estabelecer que a garantia da qualidade de abrigos e
e)Aperfeiçoar o programa de saúde para adolescentes,
albergues, bem como seu caráter inclusivo e de resgate da
especificamente quanto à saúde de gênero, à educação
cidadania à população em situação de rua, estejam entre os
sexual e reprodutiva e à saúde mental.
critérios de concessão de recursos para novas construções e
manutenção dos existentes. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Desenvolvimento Social e Combate à Fome
República
j)Apoiar o monitoramento de políticas de habitação de
f)Criar campanhas e material técnico, instrucional e
interesse social pelos conselhos municipais de habitação,
educativo sobre planejamento reprodutivo que respeite os
garantindo às cooperativas e associações habitacionais
direitos sexuais e reprodutivos, contemplando a elaboração
acesso às informações.
de materiais específicos para a população jovem e
Responsável: Ministério das Cidades adolescente e para pessoas com deficiência.

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Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
o)Capacitar os agentes comunitários de saúde que realizam
República
a triagem e a captação nas hemorredes para praticarem
g)Estimular programas de atenção integral à saúde das abordagens sem preconceito e sem discriminação.
mulheres, considerando suas especificidades étnico-raciais,
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos
geracionais, regionais, de orientação sexual, de pessoa com
Direitos Humanos da Presidência da República
deficiência, priorizando as moradoras do campo, da floresta
e em situação de rua. p)Garantir o acompanhamento multiprofissional a pessoas
transexuais que fazem parte do processo transexualizador
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
no Sistema Único de Saúde e de suas famílias.
Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos
Racial da Presidência da República; Ministério do Direitos Humanos da Presidência da República
Desenvolvimento Social e Combate à Fome
q)Apoiar o acesso a programas de saúde preventiva e de
h)Ampliar e disseminar políticas de saúde pré e neonatal, proteção à saúde para profissionais do sexo.
com inclusão de campanhas educacionais de
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
esclarecimento, visando à prevenção do surgimento ou do
Políticas para as Mulheres da Presidência da República
agravamento de deficiências.
r)Apoiar a implementação de espaços essenciais para
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
higiene pessoal e centros de referência para a população em
Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
situação de rua.
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento
i)Expandir a assistência pré-natal e pós-natal por meio de
Social e Combate à Fome
programas de visitas domiciliares para acompanhamento
das crianças na primeira infância. s)Investir na política de reforma psiquiátrica fomentando
programas de tratamentos substitutivos à internação, que
Responsável: Ministério da Saúde
garantam às pessoas com transtorno mental a possibilidade
j)Apoiar e financiar a realização de pesquisas e intervenções de escolha autônoma de tratamento, com convivência
sobre a mortalidade materna, contemplando o recorte familiar e acesso aos recursos psiquiátricos e farmacológicos.
étnico-racial e regional.
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da
Políticas para as Mulheres da Presidência da República Cultura
k)Assegurar o acesso a laqueaduras e vasectomias ou t)Implementar medidas destinadas a desburocratizar os
reversão desses procedimentos no sistema público de saúde, serviços do Instituto Nacional de Seguro Social para a
com garantia de acesso a informações sobre as escolhas concessão de aposentadorias e benefícios.
individuais.
Responsável: Ministério da Previdência Social
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
u)Estimular a incorporação do trabalhador urbano e rural ao
Políticas para as Mulheres da Presidência da República
regime geral da previdência social.
l)Ampliar a oferta de medicamentos de uso contínuo,
Responsável: Ministério da Previdência Social
especiais e excepcionais, para a pessoa idosa.
v)Assegurar a inserção social das pessoas atingidas pela
Responsável: Ministério da Saúde
hanseníase isoladas e internadas em hospitais-colônias.
m)Realizar campanhas de diagnóstico precoce e tratamento
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
adequado às pessoas que vivem com HIV/AIDS para evitar o
Presidência da República; Ministério da Saúde
estágio grave da doença e prevenir sua expansão e
disseminação. w)Reconhecer, pelo Estado brasileiro, as violações de
direitos às pessoas atingidas pela hanseníase no período da
Responsável: Ministério da Saúde
internação e do isolamento compulsórios, apoiando
n)Proporcionar às pessoas que vivem com HIV/AIDS iniciativas para agilizar as reparações com a concessão de
programas de atenção no âmbito da saúde sexual e pensão especial prevista na Lei no 11.520/2007.
reprodutiva.

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Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da h)Fomentar as ações afirmativas para o ingresso das
Presidência da República populações negra, indígena e de baixa renda no ensino
superior.
x)Proporcionar as condições necessárias para conclusão do
trabalho da Comissão Interministerial de Avaliação para Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial de
análise dos requerimentos de pensão especial das pessoas Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da
atingidas pela hanseníase, que foram internadas e isoladas República; Ministério da Justiça
compulsoriamente em hospitais-colônia até 31 de dezembro
i)Ampliar o ensino superior público de qualidade por meio da
de 1986.
criação permanente de universidades federais, cursos e
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da vagas para docentes e discentes.
Presidência da República
Responsável: Ministério da Educação
Objetivo estratégico V:
j)Fortalecer as iniciativas de educação popular por meio da
Acesso à educação de qualidade e garantia de permanência valorização da arte e da cultura, apoiando a realização de
na escola. festivais nas comunidades tradicionais e valorizando as
diversas expressões artísticas nas escolas e nas
Ações programáticas:
comunidades.
a)Ampliar o acesso a educação básica, a permanência na
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da
escola e a universalização do ensino no atendimento à
Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
educação infantil.
Presidência da República
Responsável: Ministério da Educação
k)Ampliar o acesso a programas de inclusão digital para
b)Assegurar a qualidade do ensino formal público com seu populações de baixa renda em espaços públicos,
monitoramento contínuo e atualização curricular. especialmente escolas, bibliotecas e centros comunitários.
Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da
dos Direitos Humanos da Presidência da República Cultura; Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério da
Pesca e Aquicultura
c)Desenvolver programas para a reestruturação das escolas
como pólos de integração de políticas educacionais, culturais l)Fortalecer programas de educação no campo e nas
e de esporte e lazer. comunidades pesqueiras que estimulem a permanência dos
estudantes na comunidade e que sejam adequados às
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da
respectivas culturas e identidades.
Cultura; Ministério do Esporte
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do
d)Apoiar projetos e experiências de integração da escola
Desenvolvimento Agrário; Ministério da Pesca e Aquicultura
com a comunidade que utilizem sistema de alternância.
Objetivo estratégico VI:
Responsável: Ministério da Educação
Garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado,
e)Adequar o currículo escolar, inserindo conteúdos que
exercido em condições de equidade e segurança.
valorizem as diversidades, as práticas artísticas, a
necessidade de alimentação adequada e saudável e as Ações programáticas:
atividades físicas e esportivas.
a)Apoiar a agenda nacional de trabalho decente por meio do
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da fortalecimento do seu comitê executivo e da efetivação de
Cultura; Ministério do Esporte; Ministério da Saúde suas ações.
f)Integrar os programas de alfabetização de jovens e adultos Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego
aos programas de qualificação profissional e educação
b)Fortalecer programas de geração de emprego, ampliando
cidadã, apoiando e incentivando a utilização de
progressivamente o nível de ocupação e priorizando a
metodologias adequadas às realidades dos povos e
população de baixa renda e os Estados com elevados índices
comunidades tradicionais.
de emigração.
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do
Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do
Trabalho e Emprego; Ministério da Pesca e Aquicultura c)Ampliar programas de economia solidária, mediante
políticas integradas, como alternativa de geração de
g)Estimular e financiar programas de extensão universitária
trabalho e renda, e de inclusão social, priorizando os jovens
como forma de integrar o estudante à realidade social.
das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.
Responsável: Ministério da Educação

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Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério k)Garantir a igualdade de direitos das trabalhadoras e
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome trabalhadores domésticos com os dos demais trabalhadores.
d)Criar programas de formação, qualificação e inserção Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
profissional e de geração de emprego e renda para jovens, Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
população em situação de rua e população de baixa renda. República; Ministério da Previdência Social
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério l)Promover incentivos a empresas para que empreguem os
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da egressos do sistema penitenciário.
Educação
Responsáveis: Ministério da Fazenda; Ministério do Trabalho
e)Integrar as ações de qualificação profissional às atividades e Emprego; Ministério da Justiça
produtivas executadas com recursos públicos, como forma
m)Criar cadastro nacional e relatório periódico de
de garantir a inserção no mercado de trabalho.
empregabilidade de egressos do sistema penitenciário.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
Responsável: Ministério da Justiça
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
n)Garantir os direitos trabalhistas e previdenciários de
f)Criar programas de formação e qualificação profissional
profissionais do sexo por meio da regulamentação de sua
para pescadores artesanais, industriais e aquicultores
profissão.
familiares.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
da Pesca e Aquicultura
República.
g)Combater as desigualdades salariais baseadas em
Objetivo estratégico VII:
diferenças de gênero, raça, etnia e das pessoas com
deficiência. Combate e prevenção ao trabalho escravo.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Ações programáticas:
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
a)Promover a efetivação do Plano Nacional para Erradicação
h)Acompanhar a implementação do Programa Nacional de do Trabalho Escravo.
Ações Afirmativas, instituído pelo Decreto no 4.228/2002, no
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
âmbito da administração pública federal, direta e indireta,
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
com vistas à realização de metas percentuais da ocupação de
cargos comissionados pelas mulheres, população negra e b)Apoiar a coordenação e implementação de planos
pessoas com deficiência. estaduais, distrital e municipais para erradicação do trabalho
escravo.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República
i)Realizar campanhas envolvendo a sociedade civil
organizada sobre paternidade responsável, bem como c)Monitorar e articular o trabalho das comissões estaduais,
ampliar a licença-paternidade, como forma de contribuir distrital e municipais para a erradicação do trabalho escravo.
para a corresponsabilidade e para o combate ao preconceito
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
quanto à inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as
d)Apoiar a alteração da Constituição para prever a
Mulheres da Presidência da República; Ministério do
expropriação dos imóveis rurais e urbanos nos quais forem
Trabalho e Emprego
encontrados trabalhadores reduzidos à condição análoga a
j)Elaborar diagnósticos com base em ações judiciais que de escravos.
envolvam atos de assédio moral, sexual e psicológico, com
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
apuração de denúncias de desrespeito aos direitos das
de Relações Institucionais da Presidência da República;
trabalhadoras e trabalhadores, visando orientar ações de
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
combate à discriminação e abuso nas relações de trabalho.
República
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
e)Identificar periodicamente as atividades produtivas em
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
que há ocorrência de trabalho escravo adulto e infantil.
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas
para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República

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f)Propor marco legal e ações repressivas para erradicar a g)Ampliar o desenvolvimento de programas de produção
intermediação ilegal de mão de obra. audiovisual, musical e artesanal dos povos indígenas.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República;
h)Assegurar o direito das pessoas com deficiência e em
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
sofrimento mental de participarem da vida cultural em
Racial
igualdade de oportunidade com as demais, e de desenvolver
g)Promover a destinação de recursos do Fundo de Amparo e utilizar o seu potencial criativo, artístico e intelectual.
ao Trabalhador (FAT) para capacitação técnica e
Responsáveis: Ministério do Esporte; Ministério da Cultura;
profissionalizante de trabalhadores rurais e de povos e
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
comunidades tradicionais, como medida preventiva ao
República
trabalho escravo, assim como para implementação de
política de reinserção social dos libertados da condição de i)Fortalecer e ampliar programas que contemplem
trabalho escravo. participação dos idosos nas atividades de esporte e lazer.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Responsáveis: Ministério do Esporte; Secretaria Especial dos
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Direitos Humanos da Presidência da República
h)Atualizar e divulgar semestralmente o cadastro de j)Potencializar ações de incentivo ao turismo para pessoas
empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava. idosas.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Responsáveis: Ministério do Turismo; Secretaria Especial dos
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Direitos Humanos da Presidência da República
Objetivo estratégico VIII: Objetivo estratégico IX:
Promoção do direito à cultura, lazer e esporte como Garantia da participação igualitária e acessível na vida
elementos formadores de cidadania. política.
Ações programáticas: Ações programáticas:
a)Ampliar programas de cultura que tenham por finalidade a)Apoiar campanhas para promover a ampla divulgação do
planejar e implementar políticas públicas para a proteção e direito ao voto e participação política de homens e mulheres,
promoção da diversidade cultural brasileira, em formatos por meio de campanhas informativas que garantam a
acessíveis. escolha livre e consciente.
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do Esporte Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres da Presidência da República
b)Elaborar programas e ações de cultura que considerem os
formatos acessíveis, as demandas e as características b)Apoiar o combate ao crime de captação ilícita de sufrágio,
específicas das diferentes faixas etárias e dos grupos sociais. inclusive com campanhas de esclarecimento e
conscientização dos eleitores.
Responsável: Ministério da Cultura
Responsável: Ministério da Justiça
c)Fomentar políticas públicas de esporte e lazer,
considerando as diversidades locais, de forma a atender a c)Apoiar os projetos legislativos para o financiamento
todas as faixas etárias e aos grupos sociais. público de campanhas eleitorais.
Responsável: Ministério do Esporte Responsável: Ministério da Justiça
d)Elaborar inventário das línguas faladas no Brasil. d)Garantir acesso irrestrito às zonas eleitorais por meio de
transporte público e acessível e apoiar a criação de zonas
Responsável: Ministério da Cultura
eleitorais em áreas de difícil acesso.
e)Ampliar e desconcentrar os pólos culturais e pontos de
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades
cultura para garantir o acesso das populações de regiões
periféricas e de baixa renda. e)Promover junto aos povos indígenas ações de educação e
capacitação sobre o sistema político brasileiro.
Responsável: Ministério da Cultura
Responsável: Ministério da Justiça
f)Fomentar políticas públicas de formação em esporte e
lazer, com foco na intersetorialidade, na ação comunitária na f)Apoiar ações de formação política das mulheres em sua
intergeracionalidade e na diversidade cultural. diversidade étnico-racial, estimulando candidaturas e votos
de mulheres em todos os níveis.
Responsável: Ministério do Esporte

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Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as nas conferências dos direitos das crianças e dos
Mulheres da Presidência da República adolescentes.
g)Garantir e estimular a plena participação das pessoas com Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
deficiência no ato do sufrágio, seja como eleitor ou Presidência da República
candidato, assegurando os mecanismos de acessibilidade
Objetivo estratégico II:
necessários, inclusive a modalidade do voto assistido.
Consolidar o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Adolescentes, com o fortalecimento do papel dos Conselhos
Presidência da República
Tutelares e de Direitos.
Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes
Ações programáticas:
para o seu desenvolvimento integral, de forma não
discriminatória, assegurando seu direito de opinião e a)Apoiar a universalização dos Conselhos Tutelares e de
participação. Direitos em todos os Municípios e no Distrito Federal, e
instituir parâmetros nacionais que orientem o seu
Objetivo estratégico I:
funcionamento.
Proteger e garantir os direitos de crianças e adolescentes por
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
meio da consolidação das diretrizes nacionais do ECA, da
Presidência da República
Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos
Direitos da Criança e do Adolescente e da Convenção sobre b)Implantar escolas de conselhos nos Estados e no Distrito
os Direitos da Criança da ONU. Federal, com vistas a apoiar a estruturação e qualificação da
ação dos Conselhos Tutelares e de Direitos.
Ações programáticas:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
a)Formular plano de médio prazo e decenal para a política
Presidência da República
nacional de promoção, proteção e defesa dos direitos da
criança e do adolescente. c)Apoiar a capacitação dos operadores do sistema de
garantia dos direitos para a proteção dos direitos e
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
promoção do modo de vida das crianças e adolescentes
Presidência da República
indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais,
b)Desenvolver e implementar metodologias de contemplando ainda as especificidades da população
acompanhamento e avaliação das políticas e planos infanto-juvenil com deficiência.
nacionais referentes aos direitos de crianças e adolescentes.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça
Presidência da República
d)Fomentar a criação de instâncias especializadas e
c)Elaborar e implantar sistema de coordenação da política regionalizadas do sistema de justiça, de segurança e
dos direitos da criança e do adolescente em todos os níveis defensorias públicas, para atendimento de crianças e
de governo, para atender às recomendações do Comitê adolescentes vítimas e autores de violência.
sobre Direitos da Criança, dos relatores especiais e do
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Comitê sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da
Presidência da República; Ministério da Justiça
ONU.
e)Desenvolver mecanismos que viabilizem a participação de
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
crianças e adolescentes no processo das conferências dos
Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
direitos, nos conselhos de direitos, bem como nas escolas,
d)Criar sistema nacional de coleta de dados e nos tribunais e nos procedimentos judiciais e administrativos
monitoramento junto aos Municípios, Estados e Distrito que os afetem.
Federal acerca do cumprimento das obrigações da
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Convenção dos Direitos da Criança da ONU.
Presidência da República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
f)Estimular a informação às crianças e aos adolescentes
Presidência da República
sobre seus direitos, por meio de esforços conjuntos na
e)Assegurar a opinião das crianças e dos adolescentes que escola, na mídia impressa, na televisão, no rádio e na
estiverem capacitados a formular seus próprios juízos, Internet.
conforme o disposto no artigo 12 da Convenção sobre os
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Direitos da Criança, na formulação das políticas públicas
Presidência da República; Ministério da Educação
voltadas para estes segmentos, garantindo sua participação
Objetivo estratégico III:

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Proteger e defender os direitos de crianças e adolescentes crianças retiradas do convívio com sua família de origem na
com maior vulnerabilidade. primeira infância.
Ações programáticas: Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome
a)Promover ações educativas para erradicação da violência
na família, na escola, nas instituições e na comunidade em i)Estruturar programas de moradia coletivas para
geral, implementando as recomendações expressas no adolescentes e jovens egressos de abrigos institucionais.
Relatório Mundial de Violência contra a Criança da ONU.
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Combate à Fome
Presidência da República
j)Fomentar a adoção legal, por meio de campanhas
b)Desenvolver programas nas redes de assistência social, de educativas, em consonância com o ECA e com acordos
educação e de saúde para o fortalecimento do papel das internacionais.
famílias em relação ao desenvolvimento infantil e à disciplina
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
não violenta.
Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
k)Criar serviços e aprimorar metodologias para identificação
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
e localização de crianças e adolescentes desaparecidos.
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
Saúde Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República
c)Propor marco legal para a abolição das práticas de castigos
físicos e corporais contra crianças e adolescentes. l)Exigir em todos os projetos financiados pelo Governo
Federal a adoção de estratégias de não discriminação de
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
crianças e adolescentes em razão de classe, raça, etnia,
Presidência da República; Ministério da Justiça
crença, gênero, orientação sexual, identidade de gênero,
d)Implantar sistema nacional de registro de ocorrência de deficiência, prática de ato infracional e origem.
violência escolar, incluindo as práticas de violência gratuita e
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
reiterada entre estudantes (bullying), adotando formulário
Presidência da República
unificado de registro a ser utilizado por todas as escolas.
m)Reforçar e centralizar os mecanismos de coleta e análise
Responsável: Ministério da Educação
sistemática de dados desagregados da infância e
e)Apoiar iniciativas comunitárias de mobilização de crianças adolescência, especialmente sobre os grupos em situação de
e adolescentes em estratégias preventivas, com vistas a vulnerabilidade, historicamente vulnerabilizados, vítimas de
minimizar sua vulnerabilidade em contextos de violência. discriminação, de abuso e de negligência.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério Presidência da República
do Esporte; Ministério do Turismo
n)Estruturar rede de canais de denúncias (Disques) de
f)Extinguir os grandes abrigos e eliminar a longa violência contra crianças e adolescentes, integrada aos
permanência de crianças e adolescentes em abrigamento, Conselhos Tutelares.
adequando os serviços de acolhimento aos parâmetros
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
aprovados pelo CONANDA e CNAS.
Presidência da República
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e
o)Estabelecer instrumentos para combater a discriminação
Combate à Fome
religiosa sofrida por crianças e adolescentes.
g)Fortalecer as políticas de apoio às famílias para a redução
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
dos índices de abandono e institucionalização, com
Presidência da República
prioridade aos grupos familiares de crianças com
deficiências. Objetivo estratégico IV:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Enfrentamento da violência sexual contra crianças e
Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento adolescentes.
Social e Combate à Fome
Ações programáticas:
h)Ampliar a oferta de programas de famílias acolhedoras
a)Revisar o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência
para crianças e adolescentes em situação de violência, com
Sexual contra Crianças e Adolescentes, em consonância com
o objetivo de garantir que esta seja a única opção para
as recomendações do III Congresso Mundial sobre o tema.

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Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da b)Fortalecer políticas de saúde que contemplem programas
Presidência da República de desintoxicação e redução de danos em casos de
dependência química.
b)Ampliar o acesso e qualificar os programas especializados
em saúde, educação e assistência social, no atendimento a Responsável: Ministério da Saúde
crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e de suas
Objetivo estratégico VI:
famílias
Erradicação do trabalho infantil em todo o território
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação;
nacional.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Ações programáticas:
República
a)Erradicar o trabalho infantil, por meio das ações
c)Desenvolver protocolos unificados de atendimento intersetoriais no Governo Federal, com ênfase no apoio às
psicossocial e jurídico a vítimas de violência sexual. famílias e educação em tempo integral.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do da Educação; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Presidência da República
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
b)Fomentar a implantação da Lei de Aprendizagem (Lei no
República
10.097/2000), mobilizando empregadores, organizações de
d)Desenvolver ações específicas para combate à violência e trabalhadores, inspetores de trabalho, Judiciário,
à exploração sexual de crianças e adolescentes em situação organismos internacionais e organizações não
de rua. governamentais.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego
Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento
c)Desenvolver pesquisas, campanhas e relatórios periódicos
Social e Combate à Fome.
sobre o trabalho infantil, com foco em temas e públicos que
e)Estimular a responsabilidade social das empresas para requerem abordagens específicas, tais como agricultura
ações de enfrentamento da exploração sexual e de combate familiar, trabalho doméstico, trabalho de rua.
ao trabalho infantil em suas organizações e cadeias
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
produtivas.
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da República; Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Ministério do Turismo; República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome; Ministério da Justiça
f)Combater a pornografia infanto-juvenil na Internet, por
meio do fortalecimento do Hot Line Federal e da difusão de Objetivo estratégico VII:
procedimentos de navegação segura para crianças,
Implementação do Sistema Nacional de Atendimento
adolescentes, famílias e educadores.
Socioeducativo (SINASE).
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Ações programáticas:
Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da
Educação a)Elaborar e implementar um plano nacional socioeducativo
e sistema de avaliação da execução das medidas daquele
Objetivo estratégico V:
sistema, com divulgação anual de seus resultados e
Garantir o atendimento especializado a crianças e estabelecimento de metas, de acordo com o estabelecido no
adolescentes em sofrimento psíquico e dependência ECA.
química.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Ações programáticas: Presidência da República
a)Universalizar o acesso a serviços de saúde mental para b)Implantar módulo específico de informações para o
crianças e adolescentes em cidades de grande e médio porte, sistema nacional de atendimento educativo junto ao Sistema
incluindo a garantia de retaguarda para as unidades de de Informação para a Infância e Adolescência, criando base
internação socioeducativa. de dados unificada que inclua as varas da infância e
juventude, as unidades de internação e os programas
Responsável: Ministério da Saúde
municipais em meio aberto.

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Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da j)Desenvolver campanhas de informação sobre o
Presidência da República adolescente em conflito com a lei, defendendo a não
redução da maioridade penal.
c)Implantar centros de formação continuada para os
operadores do sistema socioeducativo em todos os Estados Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
e no Distrito Federal. Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da k)Estabelecer parâmetros nacionais para a apuração
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério administrativa de possíveis violações dos direitos e casos de
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome tortura em adolescentes privados de liberdade, por meio de
sistema independente e de tramitação ágil.
d)Desenvolver estratégias conjuntas com o sistema de
justiça, com vistas ao estabelecimento de regras específicas Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
para a aplicação da medida de privação de liberdade em Presidência da República
caráter excepcional e de pouca duração.
Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Objetivo estratégico I:
Presidência da República
Igualdade e proteção dos direitos das populações negras,
e)Apoiar a expansão de programas municipais de
historicamente afetadas pela discriminação e outras formas
atendimento socioeducativo em meio aberto.
de intolerância.
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e
Ações programáticas:
Combate à Fome; Secretaria Especial dos Direitos Humanos
da Presidência da República a)Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a aprovação do Estatuto
da Igualdade Racial.
f)Apoiar os Estados e o Distrito Federal na implementação de
programas de atendimento ao adolescente em privação de Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção
liberdade, com garantia de escolarização, atendimento em da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria
saúde, esporte, cultura e educação para o trabalho, Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
condicionando a transferência voluntária de verbas federais
b)Promover ações articuladas entre as políticas de educação,
à observância das diretrizes do plano nacional.
cultura, saúde e de geração de emprego e renda, visando
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da incidir diretamente na qualidade de vida da população negra
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério e no combate à violência racial.
da Saúde; Ministério do Esporte; Ministério da Cultura;
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção
Ministério do Trabalho e Emprego
da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério
g)Garantir aos adolescentes privados de liberdade e suas da Educação; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
famílias informação sobre sua situação legal, bem como do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
acesso à defesa técnica durante todo o período de Saúde
cumprimento da medida socioeducativa.
c)Elaborar programas de combate ao racismo institucional e
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da estrutural, implementando normas administrativas e
Presidência da República; Ministério da Justiça legislação nacional e internacional.
h)Promover a transparência das unidades de internação de Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
adolescentes em conflito com a lei, garantindo o contato Igualdade Racial da Presidência da República
com a família e a criação de comissões mistas de inspeção e
d)Realizar levantamento de informações para produção de
supervisão.
relatórios periódicos de acompanhamento das políticas
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da contra a discriminação racial, contendo, entre outras,
Presidência da República informações sobre inclusão no sistema de ensino (básico e
superior), inclusão no mercado de trabalho, assistência
i)Fomentar a desativação dos grandes complexos de
integrada à saúde, número de violações registradas e
unidades de internação, por meio do apoio à reforma e
apuradas, recorrências de violações, e dados populacionais e
construção de novas unidades alinhadas aos parâmetros
de renda.
estabelecidos no SINASE e no ECA, em especial na
observância da separação por sexo, faixa etária e compleição Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção
física. da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República

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e)Analisar periodicamente os indicadores que apontam d)Apoiar projetos de lei com objetivo de revisar o Estatuto
desigualdades visando à formulação e implementação de do Índio com base no texto constitucional de 1988 e na
políticas públicas afirmativas que valorizem a promoção da Convenção no 169 da OIT.
igualdade racial.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção
e)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das
da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria
políticas indigenistas que contemple dados sobre os
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República;
processos de demarcações das terras indígenas, dados sobre
Ministério da Educação; Ministério do Trabalho e Emprego;
intrusões e conflitos territoriais, inclusão no sistema de
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
ensino (básico e superior), assistência integrada à saúde,
Ministério da Saúde
número de violações registradas e apuradas, recorrências de
f)Fortalecer a integração das políticas públicas em todas as violações e dados populacionais.
comunidades remanescentes de quilombos localizadas no
Responsável: Ministério da Justiça
território brasileiro.
f)Proteger e promover os conhecimentos tradicionais e
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção
medicinais dos povos indígenas.
da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério
da Cultura Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde
g)Fortalecer os mecanismos existentes de reconhecimento g)Implementar políticas de proteção do patrimônio dos
das comunidades quilombolas como garantia dos seus povos indígenas, por meio dos registros material e imaterial,
direitos específicos . mapeando os sítios históricos e arqueológicos, a cultura, as
línguas e a arte.
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Ministério da Cultura; Secretaria Especial de Política de Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
h)Promover projetos e pesquisas para resgatar a história dos
h)Fomentar programas de valorização do patrimônio cultural povos indígenas.
das populações negras.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Cultura; Secretaria Especial de
i)Promover ações culturais para o fortalecimento da
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
educação escolar dos povos indígenas, estimulando a
i)Assegurar o resgate da memória das populações negras, valorização de suas próprias formas de produção do
mediante a publicação da história de resistência e resgate de conhecimento.
tradições das populações das diásporas.
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça
Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
j)Garantir o acesso à educação formal pelos povos indígenas,
Igualdade Racial da Presidência da República
bilíngues e com adequação curricular formulada com a
Objetivo estratégico II: participação de representantes das etnias indigenistas e
especialistas em educação.
Garantia aos povos indígenas da manutenção e resgate das
condições de reprodução, assegurando seus modos de vida. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação
Ações programáticas: k)Assegurar o acesso e permanência da população indígena
no ensino superior, por meio de ações afirmativas e respeito
a)Assegurar a integridade das terras indígenas para proteger
à diversidade étnica e cultural.
e promover o modo de vida dos povos indígenas.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação
Responsável: Ministério da Justiça
l)Adotar medidas de proteção dos direitos das crianças
b)Proteger os povos indígenas isolados e de recente contato
indígenas nas redes de ensino, saúde e assistência social, em
para garantir sua reprodução cultural e etnoambiental.
consonância com a promoção dos seus modos de vida.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Saúde;
c)Aplicar os saberes dos povos indígenas e das comunidades Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
tradicionais na elaboração de políticas públicas, respeitando Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
a Convenção no 169 da OIT. República
Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico III:
Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento
das condições necessárias para sua plena cidadania.

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Ações programáticas: h)Realizar campanhas e ações educativas para desconstruir


os estereótipos relativos às profissionais do sexo.
a)Desenvolver ações afirmativas que permitam incluir
plenamente as mulheres no processo de desenvolvimento Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as
do País, por meio da promoção da sua autonomia econômica Mulheres da Presidência da República
e de iniciativas produtivas que garantam sua independência.
Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade.
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as
Objetivo estratégico I:
Mulheres da Presidência da República
Afirmação da diversidade para construção de uma sociedade
b)Incentivar políticas públicas e ações afirmativas para a
igualitária.
participação igualitária, plural e multirracial das mulheres
nos espaços de poder e decisão. Ações programáticas:
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as a)Realizar campanhas e ações educativas para
Mulheres da Presidência da República desconstrução de estereótipos relacionados com diferenças
étnico-raciais, etárias, de identidade e orientação sexual, de
c)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das
pessoas com deficiência, ou segmentos profissionais
políticas para mulheres com recorte étnico-racial, que
socialmente discriminados.
contenha dados sobre renda, jornada e ambiente de
trabalho, ocorrências de assédio moral, sexual e psicológico, Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
ocorrências de violências contra a mulher, assistência à Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de
saúde integral, dados reprodutivos, mortalidade materna e Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
escolarização. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República; Ministério da Cultura
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres da Presidência da República b)Incentivar e promover a realização de atividades de
valorização da cultura das comunidades tradicionais, entre
d)Divulgar os instrumentos legais de proteção às mulheres,
elas ribeirinhos, extrativistas, quebradeiras de coco,
nacionais e internacionais, incluindo sua publicação em
pescadores artesanais, seringueiros, geraizeiros,
formatos acessíveis, como braile, CD de áudio e demais
varzanteiros, pantaneiros, comunidades de fundo de pasto,
tecnologias assistivas.
caiçaras e faxinalenses.
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do
Mulheres da Presidência da República
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do
e)Ampliar o financiamento de abrigos para mulheres em Esporte
situação de vulnerabilidade, garantindo plena acessibilidade.
c)Fomentar a formação e capacitação em Direitos Humanos,
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as como meio de resgatar a autoestima e a dignidade das
Mulheres da Presidência da República; Ministério do comunidades tradicionais, rurais e urbanas.
Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção
f)Propor tratamento preferencial de atendimento às da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério
mulheres em situação de violência doméstica e familiar nos da Justiça; Ministério da Cultura
Conselhos Gestores do Fundo Nacional de Habitação de
d)Apoiar políticas de acesso a direitos para a população
Interesse Social e junto ao Fundo de Desenvolvimento Social.
cigana, valorizando seus conhecimentos e cultura.
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e
Mulheres da Presidência da República; Ministério das
Combate à Fome
Cidades; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome e)Apoiar e valorizar a associação das mulheres quebradeiras
de coco, protegendo e promovendo a continuidade de seu
g)Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o
trabalho extrativista.
aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir
sobre seus corpos. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome
g) Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a
garantia do acesso aos serviços de saúde. (Redação dada f)Elaborar relatórios periódicos de acompanhamento das
pelo Decreto nº 7.177, de 2010) políticas direcionadas às populações e comunidades
tradicionais, que contenham, entre outras, informações
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
sobre população estimada, assistência integrada à saúde,
Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
número de violações registradas e apuradas, recorrência de
Ministério da Justiça

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violações, lideranças ameaçadas, dados sobre acesso à Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
moradia, terra e território e conflitos existentes. Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; f)Desenvolver ações intersetoriais para capacitação
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade continuada de cuidadores de pessoas idosas.
Racial da Presidência da República; Secretaria Especial dos
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Cultura
Direitos Humanos da Presidência da República
g)Desenvolver política de humanização do atendimento ao
Objetivo estratégico II:
idoso, principalmente em instituições de longa permanência.
Proteção e promoção da diversidade das expressões
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
culturais como Direito Humano.
Presidência da República; Ministério da Cultura
Ações programáticas:
h)Elaborar programas de capacitação para os operadores
a)Promover ações de afirmação do direito à diversidade das dos direitos da pessoa idosa.
expressões culturais, garantindo igual dignidade e respeito
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
para todas as culturas.
Presidência da República.
Responsável: Ministério da Cultura
i)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das
b)Incluir nos instrumentos e relatórios de políticas culturais políticas para pessoas idosas que contenha informações
a temática dos Direitos Humanos. sobre os Centros Integrados de Atenção a Prevenção à
Violência, tais como: quantidade existente; sua participação
Responsável: Ministério da Cultura
no financiamento público; sua inclusão nos sistemas de
Objetivo estratégico III: atendimento; número de profissionais capacitados; pessoas
idosas atendidas; proporção dos casos com resoluções; taxa
Valorização da pessoa idosa e promoção de sua participação
de reincidência; pessoas idosas seguradas e aposentadas;
na sociedade.
famílias providas por pessoas idosas; pessoas idosas em
Ações programáticas: abrigos; pessoas idosas em situação de rua; principal fonte
de renda dos idosos; pessoas idosas atendidas, internadas e
a)Promover a inserção, a qualidade de vida e a prevenção de
mortas por violência ou maus-tratos.
agravos aos idosos, por meio de programas que fortaleçam
o convívio familiar e comunitário, garantindo o acesso a Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
serviços, ao lazer, à cultura e à atividade física, de acordo Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da
com sua capacidade funcional. Previdência Social; Ministério da Justiça; Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério Objetivo estratégico IV:
do Esporte
Promoção e proteção dos direitos das pessoas com
b)Apoiar a criação de centros de convivência e desenvolver deficiência e garantia da acessibilidade igualitária.
ações de valorização e socialização da pessoa idosa nas zonas
Ações programáticas:
urbanas e rurais.
a)Garantir às pessoas com deficiência igual e efetiva
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
proteção legal contra a discriminação.
Presidência da República; Ministério da Cultura
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
c)Fomentar programas de voluntariado de pessoas idosas,
Presidência da República; Ministério da Justiça
visando valorizar e reconhecer sua contribuição para o
desenvolvimento e bem-estar da comunidade. b)Garantir salvaguardas apropriadas e efetivas para prevenir
abusos a pessoas com deficiência e pessoas idosas.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República
d)Desenvolver ações que contribuam para o protagonismo
da pessoa idosa na escola, possibilitando sua participação c)Assegurar o cumprimento do Decreto de Acessibilidade
ativa na construção de uma nova percepção intergeracional. (Decreto no 5.296/2004), que garante a acessibilidade pela
adequação das vias e passeios públicos, semáforos,
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
mobiliários, habitações, espaços de lazer, transportes,
Presidência da República
prédios públicos, inclusive instituições de ensino, e outros
e)Potencializar ações com ênfase no diálogo intergeracional, itens de uso individual e coletivo.
valorizando o conhecimento acumulado das pessoas idosas.

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Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do
Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; serviço público todas as configurações familiares
Ministério das Cidades constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais, com base na desconstrução da
d)Garantir recursos didáticos e pedagógicos para atender às
heteronormatividade.
necessidades educativas especiais.
Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e
Responsável: Ministério da Educação
Gestão
e)Disseminar a utilização dos sistemas braile, tadoma, escrita
e) Desenvolver meios para garantir o uso do nome social de
de sinais e libras tátil para inclusão das pessoas com
travestis e transexuais.
deficiência em todo o sistema de ensino.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República
Presidência da República; Ministério da Educação
f) Acrescentar campo para informações sobre a identidade
f)Instituir e implementar o ensino da Língua Brasileira de
de gênero dos pacientes nos prontuários do sistema de
Sinais como disciplina curricular facultativa.
saúde.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsável: Ministério da Saúde
Presidência da República; Ministério da Educação
g) Fomentar a criação de redes de proteção dos Direitos
g)Propor a regulamentação das profissões relativas à
Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
implementação da acessibilidade, tais como: instrutor de
Transexuais (LGBT), principalmente a partir do apoio à
Libras, guia-intérprete, tradutor-intérprete, transcritor,
implementação de Centros de Referência em Direitos
revisor e ledor da escrita braile e treinadores de cães-guia.
Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia e de
Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego núcleos de pesquisa e promoção da cidadania daquele
segmento em universidades públicas.
h)Elaborar relatórios sobre os Municípios que possuam frota
adaptada para subsidiar o processo de monitoramento do Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
cumprimento e implementação da legislação de Presidência da República
acessibilidade.
h) Realizar relatório periódico de acompanhamento das
Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial políticas contra discriminação à população LGBT, que
dos Direitos Humanos da Presidência da República contenha, entre outras, informações sobre inclusão no
mercado de trabalho, assistência à saúde integral, número
Objetivo estratégico V:
de violações registradas e apuradas, recorrências de
Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade violações, dados populacionais, de renda e conjugais.
de gênero.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Ações programáticas: Presidência da República
a)Desenvolver políticas afirmativas e de promoção de Objetivo estratégico VI:
cultura de respeito à livre orientação sexual e identidade de
Respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e garantia
gênero, favorecendo a visibilidade e o reconhecimento
da laicidade do Estado.
social.
Ações programáticas:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República a) Instituir mecanismos que assegurem o livre exercício das
diversas práticas religiosas, assegurando a proteção do seu
b) Apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil
espaço físico e coibindo manifestações de intolerância
entre pessoas do mesmo sexo.
religiosa.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Cultura;
Presidência da República; Ministério da Justiça
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
c) Promover ações voltadas à garantia do direito de adoção República
por casais homoafetivos.
b) Promover campanhas de divulgação sobre a diversidade
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos religiosa para disseminar cultura da paz e de respeito às
Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria diferentes crenças.
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
c) (Revogado).
República

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d) Estabelecer o ensino da diversidade e história das implantadas as primeiras políticas públicas buscando
religiões, inclusive as derivadas de matriz africana, na rede caminhos alternativos de redução do crime e da violência, a
pública de ensino, com ênfase no reconhecimento das partir de projetos centrados na prevenção e influenciados
diferenças culturais, promoção da tolerância e na afirmação pela cultura de paz.
da laicidade do Estado.
A proposição do Sistema Único de Segurança Pública, a
Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial modernização de parte das nossas estruturas policiais e a
dos Direitos Humanos da Presidência da República aprovação de novos regimentos e leis orgânicas das polícias,
a consciência crescente de que políticas de segurança
e) Realizar relatório sobre pesquisas populacionais relativas
pública são realidades mais amplas e complexas do que as
a práticas religiosas, que contenha, entre outras,
iniciativas possíveis às chamadas "forças da segurança", o
informações sobre número de religiões praticadas,
surgimento de nova geração de policiais, disposta a repensar
proporção de pessoas distribuídas entre as religiões,
práticas e dogmas e, sobretudo, a cobrança da opinião
proporção de pessoas que já trocaram de religião, número
pública e a maior fiscalização sobre o Estado, resultante do
de pessoas religiosas não praticantes e número de pessoas
processo de democratização, têm tornado possível a
sem religião.
construção de agenda de reformas na área.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania
Presidência da República
(Pronasci) e os investimentos já realizados pelo Governo
Eixo Orientador IV: Federal na montagem de rede nacional de altos estudos em
segurança pública, que têm beneficiado milhares de policiais
Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência
em cada Estado, simbolizam, ao lado do processo de debates
Por muito tempo, alguns segmentos da militância em da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, acúmulos
Direitos Humanos mantiveram-se distantes do debate sobre históricos significativos, que apontam para novas e mais
as políticas públicas de segurança no Brasil. No processo de importantes mudanças.
consolidação da democracia, por diferentes razões,
As propostas elencadas neste eixo orientador do PNDH-3
movimentos sociais e entidades manifestaram dificuldade
articulam-se com tal processo histórico de transformação e
no tratamento do tema. Na base dessa dificuldade, estavam
exigem muito mais do que já foi alcançado. Para tanto, parte-
a memória dos enfrentamentos com o aparato repressivo ao
se do pressuposto de que a realidade brasileira segue sendo
longo de duas décadas de regime ditatorial, a postura
gravemente marcada pela violência e por severos impasses
violenta vigente, muitas vezes, em órgãos de segurança
estruturais na área da segurança pública.
pública, a percepção do crime e da violência como meros
subprodutos de uma ordem social injusta a ser transformada Problemas antigos, como a ausência de diagnósticos, de
em seus próprios fundamentos. planejamento e de definição formal de metas, a
desvalorização profissional dos policiais e dos agentes
Distanciamento análogo ocorreu nas universidades, que,
penitenciários, o desperdício de recursos e a consagração de
com poucas exceções, não se debruçaram sobre o modelo
privilégios dentro das instituições, as práticas de abuso de
de polícia legado ou sobre os desafios da segurança pública.
autoridade e de violência policial contra grupos vulneráveis
As polícias brasileiras, nos termos de sua tradição
e a corrupção dos agentes de segurança pública, demandam
institucional, pouco aproveitaram da reflexão teórica e dos
reformas tão urgentes quanto profundas.
aportes oferecidos pela criminologia moderna e demais
ciências sociais, já disponíveis há algumas décadas às polícias As propostas sistematizadas no PNDH-3 agregam, nesse
e aos gestores de países desenvolvidos. A cultura arraigada contexto, as contribuições oferecidas pelo processo da 11ª
de rejeitar as evidências acumuladas pela pesquisa e pela Conferência Nacional dos Direitos Humanos e avançam
experiência de reforma das polícias no mundo era a mesma também sobre temas que não foram objeto de debate,
que expressava nostalgia de um passado de ausência de trazendo para o PNDH-3 parte do acúmulo crítico que tem
garantias individuais, e que identificava na idéia dos Direitos sido proposto ao País pelos especialistas e pesquisadores da
Humanos não a mais generosa entre as promessas área.
construídas pela modernidade, mas uma verdadeira ameaça.
Em linhas gerais, o PNDH-3 aponta para a necessidade de
Estavam postas as condições históricas, políticas e culturais ampla reforma no modelo de polícia e propõe o
para que houvesse um fosso aparentemente intransponível aprofundamento do debate sobre a implantação do ciclo
entre os temas da segurança pública e os Direitos Humanos. completo de policiamento às corporações estaduais. Prioriza
transparência e participação popular, instando ao
Nos últimos anos, contudo, esse processo de estranhamento
aperfeiçoamento das estatísticas e à publicação de dados,
mútuo passou a ser questionado. De um lado, articulações
assim como à reformulação do Conselho Nacional de
na sociedade civil assumiram o desafio de repensar a
Segurança Pública. Contempla a prevenção da violência e da
segurança pública a partir de diálogos com especialistas na
criminalidade como diretriz, ampliando o controle sobre
área, policiais e gestores. De outro, começaram a ser

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armas de fogo e indicando a necessidade de auxiliares do Exército, mantendo-as apenas como força
profissionalização da investigação criminal. reserva.
Com ênfase na erradicação da tortura e na redução da Responsável: Ministério da Justiça
letalidade policial e carcerária, confere atenção especial ao
b) Propor a revisão da estrutura, treinamento, controle,
estabelecimento de procedimentos operacionais
emprego e regimentos disciplinares dos órgãos de segurança
padronizados, que previnam as ocorrências de abuso de
pública, de forma a potencializar as suas funções de combate
autoridade e de violência institucional, e confiram maior
ao crime e proteção dos direitos de cidadania, bem como
segurança a policiais e agentes penitenciários. Reafirma a
garantir que seus órgãos corregedores disponham de
necessidade de criação de ouvidorias independentes em
carreira própria, sem subordinação à direção das instituições
âmbito federal e, inspirado em tendências mais modernas de
policiais.
policiamento, estimula as iniciativas orientadas por
resultados, o desenvolvimento do policiamento comunitário Responsável: Ministério da Justiça
e voltado para a solução de problemas, elencando medidas
c) Propor a criação obrigatória de ouvidorias de polícias
que promovam a valorização dos trabalhadores em
independentes nos Estados e no Distrito Federal, com
segurança pública. Contempla, ainda, a criação de sistema
ouvidores protegidos por mandato e escolhidos com
federal que integre os atuais sistemas de proteção a vítimas
participação da sociedade.
e testemunhas, defensores de Direitos Humanos e crianças
e adolescentes ameaçados de morte. Responsável: Ministério da Justiça
Também como diretriz, o PNDH-3 propõe profunda reforma d)Assegurar a autonomia funcional dos peritos e a
da Lei de Execução Penal que introduza garantias modernização dos órgãos periciais oficiais, como forma de
fundamentais e novos regramentos para superar as práticas incrementar sua estruturação, assegurando a produção
abusivas, hoje comuns. E trata as penas privativas de isenta e qualificada da prova material, bem como o princípio
liberdade como última alternativa, propondo a redução da da ampla defesa e do contraditório e o respeito aos Direitos
demanda por encarceramento e estimulando novas formas Humanos.
de tratamento dos conflitos, como as sugeridas pelo
Responsável: Ministério da Justiça
mecanismo da Justiça Restaurativa.
e) Promover o aprofundamento do debate sobre a
Reafirma-se a centralidade do direito universal de acesso à
instituição do ciclo completo da atividade policial, com
Justiça, com a possibilidade de acesso aos tribunais por toda
competências repartidas pelas polícias, a partir da natureza
a população, com o fortalecimento das defensorias públicas
e da gravidade dos delitos.
e a modernização da gestão judicial, de modo a garantir
respostas judiciais mais céleres e eficazes. Destacam-se, Responsável: Ministério da Justiça
ainda, o direito de acesso à Justiça em matéria de conflitos
f) Apoiar a aprovação do Projeto de Lei no 1.937/2007, que
agrários e urbanos e o necessário estímulo aos meios de
dispõe sobre o Sistema Único de Segurança Pública.
soluções pacíficas de controvérsias.
Responsável: Ministério da Justiça
O PNDH-3 apresenta neste eixo, fundamentalmente,
propostas para que o Poder Público se aperfeiçoe no Objetivo estratégico II:
desenvolvimento de políticas públicas de prevenção ao
Modernização da gestão do sistema de segurança pública.
crime e à violência, reforçando a noção de acesso universal
à Justiça como direito fundamental, e sustentando que a Ações programáticas:
democracia, os processos de participação e transparência, a) Condicionar o repasse de verbas federais à elaboração e
aliados ao uso de ferramentas científicas e à revisão periódica de planos estaduais, distrital e municipais
profissionalização das instituições e trabalhadores da de segurança pública que se pautem pela integração e pela
segurança, assinalam os roteiros mais promissores para que responsabilização territorial da gestão dos programas e
o Brasil possa avançar no caminho da paz pública. ações.
Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de Responsável: Ministério da Justiça
segurança pública
b) Criar base de dados unificada que permita o fluxo de
Objetivo estratégico I: informações entre os diversos componentes do sistema de
Modernização do marco normativo do sistema de segurança segurança pública e a Justiça criminal.
pública. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Ações programáticas: Direitos Humanos da Presidência da República
a) Propor alteração do texto constitucional, de modo a
considerar as polícias militares não mais como forças

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c) Redefinir as competências e o funcionamento da Ø Presos provisórios e condenados sob custódia do


Inspetoria-Geral das Polícias Militares e Corpos de sistema penitenciário federal e quantidade de
Bombeiros Militares. presos trabalhando e estudando por sexo, idade e
raça ou etnia;
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Defesa
Ø Vitimização de policiais federais, policiais
Objetivo estratégico III: rodoviários federais, membros da Força Nacional de
Segurança Pública e agentes penitenciários
Promoção dos Direitos Humanos dos profissionais do
federais;
sistema de segurança pública, assegurando sua formação
Ø Quantidade e tipos de laudos produzidos pelos
continuada e compatível com as atividades que exercem.
órgãos federais de perícia oficial.
Ações programáticas:
Responsável: Ministério da Justiça
a) Proporcionar equipamentos para proteção individual
Objetivo estratégico II:
efetiva para os profissionais do sistema federal de segurança
pública. Consolidação de mecanismos de participação popular na
elaboração das políticas públicas de segurança.
Responsável: Ministério da Justiça
Ações programáticas:
b) Condicionar o repasse de verbas federais aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, à garantia da efetiva a) Reformular o Conselho Nacional de Segurança Pública,
disponibilização de equipamentos de proteção individual aos assegurando a participação da sociedade civil organizada em
profissionais do sistema nacional de segurança pública. sua composição e garantindo sua articulação com o Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça
c)Fomentar o acompanhamento permanente da saúde
mental dos profissionais do sistema de segurança pública, b) Fomentar mecanismos de gestão participativa das
mediante serviços especializados do sistema de saúde políticas públicas de segurança, como conselhos e
pública. conferências, ampliando a Conferência Nacional de
Segurança Pública.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde
Responsável: Ministério da Justiça
d) Propor projeto de lei instituindo seguro para casos de
acidentes incapacitantes ou morte em serviço para os Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e
profissionais do sistema de segurança pública. profissionalização da investigação de atos criminosos.
Responsável: Ministério da Justiça; Objetivo estratégico I:
e) Garantir a reabilitação e reintegração ao trabalho dos Ampliação do controle de armas de fogo em circulação no
profissionais do sistema de segurança pública federal, nos País.
casos de deficiência adquirida no exercício da função.
Ações programáticas:
Responsável: Ministério da Justiça;
a) Realizar ações permanentes de estímulo ao
Diretriz 12: Transparência e participação popular no desarmamento da população.
sistema de segurança pública e justiça criminal.
Responsável: Ministério da Justiça
Objetivo estratégico I:
b) Propor reforma da legislação para ampliar as restrições e
Publicação de dados do sistema federal de segurança os requisitos para aquisição de armas de fogo por
pública. particulares e empresas de segurança privada.
Ação programática Responsável: Ministério da Justiça
a) Publicar trimestralmente estatísticas sobre: c) Propor alteração da legislação para garantir que as armas
apreendidas em crimes que não envolvam disparo sejam
Ø Crimes registrados, inquéritos instaurados e
inutilizadas imediatamente após a perícia.
concluídos, prisões efetuadas, flagrantes
registrados, operações realizadas, armas e Responsável: Ministério da Justiça
entorpecentes apreendidos pela Polícia Federal em
d) Registrar no Sistema Nacional de Armas todas as armas de
cada Estado da Federação;
fogo destruídas.
Ø Veículos abordados, armas e entorpecentes
apreendidos e prisões efetuadas pela Polícia Responsável: Ministério da Defesa
Rodoviária Federal em cada Estado da Federação;
Objetivo estratégico II:

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Qualificação da investigação criminal. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos


Direitos Humanos da Presidência da República
Ações programáticas:
Objetivo estratégico IV:
a) Propor projeto de lei para alterar o procedimento do
inquérito policial, de modo a admitir procedimentos orais Fortalecimento dos instrumentos de prevenção à violência
gravados e transformar em peça ágil e eficiente de
Ações programáticas:
investigação criminal voltada à coleta de evidências.
a) Elaborar diretrizes para as políticas de prevenção à
Responsável: Ministério da Justiça
violência com o objetivo de assegurar o reconhecimento das
b) Fomentar o debate com o objetivo de unificar os meios de diferenças geracionais, de gênero, étnico-racial e de
investigação e obtenção de provas e padronizar orientação sexual.
procedimentos de investigação criminal.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de
Responsável: Ministério da Justiça Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
c) Promover a capacitação técnica em investigação criminal
Racial da Presidência da República
para os profissionais dos sistemas estaduais de segurança
pública. b) Realizar anualmente pesquisas nacionais de vitimização.
Responsável: Ministério da Justiça Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
d) Realizar pesquisas para qualificação dos estudos sobre
técnicas de investigação criminal. c) Fortalecer mecanismos que possibilitem a efetiva
fiscalização de empresas de segurança privada e a
Responsável: Ministério da Justiça
investigação e responsabilização de policiais que delas
Objetivo estratégico III: participem de forma direta ou indireta.
Produção de prova pericial com celeridade e procedimento Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
padronizado. Direitos Humanos da Presidência da República
Ações programáticas: d) Desenvolver normas de conduta e fiscalização dos serviços
de segurança privados que atuam na área rural.
a) Propor regulamentação da perícia oficial.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça
e) Elaborar diretrizes para atividades de policiamento
b) Propor projeto de lei para proporcionar autonomia
comunitário e policiamento orientado para a solução de
administrativa e funcional dos órgãos periciais federais.
problemas, bem como catalogar e divulgar boas práticas
Responsável: Ministério da Justiça dessas atividades.
c) Propor padronização de procedimentos e equipamentos a Responsável: Ministério da Justiça
serem utilizados pelas unidades periciais oficiais em todos os
f) Elaborar diretrizes para atuação conjunta entre os órgãos
exames periciais criminalísticos e médico-legais.
de trânsito e os de segurança pública para reduzir a violência
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos no trânsito.
Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades
d) Desenvolver sistema de dados nacional informatizado
g) Realizar debate sobre o atual modelo de repressão e
para monitoramento da produção e da qualidade dos laudos
estimular a discussão sobre modelos alternativos de
produzidos nos órgãos periciais.
tratamento do uso e tráfico de drogas, considerando o
Responsável: Ministério da Justiça paradigma da redução de danos.
e) Fomentar parcerias com universidades para pesquisa e Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
desenvolvimento de novas metodologias a serem Direitos Humanos da Presidência da República; Gabinete de
implantadas nas unidades periciais. Segurança Institucional; Ministério da Saúde
Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico V:
f) Promover e apoiar a educação continuada dos Redução da violência motivada por diferenças de gênero,
profissionais da perícia oficial, em todas as áreas, para a raça ou etnia, idade, orientação sexual e situação de
formação técnica e em Direitos Humanos. vulnerabilidade.
Ações programáticas:

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a) Fortalecer a atuação da Polícia Federal no combate e na indígenas vítimas de casos de violência psicológica, sexual e
apuração de crimes contra os Direitos Humanos. de assédio moral.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde;
Direitos Humanos da Presidência da República Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República
b) Garantir aos grupos em situação de vulnerabilidade o
conhecimento sobre serviços de atendimento, atividades h) Apoiar a implementação do pacto nacional de
desenvolvidas pelos órgãos e instituições de segurança e enfrentamento à violência contra as mulheres de forma
mecanismos de denúncia, bem como a forma de acioná-los. articulada com os planos estaduais de segurança pública e
em conformidade com a Lei Maria da Penha (Lei no
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
11.340/2006).
Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de
República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
Igualdade Racial da Presidência da República Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República
c) Desenvolver e implantar sistema nacional integrado das
redes de saúde, de assistência social e educação para a i) Avaliar o cumprimento da Lei Maria da Penha com base
notificação de violência. nos dados sobre tipos de violência, agressor e vítima.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de
Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
j) Fortalecer ações estratégicas de prevenção à violência
Educação; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
contra jovens negros.
Igualdade Racial da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção
d) Promover campanhas educativas e pesquisas voltadas à
da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério
prevenção da violência contra pessoas com deficiência,
da Justiça
idosos, mulheres, indígenas, negros, crianças, adolescentes,
lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e pessoas em k) Estabelecer política de prevenção de violência contra a
situação de rua. população em situação de rua, incluindo ações de
capacitação de policiais em Direitos Humanos.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Social e Combate à Fome; Secretaria Especial de Políticas de Direitos Humanos da Presidência da República
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
l) Promover a articulação institucional, em conjunto com a
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
sociedade civil, para implementar o Plano de Ação para o
Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério
Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa.
do Turismo; Ministério do Esporte
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
e) Fortalecer unidade especializada em conflitos indígenas
Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério
na Polícia Federal e garantir sua atuação conjunta com a
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
FUNAI, em especial nos processos conflituosos de
Saúde
demarcação.
m) Fomentar a implantação do serviço de recebimento e
Responsável: Ministério da Justiça
encaminhamento de denúncias de violência contra a pessoa
f) Fomentar cursos de qualificação e capacitação sobre idosa em todas as unidades da Federação.
aspectos da cultura tradicional dos povos indígenas e sobre
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
legislação indigenista para todas as corporações policiais,
Presidência da República
principalmente para as polícias militares e civis
especialmente nos Estados e Municípios em que as aldeias n) Capacitar profissionais de educação e saúde para
indígenas estejam localizadas nas proximidades dos centros identificar e notificar crimes e casos de violência contra a
urbanos. pessoa idosa e contra a pessoa com deficiência.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Direitos Humanos da Presidência da República Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da
Educação
g) Fortalecer mecanismos para combater a violência contra
a população indígena, em especial para as mulheres o) Implementar ações de promoção da cidadania e Direitos
Humanos das lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e

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travestis, com foco na prevenção à violência, garantindo g) Desenvolver metodologia e material didático para
redes integradas de atenção. capacitar agentes públicos no enfrentamento ao tráfico de
pessoas.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério do Turismo; Ministério
Objetivo estratégico VI:
da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
Enfrentamento ao tráfico de pessoas. da Presidência da República
Ações programáticas: h) Realizar estudos e pesquisas sobre o tráfico de pessoas,
inclusive sobre exploração sexual de crianças e adolescentes.
a) Desenvolver metodologia de monitoramento,
disseminação e avaliação das metas do Plano Nacional de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, bem como construir e Presidência da República; Ministério do Turismo; Ministério
implementar o II Plano Nacional de Enfrentamento ao da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
Tráfico de Pessoas. da Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Turismo; Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da na erradicação da tortura e na redução da letalidade
Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; policial e carcerária.
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Objetivo estratégico I:
República
Fortalecimento dos mecanismos de controle do sistema de
b) Estruturar, a partir de serviços existentes, sistema
segurança pública.
nacional de atendimento às vítimas do tráfico de pessoas, de
reintegração e diminuição da vulnerabilidade, Ações programáticas:
especialmente de crianças, adolescentes, mulheres,
a) Criar ouvidoria de polícia com independência para exercer
transexuais e travestis.
controle externo das atividades das Polícias Federais e da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Força Nacional de Segurança Pública, coordenada por um
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas ouvidor com mandato.
para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Justiça
Direitos Humanos da Presidência da República
c) Implementar as ações referentes a crianças e adolescentes
b) Fortalecer a Ouvidoria do Departamento Penitenciário
previstas na Política e no Plano Nacional de Enfrentamento
Nacional, dotando-a de recursos humanos e materiais
ao Tráfico de Pessoas.
necessários ao desempenho de suas atividades, propondo
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos sua autonomia funcional.
Direitos Humanos da Presidência da República
Responsável: Ministério da Justiça
d) Consolidar fluxos de encaminhamento e monitoramento
c) Condicionar a transferência voluntária de recursos
de denúncias de casos de tráfico de crianças e adolescentes.
federais aos Estados e ao Distrito Federal ao plano de
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos implementação ou à existência de ouvidorias de polícia e do
Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria sistema penitenciário, que atendam aos requisitos de
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da coordenação por ouvidor com mandato, escolhidos com
República participação da sociedade civil e com independência para
sua atuação.
e) Revisar e disseminar metodologia para atendimento de
crianças e adolescentes vítimas de tráfico. Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da d) Elaborar projeto de lei para aperfeiçoamento da legislação
Presidência da República processual penal, visando padronizar os procedimentos da
investigação de ações policiais com resultado letal.
f) Fomentar a capacitação de técnicos da gestão pública,
organizações não governamentais e representantes das Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
cadeias produtivas para o enfrentamento ao tráfico de Direitos Humanos da Presidência da República
pessoas.
e) Dotar as Corregedorias da Polícia Federal, da Polícia
Responsável: Ministério do Turismo Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário
Nacional de recursos humanos e materiais suficientes para o

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desempenho de suas atividades, ampliando sua autonomia recursos federais nos Estados, no Distrito Federal e nos
funcional. Municípios.
Responsável: Ministério da Justiça Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
f) Fortalecer a inspetoria da Força Nacional de Segurança
Pública e tornar obrigatória a publicação trimestral de e) Disponibilizar para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária
estatísticas sobre procedimentos instaurados e concluídos e Federal e para a Força Nacional de Segurança Pública
sobre o número de policiais desmobilizados. munição, tecnologias e armas de menor potencial ofensivo.
Responsável: Ministério da Justiça Responsável: Ministério da Justiça
g) Publicar trimestralmente estatísticas sobre Objetivo estratégico III:
procedimentos instaurados e concluídos pelas Corregedorias
Consolidação de política nacional visando à erradicação da
da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, e sobre a
tortura e de outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos
quantidade de policiais infratores e condenados, por cargo e
ou degradantes.
tipo de punição aplicada.
Ações programáticas:
Responsável: Ministério da Justiça
a) Elaborar projeto de lei visando a instituir o Mecanismo
h) Publicar trimestralmente informações sobre pessoas
Preventivo Nacional, sistema de inspeção aos locais de
mortas e feridas em ações da Polícia Federal, da Polícia
detenção para o monitoramento regular e periódico dos
Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
centros de privação de liberdade, nos termos do protocolo
Responsável: Ministério da Justiça facultativo à convenção da ONU contra a tortura e outros
tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.
i)Criar sistema de rastreamento de armas e de veículos
usados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Força Nacional de Segurança Pública, e fomentar a criação Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério
de sistema semelhante nos Estados e no Distrito Federal. das Relações Exteriores;
Responsável: Ministério da Justiça b) Instituir grupo de trabalho para discutir e propor
atualização e aperfeiçoamento da Lei no 9.455/1997, que
Objetivo estratégico II:
define os crimes de tortura, de forma a atualizar os tipos
Padronização de procedimentos e equipamentos do sistema penais, instituir sistema nacional de combate à tortura,
de segurança pública. estipular marco legal para a definição de regras unificadas de
exame médico-legal, bem como estipular ações preventivas
Ações programáticas:
obrigatórias como formação específica das forças policiais e
a) Elaborar procedimentos operacionais padronizados para capacitação de agentes para a identificação da tortura.
as forças policiais federais, com respeito aos Direitos
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Humanos.
Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
c) Promover o fortalecimento, a criação e a reativação dos
Direitos Humanos da Presidência da República
comitês estaduais de combate à tortura.
b) Elaborar procedimentos operacionais padronizados sobre
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
revistas aos visitantes de estabelecimentos prisionais,
Presidência da República
respeitando os preceitos dos Direitos Humanos.
d) Propor projeto de lei para tornar obrigatória a filmagem
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
dos interrogatórios ou audiogravações realizadas durante as
Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria
investigações policiais.
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
c) Elaborar diretrizes nacionais sobre uso da força e de armas
de fogo pelas instituições policiais e agentes do sistema e) Estabelecer protocolo para a padronização de
penitenciário. procedimentos a serem realizados nas perícias destinadas a
averiguar alegações de tortura.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
d) Padronizar equipamentos, armas, munições e veículos
apropriados à atividade policial a serem utilizados pelas
forças policiais da União, bem como aqueles financiados com

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f) Elaborar matriz curricular e capacitar os operadores do Ações programáticas:


sistema de segurança pública e justiça criminal para o
a) Propor projeto de lei para integração, de forma sistêmica,
combate à tortura.
dos programas de proteção a vítimas e testemunhas
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos ameaçadas, defensores de Direitos Humanos e crianças e
Direitos Humanos da Presidência da República adolescentes ameaçados de morte.
g) Capacitar e apoiar a qualificação dos agentes da perícia Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
oficial, bem como de agentes públicos de saúde, para a Presidência da República
identificação de tortura.
b) Desenvolver sistema nacional que integre as informações
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos das ações de proteção às pessoas ameaçadas.
Direitos Humanos da Presidência da República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
h) Incluir na formação de agentes penitenciários federais Presidência da República
curso com conteúdos relativos ao combate à tortura e sobre
c) Ampliar os programas de proteção a vítimas e
a importância dos Direitos Humanos.
testemunhas ameaçadas, defensores dos Direitos Humanos
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos e crianças e adolescentes ameaçados de morte para os
Direitos Humanos da Presidência da República Estados em que o índice de violência aponte a criação de
programas locais.
i) Realizar campanhas de prevenção e combate à tortura nos
meios de comunicação para a população em geral, além de Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
campanhas específicas voltadas às forças de segurança Presidência da República
pública, bem como divulgar os parâmetros internacionais de
d) Garantir a formação de agentes da Polícia Federal para a
combate às práticas de tortura.
proteção das pessoas incluídas nos programas de proteção
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da de pessoas ameaçadas, observadas suas diretrizes.
Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
j) Estabelecer procedimento para a produção de relatórios Direitos Humanos da Presidência da República
anuais, contendo informações sobre o número de casos de
e) Propor ampliação os recursos orçamentários para a
torturas e de tratamentos desumanos ou degradantes
realização das ações dos programas de proteção a vítimas e
levados às autoridades, número de perpetradores e de
testemunhas ameaçadas, defensores dos Direitos Humanos
sentenças judiciais.
e crianças e adolescentes ameaçados de morte.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República
Presidência da República
Objetivo estratégico IV:
Objetivo estratégico II:
Combate às execuções extrajudiciais realizadas por agentes
Consolidação da política de assistência a vítimas e a
do Estado.
testemunhas ameaçadas.
Ações programáticas:
Ações programáticas:
a) Fortalecer ações de combate às execuções extrajudiciais
a) Propor projeto de lei para aperfeiçoar o marco legal do
realizadas por agentes do Estado, assegurando a
Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas
investigação dessas violações.
Ameaçadas, ampliando a proteção de escolta policial para as
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos equipes técnicas do programa, e criar sistema de apoio à
Direitos Humanos da Presidência da República reinserção social dos usuários do programa.
b) Desenvolver e apoiar ações específicas para investigação Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
e combate à atuação de milícias e grupos de extermínio. Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos b) Regulamentar procedimentos e competências para a
Direitos Humanos da Presidência da República execução do Programa Federal de Assistência a Vítimas e
Testemunhas Ameaçadas, em especial para a realização de
Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de
escolta de seus usuários.
proteção das pessoas ameaçadas.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Objetivo estratégico I:
Direitos Humanos da Presidência da República
Instituição de sistema federal que integre os programas de
proteção.

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c) Fomentar a criação de centros de atendimento a vítimas Ações programáticas:


de crimes e a seus familiares, com estrutura adequada e
a) Fortalecer a execução do Programa Nacional de Proteção
capaz de garantir o acompanhamento psicossocial e jurídico
aos Defensores dos Direitos Humanos, garantindo segurança
dos usuários, com especial atenção a grupos sociais mais
nos casos de violência, ameaça, retaliação, pressão ou ação
vulneráveis, assegurando o exercício de seus direitos.
arbitrária, e a defesa em ações judiciais de má-fé, em
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da decorrência de suas atividades.
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
para as Mulheres da Presidência da República
Presidência da República
d) Incentivar a criação de unidades especializadas do Serviço
b) Articular com os órgãos de segurança pública de Direitos
de Proteção ao Depoente Especial da Polícia Federal nos
Humanos nos Estados para garantir a segurança dos
Estados e no Distrito Federal.
defensores dos Direitos Humanos.
Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
Direitos Humanos da Presidência da República
e) Garantir recursos orçamentários e de infraestrutura ao
c) Capacitar os operadores do sistema de segurança pública
Serviço de Proteção ao Depoente Especial da Polícia Federal,
e de justiça sobre o trabalho dos defensores dos Direitos
necessários ao atendimento pleno, imediato e de qualidade
Humanos.
aos depoentes especiais e a seus familiares, bem como o
atendimento às demandas de inclusão provisória no Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
programa federal. Presidência da República
Responsável: Ministério da Justiça d) Fomentar parcerias com as Defensorias Públicas dos
Estados e da União para a defesa judicial dos defensores dos
Objetivo estratégico III:
Direitos Humanos nos processos abertos contra eles.
Garantia da proteção de crianças e adolescentes ameaçados
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
de morte.
Presidência da República
Ações programáticas:
e) Divulgar em âmbito nacional a atuação dos defensores e
a) Ampliar a atuação federal no âmbito do Programa de militantes dos Direitos Humanos, fomentando cultura de
Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte respeito e valorização de seus papéis na sociedade.
nas unidades da Federação com maiores taxas de homicídio
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
nessa faixa etária.
Presidência da República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Diretriz 16: Modernização da política de execução penal,
Presidência da República
priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à
b) Formular política nacional de enfrentamento da violência privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário.
letal contra crianças e adolescentes.
Objetivo estratégico I:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Reestruturação do sistema penitenciário.
Presidência da República
Ações programáticas:
c) Desenvolver e aperfeiçoar os indicadores de morte
violenta de crianças e adolescentes, assegurando publicação a) Elaborar projeto de reforma da Lei de Execução Penal (Lei
anual dos dados. no 7.210/1984), com o propósito de:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Ø Adotar mecanismos tecnológicos para coibir a
Presidência da República; Ministério da Saúde entrada de substâncias e materiais proibidos,
eliminando a prática de revista íntima nos familiares
d) Desenvolver programas de enfrentamento da violência
de presos;
letal contra crianças e adolescentes e divulgar as
Ø Aplicar a Lei de Execução Penal também a presas e
experiências bem sucedidas.
presos provisórios e aos sentenciados pela Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Especial;
Presidência da República; Ministério da Justiça Ø Vedar a divulgação pública de informações sobre
perfil psicológico do preso e eventuais diagnósticos
Objetivo estratégico IV:
psiquiátricos feitos nos estabelecimentos
Garantia de proteção dos defensores dos Direitos Humanos prisionais;
e de suas atividades.

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Ø Instituir a obrigatoriedade da oferta de ensino pelos trabalho externo, em qualquer regime de execução, e os
estabelecimentos penais e a remição de pena por condenados a penas alternativas à prisão.
estudo;
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do
Ø Estabelecer que a perda de direitos ou a redução de
Planejamento, Orçamento e Gestão
acesso a qualquer direito ocorrerá apenas como
consequência de faltas de natureza grave; i) Avançar na implementação do Sistema de Informações
Ø Estabelecer critérios objetivos para isolamento de Penitenciárias (InfoPen), financiando a inclusão dos
presos e presas no regime disciplinar diferenciado; estabelecimentos prisionais dos Estados e do Distrito Federal
Ø Configurar nulidade absoluta dos procedimentos e condicionando os repasses de recursos federais à sua
disciplinares quando não houver intimação do efetiva integração ao sistema.
defensor do preso;
Responsável: Ministério da Justiça
Ø Estabelecer o regime de condenação como limite
para casos de regressão de regime; j) Ampliar campanhas de sensibilização para inclusão social
Ø Assegurar e regulamentar as visitas íntimas para a de egressos do sistema prisional.
população carcerária LGBT.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça
k) Estabelecer diretrizes na política penitenciária nacional
b) Elaborar decretos extraordinários de indulto a que fortaleçam o processo de reintegração social dos presos,
condenados por crimes sem violência real, que reduzam internados e egressos, com sua efetiva inclusão nas políticas
substancialmente a população carcerária brasileira. públicas sociais.
Responsável: Ministério da Justiça Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
c) Fomentar a realização de revisões periódicas processuais
Saúde; Ministério da Educação; Ministério do Esporte
dos processos de execução penal da população carcerária.
l) Debater, por meio de grupo de trabalho interministerial,
Responsável: Ministério da Justiça
ações e estratégias que visem assegurar o encaminhamento
d) Vincular o repasse de recursos federais para construção para o presídio feminino de mulheres transexuais e travestis
de estabelecimentos prisionais nos Estados e no Distrito que estejam em regime de reclusão.
Federal ao atendimento das diretrizes arquitetônicas que
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
contemplem a existência de alas específicas para presas
Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria
grávidas e requisitos de acessibilidade.
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de República
Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Objetivo estratégico II:
e) Aplicar a Política Nacional de Saúde Mental e a Política
Limitação do uso dos institutos de prisão cautelar.
para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas
no sistema penitenciário. Ações programáticas:
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde a)Propor projeto de lei para alterar o Código de Processo
Penal, com o objetivo de:
f) Aplicar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher no contexto prisional, regulamentando a assistência Ø Estabelecer requisitos objetivos para decretação de
pré-natal, a existência de celas específicas e período de prisões preventivas que consagrem sua
permanência com seus filhos para aleitamento. excepcionalidade;
Ø Vedar a decretação de prisão preventiva em casos
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde;
que envolvam crimes com pena máxima inferior a
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
quatro anos, excetuando crimes graves como
Presidência da República
formação de quadrilha e peculato;
g) Implantar e implementar as ações de atenção integral aos Ø Estabelecer o prazo máximo de oitenta e um dias
presos previstas no Plano Nacional de Saúde no Sistema para prisão provisória.
Penitenciário.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde
b) Alterar a legislação sobre abuso de autoridade, tipificando
h) Promover estudo sobre a viabilidade de criação, em de modo específico as condutas puníveis.
âmbito federal, da carreira de oficial de condicional, trabalho
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
externo e penas alternativas, para acompanhar os
Direitos Humanos da Presidência da República
condenados em liberdade condicional, os presos em

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Objetivo estratégico III: Acesso da população à informação sobre seus direitos e


sobre como garanti-los.
Tratamento adequado de pessoas com transtornos mentais.
Ações programáticas:
Ações programáticas:
a) Difundir o conhecimento sobre os Direitos Humanos e
a) Estabelecer diretrizes que garantam tratamento
sobre a legislação pertinente com publicações em linguagem
adequado às pessoas com transtornos mentais, em
e formatos acessíveis.
consonância com o princípio de desinstitucionalização.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde
Direitos Humanos da Presidência da República
b) Propor projeto de lei para alterar o Código Penal,
b) Fortalecer as redes de canais de denúncia (disque-
prevendo que o período de cumprimento de medidas de
denúncia) e sua articulação com instituições de Direitos
segurança não deve ultrapassar o da pena prevista para o
Humanos.
crime praticado, e estabelecendo a continuidade do
tratamento fora do sistema penitenciário quando Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
necessário. Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde c) Incentivar a criação de centros integrados de serviços
públicos para prestação de atendimento ágil à população,
c ) Estabelecer mecanismos para a reintegração social dos
inclusive com unidades itinerantes para obtenção de
internados em medida de segurança quando da extinção
documentação básica.
desta, mediante aplicação dos benefícios sociais
correspondentes. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Justiça
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde;
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome d) Fortalecer o governo eletrônico com a ampliação da
disponibilização de informações e serviços para a população
Objetivo estratégico IV:
via Internet, em formato acessível.
Ampliação da aplicação de penas e medidas alternativas.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Ações programáticas: Presidência da República
a) Desenvolver instrumentos de gestão que assegurem a Objetivo estratégico II:
sustentabilidade das políticas públicas de aplicação de penas
Garantia do aperfeiçoamento e monitoramento das normas
e medidas alternativas.
jurídicas para proteção dos Direitos Humanos.
Responsáveis: Ministério da Justiça
Ações programáticas:
b) Incentivar a criação de varas especializadas e de centrais
a) Implementar o Observatório da Justiça Brasileira, em
de monitoramento do cumprimento de penas e medidas
parceria com a sociedade civil.
alternativas.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça
b) Aperfeiçoar o sistema de fiscalização de violações aos
c) Desenvolver modelos de penas e medidas alternativas que
Direitos Humanos, por meio do aprimoramento do
associem seu cumprimento ao ilícito praticado, com projetos
arcabouço de sanções administrativas.
temáticos que estimulem a capacitação do cumpridor, bem
como penas de restrição de direitos com controle de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
frequência. Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da
Justiça; Ministério do Trabalho e Emprego
Responsável: Ministério da Justiça
c) Ampliar equipes de fiscalização sobre violações dos
d) Desenvolver programas-piloto com foco na educação,
Direitos Humanos, em parceria com a sociedade civil.
para aplicação da pena de limitação de final de semana.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação
Direitos Humanos da Presidência da República
Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível,
d) Propor projeto de lei buscando ampliar a utilização das
ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa
ações coletivas para proteção dos interesses difusos,
dos direitos.
coletivos e individuais homogêneos, garantindo a
Objetivo estratégico I: consolidação de instrumentos coletivos de resolução de
conflitos.

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Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico IV:


e) Propor projetos de lei para simplificar o processamento e Garantia de acesso universal ao sistema judiciário.
julgamento das ações judiciais; coibir os atos protelatórios;
Ações programáticas:
restringir as hipóteses de recurso ex officio e reduzir recursos
e desjudicializar conflitos. a)Propor a ampliação da atuação da Defensoria Pública da
União.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça
f) Aperfeiçoar a legislação trabalhista, visando ampliar novas
tutelas de proteção das relações do trabalho e as medidas de b) Fomentar parcerias entre Municípios e entidades de
combate à discriminação e ao abuso moral no trabalho. proteção dos Direitos Humanos para atendimento da
população com dificuldade de acesso ao sistema de justiça,
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
com base no mapeamento das principais demandas da
da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
população local e no estabelecimento de estratégias para
da Presidência da República
atendimento e ações educativas e informativas.
g) Implementar mecanismos de monitoramento dos serviços
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
de atendimento ao aborto legalmente autorizado,
Direitos Humanos da Presidência da República
garantindo seu cumprimento e facilidade de acesso.
c) Apoiar a capacitação periódica e constante dos
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de
operadores do Direito e servidores da Justiça na aplicação
Políticas para as Mulheres da Presidência da República
dos Direitos Humanos voltada para a composição de
Objetivo estratégico III: conflitos.
Utilização de modelos alternativos de solução de conflitos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
Ações programáticas:
d) Dialogar com o Poder Judiciário para assegurar o efetivo
a) Fomentar iniciativas de mediação e conciliação,
acesso das pessoas com deficiência à justiça, em igualdade
estimulando a resolução de conflitos por meios
de condições com as demais pessoas.
autocompositivos, voltados à maior pacificação social e
menor judicialização. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do
Desenvolvimento Agrário; Ministério das Cidades e) Apoiar os movimentos sociais e a Defensoria Pública na
obtenção da gratuidade das perícias para as demandas
b) Fortalecer a criação de núcleos de justiça comunitária, em
judiciais, individuais e coletivas, e relacionadas a violações de
articulação com os Estados, o Distrito Federal e os
Direitos Humanos.
Municípios, e apoiar o financiamento de infraestrutura e de
capacitação. Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico V:
c) Capacitar lideranças comunitárias sobre instrumentos e Modernização da gestão e agilização do funcionamento do
técnicas de mediação comunitária, incentivando a resolução sistema de justiça.
de conflitos nas próprias comunidades.
Ações programáticas:
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
a) Propor legislação de revisão e modernização dos serviços
Direitos Humanos da Presidência da República
notariais e de registro.
d) Incentivar projetos pilotos de Justiça Restaurativa, como
Responsável: Ministério da Justiça
forma de analisar seu impacto e sua aplicabilidade no
sistema jurídico brasileiro. b) Desenvolver sistema integrado de informações do Poder
Executivo e Judiciário e disponibilizar seu acesso à sociedade.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Justiça
e) Estimular e ampliar experiências voltadas para a solução
de conflitos por meio da mediação comunitária e dos Objetivo estratégico VI:
Centros de Referência em Direitos Humanos, especialmente
Acesso à Justiça no campo e na cidade.
em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
e com dificuldades de acesso a serviços públicos. Ações programáticas:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Justiça

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a) Assegurar a criação de marco legal para a prevenção e O PNDH-3 dialoga com o Plano Nacional de Educação em
mediação de conflitos fundiários urbanos, garantindo o Direitos Humanos (PNEDH) como referência para a política
devido processo legal e a função social da propriedade. nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos,
estabelecendo os alicerces a serem adotados nos âmbitos
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades
nacional, estadual, distrital e municipal.
b) Propor projeto de lei voltado a regulamentar o
O PNEDH, refletido neste programa, se desdobra em cinco
cumprimento de mandados de reintegração de posse ou
grandes áreas:
correlatos, garantindo a observância do respeito aos Direitos
Humanos. Na educação básica, a ênfase do PNDH-3 é possibilitar, desde
a infância, a formação de sujeitos de direito, priorizando as
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades;
populações historicamente vulnerabilizadas. A troca de
Ministério do Desenvolvimento Agrário
experiências entre crianças de diferentes raças e etnias,
c) Promover o diálogo com o Poder Judiciário para a imigrantes, com deficiência física ou mental, fortalece, desde
elaboração de procedimento para o enfrentamento de casos cedo, sentimento de convivência pacífica. Conhecer o
de conflitos fundiários coletivos urbanos e rurais. diferente, desde a mais tenra idade, é perder o medo do
desconhecido, formar opinião respeitosa e combater o
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério da Justiça;
preconceito, às vezes arraigado na própria família.
Ministério do Desenvolvimento Agrário
No PNDH-3, essa concepção se traduz em propostas de
d) Propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da
mudanças curriculares, incluindo a educação transversal e
mediação nas demandas de conflitos coletivos agrários e
permanente nos temas ligados aos Direitos Humanos e, mais
urbanos, priorizando a oitiva do INCRA, institutos de terras
especificamente, o estudo da temática de gênero e
estaduais, Ministério Público e outros órgãos públicos
orientação sexual, das culturas indígena e afro-brasileira
especializados, sem prejuízo de outros meios institucionais
entre as disciplinas do ensino fundamental e médio.
para solução de conflitos. (Redação dada pelo Decreto nº
7.177, de 2010) No ensino superior, as metas previstas visam a incluir os
Direitos Humanos, por meio de diferentes modalidades
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário;
como disciplinas, linhas de pesquisa, áreas de concentração,
Ministério da Justiça
transversalização incluída nos projetos acadêmicos dos
Eixo Orientador V: diferentes cursos de graduação e pós-graduação, bem como
em programas e projetos de extensão.
Educação e cultura em Direitos Humanos
A educação não formal em Direitos Humanos é orientada
A educação e a cultura em Direitos Humanos visam à
pelos princípios da emancipação e da autonomia,
formação de nova mentalidade coletiva para o exercício da
configurando-se como processo de sensibilização e
solidariedade, do respeito às diversidades e da tolerância.
formação da consciência crítica. Desta forma, o PNDH-3
Como processo sistemático e multidimensional que orienta
propõe inclusão da temática de Educação em Direitos
a formação do sujeito de direitos, seu objetivo é combater o
Humanos nos programas de capacitação de lideranças
preconceito, a discriminação e a violência, promovendo a
comunitárias e nos programas de qualificação profissional,
adoção de novos valores de liberdade, justiça e igualdade.
alfabetização de jovens e adultos, entre outros. Volta-se,
A educação em Direitos Humanos, como canal estratégico especialmente, para o estabelecimento de diálogo e
capaz de produzir uma sociedade igualitária, extrapola o parcerias permanentes como o vasto leque brasileiro de
direito à educação permanente e de qualidade. Trata-se de movimentos populares, sindicatos, igrejas, ONGs, clubes,
mecanismo que articula, entre outros elementos: a) a entidades empresariais e toda sorte de agrupamentos da
apreensão de conhecimentos historicamente construídos sociedade civil que desenvolvem atividades formativas em
sobre Direitos Humanos e a sua relação com os contextos seu cotidiano.
internacional, regional, nacional e local; b) a afirmação de
A formação e a educação continuada em Direitos Humanos,
valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura
com recortes de gênero, relações étnico-raciais e de
dos Direitos Humanos em todos os espaços da sociedade; c)
orientação sexual, em todo o serviço público, especialmente
a formação de consciência cidadã capaz de se fazer presente
entre os agentes do sistema de Justiça de segurança pública,
nos níveis cognitivo, social, ético e político; d) o
são fundamentais para consolidar o Estado Democrático e a
desenvolvimento de processos metodológicos participativos
proteção do direito à vida e à dignidade, garantindo
e de construção coletiva, utilizando linguagens e materiais
tratamento igual a todas as pessoas e o funcionamento de
didáticos contextualizados; e) o fortalecimento de políticas
sistemas de Justiça que promovam os Direitos Humanos.
que gerem ações e instrumentos em favor da promoção, da
proteção e da defesa dos Direitos Humanos, bem como da Por fim, aborda-se o papel estratégico dos meios de
reparação das violações. comunicação de massa, no sentido de construir ou
desconstruir ambiente nacional e cultura social de respeito e

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proteção aos Direitos Humanos. Daí a importância a) Incentivar a criação de programa nacional de formação em
primordial de introduzir mudanças que assegurem ampla educação em Direitos Humanos.
democratização desses meios, bem como de atuar
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
permanentemente junto a todos os profissionais e empresas
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
do setor (seminários, debates, reportagens, pesquisas e
da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
conferências), buscando sensibilizar e conquistar seu
da Presidência da República
compromisso ético com a afirmação histórica dos Direitos
Humanos. b) Estimular a temática dos Direitos Humanos nos editais de
avaliação e seleção de obras didáticas do sistema de ensino.
Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da
política nacional de educação em Direitos Humanos para Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
fortalecer cultura de direitos. Presidência da República; Ministério da Educação;
Objetivo estratégico I: c) Estabelecer critérios e indicadores de avaliação de
publicações na temática de Direitos Humanos para o
Implementação do Plano Nacional de Educação em Direitos
monitoramento da escolha de livros didáticos no sistema de
Humanos - PNEDH
ensino.
Ações programáticas:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
a) Desenvolver ações programáticas e promover articulação Presidência da República; Ministério da Educação
que viabilizem a implantação e a implementação do PNEDH.
d) Atribuir premiação anual de educação em Direitos
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Humanos, como forma de incentivar a prática de ações e
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério projetos de educação e cultura em Direitos Humanos.
da Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
b) Implantar mecanismos e instrumentos de Presidência da República; Ministério da Educação
monitoramento, avaliação e atualização do PNEDH, em
e) Garantir a continuidade da "Mostra Cinema e Direitos
processos articulados de mobilização nacional.
Humanos na América do Sul" e o "Festival dos Direitos
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Humanos" como atividades culturais para difusão dos
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério Direitos Humanos.
da Justiça
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
c) Fomentar e apoiar a elaboração de planos estaduais e Presidência da República
municipais de educação em Direitos Humanos.
f) Consolidar a revista "Direitos Humanos" como
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da instrumento de educação e cultura em Direitos Humanos,
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério garantindo o caráter representativo e plural em seu conselho
da Justiça editorial.
d) Apoiar técnica e financeiramente iniciativas em educação Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
em Direitos Humanos, que estejam em consonância com o Presidência da República
PNEDH.
g) Produzir recursos pedagógicos e didáticos especializados
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da e adquirir materiais e equipamentos em formato acessível
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério para a educação em Direitos Humanos, para todos os níveis
da Justiça de ensino.
e) Incentivar a criação e investir no fortalecimento dos Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
comitês de educação em Direitos Humanos em todos os Presidência da República; Ministério da Educação
Estados e no Distrito Federal, como órgãos consultivos e
h) Publicar materiais pedagógicos e didáticos para a
propositivos da política de educação em Direitos Humanos.
educação em Direitos Humanos em formato acessível para
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da as pessoas com deficiência, bem como promover o uso da
Presidência da República; Ministério da Justiça Língua Brasileira de Sinais (Libras) em eventos ou divulgação
em mídia.
Objetivo Estratégico II:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Ampliação de mecanismos e produção de materiais
Presidência da República; Ministério da Educação.
pedagógicos e didáticos para Educação em Direitos
Humanos.
Ações programáticas:

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i) Fomentar o acesso de estudantes, professores e demais Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
profissionais da educação às tecnologias da informação e Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
comunicação. da Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da f)Publicar relatório periódico de acompanhamento da
Presidência da República; Ministério da Educação inclusão da temática dos Direitos Humanos na educação
formal que contenha, pelo menos, as seguintes informações:
Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e
dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas Ø Número de Estados e Municípios que possuem
instituições de ensino superior e outras instituições planos de educação em Direitos Humanos;
formadoras. Ø Existência de normas que incorporam a temática de
Direitos Humanos nos currículos escolares;
Objetivo Estratégico I:
Ø Documentos que atestem a existência de comitês
Inclusão da temática de Educação e Cultura em Direitos de educação em Direitos Humanos;
Humanos nas escolas de educação básica e em outras Ø Documentos que atestem a existência de órgãos
instituições formadoras. governamentais especializados em educação em
Direitos Humanos.
Ações Programáticas:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
a)Estabelecer diretrizes curriculares para todos os níveis e
Presidência da República
modalidades de ensino da educação básica para a inclusão
da temática de educação e cultura em Direitos Humanos, g)Desenvolver e estimular ações de enfrentamento ao
promovendo o reconhecimento e o respeito das bullying e ao cyberbulling.
diversidades de gênero, orientação sexual, identidade de
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
gênero, geracional, étnico-racial, religiosa, com educação
Presidência da República; Ministério da Educação
igualitária, não discriminatória e democrática.
h)Implementar e acompanhar a aplicação das leis que
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
dispõem sobre a inclusão da história e cultura afro-brasileira
Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria
e dos povos indígenas em todos os níveis e modalidades da
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
educação básica.
República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
b)Promover a inserção da educação em Direitos Humanos
Presidência da República; Ministério da Educação
nos processos de formação inicial e continuada de todos os
profissionais da educação, que atuam nas redes de ensino e Objetivo Estratégico II:
nas unidades responsáveis por execução de medidas
Inclusão da temática da Educação em Direitos Humanos nos
socioeducativas.
cursos das Instituições de Ensino Superior .
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Ações Programáticas:
Presidência da República; Ministério da Educação
a)Propor a inclusão da temática da educação em Direitos
c)Incluir, nos programas educativos, o direito ao meio
Humanos nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de
ambiente como Direito Humano.
graduação.
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Secretaria
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República;
Presidência da República; Ministério da Educação
Ministério da Educação
b)Incentivar a elaboração de metodologias pedagógicas de
d)Incluir conteúdos, recursos, metodologias e formas de
caráter transdisciplinar e interdisciplinar para a educação em
avaliação da educação em Direitos Humanos nos sistemas de
Direitos Humanos nas Instituições de Ensino Superior.
ensino da educação básica.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Educação
Presidência da República; Ministério da Educação
c)Elaborar relatórios sobre a inclusão da temática dos
e)Desenvolver ações nacionais de elaboração de estratégias
Direitos Humanos no ensino superior, contendo informações
de mediação de conflitos e de Justiça Restaurativa nas
sobre a existência de ouvidorias e sobre o número de:
escolas, e outras instituições formadoras e instituições de
ensino superior, inclusive promovendo a capacitação de Ø cursos de pós-graduação com áreas de
docentes para a identificação de violência e abusos contra concentração em Direitos Humanos;
crianças e adolescentes, seu encaminhamento adequado e a Ø grupos de pesquisa em Direitos Humanos;
reconstrução das relações no âmbito escolar.

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Ø cursos com a transversalização dos Direitos Superior (Capes), a criação da área "Direitos Humanos" como
Humanos nos projetos políticos pedagógicos; campo de conhecimento transdisciplinar e recomendar às
Ø disciplinas em Direitos Humanos; agências de fomento que abram linhas de financiamento
Ø teses e dissertações defendidas; para atividades de ensino, pesquisa e extensão em Direitos
Ø associações e instituições dedicadas ao tema e com Humanos.
as quais os docentes e pesquisadores tenham
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
vínculo;
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
Ø núcleos e comissões que atuam em Direitos
da Fazenda
Humanos;
Ø educadores com ações no tema Direitos Humanos; d)Implementar programas e ações de fomento à extensão
Ø projetos de extensão em Direitos Humanos; universitária em direitos humanos, para promoção e defesa
dos Direitos Humanos e o desenvolvimento da cultura e
Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial
educação em Direitos Humanos.
dos Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
d)Fomentar a realização de estudos, pesquisas e a
Presidência da República; Ministério da Educação
implementação de projetos de extensão sobre o período do
regime 1964-1985, bem como apoiar a produção de material Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como
didático, a organização de acervos históricos e a criação de espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos.
centros de referências.
Objetivo Estratégico I:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Inclusão da temática da educação em Direitos Humanos na
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
educação não formal.
da Justiça
Ações programáticas:
e)Incentivar a realização de estudos, pesquisas e produção
bibliográfica sobre a história e a presença das populações a) Fomentar a inclusão da temática de Direitos Humanos na
tradicionais. educação não formal, nos programas de qualificação
profissional, alfabetização de jovens e adultos, extensão
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
rural, educação social comunitária e de cultura popular.
Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Justiça Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento
Agrário; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
Objetivo Estratégico III:
Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da
Incentivo à transdisciplinariedade e transversalidade nas Cultura; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
atividades acadêmicas em Direitos Humanos. Presidência da República
Ações Programáticas: b) Apoiar iniciativas de educação popular em Direitos
Humanos desenvolvidas por organizações comunitárias,
a)Incentivar o desenvolvimento de cursos de graduação, de
movimentos sociais, organizações não governamentais e
formação continuada e programas de pós-graduação em
outros agentes organizados da sociedade civil.
Direitos Humanos.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de
Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas
Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério
para as Mulheres da Presidência da República
da Justiça
b)Fomentar núcleos de pesquisa de educação em Direitos
c) Apoiar e promover a capacitação de agentes
Humanos em instituições de ensino superior e escolas
multiplicadores para atuarem em projetos de educação em
públicas e privadas, estruturando-as com equipamentos e
Direitos Humanos.
materiais didáticos.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
da Ciência e Tecnologia d) Apoiar e desenvolver programas de formação em
comunicação e Direitos Humanos para comunicadores
c)Fomentar e apoiar, no Conselho Nacional de
comunitários.
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e na
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

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Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da da Justiça; Ministério da Saúde; Ministério do Planejamento,
Presidência da República; Ministério das Comunicações; Orçamento e Gestão; Ministério das Relações Exteriores
Ministério da Cultura
b)Incentivar a inserção da temática dos Direitos Humanos
e) Desenvolver iniciativas que levem a incorporar a temática nos programas das escolas de formação de servidores
da educação em Direitos Humanos nos programas de vinculados aos órgãos públicos federais.
inclusão digital e de educação à distância.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria
das Comunicações; Ministério de Ciência e Tecnologia Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
Presidência da República
f) Apoiar a incorporação da temática da educação em
Direitos Humanos nos programas e projetos de esporte, lazer c)Publicar materiais didático-pedagógicos sobre Direitos
e cultura como instrumentos de inclusão social. Humanos e função pública, desdobrando temas e aspectos
adequados ao diálogo com as várias áreas de atuação dos
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
servidores públicos.
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
da Cultura; Ministério do Esporte Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério do Planejamento,
g)Fortalecer experiências alternativas de educação para os
Orçamento e Gestão
adolescentes, bem como para monitores e profissionais do
sistema de execução de medidas socioeducativas. Objetivo Estratégico II:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Formação adequada e qualificada dos profissionais do
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério sistema de segurança pública.
da Justiça
Ações programáticas:
Objetivo estratégico II:
a)Oferecer, continuamente e permanentemente, cursos em
Resgate da memória por meio da reconstrução da história Direitos Humanos para os profissionais do sistema de
dos movimentos sociais. segurança pública e justiça criminal.
Ações programáticas: Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria
a) Promover campanhas e pesquisas sobre a história dos
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
movimentos de grupos historicamente vulnerabilizados, tais
República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
como o segmento LGBT, movimentos de mulheres,
Igualdade Racial da Presidência da República
quebradeiras de coco, castanheiras, ciganos, entre outros.
b)Oferecer permanentemente cursos de especialização aos
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
gestores, policiais e demais profissionais do sistema de
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas
segurança pública.
para as Mulheres da Presidência da República
Responsável: Ministério da Justiça
b)Apoiar iniciativas para a criação de museus voltados ao
resgate da cultura e da história dos movimentos sociais. c)Publicar materiais didático-pedagógicos sobre segurança
pública e Direitos Humanos.
Responsáveis: Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos
no serviço público. d)Incentivar a inserção da temática dos Direitos Humanos
nos programas das escolas de formação inicial e continuada
Objetivo Estratégico I:
dos membros das Forças Armadas.
Formação e capacitação continuada dos servidores públicos
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
em Direitos Humanos, em todas as esferas de governo.
Presidência da República; Ministério da Defesa
Ações programáticas:
e)Criar escola nacional de polícia para educação continuada
a) Apoiar e desenvolver atividades de formação e dos profissionais do sistema de segurança pública, com
capacitação continuadas interdisciplinares em Direitos enfoque prático.
Humanos para servidores públicos.
Responsável: Ministério da Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério

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f)Apoiar a capacitação de policiais em direitos das crianças, g)Promover a eliminação das barreiras que impedem o
em aspectos básicos do desenvolvimento infantil e em acesso de pessoas com deficiência sensorial à programação
maneiras de lidar com grupos em situação de em todos os meios de comunicação e informação, em
vulnerabilidade, como crianças e adolescentes em situação conformidade com o Decreto no 5.296/2004, bem como
de rua, vítimas de exploração sexual e em conflito com a lei. acesso a novos sistemas e tecnologias, incluindo Internet.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria
Direitos Humanos da Presidência da República Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República;
Ministério da Justiça
Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática
e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura Objetivo Estratégico II:
em Direitos Humanos.
Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso
Objetivo Estratégico I: à informação.
Promover o respeito aos Direitos Humanos nos meios de Ações Programáticas:
comunicação e o cumprimento de seu papel na promoção da
a)Promover parcerias com entidades associativas de mídia,
cultura em Direitos Humanos.
profissionais de comunicação, entidades sindicais e
Ações Programáticas: populares para a produção e divulgação de materiais sobre
Direitos Humanos.
a) Propor a criação de marco legal, nos termos do art. 221 da
Constituição, estabelecendo o respeito aos Direitos Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério
concedidos, permitidos ou autorizados. (Redação dada pelo das Comunicações
decreto nº 7.177, de 2010)
b)Incentivar pesquisas regulares que possam identificar
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria formas, circunstâncias e características de violações dos
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Direitos Humanos na mídia.
Ministério da Justiça; Ministério da Cultura
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria
b) Promover diálogo com o Ministério Público para Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
proposição de ações objetivando a suspensão de
c)Incentivar a produção de filmes, vídeos, áudios e similares,
programação e publicidade atentatórias aos Direitos
voltada para a educação em Direitos Humanos e que
Humanos.
reconstrua a história recente do autoritarismo no Brasil, bem
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos como as iniciativas populares de organização e de
Direitos Humanos da Presidência da República resistência.
c)Suspender patrocínio e publicidade oficial em meios que Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria
veiculam programações atentatórias aos Direitos Humanos. Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República;
Ministério da Cultura; Ministério da Justiça
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Eixo Orientador VI:
Ministério da Justiça
Direito à Memória e à Verdade
e)Desenvolver programas de formação nos meios de
A investigação do passado é fundamental para a construção
comunicação públicos como instrumento de informação e
da cidadania. Estudar o passado, resgatar sua verdade e
transparência das políticas públicas, de inclusão digital e de
trazer à tona seus acontecimentos caracterizam forma de
acessibilidade.
transmissão de experiência histórica, que é essencial para a
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria constituição da memória individual e coletiva.
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República;
O Brasil ainda processa com dificuldades o resgate da
Ministério da Cultura; Ministério da Justiça
memória e da verdade sobre o que ocorreu com as vítimas
f)Avançar na regularização das rádios comunitárias e atingidas pela repressão política durante o regime de 1964.
promover incentivos para que se afirmem como A impossibilidade de acesso a todas as informações oficiais
instrumentos permanentes de diálogo com as comunidades impede que familiares de mortos e desaparecidos possam
locais. conhecer os fatos relacionados aos crimes praticados e não
permite à sociedade elaborar seus próprios conceitos sobre
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria
aquele período.
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República;
Ministério da Cultura; Ministério da Justiça A história que não é transmitida de geração a geração torna-
se esquecida e silenciada. O silêncio e o esquecimento das

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barbáries geram graves lacunas na experiência coletiva de Em agosto de 2007, em ato oficial coordenado pelo
construção da identidade nacional. Resgatando a memória e Presidente da República, foi lançado, pela Secretaria Especial
a verdade, o País adquire consciência superior sobre sua dos Direitos Humanos da Presidência da República e pela
própria identidade, a democracia se fortalece. As tentações Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, o
totalitárias são neutralizadas e crescem as possibilidades de livro-relatório "Direito à Memória e à Verdade", registrando
erradicação definitiva de alguns resquícios daquele período os onze anos de trabalho daquela Comissão e resumindo a
sombrio, como a tortura, por exemplo, ainda persistente no história das vítimas da ditadura no Brasil.
cotidiano brasileiro.
A trajetória de estudantes, profissionais liberais,
O trabalho de reconstituir a memória exige revisitar o trabalhadores e camponeses que se engajaram no combate
passado e compartilhar experiências de dor, violência e ao regime militar aparece como documento oficial do Estado
mortes. Somente depois de lembrá-las e fazer seu luto, será brasileiro. O Ministério da Educação e a Secretaria Especial
possível superar o trauma histórico e seguir adiante. A dos Direitos Humanos formularam parceria para criar portal
vivência do sofrimento e das perdas não pode ser reduzida a que incluirá o livro-relatório, ampliado com abordagem que
conflito privado e subjetivo, uma vez que se inscreveu num apresenta o ambiente político, econômico, social e
contexto social, e não individual. principalmente os aspectos culturais do período. Serão
distribuídas milhares de cópias desse material em mídia
A compreensão do passado por intermédio da narrativa da
digital para estudantes de todo o País.
herança histórica e pelo reconhecimento oficial dos
acontecimentos possibilita aos cidadãos construírem os Em julho de 2008, o Ministério da Justiça e a Comissão de
valores que indicarão sua atuação no presente. O acesso a Anistia promoveram audiência pública sobre "Limites e
todos os arquivos e documentos produzidos durante o Possibilidades para a Responsabilização Jurídica dos Agentes
regime militar é fundamental no âmbito das políticas de Violadores de Direitos Humanos durante o Estado de
proteção dos Direitos Humanos. Exceção no Brasil", que discutiu a interpretação da Lei de
Anistia de 1979 no que se refere à controvérsia jurídica e
Desde os anos 1990, a persistência de familiares de mortos
política, envolvendo a prescrição ou imprescritibilidade dos
e desaparecidos vem obtendo vitórias significativas nessa
crimes de tortura.
luta, com abertura de importantes arquivos estaduais sobre
a repressão política do regime ditatorial. Em dezembro de A Comissão de Anistia já realizou setecentas sessões de
1995, coroando difícil e delicado processo de discussão entre julgamento e promoveu, desde 2008, trinta caravanas,
esses familiares, o Ministério da Justiça e o Poder Legislativo possibilitando a participação da sociedade nas discussões, e
Federal, foi aprovada a Lei no 9.140/95, que reconheceu a contribuindo para a divulgação do tema no País. Até 1º de
responsabilidade do Estado brasileiro pela morte de novembro de 2009, já haviam sido apreciados por essa
opositores ao regime de 1964. Comissão mais de cinquenta e dois mil pedidos de concessão
de anistia, dos quais quase trinta e cinco mil foram deferidos
Essa Lei instituiu Comissão Especial com poderes para deferir
e cerca de dezessete mil, indeferidos. Outros doze mil
pedidos de indenização das famílias de uma lista inicial de
pedidos aguardavam julgamento, sendo possível, ainda, a
136 pessoas e julgar outros casos apresentados para seu
apresentação de novas solicitações. Em julho de 2009, em
exame. No art. 4º, inciso II, a Lei conferiu à Comissão Especial
Belo Horizonte, o Ministro de Estado da Justiça realizou
também a incumbência de envidar esforços para a
audiência pública de apresentação do projeto Memorial da
localização dos corpos de pessoas desaparecidas no caso de
Anistia Política do Brasil, envolvendo a remodelação e
existência de indícios quanto ao local em que possam estar
construção de novo edifício junto ao antigo "Coleginho" da
depositados.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde estará
Em 24 de agosto de 2001, foi criada, pela Medida Provisória disponível para pesquisas todo o acervo da Comissão de
no 2151-3, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Anistia.
Esse marco legal foi reeditado pela Medida Provisória no 65,
No âmbito da sociedade civil, foram levadas ao Poder
de 28 de agosto de 2002, e finalmente convertido na Lei no
Judiciário importantes ações que provocaram debate sobre
10.559, de 13 de novembro de 2002. Essa norma
a interpretação das leis e a apuração de responsabilidades.
regulamentou o art. 8º do Ato das Disposições
Em 1982, um grupo de familiares entrou com ação na Justiça
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição de 1988,
Federal para a abertura de arquivos e localização dos restos
que previa a concessão de anistia aos que foram perseguidos
mortais dos mortos e desaparecidos políticos no episódio
em decorrência de sua oposição política. Em dezembro de
conhecido como "Guerrilha do Araguaia". Em 2003, foi
2005, o Governo Federal determinou que os três arquivos da
proferida sentença condenando a União, que recorreu e,
Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) fossem entregues
posteriormente, criou Comissão Interministerial pelo
ao Arquivo Nacional, subordinado à Casa Civil, onde
Decreto no 4.850, de 2 de outubro de 2003, com a finalidade
passaram a ser organizados e digitalizados.
de obter informações que levassem à localização dos restos
mortais de participantes da "Guerrilha do Araguaia". Os

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trabalhos da Comissão Interministerial encerraram-se em documentos


março de 2007, com a divulgação de seu relatório final. (www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br).
Em agosto de 1995, o Centro de Estudos para a Justiça e o Cabe, agora, completar esse processo mediante
Direito Internacional (CEJIL) e a Human Rights recolhimento ao Arquivo Nacional de todo e qualquer
Watch/América (HRWA), em nome de um grupo de documento indevidamente retido ou ocultado, nos termos
familiares, apresentaram petição à Comissão Interamericana da Portaria Interministerial assinada na mesma data daquele
de Direitos Humanos (CIDH), denunciando o lançamento. Cabe também sensibilizar o Legislativo pela
desaparecimento de integrantes da "Guerrilha do Araguaia". aprovação do Projeto de Lei no 5.228/2009, assinado pelo
Em 31 de outubro de 2008, a CIDH expediu o Relatório de Presidente da República, que introduz avanços
Mérito no 91/08, onde fez recomendações ao Estado democratizantes nas normas reguladoras do direito de
brasileiro. Em 26 de março de 2009, a CIDH submeteu o caso acesso à informação.
à Corte Interamericana de Direitos Humanos, requerendo
Importância superior nesse resgate da história nacional está
declaração de responsabilidade do Estado brasileiro sobre
no imperativo de localizar os restos mortais de pelo menos
violações de direitos humanos ocorridas durante as
cento e quarenta brasileiros e brasileiras que foram mortos
operações de repressão àquele movimento.
pelo aparelho de repressão do regime ditatorial. A partir de
Em 2005 e 2008, duas famílias iniciaram, na Justiça Civil, junho de 2009, a Secretaria de Comunicação Social da
ações declaratórias para o reconhecimento das torturas Presidência da República planejou, concebeu e veiculou
sofridas por seus membros, indicando o responsável pelas abrangente campanha publicitária de televisão, internet,
sevícias. Ainda em 2008, o Ministério Público Federal em São rádio, jornais e revistas de todo o Brasil buscando sensibilizar
Paulo propôs Ação Civil Pública contra dois oficiais do os cidadãos sobre essa questão. As mensagens solicitavam
exército acusados de determinarem prisão ilegal, tortura, que informações sobre a localização de restos mortais ou
homicídio e desaparecimento forçado de dezenas de sobre qualquer documento e arquivos envolvendo assuntos
cidadãos. da repressão política entre 1964 e 1985 sejam encaminhados
ao Memórias Reveladas. Seu propósito é assegurar às
Tramita também, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
famílias o exercício do direito sagrado de prantear seus entes
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental,
queridos e promover os ritos funerais, sem os quais
proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
desaparece a certeza da morte e se perpetua angústia que
Brasil, que solicita a mais alta corte brasileira
equivale a nova forma de tortura.
posicionamento formal para saber se, em 1979, houve ou
não anistia dos agentes públicos responsáveis pela prática de As violações sistemáticas dos Direitos Humanos pelo Estado
tortura, homicídio, desaparecimento forçado, abuso de durante o regime ditatorial são desconhecidas pela maioria
autoridade, lesões corporais e estupro contra opositores da população, em especial pelos jovens. A radiografia dos
políticos, considerando, sobretudo, os compromissos atingidos pela repressão política ainda está longe de ser
internacionais assumidos pelo Brasil e a insuscetibilidade de concluída, mas calcula-se que pelo menos cinquenta mil
graça ou anistia do crime de tortura. pessoas foram presas somente nos primeiros meses de
1964; cerca de vinte mil brasileiros foram submetidos a
Em abril de 2009, o Ministério da Defesa, no contexto da
torturas e cerca de quatrocentos cidadãos foram mortos ou
decisão transitada em julgado da referida ação judicial de
estão desaparecidos. Ocorreram milhares de prisões
1982, criou Grupo de Trabalho para realizar buscas de restos
políticas não registradas, cento e trinta banimentos, quatro
mortais na região do Araguaia, sendo que, por ordem
mil, oitocentos e sessenta e duas cassações de mandatos
expressa do Presidente da República, foi instituído Comitê
políticos, uma cifra incalculável de exílios e refugiados
Interinstitucional de Supervisão, com representação dos
políticos.
familiares de mortos e desaparecidos políticos, para o
acompanhamento e orientação dos trabalhos. Após três As ações programáticas deste eixo orientador têm como
meses de buscas intensas, sem que tenham sido finalidade assegurar o processamento democrático e
encontrados restos mortais, os trabalhos foram republicano de todo esse período da história brasileira, para
temporariamente suspensos devido às chuvas na região, que se viabilize o desejável sentimento de reconciliação
prevendo-se sua retomada ao final do primeiro trimestre de nacional. E para se construir consenso amplo no sentido de
2010. que as violações sistemáticas de Direitos Humanos
registradas entre 1964 e 1985, bem como no período do
Em maio de 2009, o Presidente da República coordenou o
Estado Novo, não voltem a ocorrer em nosso País, nunca
ato de lançamento do projeto Memórias Reveladas, sob
mais.
responsabilidade da Casa Civil, que interliga digitalmente o
acervo recolhido ao Arquivo Nacional após dezembro de Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade
2005, com vários outros arquivos federais sobre a repressão como Direito Humano da cidadania e dever do Estado.
política e com arquivos estaduais de quinze unidades da
Objetivo Estratégico I:
federação, superando cinco milhões de páginas de

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Promover a apuração e o esclarecimento público das •promover, com base em seus informes, a
violações de Direitos Humanos praticadas no contexto da reconstrução da história dos casos de violação
repressão política ocorrida no Brasil no período fixado pelo de Direitos Humanos, bem como a assistência
art. 8º do ADCT da Constituição, a fim de efetivar o direito à às vítimas de tais violações;
memória e à verdade histórica e promover a reconciliação • promover, com base no acesso às informações,
nacional. os meios e recursos necessários para a
Ação Programática: localização e identificação de corpos e restos
mortais de desaparecidos políticos;
a)Designar grupo de trabalho composto por representantes • identificar e tornar públicas as estruturas
da Casa Civil, do Ministério da Justiça, do Ministério da utilizadas para a prática de violações de Direitos
Defesa e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Humanos, suas ramificações nos diversos
Presidência da República, para elaborar, até abril de 2010, aparelhos do Estado e em outras instâncias da
projeto de lei que institua Comissão Nacional da Verdade, sociedade;
composta de forma plural e suprapartidária, com mandato e • registrar e divulgar seus procedimentos oficiais,
prazo definidos, para examinar as violações de Direitos a fim de garantir o esclarecimento
Humanos praticadas no contexto da repressão política no circunstanciado de torturas, mortes e
período mencionado, observado o seguinte: desaparecimentos, devendo-se discriminá-los e
Ø O grupo de trabalho será formado por encaminhá-los aos órgãos competentes;
representantes da Casa Civil da Presidência da • apresentar recomendações para promover a
República, que o presidirá, do Ministério da Justiça, efetiva reconciliação nacional e prevenir no
do Ministério da Defesa, da Secretaria Especial dos sentido da não repetição de violações de
Direitos Humanos da Presidência da República, do Direitos Humanos.
presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Ø A Comissão Nacional da Verdade deverá
Desaparecidos Políticos, criada pela Lei no 9.140/95 apresentar, anualmente, relatório circunstanciado
e de representante da sociedade civil, indicado por que exponha as atividades realizadas e as
esta Comissão Especial; respectivas conclusões, com base em informações
Ø Com o objetivo de promover o maior intercâmbio colhidas ou recebidas em decorrência do exercício
de informações e a proteção mais eficiente dos de suas atribuições.
Direitos Humanos, a Comissão Nacional da Verdade Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção
estabelecerá coordenação com as atividades pública da verdade.
desenvolvidas pelos seguintes órgãos:
Ø Arquivo Nacional, vinculado à Casa Civil da Objetivo Estratégico I:
Presidência da República; Incentivar iniciativas de preservação da memória histórica e
Ø Comissão de Anistia, vinculada ao Ministério da de construção pública da verdade sobre períodos
Justiça; autoritários.
Ø Comissão Especial criada pela Lei no 9.140/95,
vinculada à Secretaria Especial dos Direitos Ações programáticas:
Humanos da Presidência da República; a)Disponibilizar linhas de financiamento para a criação de
Ø Comitê Interinstitucional de Supervisão instituído centros de memória sobre a repressão política, em todos os
pelo Decreto Presidencial de 17 de julho de 2009; Estados, com projetos de valorização da história cultural e de
Ø Grupo de Trabalho instituído pela Portaria no socialização do conhecimento por diversos meios de difusão.
567/MD, de 29 de abril de 2009, do Ministro de
Estado da Defesa; Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Ø No exercício de suas atribuições, a Comissão Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da
Nacional da Verdade poderá realizar as seguintes Cultura; Ministério da Educação
atividades: b)Criar comissão específica, em conjunto com
• requisitar documentos públicos, com a departamentos de História e centros de pesquisa, para
colaboração das respectivas autoridades, bem reconstituir a história da repressão ilegal relacionada ao
como requerer ao Judiciário o acesso a Estado Novo (1937-1945). Essa comissão deverá publicar
documentos privados; relatório contendo os documentos que fundamentaram essa
• colaborar com todas as instâncias do Poder repressão, a descrição do funcionamento da justiça de
Público para a apuração de violações de exceção, os responsáveis diretos no governo ditatorial,
Direitos Humanos, observadas as disposições registros das violações, bem como dos autores e das vítimas.
da Lei no 6.683, de 28 de agosto de 1979;

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Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Ø revogação de leis remanescentes do período 1964-
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério 1985 que sejam contrárias à garantia dos Direitos
da Justiça; Ministério da Cultura Humanos ou tenham dado sustentação a graves
violações;
c) Identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as
Ø revisão de propostas legislativas envolvendo
instituições e as circunstâncias relacionados à prática de
retrocessos na garantia dos Direitos Humanos em
violações de direitos humanos, suas eventuais ramificações
geral e no direito à memória e à verdade.
nos diversos aparelhos estatais e na sociedade, bem como
promover, com base no acesso às informações, os meios e Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
recursos necessários para a localização e identificação de Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de
corpos e restos mortais de desaparecidos políticos. (Redação Relações Institucionais da Presidência da República
dada pelo Decreto nº 7.177, de 2010)
b)Propor e articular o reconhecimento do status
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da constitucional de instrumentos internacionais de Direitos
Presidência da República; Casa Civil da Presidência da Humanos novos ou já existentes ainda não ratificados.
República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Institucionais da Presidência da República
Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de
d)Criar e manter museus, memoriais e centros de Relações Institucionais da Presidência da República;
documentação sobre a resistência à ditadura. Ministério das Relações Exteriores
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da c) Fomentar debates e divulgar informações no sentido de
Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da que logradouros, atos e próprios nacionais ou prédios
Cultura; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência públicos não recebam nomes de pessoas identificadas
da República reconhecidamente como torturadores. (Redação dada pelo
Decreto nº 7.177, de 2010)
e)Apoiar técnica e financeiramente a criação de
observatórios do Direito à Memória e à Verdade nas Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos
universidades e em organizações da sociedade civil. Direitos Humanos da Presidência da República; Casa Civil da
Presidência da República; Secretaria de Relações
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Institucionais da Presidência da República
Presidência da República; Ministério da Educação
d) Acompanhar e monitorar a tramitação judicial dos
f) Desenvolver programas e ações educativas, inclusive a
processos de responsabilização civil sobre casos que
produção de material didático-pedagógico para ser utilizado
envolvam graves violações de direitos humanos praticadas
pelos sistemas de educação básica e superior sobre graves
no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições
violações de direitos humanos ocorridas no período fixado
Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.
no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
(Redação dada pelo Decreto nº 7.177, de 2010)
da Constituição de 1988. (Redação dada pelo Decreto nº
7.177, de 2010) Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério
da Justiça; Ministério da Cultura; Ministério de Ciência e DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
Tecnologia
DIREITOS HUMANOS/1948
Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com
promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo Preâmbulo
a democracia.
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente
Objetivo Estratégico I: a todos os membros da família humana e de seus direitos
iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça
Suprimir do ordenamento jurídico brasileiro eventuais
e da paz no mundo,
normas remanescentes de períodos de exceção que
afrontem os compromissos internacionais e os preceitos Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos
constitucionais sobre Direitos Humanos. humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a
consciência da humanidade e que o advento de um mundo
Ações Programáticas:
em que mulheres e homens gozem de liberdade de palavra,
a)Criar grupo de trabalho para acompanhar, discutir e de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da
articular, com o Congresso Nacional, iniciativas de legislação necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do
propondo: ser humano comum,

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Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a
protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas
seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a as suas formas.
tirania e a opressão,
Artigo 5º
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou
relações amistosas entre as nações,
castigo cruel, desumano ou degradante.
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram,
Artigo 6º
na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do ser humano,
na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares,
direitos do homem e da mulher e que decidiram promover o reconhecido como pessoa perante a lei.
progresso social e melhores condições de vida em uma
Artigo 7º
liberdade mais ampla,
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer
Considerando que os Países-Membros se comprometeram a
distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual
promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito
proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser
Declaração e contra qualquer incitamento a tal
humano e a observância desses direitos e liberdades,
discriminação.
Considerando que uma compreensão comum desses direitos
Artigo 8º
e liberdades é da mais alta importância para o pleno
cumprimento desse compromisso, Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais
nacionais competentes remédio efetivo para os atos que
Agora portanto a Assembléia Geral proclama a presente
violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos
Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal
pela constituição ou pela lei.
comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações,
com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da Artigo 9º
sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
se, por meio do ensino e da educação, por promover o
respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de Artigo 10
medidas progressivas de caráter nacional e internacional,
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma
por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância
justa e pública audiência por parte de um tribunal
universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios
independente e imparcial, para decidir seus direitos e
Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob
deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal
sua jurisdição.
contra ele.
Artigo 1º
Artigo 11
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade
1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o
e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir
direito de ser presumido inocente até que a sua
em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em
Artigo 2º julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas
todas as garantias necessárias à sua defesa.
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e
as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou
de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, omissão que, no momento, não constituíam delito perante o
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou direito nacional ou internacional. Também não será imposta
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. pena mais forte de que aquela que, no momento da prática,
era aplicável ao ato delituoso.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na
condição política, jurídica ou internacional do país ou Artigo 12
território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na
território independente, sob tutela, sem governo próprio,
sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a
quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem
Artigo 3º direito à proteção da lei contra tais interferências ou
ataques.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à
segurança pessoal. Artigo 13
Artigo 4º

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1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
residência dentro das fronteiras de cada Estado. associação.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, Artigo 21
inclusive o próprio e a esse regressar.
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo
Artigo 14 de seu país diretamente ou por intermédio de
representantes livremente escolhidos.
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de
procurar e de gozar asilo em outros países. 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço
público do seu país.
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de
perseguição legitimamente motivada por crimes de direito 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo;
comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das essa vontade será expressa em eleições periódicas e
Nações Unidas. legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou
processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo 15
Artigo 22
1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade.
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua
à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
cooperação internacional e de acordo com a organização e
Artigo 16 recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e
culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer
desenvolvimento da sua personalidade.
restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de
contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais Artigo 23
direitos em relação ao casamento, sua duração e sua
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha
dissolução.
de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno proteção contra o desemprego.
consentimento dos nubentes.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e igual remuneração por igual trabalho.
tem direito à proteção da sociedade e do Estado.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma
Artigo 17 remuneração justa e satisfatória que lhe assegure, assim
como à sua família, uma existência compatível com a
1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em
dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário,
sociedade com outros.
outros meios de proteção social.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a
propriedade.
neles ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo 18
Artigo 24
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento,
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a
consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de
limitação razoável das horas de trabalho e a férias
mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa
remuneradas periódicas.
religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em
público ou em particular. Artigo 25
Artigo 19 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz
de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e
alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os
expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem
serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros
informações e idéias por quaisquer meios e
casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias
independentemente de fronteiras.
fora de seu controle.
Artigo 20
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou
associação pacífica. fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo 26

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1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será


gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. DECRETO Nº 592/1992
A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-
profissional será acessível a todos, bem como a instrução Atos Internacionais. Pacto Internacional sobre Direitos Civis
superior, esta baseada no mérito. e Políticos. Promulgação.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que
desenvolvimento da personalidade humana e do lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e,
fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e Considerando que o Pacto Internacional sobre Direitos Civis
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a e Políticos foi adotado pela XXI Sessão da Assembleia-Geral
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações
das Nações Unidas, em 16 de dezembro de 1966;
e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das
Nações Unidas em prol da manutenção da paz. Considerando que o Congresso Nacional aprovou o texto do
referido diploma internacional por meio do Decreto
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de
Legislativo nº 226, de 12 de dezembro de 1991;
instrução que será ministrada a seus filhos.
Considerando que a Carta de Adesão ao Pacto Internacional
Artigo 27
sobre Direitos Civis e Políticos foi depositada em 24 de
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente janeiro de 1992;
da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de
Considerando que o pacto ora promulgado entrou em vigor,
participar do progresso científico e de seus benefícios. para o Brasil, em 24 de abril de 1992, na forma de seu art.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses 49, § 2º;
morais e materiais decorrentes de qualquer produção
DECRETA:
científica literária ou artística da qual seja autor.
Art. 1º O Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos,
Artigo 28
apenso por cópia ao presente decreto, será executado e
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e cumprido tão inteiramente como nele se contém.
internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua
na presente Declaração possam ser plenamente realizados. publicação.
Artigo 29 Brasília, 06 de julho de 1992; 171º da Independência e 104º
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, da República.
na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua
FERNANDO COLLOR
personalidade é possível.
Celso Lafer
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser
humano estará sujeito apenas às limitações determinadas Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 7.7.1992
pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de
outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ANEXO AO DECRETO QUE PROMULGA O PACTO
ordem pública e do bem-estar de uma sociedade INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS/MRE
democrática. Pacto Internacional Sobre Direitos Civis e Políticos
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese Preâmbulo
alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e
princípios das Nações Unidas. Os Estados Partes do presente Pacto,
Artigo 30 Considerando que, em conformidade com os princípios
proclamados na Carta das Nações Unidas, o reconhecimento
Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser da dignidade inerente a todos os membros da família
interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, humana e de seus direitos iguais e inalienáveis constitui o
grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer
dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. Reconhecendo que esses direitos decorrem da dignidade
inerente à pessoa humana,
Reconhecendo que, em conformidade com a Declaração
Universal dos Direitos do Homem, o ideal do ser humano
livre, no gozo das liberdades civis e políticas e liberto do

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temor e da miséria, não pode ser realizado e menos que se a) Garantir que toda pessoa, cujos direitos e liberdades
criem às condições que permitam a cada um gozar de seus reconhecidos no presente Pacto tenham sido violados, possa
direitos civis e políticos, assim como de seus direitos de um recurso efetivo, mesmo que a violência tenha sido
econômicos, sociais e culturais, perpetra por pessoas que agiam no exercício de funções
oficiais;
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos
Estados a obrigação de promover o respeito universal e b) Garantir que toda pessoa que interpuser tal recurso terá
efetivo dos direitos e das liberdades do homem, seu direito determinado pela competente autoridade
judicial, administrativa ou legislativa ou por qualquer outra
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres para com
autoridade competente prevista no ordenamento jurídico do
seus semelhantes e para com a coletividade a que pertence,
Estado em questão; e a desenvolver as possibilidades de
tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos
recurso judicial;
direitos reconhecidos no presente Pacto,
c) Garantir o cumprimento, pelas autoridades competentes,
Acordam o seguinte:
de qualquer decisão que julgar procedente tal recurso.
PARTE I
ARTIGO 3
ARTIGO 1
Os Estados Partes no presente Pacto comprometem-se a
1. Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos
virtude desse direito, determinam livremente seu estatuto os direitos civis e políticos enunciados no presente Pacto.
político e asseguram livremente seu desenvolvimento
ARTIGO 4
econômico, social e cultural.
1. Quando situações excepcionais ameacem a existência da
2. Para a consecução de seus objetivos, todos os povos
nação e sejam proclamadas oficialmente, os Estados Partes
podem dispor livremente se suas riquezas e de seus recursos
do presente Pacto podem adotar, na estrita medida exigida
naturais, sem prejuízo das obrigações decorrentes da
pela situação, medidas que suspendam as obrigações
cooperação econômica internacional, baseada no princípio
decorrentes do presente Pacto, desde que tais medidas não
do proveito mútuo, e do Direito Internacional. Em caso
sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhes
algum, poderá um povo ser privado de seus meios de
sejam impostas pelo Direito Internacional e não acarretem
subsistência.
discriminação alguma apenas por motivo de raça, cor, sexo,
3. Os Estados Partes do presente Pacto, inclusive aqueles que língua, religião ou origem social.
tenham a responsabilidade de administrar territórios não-
2. A disposição precedente não autoriza qualquer suspensão
autônomos e territórios sob tutela, deverão promover o
dos artigos 6, 7, 8 (parágrafos 1 e 2) 11, 15, 16, e 18.
exercício do direito à autodeterminação e respeitar esse
direito, em conformidade com as disposições da Carta das 3. Os Estados Partes do presente Pacto que fizerem uso do
Nações Unidas. direito de suspensão devem comunicar imediatamente aos
outros Estados Partes do presente Pacto, por intermédio do
PARTE II
Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, as
ARTIGO 2 disposições que tenham suspendido, bem como os motivos
de tal suspensão. Os Estados partes deverão fazer uma nova
1. Os Estados Partes do presente pacto comprometem-se a
comunicação, igualmente por intermédio do Secretário-
respeitar e garantir a todos os indivíduos que se achem em
Geral da Organização das Nações Unidas, na data em que
seu território e que estejam sujeitos a sua jurisdição os
terminar tal suspensão.
direitos reconhecidos no presente Pacto, sem discriminação
alguma por motivo de raça, cor, sexo. língua, religião, opinião ARTIGO 5
política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
1. Nenhuma disposição do presente Pacto poderá ser
situação econômica, nascimento ou qualquer condição.
interpretada no sentido de reconhecer a um Estado, grupo
2. Na ausência de medidas legislativas ou de outra natureza ou indivíduo qualquer direito de dedicar-se a quaisquer
destinadas a tornar efetivos os direitos reconhecidos no atividades ou praticar quaisquer atos que tenham por
presente Pacto, os Estados Partes do presente Pacto objetivo destruir os direitos ou liberdades reconhecidos no
comprometem-se a tomar as providências necessárias com presente Pacto ou impor-lhe limitações mais amplas do que
vistas a adotá-las, levando em consideração seus respectivos aquelas nele previstas.
procedimentos constitucionais e as disposições do presente
2. Não se admitirá qualquer restrição ou suspensão dos
Pacto.
direitos humanos fundamentais reconhecidos ou vigentes
3. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a: em qualquer Estado Parte do presente Pacto em virtude de
leis, convenções, regulamentos ou costumes, sob pretexto

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de que o presente Pacto não os reconheça ou os reconheça c) Para os efeitos do presente parágrafo, não serão
em menor grau. considerados "trabalhos forçados ou obrigatórios":
PARTE III i) qualquer trabalho ou serviço, não previsto na alínea b)
normalmente exigido de um individuo que tenha sido
ARTIGO 6
encarcerado em cumprimento de decisão judicial ou que,
1. O direito à vida é inerente à pessoa humana. Esse direito tendo sido objeto de tal decisão, ache-se em liberdade
deverá ser protegido pela lei. Ninguém poderá ser condicional;
arbitrariamente privado de sua vida.
ii) qualquer serviço de caráter militar e, nos países em que se
2. Nos países em que a pena de morte não tenha sido admite a isenção por motivo de consciência, qualquer
abolida, esta poderá ser imposta apenas nos casos de crimes serviço nacional que a lei venha a exigir daqueles que se
mais graves, em conformidade com legislação vigente na oponham ao serviço militar por motivo de consciência;
época em que o crime foi cometido e que não esteja em
iii) qualquer serviço exigido em casos de emergência ou de
conflito com as disposições do presente Pacto, nem com a
calamidade que ameacem o bem-estar da comunidade;
Convenção sobra a Prevenção e a Punição do Crime de
Genocídio. Poder-se-á aplicar essa pena apenas em iv) qualquer trabalho ou serviço que faça parte das
decorrência de uma sentença transitada em julgado e obrigações cívicas normais.
proferida por tribunal competente.
ARTIGO 9
3. Quando a privação da vida constituir crime de genocídio,
1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança
entende-se que nenhuma disposição do presente artigo
pessoais. Ninguém poderá ser preso ou encarcerado
autorizará qualquer Estado Parte do presente Pacto a eximir-
arbitrariamente. Ninguém poderá ser privado de liberdade,
se, de modo algum, do cumprimento de qualquer das
salvo pelos motivos previstos em lei e em conformidade com
obrigações que tenham assumido em virtude das disposições
os procedimentos nela estabelecidos.
da Convenção sobre a Prevenção e a Punição do Crime de
Genocídio. 2. Qualquer pessoa, ao ser presa, deverá ser informada das
razões da prisão e notificada, sem demora, das acusações
4. Qualquer condenado à morte terá o direito de pedir
formuladas contra ela.
indulto ou comutação da pena. A anistia, o indulto ou a
comutação da pena poderá ser concedido em todos os casos. 3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em virtude de
infração penal deverá ser conduzida, sem demora, à
5. A pena de morte não deverá ser imposta em casos de
presença do juiz ou de outra autoridade habilitada por lei a
crimes cometidos por pessoas menores de 18 anos, nem
exercer funções judiciais e terá o direito de ser julgada em
aplicada a mulheres em estado de gravidez.
prazo razoável ou de ser posta em liberdade. A prisão
6. Não se poderá invocar disposição alguma do presente preventiva de pessoas que aguardam julgamento não deverá
artigo para retardar ou impedir a abolição da pena de morte constituir a regra geral, mas a soltura poderá estar
por um Estado Parte do presente Pacto. condicionada a garantias que assegurem o comparecimento
da pessoa em questão à audiência, a todos os atos do
ARTIGO 7
processo e, se necessário for, para a execução da sentença.
Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou
4. Qualquer pessoa que seja privada de sua liberdade por
tratamento cruéis, desumanos ou degradantes. Será
prisão ou encarceramento terá o direito de recorrer a um
proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre
tribunal para que este decida sobre a legislação de seu
consentimento, a experiências médias ou cientificas.
encarceramento e ordene sua soltura, caso a prisão tenha
ARTIGO 8 sido ilegal.
1. Ninguém poderá ser submetido á escravidão; a escravidão 5. Qualquer pessoa vítima de prisão ou encarceramento
e o tráfico de escravos, em todos as suas formas, ficam ilegais terá direito à repartição.
proibidos.
ARTIGO 10
2. Ninguém poderá ser submetido à servidão.
1. Toda pessoa privada de sua liberdade deverá ser tratada
3. a) Ninguém poderá ser obrigado a executar trabalhos com humanidade e respeito à dignidade inerente à pessoa
forçados ou obrigatórios; humana.
b) A alínea a) do presente parágrafo não poderá ser 2. a) As pessoas processadas deverão ser separadas, salvo
interpretada no sentido de proibir, nos países em que certos em circunstâncias excepcionais, das pessoas condenadas e
crimes sejam punidos com prisão e trabalhos forçados, o receber tratamento distinto, condizente com sua condição
cumprimento de uma pena de trabalhos forçados, imposta de pessoa não-condenada.
por um tribunal competente;

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b) As pessoas processadas, jovens, deverão ser separadas ou civil deverá torna-se pública, a menos que o interesse de
das adultas e julgadas o mais rápido possível. menores exija procedimento oposto, ou processo diga
respeito à controvérsia matrimoniais ou à tutela de menores.
3. O regime penitenciário consistirá num tratamento cujo
objetivo principal seja a reforma e a reabilitação normal dos 2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito a que se
prisioneiros. Os delinqüentes juvenis deverão ser separados presuma sua inocência enquanto não for legalmente
dos adultos e receber tratamento condizente com sua idade comprovada sua culpa.
e condição jurídica.
3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena
ARTIGO 11 igualmente, a, pelo menos, as seguintes garantias:
Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir a) De ser informado, sem demora, numa língua que
com uma obrigação contratual. compreenda e de forma minuciosa, da natureza e dos
motivos da acusão contra ela formulada;
ARTIGO 12
b) De dispor do tempo e dos meios necessários à preparação
1. Toda pessoa que se ache legalmente no território de um
de sua defesa e a comunicar-se com defensor de sua escolha;
Estado terá o direito de nele livremente circular e escolher
sua residência. c) De ser julgado sem dilações indevidas;
2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer d) De estar presente no julgamento e de defender-se
país, inclusive de seu próprio país. pessoalmente ou por intermédio de defensor de sua escolha;
de ser informado, caso não tenha defensor, do direito que
3. os direitos supracitados não poderão em lei e no intuito
lhe assiste de tê-lo e, sempre que o interesse da justiça assim
de restrições, a menos que estejam previstas em lei e no
exija, de ter um defensor designado ex-offício
intuito de proteger a segurança nacional e a ordem, a saúde
gratuitamente, se não tiver meios para remunerá-lo;
ou a moral pública, bem como os direitos e liberdades das
demais pessoas, e que sejam compatíveis com os outros e) De interrogar ou fazer interrogar as testemunhas de
direitos reconhecidos no presente Pacto. acusão e de obter o comparecimento eo interrogatório das
testemunhas de defesa nas mesmas condições de que
4. Ninguém poderá ser privado arbitrariamente do direito
dispõem as de acusação;
de entrar em seu próprio país.
f) De ser assistida gratuitamente por um intérprete, caso não
ARTIGO 13
compreenda ou não fale a língua empregada durante o
Um estrangeiro que se ache legalmente no território de um julgamento;
Estado Parte do presente Pacto só poderá dele ser expulso
g) De não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a
em decorrência de decisão adotada em conformidade com a
confessar-se culpada.
lei e, a menos que razões imperativas de segurança nacional
a isso se oponham, terá a possibilidade de expor as razões 4. O processo aplicável a jovens que não sejam maiores nos
que militem contra sua expulsão e de ter seu caso termos da legislação penal em conta a idade dos menos e a
reexaminado pelas autoridades competentes, ou por uma ou importância de promover sua reintegração social.
varias pessoas especialmente designadas pelas referidas
5. Toda pessoa declarada culpada por um delito terá direito
autoridades, e de fazer-se representar com esse objetivo.
de recorrer da sentença condenatória e da pena a uma
ARTIGO 14 instância superior, em conformidade com a lei.
1. Todas as pessoas são iguais perante os tribunais e as cortes 6. Se uma sentença condenatória passada em julgado for
de justiça. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida posteriormente anulada ou se um indulto for concedido,
publicamente e com devidas garantias por um tribunal pela ocorrência ou descoberta de fatos novos que provem
competente, independente e imparcial, estabelecido por lei, cabalmente a existência de erro judicial, a pessoa que sofreu
na apuração de qualquer acusação de caráter penal a pena decorrente desse condenação deverá ser indenizada,
formulada contra ela ou na determinação de seus direitos e de acordo com a lei, a menos que fique provado que se lhe
obrigações de caráter civil. A imprensa e o público poderão pode imputar, total ou parcialmente, a não revelação dos
ser excluídos de parte da totalidade de um julgamento, quer fatos desconhecidos em tempo útil.
por motivo de moral pública, de ordem pública ou de
7. Ninguém poderá ser processado ou punido por um delito
segurança nacional em uma sociedade democrática, quer
pelo qual já foi absorvido ou condenado por sentença
quando o interesse da vida privada das Partes o exija, que na
passada em julgado, em conformidade com a lei e os
medida em que isso seja estritamente necessário na opinião
procedimentos penais de cada país.
da justiça, em circunstâncias específicas, nas quais a
publicidade venha a prejudicar os interesses da justiça; ARTIGO 15
entretanto, qualquer sentença proferida em matéria penal

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1. ninguém poderá ser condenado por atos omissões que verbalmente ou por escrito, em forma impressa ou artística,
não constituam delito de acordo com o direito nacional ou ou por qualquer outro meio de sua escolha.
internacional, no momento em que foram cometidos.
3. O exercício do direito previsto no parágrafo 2 do presente
Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a
artigo implicará deveres e responsabilidades especiais.
aplicável no momento da ocorrência do delito. Se, depois de
Conseqüentemente, poderá estar sujeito a certas restrições,
perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de pena mais
que devem, entretanto, ser expressamente previstas em lei
leve, o delinqüente deverá dela beneficiar-se.
e que se façam necessárias para:
2. Nenhuma disposição do presente Pacto impedirá o
a) assegurar o respeito dos direitos e da reputação das
julgamento ou a condenação de qualquer individuo por atos
demais pessoas;
ou omissões que, momento em que forma cometidos, eram
considerados delituosos de acordo com os princípios gerais b) proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde ou a
de direito reconhecidos pela comunidade das nações. moral públicas.
ARTIGO 16 ARTIGO 20
Toda pessoa terá direito, em qualquer lugar, ao 1. Será proibida por lei qualquer propaganda em favor da
reconhecimento de sua personalidade jurídica. guerra.0707
ARTIGO 17 2. Será proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional,
racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação,
1. Ninguém poderá ser objetivo de ingerências arbitrárias ou
à hostilidade ou a violência.
ilegais em sua vida privada, em sua família, em seu domicílio
ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais às suas ARTIGO 21
honra e reputação.
O direito de reunião pacifica será reconhecido. O exercício
2. Toda pessoa terá direito à proteção da lei contra essas desse direito estará sujeito apenas às restrições previstas em
ingerências ou ofensas. lei e que se façam necessárias, em uma sociedade
democrática, no interesse da segurança nacional, da
ARTIGO 18
segurança ou da ordem pública, ou para proteger a saúde ou
1. Toda pessoa terá direito a liberdade de pensamento, de a moral pública ou os direitos e as liberdades das demais
consciência e de religião. Esse direito implicará a liberdade pessoas.
de ter ou adotar uma religião ou uma crença de sua escolha
ARTIGO 22
e a liberdade de professar sua religião ou crença, individual
ou coletivamente, tanto pública como privadamente, por 1. Toda pessoa terá o direito de associar-se livremente a
meio do culto, da celebração de ritos, de práticas e do outras, inclusive o direito de construir sindicatos e de a eles
ensino. filiar-se, para a proteção de seus interesses.
2. Ninguém poderá ser submetido a medidas coercitivas que 2. O exercício desse direito estará sujeito apenas ás
possam restringir sua liberdade de ter ou de adotar uma restrições previstas em lei e que se façam necessárias, em
religião ou crença de sua escolha. uma sociedade democrática, no interesse da segurança
nacional, da segurança e da ordem públicas, ou para
3. A liberdade de manifestar a própria religião ou crença
proteger a saúde ou a moral públicas ou os direitos e
estará sujeita apenas à limitações previstas em lei e que se
liberdades das demais pessoas. O presente artigo não
façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a
impedirá que se submeta a restrições legais o exercício desse
saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das
direito por membros das forças armadas e da polícia.
demais pessoas.
3. Nenhuma das disposições do presente artigo permitirá
4. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a
que Estados Partes da Convenção de 1948 da Organização
respeitar a liberdade dos pais e, quando for o caso, dos
Internacional do Trabalho, relativa à liberdade sindical e à
tutores legais - de assegurar a educação religiosa e moral dos
proteção do direito sindical, venham a adotar medidas
filhos que esteja de acordo com suas próprias convicções.
legislativas que restrinjam ou aplicar a lei de maneira a
ARTIGO 19 restringir as garantias previstas na referida Convenção.
1. ninguém poderá ser molestado por suas opiniões. ARTIGO 23
2. Toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse 1. A família é o elemento natural e fundamental da
direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir sociedade e terá o direito de ser protegida pela sociedade e
informações e idéias de qualquer natureza, pelo Estado.
independentemente de considerações de fronteiras,
2. Será reconhecido o direito do homem e da mulher de, em
idade núbil, contrair casamento e constituir família.

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3. Casamento algum será celebrado sem o consentimento 1. Constituir-se-á um Comitê de Diretores Humanos
livre e pleno dos futuros esposos. (doravante denominado o "Comitê" no presente Pacto). O
Comitê será composto de dezoito membros e desempenhará
4. Os Estados Partes do presente Pacto deverão adotar as
as funções descritas adiante.
medidas apropriadas para assegurar a igualdade de direitos
e responsabilidades dos esposos quanto ao casamento, 2. O Comitê será integrado por nacionais dos Estados Partes
durante o mesmo e por ocasião de sua dissolução. Em caso do presente Pacto, os quais deverão ser pessoas de elevada
de dissolução, deverão adotar-se disposições que assegurem reputação moral e reconhecida competência em matéria de
a proteção necessária para os filhos. direito humanos, levando-se em consideração a utilidade da
participação de algumas pessoas com experiências jurídicas.
ARTIGO 24
3. Os membros do Comitê serão eleitos e exercerão suas
1. Toda criança terá direito, sem discriminação alguma por
funções a título pessoal.
motivo de cor, sexo, língua, religião, origem nacional ou
social, situação econômica ou nascimento, às medidas de ARTIGO 29
proteção que a sua condição de menor requerer por parte
1. Os membros do Comitê serão eleitos em votação secreta
de sua família, da sociedade e do Estado.
dentre uma lista de pessoas que preencham os requisitos
2. Toda criança deverá ser registrada imediatamente após previstos no artigo 28 e indicados, com esse objetivo, pelos
seu nascimento e deverá receber um nome. Estados Partes do presente Pacto.
3. Toda criança terá o direito de adquirir uma nacionalidade. 2. Cada Estado Parte no presente Pacto poderá indicar duas
pessoas. Essas pessoas deverão ser nacionais do Estado que
ARTIGO 25
as indicou.
Todo cidadão terá o direito e a possibilidade, sem qualquer
3. A mesma pessoa poderá ser indicada mais de uma vez.
das formas de discriminação mencionadas no artigo 2 e sem
restrições infundadas: ARTIGO 30
a) de participar da condução dos assuntos públicos, 1. A primeira eleição realizar-se-á no máximo seis meses
diretamente ou por meio de representantes livremente após a data de entrada em vigor do presente Pacto.
escolhidos;
2. Ao menos quatro meses antes da data de cada eleição do
b) de votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, Comitê, e desde que seja uma eleição para preencher uma
realizadas por sufrágio universal e igualitário e por voto vaga declarada nos termos do artigo 34, o Secretário-Geral
secreto, que garantam a manifestação da vontade dos da Organização das Nações Unidas convidará, por escrito, os
eleitores; Estados Partes do presente Protocolo a indicar, no prazo de
três meses, os candidatos a membro do Comitê.
c) de ter acesso, em condições gerais de igualdade, às
funções públicas de seu país. 3. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
organizará uma lista por ordem alfabética de todos os
ARTIGO 26
candidatos assim designados, mencionando os Estados
Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem Partes que os tiverem indicado, e a comunicará aos Estados
discriminação alguma, a igual proteção da Lei. A este Partes o presente Pacto, no Maximo um mês antes da data
respeito, a lei deverá proibir qualquer forma de de cada eleição.
discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual e
4. Os membros do Comitê serão eleitos em reuniões dos
eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor,
Estados Partes convocados pelo Secretário-Geral da
sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza,
Organização das Nações Unidas na sede da Organização.
origem nacional ou social, situação econômica, nascimento
Nessas reuniões, em que o quorum será estabelecido por
ou qualquer outra situação.
dois terços dos Estados Partes do presente Pacto, serão
ARTIGO 27 eleitos membros do Comitê os candidatos que obtiverem o
maior número de votos e a maioria absoluta dos votos dos
Nos Estados em que haja minorias étnicas, religiosas ou
representantes dos Estados Partes presentes e votantes.
lingüísticas, as pessoas pertencentes a essas minorias não
poderão ser privadas do direito de ter, conjuntamente com ARTIGO 31
outros membros de seu grupo, sua própria vida cultural, de
1. O Comitê não poderá ter mais de uma nacional de um
professar e praticar sua própria religião e usar sua própria
mesmo Estado.
língua.
2. Nas eleições do Comitê, levar-se-ão em consideração uma
PARTE IV
distribuição geográfica eqüitativa e uma representação das
ARTIGO 28

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diversas formas de civilização, bem como dos principais ARTIGO 36


sistemas jurídicos.
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
ARTIGO 32 colocará à disposição do Comitê o pessoal e os serviços
necessários ao desempenho eficaz das funções que lhe são
1. Os membros do Comitê serão eleitos para um mandato de
atribuídas em virtude do presente Pacto.
quatro anos. Poderão, caso suas candidaturas sejam
apresentadas novamente, ser reeleitos. Entretanto, o ARTIGO 37
mandato de nove dos membros eleitos na primeira eleição
1. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
expirará ao final de dois anos; imediatamente após a
convocará os Membros do Comitê para a primeira reunião, a
primeira eleição, o presidente da reunião a que se refere o
realizar-se na sede da Organização.
parágrafo 4 do artigo 30 indicará, por sorteio, os nomes
desses nove membros. 2. Após a primeira reunião, o Comitê deverá reunir-se em
todas as ocasiões previstas em suas regras de procedimento.
2. Ao expirar o mandato dos membros, as eleições se
realizarão de acordo com o disposto nos artigos precedentes 3. As reuniões do Comitê serão realizadas normalmente na
desta parte do presente Pacto. sede da Organização das Nações Unidas ou no Escritório das
Nações Unidas em Genebra.
ARTIGO 33
ARTIGO 38
1.Se, na opinião unânime dos demais membros, um membro
do Comitê deixar de desempenhar suas funções por motivos Todo Membro do Comitê deverá, antes de iniciar suas
distintos de uma ausência temporária, o Presidente funções, assumir, em sessão pública, o compromisso solene
comunicará tal fato ao Secretário-Geral da Organização das de que desempenhará suas funções imparciais e
Nações Unidas, que declarará vago o lugar que o referido conscientemente.
membro ocupava.
ARTIGO 39
2. Em caso de morte ou renúncia de um membro do Comitê,
1. O Comitê elegerá sua mesa para um período de dois anos.
o Presidente comunicará imediatamente tal fato ao
Os membros da mesa poderão ser reeleitos.
Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, que
declarará vago o lugar desde a data da morte ou daquela em 2. O próprio Comitê estabelecerá suas regras de
que a renúncia passe a produzir efeitos. procedimento; estas, contudo, deverão conter, entre outras,
as seguintes disposições:
ARTIGO 34
a) O quorum será de doze membros;
1. Quando uma vaga for declarada nos termos do artigo 33 e
o mandato do membro a ser substituído não expirar no prazo b) As decisões do Comitê serão tomadas por maioria de
de seis messes a conta da data em que tenha sido declarada votos dos membros presentes.
a vaga, o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
ARTIGO 40
comunicará tal fato aos Estados Partes do presente Pacto,
que poderá, no prazo de dois meses, indicar candidatos, em 1. Os Estados partes do presente Pacto comprometem-se a
conformidade com o artigo 29, para preencher a vaga. submeter relatórios sobre as medidas por eles adotadas para
tornar efeitos os direitos reconhecidos no presente Pacto e
2. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
sobre o processo alcançado no gozo desses direitos:
organizará uma lista por ordem alfabética dos candidatos
assim designados e a comunicará aos Estados Partes do a) Dentro do prazo de um ano, a contar do início da vigência
presente Pacto. A eleição destinada a preencher tal vaga será do presente pacto nos Estados Partes interessados;
realizada nos termos das disposições pertinentes desta parte
b) A partir de então, sempre que o Comitê vier a solicitar.
do presente Pacto.
2. Todos os relatórios serão submetidos ao Secretário-Geral
3. Qualquer membro do Comitê eleito para preencher uma
da Organização das Nações Unidas, que os encaminhará,
vaga em conformidade com o artigo 33 fará parte do Comitê
para exame, ao Comitê. Os relatórios deverão sublinhar,
durante o restante do mandato do membro que deixar vago
caso existam, os fatores e as dificuldades que prejudiquem a
o lugar do Comitê, nos termos do referido artigo.
implementação do presente Pacto.
ARTIGO 35
3. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
Os membros do Comitê receberão, com a aprovação da poderá, após consulta ao Comitê, encaminhar às agências
Assembléia-Geral da Organização das Nações, honorários especializadas interessadas cópias das partes dos relatórios
provenientes de recursos da Organização das Nações Unidas, que digam respeito a sua esfera de competência.
nas condições fixadas, considerando-se a importância das
4. O Comitê estudará os relatórios apresentados pelos
funções do Comitê, pela Assembléia-Geral.
Estados Partes do presente Pacto e transmitirá aos Estados

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Partes seu próprio relatório, bem como os comentários e) Sem prejuízo das disposições da alínea c) Comitê colocará
gerais que julgar oportunos. O Comitê poderá igualmente seus bons Ofícios dos Estados Partes interessados no intuito
transmitir ao Conselho Econômico e Social os referidos de alcançar uma solução amistosa para a questão, baseada
comentários, bem como cópias dos relatórios que houver no respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais
recebido dos Estados Partes do presente Pacto. reconhecidos no presente Pacto;
5. Os Estados Partes no presente Pacto poderão submeter ao f) Em todas as questões que se submetam em virtude do
Comitê as observações que desejarem formular presente artigo, o Comitê poderá solicitar aos Estados Partes
relativamente aos comentários feitos nos termos do interessados, a que se faz referencia na alínea b) , que lhe
parágrafo 4 do presente artigo. forneçam quaisquer informações pertinentes;
ARTIGO 41 g) Os Estados Partes interessados, a que se faz referência na
alínea b), terão direito de fazer-se representar quando as
1. Com base no presente Artigo, todo Estado Parte do
questões forem examinadas no Comitê e de apresentar suas
presente Pacto poderá declarar, a qualquer momento, que
observações verbalmente e/ou por escrito;
reconhece a competência do Comitê para receber e
examinar as comunicações em que um Estado Parte alegue h) O Comitê, dentro dos doze meses seguintes à data de
que outro Estado Parte não vem cumprindo as obrigações recebimento da notificação mencionada na alínea b),
que lhe impõe o presente Pacto. As referidas comunicações apresentará relatório em que:
só serão recebidas e examinadas nos termos do presente
i) se houver sido alcançada uma solução nos termos da alínea
artigo no caso de serem apresentadas por um Estado Parte
e), o Comitê restringir-se-á, em relatório, a uma breve
que houver feito uma declaração em que reconheça, com
exposição dos fatos e da solução alcançada.
relação a si próprio, a competência do Comitê. O Comitê não
receberá comunicação alguma relativa a um Estado Parte ii) se não houver sido alcançada solução alguma nos termos
que não houver feito uma declaração dessa natureza. As da alínea e), o Comitê, restringir-se-á, em seu relatório, a
comunicações recebidas em virtude do presente artigo uma breve exposição dos fatos; serão anexados ao relatório
estarão sujeitas ao procedimento que se segue: o texto das observações escritas e as atas das observações
orais apresentadas pelos Estados Parte interessados.
a) Se um Estado Parte do presente Pacto considerar que
outro Estado Parte não vem cumprindo as disposições do Para cada questão, o relatório será encaminhado aos Estados
presente Pacto poderá, mediante comunicação escrita, levar Partes interessados.
a questão ao conhecimento deste Estado Parte. Dentro do
2. As disposições do presente artigo entrarão em vigor a
prazo de três meses, a contar da data do recebimento da
partir do momento em que dez Estados Partes do presente
comunicação, o Estado destinatário fornecerá ao Estado que
Pacto houverem feito as declarações mencionadas no
enviou a comunicação explicações ou quaisquer outras
parágrafo 1 desde artigo. As referidas declarações serão
declarações por escrito que esclareçam a questão, as quais
depositados pelos Estados Partes junto ao Secretário-Geral
deverão fazer referência, até onde seja possível e pertinente,
das Organizações das Nações Unidas, que enviará cópias das
aos procedimentos nacionais e aos recursos jurídicos
mesmas aos demais Estados Partes. Toda declaração poderá
adotados, em trâmite ou disponíveis sobre a questão;
ser retirada, a qualquer momento, mediante notificação
b) Se, dentro do prazo de seis meses, a contar da data do endereçada ao Secretário-Geral. Far-se-á essa retirada sem
recebimento da comunicação original pelo Estado prejuízo do exame de quaisquer questões que constituam
destinatário, a questão não estiver dirimida objeto de uma comunicação já transmitida nos termos deste
satisfatoriamente para ambos os Estados partes artigo; em virtude do presente artigo, não se receberá
interessados, tanto um como o outro terão o direito de qualquer nova comunicação de um Estado Parte uma vez
submetê-la ao Comitê, mediante notificação endereçada ao que o Secretário-Geral tenha recebido a notificação sobre a
Comitê ou ao outro Estado interessado; retirada da declaração, a menos que o Estado Parte
interessado haja feito uma nova declaração.
c) O Comitê tratará de todas as questões que se lhe
submetem em virtude do presente artigo somente após ter- ARTIGO 42
se assegurado de que todos os recursos jurídicos internos
1. a) Se uma questão submetida ao Comitê, nos termos do
disponíveis tenham sido utilizados e esgotados, em
artigo 41, não estiver dirimida satisfatoriamente para os
consonância com os princípios do Direito Internacional
Estados Partes interessados, o Comitê poderá, com o
geralmente reconhecidos. Não se aplicará essa regra quanto
consentimento prévio dos Estados Partes interessados,
a aplicação dos mencionados recursos prolongar-se
constituir uma Comissão ad hoc (doravante denominada "a
injustificadamente;
Comissão"). A Comissão colocará seus bons ofícios à
d) O Comitê realizará reuniões confidencias quando estiver disposição dos Estados Partes interessados no intuito de se
examinando as comunicações previstas no presente artigo; alcançar uma solução amistosa para a questão baseada no
respeito ao presente Pacto.

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b) A Comissão será composta de cinco membros designados d) Se o relatório da Comissão for apresentado nos termos da
com o consentimento dos Estados interessados. Se os alínea c), os Estados Partes interessados comunicarão, no
Estados Partes interessados não chegarem a um acordo a prazo de três meses a contar da data do recebimento do
respeito da totalidade ou de parte da composição da relatório, ao Presidente do Comitê se aceitam ou não os
Comissão dentro do prazo de três meses, os membro da termos do relatório da Comissão.
Comissão em relação aos quais não se chegou a acordo serão
8. As disposições do presente artigo não prejudicarão as
eleitos pelo Comitê, entre os seus próprios membros, em
atribuições do Comitê previstas no artigo 41.
votação secreta e por maioria de dois terços dos membros
do Comitê. 9. Todas as despesas dos membros da Comissão serão
repartidas eqüitativamente entre os Estados Partes
2. Os membros da Comissão exercerão suas funções a título
interessados, com base em estimativas a serem
pessoal. Não poderão ser nacionais dos Estados
estabelecidas pelo Secretário-Geral da Organização das
interessados, nem de Estado que não seja Parte do presente
Nações Unidas.
Pacto, nem de um Estado Parte que não tenha feito a
declaração prevista no artigo 41. 10. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
poderá caso seja necessário, pagar as despesas dos membros
3. A própria Comissão alegará seu Presidente e estabelecerá
da Comissão antes que sejam reembolsadas pelos Estados
suas regras de procedimento.
Partes interessados, em conformidade com o parágrafo 9 do
4. As reuniões da Comissão serão realizadas normalmente na presente artigo.
sede da Organização das Nações Unidas ou no escritório das
ARTIGO 43
Nações Unidas em Genebra. Entretanto, poderão realizar-se
em qualquer outro lugar apropriado que a Comissão Os membros do Comitê e os membros da Comissão de
determinar, após consulta ao Secretário-Geral da Conciliação ad hoc que forem designados nos termos do
Organização das Nações Unidas e aos Estados Partes artigo 42 terão direito às facilidades, privilégios e imunidades
interessados. que se concedem aos peritos no desempenho de missões
para a Organização das Nações Unidas, em conformidade
5. O secretariado referido no artigo 36 também prestará
com as seções pertinentes da Convenção sobre Privilégios e
serviços às condições designadas em virtude do presente
Imunidades das Nações Unidas.
artigo.
ARTIGO 44
6. As informações obtidas e coligidas pelo Comitê serão
colocadas à disposição da Comissão, a qual poderá solicitar As disposições relativas à implementação do presente Pacto
aos Estados Partes interessados que lhe forneçam qualquer aplicar-se-ão sem prejuízo dos procedimentos instituídos em
outra informação pertinente. matéria de direito humanos pelos ou em virtude dos
mesmos instrumentos constitutivos e pelas Convenções da
7. Após haver estudado a questão sob todos os seus
Organização das Nações Unidas e das agências
aspectos, mas, em qualquer caso, no prazo de doze meses
especializadas e não impedirão que os Estados Partes
após dela tomado conhecimento, a Comissão apresentará
venham a recorrer a outros procedimentos para a solução de
um relatório ao Presidente do Comitê, que o encaminhará
controvérsias em conformidade com os acordos
aos Estados Partes interessados:
internacionais gerias ou especiais vigentes entre eles.
a) Se a Comissão não puder terminar o exame da questão,
ARTIGO 45
restringir-se-á, em seu relatório, a uma breve exposição
sobre o estágio em que se encontra o exame da questão; O Comitê submeterá a Assembléia-Geral, por intermédio do
Conselho Econômico e Social, um relatório sobre suas
b) Se houver sido alcançado uma solução amistosa para a
atividades.
questão, baseada no respeito dos direitos humanos
reconhecidos no presente Pacto, a Comissão restringir-se-á, PARTE V
em relatório, a uma breve exposição dos fatos e da solução
ARTIGO 46
alcançada;
Nenhuma disposição do presente Pacto poderá ser
c) Se não houver sido alcançada solução nos termos da alínea
interpretada em detrimento das disposições da Carta das
b) a Comissão incluirá no relatório suas conclusões sobre os
Nações Unidas e das constituições das agências
fatos relativos à questão debatida entre os Estados Partes
especializadas, as quais definem as responsabilidades
interessados, assim como sua opinião sobre a possibilidade
respectivas dos diversos órgãos da Organização das Nações
de solução amistosa para a questão, o relatório incluirá as
Unidas e das agências especializadas relativamente às
observações escritas e as atas das observações orais feitas
questões tratadas no presente Pacto.
pelos Estados Partes interessados;
ARTIGO 47

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Nenhuma disposição do presente Pacto poderá ser desejam que se convoque uma conferencia dos Estados
interpretada em detrimento do direito inerente a todos os Partes destinada a examinar as propostas e submetê-las a
povos de desfrutar e utilizar plena e livremente suas riquezas votação. Se pelo menos um terço dos Estados Partes se
e seus recursos naturais. manifestar a favor da referida convocação, o Secretário-
Geral convocará a conferência sob os auspícios da
PARTE VI
Organização das Nações Unidas. Qualquer emenda adotada
ARTIGO 48 pela maioria dos Estados Partes presente e votantes na
conferência será submetida à aprovação da Assembléia-
1. O presente Pacto está aberto à assinatura de todos os
Geral das Nações Unidas.
Estados membros da Organização das Nações Unidas ou
membros de qualquer de suas agências especializadas, de 2. Tais emendas entrarão e, vigor quando aprovadas pela
todo Estado Parte do Estatuto da Corte Internacional de Assembléia-Geral das Nações Unidas e aceitas em
Justiça, bem como de qualquer de suas agências conformidade com seus respectivos procedimentos
especializadas, de todo Estado Parte do Estatuto da Corte constitucionais, por uma maioria de dois terços dos Estados
Internacional de Justiça, bem como de qualquer outro Partes no presente Pacto.
Estado convidado pela Assembléia-Geral a tornar-se Parte
3. Ao entrarem em vigor, tais emendas serão obrigatórias
do presente Pacto.
para os Estados Partes que as aceitaram, ao passo que os
2. O presente Pacto está sujeito à ratificação. Os demais Estados Partes permanecem obrigados pelas
instrumentos de ratificação serão depositados junto ao disposições do presente Pacto e pelas emendas anteriores
Secretário-Geral da Organização da Organização das Nações por eles aceitas.
Unidas.
ARTIGO 52
3. O presente Pacto está aberto à adesão de qualquer dos
Independentemente das notificações previstas no parágrafo
Estados mencionados no parágrafo 1 do presente artigo.
5 do artigo 48, o Secretário-Geral da Organização das Nações
4. Far-se-á a adesão mediante depósito do instrumento de Unidas comunicará a todos os Estados referidos no parágrafo
adesão junto ao Secretário-Geral da Organização das Nações 1 do referido artigo:
Unidas.
a) as assinaturas, ratificações e adesões recebidas em
5. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas conformidade com o artigo 48;
informará todos os Estados que hajam assinado o presente
b) a data de entrega em vigor do Pacto, nos termos do artigo
Pacto ou a ele aderido do deposito de cada instrumento de
49, e a data, e a data em entrada em vigor de quaisquer
ratificação ou adesão.
emendas, nos termos do artigo 51.
ARTIGO 49
ARTIGO 53
1. O presente Pacto entrará em vigor três meses após a data
1. O presente Pacto cujos textos em chinês, espanhol,
do depósito, junto ao Secretário-Geral da Organização das
francês, inglês e russo são igualmente autênticos, será
Nações Unidas, do trigéssimo-quinto instrumento de
depositado nos arquivos da Organização das Nações Unidas.
ratificação ou adesão.
2. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
2. Para os Estados que vierem a ratificar o presente Pacto ou
encaminhará cópias autênticas do presente Pacto a todos os
a ele aderir após o deposito do trigéssimo-quinto
Estados mencionados no artigo 48.
instrumento de ratificação ou adesão, o presente Pacto
entrará em vigor três meses após a data do deposito, pelo Em fé do quê, os abaixo-assinados, devidamente autorizados
Estado em questão, de seu instrumento de ratificação ou por seus respectivos Governos, assinaram o presente Pacto,
adesão. aberto à assinatura em Nova York, aos 19 dias do mês de
dezembro do ano de mil novecentos e sessenta e seis.
ARTIGO 50
Aplicar-se-ão as disposições do presente Pacto, sem
qualquer limitação ou exceção, a todas as unidades
DECRETO Nº 591/1992
constitutivas dos Estados federativos.
Atos Internacionais. Pacto Internacional sobre Direitos
ARTIGO 51 Econômicos, Sociais e Culturais. Promulgação.
1. Qualquer Estado Parte do presente Pacto poderá propor O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que
emendas e depositá-las junto ao Secretário-Geral da lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e,
Organização das Nações Unidas. O Secretário-Geral
Considerando que o Pacto Internacional sobre Direitos
comunicará todas as propostas de emenda aos Estados
Econômicos, Sociais e Culturais foi adotado pela XXI Sessão
Partes do presente Pacto, pedindo-lhes que o notifiquem se

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da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 19 de dezembro Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres para com
de 1966; seus semelhantes e para com a coletividade a que pertence,
tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos
Considerando que o Congresso Nacional aprovou o texto do
direitos reconhecidos no presente Pacto,
referido diploma internacional por meio do Decreto
Legislativo nº 226, de 12 de dezembro de 1991; Acordam o seguinte:
Considerando que a Carta de Adesão ao Pacto Internacional PARTE I
sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais foi depositada
ARTIGO 1º
em 24 de janeiro de 1992;
1. Todos os povos têm direito a autodeterminação. Em
Considerando que o pacto ora promulgado entrou em vigor,
virtude desse direito, determinam livremente seu estatuto
para o Brasil, em 24 de abril de 1992, na forma de seu art.
político e asseguram livremente seu desenvolvimento
27, parágrafo 2º;
econômico, social e cultural.
DECRETA:
2. Para a consecução de seus objetivos, todos os povos
Art. 1º O Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, podem dispor livremente de suas riquezas e de seus recursos
Sociais e Culturais, apenso por cópia ao presente decreto, naturais, sem prejuízo das obrigações decorrentes da
será executado e cumprido tão inteiramente como nele se cooperação econômica internacional, baseada no princípio
contém. do proveito mútuo, e do Direito Internacional. Em caso
algum, poderá um povo ser privado de seus próprios meios
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua
de subsistência.
publicação.
3. Os Estados Partes do Presente Pacto, inclusive aqueles que
Brasília, 06 de julho de 1992; 171º da Independência e 104º
tenham a responsabilidade de administrar territórios não-
da República.
autônomos e territórios sob tutela, deverão promover o
FERNANDO COLLOR exercício do direito à autodeterminação e respeitar esse
direito, em conformidade com as disposições da Carta das
Celso Lafer
Nações Unidas.
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 7.7.1992
PARTE II
ARTIGO 2º
ANEXO AO DECRETO QUE PROMULGA O PACTO
1. Cada Estado Parte do presente Pacto compromete-se a
INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS
adotar medidas, tanto por esforço próprio como pela
E CULTURAIS/MRE
assistência e cooperação internacionais, principalmente nos
Pacto Internacional Sobre Direitos Econômicos, Sociais e planos econômico e técnico, até o máximo de seus recursos
Culturais disponíveis, que visem a assegurar, progressivamente, por
todos os meios apropriados, o pleno exercício dos direitos
Preâmbulo
reconhecidos no presente Pacto, incluindo, em particular, a
Os Estados Partes do presente Pacto, adoção de medidas legislativas.
Considerando que, em conformidade com os princípios 2. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a
proclamados na Carta das Nações Unidas, o relacionamento garantir que os direitos nele enunciados e exercerão em
da dignidade inerente a todos os membros da família discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua,
humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o religião, opinião política ou de outra natureza, origem
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, nacional ou social, situação econômica, nascimento ou
qualquer outra situação.
Reconhecendo que esses direitos decorrem da dignidade
inerente à pessoa humana, 3. Os países em desenvolvimento, levando devidamente em
consideração os direitos humanos e a situação econômica
Reconhecendo que, em conformidade com a Declaração
nacional, poderão determinar em que garantirão os direitos
Universal dos Direitos do Homem. O ideal do ser humano
econômicos reconhecidos no presente Pacto àqueles que
livre, liberto do temor e da miséria. Não pode ser realizado a
não sejam seus nacionais.
menos que se criem condições que permitam a cada um
gozar de seus direitos econômicos, sociais e culturais, assim ARTIGO 3º
como de seus direitos civis e políticos,
Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos
Estados a obrigação de promover o respeito universal e os direitos econômicos, sociais e culturais enumerados no
efetivo dos direitos e das liberdades do homem, presente Pacto.

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ARTIGO 4º b) A segurança e a higiene no trabalho;


Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem que, no c) Igual oportunidade para todos de serem promovidos, em
exercício dos direitos assegurados em conformidade com seu Trabalho, à categoria superior que lhes corresponda,
presente Pacto pelo Estado, este poderá submeter tais sem outras considerações que as de tempo de trabalho e
direitos unicamente às limitações estabelecidas em lei, capacidade;
somente na medida compatível com a natureza desses
d) O descanso, o lazer, a limitação razoável das horas de
direitos e exclusivamente com o objetivo de favorecer o
trabalho e férias periódicas remuneradas, assim como a
bem-estar geral em uma sociedade democrática.
remuneração dos feridos.
ARTIGO 5º
ARTIGO 8º
1. Nenhuma das disposições do presente Pacto poderá ser
1. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a
interpretada no sentido de reconhecer a um Estado, grupo
garantir:
ou indivíduo qualquer direito de dedicar-se a quaisquer
atividades ou de praticar quaisquer atos que tenham por a) O direito de toda pessoa de fundar com outras, sindicatos
objetivo destruir os direitos ou liberdades reconhecidos no e de filiar-se ao sindicato de escolha, sujeitando-se
presente Pacto ou impor-lhe limitações mais amplas do que unicamente aos estatutos da organização interessada, com
aquelas nele previstas. o objetivo de promover e de proteger seus interesses
econômicos e sociais. O exercício desse direito só poderá ser
2. Não se admitirá qualquer restrição ou suspensão dos
objeto das restrições previstas em lei e que sejam
direitos humanos fundamentais reconhecidos ou vigentes
necessárias, em uma sociedade democrática, no interesse da
em qualquer país em virtude de leis, convenções,
segurança nacional ou da ordem pública, ou para proteger
regulamentos ou costumes, sob pretexto de que o presente
os direitos e as liberdades alheias;
Pacto não os reconheça ou os reconheça em menor grau.
b) O direito dos sindicatos de formar federações ou
PARTE III
confederações nacionais e o direito destas de formar
ARTIGO 6º organizações sindicais internacionais ou de filiar-se às
mesmas.
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito
ao trabalho, que compreende o direito de toda pessoa de ter c) O direito dos sindicatos de exercer livremente suas
a possibilidade de ganhar a vida mediante um trabalho atividades, sem quaisquer limitações além daquelas
livremente escolhido ou aceito, e tomarão medidas previstas em lei e que sejam necessárias, em uma sociedade
apropriadas para salvaguardar esse direito. democrática, no interesse da segurança nacional ou da
ordem pública, ou para proteger os direitos e as liberdades
2. As medidas que cada Estado Parte do presente Pacto
das demais pessoas:
tomará a fim de assegurar o pleno exercício desse direito
deverão incluir a orientação e a formação técnica e d) O direito de greve, exercido de conformidade com as leis
profissional, a elaboração de programas, normas e técnicas de cada país.
apropriadas para assegurar um desenvolvimento
2. O presente artigo não impedirá que se submeta a
econômico, social e cultural constante e o pleno emprego
restrições legais o exercício desses direitos pelos membros
produtivo em condições que salvaguardem aos indivíduos o
das forças armadas, da política ou da administração pública.
gozo das liberdades políticas e econômicas fundamentais.
3. Nenhuma das disposições do presente artigo permitirá
ARTIGO 7º
que os Estados Partes da Convenção de 1948 da Organização
Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito Internacional do Trabalho, relativa à liberdade sindical e à
de toda pessoa de gozar de condições de trabalho justas e proteção do direito sindical, venham a adotar medidas
favoráveis, que assegurem especialmente: legislativas que restrinjam - ou a aplicar a lei de maneira a
restringir as garantias previstas na referida Convenção.
a) Uma remuneração que proporcione, no mínimo, a todos
os trabalhadores: ARTIGO 9º
i) Um salário eqüitativo e uma remuneração igual por um Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito
trabalho de igual valor, sem qualquer distinção; em de toda pessoa à previdência social, inclusive ao seguro
particular, as mulheres deverão ter a garantia de condições social.
de trabalho não inferiores às dos homens e perceber a
ARTIGO 10
mesma remuneração que eles por trabalho igual;
Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem que:
ii) Uma existência decente para eles e suas famílias, em
conformidade com as disposições do presente Pacto; 1. Deve-se conceder à família, que é o elemento natural e
fundamental da sociedade, as mais amplas proteção e

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assistência possíveis, especialmente para a sua constituição 2. As medidas que os Estados Partes do presente Pacto
e enquanto ele for responsável pela criação e educação dos deverão adotar com o fim de assegurar o pleno exercício
filhos. O matrimonio deve ser contraído com o livre desse direito incluirão as medidas que se façam necessárias
consentimento dos futuros cônjuges. para assegurar:
2. Deve-se conceder proteção especial às mães por um a) A diminuição da mortinatalidade e da mortalidade infantil,
período de tempo razoável antes e depois do parto. Durante bem como o desenvolvimento é das crianças;
esse período, deve-se conceder às mães que trabalham
b) A melhoria de todos os aspectos de higiene do trabalho e
licença remunerada ou licença acompanhada de benefícios
do meio ambiente;
previdenciários adequados.
c) A prevenção e o tratamento das doenças epidêmicas,
3. Devem-se adotar medidas especiais de proteção e de
endêmicas, profissionais e outras, bem como a luta contra
assistência em prol de todas as crianças e adolescentes, sem
essas doenças;
distinção alguma por motivo de filiação ou qualquer outra
condição. Devem-se proteger as crianças e adolescentes d) A criação de condições que assegurem a todos assistência
contra a exploração econômica e social. O emprego de médica e serviços médicos em caso de enfermidade.
crianças e adolescentes em trabalhos que lhes sejam nocivos
ARTIGO 13
à moral e à saúde ou que lhes façam correr perigo de vida,
ou ainda que lhes venham a prejudicar o desenvolvimento 1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito
norma, será punido por lei. de toda pessoa à educação. Concordam em que a educação
deverá visar ao pleno desenvolvimento da personalidade
Os Estados devem também estabelecer limites de idade sob
humana e do sentido de sua dignidade e fortalecer o respeito
os quais fique proibido e punido por lei o emprego
pelos direitos humanos e liberdades fundamentais.
assalariado da mão-de-obra infantil.
Concordam ainda em que a educação deverá capacitar todas
ARTIGO 11 as pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre,
favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito
todas as nações e entre todos os grupos raciais, étnicos ou
de toda pessoa a um nível de vida adequando para si próprio
religiosos e promover as atividades das Nações Unidas em
e sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e moradia
prol da manutenção da paz.
adequadas, assim como a uma melhoria continua de suas
condições de vida. Os Estados Partes tomarão medidas 2. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem que,
apropriadas para assegurar a consecução desse direito, com o objetivo de assegurar o pleno exercício desse direito:
reconhecendo, nesse sentido, a importância essencial da
a) A educação primaria deverá ser obrigatória e acessível
cooperação internacional fundada no livre consentimento.
gratuitamente a todos;
2. Os Estados Partes do presente Pacto, reconhecendo o
b) A educação secundária em suas diferentes formas,
direito fundamental de toda pessoa de estar protegida
inclusive a educação secundária técnica e profissional,
contra a fome, adotarão, individualmente e mediante
deverá ser generalizada e torna-se acessível a todos, por
cooperação internacional, as medidas, inclusive programas
todos os meios apropriados e, principalmente, pela
concretos, que se façam necessárias para:
implementação progressiva do ensino gratuito;
a) Melhorar os métodos de produção, conservação e
c) A educação de nível superior deverá igualmente torna-se
distribuição de gêneros alimentícios pela plena utilização dos
acessível a todos, com base na capacidade de cada um, por
conhecimentos técnicos e científicos, pela difusão de
todos os meios apropriados e, principalmente, pela
princípios de educação nutricional e pelo aperfeiçoamento
implementação progressiva do ensino gratuito;
ou reforma dos regimes agrários, de maneira que se
assegurem a exploração e a utilização mais eficazes dos d) Dever-se-á fomentar e intensificar, na medida do possível,
recursos naturais; a educação de base para aquelas pessoas que não
receberam educação primaria ou não concluíram o ciclo
b) Assegurar uma repartição eqüitativa dos recursos
completo de educação primária;
alimentícios mundiais em relação às necessidades, levando-
se em conta os problemas tanto dos países importadores e) Será preciso prosseguir ativamente o desenvolvimento de
quanto dos exportadores de gêneros alimentícios. uma rede escolar em todos os níveis de ensino,
implementar-se um sistema adequado de bolsas de estudo e
ARTIGO 12
melhorar continuamente as condições materiais do corpo
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito docente.
de toda pessoa de desfrutar o mais elevado nível possível de
1. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a
saúde física e mental.
respeitar a liberdade dos pais e, quando for o caso, dos
tutores legais de escolher para seus filhos escolas distintas

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daquelas criadas pelas autoridades públicas, sempre que 2. a) Todos os relatórios deverão ser encaminhados ao
atendam aos padrões mínimos de ensino prescritos ou Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, o qual
aprovados pelo Estado, e de fazer com que seus filhos enviará cópias dos mesmos ao Conselho Econômico e Social,
venham a receber educação religiosa ou moral que esteja de para exame, de acordo com as disposições do presente
acordo com suas próprias convicções. Pacto.
2.Nenhuma das disposições do presente artigo poderá ser b) O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
interpretada no sentido de restringir a liberdade de encaminhará também às agências especializadas cópias dos
indivíduos e de entidades de criar e dirigir instituições de relatórios - ou de todas as partes pertinentes dos mesmos
ensino, desde que respeitados os princípios enunciados no enviados pelos Estados Partes do presente Pacto que sejam
parágrafo 1 do presente artigo e que essas instituições igualmente membros das referidas agências especializadas,
observem os padrões mínimos prescritos pelo Estado. na medida em que os relatórios, ou partes deles, guardem
relação com questão que sejam da competência de tais
ARTIGO 14
agências, nos termos de seus respectivos instrumentos
Todo Estado Parte do presente pacto que, no momento em constitutivos.
que se tornar Parte, ainda não tenha garantido em seu
ARTIGO 17
próprio território ou territórios sob sua jurisdição a
obrigatoriedade e a gratuidade da educação primária, se 1. Os Estados Partes do presente Pacto apresentarão seus
compromete a elaborar e a adotar, dentro de um prazo de relatórios por etapas, segundo um programa a ser
dois anos, um plano de ação detalhado destinado à estabelecido pelo Conselho Econômico e Social no prazo de
implementação progressiva, dentro de um número razoável um ano a contar da data da entrada em vigor do presente
de anos estabelecidos no próprio plano, do princípio da Pacto, após consulta aos Estados Partes e às agências
educação primária obrigatória e gratuita para todos. especializadas interessadas.
ARTIGO 15 2. Os relatórios poderão indicar os fatores e as dificuldades
que prejudiquem o pleno cumprimento das obrigações
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem a cada
previstas no presente Pacto.
indivíduo o direito de:
3. Caso as informações pertinentes já tenham sido
a) Participar da vida cultural;
encaminhadas à Organização das Nações Unidas ou a uma
b) Desfrutar o processo cientifico e suas aplicações; agência especializada por um Estado Parte, não será
necessário reproduzir as referidas informações, sendo
c) Beneficiar-se da proteção dos interesses morais e
suficiente uma referência precisa às mesmas.
materiais decorrentes de toda a produção cientifica, literária
ou artística de que seja autor. ARTIGO 18
2. As Medidas que os Estados Partes do Presente Pacto Em virtude das responsabilidades que lhe são conferidas pela
deverão adotar com a finalidade de assegurar o pleno Carta das Nações Unidas no domínio dos direitos humanos e
exercício desse direito incluirão aquelas necessárias à das liberdades fundamentais, o Conselho Econômico e Social
convenção, ao desenvolvimento e à difusão da ciência e da poderá concluir acordos com as agências especializadas
cultura. sobre a apresentação, por estas, de relatórios relativos aos
progressos realizados quanto ao cumprimento das
3.Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a
disposições do presente Pacto que correspondam ao seu
respeitar a liberdade indispensável à pesquisa cientifica e à
campo de atividades. Os relatórios poderão, incluir dados
atividade criadora.
sobre as decisões e recomendações referentes ao
4. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem os cumprimento das disposições do presente Pacto adotadas
benefícios que derivam do fomento e do desenvolvimento pelos órgãos competentes das agências especializadas.
da cooperação e das relações internacionais no domínio da
ARTIGO 19
ciência e da cultura.
O Conselho Econômico e Social poderá encaminhar à
PARTE IV
Comissão de Direitos Humanos, para fins de estudo e de
ARTIGO 16 recomendação de ordem geral, ou para informação, caso
julgue apropriado, os relatórios concernentes aos direitos
1. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a
humanos que apresentarem os Estados nos termos dos
apresentar, de acordo com as disposições da presente parte
artigos 16 e 17 e aqueles concernentes aos direitos humanos
do Pacto, relatórios sobre as medidas que tenham adotado
que apresentarem as agências especializadas nos termos do
e sobre o progresso realizado com o objetivo de assegurar a
artigo 18.
observância dos direitos reconhecidos no Pacto.
ARTIGO 20

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Os Estados Partes do presente Pacto e as agências ARTIGO 26


especializadas interessadas poderão encaminhar ao
1. O presente Pacto está aberto à assinatura de todos os
Conselho Econômico e Social comentários sobre qualquer
Estados membros da Organização das Nações Unidas ou
recomendação de ordem geral feita em virtude do artigo 19
membros de qualquer de suas agências especializadas, de
ou sobre qualquer referencia a uma recomendação de
todo Estado Parte do Estatuto da Corte internacional de
ordem geral que venha a constar de relatório da Comissão
Justiça, bem como de qualquer outro Estado convidado pela
de Direitos Humanos ou de qualquer documento
Assembléia-Geral das Nações Unidas a torna-se Parte do
mencionado no referido relatório.
presente Pacto.
ARTIGO 21
2. O presente Pacto está sujeito à ratificação. Os
O Conselho Econômico e Social poderá apresentar instrumentos de ratificação serão depositados junto ao
ocasionalmente à Assembléia-Geral relatórios que Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas.
contenham recomendações de caráter geral bem como
3. O presente Pacto está aberto à adesão de qualquer dos
resumo das informações recebidas dos Estados Partes do
Estados mencionados no parágrafo 1 do presente artigo.
presente Pacto e das agências especializadas sobre as
medidas adotadas e o progresso realizado com a finalidade 4. Far-se-á a adesão mediante depósito do instrumento de
de assegurar a observância geral dos direitos reconhecidos adesão junto ao Secretário-Geral da Organização das Nações
no presente Pacto. Unidas.
ARTIGO 22 5. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
informará todos os Estados que hajam assinado o presente
O Conselho Econômico e Social poderá levar ao
Pacto ou a ele aderido, do depósito de cada instrumento de
conhecimento de outros órgãos da Organização das Nações
ratificação ou de adesão.
Unidas, de seus órgãos subsidiários e das agências
especializadas interessadas, às quais incumba a prestação de ARTIGO 27
assistência técnica, quaisquer questões suscitadas nos
1. O presente Pacto entrará em vigor três meses após a data
relatórios mencionados nesta parte do presente Pacto que
do depósito, junto ao Secretário-Geral da Organização das
possam ajudar essas entidades a pronunciar-se, cada uma
Nações Unidas, do trigésimo-quinto instrumento de
dentro de sua esfera de competência, sobre a conveniência
ratificação ou de adesão.
de medidas internacionais que possam contribuir para a
implementação efetiva e progressiva do presente Pacto. 2. Para os Estados que vierem a ratificar o presente Pacto ou
a ele aderir após o depósito do trigésimo-quinto instrumento
ARTIGO 23
de ratificação ou de adesão, o presente Pacto entrará em
Os Estados Partes do presente Pacto concordam em que as vigor três meses após a data do depósito, pelo Estado em
medidas de ordem internacional destinada a tornar efetivos questão, de seu instrumento de ratificação ou de adesão.
os direitos reconhecidos no referido Pacto incluem,
ARTIGO 28
sobretudo, a conclusão de convenções, a adoção de
recomendações, a prestação de assistência técnica e a Aplicar-se-ão as disposições do presente Pacto, sem
organização, em conjunto com os governos interessados, e qualquer limitação ou exceção, a todas as unidades
no intuito de efetuar consultas e realizar estudos, de constitutivas dos Estados Federativos.
reuniões regionais e de reuniões técnicas.
ARTIGO 29
ARTIGO 24
1. Qualquer Estado Parte do presente Pacto poderá propor
Nenhuma das disposições do presente Pacto poderá ser emendas e depositá-las junto ao Secretário-Geral da
interpretada em detrimento das disposições da Carta das Organização das Nações Unidas. O Secretário-Geral
Nações Unidas ou das constituições das agências comunicará todas as propostas de emenda aos Estados
especializadas, as quais definem as responsabilidades Partes do presente Pacto, pedindo-lhes que o notifiquem se
respectivas dos diversos órgãos da Organização das Nações desejam que se convoque uma conferência dos Estados
Unidas e agências especializadas relativamente às matérias Partes destinada a examinar as propostas e submetê-las à
tratadas no presente Pacto. votação. Se pelo menos um terço dos Estados Partes se
manifestar a favor da referida convocação, o Secretário-
ARTIGO 25
Geral convocará a conferência sob os auspícios da
Nenhuma das disposições do presente Pacto poderá ser Organização das Nações Unidas. Qualquer emenda adotada
interpretada em detrimento do direito inerente a todos os pela maioria dos Estados Partes presentes e votantes na
povos de desfrutar e utilizar plena e livremente suas riquezas conferência será submetida à aprovação da Assembléia-
e seus recursos naturais. Geral das Nações Unidas.
PARTE V

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2. Tais emendas entrarão em vigor quando aprovadas pela Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e
Assembléia-Geral das Nações Unidas e aceitas, em na Declaração Universal dos Direitos do Homem e que foram
conformidade com seus respectivos procedimentos reafirmados e desenvolvidos em outros instrumentos
constitucionais, por uma maioria de dois terços dos Estados internacionais, tanto de âmbito mundial como regional;
Partes no presente Pacto.
Reiterando que, de acordo com a Declaração Universal dos
3. Ao entrarem em vigor, tais emendas serão obrigatórias Direitos do Homem, só pode ser realizado o ideal do ser
para os Estados Partes que as aceitaram, ao passo que os humano livre, isento do temor e da miséria, se forem criadas
demais Estados Partes permanecem obrigatórios pelas condições que permitam a cada pessoa gozar dos seus
disposições do presente Pacto e pelas emendas anteriores direitos econômicos, sociais e culturais, bem como dos seus
por eles aceitas. direitos civis e políticos; e
ARTIGO 30 Considerando que a Terceira Conferência Interamericana
Extraordinária (Buenos Aires, 1967) aprovou a incorporação
Independentemente das notificações previstas no parágrafo
à própria Carta da Organização de normas mais amplas sobre
5 do artigo 26, o Secretário-Geral da Organização das Nações
direitos econômicos, sociais e educacionais e resolveu que
Unidas comunicará a todos os Estados mencionados no
uma convenção interamericana sobre direitos humanos
parágrafo 1 do referido artigo:
determinasse a estrutura, competência e processo dos
a) as assinaturas, ratificações e adesões recebidas em órgãos encarregados dessa matéria,
conformidade com o artigo 26;
Convieram no seguinte:
b) a data de entrada em vigor do Pacto, nos termos do artigo
PARTE I
27, e a data de entrada em vigor de quaisquer emendas, nos
termos do artigo 29. Deveres dos Estados e Direitos Protegidos
ARTIGO 31 CAPÍTULO I
1. O presente Pacto, cujos textos em chinês, espanhol, Enumeração de Deveres
francês, inglês e russo são igualmente autênticos, será
Artigo 1. Obrigação de respeitar os direitos
depositado nos arquivos da Organização das Nações Unidas.
1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se
2. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas
a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a
encaminhará cópias autenticadas do presente Pacto a todos
garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja
os Estados mencionados no artigo 26.
sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por
Em fé do quê, os abaixo-assinados, devidamente autorizados motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas
por seus respectivos Governos, assinaram o presente Pacto, ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social,
aberto à assinatura em Nova York, aos 19 dias no mês de posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição
dezembro do ano de mil novecentos e sessenta e seis. social.
2. Para os efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser
PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA humano.
Artigo 2. Dever de adotar disposições de direito interno
Preâmbulo
Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no
Os Estados americanos signatários da presente Convenção,
artigo 1 ainda não estiver garantido por disposições
Reafirmando seu propósito de consolidar neste Continente, legislativas ou de outra natureza, os Estados Partes
dentro do quadro das instituições democráticas, um regime comprometem-se a adotar, de acordo com as suas normas
de liberdade pessoal e de justiça social, fundado no respeito constitucionais e com as disposições desta Convenção, as
dos direitos essenciais do homem; medidas legislativas ou de outra natureza que forem
Reconhecendo que os direitos essenciais do homem não necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades.
derivam do fato de ser ele nacional de determinado Estado, CAPÍTULO II
mas sim do fato de ter como fundamento os atributos da
Direitos Civis e Políticos
pessoa humana, razão por que justificam uma proteção
internacional, de natureza convencional, coadjuvante ou Artigo 3. Direito ao reconhecimento da personalidade
complementar da que oferece o direito interno dos Estados jurídica
americanos;
Toda pessoa tem direito ao reconhecimento de sua
Considerando que esses princípios foram consagrados na personalidade jurídica.
Carta da Organização dos Estados Americanos, na
Artigo 4. Direito à vida

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1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. 2. Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho
Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o forçado ou obrigatório. Nos países em que se prescreve,
momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida para certos delitos, pena privativa da liberdade
arbitrariamente. acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não
pode ser interpretada no sentido de que proíbe o
2. Nos países que não houverem abolido a pena de
cumprimento da dita pena, imposta por juiz ou tribunal
morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves,
competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade
em cumprimento de sentença final de tribunal competente
nem a capacidade física e intelectual do recluso.
e em conformidade com lei que estabeleça tal pena,
promulgada antes de haver o delito sido cometido. 3. Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios
Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não para os efeitos deste artigo:
se aplique atualmente.
a. os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de
3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou resolução
que a hajam abolido. formal expedida pela autoridade judiciária competente. Tais
trabalhos ou serviços devem ser executados sob a vigilância
4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada
e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os
por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com
executarem não devem ser postos à disposição de
delitos políticos.
particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter
5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no privado;
momento da perpetração do delito, for menor de dezoito
b. o serviço militar e, nos países onde se admite a isenção
anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado
por motivos de consciência, o serviço nacional que a lei
de gravidez.
estabelecer em lugar daquele;
6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar
c. o serviço imposto em casos de perigo ou calamidade
anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser
que ameace a existência ou o bem-estar da comunidade; e
concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena
de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão d. o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações
ante a autoridade competente. cívicas normais.
Artigo 5. Direito à integridade pessoal Artigo 7. Direito à liberdade pessoal
1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua 1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança
integridade física, psíquica e moral. pessoais.
2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas 2. Ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo
ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa pelas causas e nas condições previamente fixadas pelas
privada da liberdade deve ser tratada com o respeito devido constituições políticas dos Estados Partes ou pelas leis de
à dignidade inerente ao ser humano. acordo com elas promulgadas.
3. A pena não pode passar da pessoa do delinqüente. 3. Ninguém pode ser submetido a detenção ou
encarceramento arbitrários.
4. Os processados devem ficar separados dos condenados,
salvo em circunstâncias excepcionais, e ser submetidos a 4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das
tratamento adequado à sua condição de pessoas não razões da sua detenção e notificada, sem demora, da
condenadas. acusação ou acusações formuladas contra ela.
5. Os menores, quando puderem ser processados, devem 5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem
ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal demora, à presença de um juiz ou outra autoridade
especializado, com a maior rapidez possível, para seu autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a
tratamento. ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em
liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua
6. As penas privativas da liberdade devem ter por
liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem
finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos
o seu comparecimento em juízo.
condenados.
6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer
Artigo 6. Proibição da escravidão e da servidão
a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida,
1. Ninguém pode ser submetido a escravidão ou a sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e
servidão, e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais.
de mulheres são proibidos em todas as suas formas. Nos Estados Partes cujas leis prevêem que toda pessoa que
se vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direito

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a recorrer a um juiz ou tribunal competente a fim de que este Artigo 9. Princípio da legalidade e da retroatividade
decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não
Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que,
pode ser restringido nem abolido. O recurso pode ser
no momento em que forem cometidas, não sejam
interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa.
delituosas, de acordo com o direito aplicável. Tampouco se
7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da
limita os mandados de autoridade judiciária competente perpetração do delito. Se depois da perpetração do delito a
expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação lei dispuser a imposição de pena mais leve, o delinqüente
alimentar. será por isso beneficiado.
Artigo 8. Garantias judiciais Artigo 10. Direito a indenização
1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no
garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou caso de haver sido condenada em sentença passada em
tribunal competente, independente e imparcial, julgado, por erro judiciário.
estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer
Artigo 11. Proteção da honra e da dignidade
acusação penal formulada contra ela, ou para que se
determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, 1. Toda pessoa tem direito ao respeito de sua honra e ao
trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. reconhecimento de sua dignidade.
2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se 2. Ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou
presuma sua inocência enquanto não se comprove abusivas em sua vida privada, na de sua família, em seu
legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais
direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: à sua honra ou reputação.
a. direito do acusado de ser assistido gratuitamente por 3. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais
tradutor ou intérprete, se não compreender ou não falar o ingerências ou tais ofensas.
idioma do juízo ou tribunal;
Artigo 12. Liberdade de consciência e de religião
b. comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e de
acusação formulada;
religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua
c. concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de
para a preparação de sua defesa; crenças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua
religião ou suas crenças, individual ou coletivamente, tanto
d. direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de
em público como em privado.
ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-
se, livremente e em particular, com seu defensor; 2. Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que
possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou
e. direito irrenunciável de ser assistido por um defensor
suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças.
proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a
legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio 3. A liberdade de manifestar a própria religião e as próprias
nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; crenças está sujeita unicamente às limitações prescritas pela
lei e que sejam necessárias para proteger a segurança, a
f. direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes
ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos ou
no tribunal e de obter o comparecimento, como
liberdades das demais pessoas.
testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam
lançar luz sobre os fatos; 4. Os pais, e quando for o caso os tutores, têm direito a
que seus filhos ou pupilos recebam a educação religiosa e
g. direito de não ser obrigado a depor contra si mesma,
moral que esteja acorde com suas próprias convicções.
nem a declarar-se culpada; e
Artigo 13. Liberdade de pensamento e de expressão
h. direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal
superior. 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e
de expressão. Esse direito compreende a liberdade de
3. A confissão do acusado só é válida se feita sem coação
buscar, receber e difundir informações e idéias de toda
de nenhuma natureza.
natureza, sem consideração de fronteiras, verbalmente ou
4. O acusado absolvido por sentença passada em julgado por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por
não poderá ser submetido a novo processo pelos mesmos qualquer outro processo de sua escolha.
fatos.
2. O exercício do direito previsto no inciso precedente não
5. O processo penal deve ser público, salvo no que for pode estar sujeito a censura prévia, mas a responsabilidades
necessário para preservar os interesses da justiça.

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ulteriores, que devem ser expressamente fixadas pela lei e sociedade democrática, no interesse da segurança nacional,
ser necessárias para assegurar: da segurança ou da ordem públicas, ou para proteger a
saúde ou a moral públicas ou os direitos e liberdades das
a. o respeito aos direitos ou à reputação das demais
demais pessoas.
pessoas; ou
3. O disposto neste artigo não impede a imposição de
b. a proteção da segurança nacional, da ordem pública,
restrições legais, e mesmo a privação do exercício do direito
ou da saúde ou da moral públicas.
de associação, aos membros das forças armadas e da polícia.
3. Não se pode restringir o direito de expressão por vias
Artigo 17. Proteção da família
ou meios indiretos, tais como o abuso de controles oficiais
ou particulares de papel de imprensa, de freqüências 1. A família é o elemento natural e fundamental da
radioelétricas ou de equipamentos e aparelhos usados na sociedade e deve ser protegida pela sociedade e pelo Estado.
difusão de informação, nem por quaisquer outros meios
2. É reconhecido o direito do homem e da mulher de
destinados a obstar a comunicação e a circulação de idéias e
contraírem casamento e de fundarem uma família, se
opiniões.
tiverem a idade e as condições para isso exigidas pelas leis
4. A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura internas, na medida em que não afetem estas o princípio da
prévia, com o objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, não-discriminação estabelecido nesta Convenção.
para proteção moral da infância e da adolescência, sem
3. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e
prejuízo do disposto no inciso 2.
pleno consentimento dos contraentes.
5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra,
4. Os Estados Partes devem tomar medidas apropriadas
bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso
no sentido de assegurar a igualdade de direitos e a adequada
que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao
equivalência de responsabilidades dos cônjuges quanto ao
crime ou à violência.
casamento, durante o casamento e em caso de dissolução do
Artigo 14. Direito de retificação ou resposta mesmo. Em caso de dissolução, serão adotadas disposições
que assegurem a proteção necessária aos filhos, com base
1. Toda pessoa atingida por informações inexatas ou
unicamente no interesse e conveniência dos mesmos.
ofensivas emitidas em seu prejuízo por meios de difusão
legalmente regulamentados e que se dirijam ao público em 5. A lei deve reconhecer iguais direitos tanto aos filhos
geral, tem direito a fazer, pelo mesmo órgão de difusão, sua nascidos fora do casamento como aos nascidos dentro do
retificação ou resposta, nas condições que estabeleça a lei. casamento.
2. Em nenhum caso a retificação ou a resposta eximirão Artigo 18. Direito ao nome
das outras responsabilidades legais em que se houver
Toda pessoa tem direito a um prenome e aos nomes de seus
incorrido.
pais ou ao de um destes. A lei deve regular a forma de
3. Para a efetiva proteção da honra e da reputação, toda assegurar a todos esse direito, mediante nomes fictícios, se
publicação ou empresa jornalística, cinematográfica, de for necessário.
rádio ou televisão, deve ter uma pessoa responsável que não
Artigo 19. Direitos da criança
seja protegida por imunidades nem goze de foro especial.
Toda criança tem direito às medidas de proteção que a sua
Artigo 15. Direito de reunião
condição de menor requer por parte da sua família, da
É reconhecido o direito de reunião pacífica e sem armas. O sociedade e do Estado.
exercício de tal direito só pode estar sujeito às restrições
Artigo 20. Direito à nacionalidade
previstas pela lei e que sejam necessárias, numa sociedade
democrática, no interesse da segurança nacional, da 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
segurança ou da ordem públicas, ou para proteger a saúde
2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em
ou a moral públicas ou os direitos e liberdades das demais
cujo território houver nascido, se não tiver direito a outra.
pessoas.
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua
Artigo 16. Liberdade de associação
nacionalidade nem do direito de mudá-la.
1. Todas as pessoas têm o direito de associar-se
Artigo 21. Direito à propriedade privada
livremente com fins ideológicos, religiosos, políticos,
econômicos, trabalhistas, sociais, culturais, desportivos ou 1. Toda pessoa tem direito ao uso e gozo dos seus bens.
de qualquer outra natureza. A lei pode subordinar esse uso e gozo ao interesse social.
2. O exercício de tal direito só pode estar sujeito às 2. Nenhuma pessoa pode ser privada de seus bens, salvo
restrições previstas pela lei que sejam necessárias, numa mediante o pagamento de indenização justa, por motivo de

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utilidade pública ou de interesse social e nos casos e na 2. A lei pode regular o exercício dos direitos e
forma estabelecidos pela lei. oportunidades a que se refere o inciso anterior,
exclusivamente por motivos de idade, nacionalidade,
3. Tanto a usura como qualquer outra forma de
residência, idioma, instrução, capacidade civil ou mental, ou
exploração do homem pelo homem devem ser reprimidas
condenação, por juiz competente, em processo penal.
pela lei.
Artigo 24. Igualdade perante a lei
Artigo 22. Direito de circulação e de residência
Todas as pessoas são iguais perante a lei. Por conseguinte,
1. Toda pessoa que se ache legalmente no território de
têm direito, sem discriminação, a igual proteção da lei.
um Estado tem direito de circular nele e de nele residir em
conformidade com as disposições legais. Artigo 25. Proteção judicial
2. Toda pessoa tem o direito de sair livremente de 1. Toda pessoa tem direito a um recurso simples e rápido
qualquer país, inclusive do próprio. ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízes ou
tribunais competentes, que a proteja contra atos que violem
3. O exercício dos direitos acima mencionados não pode
seus direitos fundamentais reconhecidos pela constituição,
ser restringido senão em virtude de lei, na medida
pela lei ou pela presente Convenção, mesmo quando tal
indispensável, numa sociedade democrática, para prevenir
violação seja cometida por pessoas que estejam atuando no
infrações penais ou para proteger a segurança nacional, a
exercício de suas funções oficiais.
segurança ou a ordem públicas, a moral ou a saúde públicas,
ou os direitos e liberdades das demais pessoas. 2. Os Estados Partes comprometem-se:
4. O exercício dos direitos reconhecidos no inciso 1 pode a. a assegurar que a autoridade competente prevista pelo
também ser restringido pela lei, em zonas determinadas, por sistema legal do
motivo de interesse público.
Estado decida sobre os direitos de toda pessoa que
5. Ninguém pode ser expulso do território do Estado do interpuser tal recurso;
qual for nacional, nem ser privado do direito de nele entrar.
b. a desenvolver as possibilidades de recurso judicial; e
6. O estrangeiro que se ache legalmente no território de
c. a assegurar o cumprimento, pelas autoridades
um Estado Parte nesta Convenção só poderá dele ser expulso
competentes, de toda decisão em que se tenha considerado
em cumprimento de decisão adotada de acordo com a lei.
procedente o recurso.
7. Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo
CAPÍTULO III
em território estrangeiro, em caso de perseguição por
delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos e Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
de acordo com a legislação de cada Estado e com os
Artigo 26. Desenvolvimento progressivo
convênios internacionais.
Os Estados Partes comprometem-se a adotar providências,
8. Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso ou
tanto no âmbito interno como mediante cooperação
entregue a outro país, seja ou não de origem, onde seu
internacional, especialmente econômica e técnica, a fim de
direito à vida ou à liberdade pessoal esteja em risco de
conseguir progressivamente a plena efetividade dos direitos
violação por causa da sua raça, nacionalidade, religião,
que decorrem das normas econômicas, sociais e sobre
condição social ou de suas opiniões políticas.
educação, ciência e cultura, constantes da Carta da
9. É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros. Organização dos Estados Americanos, reformada pelo
Protocolo de Buenos Aires, na medida dos recursos
Artigo 23. Direitos políticos
disponíveis, por via legislativa ou por outros meios
1. Todos os cidadãos devem gozar dos seguintes direitos e apropriados.
oportunidades:
CAPÍTULO IV
a. de participar na direção dos assuntos públicos,
Suspensão de Garantias, Interpretação e Aplicação
diretamente ou por meio de representantes livremente
eleitos; Artigo 27. Suspensão de garantias
b. de votar e ser eleitos em eleições periódicas autênticas, 1. Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra
realizadas por sufrágio universal e igual e por voto secreto emergência que ameace a independência ou segurança do
que garanta a livre expressão da vontade dos eleitores; e Estado Parte, este poderá adotar disposições que, na medida
e pelo tempo estritamente limitados às exigências da
c. de ter acesso, em condições gerais de igualdade, às
situação, suspendam as obrigações contraídas em virtude
funções públicas de seu país.
desta Convenção, desde que tais disposições não sejam
incompatíveis com as demais obrigações que lhe impõe o

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Direito Internacional e não encerrem discriminação alguma c. excluir outros direitos e garantias que são inerentes ao
fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou ser humano ou que decorrem da forma democrática
origem social. representativa de governo; e
2. A disposição precedente não autoriza a suspensão dos d. excluir ou limitar o efeito que possam produzir a
direitos determinados seguintes artigos: 3 (Direito ao Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e
reconhecimento da personalidade jurídica); 4 (Direito à outros atos internacionais da mesma natureza.
vida); 5 (Direito à integridade pessoal); 6 (Proibição da
Artigo 30. Alcance das restrições
escravidão e servidão); 9 (Princípio da legalidade e da
retroatividade); 12 (Liberdade de consciência e de religião); As restrições permitidas, de acordo com esta Convenção, ao
17 (Proteção da família); 18 (Direito ao nome); 19 (Direitos gozo e exercício dos direitos e liberdades nela reconhecidos,
da criança); 20 (Direito à nacionalidade) e 23 (Direitos não podem ser aplicadas senão de acordo com leis que
políticos), nem das garantias indispensáveis para a proteção forem promulgadas por motivo de interesse geral e com o
de tais direitos. propósito para o qual houverem sido estabelecidas.
3. Todo Estado Parte que fizer uso do direito de Artigo 31. Reconhecimento de outros direitos
suspensão deverá informar imediatamente os outros
Poderão ser incluídos no regime de proteção desta
Estados Partes na presente Convenção, por intermédio do
Convenção outros direitos e liberdades que forem
Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos,
reconhecidos de acordo com os processos estabelecidos nos
das disposições cuja aplicação haja suspendido, dos motivos
artigos 76 e 77.
determinantes da suspensão e da data em que haja dado por
terminada tal suspensão. CAPÍTULO V
Artigo 28. Cláusula federal Deveres das Pessoas
1. Quando se tratar de um Estado Parte constituído como Artigo 32. Correlação entre deveres e direitos
Estado federal, o governo nacional do aludido Estado Parte
1. Toda pessoa tem deveres para com a família, a
cumprirá todas as disposições da presente Convenção,
comunidade e a humanidade.
relacionadas com as matérias sobre as quais exerce
competência legislativa e judicial. 2. Os direitos de cada pessoa são limitados pelos direitos
dos demais, pela segurança de todos e pelas justas
2. No tocante às disposições relativas às matérias que
exigências do bem comum, numa sociedade democrática.
correspondem à competência das entidades componentes
da federação, o governo nacional deve tomar PARTE II
imediatamente as medidas pertinente, em conformidade
Meios da Proteção
com sua constituição e suas leis, a fim de que as autoridades
competentes das referidas entidades possam adotar as CAPÍTULO VI
disposições cabíveis para o cumprimento desta Convenção.
Órgãos Competentes
3. Quando dois ou mais Estados Partes decidirem
Artigo 33
constituir entre eles uma federação ou outro tipo de
associação, diligenciarão no sentido de que o pacto São competentes para conhecer dos assuntos relacionados
comunitário respectivo contenha as disposições necessárias com o cumprimento dos compromissos assumidos pelos
para que continuem sendo efetivas no novo Estado assim Estados Partes nesta Convenção:
organizado as normas da presente Convenção. a. a Comissão Interamericana de Direitos Humanos,
Artigo 29. Normas de interpretação doravante denominada a Comissão; e
Nenhuma disposição desta Convenção pode ser interpretada b. a Corte Interamericana de Direitos Humanos, doravante
no sentido de: denominada a Corte.
a. permitir a qualquer dos Estados Partes, grupo ou CAPÍTULO VII
pessoa, suprimir o gozo e exercício dos direitos e liberdades Comissão Interamericana de Direitos Humanos
reconhecidos na Convenção ou limitá-los em maior medida
do que a nela prevista; Seção 1 — Organização
b. limitar o gozo e exercício de qualquer direito ou Artigo 34
liberdade que possam ser reconhecidos de acordo com as A Comissão Interamericana de Direitos Humanos compor-se-
leis de qualquer dos Estados Partes ou de acordo com outra á de sete membros, que deverão ser pessoas de alta
convenção em que seja parte um dos referidos Estados; autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de
direitos humanos.

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Artigo 35 humanos no âmbito de suas leis internas e seus preceitos


constitucionais, bem como disposições apropriadas para
A Comissão representa todos os membros da Organização
promover o devido respeito a esses direitos;
dos Estados Americanos.
c. preparar os estudos ou relatórios que considerar
Artigo 36
convenientes para o desempenho de suas funções;
1. Os membros da Comissão serão eleitos a título pessoal,
d. solicitar aos governos dos Estados membros que lhe
pela Assembleia Geral da Organização, de uma lista de
proporcionem informações sobre as medidas que adotarem
candidatos propostos pelos governos dos Estados membros.
em matéria de direitos humanos;
2. Cada um dos referidos governos pode propor até três
e. atender às consultas que, por meio da Secretaria-Geral
candidatos, nacionais do Estado que os propuser ou de
da Organização dos Estados Americanos, lhe formularem os
qualquer outro Estado membro da Organização dos Estados
Estados membros sobre questões relacionadas com os
Americanos. Quando for proposta uma lista de três
direitos humanos e, dentro de suas possibilidades, prestar-
candidatos, pelo menos um deles deverá ser nacional de
lhes o assessoramento que eles lhe solicitarem;
Estado diferente do proponente.
f. atuar com respeito às petições e outras comunicações,
Artigo 37
no exercício de sua autoridade, de conformidade com o
1. Os membros da Comissão serão eleitos por quatro disposto nos artigos 44 a 51 desta Convenção; e
anos e só poderão ser reeleitos uma vez, porém o mandato
g. apresentar um relatório anual à Assembleia Geral da
de três dos membros designados na primeira eleição
Organização dos Estados Americanos.
expirará ao cabo de dois anos. Logo depois da referida
eleição, serão determinados por sorteio, na Assembleia Artigo 42
Geral, os nomes desses três membros.
Os Estados Partes devem remeter à Comissão cópia dos
2. Não pode fazer parte da Comissão mais de um nacional relatórios e estudos que, em seus respectivos campos,
de um mesmo Estado. submetem anualmente às Comissões Executivas do
Conselho Interamericano Econômico e Social e do Conselho
Artigo 38
Interamericano de Educação, Ciência e Cultura, a fim de que
As vagas que ocorrerem na Comissão, que não se devam à aquela vele por que se promovam os direitos decorrentes
expiração normal do mandato, serão preenchidas pelo das normas econômicas, sociais e sobre educação, ciência e
Conselho Permanente da Organização, de acordo com o que cultura, constantes da Carta da Organização dos Estados
dispuser o Estatuto da Comissão. Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires.
Artigo 39 Artigo 43
A Comissão elaborará seu estatuto e submetê-lo-á à Os Estados Partes obrigam-se a proporcionar à Comissão as
aprovação da Assembleia Geral e expedirá seu próprio informações que esta lhes solicitar sobre a maneira pela qual
regulamento. o seu direito interno assegura a aplicação efetiva de
quaisquer disposições desta Convenção.
Artigo 40
Seção 3 — Competência
Os serviços de secretaria da Comissão devem ser
desempenhados pela unidade funcional especializada que Artigo 44
faz parte da Secretaria-Geral da Organização e devem dispor
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-
dos recursos necessários para cumprir as tarefas que lhe
governamental legalmente reconhecida em um ou mais
forem confiadas pela Comissão.
Estados membros da Organização, pode apresentar à
Seção 2 — Funções Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de
violação desta Convenção por um Estado Parte.
Artigo 41
Artigo 45
A Comissão tem a função principal de promover a
observância e a defesa dos direitos humanos e, no exercício 1. Todo Estado Parte pode, no momento do depósito do
do seu mandato, tem as seguintes funções e atribuições: seu instrumento de ratificação desta Convenção ou de
adesão a ela, ou em qualquer momento posterior, declarar
a. estimular a consciência dos direitos humanos nos povos
que reconhece a competência da Comissão para receber e
da América;
examinar as comunicações em que um Estado Parte alegue
b. formular recomendações aos governos dos Estados haver outro Estado Parte incorrido em violações dos direitos
membros, quando o considerar conveniente, no sentido de humanos estabelecidos nesta Convenção.
que adotem medidas progressivas em prol dos direitos

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2. As comunicações feitas em virtude deste artigo só c. pela exposição do próprio peticionário ou do Estado, for
podem ser admitidas e examinadas se forem apresentadas manifestamente infundada a petição ou comunicação ou for
por um Estado Parte que haja feito uma declaração pela qual evidente sua total improcedência; ou
reconheça a referida competência da Comissão. A Comissão
d. for substancialmente reprodução de petição ou
não admitirá nenhuma comunicação contra um Estado Parte
comunicação anterior, já examinada pela Comissão ou por
que não haja feito tal declaração.
outro organismo internacional.
3. As declarações sobre reconhecimento de competência
Seção 4 — Processo
podem ser feitas para que esta vigore por tempo indefinido,
por período determinado ou para casos específicos. Artigo 48
4. As declarações serão depositadas na Secretaria-Geral 1. A Comissão, ao receber uma petição ou comunicação
da Organização dos Estados Americanos, a qual encaminhará na qual se alegue violação de qualquer dos direitos
cópia das mesmas aos Estados membros da referida consagrados nesta Convenção, procederá da seguinte
Organização. maneira:
Artigo 46 a. se reconhecer a admissibilidade da petição ou
comunicação, solicitará informações ao Governo do Estado
1. Para que uma petição ou comunicação apresentada
ao qual pertença a autoridade apontada como responsável
de acordo com os artigos 44 ou 45 seja admitida pela
pela violação alegada e transcreverá as partes pertinentes da
Comissão, será necessário:
petição ou comunicação. As referidas informações devem
a. que hajam sido interpostos e esgotados os recursos da ser enviadas dentro de um prazo razoável, fixado pela
jurisdição interna, de acordo com os princípios de direito Comissão ao considerar as circunstâncias de cada caso;
internacional geralmente reconhecidos;
b. recebidas as informações, ou transcorrido o prazo
b. que seja apresentada dentro do prazo de seis meses, a fixado sem que sejam elas recebidas, verificará se existem ou
partir da data em que o presumido prejudicado em seus subsistem os motivos da petição ou comunicação. No caso
direitos tenha sido notificado da decisão definitiva; de não existirem ou não subsistirem, mandará arquivar o
expediente;
c. que a matéria da petição ou comunicação não esteja
pendente de outro processo de solução internacional; e c. poderá também declarar a inadmissibilidade ou a
improcedência da petição ou comunicação, com base em
d. que, no caso do artigo 44, a petição contenha o nome,
informação ou prova supervenientes;
a nacionalidade, a profissão, o domicílio e a assinatura da
pessoa ou pessoas ou do representante legal da entidade d. se o expediente não houver sido arquivado, e com o
que submeter a petição. fim de comprovar os fatos, a Comissão procederá, com
conhecimento das partes, a um exame do assunto exposto
2. As disposições das alíneas a e b do inciso 1 deste artigo
na petição ou comunicação. Se for necessário e conveniente,
não se aplicarão quando:
a Comissão procederá a uma investigação para cuja eficaz
a. não existir, na legislação interna do Estado de que se realização solicitará, e os Estados interessados lhes
tratar, o devido processo legal para a proteção do direito ou proporcionarão todas as facilidades necessárias;
direitos que se alegue tenham sido violados;
e. poderá pedir aos Estados interessados qualquer
b. não se houver permitido ao presumido prejudicado em informação pertinente e receberá, se isso lhe for solicitado,
seus direitos o acesso aos recursos da jurisdição interna, ou as exposições verbais ou escritas que apresentarem os
houver sido ele impedido de esgotá-los; e interessados; e
c. houver demora injustificada na decisão sobre os f. pôr-se-á à disposição das partes interessadas, a fim de
mencionados recursos. chegar a uma solução amistosa do assunto, fundada no
respeito aos direitos humanos reconhecidos nesta
Artigo 47
Convenção.
A Comissão declarará inadmissível toda petição ou
2. Entretanto, em casos graves e urgentes, pode ser
comunicação apresentada de acordo com os artigos 44 ou 45
realizada uma investigação, mediante prévio consentimento
quando:
do Estado em cujo território se alegue haver sido cometida a
a. não preencher algum dos requisitos estabelecidos no violação, tão somente com a apresentação de uma petição
artigo 46; ou comunicação que reúna todos os requisitos formais de
admissibilidade.
b. não expuser fatos que caracterizem violação dos direitos
garantidos por esta Convenção; Artigo 49

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Se se houver chegado a uma solução amistosa de acordo 2. Não deve haver dois juízes da mesma nacionalidade.
com as disposições do inciso 1, f, do artigo 48, a Comissão
Artigo 53
redigirá um relatório que será encaminhado ao peticionário
e aos Estados Partes nesta Convenção e, posteriormente, 1. Os juízes da Corte serão eleitos, em votação secreta e
transmitido, para sua publicação, ao Secretário-Geral da pelo voto da maioria absoluta dos Estados Partes na
Organização dos Estados Americanos. O referido relatório Convenção, na Assembleia Geral da Organização, de uma
conterá uma breve exposição dos fatos e da solução lista de candidatos propostos pelos mesmos Estados.
alcançada. Se qualquer das partes no caso o solicitar, ser-
2. Cada um dos Estados Partes pode propor até três
lhe-á proporcionada a mais ampla informação possível.
candidatos, nacionais do Estado que os propuser ou de
Artigo 50 qualquer outro Estado membro da Organização dos Estados
Americanos. Quando se propuser uma lista de três
1. Se não se chegar a uma solução, e dentro do prazo
candidatos, pelo menos um deles deverá ser nacional de
que for fixado pelo Estatuto da Comissão, esta redigirá um
Estado diferente do proponente.
relatório no qual exporá os fatos e suas conclusões. Se o
relatório não representar, no todo ou em parte, o acordo Artigo 54
unânime dos membros da Comissão, qualquer deles poderá
1. Os juízes da Corte serão eleitos por um período de seis
agregar ao referido relatório seu voto em separado.
anos e só poderão ser reeleitos uma vez. O mandato de três
Também se agregarão ao relatório as exposições verbais ou
dos juízes designados na primeira eleição expirará ao cabo
escritas que houverem sido feitas pelos interessados em
de três anos. Imediatamente depois da referida eleição,
virtude do inciso 1, e, do artigo 48.
determinar-se-ão por sorteio, na Assembleia Geral, os
2. O relatório será encaminhado aos Estados nomes desses três juízes.
interessados, aos quais não será facultado publicá-lo.
2. O juiz eleito para substituir outro cujo mandato não
3. Ao encaminhar o relatório, a Comissão pode formular haja expirado, completará o período deste.
as proposições e recomendações que julgar adequadas.
3. Os juízes permanecerão em funções até o término dos
Artigo 51 seus mandatos. Entretanto, continuarão funcionando nos
casos de que já houverem tomado conhecimento e que se
1. Se no prazo de três meses, a partir da remessa aos
encontrem em fase de sentença e, para tais efeitos, não
Estados interessados do relatório da Comissão, o assunto
serão substituídos pelos novos juízes eleitos.
não houver sido solucionado ou submetido à decisão da
Corte pela Comissão ou pelo Estado interessado, aceitando Artigo 55
sua competência, a Comissão poderá emitir, pelo voto da
1. O juiz que for nacional de algum dos Estados Partes
maioria absoluta dos seus membros, sua opinião e
no caso submetido à Corte, conservará o seu direito de
conclusões sobre a questão submetida à sua consideração.
conhecer do mesmo.
2. A Comissão fará as recomendações pertinentes e fixará
2. Se um dos juízes chamados a conhecer do caso for de
um prazo dentro do qual o Estado deve tomar as medidas
nacionalidade de um dos Estados Partes, outro Estado Parte
que lhe competirem para remediar a situação examinada.
no caso poderá designar uma pessoa de sua escolha para
3. Transcorrido o prazo fixado, a Comissão decidirá, pelo fazer parte da Corte na qualidade de juiz ad hoc.
voto da maioria absoluta dos seus membros, se o Estado
3. Se, dentre os juízes chamados a conhecer do caso,
tomou ou não medidas adequadas e se publica ou não seu
nenhum for da nacionalidade dos Estados Partes, cada um
relatório.
destes poderá designar um juiz ad hoc.
CAPÍTULO VIII
4. O juiz ad hoc deve reunir os requisitos indicados no
Corte Interamericana de Direitos Humanos artigo 52.
Seção 1 — Organização 5. Se vários Estados Partes na Convenção tiverem o
mesmo interesse no caso, serão considerados como uma só
Artigo 52
Parte, para os fins das disposições anteriores. Em caso de
1. A Corte compor-se-á de sete juízes, nacionais dos dúvida, a Corte decidirá.
Estados membros da Organização, eleitos a título pessoal
Artigo 56
dentre juristas da mais alta autoridade moral, de
reconhecida competência em matéria de direitos humanos, O quorum para as deliberações da Corte é constituído por
que reúnam as condições requeridas para o exercício das cinco juízes.
mais elevadas funções judiciais, de acordo com a lei do
Artigo 57
Estado do qual sejam nacionais, ou do Estado que os
propuser como candidatos. A Comissão comparecerá em todos os casos perante a Corte.

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Artigo 58 a referida competência, seja por declaração especial, como


prevêem os incisos anteriores, seja por convenção especial.
1. A Corte terá sua sede no lugar que for determinado,
na Assembleia Geral da Organização, pelos Estados Partes na Artigo 63
Convenção, mas poderá realizar reuniões no território de
1. Quando decidir que houve violação de um direito ou
qualquer Estado membro da Organização dos Estados
liberdade protegidos nesta Convenção, a Corte determinará
Americanos em que o considerar conveniente pela maioria
que se assegure ao prejudicado o gozo do seu direito ou
dos seus membros e mediante prévia aquiescência do Estado
liberdade violados. Determinará também, se isso for
respectivo. Os Estados Partes na Convenção podem, na
procedente, que sejam reparadas as conseqüências da
Assembleia Geral, por dois terços dos seus votos, mudar a
medida ou situação que haja configurado a violação desses
sede da Corte.
direitos, bem como o pagamento de indenização justa à
2. A Corte designará seu Secretário. parte lesada.
3. O Secretário residirá na sede da Corte e deverá assistir 2. Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando
às reuniões que ela realizar fora da mesma. se fizer necessário evitar danos irreparáveis às pessoas, a
Corte, nos assuntos de que estiver conhecendo, poderá
Artigo 59
tomar as medidas provisórias que considerar pertinentes. Se
A Secretaria da Corte será por esta estabelecida e funcionará se tratar de assuntos que ainda não estiverem submetidos
sob a direção do Secretário da Corte, de acordo com as ao seu conhecimento, poderá atuar a pedido da Comissão.
normas administrativas da Secretaria-Geral da Organização
Artigo 64
em tudo o que não for incompatível com a independência da
Corte. Seus funcionários serão nomeados pelo Secretário- 1. Os Estados membros da Organização poderão
Geral da Organização, em consulta com o Secretário da consultar a Corte sobre a interpretação desta Convenção ou
Corte. de outros tratados concernentes à proteção dos direitos
humanos nos Estados americanos. Também poderão
Artigo 60
consultá-la, no que lhes compete, os órgãos enumerados no
A Corte elaborará seu estatuto e submetê-lo-á à aprovação capítulo X da Carta da Organização dos Estados Americanos,
da Assembleia Geral e expedirá seu regimento. reformada pelo Protocolo de Buenos Aires.
Seção 2 — Competência e funções 2. A Corte, a pedido de um Estado membro da
Organização, poderá emitir pareceres sobre a
Artigo 61
compatibilidade entre qualquer de suas leis internas e os
1. Somente os Estados Partes e a Comissão têm direito mencionados instrumentos internacionais.
de submeter caso à decisão da Corte.
Artigo 65
2. Para que a Corte possa conhecer de qualquer caso, é
A Corte submeterá à consideração da Assembleia Geral da
necessário que sejam esgotados os processos previstos nos
Organização, em cada período ordinário de sessões, um
artigos 48 a 50.
relatório sobre suas atividades no ano anterior. De maneira
Artigo 62 especial, e com as recomendações pertinentes, indicará os
casos em que um Estado não tenha dado cumprimento a
1. Todo Estado Parte pode, no momento do depósito do
suas sentenças.
seu instrumento de ratificação desta Convenção ou de
adesão a ela, ou em qualquer momento posterior, declarar Seção 3 — Procedimento
que reconhece como obrigatória, de pleno direito e sem
Artigo 66
convenção especial, a competência da Corte em todos os
casos relativos à interpretação ou aplicação desta 1. A sentença da Corte deve ser fundamentada.
Convenção.
2. Se a sentença não expressar no todo ou em parte a
2. A declaração pode ser feita incondicionalmente, ou opinião unânime dos juízes, qualquer deles terá direito a que
sob condição de reciprocidade, por prazo determinado ou se agregue à sentença o seu voto dissidente ou individual.
para casos específicos. Deverá ser apresentada ao
Artigo 67
Secretário-Geral da Organização, que encaminhará cópias da
mesma aos outros Estados membros da Organização e ao A sentença da Corte será definitiva e inapelável. Em caso de
Secretário da Corte. divergência sobre o sentido ou alcance da sentença, a Corte
interpretá-la-á, a pedido de qualquer das partes, desde que
3. A Corte tem competência para conhecer de qualquer
o pedido seja apresentado dentro de noventa dias a partir da
caso relativo à interpretação e aplicação das disposições
data da notificação da sentença.
desta Convenção que lhe seja submetido, desde que os
Estados Partes no caso tenham reconhecido ou reconheçam Artigo 68

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1. Os Estados Partes na Convenção comprometem-se a Comissão; e, além disso, de dois terços dos votos dos Estados
cumprir a decisão da Corte em todo caso em que forem Partes na Convenção, se se tratar dos juízes da Corte.
partes.
PARTE III
2. A parte da sentença que determinar indenização
Disposições Gerais e Transitórias
compensatória poderá ser executada no país respectivo pelo
processo interno vigente para a execução de sentenças CAPÍTULO X
contra o Estado.
Assinatura, Ratificação, Reserva, Emenda, Protocolo e
Artigo 69 Denúncia
A sentença da Corte deve ser notificada às partes no caso e Artigo 74
transmitida aos Estados Partes na Convenção.
1. Esta Convenção fica aberta à assinatura e à ratificação
CAPÍTULO IV ou adesão de todos os Estados membros da Organização dos
Estados Americanos.
Disposições Comuns
2. A ratificação desta Convenção ou a adesão a ela
Artigo 70
efetuar-se-á mediante depósito de um instrumento de
1. Os juízes da Corte e os membros da Comissão gozam, ratificação ou de adesão na Secretaria-Geral da Organização
desde o momento de sua eleição e enquanto durar o seu dos Estados Americanos. Esta Convenção entrará em vigor
mandato, das imunidades reconhecidas aos agentes logo que onze Estados houverem depositado os seus
diplomáticos pelo Direito Internacional. Durante o exercício respectivos instrumentos de ratificação ou de adesão. Com
dos seus cargos gozam, além disso, dos privilégios referência a qualquer outro Estado que a ratificar ou que a
diplomáticos necessários para o desempenho de suas ela aderir ulteriormente, a Convenção entrará em vigor na
funções. data do depósito do seu instrumento de ratificação ou de
adesão.
2. Não se poderá exigir responsabilidade em tempo
algum dos juízes da Corte, nem dos membros da Comissão, 3. O Secretário-Geral informará todos os Estados
por votos e opiniões emitidos no exercício de suas funções. membros da Organização sobre a entrada em vigor da
Convenção.
Artigo 71
Artigo 75
Os cargos de juiz da Corte ou de membro da Comissão são
incompatíveis com outras atividades que possam afetar sua Esta Convenção só pode ser objeto de reservas em
independência ou imparcialidade conforme o que for conformidade com as disposições da Convenção de Viena
determinado nos respectivos estatutos. sobre o Direito dos Tratados, assinada em 23 de maio de
1969.
Artigo 72
Artigo 76
Os juízes da Corte e os membros da Comissão perceberão
honorários e despesas de viagem na forma e nas condições 1. Qualquer Estado Parte, diretamente, e a Comissão ou
que determinarem os seus estatutos, levando em conta a a Corte, por intermédio do Secretário-Geral, podem
importância e independência de suas funções. Tais submeter à Assembleia Geral, para o que julgarem
honorários e despesas de viagem serão fixados no conveniente, proposta de emenda a esta Convenção.
orçamento-programa da Organização dos Estados
2. As emendas entrarão em vigor para os Estados que
Americanos, no qual devem ser incluídas, além disso, as
ratificarem as mesmas na data em que houver sido
despesas da Corte e da sua Secretaria. Para tais efeitos, a
depositado o respectivo instrumento de ratificação que
Corte elaborará o seu próprio projeto de orçamento e
corresponda ao número de dois terços dos Estados Partes
submetê-lo-á à aprovação da Assembleia Geral, por
nesta Convenção. Quanto aos outros Estados Partes,
intermédio da Secretaria-Geral. Esta última não poderá nele
entrarão em vigor na data em que depositarem eles os seus
introduzir modificações.
respectivos instrumentos de ratificação.
Artigo 73
Somente por solicitação da Comissão ou da Corte, conforme
Artigo 77
o caso, cabe à Assembleia Geral da Organização resolver
sobre as sanções aplicáveis aos membros da Comissão ou 1. De acordo com a faculdade estabelecida no artigo 31,
aos juízes da Corte que incorrerem nos casos previstos nos qualquer Estado Parte e a Comissão podem submeter à
respectivos estatutos. Para expedir uma resolução, será consideração dos Estados Partes reunidos por ocasião da
necessária maioria de dois terços dos votos dos Estados Assembleia Geral, projetos de protocolos adicionais a esta
Membros da Organização, no caso dos membros da

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Convenção, com a finalidade de incluir progressivamente no Artigo 82


regime de proteção da mesma outros direitos e liberdades.
A eleição dos juízes da Corte far-se-á dentre os candidatos
2. Cada protocolo deve estabelecer as modalidades de que figurem na lista a que se refere o artigo 81, por votação
sua entrada em vigor e será aplicado somente entre os secreta dos Estados Partes, na Assembleia Geral, e serão
Estados Partes no mesmo. declarados eleitos os candidatos que obtiverem maior
número de votos e a maioria absoluta dos votos dos
Artigo 78
representantes do Estados Partes. Se, para eleger todos os
1. Os Estados Partes poderão denunciar esta Convenção juízes da Corte, for necessário realizar várias votações, serão
depois de expirado um prazo de cinco anos, a partir da data eliminados sucessivamente, na forma que for determinada
da entrada em vigor da mesma e mediante aviso prévio de pelos Estados Partes, os candidatos que receberem menor
um ano, notificando o Secretário-Geral da Organização, o número de votos.
qual deve informar as outras Partes.
2. Tal denúncia não terá o efeito de desligar o Estado PROTOCOLO DE SAN SALVADOR
Parte interessado das obrigações contidas nesta Convenção,
no que diz respeito a qualquer ato que, podendo constituir Preâmbulo
violação dessas obrigações, houver sido cometido por ele
Os Estados Partes na Convenção Americana sobre Direitos
anteriormente à data na qual a denúncia produzir efeito.
Humanos, “Pacto de San José da Costa Rica”,
CAPÍTULO XI
Reafirmando seu propósito de consolidar neste Continente,
Disposições Transitórias dentro do quadro das instituições democráticas, um regime
de liberdade pessoal e de justiça social, fundado no respeito
Seção 1 — Comissão Interamericana de Direitos Humanos
dos direitos essenciais do homem;
Artigo 79
Reconhecendo que os direitos essenciais do homem não
Ao entrar em vigor esta Convenção, o Secretário-Geral derivam do fato de ser ele nacional de determinado Estado,
pedirá por escrito a cada Estado membro da Organização mas sim do fato de ter como fundamento os atributos da
que apresente, dentro de um prazo de noventa dias, seus pessoa humana, razão por que justificam uma proteção
candidatos a membro da Comissão Interamericana de internacional, de natureza convencional, coadjuvante ou
Direitos Humanos. O Secretário-Geral preparará uma lista complementar da que oferece o direito interno dos Estados
por ordem alfabética dos candidatos apresentados e a americanos;
encaminhará aos Estados membros da Organização pelo
Considerando a estreita relação que existe entre a vigência
menos trinta dias antes da Assembleia Geral seguinte.
dos direitos econômicos, sociais e culturais e a dos direitos
Artigo 80 civis e políticos, porquanto as diferentes categorias de
direito constituem um todo indissolúvel que encontra sua
A eleição dos membros da Comissão far-se-á dentre os
base no reconhecimento da dignidade da pessoa humana,
candidatos que figurem na lista a que se refere o artigo 79,
pelo qual exigem uma tutela e promoção permanente, com
por votação secreta da Assembleia Geral, e serão declarados
o objetivo de conseguir sua vigência plena, sem que jamais
eleitos os candidatos que obtiverem maior número de votos
possa justificar-se a violação de uns a pretexto da realização
e a maioria absoluta dos votos dos representantes dos
de outros;
Estados membros. Se, para eleger todos os membros da
Comissão, for necessário realizar várias votações, serão Reconhecendo os benefícios decorrentes do fomento e
eliminados sucessivamente, na forma que for determinada desenvolvimento da cooperação entre os Estados e das
pela Assembleia Geral, os candidatos que receberem menor relações internacionais;
número de votos.
Recordando que, de acordo com a Declaração Universal dos
Seção 2 — Corte Interamericana de Direitos Humanos Direitos do Homem e a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos, só pode ser realizado o ideal do ser humano livre,
Artigo 81
isento de temor e da miséria, se forem criadas condições que
Ao entrar em vigor esta Convenção, o Secretário-Geral permitam a cada pessoa gozar de seus direitos econômicos,
solicitará por escrito a cada Estado Parte que apresente, sociais e culturais, bem como de seus direitos civis e
dentro de um prazo de noventa dias, seus candidatos a juiz políticos;
da Corte Interamericana de Direitos Humanos. O Secretário-
Levando em conta que, embora os direitos econômicos,
Geral preparará uma lista por ordem alfabética dos
sociais e culturais fundamentais tenham sido reconhecidos
candidatos apresentados e a encaminhará aos Estados
em instrumentos internacionais anteriores, tanto de âmbito
Partes pelo menos trinta dias antes da Assembleia Geral
universal como regional, é muito importante que esses
seguinte.
direitos sejam reafirmados, desenvolvidos, aperfeiçoados e

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protegidos, a fim de consolidar na América, com base no pretexto de que este Protocolo não os reconhece ou os
respeito pleno dos direitos da pessoa, o regime democrático reconhece em menor grau.
representativo de governo, bem como o direito de seus
Artigo 5
povos ao desenvolvimento, à livre determinação e a dispor
livremente de suas riquezas e recursos naturais; e Alcance das restrições e limitações
Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Os Estados Partes só poderão estabelecer restrições e
Humanos estabelece que podem ser submetidos à limitações ao gozo e exercício dos direitos estabelecidos
consideração dos Estados Partes, reunidos por ocasião da neste Protocolo mediante leis promulgadas com o objetivo
Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos, de preservar o bem-estar geral dentro de uma sociedade
projetos de protocolos adicionais a essa Convenção, com a democrática, na medida em que não contrariem o propósito
finalidade de incluir progressivamente no regime de e razão dos mesmos.
proteção da mesma outros direitos e liberdades,
Artigo 6
Convieram no seguinte Protocolo Adicional à Convenção
Direito ao trabalho
Americana sobre Direitos Humanos, “Protocolo de San
Salvador”: 1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, o que inclui a
oportunidade de obter os meios para levar uma vida digna e
Artigo 1
decorosa por meio do desempenho de uma atividade lícita,
Obrigação de adotar medidas livremente escolhida ou aceita.
Os Estados Partes neste Protocolo Adicional à Convenção 2. Os Estados Partes comprometem-se a adotar medidas
Americana sobre Direitos Humanos comprometem-se a que garantam plena efetividade do direito ao trabalho,
adotar as medidas necessárias, tanto de ordem interna como especialmente as referentes à consecução do pleno
por meio da cooperação entre os Estados, especialmente emprego, à orientação vocacional e ao desenvolvimento de
econômica e técnica, até o máximo dos recursos disponíveis projetos de treinamento técnico-profissional,
e levando em conta seu grau de desenvolvimento, a fim de particularmente os destinados aos deficientes. Os Estados
conseguir, progressivamente e de acordo com a legislação Partes comprometem-se também a executar e a fortalecer
interna, a plena efetividade dos direitos reconhecidos neste programas que coadjuvem um adequado atendimento da
Protocolo. família, a fim de que a mulher tenha real possibilidade de
exercer o direito ao trabalho.
Artigo 2
Artigo 7
Obrigação de adotar disposições de direito interno
Condições justas, eqüitativas e satisfatórias de trabalho
Se o exercício dos direitos estabelecidos neste Protocolo
ainda não estiver garantido por disposições legislativas ou de Os Estados Partes neste Protocolo reconhecem que o direito
outra natureza, os Estados Partes comprometem-se a ao trabalho, a que se refere o artigo anterior, pressupõe que
adotar, de acordo com suas normas constitucionais e com as toda pessoa goze do mesmo em condições justas, eqüitativas
disposições deste Protocolo, as medidas legislativas ou de e satisfatórias, para o que esses Estados garantirão em suas
outra natureza que forem necessárias para tornar efetivos legislações, de maneira particular:
esses direitos.
a. Remuneração que assegure, no mínimo, a todos os
Artigo 3 trabalhadores condições de subsistência digna e decorosa
para eles e para suas famílias e salário eqüitativo e igual por
Obrigação de não discriminação
trabalho igual, sem nenhuma distinção;
Os Estados Partes neste Protocolo comprometem-se a
b. O direito de todo trabalhador de seguir sua vocação e
garantir o exercício dos direitos nele enunciados, sem
de dedicar-se à atividade que melhor atenda a suas
discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma,
expectativas e a trocar de emprego de acordo com a
religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza,
respectiva regulamentação nacional;
origem nacional ou social, posição econômica, nascimento
ou qualquer outra condição social. c. O direito do trabalhador à promoção ou avanço no
trabalho, para o qual serão levadas em conta suas
Artigo 4
qualificações, competência, probidade e tempo de serviço;
Não-admissão de restrições
d. Estabilidade dos trabalhadores em seus empregos, de
Não se poderá restringir ou limitar qualquer dos direitos acordo com as características das indústrias e profissões e
reconhecidos ou vigentes num Estado em virtude de sua com as causas de justa separação. Nos casos de demissão
legislação interna ou de convenções internacionais, sob injustificada, o trabalhador terá direito a uma indenização ou

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à readmissão no emprego ou a quaisquer outras prestações 2. Quando se tratar de pessoas em atividade, o direito à
previstas pela legislação nacional; previdência social abrangerá pelo menos o atendimento
médico e o subsídio ou pensão em caso de acidentes de
e. Segurança e higiene no trabalho;
trabalho ou de doença profissional e, quando se tratar da
f. Proibição de trabalho noturno ou em atividades mulher, licença remunerada para a gestante, antes e depois
insalubres ou perigosas para os menores de 18 anos e, em do parto.
geral, de todo trabalho que possa pôr em perigo sua saúde,
Artigo 10
segurança ou moral. Quando se tratar de menores de 16
anos, a jornada de trabalho deverá subordinar-se às Direito à saúde
disposições sobre ensino obrigatório e, em nenhum caso,
1. Toda pessoa tem direito à saúde, entendida como o
poderá constituir impedimento à assistência escolar ou
gozo do mais alto nível de bem-estar físico, mental e social.
limitação para beneficiar-se da instrução recebida;
2. A fim de tornar efetivo o direito à saúde, os Estados
g. Limitação razoável das horas de trabalho, tanto diárias
Partes comprometem-se a reconhecer a saúde como bem
quanto semanais. As jornadas serão de menor duração
público e, especialmente, a adotar as seguintes medidas para
quando se tratar de trabalhos perigosos, insalubres ou
garantir este direito:
noturnos;
a. Atendimento primário de saúde, entendendo-se como
h. Repouso, gozo do tempo livre, férias remuneradas, bem
tal a assistência médica essencial colocada ao alcance de
como remuneração nos feriados nacionais.
todas as pessoas e famílias da comunidade;
Artigo 8
b. Extensão dos benefícios dos serviços de saúde a todas
Direitos sindicais as pessoas sujeitas à jurisdição do Estado;
1. Os Estados Partes garantirão: c. Total imunização contra as principais doenças
infecciosas;
a. O direito dos trabalhadores de organizar sindicatos e de
filiar-se ao de sua escolha, para proteger e promover seus d. Prevenção e tratamento das doenças endêmicas,
interesses. Como projeção desse direito, os Estados Partes profissionais e de outra natureza;
permitirão aos sindicatos formar federações e
e. Educação da população sobre prevenção e tratamento
confederações nacionais e associar-se às já existentes, bem
dos problemas da saúde; e
como formar organizações sindicais internacionais e
associar-se à de sua escolha. Os Estados Partes também f. Satisfação das necessidades de saúde dos grupos de
permitirão que os sindicatos, federações e confederações mais alto risco e que, por sua situação de pobreza, sejam
funcionem livremente; mais vulneráveis.
b. O direito de greve. Artigo 11
2. O exercício dos direitos enunciados acima só pode estar Direito a um meio ambiente sadio
sujeito às limitações e restrições previstas pela lei que sejam
1. Toda pessoa tem direito a viver em meio ambiente
próprias a uma sociedade democrática e necessárias para
sadio e a contar com os serviços públicos básicos.
salvaguardar a ordem pública e proteger a saúde ou a moral
pública, e os direitos ou liberdades dos demais. Os membros 2. Os Estados Partes promoverão a proteção, preservação
das forças armadas e da polícia, bem como de outros e melhoramento do meio ambiente.
serviços públicos essenciais, estarão sujeitos às limitações e
Artigo 12
restrições impostas pela lei.
Direito à alimentação
3. Ninguém poderá ser obrigado a pertencer a um
sindicato. 1. Toda pessoa tem direito a uma nutrição adequada que
assegure a possibilidade de gozar do mais alto nível de
Artigo 9
desenvolvimento físico, emocional e intelectual.
Direito à previdência social
2. A fim de tornar efetivo esse direito e de eliminar a
1. Toda pessoa tem direito à previdência social que a desnutrição, os Estados Partes comprometem-se a
proteja das conseqüências da velhice e da incapacitação que aperfeiçoar os métodos de produção, abastecimento e
a impossibilite, física ou mentalmente, de obter os meios de distribuição de alimentos, para o que se comprometem a
vida digna e decorosa. No caso de morte do beneficiário, as promover maior cooperação internacional com vistas a
prestações da previdência social beneficiarão seus apoiar as políticas nacionais sobre o tema.
dependentes.
Artigo 13

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Direito à educação b. Gozar dos benefícios do progresso científico e


tecnológico;
1. Toda pessoa tem direito à educação.
c. Beneficiar-se da proteção dos interesses morais e
2. Os Estados Partes neste Protocolo convêm em que a
materiais que lhe caibam em virtude das produções
educação deverá orientar-se para o pleno desenvolvimento
científicas, literárias ou artísticas de que for autora.
da personalidade humana e do sentido de sua dignidade e
deverá fortalecer o respeito pelos direitos humanos, pelo 2. Entre as medidas que os Estados Partes neste
pluralismo ideológico, pelas liberdades fundamentais, pela Protocolo deverão adotar para assegurar o pleno exercício
justiça e pela paz. Convêm, também, em que a educação deste direito, figurarão as necessárias para a conservação,
deve capacitar todas as pessoas para participar efetivamente desenvolvimento e divulgação da ciência, da cultura e da
de uma sociedade democrática e pluralista, conseguir uma arte.
subsistência digna, favorecer a compreensão, a tolerância e
3. Os Estados Partes neste Protocolo comprometem-se
a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais,
a respeitar a liberdade indispensável para a pesquisa
étnicos ou religiosos e promover as atividades em prol da
científica e a atividade criadora.
manutenção da paz.
4. Os Estados Partes neste Protocolo reconhecem os
3. Os Estados Partes neste Protocolo reconhecem que, a
benefícios que decorrem da promoção e desenvolvimento
fim de conseguir o pleno exercício do direito à educação:
da cooperação e das relações internacionais em assuntos
a. O ensino de primeiro grau deve ser obrigatório e científicos, artísticos e culturais e, nesse sentido,
acessível a todos gratuitamente; comprometem-se a propiciar maior cooperação
internacional nesse campo.
b. O ensino de segundo grau, em suas diferentes formas,
inclusive o ensino técnico e profissional de segundo grau, Artigo 15
deve ser generalizado e tornar-se acessível a todos, pelos
Direito à constituição e proteção da família
meios que forem apropriados e, especialmente, pela
implantação progressiva do ensino gratuito; 1. A família é o elemento natural e fundamental da
sociedade e deve ser protegida pelo Estado, que deverá velar
c. O ensino superior deve tornar-se igualmente acessível
pelo melhoramento de sua situação moral e material.
a todos, de acordo com a capacidade de cada um, pelos
meios que forem apropriados e, especialmente, pela 2. Toda pessoa tem direito a constituir família, o qual
implantação progressiva do ensino gratuito; exercerá de acordo com as disposições da legislação interna
correspondente.
d. Deve-se promover ou intensificar, na medida do
possível, o ensino básico para as pessoas que não tiverem 3. Os Estados Partes comprometem-se, mediante este
recebido ou terminado o ciclo completo de instrução do Protocolo, a proporcionar adequada proteção ao grupo
primeiro grau; familiar e, especialmente, a:
e. Deverão ser estabelecidos programas de ensino a. Dispensar atenção e assistência especiais à mãe, por um
diferenciado para os deficientes, a fim de proporcionar período razoável, antes e depois do parto;
instrução especial e formação a pessoas com impedimentos
b. Garantir às crianças alimentação adequada, tanto no
físicos ou deficiência mental.
período de lactação quanto durante a idade escolar;
4. De acordo com a legislação interna dos Estados Partes,
c. Adotar medidas especiais de proteção dos adolescentes,
os pais terão direito a escolher o tipo de educação a ser dada
a fim de assegurar o pleno amadurecimento de suas
aos seus filhos, desde que esteja de acordo com os princípios
capacidades físicas, intelectuais e morais;
enunciados acima.5. Nada do disposto neste Protocolo
poderá ser interpretado como restrição da liberdade dos d. Executar programas especiais de formação familiar, a
particulares e entidades de estabelecer e dirigir instituições fim de contribuir para a criação de ambiente estável e
de ensino, de acordo com a legislação interna dos Estados positivo no qual as crianças percebam e desenvolvam os
Partes. valores de compreensão, solidariedade, respeito e
responsabilidade.
Artigo 14
Artigo 16
Direito aos benefícios da cultura
Direito da criança
1. Os Estados Partes neste Protocolo reconhecem o direito
de toda pessoa a: Toda criança, seja qual for sua filiação, tem direito às
medidas de proteção que sua condição de menor requer por
a. Participar na vida cultural e artística da comunidade;
parte da sua família, da sociedade e do Estado. Toda criança
tem direito de crescer ao amparo e sob a responsabilidade

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de seus pais; salvo em circunstâncias excepcionais, 1. Os Estados Partes neste Protocolo comprometem-se
reconhecidas judicialmente, a criança de tenra idade não a apresentar, de acordo com o disposto por este artigo e
deve ser separada de sua mãe. Toda criança tem direito à pelas normas pertinentes que a propósito deverão ser
educação gratuita e obrigatória, pelo menos no nível básico, elaboradas pela Assembléia Geral da Organização dos
e a continuar sua formação em níveis mais elevados do Estados Americanos, relatórios periódicos sobre as medidas
sistema educacional. progressivas que tiverem adotado para assegurar o devido
respeito aos direitos consagrados no mesmo Protocolo.
Artigo 17
2. Todos os relatórios serão apresentados ao
Proteção de pessoas idosas
Secretário-Geral da OEA, que os transmitirá ao Conselho
Toda pessoa tem direito à proteção especial na velhice. Interamericano Econômico e Social e ao Conselho
Nesse sentido, os Estados Partes comprometem-se a adotar Interamericano de Educação, Ciência e Cultura, a fim de que
de maneira progressiva as medidas necessárias a fim de pôr os examinem de acordo com o disposto neste artigo. O
em prática este direito e, especialmente, a: Secretário-Geral enviará cópia desses relatórios à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos.
. Proporcionar instalações adequadas, bem como
alimentação e assistência médica especializada, às pessoas 3. O Secretário-Geral da Organização dos Estados
de idade avançada que careçam delas e não estejam em Americanos transmitirá também aos organismos
condições de provê-las por seus próprios meios; especializados do Sistema Interamericano, dos quais sejam
membros os Estados Partes neste Protocolo, cópias dos
b. Executar programas trabalhistas específicos destinados
relatórios enviados ou das partes pertinentes deles, na
a dar a pessoas idosas a possibilidade de realizar atividade
medida em que tenham relação com matérias que sejam da
produtiva adequada às suas capacidades, respeitando sua
competência dos referidos organismos, de acordo com seus
vocação ou desejos;
instrumentos constitutivos.
c. Promover a formação de organizações sociais
4. Os organismos especializados do Sistema
destinadas a melhorar a qualidade de vida das pessoas
Interamericano poderão apresentar ao Conselho
idosas.
Interamericano Econômico e Social e ao Conselho
Artigo 18 Interamericano de Educação, Ciência e Cultura relatórios
sobre o cumprimento das disposições deste Protocolo, no
Proteção de deficientes
campo de suas atividades.
Toda pessoa afetada por diminuição de suas capacidades
5. Os relatórios anuais que o Conselho Interamericano
físicas e mentais tem direito a receber atenção especial, a fim
Econômico e Social e o Conselho Interamericano de
de alcançar o máximo desenvolvimento de sua
Educação, Ciência e Cultura apresentarem à Assembléia
personalidade. Os Estados Partes comprometem-se a adotar
Geral conterão um resumo da informação recebida dos
as medidas necessárias para esse fim e, especialmente, a:
Estados Partes neste Protocolo e dos organismos
a. Executar programas específicos destinados a especializados sobre as medidas progressivas adotadas a fim
proporcionar aos deficientes os recursos e o ambiente de assegurar o respeito dos direitos reconhecidos no
necessário para alcançar esse objetivo, inclusive programas Protocolo e das recomendações de caráter geral que a
trabalhistas adequados a suas possibilidades e que deverão respeito considerarem pertinentes.
ser livremente aceitos por eles ou, se for o caso, por seus
6. Caso os direitos estabelecidos na alínea a do artigo 8,
representantes legais;
e no artigo 13, forem violados por ação imputável
b. Proporcionar formação especial às famílias dos diretamente a um Estado Parte deste Protocolo, essa
deficientes, a fim de ajudá-los a resolver os problemas de situação poderia dar lugar, mediante participação da
convivência e convertê-los em elementos atuantes no Comissão Interamericana de Direitos Humanos e, quando
desenvolvimento físico, mental e emocional destes; cabível, da Corte Interamericana de Direitos Humanos, à
aplicação do sistema de petições individuais regulado pelos
c. Incluir, de maneira prioritária, em seus planos de
artigos 44 a 51 e 61 a 69 da Convenção Americana sobre
desenvolvimento urbano a consideração de soluções para os
Direitos Humanos.
requisitos específicos decorrentes das necessidades deste
grupo; 7. Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, a
Comissão Interamericana de Direitos Humanos poderá
d. Promover a formação de organizações sociais nas quais
formular as observações e recomendações que considerar
os deficientes possam desenvolver uma vida plena.
pertinentes sobre a situação dos direitos econômicos, sociais
Artigo 19 e culturais estabelecidos neste Protocolo em todos ou em
alguns dos Estados Partes, as quais poderá incluir no
Meios de proteção

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Relatório Anual à Assembléia Geral ou num relatório


especial, conforme considerar mais apropriado. LEGISLAÇÃO RELATIVA AO DPRF
8. No exercício das funções que lhes confere este artigo,
os Conselhos e a Comissão Interamericana de Direitos
Humanos deverão levar em conta a natureza progressiva da LEI Nº 9.503/1997
vigência dos direitos objeto da proteção deste Protocolo.
Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
Artigo 20
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
Reservas Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Os Estados Partes poderão formular reservas sobre uma ou CAPÍTULO I
mais disposições específicas deste Protocolo no momento de
aprová-lo, assiná-lo, ratificá-lo ou a ele aderir, desde que não Disposições Preliminares
sejam incompatíveis com o objetivo e o fim do Protocolo. Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do
Artigo 21 território nacional, abertas à circulação, rege-se por este
Código.
Assinatura, ratificação ou adesão. Entrada em vigor
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas,
1. Este Protocolo fica aberto à assinatura e à ratificação veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou
ou adesão de todo Estado Parte na Convenção Americana não, para fins de circulação, parada, estacionamento e
sobre Direitos Humanos. operação de carga ou descarga.
2. A ratificação deste Protocolo ou a adesão ao mesmo § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos
será efetuada mediante depósito de um instrumento de e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema
ratificação ou de adesão na Secretaria-Geral da Organização Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das
dos Estados Americanos. respectivas competências, adotar as medidas destinadas a
3. O Protocolo entrará em vigor tão logo onze Estados assegurar esse direito.
tiverem depositado seus respectivos instrumentos de § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema
ratificação ou de adesão. Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas
4. O Secretário-Geral informará a todos os Estados competências, objetivamente, por danos causados aos
membros da Organização a entrada em vigor do Protocolo. cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e
manutenção de programas, projetos e serviços que
Artigo 22 garantam o exercício do direito do trânsito seguro.
Incorporação de outros direitos e ampliação dos § 4º (VETADO)
reconhecidos
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao
1. Qualquer Estado Parte e a Comissão Interamericana Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações
de Direitos Humanos poderão submeter à consideração dos à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do
Estados Partes, reunidos por ocasião da Assembléia Geral, meio-ambiente.
propostas de emendas com o fim de incluir o
reconhecimento de outros direitos e liberdades, ou outras Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as
destinadas a estender ou ampliar os direitos e liberdades avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as
reconhecidos neste Protocolo. estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de
2. As emendas entrarão em vigor para os Estados acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
ratificantes das mesmas na data em que tiverem depositado especiais.
o respectivo instrumento de ratificação que corresponda a
dois terços do número de Estados Partes neste Protocolo. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são
Quanto aos demais Estados Partes, entrarão em vigor na consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação
data em que depositarem seus respectivos instrumentos de pública, as vias internas pertencentes aos condomínios
ratificação. constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de
estacionamento de estabelecimentos privados de uso
coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer
veículo, bem como aos proprietários, condutores dos

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veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações -
expressamente mencionadas. JARI.
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os Art. 7º-A. A autoridade portuária ou a entidade
efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. concessionária de porto organizado poderá celebrar
convênios com os órgãos previstos no art. 7º, com a
CAPÍTULO II
interveniência dos Municípios e Estados, juridicamente
Do Sistema Nacional de Trânsito interessados, para o fim específico de facilitar a autuação por
descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído
Seção I
pela Lei nº 12.058, de 2009)
Disposições Gerais
§ 1º O convênio valerá para toda a área física do porto
Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados,
órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal nas estações de transbordo, nas instalações portuárias
e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das públicas de pequeno porte e nos respectivos
atividades de planejamento, administração, normatização, estacionamentos ou vias de trânsito internas. (Incluído
pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, pela Lei nº 12.058, de 2009)
habilitação e reciclagem de condutores, educação,
§ 2º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e § 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
aplicação de penalidades.
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de organizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de
Trânsito: trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites
circunscricionais de suas atuações.
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou
ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima
cumprimento; do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o
CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização
trânsito da União.
de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a
execução das atividades de trânsito; Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com
sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim
composição: (Redação dada pela Lei nº 12.865, de 2013)
de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
I - (VETADO)
Seção II
II - (VETADO)
Da Composição e da Competência do Sistema Nacional de
Trânsito III - um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia;
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os IV - um representante do Ministério da Educação e do
seguintes órgãos e entidades: Desporto;
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador V - um representante do Ministério do Exército;
do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e da
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho Amazônia Legal;
de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos
VII - um representante do Ministério dos Transportes;
normativos, consultivos e coordenadores;
VIII - (VETADO)
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; IX - (VETADO)
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, X - (VETADO)
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
XI - (VETADO)
V - a Polícia Rodoviária Federal;
XII - (VETADO)
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
XIII - (VETADO)
XIV - (VETADO)

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XV - (VETADO) XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de


sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito;
XVI - (VETADO)
XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões das
XVII - (VETADO)
instâncias inferiores, na forma deste Código;
XVIII - (VETADO)
XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre
XIX - (VETADO) conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando
necessário, unificar as decisões administrativas; e
XX - um representante do ministério ou órgão coordenador
máximo do Sistema Nacional de Trânsito; XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito
XXI - (VETADO)
Federal.
XXII - um representante do Ministério da Saúde.
XV - normatizar o processo de formação do candidato à
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo
XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça. seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária,
(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) avaliações, exames, execução e fiscalização. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
XXIV - 1 (um) representante do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao
(Incluído pela Lei nº 12.865, de 2013) CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento
XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de
técnico sobre assuntos específicos para decisões daquele
Transportes Terrestres (ANTT). (Incluído pela Lei nº
colegiado.
12.865, de 2013)
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas
§ 1º (VETADO)
representantes de órgãos e entidades executivos da União,
§ 2º (VETADO) dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em
igual número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito,
§ 3º (VETADO)
além de especialistas representantes dos diversos
Art. 11. (VETADO) segmentos da sociedade relacionados com o trânsito, todos
indicados segundo regimento específico definido pelo
Art. 12. Compete ao CONTRAN:
CONTRAN e designados pelo ministro ou dirigente
I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito;
§ 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem
objetivando a integração de suas atividades; atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
III - (VETADO) § 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão eleitos
pelos respectivos membros.
IV - criar Câmaras Temáticas;
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o § 4º (VETADO)
funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; I - (VETADO)
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; II - (VETADO)
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas III - (VETADO)
contidas neste Código e nas resoluções complementares;
IV - (VETADO)
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a
aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito -
CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
repasse dos valores arrecadados; (Redação dada pela
CONTRANDIFE:
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas,
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
relativas à aplicação da legislação de trânsito;
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, II - elaborar normas no âmbito das respectivas
habilitação, expedição de documentos de condutores, e competências;
registro e licenciamento de veículos; III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação
e dos procedimentos normativos de trânsito;

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IV - estimular e orientar a execução de campanhas II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
educativas de trânsito; executivos rodoviários informações complementares
relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da
V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
situação recorrida;
a) das JARI;
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de trânsito e executivos rodoviários informações sobre
inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão problemas observados nas autuações e apontados em
física, mental ou psicológica; recursos, e que se repitam sistematicamente.
VI - indicar um representante para compor a comissão Art. 18. (VETADO)
examinadora de candidatos portadores de deficiência física
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da
à habilitação para conduzir veículos automotores;
União:
VII - (VETADO)
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a
VIII - acompanhar e coordenar as atividades de execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo
administração, educação, engenharia, fiscalização, CONTRAN, no âmbito de suas atribuições;
policiamento ostensivo de trânsito, formação de condutores,
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos
registro e licenciamento de veículos, articulando os órgãos
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução
do Sistema no Estado, reportando-se ao CONTRAN;
da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de Trânsito;
trânsito no âmbito dos Municípios; e
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando
exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333. o combate à violência no trânsito, promovendo,
coordenando e executando o controle de ações para a
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de
preservação do ordenamento e da segurança do trânsito;
reavaliação dos exames, junta especial de saúde para
examinar os candidatos à habilitação para conduzir veículos IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de
automotores. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a
administração pública ou privada, referentes à segurança do
Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados
trânsito;
pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
V - supervisionar a implantação de projetos e programas
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
relacionados com a engenharia, educação, administração,
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à
Federal, respectivamente, e deverão ter reconhecida
uniformidade de procedimento;
experiência em matéria de trânsito.
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
habilitação de condutores de veículos, a expedição de
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
documentos de condutores, de registro e licenciamento de
Federal, respectivamente.
veículos;
§ 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de
ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito.
Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos
CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução. Estados e do Distrito Federal;
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de
trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Habilitação - RENACH;
Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos
pelo julgamento dos recursos interpostos contra
Automotores - RENAVAM;
penalidades por eles impostas.
X - organizar a estatística geral de trânsito no território
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado
nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos
o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo e
demais órgãos e promover sua divulgação;
financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem.
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações
Art. 17. Compete às JARI:
sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; do trânsito;

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XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito
segurança e à educação de trânsito; interestadual e internacional;
XIII - coordenar a administração do registro das infrações de XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do montagem de veículos, consoante sua destinação;
repasse de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de emplacamento e licenciamento;
Trânsito informações sobre registros de veículos e de
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do
condutores, mantendo o fluxo permanente de informações
CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do
com os demais órgãos do Sistema;
Sistema Nacional de Trânsito;
XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e
Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as
submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou
diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de
órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de
programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de
Trânsito;
ensino;
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e
XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
financeiro ao CONTRAN.
educação de trânsito;
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de
XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
trânsito;
(Vigência)
XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de
aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da
improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou
sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
contra a administração pública, o órgão executivo de trânsito
XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais da União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá
e normas de projetos de implementação da sinalização, dos diretamente ou por delegação, a execução total ou parcial
dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo das atividades do órgão executivo de trânsito estadual que
CONTRAN; tenha motivado a investigação, até que as irregularidades
sejam sanadas.
XX – expedir a permissão internacional para conduzir veículo
e o certificado de passagem nas alfândegas mediante § 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da
delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu
Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder funcionamento.
público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258,
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e
de 2016)
executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito
XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais Federal e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês
e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a a mês, os dados estatísticos para os fins previstos no inciso
representação do Brasil em congressos ou reuniões X.
internacionais;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
XXII - propor acordos de cooperação com organismos (Vigência)
internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das
inerentes à segurança e educação de trânsito;
rodovias e estradas federais:
XXIII - elaborar projetos e programas de formação,
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
treinamento e especialização do pessoal encarregado da
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
execução das atividades de engenharia, educação,
policiamento ostensivo, fiscalização, operação e II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
administração de trânsito, propondo medidas que operações relacionadas com a segurança pública, com o
estimulem a pesquisa científica e o ensino técnico- objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o
profissional de interesse do trânsito, e promovendo a sua patrimônio da União e o de terceiros;
realização;
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de
trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores

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provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento
animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o
ou perigosas; policiamento ostensivo de trânsito;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as
e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e
vítimas; medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e
arrecadando as multas que aplicar;
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais,
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de
relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar
de construções e instalações não autorizadas; e arrecadar as multas que aplicar;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95,
acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao previstas;
órgão rodoviário federal;
X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de e do Programa Nacional de Trânsito;
Segurança e Educação de Trânsito;
XI - promover e participar de projetos e programas de
IX - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança, de acordo com as diretrizes
educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
estabelecidas pelo CONTRAN;
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua
compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade da
de prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação;
Federação;
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando
quando solicitado, às ações específicas dos órgãos solicitado;
ambientais.
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos serem observados para a circulação desses veículos.
Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
Parágrafo único. (VETADO)
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de circunscrição:
veículos, de pedestres e de animais, e promover o
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação,
dispositivos e os equipamentos de controle viário;
aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores,
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para
trânsito e suas causas; Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante
delegação do órgão federal competente;

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III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
veículos, expedindo o Certificado de Registro e o CETRAN.
Licenciamento Anual, mediante delegação do órgão federal
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do
competente;
Distrito Federal:
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as
I - (VETADO)
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
II - (VETADO)
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme
neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI convênio firmado, como agente do órgão ou entidade
e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de executivos de trânsito ou executivos rodoviários,
Trânsito; concomitantemente com os demais agentes credenciados;
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste IV - (VETADO)
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e
V - (VETADO)
VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as
multas que aplicar; VI - (VETADO)
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de VII - (VETADO)
veículos e objetos;
Parágrafo único. (VETADO)
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a
Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de
suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento
trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
da Carteira Nacional de Habilitação;
(Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
acidentes de trânsito e suas causas;
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
atividades previstas na legislação de trânsito, na forma
veículos, de pedestres e de animais, e promover o
estabelecida em norma do CONTRAN;
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
e do Programa Nacional de Trânsito;
dispositivos e os equipamentos de controle viário;
XII - promover e participar de projetos e programas de
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
educação e segurança de trânsito de acordo com as
acidentes de trânsito e suas causas;
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
ostensivo de trânsito;
compensação de multas impostas na área de sua
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres,
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e edificações de uso público e edificações privadas de uso
de prontuários de condutores de uma para outra unidade da coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis
Federação; e as penalidades de advertência por escrito e multa, por
infrações de circulação, estacionamento e parada previstas
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito
neste Código, no exercício regular do poder de polícia de
e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos
trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas
veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins
que aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de
de imposição e notificação de penalidades e de arrecadação
edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações
de multas nas áreas de suas competências;
de uso de vagas reservadas em estacionamentos;
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio,
multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada
quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
previstas neste Código, notificando os infratores e
ambientais locais;
arrecadando as multas que aplicar;

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VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas § 1º As competências relativas a órgão ou entidade
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar ou entidade executivos de trânsito.
e arrecadar as multas que aplicar;
§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele Nacional de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste
previstas; Código.
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema
rotativo pago nas vias; Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando
as atividades previstas neste Código, com vistas à maior
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
eficiência e à segurança para os usuários da via.
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas; Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito poderão
prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento
veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
dos custos apropriados.
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
CAPÍTULO III
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
compensação de multas impostas na área de sua Das Normas Gerais de Circulação e Conduta
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e
de prontuários dos condutores de uma para outra unidade I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
da Federação; obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de
animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e
privadas;
do Programa Nacional de Trânsito;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso,
XV - promover e participar de projetos e programas de
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou
educação e segurança de trânsito de acordo com as
substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias
XVI - planejar e implantar medidas para redução da
públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas
circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o
condições de funcionamento dos equipamentos de uso
objetivo de diminuir a emissão global de poluentes;
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de combustível suficiente para chegar ao local de destino.
tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando,
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de
autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas
seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
decorrentes de infrações; (Redação dada pela Lei nº
indispensáveis à segurança do trânsito.
13.154, de 2015)
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à
XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
circulação obedecerá às seguintes normas:
propulsão humana e de tração animal;
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
as exceções devidamente sinalizadas;
de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
CETRAN; II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral
e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
e as condições climáticas;
ações específicas de órgão ambiental local, quando
solicitado; III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem,
se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de
XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
passagem:
especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
serem observados para a circulação desses veículos. a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia,
aquele que estiver circulando por ela;

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b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa
extensão suficiente para que sua manobra não ponha em
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas
ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, a) indicar com antecedência a manobra pretendida,
quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio
esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento de gesto convencional de braço;
dos veículos de maior velocidade;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança;
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito
saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
passagem, respeitadas as demais normas de circulação; cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o
trânsito dos veículos que ultrapassou;
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando normas de circulação.
em serviço de urgência e devidamente identificados por
XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
(Vigência)
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a
do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de
proximidade dos veículos, todos os condutores deverão
faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda
deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
como pela da direita.
direita da via e parando, se necessário;
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela
passado pelo local;
segurança dos menores, os motorizados pelos não
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue
prestação de serviço de urgência;
tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá:
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se
se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública,
naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
quando em atendimento na via, gozam de livre parada e
estacionamento no local da prestação de serviço, desde que Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila,
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na deverão manter distância suficiente entre si para permitir
forma estabelecida pelo CONTRAN; que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila
com segurança.
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um
regulamentar e as demais normas estabelecidas neste veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando
Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a
sinalizando o propósito de entrar à esquerda; velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o
veículo com vistas à segurança dos pedestres.
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma
ultrapassagem, certificar-se de que: Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias
com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma
curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas
manobra para ultrapassá-lo;
passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; ultrapassagem.

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Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não de iluminação pública e nas rodovias; (Redação dada
poderá efetuar ultrapassagem. pela Lei nº 13.290, de 2016) (Vigência)
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta,
deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por
cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua
curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros
velocidade.
motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a
deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu existência de risco à segurança para os veículos que circulam
propósito de forma clara e com a devida antecedência, por no sentido contrário;
meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo
IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de
gesto convencional de braço.
posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a cerração;
transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes
esquerda e retornos.
situações:
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente
a) em imobilizações ou situações de emergência;
de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos
veículos e pedestres que por ela estejam transitando. b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá
esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos acesa a luz de placa;
locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição
deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a
quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou
pista com segurança.
desembarque de passageiros e carga ou descarga de
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via mercadorias.
ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles
possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de
menor espaço possível; farol de luz baixa durante o dia e a noite.
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina,
possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando desde que em toque breve, nas seguintes situações:
houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar
sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista
acidentes;
de um só sentido.
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção,
a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas,
aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu
da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência veículo, salvo por razões de segurança.
de passagem.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser constantemente as condições físicas da via, do veículo e da
feita nos locais para isto determinados, quer por meio de carga, as condições meteorológicas e a intensidade do
sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou, trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade
ainda, em outros locais que ofereçam condições de estabelecidos para a via, além de:
segurança e fluidez, observadas as características da via, do
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em
veículo, das condições meteorológicas e da movimentação
circulação sem causa justificada, transitando a uma
de pedestres e ciclistas.
velocidade anormalmente reduzida;
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo
determinações:
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando inconvenientes para os outros condutores, a não ser que
luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos haja perigo iminente;

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III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios
a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
regulamentação da via será implantada e mantida às
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o
expensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo
condutor do veículo deve demonstrar prudência especial,
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
transitando em velocidade moderada, de forma que possa
deter seu veículo com segurança para dar passagem a Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe
destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma
couber, às normas de circulação previstas neste Código e às
interseção se houver possibilidade de ser obrigado a
que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com
imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou
circunscrição sobre a via.
impedindo a passagem do trânsito transversal.
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária
nas vias quando conduzidos por um guia, observado o
de um veículo no leito viário, em situação de emergência,
seguinte:
deverá ser providenciada a imediata sinalização de
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada
dos outros por espaços suficientes para não obstruir o
deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque
trânsito;
ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de II - os animais que circularem pela pista de rolamento
pedestres. deverão ser mantidos junto ao bordo da pista.
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição ciclomotores só poderão circular nas vias:
sobre a via e é considerada estacionamento.
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos protetores;
estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no
II - segurando o guidom com as duas mãos;
sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e
junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
devidamente sinalizadas. especificações do CONTRAN.
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e
estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão ciclomotores só poderão ser transportados:
estar situados fora da pista de rolamento.
I - utilizando capacete de segurança;
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento
rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada
suplementar atrás do condutor;
(meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que
determine outra condição. III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
especificações do CONTRAN.
§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do
condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste Art. 56. (VETADO)
Código ou naqueles regulamentados por sinalização
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita
específica.
da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que não
porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem houver acostamento ou faixa própria a eles destinada,
antes se certificarem de que isso não constitui perigo para proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre
eles e para outros usuários da via. as calçadas das vias urbanas.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais
ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor. faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo
de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
pela faixa adjacente à da direita.
adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a
com circunscrição sobre a via. circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver

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ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis,
possível a utilização destes, nos bordos da pista de camionetas e motocicletas; (Incluído pela Lei nº 13.281,
rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado de 2016) (Vigência)
para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição veículos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no (Vigência)
sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).
que dotado o trecho com ciclofaixa.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de
permitida a circulação de bicicletas nos passeios.
sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas
Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua estabelecidas no parágrafo anterior.
utilização, classificam-se em:
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à
I - vias urbanas: metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as
condições operacionais de trânsito e da via.
a) via de trânsito rápido;
Art. 63. (VETADO)
b) via arterial;
Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser
c) via coletora;
transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções
d) via local; regulamentadas pelo CONTRAN.
II - vias rurais: Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para
condutor e passageiros em todas as vias do território
a) rodovias;
nacional, salvo em situações regulamentadas pelo
b) estradas. CONTRAN.
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será Art. 66. (VETADO)
indicada por meio de sinalização, obedecidas suas
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus
características técnicas e as condições de trânsito.
ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com
velocidade máxima será de: circunscrição sobre a via e dependerão de:
I - nas vias urbanas: I - autorização expressa da respectiva confederação
desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas;
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
via;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; terceiros;
II - nas vias rurais: IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos
operacionais em que o órgão ou entidade permissionária
a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei
incorrerá.
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para
arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do
automóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada
contrato de seguro.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
CAPÍTULO III-A
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
(Vigência)
Da Condução de Veículos por Motoristas Profissionais
3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas
2016) (Vigência)
profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei 2015) (Vigência)
nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; observadas no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) de descanso. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Vigência)
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela
Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) § 4º Entende-se como tempo de direção ou de condução
apenas o período em que o condutor estiver efetivamente
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
ao volante, em curso entre a origem e o destino.
2015) (Vigência)
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
§ 5º Entende-se como início de viagem a partida do veículo
2015) (Vigência)
na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, como sua continuação as partidas nos dias subsequentes até
de 2015) (Vigência) o destino. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Vigência)
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103,
de 2015) (Vigência) § 6º O condutor somente iniciará uma viagem após o
cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no
§ 5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103,
§ 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
de 2015) (Vigência)
(Vigência)
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103,
§ 7º Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
de 2015) (Vigência)
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de de terminais de carga, operador de transporte multimodal
2015) (Vigência) de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista
a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo
§ 8º (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012)
referido no caput sem a observância do disposto no § 6º.
(Vigência)
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
Art 67-B. VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012)
Art. 67-D. (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012)
(Vigência)
(Vigência)
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por
de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de
controlar e registrar o tempo de condução estipulado no art.
transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de
67-C, com vistas à sua estrita observância. (Incluído
transporte rodoviário de cargas. (Redação dada pela
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 1º A não observância dos períodos de descanso
§ 1º Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional
dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de
às penalidades daí decorrentes, previstas neste Código.
transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco)
horas e meia contínuas no exercício da condução. § 2º O tempo de direção será controlado mediante
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e,
ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou
§ 1º-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos
a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de
instalados no veículo, conforme norma do Contran.
passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
tempo de direção. (Incluído pela Lei nº 13.103, de
2015) (Vigência) § 3º O equipamento eletrônico ou registrador deverá
funcionar de forma independente de qualquer interferência
§ 2º Em situações excepcionais de inobservância justificada
do condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído
do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
direção poderá ser elevado pelo período necessário para que
o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que § 4º A guarda, a preservação e a exatidão das informações
ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde contidas no equipamento registrador instantâneo
que não haja comprometimento da segurança rodoviária. inalterável de velocidade e de tempo são de
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) responsabilidade do condutor. (Incluído pela Lei nº
13.103, de 2015) (Vigência)
§ 3º O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte
e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de CAPÍTULO IV
descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo
Dos Pedestres e Condutores de Veículos Não Motorizados
e coincidir com os intervalos mencionados no § 1º,

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Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de
ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres
autoridade competente permitir a utilização de parte da
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar
calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao
sobre ela sem necessidade.
fluxo de pedestres.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-
as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de
se ao pedestre em direitos e deveres.
passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
quando não for possível a utilização destes, a circulação de
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade
semafórica de controle de passagem será dada preferência
sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto
aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo
em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que
em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos
a segurança ficar comprometida.
veículos.
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
quando não for possível a utilização dele, a circulação de
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de
pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade
pedestres em boas condições de visibilidade, higiene,
sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em
segurança e sinalização.
sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em
locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a CAPÍTULO V
segurança ficar comprometida.
Do Cidadão
§ 4º (VETADO)
Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema
serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação
circulação dos pedestres, que não deverão, nessas de equipamentos de segurança, bem como sugerir
condições, usar o acostamento. alterações em normas, legislação e outros assuntos
pertinentes a este Código.
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para
pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema
deverá assegurar a devida sinalização e proteção para Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações
circulação de pedestres. e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a
possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará
justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando
precauções de segurança, levando em conta,
ao solicitante quando tal evento ocorrerá.
principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos
veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer
destinadas sempre que estas existirem numa distância de quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao
até cinqüenta metros dele, observadas as seguintes Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais
disposições: solicitações.
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via CAPÍTULO VI
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
Da Educação Para o Trânsito
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e
ou delimitada por marcas sobre a pista:
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações Nacional de Trânsito.
das luzes;
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o em cada órgão ou entidade componente do Sistema
semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de Nacional de Trânsito.
veículos;
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não promover, dentro de sua estrutura organizacional ou
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de
via na continuação da calçada, observadas as seguintes Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo
normas: CONTRAN.

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Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e previstas nos arts. 75 e 77. (Incluído pela Lei nº 12.006,
os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que de 2009).
deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou
Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos
promoção, nos meios de comunicação social, de produto
referentes às férias escolares, feriados prolongados e à
oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
Semana Nacional de Trânsito.
obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito conjuntamente veiculada. (Incluído pela Lei nº 12.006,
deverão promover outras campanhas no âmbito de sua de 2009).
circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
§ 1º Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter produtos oriundos da indústria automobilística ou afins:
permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
e imagens explorados pelo poder público são obrigados a
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie,
difundi-las gratuitamente, com a freqüência recomendada
incluídos os de passageiros e os de carga; (Incluído pela
pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito.
Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos
escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
veículos mencionados no inciso I. (Incluído pela Lei nº
planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e
12.006, de 2009).
entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas § 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda
respectivas áreas de atuação. de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante
do produto, em qualquer das seguintes modalidades:
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o
(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta
do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades I – rádio; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá:
II – televisão; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
III – jornal; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
interdisciplinar com conteúdo programático sobre
segurança de trânsito; IV – revista; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o V – outdoor. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
trânsito nas escolas de formação para o magistério e o
§ 3º Para efeito do disposto no § 2º, equiparam-se ao
treinamento de professores e multiplicadores;
fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para revendedor autorizado dos veículos e demais produtos
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao discriminados no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº
trânsito; 12.006, de 2009).
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da
trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-
área de trânsito. B estende-se à propaganda de qualquer tipo de produto e
anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao
eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN,
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das
de trânsito. mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo
refere o art. 75. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art.
76. Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo
com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui
Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades
infração punível com as seguintes sanções: (Incluído
componentes do Sistema Nacional de Trânsito os
pela Lei nº 12.006, de 2009).
mecanismos instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a
veiculação de mensagens educativas de trânsito em todo o I – advertência por escrito; (Incluído pela Lei nº 12.006,
território nacional, em caráter suplementar às campanhas de 2009).

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II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 (Vigência)
(sessenta) dias; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete reais) luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que
a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobrada possam gerar confusão, interferir na visibilidade da
do dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. sinalização e comprometer a segurança do trânsito.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e
§ 1º As sanções serão aplicadas isolada ou respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de
cumulativamente, conforme dispuser o regulamento. publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se
(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). relacionem com a mensagem da sinalização.
§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas
qualquer infração acarretará a imediata suspensão da ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia
veiculação da peça publicitária até que sejam cumpridas as aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a
exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D. (Incluído pela via.
Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada
do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da
CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para
destinados à prevenção de acidentes. quem o tenha colocado.
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
valores arrecadados destinados à Previdência Social, do trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de
Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados pedestres deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou
por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que demarcadas no leito da via.
trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão
Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas,
repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema
estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter
Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas
suas entradas e saídas devidamente identificadas, na forma
de que trata este artigo.
regulamentada pelo CONTRAN.
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito
Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de
poderão firmar convênio com os órgãos de educação da
que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
sinalizadas com as respectivas placas indicativas de
objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas
destinação e com placas informando os dados sobre a
neste capítulo.
infração por estacionamento indevido. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO VII nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Da Sinalização de Trânsito Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da I - verticais;
via, sinalização prevista neste Código e em legislação
II - horizontais;
complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada
a utilização de qualquer outra. III - dispositivos de sinalização auxiliar;
§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições que IV - luminosos;
a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a
V - sonoros;
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito,
conforme normas e especificações do CONTRAN. VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após
e por período prefixado, a utilização de sinalização não sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de
prevista neste Código. obras ou de manutenção, enquanto não estiver
devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de
§ 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas
forma a garantir as condições adequadas de segurança na
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
circulação.
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento
de estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deverá
ser afixada sinalização específica e adequada.

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Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta
e oito horas de antecedência, de qualquer interdição da via,
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados.
circulação e outros sinais;
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo será punido
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e cinco
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais e
trânsito. dez centavos), independentemente das cominações cíveis e
penais cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até a
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste
regularização da situação, a partir do prazo final concedido
Código por inobservância à sinalização quando esta for
pela autoridade de trânsito, levando-se em consideração a
insuficiente ou incorreta.
dimensão da obra ou do evento e o prejuízo causado ao
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre trânsito. (Redação pela Lei nº 13.281, de 2016)
a via é responsável pela implantação da sinalização, (Vigência)
respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta
§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de
colocação.
qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de
refere à interpretação, colocação e uso da sinalização. cinqüenta por cento do dia de vencimento ou remuneração
devida enquanto permanecer a irregularidade.
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e
do Policiamento Ostensivo de Trânsito Dos Veículos
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos Seção I
a serem adotados em todo o território nacional quando da
Disposições Gerais
implementação das soluções adotadas pela Engenharia de
Tráfego, assim como padrões a serem praticados por todos Art. 96. Os veículos classificam-se em:
os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.
I - quanto à tração:
Art. 92. (VETADO)
a) automotor;
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa
b) elétrico;
transformar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser
aprovado sem prévia anuência do órgão ou entidade com c) de propulsão humana;
circunscrição sobre a via e sem que do projeto conste área
d) de tração animal;
para estacionamento e indicação das vias de acesso
adequadas. e) reboque ou semi-reboque;
Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança II - quanto à espécie:
de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso
a) de passageiros:
não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente
sinalizado. 1 - bicicleta;
Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações 2 - ciclomotor;
transversais e de sonorizadores como redutores de
3 - motoneta;
velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou
entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos 4 - motocicleta;
pelo CONTRAN.
5 - triciclo;
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou
6 - quadriciclo;
interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou
colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão 7 - automóvel;
prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
8 - microônibus;
sobre a via.
9 - ônibus;
§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução
ou manutenção da obra ou do evento. 10 - bonde;
§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito 11 - reboque ou semi-reboque;
com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por 12 - charrete;

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b) de carga: ruído previstos pelos órgãos ambientais competentes e pelo


CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações
1 - motoneta;
e ao proprietário do veículo a responsabilidade pelo
2 - motocicleta; cumprimento das exigências.
3 - triciclo; Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o
veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites
4 - quadriciclo;
estabelecidos pelo CONTRAN.
5 - caminhonete;
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de
6 - caminhão; pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma
estabelecida pelo CONTRAN.
7 - reboque ou semi-reboque;
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso
8 - carroça;
bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à
9 - carro-de-mão; superfície das vias, quando aferido por equipamento, na
forma estabelecida pelo CONTRAN.
c) misto:
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem
1 - camioneta;
de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia e na
2 - utilitário; periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão
3 - outros; ou entidade de metrologia legal.
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá
d) de competição;
transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total,
e) de tração: ou com peso bruto total combinado com peso por eixo,
superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a
1 - caminhão-trator;
capacidade máxima de tração da unidade tratora.
2 - trator de rodas;
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros
3 - trator de esteiras; poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído
4 - trator misto; pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

f) especial; § 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos


para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
g) de coleção; 2016) (Vigência)
III - quanto à categoria: § 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de
a) oficial; passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na
configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281,
b) de representação diplomática, de repartições consulares de 2016) (Vigência)
de carreira ou organismos internacionais acreditados junto
ao Governo brasileiro; Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no
transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos
c) particular; limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN,
d) de aluguel; poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo
e) de aprendizagem. certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de
Art. 97. As características dos veículos, suas especificações segurança consideradas necessárias.
básicas, configuração e condições essenciais para registro, § 1º A autorização será concedida mediante requerimento
licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo que especificará as características do veículo ou combinação
CONTRAN, em função de suas aplicações. de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do
Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem deslocamento inicial.
prévia autorização da autoridade competente, fazer ou § 2º A autorização não exime o beneficiário da
ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a
características de fábrica. combinação de veículos causar à via ou a terceiros.
Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usados que § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões
sofrerem alterações ou conversões são obrigados a atender poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de

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seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.
necessárias. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
equipado quando transitar, de modo a evitar o outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
derramamento da carga sobre a via.
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao
a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de transporte de passageiros em percursos em que seja
acordo com a sua natureza. permitido viajar em pé;
Seção II II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os
Da Segurança dos Veículos
de carga com peso bruto total superior a quatro mil,
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento
atendidos os requisitos e condições de segurança registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN.
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos
§ 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os automotores, segundo normas estabelecidas pelo
encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de CONTRAN;
segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM,
IV - (VETADO)
nas condições estabelecidas pelo CONTRAN.
V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases
§ 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a
poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo
periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os
CONTRAN.
montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento
aos requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna
manter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor
testes e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos do lado esquerdo.
pela legislação de segurança veicular.
VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal
Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de para o condutor e o passageiro do banco dianteiro.
segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009)
ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos
forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os
obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações
itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases
técnicas.
poluentes e ruído.
§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou
§ 1º (VETADO)
acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e
§ 2º (VETADO) medidas administrativas previstas neste Código.
§ 3º (VETADO) § 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os
encarroçadores de veículos e os revendedores devem
§ 4º (VETADO)
comercializar os seus veículos com os equipamentos
§ 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais
veículos reprovados na inspeção de segurança e na de estabelecidos pelo CONTRAN.
emissão de gases poluentes e ruído.
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, do disposto neste artigo.
durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os
§ 5º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
veículos novos classificados na categoria particular, com
artigo será progressivamente incorporada aos novos
capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde que
projetos de automóveis e dos veículos deles derivados,
mantenham suas características originais de fábrica e não se
fabricados, importados, montados ou encarroçados, a partir
envolvam em acidente de trânsito com danos de média ou
do 1º (primeiro) ano após a definição pelo Contran das
grande monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
especificações técnicas pertinentes e do respectivo
(Vigência)
cronograma de implantação e a partir do 5º (quinto) ano,
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata após esta definição, para os demais automóveis zero
o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas quilômetro de modelos ou projetos já existentes e veículos
características originais de fábrica e não se envolvam em deles derivados. (Incluído pela Lei nº 11.910, de
2009)

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§ 6º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste Art. 113. Os importadores, as montadoras, as
artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação. encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são
(Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009) responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos
usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação
falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e
de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de
equipamentos utilizados na sua fabricação.
equipamento de segurança especificado pelo fabricante,
será exigido, para licenciamento e registro, certificado de Seção III
segurança expedido por instituição técnica credenciada por
Da Identificação do Veículo
órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma
elaborada pelo CONTRAN. Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por
caracteres gravados no chassi ou no monobloco,
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o
individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer,
CONTRAN.
além das exigências previstas neste Código, às condições
técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto § 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador,
estabelecidos pelo poder competente para autorizar, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas
permitir ou conceder a exploração dessa atividade. características, além do ano de fabricação, que não poderá
ser alterado.
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a
autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a § 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de
título precário, o transporte de passageiros em veículo de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e
carga ou misto, desde que obedecidas as condições de somente serão processadas por estabelecimento por ela
segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN. credenciado, mediante a comprovação de propriedade do
veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá
ano de fabricação.
exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade
pública responsável deverá implantar o serviço regular de § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da
transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se
legislação pertinente e com os dispositivos deste Código. faça, modificações da identificação de seu veículo.
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio
Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo estrutura, obedecidas as especificações e modelos
com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas § 1º Os caracteres das placas serão individualizados para
características para competição ou finalidade análoga só cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro,
poderá circular nas vias públicas com licença especial da sendo vedado seu reaproveitamento.
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados.
§ 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: Nacional serão usadas somente pelos veículos de
representação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente
I - (VETADO)
da República, dos Presidentes do Senado Federal e da
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos Câmara dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do
veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do
retrovisores em ambos os lados. Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da
República.
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis
decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança § 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos
do veículo, na forma de regulamentação do CONTRAN. Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembléias
Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter
Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo
publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção
chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das
dos condutores em toda a extensão do pára-brisa e da
Forças Armadas terão placas especiais, de acordo com os
traseira dos veículos, salvo se não colocar em risco a
modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
segurança do trânsito.
§ 4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a
Art. 112. (Revogado).
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar
trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao

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registro na repartição competente, se transitarem em via Art. 118. A circulação de veículo no território nacional,
pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento. independentemente de sua origem, em trânsito entre o
(Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) (Vide) Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado
internacional, reger-se-á pelas disposições deste Código,
§ 4º-A. Os tratores e demais aparelhos automotores
pelas convenções e acordos internacionais ratificados.
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a
executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de controle
transitar em via pública, são sujeitos ao registro único, sem de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a
ônus, em cadastro específico do Ministério da Agricultura, entrada e saída temporária ou definitiva de veículos.
Pecuária e Abastecimento, acessível aos componentes do
§ 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do
Sistema Nacional de Trânsito. (Redação dada pela Lei nº
território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito,
13.154, de 2015) (Vide)
judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos
bélico. que tiverem causado ao patrimônio público ou de
particulares, independentemente da fase do processo
§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da
administrativo ou judicial envolvendo a questão.
placa dianteira.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 7º Excepcionalmente, mediante autorização específica e
§ 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o
fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida
cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormente
comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os
forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no
veículos utilizados por membros do Poder Judiciário e do
território nacional serão retidos até a regularização da
Ministério Público que exerçam competência ou atribuição
situação. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
criminal poderão temporariamente ter placas especiais, de
(Vigência)
forma a impedir a identificação de seus usuários específicos,
na forma de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo CAPÍTULO XI
Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional
Do Registro de Veículos
do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de
Trânsito - CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 12.694, de Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
2012) reboque ou semi-reboque, deve ser registrado perante o
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
§ 8º Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola
no Município de domicílio ou residência de seu proprietário,
(jericos), para efeito do registro de que trata o § 4º-A, ficam
na forma da lei.
dispensados da exigência prevista no art. 106. (Incluído
pela Lei nº 13.154, de 2015) § 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a
propriedade da administração direta, da União, dos Estados,
identificação do veículo ao qual estão atreladas são
do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos
dispensadas da utilização do lacre previsto no caput, na
poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do
forma a ser regulamentada pelo Contran. (Incluído pela
nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
o veículo será registrado, excetuando-se os veículos de
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e representação e os previstos no art. 116.
do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados,
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso
somente quando estritamente usados em serviço reservado
bélico.
de caráter policial, poderão usar placas particulares,
obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de
legislação que regulamenta o uso de veículo oficial. Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos e
especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo as
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de
características e condições de invulnerabilidade à falsificação
passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a
e à adulteração.
inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro de
de tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro
desacordo com sua classificação. do RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes
documentos:
CAPÍTULO X
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou
Dos Veículos em Circulação Internacional
documento equivalente expedido por autoridade
competente;

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II - documento fornecido pelo Ministério das Relações independentemente da responsabilidade pelas infrações
Exteriores, quando se tratar de veículo importado por cometidas;
membro de missões diplomáticas, de repartições consulares
IX - (Revogado).
de carreira, de representações de organismos internacionais
e de seus integrantes. X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no art.
98, quando houver alteração nas características originais do
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de
veículo que afetem a emissão de poluentes e ruído;
Registro de Veículo quando:
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de
I - for transferida a propriedade;
poluentes e ruído, quando for o caso, conforme
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou regulamentações do CONTRAN e do CONAMA.
residência;
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os
III - for alterada qualquer característica do veículo; agregados e as características originais do veículo deverão
ser prestadas ao RENAVAM:
IV - houver mudança de categoria.
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização,
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para
no caso de veículo nacional;
o proprietário adotar as providências necessárias à
efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado
Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as por pessoa física;
providências deverão ser imediatas.
III - pelo importador, no caso de veículo importado por
§ 2º No caso de transferência de domicílio ou residência no pessoa jurídica.
mesmo Município, o proprietário comunicará o novo
Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENAVAM
endereço num prazo de trinta dias e aguardará o novo
serão repassadas ao órgão executivo de trânsito responsável
licenciamento para alterar o Certificado de Licenciamento
pelo registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão
Anual.
logo seja o veículo registrado.
§ 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao
Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou
órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao
destinado à desmontagem, deverá requerer a baixa do
RENAVAM.
registro, no prazo e forma estabelecidos pelo Contran,
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro de vedada a remontagem do veículo sobre o mesmo chassi de
Veículo serão exigidos os seguintes documentos: forma a manter o registro anterior. (Redação dada pela
Lei nº 12.977, de 2014) (Vigência)
I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo é da
II - Certificado de Licenciamento Anual;
companhia seguradora ou do adquirente do veículo
III - comprovante de transferência de propriedade, quando destinado à desmontagem, quando estes sucederem ao
for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo proprietário.
CONTRAN;
Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só
IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro
poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de do RENAVAM.
características do veículo;
Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá ser esta
V - comprovante de procedência e justificativa da comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
propriedade dos componentes e agregados adaptados ou
Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Registro de
montados no veículo, quando houver alteração das
Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de
características originais de fábrica;
trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo,
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no independentemente da responsabilidade pelas infrações
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de cometidas.
repartições consulares de carreira, de representações de
Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
organismos internacionais e de seus integrantes;
propulsão humana e dos veículos de tração animal
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expedida obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação
no Município do registro anterior, que poderá ser substituída municipal do domicílio ou residência de seus proprietários.
por informação do RENAVAM; (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
tributos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo, automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria

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agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem cópia autenticada do comprovante de transferência de
ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de
Abastecimento, diretamente ou mediante convênio. ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) impostas e suas reincidências até a data da comunicação.
CAPÍTULO XII Parágrafo único. O comprovante de transferência de
propriedade de que trata o caput poderá ser substituído por
Do Licenciamento
documento eletrônico, na forma regulamentada pelo
Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou
Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o
empregados em qualquer serviço remunerado, para registro,
veículo.
licenciamento e respectivo emplacamento de característica
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo
bélico. poder público concedente.
§ 2º No caso de transferência de residência ou domicílio, é CAPÍTULO XIII
válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
Da Condução de Escolares
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução
expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com
Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo
autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de
CONTRAN.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para
§ 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao tanto:
registro.
I - registro como veículo de passageiros;
§ 2º O veículo somente será considerado licenciado estando
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de
obrigatórios e de segurança;
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
independentemente da responsabilidade pelas infrações III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta
cometidas. centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão
das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico
§ 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar
ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de
sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de
carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas
controle de emissões de gases poluentes e de ruído,
devem ser invertidas;
conforme disposto no art. 104.
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao
velocidade e tempo;
licenciamento e terão sua circulação regulada pelo
CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Município de V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas
destino. extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz
vermelha dispostas na extremidade superior da parte
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos
traseira;
veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou
entreposto alfandegário e o Município de destino. VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.103, de
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
2015) (Vigência)
estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
Licenciamento Anual.
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido condução de escolares em número superior à capacidade
sistema informatizado para verificar se o veículo está estabelecida pelo fabricante.
licenciado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de
(Vigência)
escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o
I - ter idade superior a vinte e um anos;
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo
de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, II - ser habilitado na categoria D;

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III - (VETADO) Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor e


elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser
IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima,
realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado
ou ser reincidente em infrações médias durante os doze
ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência do
últimos meses;
candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão,
V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da devendo o condutor preencher os seguintes requisitos:
regulamentação do CONTRAN.
I - ser penalmente imputável;
Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a competência
II - saber ler e escrever;
municipal de aplicar as exigências previstas em seus
regulamentos, para o transporte de escolares. III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
CAPÍTULO XIII-A Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação
serão cadastradas no RENACH.
Da Condução de Moto-Frete
Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à
(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
aprendizagem para conduzir veículos automotores e
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao elétricos e à autorização para conduzir ciclomotores serão
transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – regulamentados pelo CONTRAN.
somente poderão circular nas vias com autorização emitida
§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e
humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: (Incluído pela
Lei nº 12.009, de 2009) § 2º (VETADO)
I – registro como veículo da categoria de aluguel; (Incluído Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro
pela Lei nº 12.009, de 2009) país está subordinado às condições estabelecidas em
convenções e acordos internacionais e às normas do
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado
CONTRAN.
no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna
do condutor em caso de tombamento, nos termos de Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias
regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – de A a E, obedecida a seguinte gradação:
Contran; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos três rodas, com ou sem carro lateral;
termos de regulamentação do Contran; (Incluído pela Lei
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
nº 12.009, de 2009)
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda
IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não
obrigatórios e de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.009, exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
de 2009)
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado
§ 1º A instalação ou incorporação de dispositivos para em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três
transporte de cargas deve estar de acordo com a mil e quinhentos quilogramas;
regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº 12.009,
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado
de 2009)
no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito
§ 2º É proibido o transporte de combustíveis, produtos lugares, excluído o do motorista;
inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que
este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões
a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja
contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-car,
unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
nos termos de regulamentação do Contran. (Incluído pela
articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de
Lei nº 12.009, de 2009)
peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a (Redação dada pela Lei nº 12.452, de 2011)
competência municipal ou estadual de aplicar as exigências
§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar
previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-
habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter
frete no âmbito de suas circunscrições. (Incluído pela Lei
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser
nº 12.009, de 2009)
reincidente em infrações médias, durante os últimos doze
CAPÍTULO XIV meses.
Da Habilitação

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§ 2º São os condutores da categoria B autorizados a conduzir Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o
veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos condutor deverá realizar exames complementares exigidos
termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a para habilitação na categoria pretendida.
6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a
Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se a
8 (oito) lugares, excluído o do motorista. (Incluído pela
exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na
Lei nº 12.452, de 2011)
seguinte ordem:
§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da
I - de aptidão física e mental;
combinação de veículos com mais de uma unidade
tracionada, independentemente da capacidade de tração ou II - (VETADO)
do peso bruto total. (Renumerado pela Lei nº 12.452, de
III - escrito, sobre legislação de trânsito;
2011)
IV - de noções de primeiros socorros, conforme
Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto
regulamentação do CONTRAN;
ou o equipamento automotor destinado à movimentação de
cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo
de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos da categoria para a qual estiver habilitando-se.
na via pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos
E.
respectivos examinadores serão registrados no RENACH.
Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 9.602, de 1998)
automotores destinados a executar trabalhos agrícolas
§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e
poderão ser conduzidos em via pública também por
renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para
condutor habilitado na categoria B. (Redação dada pela
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no
Lei nº 13.097, de 2015)
local de residência ou domicílio do examinado. (Incluído pela
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para Lei nº 9.602, de 1998)
conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
§ 3º O exame previsto no § 2º incluirá avaliação psicológica
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o
preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o
candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
condutor que exerce atividade remunerada ao veículo,
I - ser maior de vinte e um anos; incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos
apenas no exame referente à primeira habilitação.
II - estar habilitado:
(Redação dada pela Lei nº 10.350, de 2001)
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há
§ 4º Quando houver indícios de deficiência física, mental, ou
um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
de progressividade de doença que possa diminuir a
categoria D; e
capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender poderá ser diminuído por proposta do perito examinador.
habilitar-se na categoria E; (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima § 5º O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo
ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de
doze meses; Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional
de Trânsito – Contran. (Incluído pela Lei nº 10.350, de
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de
2001)
treinamento de prática veicular em situação de risco, nos
termos da normatização do CONTRAN. Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante
Parágrafo único. A participação em curso especializado
emprego de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em
previsto no inciso IV independe da observância do disposto
todas as etapas do processo de habilitação. (Incluído
no inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
(Vigência)
§ 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir art. 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de
ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento subtitulação com legenda oculta associada à tradução
especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 simultânea em Libras. (Incluído pela Lei nº 13.146,
(cinco) anos, nos termos da normatização do Contran. de 2015) (Vigência)
(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)

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§ 2º É assegurado também ao candidato com deficiência § 4º É garantido o direito de contraprova e de recurso


auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de administrativo no caso de resultado positivo para o exame
intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas de que trata o caput, nos termos das normas do Contran.
práticas e teóricas. (Incluído pela Lei nº 13.146, de (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
2015) (Vigência)
§ 5º A reprovação no exame previsto neste artigo terá como
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção consequência a suspensão do direito de dirigir pelo período
veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da
privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos suspensão ao resultado negativo em novo exame, e vedada
Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas a aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias.
estabelecidas pelo CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 1º A formação de condutores deverá incluir, § 6º O resultado do exame somente será divulgado para o
obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao
básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o disposto neste artigo ou no § 6º do art. 168 da Consolidação
trânsito. das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para
13.103, de 2015) (Vigência)
Dirigir, com validade de um ano.
§ 7º O exame será realizado, em regime de livre
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao
concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
condutor no término de um ano, desde que o mesmo não
Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos
tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou
termos das normas do Contran, vedado aos entes públicos:
gravíssima ou seja reincidente em infração média.
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação,
I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº
tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto
13.103, de 2015) (Vigência)
no parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o
processo de habilitação. II - limitar o número de empresas ou o número de locais em
que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº
§ 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá
13.103, de 2015) (Vigência)
dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o
cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo III - estabelecer regras de exclusividade territorial.
Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
prestação do exame de aptidão física e mental. (Incluído
Art. 149. (VETADO)
pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo anterior,
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão
o condutor que não tenha curso de direção defensiva e
submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e
primeiros socorros deverá a eles ser submetido, conforme
renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
normatização do CONTRAN.
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores
§ 1º O exame de que trata este artigo buscará aferir o
contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a
consumo de substâncias psicoativas que,
fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e
comprovadamente, comprometam a capacidade de direção
outros conforme normatização do CONTRAN.
e deverá ter janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias,
nos termos das normas do Contran. (Incluído pela Lei Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre
nº 13.103, de 2015) (Vigência) legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só
poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da
§ 2º Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
divulgação do resultado.
Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos
deverão fazer o exame previsto no § 1º no prazo de 2 (dois) Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante
anos e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto no comissão integrada por 3 (três) membros designados pelo
caput. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 3º Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos § 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos
deverão fazer o exame previsto no § 1º no prazo de 1 (um) um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou
ano e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto no superior à pretendida pelo candidato.
caput. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e
bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos

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Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão
formação de condutor ministrado em suas corporações executivo de trânsito;
serão dispensados, para a concessão do documento de
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
habilitação, dos exames aos quais se houverem submetido
com aprovação naquele curso, desde que neles sejam § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
observadas as normas estabelecidas pelo Contran. aprendizagem poderá conduzir apenas mais um
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) acompanhante. (Renumerado do parágrafo único pela
Lei nº 12.217, de 2010).
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado
na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento § 2º Parte da aprendizagem será obrigatoriamente realizada
com ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a carga
administrativa onde prestar serviço, do qual constarão o horária mínima correspondente. (Incluído pela Lei nº
número do registro de identificação, naturalidade, nome, 12.217, de 2010).
filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir,
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
acompanhado de cópia das atas dos exames prestados.
modelo único e de acordo com as especificações do
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste
§ 4º (VETADO) Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor,
terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário a
todo o território nacional.
identificação de seus instrutores e examinadores, que serão
passíveis de punição conforme regulamentação a ser § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
estabelecida pelo CONTRAN. Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver
à direção do veículo.
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores e
examinadores serão de advertência, suspensão e § 2º (VETADO)
cancelamento da autorização para o exercício da atividade,
§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de
conforme a falta cometida.
Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN.
Art. 154. Os veículos destinados à formação de condutores
§ 4º (VETADO)
serão identificados por uma faixa amarela, de vinte
centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à § 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para
meia altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. Dirigir somente terão validade para a condução de veículo
quando apresentada em original.
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, § 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no
faixa branca removível, de vinte centímetros de largura, com RENACH.
a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
§ 7º A cada condutor corresponderá um único registro no
Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e RENACH, agregando-se neste todas as informações.
elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão
§ 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal,
Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será
pertencente ou não à entidade credenciada.
realizada após quitação de débitos constantes do prontuário
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para do condutor.
aprendizagem, de acordo com a regulamentação do
§ 9º (VETADO)
CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física,
mental, de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito. § 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão
física e mental. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento para
prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades § 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na
destinadas à formação de condutores e às exigências vigência do Código anterior, será substituída por ocasião do
necessárias para o exercício das atividades de instrutor e vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão
examinador. física e mental, ressalvados os casos especiais previstos
nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 157. (VETADO)
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito
Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se: (Vide
deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar
Lei nº 12.217, de 2010) Vigência
a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo

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CONTRAN, independentemente do reconhecimento da Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281,
prescrição, em face da pena concretizada na sentença. de 2016) (Vigência)
§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei
poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a nº 13.281, de 2016) (Vigência)
juízo da autoridade executiva estadual de trânsito,
Medida administrativa - retenção do veículo até a
assegurada ampla defesa ao condutor.
apresentação de condutor habilitado; (Redação dada
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
estadual de trânsito poderá apreender o documento de
IV - (VETADO)
habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames
realizados. V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida
há mais de trinta dias:
CAPÍTULO XV
Infração - gravíssima;
Das Infrações
Penalidade - multa;
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de
qualquer preceito deste Código, da legislação complementar Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional
ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às de Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
penalidades e medidas administrativas indicadas em cada condutor habilitado;
artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às audição, de prótese física ou as adaptações do veículo
resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas impostas por ocasião da concessão ou da renovação da
administrativas definidas nas próprias resoluções. licença para conduzir:
Art. 162. Dirigir veículo: Infração - gravíssima;
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão Penalidade - multa;
para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor:
Medida administrativa - retenção do veículo até o
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, habilitado.
de 2016) (Vigência)
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei condições previstas no artigo anterior:
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
Medida administrativa - retenção do veículo até a
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei
nº 13.281, de 2016) (Vigência) Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do
artigo anterior.
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos
com suspensão do direito de dirigir: (Redação dada pela incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) a conduzi-lo na via:
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
de 2016) (Vigência)
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art.
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
162.
Medida administrativa - recolhimento do documento de
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer
habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
outra substância psicoativa que determine dependência:
condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
(Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
2016) (Vigência)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705,
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
de 2008)
Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja
conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
(Vigência) dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº
12.760, de 2012)

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Medida administrativa - recolhimento do documento de Penalidade - multa.


habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no §
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam
4º do art. 270 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 -
atravessando a via pública, ou os demais veículos:
do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei
nº 12.760, de 2012) Infração - gravíssima;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento
meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
do documento de habilitação.
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres
clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
ou veículos, água ou detritos:
influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma
estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, Infração - média;
de 2016) (Vigência)
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
2016) (Vigência)
substâncias:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
Infração - média;
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência) Penalidade - multa.
Medida administrativa - recolhimento do documento de Art. 173. Disputar corrida: (Redação dada pela Lei nº
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 12.971, de 2014) (Vigência)
4º do art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - gravíssima;
(Vigência)
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
12.971, de 2014) (Vigência)
meses (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Medida administrativa - recolhimento do documento de
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa
habilitação e remoção do veículo.
que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico,
não estiver em condições de dirigi-lo com segurança: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses
Infração - gravíssima;
da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de
Penalidade - multa. 2014) (Vigência)
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de Art. 174. Promover, na via, competição, eventos
segurança, conforme previsto no art. 65: organizados, exibição e demonstração de perícia em
manobra de veículo, ou deles participar, como condutor,
Infração - grave;
sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição
Penalidade - multa; sobre a via: (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
(Vigência)
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação
do cinto pelo infrator. Infração - gravíssima;
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
observância das normas de segurança especiais dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº
estabelecidas neste Código: 12.971, de 2014) (Vigência)
Infração - gravíssima; Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação e remoção do veículo.
Penalidade - multa;
§ 1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos
Medida administrativa - retenção do veículo até que a
condutores participantes. (Incluído pela Lei nº 12.971,
irregularidade seja sanada.
de 2014) (Vigência)
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
§ 2º Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso
indispensáveis à segurança:
de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração
Infração - leve; anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
(Vigência)

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Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem rápido:
ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus:
Infração - grave;
(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa;
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº II - nas demais vias:
12.971, de 2014) (Vigência)
Infração - leve;
Medida administrativa - recolhimento do documento de
Penalidade - multa.
habilitação e remoção do veículo.
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
combustível:
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses
da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de Infração - média;
2014) (Vigência)
Penalidade - multa;
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com
Medida administrativa - remoção do veículo.
vítima:
Art. 181. Estacionar o veículo:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-
lo; I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
alinhamento da via transversal:
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de
evitar perigo para o trânsito no local; Infração - média;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da Penalidade - multa;
polícia e da perícia;
Medida administrativa - remoção do veículo;
IV - de adotar providências para remover o veículo do local,
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta
quando determinadas por policial ou agente da autoridade
centímetros a um metro:
de trânsito;
Infração - leve;
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações
necessárias à confecção do boletim de ocorrência: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
dirigir; metro:
Medida administrativa - recolhimento do documento de Infração - grave;
habilitação.
Penalidade - multa;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de
Medida administrativa - remoção do veículo;
acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e
seus agentes: IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
Código:
Infração - grave;
Infração - média;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem
vítima, de adotar providências para remover o veículo do Medida administrativa - remoção do veículo;
local, quando necessária tal medida para assegurar a V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
segurança e a fluidez do trânsito: de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento:
Infração - média; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa;
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via Medida administrativa - remoção do veículo;
pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua
remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado:

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VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou Penalidade - multa;


tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde
Medida administrativa - remoção do veículo;
que devidamente identificados, conforme especificação do
CONTRAN: XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - média; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior: XV - na contramão de direção:
Infração - leve; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado
e sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre
peso bruto total superior a três mil e quinhentos
ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado
quilogramas:
ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento,
marcas de canalização, gramados ou jardim público: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; XVII - em desacordo com as condições regulamentadas
especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada
Regulamentado):
destinada à entrada ou saída de veículos:
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
Infração - média;
2015) (Vigência)
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
X - impedindo a movimentação de outro veículo:
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela
Infração - média; sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave; XIX - em locais e horários de estacionamento e parada
proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e
Penalidade - multa;
Estacionar):
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
Penalidade - multa;
circulação de veículos e pedestres:
Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - grave;
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou
Penalidade - multa;
idosos, sem credencial que comprove tal condição:
Medida administrativa - remoção do veículo; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
ponto de embarque ou desembarque de passageiros de 2016) (Vigência)
transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do
(Vigência)
marco do ponto:
Infração - média;

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Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído Infração - média;


pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Penalidade - multa;
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de
X - em local e horário proibidos especificamente pela
trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a
sinalização (placa - Proibido Parar):
remoção do veículo.
Infração - média;
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o
calço de segurança na via. Penalidade - multa.
Art. 182. Parar o veículo: Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
mudança de sinal luminoso:
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
alinhamento da via transversal: Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa; Art. 184. Transitar com o veículo:
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de
centímetros a um metro: circulação exclusiva para determinado tipo de veículo,
exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à
Infração - leve;
direita:
Penalidade - multa;
Infração - leve;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
Penalidade - multa;
metro:
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de
Infração - média;
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
Penalidade - multa;
Infração - grave;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
Penalidade - multa.
Código:
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com
Infração - leve;
circulação destinada aos veículos de transporte público
Penalidade - multa; coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com
autorização do poder público competente: (Incluído pela
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
Lei nº 13.154, de 2015)
de trânsito rápido e das demais vias dotadas de
acostamento: Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de
2015)
Infração - grave;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído
Penalidade - multa;
pela Lei nº 13.154, de 2015)
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas
Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído
ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de
pela Lei nº 13.154, de 2015)
rolamento e marcas de canalização:
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de
Infração - leve;
conservá-lo:
Penalidade - multa;
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a regulamentação, exceto em situações de emergência;
circulação de veículos e pedestres:
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
Infração - média;
Infração - média;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
Infração - média;
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para
Penalidade - multa; ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário,
respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido
IX - na contramão de direção:
contrário:

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Infração - grave; Infração - grave;


Penalidade - multa; Penalidade - multa.
II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
de circulação: passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios,
ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de
Infração - gravíssima;
rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados
Penalidade - multa. e jardins públicos:
Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela Infração - gravíssima;
regulamentação estabelecida pela autoridade competente:
Penalidade - multa (três vezes).
I - para todos os tipos de veículos:
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância
Infração - média; necessária a pequenas manobras e de forma a não causar
riscos à segurança:
Penalidade - multa;
Infração - grave;
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo
ou perturbando o trânsito: Penalidade - multa.
Infração - média; Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade
competente de trânsito ou de seus agentes:
Penalidade - multa.
Infração - grave;
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de
batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, Penalidade - multa.
de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias,
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante
quando em serviço de urgência e devidamente identificados
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do
por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e
veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar
iluminação vermelha intermitentes:
o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação:
Infração - gravíssima;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo
com prioridade de passagem devidamente identificada por
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
respectiva mão de direção, quando for manobrar para um
vermelha intermitentes:
desses lados:
Infração - grave;
Infração - média;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando
em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um
solicitado:
pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem:
Infração - média;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
dirigir. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da
(Vigência) frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que
vai entrar à esquerda:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) Infração - média;
meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº
Penalidade - multa.
12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e
coletivo ou de escolares, parado para embarque ou
frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em
desembarque de passageiros, salvo quando houver refúgio
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
de segurança para o pedestre:
velocidade, as condições climáticas do local da circulação e
do veículo: Infração - gravíssima;

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Penalidade - multa. II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;


Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta: ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos
Infração - média;
não motorizados;
Penalidade - multa.
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: via transversal;
I - pelo acostamento; V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda
que em locais permitidos:
II - em interseções e passagens de nível;
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº
12.971, de 2014) (Vigência) Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) esquerda em locais proibidos pela sinalização:
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo: Infração - grave;
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; Penalidade - multa.
II - nas faixas de pedestre; Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
parada obrigatória:
III - nas pontes, viadutos ou túneis;
Infração - gravíssima;
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras,
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à Penalidade - multa.
livre circulação;
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar
fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para
contínua amarela: não efetuar o pagamento do pedágio:
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº Infração - grave;
12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Infração - gravíssima;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do
meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº direito de dirigir;
12.971, de 2014) (Vigência)
Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, do documento de habilitação.
para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de
esquerda, onde não houver local apropriado para operação
sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer
de retorno:
outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha
cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com
férrea:
autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes:
Infração - gravíssima;
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
Art. 206. Executar operação de retorno:
marcha for interceptada:
I - em locais proibidos pela sinalização;

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I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas, Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima
desfiles e outros: permitida para o local, medida por instrumento ou
equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias
Infração - gravíssima;
arteriais e demais vias: (Redação dada pela Lei nº 11.334,
Penalidade - multa. de 2006)
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20%
militares e outros: (vinte por cento): (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
2006)
Infração - grave;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
Penalidade - multa.
2006)
Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
e a veículo não motorizado:
2006)
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):
sinal verde para o veículo; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
gestantes: 2006)
Infração - gravíssima; Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
2006)
Penalidade - multa.
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
50% (cinqüenta por cento): (Incluído pela Lei nº 11.334,
sinalização a ele destinada;
de 2006)
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 11.334, de
dirige o veículo:
2006)
Infração - grave;
Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do
Penalidade - multa. direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação.
(Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à
I - em interseção não sinalizada:
metade da velocidade máxima estabelecida para a via,
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória; retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as
condições de tráfego e meteorológicas não o permitam,
b) a veículo que vier da direita;
salvo se estiver na faixa da direita:
II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê
Infração - média;
a Preferência:
Penalidade - multa.
Infração - grave;
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
Penalidade - multa.
compatível com a segurança do trânsito:
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem as I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações,
precauções com a segurança de pedestres e de outros cortejos, préstitos e desfiles:
veículos: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem
ou gestos;
dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos:
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
Infração - média;
acostamento;
Penalidade - multa.
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não
sinalizada;

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V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada; Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
providas de iluminação pública:
VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
Infração - leve;
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência
de obras ou trabalhadores na pista; Penalidade - multa.
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes
IX - quando houver má visibilidade;
externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, tornar visível o local, quando:
defeituoso ou avariado;
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
XI - à aproximação de animais na pista; permanecer no acostamento;
XII - em declive; II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada
imediatamente:
XIII - ao ultrapassar ciclista:
Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
sido utilizado para sinalização temporária da via:
embarque e desembarque de passageiros ou onde haja
intensa movimentação de pedestres: Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 227. Usar buzina:
Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em I - em situação que não a de simples toque breve como
desacordo com as especificações e modelos estabelecidos advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
pelo CONTRAN:
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
Infração - média;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
Penalidade - multa;
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
Medida administrativa - retenção do veículo para
V - em desacordo com os padrões e freqüências
regularização e apreensão das placas irregulares.
estabelecidas pelo CONTRAN:
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que
Infração - leve;
confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de
terceiros, placas de identificação não autorizadas pela Penalidade - multa.
regulamentação.
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de ou freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
atendimento de emergência, o sistema de iluminação
Infração - grave;
vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de
incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das Penalidade - multa;
ambulâncias, ainda que parados:
Medida administrativa - retenção do veículo para
Infração - média; regularização.
Penalidade - multa. Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme
ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o facho
público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor:
Infração - média;
Infração - grave;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização. Art. 230. Conduzir o veículo:

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I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou Medida administrativa - retenção do veículo para
qualquer outro elemento de identificação do veículo violado regularização;
ou falsificado;
XX - sem portar a autorização para condução de escolares,
II - transportando passageiros em compartimento de carga, na forma estabelecida no art. 136:
salvo por motivo de força maior, com permissão da
Infração - grave;
autoridade competente e na forma estabelecida pelo
CONTRAN; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
III - com dispositivo anti-radar; XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais
inscrições previstas neste Código;
IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
ou com lâmpadas queimadas:
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
Infração - média;
condições de legibilidade e visibilidade:
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art.
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor
Medida administrativa - remoção do veículo; ao volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar
de veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros:
VII - com a cor ou característica alterada;
(Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
veicular, quando obrigatória;
(Vigência)
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
ineficiente ou inoperante;
2015) (Vigência)
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
Medida administrativa - retenção do veículo para
estabelecido pelo CONTRAN;
cumprimento do tempo de descanso aplicável. (Redação
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
defeituoso, deficiente ou inoperante;
XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
XII - com equipamento ou acessório proibido; (Vigência)
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de § 1º Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12
sinalização alterados; (doze) meses, será convertida, automaticamente, a
penalidade disposta no inciso XXIII em infração grave.
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência
desse aparelho; § 2º Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito,
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter
judicial ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº
publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a
13.103, de 2015) (Vigência)
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as
hipóteses previstas neste Código; Art. 231. Transitar com o veículo:
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;
refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas
a) carga que esteja transportando;
pela legislação;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a
segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art.
Infração - gravíssima;
104;
Penalidade - multa;
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva:
Medida administrativa - retenção do veículo para
Infração - grave;
regularização;
Penalidade - multa;

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III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens,
superiores aos fixados pelo CONTRAN; quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força
maior ou com permissão da autoridade competente:
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem Infração - média;
autorização:
Penalidade - multa;
Infração - grave;
Medida administrativa - retenção do veículo;
Penalidade - multa;
IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Medida administrativa - retenção do veículo para
Infração - média;
regularização;
Penalidade - multa;
V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
quando aferido por equipamento, na forma a ser Medida administrativa - retenção do veículo;
estabelecida pelo CONTRAN:
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Infração - média;
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de
ou fração de excesso de peso apurado, constante na tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
seguinte tabela:
Penalidade - multa;
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais
Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de
e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº
carga excedente.
13.281, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos
incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou
quilogramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
excedendo à capacidade máxima de tração, não computado
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
o percentual tolerado na forma do disposto na legislação,
(Vigência)
somente poderá continuar viagem após descarregar o que
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$ exceder, segundo critérios estabelecidos na referida
21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação legislação complementar.
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$ obrigatório referidos neste Código:
31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos);
Infração - leve;
(Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência)
Penalidade - multa;
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas)
- R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos); Medida administrativa - retenção do veículo até a
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) apresentação do documento.
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20 Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de
(cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) hipóteses previstas no art. 123:
Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da Infração - grave;
carga excedente;
Penalidade - multa;
'VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela
Medida administrativa - retenção do veículo para
autoridade competente para transitar com dimensões
regularização.
excedentes, ou quando a mesma estiver vencida:
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e
Infração - grave;
de identificação do veículo:
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
VII - com lotação excedente;
Medida administrativa - remoção do veículo.

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Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
externas do veículo, salvo nos casos devidamente registro, licenciamento ou habilitação:
autorizados:
Infração - gravíssima;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao
Medida administrativa - retenção do veículo para órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de
transbordo. perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas
e documentos:
Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda,
salvo em casos de emergência: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos
documentos.
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as
especificações, e com falta de inscrição e simbologia Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
necessárias à sua identificação, quando exigidas pela
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de
legislação:
proteção e vestuário de acordo com as normas e
Infração - grave; especificações aprovadas pelo CONTRAN;
Penalidade - multa; II - transportando passageiro sem o capacete de segurança,
na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento
Medida administrativa - retenção do veículo para
suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
regularização.
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a
roda;
seus agentes, mediante recibo, os documentos de
habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros IV - com os faróis apagados;
exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade:
V - transportando criança menor de sete anos ou que não
Infração - gravíssima; tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
segurança:
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para
regularização, sem permissão da autoridade competente ou Medida administrativa - Recolhimento do documento de
de seus agentes: habilitação;
Infração - gravíssima; VI - rebocando outro veículo;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
eventualmente para indicação de manobras;
Medida administrativa - remoção do veículo.
VIII – transportando carga incompatível com suas
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do
especificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente
art. 139-A desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
desmontado:
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em
Infração - grave;
desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as
Penalidade - multa; normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:
(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de
Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. Infração – grave; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo Penalidade – multa; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
ou de habilitação do condutor:
Medida administrativa – apreensão do veículo para
Infração - leve; regularização. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Penalidade - multa. § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII,
além de:

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a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial Penalidade - multa;


a ele destinado;
Medida administrativa - retenção para o transbordo.
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo
Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de
onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, embarque ou desembarque de passageiros e carga ou
condições de cuidar de sua própria segurança. descarga de mercadorias:
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do Infração - média;
parágrafo anterior:
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
Penalidade - multa.
I - deixar de manter acesa a luz baixa:
§ 3º A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo
a) durante a noite;
não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem
semi-reboques especialmente projetados para esse fim e b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas
devidamente homologados pelo órgão competente. rodovias; (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016)
(Incluído pela Lei nº 10.517, de 2002) (Vigência)
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte
materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via: destinadas;
Infração - grave; d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores;
Penalidade - multa; II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição
sob chuva forte, neblina ou cerração;
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do
material. III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa Infração - média;
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável.
Penalidade - multa.
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito
da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
indevidamente: emergência;
Infração - gravíssima; II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
situações:
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério
da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a
outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física
ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a b) em imobilizações ou situação de emergência, como
autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a advertência, utilizando pisca-alerta;
sinalização de emergência, às expensas do responsável, ou,
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar
se possível, promover a desobstrução.
o uso do pisca-alerta:
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de
Infração - média;
rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão
humana e os de tração animal, sempre que não houver Penalidade - multa.
acostamento ou faixa a eles destinados:
Art. 252. Dirigir o veículo:
Infração - média;
I - com o braço do lado de fora;
Penalidade - multa.
II - transportando pessoas, animais ou volume à sua
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de esquerda ou entre os braços e pernas;
passageiros carga excedente em desacordo com o
III - com incapacidade física ou mental temporária que
estabelecido no art. 109:
comprometa a segurança do trânsito;
Infração - grave;

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IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para
comprometa a utilização dos pedais; cruzá-las onde for permitido;
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou
sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, túneis, salvo onde exista permissão;
ou acionar equipamentos e acessórios do veículo;
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a quando houver sinalização para esse fim;
aparelhagem sonora ou de telefone celular;
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar
Infração - média; o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte,
desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida
Penalidade - multa.
licença da autoridade competente;
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou
movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
subterrânea;
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Infração - leve;
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracterizar-
Penalidade - multa, em 50% (cinqüenta por cento) do valor
se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar
da infração de natureza leve.
segurando ou manuseando telefone celular. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) VII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 253. Bloquear a via com veículo: § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - gravíssima; § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa e apreensão do veículo; § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em
Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente,
desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem
autorização do órgão ou entidade de trânsito com Infração - média;
circunscrição sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
Penalidade - multa;
2016)
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
recibo para o pagamento da multa.
2016)
CAPÍTULO XVI
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, Das Penalidades
de 2016)
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído competências estabelecidas neste Código e dentro de sua
pela Lei nº 13.281, de 2016) circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as
seguintes penalidades:
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos
organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído I - advertência por escrito;
pela Lei nº 13. 281, de 2016)
II - multa;
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no
III - suspensão do direito de dirigir;
período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) IV - (Revogado).
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
com circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se
possível, as condições de normalidade para a circulação na VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
via. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não
Art. 254. É proibido ao pedestre: elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de
crimes de trânsito, conforme disposições de lei.

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§ 2º (VETADO) § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do


disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
§ 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos
ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo § 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de
licenciamento do veículo e habilitação do condutor. trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar
a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao
cadastro do veículo no Renavam. (Incluído pela Lei
proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
nº 13.495, 2017) (Vigência)
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente § 11. O principal condutor será excluído do Renavam:
mencionados neste Código. (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão I - quando houver transferência de propriedade do veículo;
impostas concomitantemente as penalidades de que trata (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
este Código toda vez que houver responsabilidade solidária
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do
em infração dos preceitos que lhes couber observar,
veículo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
respondendo cada um de per si pela falta em comum que
lhes for atribuída. III - a partir da indicação de outro principal condutor.
(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
§ 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
infração referente à prévia regularização e preenchimento Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de
das formalidades e condições exigidas para o trânsito do acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no
suas características, componentes, agregados, habilitação
valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e
legal e compatível de seus condutores, quando esta for
quarenta e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº
exigida, e outras disposições que deva observar.
13.281, de 2016) (Vigência)
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de
decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no (Vigência)
peso bruto total, quando simultaneamente for o único
III - infração de natureza média, punida com multa no valor
remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura
de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);
ou manifesto for inferior àquele aferido.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 5º O transportador é o responsável pela infração relativa
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de
ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou
R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).
quando a carga proveniente de mais de um embarcador
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ultrapassar o peso bruto total.
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamente
2016) (Vigência)
responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator
for superior ao limite legal. multiplicador ou índice adicional específico é o previsto
neste Código.
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o
principal condutor ou o proprietário do veículo terá quinze § 3º (VETADO)
dias de prazo, após a notificação da autuação, para
§ 4º (VETADO)
apresentá-lo, na forma em que dispuser o Conselho Nacional
de Trânsito (Contran), ao fim do qual, não o fazendo, será Art. 259. A cada infração cometida são computados os
considerado responsável pela infração o principal condutor seguintes números de pontos:
ou, em sua ausência, o proprietário do veículo.
I - gravíssima - sete pontos;
(Redação dada pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
II - grave - cinco pontos;
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não
havendo identificação do infrator e sendo o veículo de III - média - quatro pontos;
propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao
IV - leve - três pontos.
proprietário do veículo, mantida a originada pela infração,
cujo valor é o da multa multiplicada pelo número de § 1º (VETADO)
infrações iguais cometidas no período de doze meses.
§ 2º (VETADO)

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§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
(Vigência) exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo
infracional, e, no caso de reincidência no período de 12
§ 4º Ao condutor identificado no ato da infração será
(doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o
atribuída pontuação pelas infrações de sua
disposto no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº
responsabilidade, nos termos previstos no § 3º do art. 257,
13.281, de 2016) (Vigência)
excetuando-se aquelas praticadas por passageiros usuários
do serviço de transporte rodoviário de passageiros em § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
viagens de longa distância transitando em rodovias com a Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
utilização de ônibus, em linhas regulares intermunicipal, imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
interestadual, internacional e aquelas em viagem de longa reciclagem.
distância por fretamento e turismo ou de qualquer
§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de
modalidade, excetuadas as situações regulamentadas pelo
dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para fins de
Contran a teor do art. 65 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro
contagem subsequente. (Incluído pela Lei nº 12.547, de
de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. (Incluído pela
2011)
Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão
(Vigência)
ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde
haja ocorrido a infração, de acordo com a competência § 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
estabelecida neste Código. veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade
período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos,
da Federação diversa da do licenciamento do veículo serão
conforme regulamentação do Contran. (Redação dada
arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
CONTRAN.
§ 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade
condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo
atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído
poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável
pela Lei nº 13.154, de 2015)
pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação.
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
§ 3º (Revogado).
poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
no exterior, em trânsito no território nacional, a multa
§ 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País,
serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
respeitado o princípio de reciprocidade.
atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será integrem seu quadro funcional, exercendo atividade
imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº remunerada ao volante, na forma que dispuser o Contran.
13.281, de 2016) (Vigência) (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte) § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o
pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a condutor que, notificado da penalidade de que trata este
pontuação prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído
13.281, de 2016) (Vigência) pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código, § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir referente
cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
de suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº concomitantemente com o processo de aplicação da
13.281, de 2016) (Vigência) penalidade de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão
do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada § 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:
e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir
8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº
qualquer veículo;
13.281, de 2016) (Vigência)

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II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera
infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, das competências estabelecidas neste Código e dentro de
164, 165, 173, 174 e 175; sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas:
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito,
observado o disposto no art. 160. I - retenção do veículo;
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a II - remoção do veículo;
irregularidade na expedição do documento de habilitação, a
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento.
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional
de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, V - recolhimento do Certificado de Registro;
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação,
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
na forma estabelecida pelo CONTRAN.
VII - (VETADO)
Art. 264. (VETADO)
VIII - transbordo do excesso de carga;
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e
de cassação do documento de habilitação serão aplicadas IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
por decisão fundamentada da autoridade de trânsito de substância entorpecente ou que determine dependência
competente, em processo administrativo, assegurado ao física ou psíquica;
infrator amplo direito de defesa.
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os
ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as aos seus proprietários, após o pagamento de multas e
respectivas penalidades. encargos devidos.
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na veicular. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
mesma infração, nos últimos doze meses, quando a
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender
administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
esta providência como mais educativa.
trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o proteção à vida e à incolumidade física da pessoa.
acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258,
§ 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não
imposta por infração posteriormente cometida.
elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos estabelecidas neste Código, possuindo caráter
pedestres, podendo a multa ser transformada na complementar a estas.
participação do infrator em cursos de segurança viária, a
§ 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de
critério da autoridade de trânsito.
Habilitação e a Permissão para Dirigir.
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
forma estabelecida pelo CONTRAN:
disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
reeducação;
neste Código.
II - quando suspenso do direito de dirigir;
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a
contribuído, independentemente de processo judicial; situação.
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; § 2º Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o
veículo, desde que ofereça condições de segurança para
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está
circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
colocando em risco a segurança do trânsito;
regularmente habilitado, mediante recolhimento do
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de
recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor para
CAPÍTULO XVII
regularizar a situação, para o que se considerará, desde logo,
Das Medidas Administrativas notificado. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)

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§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao § 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente
condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas no momento da remoção do veículo, a autoridade de
administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à trânsito, no prazo de 10 (dez) dias contado da data da
autoridade devidamente regularizado. remoção, deverá expedir ao proprietário a notificação
prevista no § 5º, por remessa postal ou por outro meio
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
tecnológico hábil que assegure a sua ciência, e, caso reste
infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se
frustrada, a notificação poderá ser feita por edital.
neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 7º A notificação devolvida por desatualização do endereço
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la
quando se tratar de veículo de transporte coletivo
será considerada recebida para todos os efeitos (Incluído
transportando passageiros ou veículo transportando
pela Lei nº 13.160, de 2015)
produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições
de segurança para circulação em via pública. § 8º Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação
será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere
o § 2º, será feito registro de restrição administrativa no § 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade
Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos puder ser sanada no local da infração. (Incluído pela Lei
Estados e do Distrito Federal, que será retirada após nº 13.160, de 2015)
comprovada a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160,
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será
de 2015)
correspondente ao período integral, contado em dias, em
§ 7º O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 2º que efetivamente o veículo permanecer em depósito,
resultará em recolhimento do veículo ao depósito, limitado ao prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº
aplicando-se, nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído 13.281, de 2016)
pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados
Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste por particulares poderão ser pagos pelo proprietário
Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281,
competente, com circunscrição sobre a via. de 2016)
§ 1º A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante § 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o
prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por
e estada, além de outros encargos previstos na legislação meio de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº
específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) 13.281, de 2016)
§ 2º A liberação do veículo removido é condicionada ao § 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do
reparo de qualquer componente ou equipamento recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente,
obrigatório que não esteja em perfeito estado de que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no
funcionamento. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) período de retenção em depósito, é da responsabilidade do
ente público a devolução das quantias pagas por força deste
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que
artigo, segundo os mesmos critérios da devolução de multas
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável
indevidas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação
reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além
2016) dos casos previstos neste Código, quando houver suspeita de
sua inautenticidade ou adulteração.
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á
por particular contratado por licitação pública, sendo o mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
proprietário do veículo o responsável pelo pagamento dos quando:
custos desses serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
281, de 2016)
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade
§ 5º O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no
no prazo de trinta dias.
ato de remoção do veículo, sobre as providências
necessárias à sua restituição e sobre o disposto no art. 328, Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento
conforme regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos
Lei nº 13.160, de 2015) neste Código, quando:

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I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo
veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
e tempo, somente o perito oficial encarregado do
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade
puder ser sanada no local. armazenadora do registro.
Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é CAPÍTULO XVIII
condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será
Do Processo Administrativo
efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem
prejuízo da multa aplicável. Seção I
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao Da Autuação
disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito,
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de
sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as
trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
despesas de remoção e estada.
I - tipificação da infração;
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às II - local, data e hora do cometimento da infração;
penalidades previstas no art. 165. (Redação dada pela Lei
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua
nº 12.760, de 2012)
marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de sua identificação;
tolerância quando a infração for apurada por meio de
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
aparelho de medição, observada a legislação metrológica.
(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou
agente autuador ou equipamento que comprovar a infração;
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta
trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia como notificação do cometimento da infração.
ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
§ 1º (VETADO)
científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita
certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa § 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da
que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por
12.760, de 2012) aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual,
reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de
disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.
2012)
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente
§ 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser
de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de
caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de
infração, informando os dados a respeito do veículo, além
sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento
alteração da capacidade psicomotora ou produção de
previsto no artigo seguinte.
quaisquer outras provas em direito admitidas. (Redação
dada pela Lei nº 12.760, de 2012) § 4º O agente da autoridade de trânsito competente para
lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela
administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito
condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos
de sua competência.
procedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Seção II
Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não Do Julgamento das Autuações e Penalidades
submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência
pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade
estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição,
prevista no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto
julgará a consistência do auto de infração e aplicará a
de evasão para fim de pesagem obrigatória.
penalidade cabível.
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial,
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu
a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado,
registro julgado insubsistente:
aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as
estabelecidas no art. 210. I - se considerado inconsistente ou irregular;

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II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a
notificação da autuação. (Redação dada pela Lei nº 9.602, data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por
de 1998) cento do seu valor.
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao § 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação
proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou eletrônica, se disponível, conforme regulamentação do
por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a Contran, e opte por não apresentar defesa prévia nem
ciência da imposição da penalidade. recurso, reconhecendo o cometimento da infração, poderá
efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por cento)
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço
do seu valor, em qualquer fase do processo, até o
do proprietário do veículo será considerada válida para
vencimento da multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
todos os efeitos.
2016) (Vigência)
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de
§ 2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia
repartições consulares de carreira e de representações de
ao questionamento administrativo, que pode ser realizado a
organismos internacionais e de seus integrantes será
qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º.
remetida ao Ministério das Relações Exteriores para as
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de
multa. § 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser
aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a
licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a
condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259,
instância administrativa de julgamento de infrações e
a notificação será encaminhada ao proprietário do veículo,
penalidades. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
responsável pelo seu pagamento.
(Vigência)
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do
§ 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de
prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela
infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento
infração, que não será inferior a trinta dias contados da data
será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa
da notificação da penalidade. (Incluído pela Lei nº 9.602,
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
de 1998)
(Selic) para títulos federais acumulada mensalmente,
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação
parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
valor. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor autuado
(Vigência)
poderá optar por ser notificado por meio eletrônico se o
órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto
autuação oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual
13.281, de 2016) (Vigência) remetê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
§ 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar pela § 1º O recurso não terá efeito suspensivo.
notificação por meio eletrônico deverá manter seu cadastro
§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o
atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do
recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis
Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
subsequentes à sua apresentação, e, se o entender
(Vigência)
intempestivo, assinalará o fato no despacho de
§ 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o encaminhamento.
proprietário ou o condutor autuado será considerado
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado
notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no
dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que
sistema eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do
(Vigência)
recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo.
§ 3º O sistema previsto no caput será certificado
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser
digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade,
interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor.
integridade, validade jurídica e interoperabilidade da
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). § 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) estabelecido no parágrafo único do art. 284.
Art. 283. (VETADO) § 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á

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devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por Seção I


índice legal de correção dos débitos fiscais.
Disposições Gerais
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se
residência ou domicílio do infrator.
este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal
impôs a penalidade acompanhado das cópias dos
culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei nº 9.099, de
prontuários necessários ao julgamento.
26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de
na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado 2008)
da publicação ou da notificação da decisão.
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
§ 1º O recurso será interposto, da decisão do não psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº
provimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de 11.705, de 2008)
provimento, pela autoridade que impôs a penalidade.
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será competição automobilística, de exibição ou demonstração
apreciado no prazo de trinta dias: de perícia em manobra de veículo automotor, não
autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº
I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou
11.705, de 2008)
entidade de trânsito da União:
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis
para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora).
meses, cassação do documento de habilitação ou penalidade
(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, deverá ser
b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo
instaurado inquérito policial para a investigação da infração
Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que
penal. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade
(Vigência)
de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos
CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. § 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas
no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quando
1940 (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade
houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus
do agente e às circunstâncias e consequências do crime.
próprios membros.
(Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
Art. 290. Implicam encerramento da instância administrativa
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão
de julgamento de infrações e penalidades: (Redação
ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
imposta isolada ou cumulativamente com outras
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e 289; penalidades. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) (Vigência)
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração
e requerimento de encerramento do processo na fase em § 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu
que se encontra, sem apresentação de defesa ou recurso. será intimado a entregar à autoridade judiciária, em
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira
de Habilitação.
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no § 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter
RENACH. a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de
CAPÍTULO XIX
condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento
Dos Crimes de Trânsito prisional.

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Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, ou o seu funcionamento de acordo com os limites de
havendo necessidade para a garantia da ordem pública, velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
destinada a pedestres.
representação da autoridade policial, decretar, em decisão
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para Art. 299. (VETADO)
dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
Art. 300. (VETADO)
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de
medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do
trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em
Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
efeito suspensivo.
socorro àquela.
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a
Seção II
proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Dos Crimes em Espécie
Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo
Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou
automotor:
residente.
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da
dirigir veículo automotor.
permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem
prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada § 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo
pela Lei nº 11.705, de 2008) automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade,
se o agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no
(Vigência)
pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima,
ou seus sucessores, de quantia calculada com base no I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que Habilitação; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
houver prejuízo material resultante do crime. (Vigência)
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
prejuízo demonstrado no processo. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem
52 do Código Penal. risco pessoal, à vítima do acidente; (Incluído pela Lei nº
12.971, de 2014) (Vigência)
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa
reparatória será descontado. IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
conduzindo veículo de transporte de passageiros.
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as
(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo
cometido a infração: § 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência
de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com
determine dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de
grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
2017) (Vigência)
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou
adulteradas;
proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546,
Habilitação; de 2017) (Vigência)
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de
categoria diferente da do veículo; veículo automotor:
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
especiais com o transporte de passageiros ou de carga; proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
equipamentos ou características que afetem a sua segurança § 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se
ocorrer qualquer das hipóteses do § 1º do art. 302.

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(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.546, de Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a
2017) (Vigência) permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
imposta com fundamento neste Código:
§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a
cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova
artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de proibição.
outra substância psicoativa que determine dependência, e
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado
se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art.
gravíssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
(Vigência)
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em
podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
manobra de veículo automotor, não autorizada pela
solicitar auxílio da autoridade pública:
autoridade competente, gerando situação de risco à
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o incolumidade pública ou privada: (Redação dada pela Lei
fato não constituir elemento de crime mais grave. nº 13.546, de 2017) (Vigência)
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
por terceiros ou que se trate de vítima com morte habilitação para dirigir veículo automotor. (Redação
instantânea ou com ferimentos leves. dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do § 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe corporal de natureza grave, e as circunstâncias
possa ser atribuída: demonstrarem que o agente não quis o resultado nem
assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de 12.971, de 2014) (Vigência)
outra substância psicoativa que determine dependência:
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte,
(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem
habilitação para dirigir veículo automotor. prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Incluído
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
(Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de
álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
12.760, de 2012)
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada
alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por
nº 12.760, de 2012) seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez,
não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova
Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de
em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
2012) (Vigência)
(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
caracterização do crime tipificado neste artigo.
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:

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Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste
Código.
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente
automobilístico com vítima, na pendência do respectivo Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a duzentos e quarenta dias contados da publicação desta Lei.
fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão prazo
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. de até um ano para a adaptação dos veículos de condução
de escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que
art. 136 e art. 154, respectivamente.
não iniciados, quando da inovação, o procedimento
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere. Art. 318. (VETADO)
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas pelo
deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
substituição de pena privativa de liberdade por pena Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço 62.127, de 16 de janeiro de 1968.
à comunidade ou a entidades públicas, em uma das
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código
seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de
poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran,
2016) (Vigência)
respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior.
corpos de bombeiros e em outras unidades móveis (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da (noventa) dias de antecedência de sua aplicação.
rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de
(Vigência)
trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização,
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela e educação de trânsito.
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na
e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) educação de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência)
CAPÍTULO XX
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na
Disposições Finais e Transitórias
rede mundial de computadores (internet), dados sobre a
Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e
membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da sua destinação. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
publicação deste Código. (Vigência)
Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de
dias a partir da publicação deste Código para expedir as Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o
resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por
revisar todas as resoluções anteriores à sua publicação, meio do compartilhamento da receita arrecadada com a
dando prioridade àquelas que visam a diminuir o número de cobrança das multas de trânsito. (Incluído pela Lei nº
acidentes e a assegurar a proteção de pedestres. 13.281, de 2016)
Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até Art. 321. (VETADO)
a data de publicação deste Código, continuam em vigor
Art. 322. (VETADO)
naquilo em que não conflitem com ele.
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a
Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo
proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e
percentuais de tolerância, sendo durante este período
quarenta dias contado da publicação, estabelecer o currículo
suspensa a vigência das penalidades previstas no inciso V do
com conteúdo programático relativo à segurança e à

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art. 231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por apurados, e os índices que se pretende alcançar.
duzentos quilogramas ou fração de excesso. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere este § 3º A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as
artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles respectivas margens de tolerância. (Incluído pela Lei
estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985. nº 13.614, de 2018) (Vigência)
Art. 324. (VETADO) § 4º As metas serão fixadas pelo Contran para cada um dos
Estados da Federação e para o Distrito Federal, mediante
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no
propostas fundamentadas dos Cetran, do Contrandife e do
mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação
Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das
de condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e
respectivas circunscrições. (Incluído pela Lei nº
aos autos de infração de trânsito. (Redação dada pela
13.614, de 2018) (Vigência)
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 5º Antes de submeterem as propostas ao Contran, os
§ 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados
Cetran, o Contrandife e o Departamento de Polícia
e tramitados eletronicamente, bem como arquivados e
Rodoviária Federal realizarão consulta ou audiência pública
armazenados em meio digital, desde que assegurada a
para manifestação da sociedade sobre as metas a serem
autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a
propostas. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
segurança das informações, e serão válidos para todos os
(Vigência)
efeitos legais, sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda
física. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 6º As propostas dos Cetran, do Contrandife e do
Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o
encaminhadas ao Contran até o dia 1º de agosto de cada
arquivamento, o armazenamento e a eliminação de
ano, acompanhadas de relatório analítico a respeito do
documentos eletrônicos e físicos gerados em decorrência da
cumprimento das metas fixadas para o ano anterior e de
aplicação das disposições deste Código. (Incluído pela
exposição de ações, projetos ou programas, com os
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
respectivos orçamentos, por meio dos quais se pretende
§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá cumprir as metas propostas para o ano seguinte.
ser certificado digitalmente, atendidos os requisitos de (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
autenticidade, integridade, validade jurídica e
§ 7º As metas fixadas serão divulgadas em setembro,
interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas
durante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o
Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de
desempenho, absoluto e relativo, de cada Estado e do
2016) (Vigência)
Distrito Federal no cumprimento das metas vigentes no ano
Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada anterior, detalhados os dados levantados e as ações
anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de realizadas por vias federais, estaduais e municipais, devendo
setembro. tais informações permanecer à disposição do público na rede
mundial de computadores, em sítio eletrônico do órgão
Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional
máximo executivo de trânsito da União. (Incluído
de Trânsito, no que se refere à política de segurança no
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
trânsito, deverá voltar-se prioritariamente para o
cumprimento de metas anuais de redução de índice de § 8º O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia
mortos por grupo de veículos e de índice de mortos por Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de
grupo de habitantes, ambos apurados por Estado e por ano, Trânsito, definirá as fórmulas para apuração dos índices de
detalhando-se os dados levantados e as ações realizadas por que trata este artigo, assim como a metodologia para a
vias federais, estaduais e municipais. (Incluído pela coleta e o tratamento dos dados estatísticos necessários
Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) para a composição dos termos das fórmulas. (Incluído
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
§ 1º O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final
do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice § 9º Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no
nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo
de mortos por grupo de habitantes, relativamente aos respectivo órgão ou entidade executivos de trânsito, que os
índices apurados no ano da entrada em vigor da lei que cria repassará ao órgão máximo executivo de trânsito da União
o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito até o dia 1º de março, por meio do sistema de registro
(Pnatrans). (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) nacional de acidentes e estatísticas de trânsito.
(Vigência) (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
§ 2º As metas expressam a diferença a menor, em base § 10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo
percentual, entre os índices mais recentes, oficialmente órgão ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do

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Distrito Federal compreendem os coletados naquela por meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.160,
circunscrição: (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) de 2015)
(Vigência)
§ 1º Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executivo iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento
rodoviário da União; (Incluído pela Lei nº 13.614, de do veículo, o qual será classificado em duas categorias:
2018) (Vigência) (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade executivos I – conservado, quando apresenta condições de segurança
rodoviários do Estado ou do Distrito Federal; (Incluído para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e pelos pela Lei nº 13.160, de 2015)
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios.
§ 2º Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será
§ 11. O cálculo dos índices, para cada Estado e para o Distrito arrematado pelo maior lance, desde que por valor não
Federal, será feito pelo órgão máximo executivo de trânsito inferior a cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela
da União, ouvidos o Departamento de Polícia Rodoviária Lei nº 13.160, de 2015)
Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.
§ 3º Mesmo classificado como conservado, o veículo que for
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 31 leiloado como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
de março de cada ano. (Incluído pela Lei nº 13.614, 2015)
de 2018) (Vigência)
§ 4º É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no decorrer do circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife poderão
§ 5º A cobrança das despesas com estada no depósito será
recomendar aos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito
limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº
alterações nas ações, projetos e programas em
13.160, de 2015)
desenvolvimento ou previstos, com o fim de atingir as metas
fixadas para cada um dos Estados e para o Distrito Federal. § 6º Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos
entre os veículos arrematados, proporcionalmente ao valor
§ 14. A partir da análise de desempenho a que se refere o §
da arrematação, e destinando-se os valores remanescentes,
7º deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, também
na seguinte ordem, para: (Incluído pela Lei nº 13.160,
durante a Semana Nacional de Trânsito: (Incluído
de 2015)
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Distrito
nº 13.160, de 2015)
Federal, uma referente ao ano analisado e outra que
considere a evolução do desempenho dos Estados e do II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10;
Distrito Federal desde o início das análises; (Incluído (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de crédito
II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do com garantia real, segundo a ordem de preferência
estabelecimento de metas previsto no § 1º deste artigo. estabelecida no art. 186 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) 1966 (Código Tributário Nacional); (Incluído pela Lei nº
13.160, de 2015)
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente
poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
aos limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei, pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo
V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do
CONTRAN.
Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica;
Parágrafo único. (VETADO) e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer título VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência
e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
sessenta dias, contado da data de recolhimento, será
§ 7º Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os
avaliado e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente
débitos incidentes sobre o veículo, a situação será

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comunicada aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, § 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16
de 2015) será realizado por lote de tonelagem de material ferroso,
observando-se, no que couber, o disposto neste artigo,
§ 8º Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados do
condicionando-se a entrega do material arrematado aos
leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos
procedimentos necessários à descaracterização total do bem
ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez
e à destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à
dias. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
reciclagem siderúrgica, vedado qualquer aproveitamento de
§ 9º Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alienação peças e partes. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
administrativa ficam dele automaticamente desvinculados, (Vigência)
sem prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior.
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados,
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9º inclusive ao débito relativo possibilidade de regularização perante o órgão de trânsito,
a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, serão destinados à reciclagem, independentemente do
a posse, a circulação ou o licenciamento de veículo. período em que estejam em depósito, respeitado o prazo
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) previsto no caput deste artigo, sempre que a autoridade
responsável pelo leilão julgar ser essa a medida apropriada.
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo,
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
por qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados
ao bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1º, 2º e Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os arts.
3º do art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão
apresentar, previamente, certidão negativa do registro de
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será
distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio,
depositado em conta específica do órgão responsável pela
roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada
realização do leilão e ficará à disposição do antigo
cinco anos, junto ao órgão responsável pela respectiva
proprietário, devendo ser expedida notificação a ele, no
concessão ou autorização.
máximo em trinta dias após a realização do leilão, para o
levantamento do valor no prazo de cinco anos, após os quais Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas
o valor será transferido, definitivamente, para o fundo a que ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou
se refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir
Lei nº 13.160, de 2015) livros de registro de seu movimento de entrada e saída e de
uso de placas de experiência, conforme modelos aprovados
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao
e rubricados pelos órgãos de trânsito.
animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu
proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de § 1º Os livros indicarão:
recolhimento, conforme regulamentação do CONTRAN.
I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
§ 14. Se identificada a existência de restrição policial ou
vendedor;
judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade
responsável pela restrição será notificada para a retirada do III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
bem do depósito, mediante a quitação das despesas com
IV - nome, endereço e identidade do comprador;
remoção e estada, ou para a autorização do leilão nos termos
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) V - características do veículo constantes do seu certificado de
(Vigência) registro;
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da VI - número da placa de experiência.
notificação de que trata o § 14, não houver manifestação da
§ 2º Os livros terão suas páginas numeradas
autoridade responsável pela restrição judicial ou policial,
tipograficamente e serão encadernados ou em folhas soltas,
estará o órgão de trânsito autorizado a promover o leilão do
sendo que, no primeiro caso, conterão termo de abertura e
veículo nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº
encerramento lavrados pelo proprietário e rubricados pela
13.281, de 2016) (Vigência)
repartição de trânsito, enquanto, no segundo, todas as
§ 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens folhas serão autenticadas pela repartição de trânsito.
automotores que se encontrarem nos depósitos há mais de
§ 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos
1 (um) ano poderão ser destinados à reciclagem,
referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que
independentemente da existência de restrições sobre o
se verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas
veículo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
correspondentes, podendo os veículos irregulares lá
(Vigência)

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encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos
sua completa regularização. Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE,
do Distrito Federal.
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais
terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e
podendo, entretanto, retirá-los do estabelecimento. fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de
qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao
da comercialização do respectivo veículo, manual contendo
realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a
normas de circulação, infrações, penalidades, direção
multa prevista para as infrações gravíssimas, independente
defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de
das demais cominações legais cabíveis.
Trânsito Brasileiro.
§ 6º Os livros previstos neste artigo poderão ser substituídos
Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito
por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo
especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e
Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
quatro mil, novecentos e cinqüenta e quatro reais), em favor
Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que do ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima
passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas
dos recursos administrativos previstos na Seção II do decorrentes da implantação deste Código.
Capítulo XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias após
a cargo dos órgãos ora existentes.
a data de sua publicação.
Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema
Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de
Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do
setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de
CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as
10 de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974,
facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-
6.308, de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro
lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes
de 1976, 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 20 de
inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão
setembro de 1982, 7.052, de 02 de dezembro de 1982, 8.102,
atender prontamente suas requisições.
de 10 de dezembro de 1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto-
Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte dias lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e os Decretos-leis nºs
após a nomeação de seus membros, as disposições previstas 584, de 16 de maio de 1969, 912, de 2 de outubro de 1969,
nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e e 2.448, de 21 de julho de 1988.
entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários
Brasília, 23 de setembro de 1997; 176º da Independência e
para exercerem suas competências.
109º da República.
§ 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
prazo de um ano, após a edição das normas, para se
adequarem às novas disposições estabelecidas pelo Iris Rezende
CONTRAN, conforme disposto neste artigo.
Eliseu Padilha
§ 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados
Este texto não substitui o publicado no DOU de 24.9.1997 e
exercerão as competências previstas neste Código em
retificado em 25.9.1997
cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN,
conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo ANEXO I
respectivo CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou
Dos Conceitos e Definições
CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal
ou da União, passando a integrar o Sistema Nacional de Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições:
Trânsito.
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de
Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão ser rolamento destinada à parada ou estacionamento de
homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres
de um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse
retiradas em caso contrário. fim.
Art. 335. (VETADO) AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou
policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para
Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo
o exercício das atividades de fiscalização, operação,
II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e
policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação
da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e
obedecidos os padrões internacionais.

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AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte
originário dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei de carga.
nº 12.760, de 2012)
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz
AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato).
de passageiros, com capacidade para até oito pessoas,
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao
exclusive o condutor.
transporte de pessoas.
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
entidade executivo integrante do Sistema Nacional de
humana.
Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada.
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical
circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização
passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o
específica.
ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os
elementos rigidamente fixados ao mesmo. CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um
motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas
cinqüenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e
rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à
cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a
motocicleta, motoneta e ciclomotor.
cinqüenta quilômetros por hora.
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos,
estacionamento de bicicletas.
separada fisicamente do tráfego comum.
BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à
trilhos.
direita, de mudança da direção original do veículo.
BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.
por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da
via destinada à circulação de veículos. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha
a função específica de proporcionar maior segurança ao
CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível
usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que
diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada
possam colocar em risco sua integridade física e dos demais
ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação
usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a
superior ao necessário para embarque ou desembarque de
tracionar ou arrastar outro.
passageiros.
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga
ESTRADA - via rural não pavimentada.
com peso bruto total de até três mil e quinhentos
quilogramas. ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor
alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de
CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de
2012)
passageiros e carga no mesmo compartimento.
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais,
CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como
delimitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão
separador de duas pistas de rolamento, eventualmente
ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre
substituído por marcas viárias (canteiro fictício).
a via.
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais
unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo
em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por
fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de
marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura
geração e multiplicação de momento de força e resistência
suficiente para permitir a circulação de veículos
dos elementos que compõem a transmissão.
automotores.
CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas
automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de
estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de
protesto cívico ou de uma classe.
polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo
transporte de pequenas cargas. com as competências definidas neste Código.

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FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via
impedimento de locomoção na faixa apropriada. diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo
injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que
FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a
venham em sentido contrário.
manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso
de um reboque, se este se encontra desengatado. LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais
usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que o
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a
condutor está aplicando o freio de serviço.
diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de
serviço. LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo
destinada a indicar aos demais usuários da via que o
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a
condutor tem o propósito de mudar de direção para a direita
diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
ou para a esquerda.
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço,
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar
adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de
atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o
trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem
veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra
dos veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se
de marcha à ré.
ou completando outra sinalização ou norma constante deste
Código. LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a
iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens
GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de
de pó.
braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a
mudança de direção, redução brusca de velocidade ou indicar a presença e a largura do veículo.
parada.
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para
ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, alterar a posição em que o veículo está no momento em
destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma relação à via.
interseção.
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas,
de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do apostos ao pavimento da via.
Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação
MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo
estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.
com capacidade para até vinte passageiros.
INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou
bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais
sem side-car, dirigido por condutor em posição montada.
cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por
INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para
condutor em posição sentada.
atender circunstância momentânea do trânsito.
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja
LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório,
do proprietário de veículo, comprovado por meio de
comércio ou finalidades análogas.
documento específico (Certificado de Licenciamento Anual).
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o
LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela
nascer do sol.
municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com
parques, áreas de lazer, calçadões. capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em
virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes,
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e
transporte número menor.
passageiros, que o veículo transporta, expressa em
quilogramas para os veículos de carga, ou número de OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo,
pessoas, para os veículos de passageiros. pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou
descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada
LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente
rurais e que com elas se limita.
com circunscrição sobre a via.
LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via
OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado
até uma grande distância do veículo.
nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de
fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a

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reduzir as interferências tais como veículos quebrados, PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens
acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o opostas de uma superfície líquida qualquer.
trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos
REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um
pedestres e condutores.
veículo automotor.
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de
tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com
desembarque de passageiros.
circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma direção, tipo de estacionamento, horários e dias.
via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria.
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida,
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem destinada ao uso de pedestres durante a travessia da
à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, mesma.
em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados.
PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores.
transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
pedestres ou veículos. RETORNO - movimento de inversão total de sentido da
direção original de veículos.
PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias,
em desnível aéreo, e ao uso de pedestres. RODOVIA - via rural pavimentada.
PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia
último caso, separada por pintura ou elemento físico na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de
separador, livre de interferências, destinada à circulação articulação.
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se
PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle
Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos,
trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos
veículos e pedestres.
PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos
PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite
de segurança colocados na via pública com o objetivo de
ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e
ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais pedestres que nela circulam.
seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu reboque ou
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente
reboques.
pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos ou
caráter de advertência, destinada a indicar aos demais pedestres, sobrepondo-se ou completando sinalização
usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação existente no local ou norma estabelecida neste Código.
de emergência.
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da
PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas
de veículos, identificada por elementos separadores ou por e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio
diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
canteiros centrais.
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas,
PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de
lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades
caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais.
símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos,
instituídas como sinais de trânsito.
pessoas e animais nas vias terrestres.
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma
pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir
faixa demarcada para outra.
atos relacionados com a segurança pública e de garantir
obediência às normas relativas à segurança de trânsito,
assegurando a livre circulação e evitando acidentes.

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TRATOR - veículo automotor construído para realizar VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o
trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de
outros veículos e equipamentos. trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro
das regiões da cidade.
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível
velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a
retornar à faixa de origem. áreas restritas.
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade VIA RURAL - estradas e rodovias.
do seu uso, inclusive fora de estrada.
VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, abertos à circulação pública, situados na área urbana,
sendo um deles automotor. caracterizados principalmente por possuírem imóveis
edificados ao longo de sua extensão.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão
que circule por seus próprios meios, e que serve VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias
normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, destinadas à circulação prioritária de pedestres.
ou para a tração viária de veículos utilizados para o
VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma
transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os
depressão de terreno ou servir de passagem superior.
veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam
sobre trilhos (ônibus elétrico).
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de
LEI Nº 9.654/1998
carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o
Cria a carreira de Policial Rodoviário Federal e dá outras
condutor.
providências.
VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
fabricado há mais de trinta anos, conserva suas
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
características originais de fabricação e possui valor histórico
próprio. Art. 1º Fica criada, no âmbito do Poder Executivo, a carreira
de Policial Rodoviário Federal, com as atribuições previstas
VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o
na Constituição Federal, no Código de Trânsito Brasileiro e
primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou
na legislação específica.
equipamentos de trabalho agrícola, construção,
terraplenagem ou pavimentação. Parágrafo único. A implantação da carreira far-se-á mediante
transformação dos atuais dez mil e noventa e oito cargos
VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado
efetivos de Patrulheiro Rodoviário Federal, do quadro geral
ao transporte de carga com peso bruto total máximo
do Ministério da Justiça, em cargos de Policial Rodoviário
superior a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a
Federal.
vinte passageiros.
Art. 2º A Carreira de que trata esta Lei é composta do cargo
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte
de Policial Rodoviário Federal, de nível intermediário,
de pessoas e suas bagagens.
estruturada nas classes de Inspetor, Agente Especial, Agente
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte Operacional e Agente, na forma do Anexo I desta Lei.
simultâneo de carga e passageiro. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008)
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e § 1º As atribuições gerais das classes do cargo de Policial
animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, Rodoviário Federal são as seguintes: (Incluído pela
ilha e canteiro central. Lei nº 11.784, de 2008)
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos I - classe de Inspetor: atividades de natureza policial e
especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem administrativa, envolvendo direção, planejamento,
acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de coordenação, supervisão, controle e avaliação
pedestres em nível. administrativa e operacional, coordenação e direção das
atividades de corregedoria, inteligência e ensino, bem como
VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em
a articulação e o intercâmbio com outras organizações e
nível, geralmente controlada por semáforo, com
corporações policiais, em âmbito nacional e internacional,
acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e
além das atribuições da classe de Agente Especial;
locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008)

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II - classe de Agente Especial: atividades de natureza policial, operacional das atividades inerentes ao cargo, além das
envolvendo planejamento, coordenação, capacitação, atribuições da Terceira Classe; e (Incluído pela Lei
controle e execução administrativa e operacional, bem como nº 12.775, de 2012)
articulação e intercâmbio com outras organizações policiais,
IV - Terceira Classe: atividades de natureza policial
em âmbito nacional, além das atribuições da classe de
envolvendo a fiscalização, patrulhamento e policiamento
Agente Operacional; (Incluído pela Lei nº 11.784,
ostensivo, atendimento e socorro às vítimas de acidentes
de 2008)
rodoviários e demais atribuições relacionadas com a área
III - classe de Agente Operacional: atividades de natureza operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.
policial envolvendo a execução e controle administrativo e (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
operacional das atividades inerentes ao cargo, além das
§ 2º As atribuições específicas de cada uma das classes
atribuições da classe de Agente; e (Incluído pela Lei
referidas no § 1º serão estabelecidas em ato dos Ministros
nº 11.784, de 2008)
de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da
IV - classe de Agente: atividades de natureza policial Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
envolvendo a fiscalização, patrulhamento e policiamento
§ 3º Para fins de enquadramento na Terceira Classe, será
ostensivo, atendimento e socorro às vítimas de acidentes
observado o tempo de exercício do servidor, de acordo com
rodoviários e demais atribuições relacionadas com a área
os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 12.775,
operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.
de 2012)
(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008)
I - menos de 1 (um) ano de exercício na classe de Agente:
§ 2º As atribuições específicas de cada uma das classes
Padrão I; (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
referidas no § 1º deste artigo serão estabelecidas em ato dos
Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão II - de 1 (um) ano completo até menos de 2 (dois) anos de
e da Justiça. (Incluído pela Lei nº 11.358, de 2006). exercício na classe de Agente: Padrão II; e (Incluído
pela Lei nº 12.775, de 2012)
§ 3º Os cargos efetivos de Policial Rodoviário Federal,
estruturados na forma do caput deste artigo, têm a sua III - 2 (dois) anos completos ou mais de exercício na classe de
correlação estabelecida no Anexo II desta Lei. (Incluído Agente: Padrão III. (Incluído pela Lei nº 12.775, de
pela Lei nº 11.358, de 2006). 2012)
Art. 2º-A. A partir de 1º de janeiro de 2013, a Carreira de que § 4º O tempo que exceder o período mínimo de 1 (um) ano
trata esta Lei, composta do cargo de Policial Rodoviário para enquadramento no padrão de que trata o § 3º será
Federal, de nível superior, passa a ser estruturada nas computado para fins da progressão ou promoção
seguintes classes: Terceira, Segunda, Primeira e Especial, na subsequente. (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
forma do Anexo I-A, observada a correlação disposta no
Art. 3º O ingresso nos cargos da carreira de que trata esta Lei
Anexo II-A. (Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
dar-se-á mediante aprovação em concurso público,
§ 1º As atribuições gerais das classes do cargo de Policial constituído de duas fases, ambas eliminatórias e
Rodoviário Federal são as seguintes: (Incluído pela classificatórias, sendo a primeira de exame psicotécnico e de
Lei nº 12.775, de 2012) provas e títulos e a segunda constituída de curso de
formação.
I - Classe Especial: atividades de natureza policial e
administrativa, envolvendo direção, planejamento, § 1º São requisitos para o ingresso na carreira o diploma de
coordenação, supervisão, controle e avaliação curso superior completo, em nível de graduação,
administrativa e operacional, coordenação e direção das devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação, e os
atividades de corregedoria, inteligência e ensino, bem como demais requisitos estabelecidos no edital do concurso.
a articulação e o intercâmbio com outras organizações e (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008)
corporações policiais, em âmbito nacional e internacional,
§ 2º A investidura no cargo de Policial Rodoviário Federal
além das atribuições da Primeira Classe; (Incluído
dar-se-á no padrão único da classe de Agente, onde o titular
pela Lei nº 12.775, de 2012)
permanecerá por pelo menos 3 (três) anos ou até obter o
II - Primeira Classe: atividades de natureza policial, direito à promoção à classe subseqüente. (Redação
envolvendo planejamento, coordenação, capacitação, dada pela Lei nº 11.784, de 2008)
controle e execução administrativa e operacional, bem como
§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2013, a investidura no cargo
articulação e intercâmbio com outras organizações policiais,
de Policial Rodoviário Federal dar-se-á no padrão inicial da
em âmbito nacional, além das atribuições da Segunda Classe;
Terceira Classe. (Redação dada pela Lei nº 12.775,
(Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
de 2012)
III - Segunda Classe: atividades de natureza policial
envolvendo a execução e controle administrativo e

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§ 4º O ocupante do cargo de Policial Rodoviário Federal


CARGO CLASSE PADRÃO
permanecerá preferencialmente no local de sua primeira
lotação por um período mínimo de 3 (três) anos exercendo
III
atividades de natureza operacional voltadas ao
patrulhamento ostensivo e à fiscalização de trânsito, sendo Inspetor
sua remoção condicionada a concurso de remoção, permuta II
ou ao interesse da administração. (Redação dada
pela Lei nº 12.269, de 2010) I

Art. 5º (Revogado). VI
Art. 6º Fica extinta a Gratificação Temporária, nos termos do
§ 3º do art. 1º da Lei nº 9.166, de 20 de dezembro de 1995. V

Art. 7º Os ocupantes de cargos da carreira de Policial IV


Rodoviário Federal ficam sujeitos a integral e exclusiva Agente Especial
dedicação às atividades do cargo. III
Art. 8º Os cargos em comissão e as funções de confiança do
Policial Rodoviário II
Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão
Federal
preenchidos, preferencialmente, por servidores integrantes
da carreira que tenham comportamento exemplar e que I
estejam posicionados nas classes finais, ressalvados os casos
de interesse da administração, conforme normas a serem VI
estabelecidas pelo Ministro de Estado da Justiça.
V
Art. 9º É de quarenta horas semanais a jornada de trabalho
dos integrantes da carreira de que trata esta Lei. IV
Agente
Art. 10. Compete ao Ministério da Administração Federal e Operacional
Reforma do Estado, ouvido o Ministério da Justiça, a III
definição de normas e procedimentos para promoção na
carreira de que trata esta Lei. II
Art. 11. O disposto nesta Lei aplica-se aos proventos de
I
aposentadoria e às pensões.
Art. 12. As despesas decorrentes da execução desta Lei Agente I
correrão à conta das dotações constantes do orçamento do
Ministério da Justiça.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ANEXO I-A
retroagindo seus efeitos financeiros a 1º de janeiro de 1998.
(Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
Brasília, 2 de junho de 1998; 177º da Independência e 110º
Estrutura da Carreira de Policial Rodoviário Federal
da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CARGO CLASSE PADRÃO
Renan Calheiros
III
Cláudia Maria Costin
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6 1998 e ESPECIAL II
retificado no DOU de 4.6.1998 Policial
Rodoviário I
Federal
ANEXO I VI

(Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008) PRIMEIRA V


Estrutura do Cargo da Carreira de Policial Rodoviário
Federal IV

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III VI VI

II V V

I IV IV Agente
Operaci
Agent
VI III III onal
e
V II II

IV I I
SEGUNDA
III I Agente

II
ANEXO II-A
I
(Incluído pela Lei nº 12.775, de 2012)
III
Tabela de Correlação da Carreira de Policial Rodoviário
Federal
TERCEIRA II
SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA
I
PADR PADR
CARGO CLASSE CLASSE CARGO
ÃO ÃO
ANEXO II
III III
(Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008)
ESPECI
Tabela de Correlação Para a Carreira de Policial Rodoviário Inspetor II II
AL
Federal
I I
SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA
VI VI
CLASS PADR PADR
CARGO CLASSE CARGO
E ÃO ÃO V V

III III Agente IV IV


PRIMEI
Policial Policial
Inspet Especial RA
II II Inspetor III III
or Rodovi Rodovi
ário ário
I I II II
Federal Federal
Policial VI VI Policial I I
Rodovi Rodovi
V V VI VI
ário ário
Agent
Federal e IV IV Federal V V
Agente Agente
Espec Especial SEGUN
III III Operaci IV IV
ial DA
onal
II II III III

I I II II

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j) quatorze DAS 102.1;


I I
k) doze FCPE 101.4;
III
l) quarenta FCPE 101.3;
TERCEI m) trinta e oito FCPE 101.2;
Agente I II
RA
n) dez FCPE 101.1;
I
o) duas FCPE 102.3;
p) duas FCPE 102.2;
q) quatro FCPE 102.1;
DECRETO Nº 9.360/2018
r) noventa e cinco FG-1;
Aprova as Estruturas Regimentais e os Quadros s) trezentos e setenta e seis FG-2; e
Demonstrativos dos Cargos em Comissão e das Funções de
Confiança do Ministério da Justiça e do Ministério t) mil e setenta e duas FG-3; e
Extraordinário da Segurança Pública, remaneja cargos em II - da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
comissão e funções de confiança e transforma cargos em Desenvolvimento e Gestão para o Ministério Extraordinário
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - da Segurança Pública:
DAS e altera o Decreto nº 6.018, de 22 de janeiro de 2007,
para reduzir a alocação de cargos em comissão na a) cinco DAS 101.6;
inventariança na Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA. b) vinte e seis DAS 101.5;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe c) cinquenta e sete DAS 101.4;
confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
d) oitenta e seis DAS 101.3;
DECRETA:
e) sessenta e cinco DAS 101.2;
Art. 1º Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro
Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de f) cento e cinquenta e sete DAS 101.1;
Confiança do Ministério da Justiça, na forma dos Anexos I e g) três DAS 102.5;
II.
h) três DAS 102.4;
Art. 2º Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro
Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de i) sete DAS 102.2;
Confiança do Ministério Extraordinário da Segurança j) treze DAS 102.1;
Pública, na forma dos Anexos III e IV.
k) onze FCPE 101.4;
Art. 3º Ficam remanejados, na forma do Anexo V, os
seguintes cargos em comissão do Grupo-Direção e l) quarenta e duas FCPE 101.3;
Assessoramento Superiores - DAS, Funções Comissionadas m) trinta e oito FCPE 101.2;
do Poder Executivo - FCPE e Funções Gratificadas - FG:
n) onze FCPE 101.1;
I - do Ministério da Justiça para a Secretaria de Gestão do
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: o) duas FCPE 102.2;

a) quatro DAS 101.6; p) quatro FCPE 102.1;

b) dezessete DAS 101.5; q) noventa e cinco FG-1;

c) cinquenta e três DAS 101.4; r) trezentos e setenta e cinco FG-2; e

d) setenta e oito DAS 101.3; s) um mil e setenta e duas FG-3.

e) sessenta e dois DAS 101.2; Art. 4º O Decreto nº 6.018, de 22 de janeiro de 2007, passa
a vigorar com as seguintes alterações:
f) cento e cinquenta e seis DAS 101.1;
“Art. 4º .
g) dois DAS 102.4;
I-.
h) três DAS 102.3;
b) dois assessores DAS 102.5;
i) oito DAS 102.2;
c) dois DAS 101.4;

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d) um DAS 101.3; Art. 9º O Ministro de Estado da Justiça e o Ministro de


Estado Extraordinário da Segurança Pública poderão,
e) um DAS 101.2; e
mediante alteração dos regimentos internos, permutar, no
f) cinco DAS 101.1; âmbito das respectivas estruturas regimentais, cargos em
comissão do Grupo-DAS por FCPE, desde que não sejam
§ 3º Os cargos em comissão referidos na alínea “b” do inciso
alteradas as unidades das estruturas organizacionais, as
III e no inciso IV do caput serão restituídos à Secretaria de
categorias e os níveis dos cargos e das funções especificados
Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
nas Tabelas “a” dos Anexos II e IV e sejam mantidos as
Gestão sete dias após a data de apresentação do Relatório
categorias, os níveis e os quantitativos previstos nas Tabelas
Final do Grupo de Trabalho da Reserva Técnica Ferroviária e
“b” dos Anexos II e IV, conforme o disposto no art. 9º do
os seus ocupantes ficarão automaticamente exonerados.”
Decreto nº 6.944, de 21 de agosto de 2009.
(NR)
Art. 10. As Funções Comissionadas Técnicas alocadas na
Art. 5º Ficam transformados, nos termos do art. 8º da Lei nº
Estrutura Regimental do Ministério da Justiça e do Ministério
13.346, de 10 de outubro de 2016, oito cargos em comissão
Extraordinário da Segurança Pública são aquelas constantes
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS de
dos Anexos VII e VIII, respectivamente.
nível 3 e vinte e quatro de nível 1 em oito de nível 5, na forma
do Anexo VI. Art. 11. A atual estrutura de cargos em comissão e de
Funções Comissionadas Técnicas constantes,
Art. 6º Ficam automaticamente exonerados ou dispensados
respectivamente, dos Anexos IX e X, ficam mantidas na
os ocupantes dos cargos em comissão e das funções de
Defensoria Pública da União.
confiança:
§ 1º O disposto no inciso I do caput do art. 6º e no art. 7º
I - do Ministério da Justiça e Segurança Pública que não
não se aplica aos cargos em comissão alocados atualmente
guardam correspondência direta com os cargos em comissão
na Defensoria Pública da União.
e as funções de confiança previstas nas Estruturas
Regimentais do Ministério da Justiça ou do Ministério § 2º Os cargos em comissão e as funções a que se refere o
Extraordinário da Segurança Pública; e caput serão geridos de acordo com as normas da Defensoria
Pública da União.
II - dos remanejamentos constantes do inciso I do caput do
art. 4º do Decreto nº 6.018, de 2007, cancelados por este § 3º Os cargos em comissão e as funções a que se refere o
Decreto. caput serão remanejados para a Secretaria de Gestão do
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão na
Art. 7º Os apostilamentos decorrentes da aprovação das
data de entrada em vigor da Estrutura da Defensoria Pública
estruturas do Ministério da Justiça e do Ministério
da União e os seus ocupantes serão automaticamente
Extraordinário da Segurança Pública deverão ocorrer no
exonerados ou dispensados.
prazo de trinta dias, contado da data de entrada em vigor
deste Decreto. Art. 12. O apoio técnico e administrativo de que trata o art.
9º da Medida Provisória nº 821, de 26 de fevereiro de 2018,
Parágrafo único. O Ministro de Estado da Justiça e do
inclui a expedição de atos e a execução de atividades
Ministro de Estado Extraordinário da Segurança Pública
relativas aos sistemas federais de planejamento e de
publicarão no Diário Oficial da União, no prazo de sessenta
orçamento, de organização e inovação institucional, de
dias, contado da data de entrada em vigor deste Decreto,
contabilidade, de informação de custos, de administração
relação nominal dos titulares dos cargos em comissão e das
financeira, de administração dos recursos de informação e
funções de confiança a que se referem os Anexos II e IV, que
informática, de recursos humanos, de serviços gerais, de
indicará, inclusive, o número de cargos e funções vagos, suas
material e patrimônio e de gestão de documentos de
denominações e seus níveis.
arquivo, incluindo as atividades referentes:
Art. 8º O Ministro de Estado da Justiça e o Ministro de
I - à aquisição de bens e à contratação de serviços de uso
Estado Extraordinário da Segurança Pública editarão
comum dos Ministérios da Justiça e Extraordinário da
regimentos internos para detalhar as unidades
Segurança Pública;
administrativas integrantes das Estruturas Regimentais do
Ministério da Justiça e do Ministério Extraordinário da II - à política de comunicação social e publicidade
Segurança Pública, suas competências e as atribuições de institucional; e
seus dirigentes, no prazo de noventa dias, contado da data
III - às atividades de controle interno, correição, ouvidoria,
de entrada em vigor deste Decreto.
transparência e acesso à informação, assessoria
Parágrafo único. Os regimentos internos conterão os internacional e assessoria parlamentar.
Quadros Demonstrativos dos Cargos em Comissão e das
§ 1º O apoio logístico se estende aos procedimentos
Funções de Confiança do Ministério da Justiça e do
licitatórios, de emissão de empenho e liquidação de
Ministério Extraordinário da Segurança Pública.

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despesas, aquisição de bens e contratação de serviços do § 1º A transferência dos bens patrimoniais móveis e seus
Ministério Extraordinário da Segurança Pública. saldos contábeis, provenientes das aquisições e das
contratações realizadas pelas unidades do Ministério
§ 2º As descentralizações orçamentárias e as transferências
Extraordinário da Segurança Pública, observarão o disposto
financeiras que decorrerem das despesas relacionadas com
no calendário de que trata o caput.
o apoio de que trata o caput serão realizadas sem a
necessidade de formalização de Termo de Execução § 2º A transferência dos bens patrimoniais imobiliários de
Descentralizada entre o Ministério da Justiça e o Ministério uso exclusivo das unidades do Ministério Extraordinário da
Extraordinário da Segurança Pública. Segurança Pública, as obrigações administrativas e técnicas
da gestão desses bens, seus saldos contábeis, assim como os
Art. 13. A Consultoria Jurídica junto ao Ministério da Justiça
contratos firmados para atendimento exclusivo destes
prestará apoio às atividades da Consultoria Jurídica junto ao
imóveis, observarão o calendário de que trata o caput.
Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
Art. 17. Os contratos administrativos firmados pelo
§ 1º A partir da entrada em vigor deste Decreto, a
Ministério da Justiça para atender, exclusivamente, as
Consultoria Jurídica junto ao Ministério Extraordinário da
unidades do Ministério Extraordinário da Segurança Pública,
Segurança Pública assumirá, de imediato, as seguintes
serão sub-rogados até 31 de janeiro de 2019.
competências:
Art. 18. Os contratos administrativos que atendam às
I - assessoramento direto ao Ministro de Estado e demais
necessidades comuns dos Ministérios da Justiça e
autoridades do Ministério;
Extraordinário da Segurança Pública serão geridos pelo
II - atuação, em conjunto com os órgãos técnicos do órgão responsável pela contratação, mediante a respectiva
Ministério, na elaboração de propostas de atos normativos descentralização orçamentária e financeira.
que serão submetidas ao Ministro de Estado;
Art. 19. Os Ministros de Estado da Justiça e Extraordinário
III - revisão final da técnica legislativa e emissão de parecer da Segurança Pública serão responsáveis pelas seguintes
conclusivo sobre a constitucionalidade, a legalidade e a medidas em relação ao Ministério da Justiça e Segurança
compatibilidade com o ordenamento jurídico das propostas Pública:
de atos normativos;
I - a elaboração dos relatórios de gestão, correspondentes às
IV - elaboração de pareceres em resposta a consultas de unidades e às competências recebidas, de acordo com as
áreas técnicas em matérias finalísticas do Ministério; e orientações do Ministério da Transparência e Controladoria-
Geral da União; e
V - análise de processos considerados relevantes ou
prioritários pelo Ministro de Estado Extraordinário da II - o remanejamento dos recursos orçamentários e
Segurança Pública. financeiros, de acordo com as orientações do Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
§ 2º As manifestações jurídicas nas matérias de licitação,
contratos, convênios, processo administrativo disciplinar e Art. 20. Até 31 de janeiro de 2019, as unidades integrantes
contencioso judicial depois de aprovadas pelos respectivos do Ministério Extraordinário da Segurança Pública poderão
coordenadores ou coordenadores-gerais serão submetidas à utilizar as unidades gestoras executoras da estrutura do
aprovação conclusiva do Consultor Jurídico do Ministério Ministério da Justiça.
Extraordinário da Segurança Pública.
Art. 21. Ficam redistribuídos para o quadro de pessoal do
Art. 14. O apoio técnico, administrativo e jurídico prestados Ministério Extraordinário da Segurança Pública, a partir de
pelo Ministério da Justiça ao Ministério Extraordinário de 27 de fevereiro de 2018, os cargos de servidor efetivo, vagos
Segurança Pública, na forma do art. 9º da Medida Provisória e ocupados, do quadro de pessoal do Ministério da Justiça e
nº 821, de 2018, encerrará até 31 de janeiro de 2019. Segurança Pública que, na data de publicação da Medida
Provisória nº 821, de 2018, encontravam-se alocados às
Art. 15. Até 31 de janeiro de 2019, serão realizadas as
unidades a que se refere o art. 40-B da Lei nº 13.502, de 1º
transferências do acervo patrimonial, direitos, créditos e
de novembro de 2017.
obrigações decorrentes de lei, atos administrativos ou
contratos, receitas e despesas, de que trata o art. 7º da § 1º O disposto no caput não afasta decisões em contrário
Medida Provisória nº 821, de 2018. tomadas pelo órgão central de pessoal civil ou medidas
tomadas de comum acordo pelo Ministro de Estado da
Art. 16. A transferência dos saldos contábeis entre as
Justiça e pelo Ministro de Estado Extraordinário da
unidades gestoras executoras dos órgãos, se necessária,
Segurança Pública.
observará o calendário de encerramento do exercício de
2018, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional do § 2º Aplica-se o disposto no art. 8º da Medida Provisória nº
Ministério da Fazenda. 821, de 2018, para as hipóteses deste artigo.

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§ 3º Os servidores ocupantes dos cargos de que trata o caput IX - articulação, coordenação, supervisão, integração e
cuja remuneração do cargo seja composta por gratificação proposição das ações governamentais e do Sistema Nacional
de desempenho perceberão tal gratificação com base nos de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad nos aspectos
pontos atribuídos na última avaliação no órgão de origem relacionados com as atividades de prevenção, e aquelas
até os efeitos financeiros da primeira avaliação no Ministério relacionadas com o tratamento, a recuperação e a
Extraordinário da Segurança Pública. reinserção social de usuários e dependentes e ao Plano
Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas;
§ 4º Excepcionalmente, a finalização do ciclo de avaliação de
que trata o § 3º poderá ocorrer em período inferior a doze X - atuação em favor da ressocialização e da proteção dos
meses. dependentes químicos, sem prejuízo das atribuições dos
órgãos integrantes do Sisnad;
Art. 22. O Ministro de Estado Extraordinário da Segurança
Pública situa-se após o Ministro de Estado da Justiça na XI - política nacional de arquivos; e
ordem para os fins do Decreto nº 70.274, de 9 de março de
XII - assistência ao Presidente da República em matérias não
1972, e do Decreto nº 4.244, de 22 de maio de 2002.
afetas a outro Ministério.
Art. 23. Fica revogado o Decreto nº 9.150, de 4 de setembro
Parágrafo único. A competência de que trata o inciso III do
de 2017.
caput inclui o acompanhamento das ações de saúde
Art. 24. Este Decreto entra em vigor em 22 de maio de 2018. desenvolvidas em prol das comunidades indígenas.
Brasília, 7 de maio de 2018; 197º da Independência e 130º CAPÍTULO II
da República.
Da Estrutura Organizacional
MICHEL TEMER
Art. 2º O Ministério da Justiça tem a seguinte estrutura
Torquato Jardim organizacional:
Esteves Pedro Colnago Junior I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de
Estado da Justiça:
Raul Jungmann
a) Assessoria Especial de Controle Interno;
Este texto não substitui o publicado no DOU de 7.5.2018 -
Edição extra b) Assessoria Especial de Assuntos Federativos e
Parlamentares;
c) Gabinete;
ANEXO I
d) Secretaria-Executiva:
Estrutura Regimental do Ministério da Justiça
1. Subsecretaria de Administração; e
CAPÍTULO I
2. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento;
Da Natureza e da Competência
e) Consultoria Jurídica; e
Art. 1º O Ministério da Justiça, órgão da administração
pública federal direta, tem como área de competência os f) Comissão de Anistia;
seguintes assuntos:
II - órgãos específicos singulares:
I - defesa da ordem jurídica, dos direitos políticos e das
a) Secretaria Nacional de Justiça:
garantias constitucionais;
1. Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação
II - política judiciária;
Jurídica Internacional;
III - direitos dos índios;
2. Departamento de Migrações; e
IV - políticas sobre drogas;
3. Departamento de Promoção de Políticas de Justiça;
V - defesa da ordem econômica nacional e dos direitos do
b) Secretaria Nacional do Consumidor: Departamento de
consumidor;
Proteção e Defesa do Consumidor; (Redação dada pelo
VI - nacionalidade, imigração e estrangeiros; Decreto nº 9.378, de 2018)
VII - ouvidoria-geral dos índios e do consumidor; c) Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas:
VIII - prevenção à lavagem de dinheiro e cooperação jurídica 1. Diretoria de Articulação e Projetos;
internacional;
2. Diretoria de Gestão de Ativos; e

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3. Diretoria de Planejamento e Avaliação; e IX - acompanhar a implementação das recomendações do


Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União
d) Arquivo Nacional;
e das deliberações do Tribunal de Contas da União,
III - órgãos colegiados: relacionadas ao Ministério da Justiça, e atender outras
demandas provenientes dos órgãos de controle interno e
a) Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos
externo e de defesa do Estado; e
Difusos;
X - apoiar as ações de capacitação nas áreas de controle,
b) Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra
risco, transparência e integridade da gestão.
a Propriedade Intelectual;
Art. 4º À Assessoria Especial de Assuntos Federativos e
c) Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas; e
Parlamentares compete:
d) Conselho Nacional de Arquivos; e
I - participar do processo de articulação com o Congresso
IV - entidades vinculadas: Nacional nos assuntos de competência do Ministério,
observadas as competências dos órgãos que integram a
a) autarquia: Conselho Administrativo de Defesa Econômica;
Presidência da República, providenciar o atendimento às
e
consultas e aos requerimentos formulados, além de
b) fundação pública: Fundação Nacional do Índio. acompanhar a tramitação legislativa dos projetos de
interesse do Ministério; e
CAPÍTULO III
II - participar do processo de interlocução com os Governos
Das Competências dos Órgãos
estaduais, distrital e municipais, com as assembleias
Seção I estaduais, com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e
com as câmaras municipais nos assuntos de competência do
Dos órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de
Ministério, com o objetivo de assessorá-los em suas
Estado da Justiça
iniciativas e de providenciar o atendimento às consultas
Art. 3º À Assessoria Especial de Controle Interno compete: formuladas, observadas as competências dos órgãos que
I - assessorar diretamente o Ministro de Estado nas áreas de integram a Presidência da República.
controle, risco, transparência e integridade da gestão; Art. 5º Ao Gabinete compete:
II - assistir o Ministro de Estado no pronunciamento I - assistir o Ministro de Estado em sua representação política
estabelecido no art. 52 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de e social e ocupar-se das relações públicas e do preparo e do
1992; despacho de seu expediente pessoal;
III - prestar orientação técnica ao Secretário-Executivo, aos II - coordenar e desenvolver atividades que auxiliem a
gestores do Ministério e aos representantes indicados pelo atuação institucional do Ministério, no âmbito internacional,
Ministro de Estado em conselhos e comitês, nas áreas de em articulação com o Ministério das Relações Exteriores e
controle, risco, transparência e integridade da gestão; com outros órgãos da administração pública;
IV - prestar orientação técnica e acompanhar os trabalhos III - planejar, coordenar e executar a política de comunicação
das unidades do Ministério com vistas a subsidiar a social e a publicidade institucional do Ministério, em
elaboração da prestação de contas anual do Presidente da consonância com as diretrizes de comunicação da
República e do relatório de gestão; Presidência da República;
V - prestar orientação técnica na elaboração e na revisão de IV - supervisionar as atividades de ouvidoria e aquelas
normas internas e de manuais; relacionadas com os sistemas federais de transparência e de
VI - apoiar a supervisão ministerial das entidades vinculadas, acesso a informações, no âmbito do Ministério;
em articulação com as respectivas unidades de auditoria V - apoiar as atividades relacionadas ao Sistema de Correição
interna, inclusive quanto ao planejamento e aos resultados do Poder Executivo federal, no âmbito do Ministério, nos
dos trabalhos; termos do Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005;
VII - auxiliar na interlocução entre as unidades responsáveis VI - apoiar as atividades relacionadas com o sistema federal
por assuntos relacionados à ética, à ouvidoria e à correição de controle interno, no âmbito do Ministério;
no Ministério e os órgãos de controle interno e externo e de
defesa do Estado; VII - providenciar a publicação oficial e a divulgação das
matérias relacionadas à área de atuação do Ministério;
VIII - acompanhar processos de interesse do Ministério junto
VIII - fomentar e articular o diálogo entre os diferentes
aos órgãos de controle interno e externo e de defesa do
segmentos da sociedade civil e os órgãos do Ministério,
Estado;
inclusive por meio da articulação com os órgãos colegiados;

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IX - coordenar e articular as relações políticas do Ministério III - elaborar e consolidar os planos e os programas das
com os diferentes segmentos da sociedade civil; e atividades de sua área de competência e submetê-los à
decisão superior;
X - acompanhar as atividades dos conselhos e os demais
órgãos colegiados do Ministério. IV - acompanhar e promover a avaliação de projetos e
atividades, no âmbito de sua competência; e
Art. 6º À Secretaria-Executiva compete:
V - desenvolver as atividades de execução contábil no âmbito
I - assistir o Ministro de Estado na supervisão e na
do Ministério.
coordenação das atividades das Secretarias integrantes da
estrutura do Ministério e das entidades a ele vinculadas; Art. 9º À Consultoria Jurídica, órgão setorial da Advocacia-
Geral da União, compete:
II - supervisionar e coordenar as atividades relacionadas com
os sistemas federais de planejamento e de orçamento, de I - prestar assessoria e consultoria jurídica no âmbito do
organização e inovação institucional, de contabilidade, de Ministério;
informação de custos, de administração financeira, de
II - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos
administração dos recursos de informação e informática, de
tratados e dos demais atos normativos a ser seguida
recursos humanos, de serviços gerais e de gestão de
uniformemente na área de atuação do Ministério, quando
documentos de arquivo, no âmbito do Ministério;
não houver orientação normativa do Advogado-Geral da
III - elaborar e orientar a política de pesquisa, União;
desenvolvimento e inovação, no âmbito do Ministério e das
III - atuar, em conjunto com os órgãos técnicos do Ministério,
entidades a ele vinculadas; e
na elaboração de propostas de atos normativos de interesse
IV - auxiliar o Ministro de Estado na definição das diretrizes do Ministério;
e na implementação das ações da área de competência do
IV - realizar revisão final da técnica legislativa e emitir
Ministério.
parecer conclusivo sobre a constitucionalidade, a legalidade
Art. 7º À Subsecretaria de Administração compete: e a compatibilidade com o ordenamento jurídico das
propostas de atos normativos de interesse do Ministério;
I - planejar, coordenar e supervisionar a execução das
atividades relacionadas com os sistemas federais de V - examinar a constitucionalidade, a legalidade, a
administração dos recursos de informação e informática, de compatibilidade com o ordenamento jurídico e a técnica
recursos humanos, de serviços gerais e de gestão de legislativa dos atos normativos que serão remetidos pelo
documentos de arquivo, no âmbito do Ministério; Ministro de Estado à consideração da Presidência da
República;
II - promover a articulação com os órgãos centrais dos
sistemas federais referidos no inciso I, além de informar e VI - examinar o interesse público, a coerência com o
orientar os órgãos integrantes da estrutura do Ministério e ordenamento jurídico e a regularidade jurídica dos projetos
das entidades a ele vinculadas quanto ao cumprimento das de atos normativos em fase de sanção;
normas estabelecidas;
VII - formular e examinar propostas de atos normativos,
III - elaborar e consolidar os planos e os programas das inclusive quanto ao mérito, nas matérias não afetas a outros
atividades de sua área de competência e submetê-los à Ministérios;
decisão superior; e
VIII - assistir o Ministro de Estado no controle interno da
IV - acompanhar e promover a avaliação de projetos e legalidade administrativa dos atos do Ministério e das suas
atividades, no âmbito de sua competência. entidades vinculadas; e
Art. 8º À Subsecretaria de Planejamento e Orçamento IX - examinar, prévia e conclusivamente, no âmbito do
compete: Ministério:
I - planejar, coordenar e supervisionar a execução das a) os textos de edital de licitação e de contratos ou
atividades relacionadas com os sistemas federais de instrumentos congêneres a serem publicados e celebrados;
planejamento e de orçamento, de organização e de inovação e
institucional, de contabilidade e de informação de custos e
b) os atos pelos quais se reconheça a inexigibilidade ou se
de administração financeira no âmbito do Ministério;
decida pela dispensa de licitação.
II - promover a articulação com os órgãos centrais dos
Art. 10. À Comissão de Anistia compete:
sistemas federais referidos no inciso I e informar e orientar
os órgãos integrantes da estrutura do Ministério e das I - examinar os requerimentos de anistia política e assessorar
entidades a ele vinculadas quanto ao cumprimento das o Ministro de Estado em suas decisões, nos termos da Lei nº
normas estabelecidas; 10.559, de 13 de novembro de 2002;

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II - manter o Memorial de Anistia Política do Brasil e o seu Art. 12. Ao Departamento de Recuperação de Ativos e
acervo; e Cooperação Jurídica Internacional compete:
III - formular e promover ações e projetos sobre reparação e I - articular, integrar e propor ações entre os órgãos dos
memória, sem prejuízo das competências de outros órgãos. Poderes Executivo e Judiciário e o Ministério Público para o
enfrentamento da corrupção, da lavagem de dinheiro e do
Seção II
crime organizado transnacional, inclusive no âmbito da
Dos órgãos específicos singulares Enccla;
Art. 11. À Secretaria Nacional de Justiça compete: II - coordenar a Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia
Contra Lavagem de Dinheiro - Rede-Lab;
I - promover a política de justiça, por intermédio da
articulação com os demais órgãos do Poder Executivo, o III - estruturar, implementar e monitorar ações de governo,
Poder Judiciário, o Poder Legislativo, o Ministério Público, a além de promover a articulação dos órgãos dos Poderes
Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil, os Executivo e Judiciário e do Ministério Público nas seguintes
Governos estaduais e distrital, as agências internacionais e áreas:
as organizações da sociedade civil;
a) cooperação jurídica internacional em matéria civil e penal,
II - coordenar, em parceria com os órgãos da administração inclusive em assuntos de prestação internacional de
pública, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à alimentos, subtração internacional de crianças, adoção
Lavagem de Dinheiro - Enccla e outras ações do Ministério internacional, extradição, transferência de pessoas
relacionadas com o enfrentamento da corrupção, da condenadas e transferência da execução da pena; e
lavagem de dinheiro e do crime organizado transnacional;
b) recuperação de ativos;
III - coordenar a negociação de acordos e a formulação de
IV - exercer a função de autoridade central, por meio da
políticas de cooperação jurídica internacional, civil e penal, e
coordenação e da instrução de pedidos ativos e passivos de
a execução dos pedidos e das cartas rogatórias relacionadas
cooperação jurídica internacional nas áreas a que se refere o
a essas matérias;
inciso III, por delegação do Ministro de Estado, exceto se
IV - coordenar as ações relativas à recuperação de ativos; houver designação específica que disponha de maneira
diversa;
V - coordenar, em parceria com os demais órgãos da
administração pública, a formulação e a implementação das V - exercer a função de autoridade central federal em
seguintes políticas: matéria de adoção internacional de crianças, nos termos da
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990;
a) política nacional de migrações, especialmente quanto à
nacionalidade, à naturalização, ao regime jurídico e à VI - negociar acordos de cooperação jurídica internacional
migração; nas áreas a que se refere o inciso III e aqueles relacionados
com os demais temas de sua competência, além de exercer
b) política nacional sobre refugiados;
as funções de ponto de contato, enlace e similares nas redes
c) política nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas; de cooperação internacional e de recuperação de ativos; e
d) política pública de classificação indicativa; e VII - atuar nos procedimentos relacionados com a ação de
indisponibilidade de bens, de direitos ou de valores em
e) políticas públicas de modernização, aperfeiçoamento e
decorrência de resolução do Conselho de Segurança das
democratização do acesso à justiça e à cidadania;
Nações Unidas, nos termos da Lei nº 13.170, de 16 de
VI - coordenar e desenvolver as atividades referentes à outubro de 2015.
relação do Ministério com os atores do sistema de justiça;
Art. 13. Ao Departamento de Migrações compete:
VII - instruir e opinar sobre os processos de provimento e
I - estruturar, implementar e monitorar a Política Nacional de
vacância de cargos de magistrados de competência do
Migrações, Refúgio e Apatridia;
Presidente da República;
II - promover, em parceria com os órgãos da administração
VIII - coordenar, articular, integrar e propor ações de
pública federal e com as redes de atores da sociedade civil, a
governo e de participação social, inclusive em foros e redes
disseminação e a consolidação de garantias e direitos dos
internacionais, e promover a difusão de informações,
migrantes e dos refugiados, nas áreas de sua competência;
estudos, pesquisas e capacitações, em sua área de
competência; e III - atuar para a ampliação e a eficácia das políticas e dos
serviços públicos destinados à prevenção da violação de
IX - propor a adequação e o aperfeiçoamento da legislação
garantias e à promoção dos direitos dos migrantes;
relativa aos temas de sua competência.

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IV - apoiar o desenvolvimento de planos, diagnósticos, para fins de desapropriação, com vistas à utilização por
políticas e ações destinadas à inclusão social de migrantes órgãos do Poder Judiciário da União;
junto aos órgãos federais, estaduais, distritais e municipais e
VII - estruturar, implementar e monitorar a política pública
às entidades da sociedade civil;
de classificação indicativa;
V - negociar termos de acordos e conduzir estudos e
VIII - estruturar, implementar e monitorar os planos
iniciativas para o aperfeiçoamento do regime jurídico dos
nacionais de enfrentamento ao tráfico de pessoas e articular
migrantes;
ações referentes a esses planos com organizações
VI - promover a articulação dos órgãos dos Poderes governamentais e não governamentais; e
Executivo e Judiciário e do Ministério Público quanto à
IX - instruir e analisar os procedimentos relacionados com a
migração;
concessão, a manutenção, a fiscalização e a perda da:
VII - instruir processos e opinar em temas de nacionalidade
a) qualificação de organização da sociedade civil de interesse
e apatridia, naturalização, prorrogação do prazo de estada
público; e
de migrante no País, transformação de vistos e residências e
concessão de permanência; b) autorização de abertura de filial, agência ou sucursal de
organizações estrangeiras no País.
VIII - instruir processos e opinar em tema de
reconhecimento, cassação e perda da condição de refugiado Art. 15. À Secretaria Nacional do Consumidor compete:
e de asilado político, autorizar a saída e o reingresso no País (Redação dada pelo Decreto nº 9.378, de 2018)
e expedir o documento de viagem;
I - formular, promover, supervisionar e coordenar a política
VIII - instruir processos e opinar em tema de nacional de proteção e defesa do consumidor;
reconhecimento, cassação e perda da condição de refugiado,
II - integrar, articular e coordenar o Sistema Nacional de
autorizar a saída e o reingresso no País e expedir o
Defesa do Consumidor;
documento de viagem; (Redação dada pelo Decreto
nº 9.378, de 2018) III - articular-se com órgãos da administração pública federal
com atribuições relacionadas à proteção e à defesa do
IX - fornecer apoio administrativo ao Comitê Nacional para
consumidor;
os Refugiados; e
IV - orientar e coordenar ações para proteção e defesa do
X - receber, processar e encaminhar assuntos relacionados
consumidor;
ao tráfico de migrantes.
V - prevenir, apurar e reprimir infrações às normas de defesa
Art. 14. Ao Departamento de Promoção de Políticas de
do consumidor;
Justiça compete:
VI - promover, desenvolver, coordenar e supervisionar ações
I - promover políticas públicas de modernização,
de divulgação dos direitos do consumidor, com vistas ao
aperfeiçoamento e democratização do acesso à justiça e à
efetivo exercício da cidadania;
cidadania;
VII - promover ações para assegurar os direitos e os
II - instruir os processos de provimento e vacância de cargos
interesses do consumidor;
de magistrados de competência da Presidência da República;
VIII - fiscalizar e aplicar as sanções administrativas previstas
III - promover ações para o aperfeiçoamento do sistema e da
na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, e em outras
política de justiça, em articulação com os órgãos dos Poderes
normas pertinentes à defesa do consumidor; (Redação
Executivo e Judiciário e com o Ministério Público, a
dada pelo Decreto nº 9.378, de 2018)
Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil, os
órgãos e as agências internacionais e as organizações da IX - adotar ações para manutenção e expansão do sistema
sociedade civil; nacional de informações de defesa do consumidor e garantir
o acesso às informações;
IV - processar e encaminhar aos órgãos competentes
expedientes de interesse do Poder Judiciário, do Ministério X - receber e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões
Público, da Defensoria Pública e das advocacias pública e apresentadas por consumidores, entidades representativas
privada; ou pessoas jurídicas de direito público ou privado;
V - promover ações destinadas à disseminação de meios XI - firmar convênios com órgãos e entidades públicas e com
alternativos de solução de controvérsias, inclusive instituições privadas para executar planos e programas, além
capacitações; de atuar em defesa do cumprimento de normas e de
medidas federais;
VI - instruir e opinar sobre assuntos relacionados com
processos de declaração de utilidade pública de imóveis,

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XII - incentivar, inclusive com recursos financeiros e VII - informar e conscientizar o consumidor, por intermédio
programas especiais, a criação de órgãos públicos estaduais, dos diferentes meios de comunicação;
distritais e municipais de defesa do consumidor e a
VIII - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito
formação, pelos cidadãos, de entidades com esse objetivo;
para a apuração de delito contra os consumidores;
XIII - celebrar compromissos de ajustamento de conduta, na
IX - representar ao Ministério Público para fins de adoção das
forma da lei; (Redação dada pelo Decreto nº 9.378, de
medidas necessárias ao cumprimento da legislação de
2018)
defesa do consumidor, no âmbito de sua competência;
XIV - exercer as competências estabelecidas na Lei nº 8.078,
X - comunicar e propor aos órgãos competentes medidas de
de 11 de setembro de 1990;
prevenção e repressão às práticas contrárias aos direitos dos
XV - elaborar e divulgar o elenco complementar de cláusulas consumidores;
contratuais e práticas abusivas, nos termos da Lei nº 8.078,
XI - fiscalizar demandas que envolvam relevante interesse
de 1990;
geral e de âmbito nacional previstas nas normas de defesa
XVI - dirigir, orientar e avaliar ações para capacitação em do consumidor e instaurar averiguações preliminares e
defesa do consumidor destinadas aos integrantes do Sistema processos administrativos;
Nacional de Defesa do Consumidor;
XII - planejar e coordenar as ações fiscalizatórias do
XVII - determinar ações de monitoramento de mercado de cumprimento das normas de defesa do consumidor com o
consumo para subsidiar políticas públicas de proteção e Sistema Nacional de Defesa do Consumidor;
defesa do consumidor;
XIII - propor a adequação e o aperfeiçoamento da legislação
XVIII - solicitar a colaboração de órgãos e entidades de relativa aos direitos do consumidor;
notória especialização técnico-científica para a consecução
XIV - acompanhar e avaliar propostas de atos normativos
de seus objetivos;
relacionadas com a defesa do consumidor;
XIX - acompanhar os processos regulatórios, com vistas à
XV - promover e manter a articulação com os órgãos da
efetiva proteção dos direitos dos consumidores; e
administração pública federal, com os órgãos afins dos
XX - representar o Ministério na participação em organismos, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e com as
fóruns, comissões e comitês nacionais e internacionais que entidades civis ligadas à proteção e à defesa do consumidor;
tratem da proteção e da defesa do consumidor ou de
XVI - elaborar e promover programas educativos e
assuntos de interesse dos consumidores, quando não houver
informativos para consumidores e fornecedores quanto aos
designação diversa do Ministro de Estado.
seus direitos e seus deveres, com vistas à melhoria das
Art. 16. Ao Departamento de Proteção e Defesa do relações de consumo;
Consumidor compete:
XVII - promover estudos sobre as relações de consumo e o
I - assessorar a Secretaria Nacional do Consumidor na mercado;
formulação, na promoção, na supervisão e na coordenação
XVIII - propor à Secretaria Nacional do Consumidor a
da política nacional de proteção e defesa do consumidor;
celebração de convênios, de acordos e de termos de
(Redação dada pelo Decreto nº 9.378, de 2018)
cooperação técnica, com vistas à melhoria das relações de
II - assessorar a Secretaria Nacional do Consumidor na consumo; (Redação dada pelo Decreto nº 9.378, de
integração, na articulação e na coordenação do Sistema 2018)
Nacional de Defesa do Consumidor; (Redação dada
XIX - elaborar o cadastro nacional de reclamações
pelo Decreto nº 9.378, de 2018)
fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços;
III - analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou
XX - acompanhar os processos regulatórios, com vistas à
sugestões apresentadas por consumidores, entidades
efetiva proteção dos direitos dos consumidores;
representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou
privado; XXI - acompanhar os processos de autorregulação dos
setores econômicos, com vistas ao aprimoramento das
IV - planejar, executar e acompanhar ações de prevenção e
relações de consumo;
repressão às práticas infringentes às normas de defesa do
consumidor; XXII - promover a integração dos procedimentos, dos bancos
de dados e de informações de defesa do consumidor; e
V - planejar, executar e acompanhar ações relacionadas com
a saúde e a segurança do consumidor; XXIII - promover ações para a proteção e a defesa do
consumidor, com ênfase no acesso à informação.
VI - prestar aos consumidores orientação sobre seus direitos
e suas garantias;

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Art. 17. À Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas II - propor ações e projetos, coordenar, acompanhar, avaliar
compete: e articular, no âmbito das três esferas de governo, a
execução da Política Nacional sobre Drogas e da Política
I - assessorar e assistir o Ministro de Estado quanto às
Nacional sobre o Álcool;
políticas sobre drogas;
III - analisar e emitir manifestação técnica sobre projetos
II - articular e coordenar as atividades de prevenção do uso
desenvolvidos com recursos parciais ou totais do Fundo
indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e de
Nacional Antidrogas;
dependentes de drogas e as atividades de capacitação e
treinamento dos agentes do Sistema Nacional de Políticas IV - articular e coordenar, por meio de parceria com
sobre Drogas; instituições de ensino superior e de pesquisa, projetos de
capacitação de diversos profissionais e segmentos sociais
III - apoiar as ações de cuidado e de tratamento de usuários
para a implementação de atividades relacionadas com a
e dependentes de drogas, em consonância com as políticas
redução da demanda e da oferta de drogas no País;
do Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de Assistência
Social; V - promover, articular e orientar as ações relacionadas com
a cooperação técnica, científica, tecnológica e financeira
IV - desenvolver e coordenar atividades relativas à definição,
para produção de conhecimento e gestão de informações
à elaboração, ao planejamento, ao acompanhamento, à
sobre drogas;
avaliação e à atualização de planos, programas,
procedimentos e políticas públicas sobre drogas; VI - articular e coordenar o processo de coleta e de
sistematização de informações sobre drogas entre os órgãos
V - gerir o Fundo Nacional Antidrogas e fiscalizar a aplicação
do governo e os organismos internacionais;
dos recursos repassados pelo Fundo aos órgãos e às
entidades conveniados; VII - gerir o Observatório Brasileiro de Informações sobre
Drogas;
VI - firmar contratos, convênios, acordos, ajustes e
instrumentos congêneres com entes federativos, entidades, VIII - divulgar conhecimentos sobre drogas;
instituições e organismos nacionais e propor acordos
IX - fomentar, direta e indiretamente, a realização de
internacionais, no âmbito de suas competências;
pesquisas e participar da atualização de pesquisas sobre
VII - indicar bens apreendidos e não alienados em caráter drogas e seu impacto na população; e
cautelar, a serem colocados sob custódia de autoridade ou
X - assessorar o Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas
de órgão competente para desenvolver ações de redução da
nos assuntos referentes ao Sistema Nacional de Políticas
demanda e da oferta de drogas, para uso em tais ações ou
Públicas sobre Drogas e apresentar propostas para sua
em apoio a elas;
implementação e seu fortalecimento, de forma a priorizar a
VIII - gerir o Observatório Brasileiro de Informações sobre descentralização de ações e a integração de políticas
Drogas; públicas.
IX - desempenhar as atividades de secretaria-executiva do Art. 19. À Diretoria de Gestão de Ativos compete:
Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas - CONAD;
I - administrar os recursos oriundos de apreensão e
X - analisar e propor atualização da legislação pertinente à perdimento, em favor da União, de bens, de direitos e de
sua área de atuação; valores objetos de tráfico ilícito de drogas e outros recursos
destinados ao Fundo Nacional Antidrogas;
XI - executar as ações relativas à Política Nacional sobre
Drogas e a programas federais de políticas sobre drogas; e II - realizar e promover a regularização e a alienação de bens
com definitivo perdimento decretado em favor da União e a
XII - organizar informações, acompanhar fóruns
apropriação de valores destinados à capitalização do Fundo
internacionais e promover atividades de cooperação técnica,
Nacional Antidrogas;
científica, tecnológica e financeira com outros países e
organismos internacionais, mecanismos de integração III - acompanhar, analisar e executar procedimentos relativos
regional e sub-regional que tratem de políticas sobre drogas. à gestão do Fundo Nacional Antidrogas;
Art. 18. À Diretoria de Articulação e Projetos compete: IV - atuar, perante os órgãos do Poder Judiciário, o Ministério
Público e as polícias, na obtenção de informações sobre
I - articular, coordenar, supervisionar, integrar e propor
processos que envolvam a apreensão, a constrição e a
políticas públicas relacionadas com a prevenção do uso
indisponibilidade de bens, direitos e valores, em decorrência
indevido de drogas, a atenção e a reinserção social de
de tráfico ilícito de drogas, além de realizar o controle do
usuários e dependentes de drogas e a formação de
fluxo, a manutenção, a segurança e o sigilo das referidas
profissionais que atuem com usuários de drogas e seus
informações, por meio de sistema informatizado de gestão;
familiares;

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V - planejar e coordenar a execução orçamentária e documentos, com vistas à modernização dos serviços
financeira da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e arquivísticos governamentais;
interagir com os órgãos do Ministério e da administração
III - promover o recolhimento dos documentos de guarda
pública federal;
permanente para tratamento técnico, preservação e
VI - acompanhar a execução de políticas públicas sobre divulgação, de forma a garantir acesso pleno à informação,
drogas; em apoio às decisões governamentais de caráter político-
administrativo e ao cidadão na defesa de seus direitos, com
VII - propor ações, projetos, atividades e seus objetivos e
vistas a incentivar a produção de conhecimento científico e
contribuir para o detalhamento e a implementação do
cultural;
programa de gestão da política nacional sobre drogas e dos
planos de trabalho decorrentes; IV - acompanhar e implementar a política nacional de
arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos; e
VIII - analisar e emitir manifestação técnica sobre projetos
desenvolvidos com recursos parciais ou totais do Fundo V - instruir e analisar as solicitações de registro de empresas
Nacional Antidrogas; e que executem serviços de microfilmagem.
IX - coordenar, acompanhar e avaliar a execução Seção III
orçamentária e financeira de projetos e as atividades
Dos órgãos colegiados
constantes dos planos de trabalho do programa de gestão da
política nacional sobre drogas, além de atualizar as Art. 22. Ao Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos
informações gerenciais decorrentes. Direitos Difusos cabe exercer as competências estabelecidas
no art. 3º da Lei nº 9.008, de 21 de março de 1995.
Art. 20. À Diretoria de Planejamento e Avaliação compete:
Art. 23. Ao Conselho Nacional de Combate à Pirataria e
I - desenvolver e coordenar atividades relativas ao
Delitos contra a Propriedade Intelectual cabe exercer as
planejamento e à avaliação de planos, programas e projetos
competências estabelecidas no Decreto nº 5.244, de 14 de
tendo em vista as metas propostas pela Política Nacional
outubro de 2004.
sobre Drogas e pela Política Nacional sobre o Álcool;
Art. 24. Ao Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas cabe
II - acompanhar e monitorar as ações desenvolvidas no
exercer as competências estabelecidas no art. 4º do Decreto
âmbito do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas;
nº 5.912, de 27 de setembro de 2006.
III - acompanhar e avaliar a execução de ações, planos,
Art. 25. Ao Conselho Nacional de Arquivos cabe exercer as
programas e projetos desenvolvidos no âmbito da Secretaria
competências estabelecidas no Decreto nº 4.073, de 3 de
Nacional de Políticas sobre Drogas, além de monitorar a
janeiro de 2002.
consecução das metas estabelecidas e propor as
modificações necessárias ao seu aperfeiçoamento; CAPÍTULO IV
IV - coordenar o processo de elaboração da proposta Das Atribuições dos Dirigentes
orçamentária e do planejamento do plano plurianual da
Seção I
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas;
Do Secretário-Executivo
V - consolidar o planejamento estratégico anual e plurianual
da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas; Art. 26. Ao Secretário-Executivo incumbe:
VI - coordenar, acompanhar e monitorar a gestão dos I - coordenar, consolidar e submeter ao Ministro de Estado o
projetos conveniados e contratados pela Secretaria Nacional plano de ação global do Ministério;
de Políticas sobre Drogas; e
II - supervisionar e avaliar a execução dos projetos e das
VII - orientar instituições sobre processos de formalização de atividades do Ministério;
parcerias e de repasses.
III - supervisionar e coordenar a articulação dos órgãos do
Art. 21. Ao Arquivo Nacional, órgão central do Sistema de Ministério com os órgãos centrais dos sistemas afetos à área
Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração de competência da Secretaria-Executiva; e
pública federal, compete:
IV - exercer outras atribuições que lhe forem cometidas pelo
I - orientar os órgãos e as entidades do Poder Executivo Ministro de Estado.
federal na implementação de programas de gestão de
Seção II
documentos, em qualquer suporte;
Dos Secretários
II - fiscalizar a aplicação dos procedimentos e das operações
técnicas referentes à produção, ao registro, à classificação, Art. 27. Aos Secretários incumbe planejar, dirigir, coordenar,
ao controle da tramitação, ao uso e à avaliação de orientar, acompanhar e avaliar a execução das atividades

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dos órgãos de suas Secretarias ou seus Departamentos,


encaminhar à autoridade superior propostas de atos
normativos e para estabelecimento de parcerias com outras
Chefe de
instituições, na sua área de competência, e exercer outras GABINETE 1 DAS 101.5
Gabinete
atribuições que lhes forem cometidas no regimento interno.
Seção III 5 Assessor DAS 102.4
Dos demais dirigentes
Assessor
Art. 28. Ao Chefe de Gabinete, aos Chefes de Assessorias 3 DAS 102.3
Técnico
Especiais, ao Consultor Jurídico, aos Subsecretários, aos
Diretores, aos Corregedores-Gerais, aos Presidentes dos Assistent
Conselhos, aos Coordenadores-Gerais, aos 1 DAS 102.2
e
Superintendentes e aos demais dirigentes incumbe planejar,
dirigir, coordenar e orientar a execução das atividades de Assistent
suas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem 1 e DAS 102.1
cometidas em suas áreas de competência. Técnico
ANEXO II
a) Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções de Confiança do Ministério da Justiça: Coordenação-
Coorden
Geral do
CARGO/FU DENOMI NE/DAS/ 1 ador- DAS 101.4
UNIDADE Gabinete do
NÇÃO/Nº NAÇÃO FCPE/FG Geral
Ministro

Assessor Divisão 1 Chefe DAS 101.2


4 DAS 102.5
Especial
Serviço 1 Chefe DAS 101.1
ASSESSORIA
Chefe de
ESPECIAL DE
1 Assessori DAS 101.5
CONTROLE
a
INTERNO Coorden
Coordenação 2 DAS 101.3
ador
Coorden
Coordenação 2 DAS 101.3
ador Divisão 5 Chefe DAS 101.2

Serviço 2 Chefe DAS 101.1

ASSESSORIA
ESPECIAL DE Chefe de
ASSUNTOS 1 Assessori DAS 101.5 Corregedoria- Correged
FEDERATIVOS E a 1 DAS 101.4
Geral or
PARLAMENTARES

Coordenação-
Geral de Coorden Chefe de
Assuntos 1 ador- DAS 101.4 Assessoria
1 Assessori DAS 101.4
Federativos e Geral Internacional
a
Parlamentares
Coorden
Coorden Coordenação 1 DAS 101.3
Coordenação 1 DAS 101.3 ador
ador
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Divisão 1 Chefe DAS 101.2

Serviço 1 Chefe DAS 101.1

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Assessoria de Chefe de Secretaria-


Comunicação 1 Assessori DAS 101.4 Executiva do
Social a Conselho
Secretári
Nacional de
o-
Serviço 3 Chefe DAS 101.1 Combate à 1 DAS 101.4
Executiv
Pirataria e
o
Ouvidoria- Delitos contra a
Geral (Redação Propriedade
dada pelo Intelectual
1 Ouvidor DAS 101.4
Decreto nº 9.425,
de
2018 (Vigência))
SUBSECRETARIA
Serviço 2 Chefe DAS 101.1 DE
ADMINISTRAÇÃO
Subsecre
(Redação dada 1 DAS 101.5
tário
pelo Decreto nº
11 FG-2 9.425, de
2018 (Vigência))

Assistent
SECRETARIA- 1 e DAS 102.1
EXECUTIVA (Red Secretári Técnico
ação dada pelo o-
1 NE
Decreto nº 9.425, Executiv Coorden FCPE
Coordenação 1
de o ador 101.3
2018 (Vigência))
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Secretári
o- Serviço 1 Chefe DAS 101.1
1 Executiv DAS 101.6
o
Adjunto
7 FG-3
1 Assessor DAS 102.4

FCPE
3 Assessor
102.4 Coordenação-
Coorden
Geral de Gestão
1 ador- DAS 101.4
Documental e
Geral
Serviços Gerais
Chefe de
Gabinete 1 DAS 101.4
Gabinete Coorden FCPE
Coordenação 2
ador 101.3
Coorden
Coordenação 2 DAS 101.3
ador FCPE
Divisão 1 Chefe
101.2

Divisão 3 Chefe DAS 101.2


5 FG-2
Serviço 1 Chefe DAS 101.1

FCPE
Serviço 2 Chefe
101.1

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1 FG-2

4 FG-3

Coordenação-
Coorden
Geral de
1 ador- DAS 101.4
Coordenação- Arquitetura e
Coorden Geral
Geral de Engenharia
1 ador- DAS 101.4
Licitações e
Geral
Contratos FCPE
Serviço 1 Chefe
101.1
Serviço 1 Chefe DAS 101.1

Coorden
Coordenação 3 DAS 101.3
ador Coordenação-
Geral de
Coorden
Divisão 3 Chefe DAS 101.2 Infraestrutura e
1 ador- DAS 101.4
Governança de
Geral
Serviço 2 Chefe DAS 101.1 Tecnologia da
Informação
FCPE
Serviço 2 Chefe
101.1 Assistent
1 e DAS 102.1
Técnico

2 FG-3 FCPE
Divisão 1 Chefe
101.2

FCPE
Serviço 1 Chefe
Coordenação- Coorden 101.1
FCPE
Geral de Gestão 1 ador-
101.4
de Pessoas Geral

Assistent Coorden FCPE


Coordenador 1
1 e DAS 102.1 ador 101.3
Técnico
FCPE
Divisão 2 Chefe
Coorden 101.2
Coordenação 1 DAS 101.3
ador

Coorden FCPE
Coordenação 2
ador 101.3 Coordenação-
Coorden
Geral de FCPE
1 ador-
Divisão 1 Chefe DAS 101.2 Desenvolvimento 101.4
Geral
de Sistemas
FCPE
Divisão 3 Chefe
101.2 FCPE
Serviço 1 Chefe
101.1
FCPE
Serviço 1 Chefe
101.1

SUBSECRETARIA
DE Subsecre
1 DAS 101.5
1 FG-3 PLANEJAMENTO tário
E

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ORÇAMENTO (R
Consulto
edação dada pelo
1 r Jurídico DAS 101.4
Decreto nº 9.425,
Adjunto
de
2018 (Vigência))

Assistent
Coorden
1 e DAS 102.1 Coordenação 1 DAS 101.3
ador
Técnico
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Serviço 1 Chefe DAS 101.1

Coorden FCPE
Coorden Coordenação 2
Coordenação 1 DAS 101.3 ador 101.3
ador
FCPE
Divisão 1 Chefe DAS 101.2 Divisão 1 Chefe
101.2
FCPE
Serviço 1 Chefe
101.1
Coordenação-
Coorden
Geral de Estudos FCPE
1 ador-
e Elaboração 101.4
5 FG-2 Geral
Normativa

Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3
Coordenação-
Geral de Gestão Coorden
FCPE
Estratégica e 1 ador-
101.4
Inovação Geral
Coordenação-
Institucional Coorden
Geral de FCPE
1 ador-
Assuntos 101.4
Coorden FCPE Geral
Coordenação 1 Finalísticos
ador 101.3
FCPE
FCPE Divisão 1 Chefe
Divisão 2 Chefe 101.2
101.2

Divisão 1 Chefe DAS 101.2


Coordenação- Coorden
FCPE
Geral de Licitação 1 ador-
101.4
e Contratos Geral
3 FG-3
Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3
CONSULTORIA
FCPE
JURÍDICA (Redaç Divisão 1 Chefe
101.2
ão dada pelo Consulto
1 DAS 101.5
Decreto nº 9.425, r Jurídico
de
2018 (Vigência))

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Coordenação- Coorden
FCPE
Geral de Atos 1 ador-
101.4
Administrativos Geral SECRETARIA
Secretári
NACIONAL DE 1 DAS 101.6
o
Coorden FCPE JUSTIÇA
Coordenação 1
ador 101.3

Coordenação- Coorden
Coordenação- Geral de 1 ador- DAS 101.4
Coorden
Geral de Análise FCPE Planejamento Geral
1 ador-
de Projetos 101.4
Geral
Legislativos FCPE
1 Assessor
102.4
Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3

Chefe de
Gabinete 1 DAS 101.4
Gabinete
COMISSÃO DE
1 Diretor DAS 101.5
ANISTIA Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3

FCPE
Divisão 1 Chefe
Chefe de 101.2
Gabinete 1 DAS 101.4
Gabinete

FCPE
Serviço 1 Chefe
101.1 5 FG-3

Coordenação- Coorden DEPARTAMENTO


Geral de Gestão 1 ador- DAS 101.4 DE
Processual Geral RECUPERAÇÃO
DE ATIVOS E 1 Diretor DAS 101.5
Divisão 1 Chefe DAS 101.2 COOPERAÇÃO
JURÍDICA
Coorden INTERNACIONAL
Coordenação 1 DAS 101.3
ador

Coorden FCPE
Coordenação 3
ador 101.3 Coordenação-
Geral de Adoção
Coorden
Divisão 1 Chefe DAS 101.2 e Subtração FCPE
1 ador-
Internacional de 101.4
Geral
FCPE Crianças e
Divisão 1 Chefe
101.2 Adolescentes

Serviço 1 Chefe DAS 101.1 Coorden


Coordenação 1 DAS 101.3
ador

5 FG-1

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Coordenação- Divisão 1 Chefe DAS 101.2


Geral de
Recuperação de Assistent
Coorden
Ativos e FCPE 1 e DAS 102.1
1 ador-
Cooperação 101.4 Técnico
Geral
Jurídica
Internacional em FCPE
Divisão 2 Chefe
Matéria Penal 101.2

Coorden FCPE
Coordenação 2 DAS 101.3 Serviço 1 Chefe
ador 101.1

Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3
Coordenação-
Coorden
Geral do Comitê FCPE
1 ador-
Nacional para os 101.4
Geral
Coordenação- Refugiados
Geral de Coorden
FCPE
Cooperação 1 ador- Assistent
101.4 FCPE
Jurídica Geral 2 e
102.1
Internacional Técnico

Coorden FCPE Coorden FCPE


Coordenação 1 Coordenação 1
ador 101.3 ador 101.3

Divisão 2 Chefe DAS 101.2 DEPARTAMENTO


DE PROMOÇÃO
DE POLÍTICAS DE
JUSTIÇA ( 1 Diretor DAS 101.5
Coordenação- Redação dada
Coorden
Geral de FCPE pelo Decreto nº
1 ador-
Articulação 101.4 9.378, de 2018)
Geral
Institucional

Coorden
Coordenação 2 DAS 101.3
ador Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3
Coorden FCPE
Coordenação 2
ador 101.3 FCPE
Serviço 1 Chefe
101.1
Divisão 2 Chefe DAS 101.2

DEPARTAMENTO
DE Coordenação-
MIGRAÇÕES Geral de Coorden
1 Diretor DAS 101.5 FCPE
(Redação dada Enfrentamento 1 ador-
101.4
pelo Decreto nº ao Tráfico de Geral
9.378, de 2018) Pessoas

Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3
Coordenação- Coorden
FCPE
Geral de Política 1 ador- FCPE
101.4 Divisão 1 Chefe
Migratória Geral 101.2

Cursos Completos para a PRF em: 394


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pelo Decreto nº
9.378, de 2018)
Coordenação-
Coorden Divisão (Re
Geral de
1 ador- DAS 101.4 dação dada pelo
Assuntos 1 Chefe DAS 101.2
Geral Decreto nº 9.378,
Judiciários
de 2018)
Coorden FCPE
Coordenação 1 Serviço (R
ador 101.3
edação dada pelo
1 Chefe DAS 101.1
Decreto nº 9.378,
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
de 2018)

Coordenação
(Redação dada Coorden FCPE
1
pelo Decreto nº ador 101.3
9.378, de 2018)
SECRETARIA
NACIONAL DO
Serviço (R
CONSUMIDOR
Secretári edação dada pelo
(Redação 1 DAS 101.6 1 Chefe DAS 101.1
o Decreto nº 9.378,
dada pelo
de 2018)
Decreto nº 9.378,
de 2018)

Assessor
1 DAS 102.3 DEPARTAMENTO
Técnico
DE PROTEÇÃO E
DEFESA DO
Assistent
CONSUMIDOR
1 e DAS 102.1 1 Diretor DAS 101.5
(Redação
Técnico
dada pelo
Decreto nº 9.378,
de 2018)
Gabinete (
Redação dada Chefe de
1 DAS 101.4
pelo Decreto nº Gabinete
Coordenação-
9.378, de 2018)
Geral de Estudos Coorden
e 1 ador- DAS 101.4
Assistent
Monitoramento Geral
1 e DAS 102.1
de Mercado
Técnico
Coorden
Coordenação Coordenação 1 DAS 101.3
ador
(Redação dada Coorden
1 DAS 101.3
pelo Decreto nº ador
FCPE
9.378, de 2018) Serviço 1 Chefe
101.1
Serviço (R
Coorden FCPE
edação dada pelo Coordenação 1
2 Chefe DAS 101.1 ador 101.3
Decreto nº 9.378,
de 2018)
FCPE
Divisão 1 Chefe
101.2
Coordenação Coorden FCPE
1
(Redação dada ador 101.3

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Coordenação-
Geral de
Coorden
Consultoria Chefe de
1 ador- DAS 101.4 Gabinete 1 DAS 101.4
Técnica e Gabinete
Geral
Sanções
Administrativas Assessor FCPE
1
Técnico 102.3
Coorden
Coordenação 1 DAS 101.3
ador Assistent
1 e DAS 102.1
FCPE Técnico
Serviço 1 Chefe
101.1

Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3 Coorden
Coordenação 1 DAS 101.3
ador
Divisão 2 Chefe DAS 101.2
Assistent
1 DAS 102.2
e

Coordenação- Assistent
Geral do Sistema 3 e DAS 102.1
Coorden
Nacional de FCPE Técnico
1 ador-
Informações de 101.4
Geral
Defesa do
Consumidor
DIRETORIA DE
Coorden ARTICULAÇÃO E 1 Diretor DAS 101.5
Coordenação 1 DAS 101.3
ador PROJETOS

Coorden FCPE
Coordenação 1
ador 101.3
Coordenação-
Coorden
Divisão 1 Chefe DAS 101.2 Geral Prevenção
1 ador- DAS 101.4
e Reinserção
Geral
FCPE Social
Divisão 1 Chefe
101.2
Assessor
2 DAS 102.3
Técnico

Coordenação-
Geral da Escola Coorden
Nacional de 1 ador- DAS 101.4 Coordenação-
Coorden
Defesa do Geral Geral de
1 ador- DAS 101.4
Consumidor Pesquisa e
Geral
Formação
Divisão 3 Chefe DAS 101.2
Assessor
1 DAS 102.3
Técnico

SECRETARIA Assistent
1 DAS 102.2
NACIONAL DE Secretári e
1 DAS 101.6
POLÍTICAS SOBRE o
DROGAS

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Assistent
1 e DAS 102.1
Técnico Coordenação-
Coorden
Geral de
1 ador- DAS 101.4
Planejamento e
Geral
Avaliação
DIRETORIA DE
GESTÃO DE 1 Diretor DAS 101.5 Assessor
2 DAS 102.3
ATIVOS Técnico

Assistent
1 e DAS 102.1
Coordenação- Técnico
Geral de Gestão Coorden
do Fundo 1 ador- DAS 101.4
Nacional Geral
Antidrogas ARQUIVO Diretor-
1 DAS 101.5
NACIONAL Geral
Assessor
1 DAS 102.3
Técnico Assistent FCPE
1
e 102.2
Coorden
Coordenação 3 DAS 101.3
ador Assistent
FCPE
1 e
102.1
Assistent Técnico
2 e DAS 102.1
Técnico Coorden
Coordenação 1 DAS 101.3
ador
Divisão 2 Chefe DAS 101.2

Assistent
2 e DAS 102.1 Coordenação- Coorden
FCPE
Técnico Geral de Gestão 1 ador-
101.4
de Documentos Geral

DIRETORIA DE
PLANEJAMENTO 1 Diretor DAS 101.5 Coordenação-
E AVALIAÇÃO Geral de Coorden
Processamento e 1 ador- DAS 101.4
Preservação do Geral
Acervo
Coordenação-
Geral de Gestão Coorden Assistent
FCPE
de Parcerias e 1 ador- DAS 101.4 1 e
102.1
Instrumentos de Geral Técnico
Repasse
Coorden FCPE
Coordenação 3
Assistent ador 101.3
2 DAS 102.2
e

Assistent
2 e DAS 102.1 Coorden
Técnico Coordenação- 1 ador- DAS 101.4
Geral de Acesso e Geral

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Difusão
DAS
Documental 6,27 4 25,08 4 25,08
101.6
Assistent
DAS
1 e DAS 102.1 5,04 15 75,60 15 75,60
101.5
Técnico
DAS
Coorden FCPE 3,84 32 122,88 32 122,88
Coordenação 2 101.4
ador 101.3
DAS
2,10 31 65,10 31 65,10
101.3
Coordenação- Coorden
DAS
Geral de 1 ador- DAS 101.4 1,27 38 48,26 38 48,26
101.2
Administração Geral
DAS
Assistent 1,00 20 20,00 20 20,00
101.1
1 e DAS 102.1
Técnico

FCPE
Divisão 1 Chefe DAS
101.2 5,04 4 20,16 4 20,16
102.5
Coorden
Coordenação 2 DAS 101.3 DAS
ador 3,84 6 23,04 6 23,04
102.4
Coorden FCPE
Coordenação 2 DAS
ador 101.3 2,10 10 21,00 10 21,00
102.3

DAS
1,27 5 6,35 5 6,35
102.2
32 FG-1
DAS
1,00 23 23,00 23 23,00
102.1
Coordenação- Coorden
SUBTOTAL 1 189 456,88 189 456,88
Regional no 1 ador DAS 101.4
Distrito Federal Regional
FCPE
2,30 18 41,40 18 41,40
101.4
Assistent
1 e DAS 102.1
FCPE
Técnico 1,26 37 46,62 37 46,62
101.3

FCPE
0,76 23 17,48 23 17,48
b) Quadro Resumo de Custos dos Cargos em Comissão e das 101.2
Funções de Confiança do Ministério da Justiça: (Redação
Dada Pelo Decreto Nº 9.425, De 2018 (Vigência)) FCPE
0,60 15 9,00 15 9,00
101.1
SITUAÇÃO SITUAÇÃO
ATUAL NOVA
DAS-
CÓDIGO
UNITÁRIO
VALOR VALOR FCPE
QTD. QTD. 2,30 4 9,20 4 9,20
TOTAL TOTAL 102.4

NE 6,41 1 6,41 1 6,41

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Art. 2º O Ministério Extraordinário da Segurança Pública tem


FCPE
1,26 1 1,26 1 1,26 a seguinte estrutura organizacional:
102.3
I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de
FCPE Estado Extraordinário da Segurança Pública:
0,76 1 0,76 1 0,76
102.2 a) Assessoria Especial de Controle Interno;
FCPE b) Assessoria Especial Internacional;
0,60 4 2,40 4 2,40
102.1 c) Assessoria Especial de Articulação Institucional;
SUBTOTAL 2 103 128,12 103 128,12 d) Gabinete;
e) Secretaria-Executiva:
FG-1 0,20 37 7,40 37 7,40
1. Subsecretaria de Administração; (Redação dada pelo
FG-2 0,15 22 3,30 22 3,30 Decreto nº 9.426, de 2018)
2. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento; (Redação
FG-3 0,12 36 4,32 22 2,64 dada pelo Decreto nº 9.426, de 2018)

SUBTOTAL 3 95 15,02 81 13,34 3. Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação; e


(Incluído pelo Decreto nº 9.426, de 2018)
TOTAL 387 600,02 373 598,34 f) Consultoria Jurídica;
II - órgãos específicos singulares:

ANEXO III a) Secretaria Nacional de Segurança Pública:

Estrutura Regimental do Ministério Extraordinário da 1. Diretoria de Políticas de Segurança Pública;


Segurança Pública 2. Diretoria de Administração;
CAPÍTULO I 3. Diretoria de Ensino, Pesquisa, Análise da Informação e
Da Natureza e da Competência Desenvolvimento de Pessoal;

Art. 1º Ao Ministério Extraordinário da Segurança Pública, 4. Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública;
órgão da administração pública federal direta, compete: 5. Diretoria de Operações; e
I - coordenar e promover a integração da segurança pública 6. Diretoria de Inteligência;
em todo o território nacional em cooperação com os demais
entes federativos; b) Departamento Penitenciário Nacional:

II - exercer: 1. Diretoria-Executiva;

a) a competência prevista no art. 144, § 1º, incisos I a IV, da 2. Diretoria de Políticas Penitenciárias; e
Constituição, por meio da Polícia Federal; 3. Diretoria do Sistema Penitenciário Federal;
b) a competência prevista no art. 144, § 2º, da Constituição, c) Departamento de Polícia Federal:
por meio da Polícia Rodoviária Federal;
1. Diretoria-Executiva;
c) a política de organização e manutenção da polícia civil, da
polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito 2. Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado;
Federal, nos termos do art. 21, caput, inciso XIV, da 3. Corregedoria-Geral de Polícia Federal;
Constituição;
4. Diretoria de Inteligência Policial;
d) a função de ouvidoria das polícias federais; e
5. Diretoria Técnico-Científica;
e) a defesa dos bens e dos próprios da União e das entidades
integrantes da administração pública federal indireta; e 6. Diretoria de Gestão de Pessoal;

III - planejar, coordenar e administrar a política penitenciária 7. Diretoria de Administração e Logística Policial; e
nacional. 8. Diretoria de Tecnologia da Informação e Inovação; e
CAPÍTULO II d) Departamento de Polícia Rodoviária Federal: Diretoria-
Da Estrutura Organizacional Executiva; e

Cursos Completos para a PRF em: 399


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III - órgãos colegiados: negociações e processos internacionais de interesse do


Ministério Extraordinário, em articulação com o Ministério
a) Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
das Relações Exteriores;
b) Conselho Nacional de Segurança Pública; e
II - preparar subsídios e informações para a elaboração de
c) Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública. pronunciamentos, conferências, artigos e textos de apoio ao
Ministro de Estado e secretários do Ministério
CAPÍTULO III
Extraordinário;
Das Competências dos Órgãos
III - coordenar, em estreita articulação com os órgãos
Seção I específicos singulares e os órgãos colegiados, a posição do
Ministério Extraordinário em temas internacionais e sua
Dos órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de
participação em eventos e processos negociadores em foros
Estado Extraordinário da Segurança Pública
internacionais;
Art. 3º À Assessoria Especial de Controle Interno compete:
IV - contribuir na preparação de eventos, reuniões e
I - assessorar diretamente o Ministro de Estado nas áreas de atividades internacionais com participação do Ministro de
controle, risco, transparência e integridade da gestão; Estado, diretores e secretários do Ministério Extraordinário;
II - assistir o Ministro de Estado no pronunciamento V - representar o Ministro de Estado em reuniões, eventos e
estabelecido no art. 52 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de negociações internacionais, presidindo ou compondo grupos
1992; de trabalho intergovernamentais, no Brasil e no exterior;
III - prestar orientação técnica ao Secretário-Executivo, aos VI - implementar, em estreita coordenação com os órgãos
gestores do Ministério Extraordinário e aos representantes específicos singulares e os órgãos colegiados, as diretrizes da
indicados pelo Ministro de Estado em conselhos e comitês, política externa na área de segurança pública;
nas áreas de controle, risco, transparência e integridade da
VII - manter interlocução direta junto a embaixadores
gestão;
estrangeiros e representantes de organismos internacionais
IV - prestar orientação técnica e acompanhar os trabalhos sediados em Brasília;
das unidades do Ministério Extraordinário com vistas a
VIII - atuar como interlocutor precípuo junto a embaixadores
subsidiar a elaboração da prestação de contas anual do
no Ministério das Relações Exteriores e nas embaixadas e
Presidente da República e do relatório de gestão;
representações brasileiras junto a organismos
V - prestar orientação técnica na elaboração e na revisão de internacionais;
normas internas e de manuais;
IX - planejar e organizar as viagens internacionais oficiais do
VI - apoiar a supervisão ministerial dos órgãos quanto ao Ministro de Estado e de diretores e secretários dos setores
planejamento e aos resultados dos trabalhos; do Ministério Extraordinário, preparando subsídios para sua
atuação em visitas oficiais, comitês, seminários,
VII - auxiliar na interlocução entre as unidades responsáveis
conferências, assembleias e outros eventos na área de
por assuntos relacionados à ética, à ouvidoria e à correição
segurança pública; e
no Ministério Extraordinário e os órgãos de controle interno
e externo e de defesa do Estado; X - preparar e acompanhar audiências do Ministro de Estado
e de secretários dos setores do Ministério Extraordinário
VIII - acompanhar processos de interesse do Ministério
com autoridades estrangeiras em visitas oficiais ao Brasil.
Extraordinário junto aos órgãos de controle interno e
externo e de defesa do Estado; Art. 5º À Assessoria Especial de Articulação Institucional
compete:
IX - acompanhar a implementação das recomendações do
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União I - assessorar o Ministro de Estado no relacionamento com
e das deliberações do Tribunal de Contas da União, outros Ministérios, Forças Armadas, órgãos de segurança
relacionadas ao Ministério Extraordinário, e atender outras pública e agências governamentais;
demandas provenientes dos órgãos de controle interno e
II - assessorar o Ministro de Estado no relacionamento e
externo e de defesa do Estado; e
cooperação com órgãos governamentais estaduais e
X - apoiar as ações de capacitação nas áreas de controle, municipais;
risco, transparência e integridade da gestão.
III - fomentar e articular o diálogo e a cooperação entre os
Art. 4º À Assessoria Especial Internacional compete: diferentes segmentos da sociedade civil e o Ministério
Extraordinário, inclusive por meio da articulação com os
I - assessorar o Ministro de Estado e as demais unidades do
órgãos colegiados;
Ministério Extraordinário, no Brasil e no exterior, nos temas,

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IV - assessorar as relações políticas do Ministério envolvidos, com vistas à adoção das providências
Extraordinário com os diferentes segmentos da sociedade necessárias; e
civil; e
XIII - exercer as atribuições de Ouvidoria-Geral e
V - acompanhar as atividades dos conselhos e os demais Corregedoria-Geral.
órgãos colegiados do Ministério Extraordinário.
Art. 7º À Secretaria Executiva compete:
Art. 6º Ao Gabinete compete:
I - assistir o Ministro de Estado na supervisão e na
I - assistir o Ministro de Estado em sua representação política coordenação das atividades das Secretarias integrantes da
e social e ocupar-se das relações públicas e do preparo e do estrutura do Ministério Extraordinário e dos órgãos
despacho de seu expediente pessoal; específicos e singulares a ele vinculados;
II - coordenar e desenvolver atividades que auxiliem a II - supervisionar e coordenar as atividades relacionadas com
atuação institucional do Ministério Extraordinário, no os sistemas federais de planejamento e de orçamento, de
âmbito internacional, em articulação com o Ministério das organização e inovação institucional, de contabilidade, de
Relações Exteriores e com outros órgãos da administração informação de custos, de administração financeira, de
pública; administração dos recursos de informação e informática, de
recursos humanos, de serviços gerais e de gestão de
III - supervisionar as atividades de ouvidoria e aquelas
documentos de arquivo, no âmbito do Ministério
relacionadas com os sistemas federais de transparência e de
Extraordinário;
acesso a informações, no âmbito do Ministério
Extraordinário; III - elaborar e orientar a política de pesquisa,
desenvolvimento e inovação, no âmbito do Ministério
IV - assessorar as relações políticas do Ministério
Extraordinário e das entidades a ele vinculadas; e
Extraordinário com os diferentes segmentos da sociedade
civil; (Redação dada pelo Decreto nº 9.426, de 2018) IV - auxiliar o Ministro de Estado na definição das diretrizes
e na implementação das ações da área de competência do
V - participar do processo de articulação com o Congresso
Ministério Extraordinário.
Nacional nos assuntos de competência do Ministério
Extraordinário, observadas as competências dos órgãos que Art. 8º À Subsecretaria de Administração compete:
integram a Presidência da República; (Redação dada pelo
I - planejar, coordenar e supervisionar a execução das
Decreto nº 9.426, de 2018)
atividades relacionadas com os sistemas federais de recursos
VI - providenciar o atendimento às consultas e aos humanos, de serviços gerais e de gestão de documentos de
requerimentos formulados e acompanhar a tramitação arquivo, no âmbito do Ministério Extraordinário; (Redação
legislativa dos projetos de interesse do Ministério dada pelo Decreto nº 9.426, de 2018)
Extraordinário; (Redação dada pelo Decreto nº 9.426, de
II - promover a articulação com os órgãos centrais dos
2018)
sistemas federais referidos no inciso I, e informar e orientar
VII - acompanhar as atividades dos conselhos e os demais os órgãos integrantes do Ministério Extraordinário quanto ao
órgãos colegiados do Ministério Extraordinário; (Redação cumprimento das normas administrativas estabelecidas;
dada pelo Decreto nº 9.426, de 2018)
III - elaborar e consolidar os planos e programas das
VIII - coordenar e articular as relações políticas do Ministério atividades de sua área de competência e submetê-los a
Extraordinário com os diferentes segmentos da sociedade decisão superior; e
civil;
IV - acompanhar e promover a avaliação de projetos e
IX - planejar, coordenar e executar a política de comunicação atividades.
social e a publicidade institucional do Ministério
Art. 9º À Subsecretaria de Planejamento e Orçamento
Extraordinário, conforme as diretrizes de comunicação da
compete:
Presidência da República; (Redação dada pelo Decreto nº
9.426, de 2018) I - planejar, coordenar e supervisionar a execução das
atividades relacionadas com os sistemas federais de
X - exercer as atribuições de Secretaria-Executiva da
planejamento, orçamento e finanças, de organização e de
Comissão de Ética do Ministério Extraordinário;
inovação institucional, de contabilidade e de informação de
XI - exercer as atribuições de cerimonial e medalhística na custos e de administração financeira no âmbito do Ministério
configuração de eventos e solenidades, articulando-se com Extraordinário;
as assessorias dos órgãos e autoridades públicas envolvidas;
II - promover a articulação com os órgãos centrais dos
XII - assessorar na preparação de viagens e visitas oficiais do sistemas federais referidos no inciso I e informar e orientar
Ministro de Estado, estabelecendo contato com os setores os órgãos integrantes da estrutura do Ministério

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Extraordinário quanto ao cumprimento das normas II - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos
estabelecidas; tratados e dos demais atos normativos, a ser uniformemente
seguida na área de atuação do Ministério Extraordinário
III - elaborar e consolidar os planos e os programas das
quando não houver orientação normativa do Advogado-
atividades de sua área de competência e submetê-los à
Geral da União;
decisão superior;
III - atuar, em conjunto com os órgãos técnicos do Ministério
IV - acompanhar e promover a avaliação de projetos e
Extraordinário, na elaboração de propostas de atos
atividades, no âmbito de sua competência; e
normativos que serão submetidas ao Ministro de Estado;
V - desenvolver as atividades de execução contábil no âmbito
IV - realizar revisão final da técnica legislativa e emitir
do Ministério Extraordinário.
parecer conclusivo sobre a constitucionalidade, a legalidade
Art. 9º-A. À Diretoria de Tecnologia da Informação e e a compatibilidade com o ordenamento jurídico das
Comunicação compete: (Incluído pelo Decreto nº 9.426, de propostas de atos normativos;
2018)
V - assistir o Ministro de Estado no controle interno da
I - planejar, coordenar, implementar, acompanhar, legalidade administrativa dos atos do Ministério
supervisionar, orientar e controlar programas e projetos Extraordinário e das entidades a ele vinculadas; e
relacionados ao Sistema de Administração dos Recursos de
VI - examinar, prévia e conclusivamente, no âmbito do
Tecnologia da Informação, no âmbito do Ministério
Ministério Extraordinário:
Extraordinário, observadas as diretrizes, os padrões e as
normas emanadas pelo órgão central; (Incluído pelo a) os textos de editais de licitação e os dos respectivos
Decreto nº 9.426, de 2018) contratos ou instrumentos congêneres, a serem publicados
e celebrados; e
II - atuar como órgão setorial do Sistema de Administração
dos Recursos de Tecnologia da Informação e representar o b) os atos pelos quais se reconheça a inexigibilidade, ou se
Ministério Extraordinário quando necessário; (Incluído pelo decida a dispensa de licitação.
Decreto nº 9.426, de 2018)
Seção II
III - coordenar a elaboração do Planejamento Estratégico de
Dos órgãos específicos singulares
Tecnologia da Informação e as suas revisões com as demais
unidades do Ministério Extraordinário; (Incluído pelo Art. 11. À Secretaria Nacional de Segurança Pública
Decreto nº 9.426, de 2018) compete:
IV - planejar, coordenar e acompanhar as contratações e as I - assessorar o Ministro de Estado na definição, na
aquisições relativas à tecnologia da informação e implementação e no acompanhamento de políticas,
comunicação do Ministério Extraordinário e a gestão dos programas e projetos de segurança pública, prevenção social
respectivos contratos; (Incluído pelo Decreto nº 9.426, de e controle da violência e da criminalidade;
2018)
II - coordenar e promover a integração da segurança pública
V - planejar, coordenar e acompanhar as atividades de em todo o território nacional em cooperação com os demais
desenvolvimento de sistemas de informação, sítios de entes federativos;
internet, intranet, sistemas legados, em caráter interno ou
III - estimular, propor e efetivar a cooperação federativa no
externo, com a utilização de recursos próprios ou de
âmbito da segurança pública;
terceiros, que influenciem áreas negociais ou de apoio do
órgão; (Incluído pelo Decreto nº 9.426, de 2018) IV - estimular e propor aos órgãos federais, estaduais,
distrital e municipais a elaboração de planos e programas
VI - apoiar a integração e a interoperabilidade entre as
integrados de segurança pública e de ações sociais de
soluções implementadas nas unidades do Ministério
prevenção da violência e da criminalidade;
Extraordinário ou outros órgãos; e (Incluído pelo Decreto nº
9.426, de 2018) V - implementar, manter e modernizar redes de integração e
de sistemas nacionais de informações de segurança pública,
VII - planejar, coordenar e acompanhar as ações de
em conformidade com disposto na Lei nº 12.681, de 4 de
administração e qualidade de dados. (Incluído pelo Decreto
julho de 2012;
nº 9.426, de 2018)
VI - integrar as atividades de inteligência de segurança
Art. 10. À Consultoria Jurídica, órgão setorial da Advocacia-
pública, em consonância com os órgãos de inteligência
Geral da União, compete:
federais, estaduais e distrital que compõem o subsistema de
I - prestar assessoria e consultoria jurídica no âmbito do inteligência de segurança pública;
Ministério Extraordinário.

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VII - promover a articulação e a integração dos órgãos de III - gerir as transferências voluntárias e os instrumentos
segurança pública, incluídas as organizações governamentais congêneres oriundos do FNSP e de outros recursos relativos
e não governamentais; à Secretaria Nacional de Segurança Pública;
VIII - coordenar as atividades da Força Nacional de Segurança IV - fornecer suporte administrativo ao Conselho Gestor do
Pública; Fundo Nacional de Segurança Pública;
IX - promover e fomentar a modernização e o V - articular-se com as demais Diretorias com vistas ao
reaparelhamento dos órgãos de segurança pública; planejamento e à gestão orçamentária e financeira da
Secretaria Nacional de Segurança Pública;
X - promover a valorização, o ensino e a capacitação dos
profissionais de segurança pública; VI - realizar a gestão do efetivo, respeitadas as competências
da Força Nacional de Segurança Pública; e
XI - representar o Ministério Extraordinário no Comitê Gestor
do Fundo Nacional de Segurança Pública; VII - coordenar as ações de planejamento e execução
logística da Secretaria Nacional de Segurança Pública
XII - coordenar o Centro Integrado de Comando e Controle
relacionadas com os processos de aquisição, recebimento e
Nacional e promover a integração dos centros integrados de
distribuição de bens e serviços, gestão do patrimônio,
comando e controle regionais;
contratos e convênios, transporte e obrigações associadas.
XIII - participar da elaboração de propostas de legislação em
Art. 14. À Diretoria de Ensino, Pesquisa, Análise da
assuntos de segurança pública;
Informação e Desenvolvimento de Pessoal compete:
XIV - realizar e fomentar estudos e pesquisas destinados à
I - promover e fomentar ações de ensino e capacitação em
redução da violência e da criminalidade;
segurança pública;
XV - gerir os processos relativos aos eventos de segurança
II - promover pesquisas temáticas, estudos comparados,
pública, no âmbito da Secretaria Nacional de Segurança
levantamentos estatísticos e diagnósticos destinados à
Pública; e
capacitação, ao desenvolvimento, ao aperfeiçoamento e à
XVI - gerir os riscos corporativos no âmbito da Secretaria inovação na área de segurança pública;
Nacional de Segurança Pública.
III - fomentar estudos e pesquisas para a identificação, o
Art. 12. À Diretoria de Políticas de Segurança Pública desenvolvimento e o aperfeiçoamento das competências
compete: técnicas e comportamentais dos profissionais de segurança
pública;
I - articular, propor, formular, implementar e avaliar
políticas, programas e projetos de segurança pública, IV - identificar, documentar e disseminar pesquisas e
prevenção social e controle da violência e criminalidade; experiências inovadoras relacionadas com a segurança
pública;
II - fomentar a utilização de métodos de gestão e controle
para melhoramento da eficiência e da efetividade dos órgãos V - identificar e fomentar iniciativas destinadas à valorização
de segurança pública; dos profissionais de segurança pública;
III - fomentar a utilização de novas tecnologias na área de VI - produzir material técnico com vistas à padronização e à
segurança pública com vistas ao fortalecimento e à sistematização de procedimentos na segurança pública;
modernização de suas instituições;
VII - proceder à coleta, à análise, à atualização, à
IV - estimular e promover o intercâmbio de informações e sistematização, à integração e à interpretação de dados e
experiências entre órgãos governamentais, entidades não informações relativos às políticas de segurança pública, em
governamentais e organizações multilaterais, nacionais e articulação com os órgãos cujas competências estejam
internacionais; e relacionadas com as políticas destinadas ao sistema prisional
e à execução penal, ao enfrentamento do tráfico de crack e
V - assistir o Secretário Nacional de Segurança Pública na
outras drogas ilícitas, entre outras;
elaboração de propostas de atos normativos em assuntos
relacionados à segurança pública. VIII - disponibilizar estudos, estatísticas, indicadores e outras
informações para auxiliar na formulação, na implementação,
Art. 13. À Diretoria de Administração compete:
na execução, no monitoramento e na avaliação de políticas
I - gerir os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública de segurança pública; e
- FNSP e outros relativos à Secretaria Nacional de Segurança
IX - participar dos processos de integração e modernização
Pública;
das redes e dos sistemas de dados e informações sobre
II - executar os processos de licitação e contratação de bens segurança pública, crimes, sistema prisional e drogas.
e serviços propostos pelas Diretorias da Secretaria;

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Art. 15. À Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública VI - propor a mobilização de servidores e militares para
compete: coordenar e apoiar as operações integradas, no âmbito de
suas competências; e
I - atuar em atividades destinadas à preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, nas VII - propor a elaboração de projetos e políticas que
hipóteses previstas na legislação; subsidiem ou promovam ações integradas de segurança
pública.
II - coordenar e planejar a seleção, o recrutamento, a
mobilização e a desmobilização, o preparo e o emprego dos Parágrafo único. Consideram-se operações integradas de
efetivos de polícia ostensiva e preventiva, de bombeiros, de segurança pública aquelas planejadas e coordenadas a partir
defesa civil, de polícia judiciária e de perícia; de ambiente comum, gerenciadas ou apoiadas pela
Secretaria Nacional de Segurança Pública, que envolvam
III - propor e desenvolver, em conjunto com a Diretoria de
órgãos de segurança federais, estaduais e distritais.
Ensino, Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento
de Pessoal, ações de capacitação, formação e nivelamento Art. 17. À Diretoria de Inteligência compete:
destinados aos efetivos de polícia ostensiva e preventiva, de
I - assessorar o Secretário Nacional de Segurança Pública com
bombeiros militares, de defesa civil, de polícia judiciária e de
informações estratégicas no processo decisório relativo a
perícia, no âmbito da Força Nacional de Segurança Pública;
políticas de segurança pública;
IV - realizar o planejamento operacional referente ao
II - planejar, coordenar, integrar, orientar e supervisionar,
emprego dos efetivos;
como agência central do Subsistema de Inteligência de
V - instaurar procedimentos administrativos de apuração de Segurança Pública - Sisp, as atividades de inteligência de
conduta, averiguação preliminar de saúde e de inquérito segurança pública em âmbito nacional;
técnico, no âmbito do pessoal da Diretoria;
III - subsidiar o Secretário Nacional de Segurança Pública na
VI - planejar, organizar, coordenar, controlar e fiscalizar a definição da política nacional de inteligência de segurança
distribuição, a segurança e o uso dos armamentos, das pública, especialmente quanto à doutrina, à forma de
munições, dos equipamentos, das viaturas e dos materiais da gestão, ao uso dos recursos e às metas de trabalho;
Força Nacional de Segurança Pública;
IV - promover, com os órgãos componentes do Sistema
VII - elaborar estudos relativos às necessidades logísticas, Brasileiro de Inteligência - Sisbin, o intercâmbio de dados e
administrativas e de emprego operacional relativas à conhecimentos, necessários à tomada de decisões
atuação da Força Nacional de Segurança Pública; e administrativas e operacionais por parte da Secretaria
Nacional de Segurança Pública;
VIII - realizar ações de inteligência operacional destinadas à
sua atuação quando demandadas pela Diretoria de V - propor ações de capacitação relacionadas com a
Inteligência. atividade de inteligência de segurança pública, em parceria
com a Diretoria de Ensino, Pesquisa, Análise da Informação
Art. 16. À Diretoria de Operações compete:
e Desenvolvimento de Pessoal e com outros órgãos e
I - promover a integração operacional entre os órgãos de instituições, no País ou no exterior;
segurança pública federais, estaduais e distrital nas
VI - desenvolver, acompanhar, avaliar e apoiar projetos
atividades das quais a Secretaria Nacional de Segurança
relacionados com a atividade de inteligência de segurança
Pública participe;
pública;
II - participar do processo de integração das atividades da
VII - elaborar estudos e pesquisas para o aprimoramento das
Secretaria Nacional de Segurança Pública, e dessas com as
atividades de inteligência de segurança pública e de
atividades operacionais dos demais órgãos de segurança
enfrentamento ao crime organizado;
pública federais, estaduais e distritais;
VIII - planejar, supervisionar e executar ações relativas à
III - coordenar o planejamento e a execução das operações
obtenção e à análise de dados para a produção de
integradas de segurança pública;
conhecimentos de inteligência de segurança pública
IV - estimular e propor aos órgãos federais, estaduais e destinados ao assessoramento da Secretaria Nacional de
distritais a implementação de programas e planos de Segurança Pública; e
operações integradas de segurança pública, com vistas à
IX - acompanhar as atividades operacionais demandadas
prevenção e à repressão da violência e da criminalidade;
pela Diretoria e executadas por outros órgãos da Secretaria
V - coordenar as atividades do centro integrado de comando Nacional de Segurança Pública que envolvam aplicação de
e controle nacional e fomentar a interoperabilidade entre os instrumentos e mecanismos de inteligência policial.
centros integrados de comando e controle dos Estados e do
Distrito Federal;

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Art. 18. Ao Departamento Penitenciário Nacional cabe III - acompanhar e promover a avaliação de projetos e
exercer as competências estabelecidas nos art. 71 e art. 72 atividades, consideradas as diretrizes, os objetivos e as
da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, e, especificamente: metas constantes do plano plurianual.
I - planejar e coordenar a política nacional de serviços penais; Art. 20. À Diretoria de Políticas Penitenciárias compete:
II - acompanhar a aplicação fiel das normas de execução I - planejar, coordenar, dirigir, controlar e avaliar as
penal no território nacional; atividades relativas à implantação de serviços penais,
colaborando técnica e financeiramente com os entes
III - inspecionar e fiscalizar periodicamente os
federativos;
estabelecimentos e os serviços penais;
II - fomentar a política de alternativas penais nos entes
IV - assistir tecnicamente os entes federativos na
federativos;
implementação dos princípios e das regras da execução
penal; III - apoiar a construção de estabelecimentos penais em
consonância com as diretrizes de arquitetura definidas pelo
V - colaborar, técnica e financeiramente, com os entes
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e
federativos quanto:
prestar apoio técnico às atividades de engenharia no âmbito
a) à implantação de estabelecimentos e serviços penais; do Departamento Penitenciário Nacional;
b) à formação e à capacitação permanente dos IV - articular políticas públicas de saúde, educação, cultura,
trabalhadores dos serviços penais; esporte, assistência social e jurídica e trabalho para a
promoção de direitos da população presa, internada e
c) à implementação de políticas de educação, saúde,
egressa, respeitadas as diversidades;
trabalho, assistência social, cultural, jurídica, e respeito à
diversidade e questões de gênero, para promoção de V - promover articulação com os órgãos e as instituições de
direitos das pessoas privadas de liberdade e dos egressos do execução penal;
sistema prisional; e
VI - apoiar e realizar ações destinadas à formação e à
d) à implementação da Política Nacional de Alternativas capacitação dos operadores da execução penal;
Penais e ao fomento às alternativas ao encarceramento.
VII - realizar inspeções periódicas nos entes federativos para
VI - coordenar e supervisionar os estabelecimentos penais e verificar a utilização de recursos repassados pelo Fundo
de internamento federais; Penitenciário Nacional; e
VII - processar, analisar e encaminhar, na forma prevista em VIII - manter programa de cooperação federativa de
lei, os pedidos de indultos individuais; assistência técnica para o aperfeiçoamento e a
especialização dos serviços penais estaduais.
VIII - gerir os recursos do Fundo Penitenciário Nacional;
Art. 21. À Diretoria do Sistema Penitenciário Federal
IX - apoiar administrativa e financeiramente o Conselho
compete:
Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
I - realizar a execução penal em âmbito federal;
X - autorizar os planos de correição periódica e determinar a
instauração de procedimentos disciplinares no âmbito do II - coordenar e fiscalizar os estabelecimentos penais
Departamento; federais;
XI - elaborar estudos e pesquisas sobre a legislação penal; e III - custodiar presos, condenados ou provisórios, de alta
periculosidade, submetidos a regime fechado, de forma a
XII - promover a gestão da informação penitenciária e
zelar pela aplicação correta e efetiva das disposições
consolidar, em banco de dados nacional, informações sobre
exaradas nas sentenças;
os sistemas penitenciários federal e dos entes federativos.
IV - promover a comunicação com órgãos e entidades ligados
Art. 19. À Diretoria-Executiva compete:
à execução penal e, em especial, com os juízos federais e as
I - coordenar e supervisionar as atividades de planejamento, varas de execução penal;
orçamento, administração financeira, gestão de pessoas,
V - elaborar normas sobre segurança das instalações,
serviços gerais, engenharia e tecnologia da informação no
diretrizes operacionais e rotinas administrativas e de
âmbito do Departamento Penitenciário Nacional;
funcionamento com vistas à padronização das unidades
II - elaborar a proposta orçamentária anual e plurianual do penais federais;
Departamento Penitenciário Nacional e as propostas de
VI - promover a articulação e a integração do sistema
programação financeira de desembolso e de abertura de
penitenciário federal com os órgãos e as entidades
créditos adicionais; e
componentes do sistema nacional de segurança pública,

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inclusive com intercâmbio de informações e ações IV - segurança de dignitários estrangeiros em visita ao País,
integradas; por solicitação do Ministério das Relações Exteriores;
VII - promover assistência material, jurídica, à saúde, V - identificação humana civil e criminal; e
educacional, cultural, laboral, ocupacional, social e religiosa
VI - emissão de documentos de viagem.
aos presos condenados ou provisórios custodiados em
estabelecimentos penais federais; Art. 24. À Diretoria de Investigação e Combate ao Crime
Organizado compete dirigir, planejar, coordenar, controlar e
VIII - planejar e executar as atividades de inteligência do
avaliar a atividade de investigação criminal relativa a
sistema penitenciário federal, em articulação com os órgãos
infrações penais:
de inteligência, em âmbito nacional e internacional;
I - praticadas por organizações criminosas;
IX - propor ao Diretor-Geral normativas que tratem de
direitos e deveres dos internos do sistema penitenciário II - contra os direitos humanos e as comunidades indígenas;
federal; e
III - contra o meio ambiente e o patrimônio histórico;
X - promover a realização de pesquisas criminológicas e de
IV - contra a ordem econômica e o sistema financeiro
classificação dos presos custodiados no sistema
nacional;
penitenciário federal.
V - contra a ordem política e social;
Art. 22. Ao Departamento de Polícia Federal cabe exercer as
competências estabelecidas no art. 144, § 1º, da VI - de tráfico ilícito de drogas e armas;
Constituição, e, especificamente:
VII - de contrabando e descaminho de bens;
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou
VIII - de lavagem de ativos;
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
suas entidades autárquicas e empresas públicas, além de IX - de repercussão interestadual ou internacional e que exija
outras infrações cuja prática tenha repercussão repressão uniforme; e
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
X - em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou
conforme previsto em lei;
de suas entidades autárquicas e empresas públicas.
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
Art. 25. À Corregedoria-Geral de Polícia Federal compete:
drogas e o contrabando e o descaminho de bens e de
valores, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos I - dirigir, planejar, coordenar, controlar e avaliar as
públicos nas suas áreas de competência; atividades correicional e disciplinar, no âmbito da Polícia
Federal;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras; II - orientar, no âmbito da Polícia Federal, na interpretação e
no cumprimento da legislação pertinente às atividades de
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
polícia judiciária e disciplinar; e
judiciária da União;
III - apurar as infrações cometidas por servidores da Polícia
V - coibir a turbação e o esbulho possessório dos bens e dos
Federal.
próprios da União e das entidades integrantes da
administração pública federal, sem prejuízo da manutenção Art. 26. À Diretoria de Inteligência Policial compete:
da ordem pública pelas polícias militares dos Estados e do
I - dirigir, planejar, coordenar, controlar, avaliar e orientar as
Distrito Federal; e
atividades de inteligência no âmbito da Polícia Federal;
VI - acompanhar e instaurar inquéritos relacionados com os II - planejar e executar operações de contrainteligência,
conflitos agrários ou fundiários e aqueles deles decorrentes, antiterrorismo e outras determinadas pelo Diretor-Geral da
quando se tratar de crime de competência federal, além de Polícia Federal; e
prevenir e reprimir esses crimes.
III - definir doutrina e promover ações de capacitação em
Art. 23. À Diretoria-Executiva compete dirigir, planejar,
inteligência policial, juntamente à Academia Nacional de
coordenar, controlar e avaliar as atividades de:
Polícia.
I - polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras, segurança
Art. 27. À Diretoria Técnico-Científica compete:
privada, controle de produtos químicos, controle de armas,
registro de estrangeiros, controle migratório e outras de I - dirigir, planejar, coordenar, orientar, executar, controlar e
polícia administrativa; avaliar as atividades de perícia criminal e aquelas
relacionadas com bancos de perfis genéticos; e
II - apoio operacional às atividades finalísticas;
II - gerenciar e manter bancos de perfis genéticos.
III - segurança institucional e proteção à pessoa;

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Art. 28. À Diretoria de Gestão de Pessoal compete dirigir, regulamentos, imprescindíveis à elucidação dos acidentes de
planejar, coordenar, orientar, executar, controlar e avaliar as trânsito;
atividades de:
VI - assegurar a livre circulação das rodovias e estradas
I - seleção, formação e capacitação de servidores; federais, notadamente em casos de acidentes de trânsito,
manifestações sociais e calamidades públicas;
II - pesquisa e difusão de estudos científicos relativos à
segurança pública; e VII - manter articulação com os órgãos de trânsito,
transporte, segurança pública, inteligência e defesa civil,
III - gestão de pessoal.
para promover o intercâmbio de informações;
Art. 29. À Diretoria de Administração e Logística Policial
VIII - executar, promover e participar das atividades de
compete:
orientação e educação para a segurança no trânsito, bem
I - dirigir, planejar, coordenar, orientar, executar, controlar e como desenvolver trabalho contínuo e permanente de
avaliar as atividades de: prevenção de acidentes de trânsito;
a) orçamento e finanças; IX - informar ao órgão de infraestrutura sobre as condições
da via, da sinalização e do tráfego que possam comprometer
b) modernização da infraestrutura e da logística policial; e
a segurança do trânsito, e solicitar e adotar medidas
c) gestão administrativa de bens e serviços; e emergenciais à sua proteção;
II - gerir as atividades de pesquisa e desenvolvimento da X - credenciar, contratar, conveniar, fiscalizar e adotar
Polícia Federal. medidas de segurança relativas aos serviços de
recolhimento, remoção e guarda de veículos e animais e
Art. 30. À Diretoria de Tecnologia da Informação e Inovação
escolta de transporte de produtos perigosos, cargas
compete:
superdimensionadas e indivisíveis; e
I - dirigir, planejar, coordenar, controlar, executar e avaliar as
XI - planejar e executar medidas de segurança para a escolta
atividades de tecnologia da informação e comunicações no
dos deslocamentos do Presidente da República, Ministros de
âmbito da Polícia Federal; e
Estado, Chefes de Estado, diplomatas estrangeiros e outras
II - dirigir, planejar, coordenar, controlar, executar e avaliar autoridades, nas rodovias e estradas federais, e em outras
as atividades de inovação tecnológica no âmbito da Polícia áreas, quando solicitado pela autoridade competente.
Federal.
Art. 33. À Diretoria-Executiva compete dirigir, planejar,
Art. 31. Compete à Diretoria-Executiva, às Diretorias e à coordenar, controlar e avaliar as atividades de:
Corregedoria-Geral da Polícia Federal, no âmbito de suas
I - planejamento, orçamento, administração financeira,
competências, encaminhar ao Diretor-Geral propostas de
gestão de pessoas, serviços gerais, engenharia e tecnologia
atos normativos ou para estabelecimento de parcerias com
da informação no âmbito da Polícia Rodoviária Federal;
outras instituições.
II - comunicação social, assuntos parlamentares, relações
Art. 32. Ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal cabe
institucionais e internacionais, de promoção de Direitos
exercer as competências estabelecidas no art. 144, § 2º da
Humanos, Ouvidoria, Serviço de Informações ao Cidadão,
Constituição, no art. 20 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro
Governança, Gestão de Risco e Controle Interno no âmbito
de 1997, no Decreto nº 1.655, de 3 de outubro de 1995, e,
da Polícia Rodoviária Federal;
especificamente:
III - consolidação da proposta orçamentária anual e
I - planejar, coordenar e executar o policiamento, a
plurianual no âmbito da Polícia Rodoviária Federal;
prevenção e repressão de crimes nas rodovias federais e
áreas de interesse da União; IV - avaliação de projetos e atividades, consideradas as
diretrizes, os objetivos e as metas constantes do plano
II - exercer os poderes de autoridade de trânsito nas rodovias
plurianual e do plano estratégico do órgão; e
e estradas federais;
V - avaliação das propostas de atos normativos ou para
III - executar o policiamento, a fiscalização e a inspeção do
estabelecimento de parcerias com outras instituições,
trânsito e do transporte de pessoas, cargas e bens;
encaminhadas pelas Coordenações-Gerais e Corregedoria-
IV - planejar e executar os serviços de prevenção de Geral da Polícia Rodoviária Federal, no âmbito de suas
acidentes e salvamento de vítimas nas rodovias e estradas competências, para posterior deliberação da Direção-Geral.
federais;
Seção III
V - realizar perícias de trânsito, levantamentos de locais,
Dos órgãos colegiados
boletins de ocorrências, investigações, testes de dosagem
alcoólica e outros procedimentos estabelecidos em leis e

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Art. 34. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e III - supervisionar e coordenar a articulação dos órgãos do
Penitenciária compete: Ministério Extraordinário com os órgãos centrais dos
sistemas afetos à área de competência da Secretaria-
I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção
Executiva; e
do delito, à administração da justiça criminal e à execução
das penas e das medidas de segurança; IV - exercer outras atribuições que lhe forem cometidas pelo
Ministro de Estado.
II - contribuir para a elaboração de planos nacionais de
desenvolvimento, além de sugerir as metas e as prioridades Seção II
da política criminal e penitenciária;
Dos Secretários e dos Diretores-Gerais
III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para
Art. 38. Aos Secretários e aos Diretores-Gerais incumbe
a adequação às necessidades do País;
planejar, dirigir, coordenar, orientar, acompanhar e avaliar a
IV - estimular e promover a pesquisa no campo da execução das atividades dos órgãos de suas Secretarias ou
criminologia; de seus Departamentos, encaminhar à autoridade superior
propostas de atos normativos e para estabelecimento de
V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e
parcerias com outras instituições, na sua área de
aperfeiçoamento do servidor;
competência, e exercer outras atribuições que lhes forem
VI - propor regras sobre a arquitetura e a construção de cometidas no regimento interno.
estabelecimentos penais e de casas de albergados;
Seção III
VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística
Dos demais dirigentes
criminal;
Art. 39. Ao Chefe de Gabinete, aos Chefes de Assessoria
VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais e
Especial, ao Consultor Jurídico, ao Subsecretários, aos
informar-se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário,
Diretores, aos Corregedores-Gerais, aos Presidentes dos
requisições, visitas ou outros meios, acerca do
Conselhos, aos Coordenadores-Gerais, aos
desenvolvimento da execução penal nos Estados e no
Superintendentes e aos demais dirigentes incumbe planejar,
Distrito Federal e propor às autoridades dela incumbida as
dirigir, coordenar e orientar a execução das atividades de
medidas necessárias ao seu aprimoramento;
suas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem
IX - representar ao juiz da execução ou à autoridade cometidas em suas áreas de competência.
administrativa para instauração de sindicância ou
ANEXO IV
procedimento administrativo, na hipótese de violação de
normas referentes à execução penal; e a) Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções de Confiança do Ministério Extraordinário da
X - representar à autoridade competente para a interdição,
Segurança Pública:
no todo ou em parte, de estabelecimento penal.
Art. 35. Ao Conselho Nacional de Segurança Pública cabe DENOMIN
exercer as competências estabelecidas no Decreto nº 7.413, CARGO/FU AÇÃO NE/DAS/F
UNIDADE
de 30 de dezembro de 2010. NÇÃO/Nº CARGO/F CPE/FG
UNÇÃO
Art. 36. Ao Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança
Pública cabe exercer as competências estabelecidas na Lei nº
Assessor
10.201, de 14 de fevereiro de 2001.
Especial (
CAPÍTULO IV Redação
Das Atribuições dos Dirigentes 4 dada pelo DAS 102.5
Decreto
Seção I nº 9.426,
Do Secretário-Executivo de 2018)

Art. 37. Ao Secretário-Executivo incumbe: Assessor (


I - coordenar, consolidar e submeter ao Ministro de Estado o Incluído
plano de ação global do Ministério Extraordinário; pelo
2 DAS 102.4
Decreto
II - supervisionar e avaliar a execução dos projetos e das nº 9.426,
atividades do Ministério Extraordinário; de 2018)

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Coordenação-
Geral do Coordena
1 DAS 101.4
ASSESSORIA Gabinete do dor-Geral
ESPECIAL DE Ministro
CONTROLE
Chefe de Coordena
INTERNO (Red 1 DAS 101.5 Coordenação 1 DAS 101.3
Assessoria dor
ação dada pelo
Decreto nº
9.426, de 2018) Divisão 1 Chefe DAS 101.2

Divisão 1 Chefe DAS 101.2 Serviço 2 Chefe DAS 101.1

Serviço 1 Chefe DAS 101.1

Coordenação-
Geral de Apoio
ASSESSORIA Administrativo
ESPECIAL e Coordena
1 DAS 101.4
INTERNACIONA Cerimonial (Re dor-Geral
Chefe de dação dada
L (Redação 1 DAS 101.5
Assessoria pelo Decreto nº
dada pelo
Decreto nº 9.426, de 2018)
9.426, de 2018)
Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
Coordena dor
Coordenação 1 DAS 101.3
dor
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Serviço 1 Chefe DAS 101.1
Serviço 2 Chefe DAS 101.1

ASSESSORIA
ESPECIAL DE Assessoria de
ARTICULAÇÃO Assuntos
Chefe de Federativos e
INSTITUCIONAL 1 DAS 101.5 Chefe de
Assessoria Parlamentares 1 DAS 101.4
(Redação dada Assessoria
pelo Decreto nº (Redação dada
9.426, de 2018) pelo Decreto nº
9.426, de 2018)
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Serviço 1 Chefe DAS 101.1

Assessoria de
GABINETE (Re Comunicação (
Chefe de
dação dada Chefe de Redação dada 1 DAS 101.4
1 DAS 101.5 Assessoria
pelo Decreto nº Gabinete pelo Decreto nº
9.426, de 2018) 9.426, de 2018)

Assessor Serviço 2 Chefe DAS 101.1


5 DAS 102.3
Técnico

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Corregedoria- Serviço (Redaç


Geral (Incluído Corregedo ão dada pelo
1 DAS 101.4 2 Chefe DAS 101.1
pelo Decreto nº r-Geral Decreto nº
9.426, de 2018) 9.459, de 2018)

Divisão (Incluíd
o pelo Decreto
1 Chefe DAS 101.2
nº 9.426, de Coordenação-
2018) Geral de
Monitoramento
de Repasse aos Coordena
1 DAS 101.4
Estados (Incluíd dor-Geral
Ouvidoria- o pelo Decreto
Geral (Incluído Ouvidor- nº 9.459, de
1 DAS 101.4
pelo Decreto nº Geral 2018)
9.426, de 2018)
Coordenação (I
ncluído pelo Coordena
1 DAS 101.3
Decreto nº dor
SECRETARIA- 9.459, de 2018)
EXECUTIVA (Re
Secretário
dação dada 1 NE Divisão (Incluíd
-Executivo
pelo Decreto nº o pelo Decreto
1 Chefe DAS 101.2
9.459, de 2018) nº 9.459, de
2018)
Secretário
1 -Executivo DAS 101.6
Adjunto

Diretor de
1 DAS 101.5
Programa SUBSECRETARIA
DE
4 Assessor DAS 102.4 ADMINISTRAÇÃ
Subsecret
O (Redação 1 DAS 101.5
ário
Assessor dada pelo
1 DAS 102.3
Técnico Decreto nº
9.426, de 2018)

Coordenação (I
Gabinete (Reda ncluído pelo Coordena
1 DAS 101.3
ção dada pelo Chefe de Decreto nº dor
1 DAS 101.4
Decreto nº Gabinete 9.426, de 2018)
9.459, de 2018)
Divisão (Incluíd
Coordenação ( o pelo Decreto
1 Chefe DAS 101.2
Redação dada Coordena nº 9.426, de
1 DAS 101.3
pelo Decreto nº dor 2018)
9.459, de 2018)

Divisão (Redaçã
o dada pelo Coordenação-
1 Chefe DAS 101.2
Decreto nº Geral de Coordena
9.459, de 2018) Licitações e 1 DAS 101.4
dor-Geral
Contratos (Incl
uído pelo

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Decreto nº
Coordenação-
9.426, de 2018) Coordena
Geral de Gestão 1 DAS 101.4
dor-Geral
Estratégica
Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
dor

Divisão 2 Chefe DAS 101.2


DIRETORIA DE
TECNOLOGIA
Serviço 1 Chefe DAS 101.1
DA
INFORMAÇÃO E
1 Diretor DAS 101.5
COMUNICAÇÃO
(Redação dada
Coordenação-
pelo Decreto nº
Geral de Gestão
9.459, de 2018)
de
Coordena
Pessoas (Incluí 1 DAS 101.4
dor-Geral
do pelo Decreto
nº 9.426, de
Coordenação-
2018)
Geral de
Infraestrutura e
Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3 Governança de
dor
Tecnologia da Coordena
1 DAS 101.4
Informação e dor-Geral
Divisão 2 Chefe DAS 101.2
Comunicação (
Redação dada
Serviço 1 Chefe DAS 101.1 pelo Decreto nº
9.459, de 2018)

Coordenação (
SUBSECRETARIA Redação dada Coordena
DE 1 DAS 101.3
pelo Decreto nº dor
PLANEJAMENT 9.459, de 2018)
OE Subsecret
1 DAS 101.5
ORÇAMENTO ( ário Divisão (Redaçã
Redação dada o dada pelo
pelo Decreto nº 1 Chefe DAS 101.2
Decreto nº
9.426, de 2018) 9.459, de 2018)
Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
dor
Coordenação-
Geral de
Desenvolviment
Coordenação- o de Coordena
Coordena 1 DAS 101.4
Geral de 1 DAS 101.4 Sistemas (Reda dor-Geral
dor-Geral
Orçamento ção dada pelo
Decreto nº
Coordena 9.459, de 2018)
Coordenação 3 DAS 101.3
dor
Coordenação (
Divisão 1 Chefe DAS 101.2 Redação dada Coordena
1 DAS 101.3
pelo Decreto nº dor
Serviço 2 Chefe DAS 101.1 9.459, de 2018)

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Divisão (Redaçã Coordena


Coordenação 1 DAS 101.3
o dada pelo dor
1 Chefe DAS 101.2
Decreto nº
9.459, de 2018) Assistente
1 DAS 102.1
Técnico

Assistente FCPE
2
CONSULTORIA Técnico 102.1
JURÍDICA (Red
Consultor
ação dada pelo 1 DAS 101.5
Jurídico
Decreto nº
9.426, de 2018) Coordenação-
Geral de
Coordena
Consultor Estratégia em 1 DAS 101.4
dor-Geral
1 Jurídico DAS 101.4 Segurança
Adjunto Pública

Coordenação- Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
Geral de Coordena dor
1 DAS 101.4
Elaboração dor-Geral
Normativa

Divisão 2 Chefe DAS 101.2 Coordenação-


Coordena
Geral de Gestão 1 DAS 101.4
dor-Geral
de Riscos

Coordenação- Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
Geral de Análise Coordena dor
1 DAS 101.4
de Atos dor-Geral
Normativos Assistente
1 DAS 102.1
Técnico
Divisão 1 Chefe DAS 101.2

DIRETORIA DE
SECRETARIA POLÍTICAS DE
1 Diretor DAS 101.5
NACIONAL DE SEGURANÇA
1 Secretário DAS 101.6
SEGURANÇA PÚBLICA
PÚBLICA
Assistente FCPE
1
Secretário Técnico 102.1
1 DAS 101.5
Adjunto

Coordenação-
1 Assessor DAS 102.4 Geral de
Coordena
Políticas de 1 DAS 101.4
dor-Geral
Chefe de Segurança
Gabinete 1 DAS 101.4
Gabinete Pública

FCPE Assistente
1 Assistente 1 DAS 102.1
102.2 Técnico

Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
dor

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Instrumentos
de Repasse
Coordenação-
Geral de Coordena
Coordena Coordenação 4 DAS 101.3
Prevenção em 1 DAS 101.4 dor
dor-Geral
Segurança
Pública FCPE
Divisão 2 Chefe
101.2
Assistente
1 DAS 102.1
Técnico

Coordena FCPE Coordenação-


Coordenação 2 Geral de Coordena
dor 101.3 1 DAS 101.4
Orçamento e dor-Geral
Finanças

Coordenação- Coordena FCPE


Coordenação 1
Geral de dor 101.3
Modernização Coordena
1 DAS 101.4 Coordena
das Instituições dor-Geral Coordenação 1 DAS 101.3
de Segurança dor
Pública
Serviço 2 Chefe DAS 101.1
Assistente
1 DAS 102.1
Técnico

Coordena FCPE Coordenação-


Coordenação 1 Coordena
dor 101.3 Geral de 1 DAS 101.4
dor-Geral
Logística
Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3 Coordena
dor Coordenação 1 DAS 101.3
dor

Coordena FCPE
Coordenação 1
DIRETORIA DE dor 101.3
ADMINISTRAÇÃ 1 Diretor DAS 101.5
O FCPE
Serviço 2 Chefe
101.1
Assistente FCPE
1
Técnico 102.1

DIRETORIA DE
ENSINO,
Coordenação- PESQUISA,
Geral de Coordena ANÁLISE DA
1 DAS 101.4 1 Diretor DAS 101.5
Licitações e dor-Geral INFORMAÇÃO E
Contratos DESENVOLVIME
NTO DE
Coordena PESSOAL
Coordenação 2 DAS 101.3
dor
Assistente
1 DAS 102.1
Técnico

Coordena Coordenação- Coordena


Coordenação- 1 DAS 101.4 1 DAS 101.4
dor-Geral Geral de dor-Geral
Geral de

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Pesquisa e
Inovação
Coordenação-
Coordena
Coordena Geral de 1 DAS 101.4
Coordenação 1 DAS 101.3 dor-Geral
dor Administração

Coordena
Coordenação 3 DAS 101.3
dor
Coordenação- Coordena
1 DAS 101.4
Geral de Ensino dor-Geral

Coordena FCPE Coordenação-


Coordenação 1 Geral de Polícia Coordena
dor 101.3 1 DAS 101.4
Judiciária e dor-Geral
Coordena Perícia
Coordenação 1 DAS 101.3
dor
Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
Assistente dor
3 DAS 102.1
Técnico

DIRETORIA DE
1 Diretor DAS 101.5
OPERAÇÕES
Coordenação-
Geral do
Sistema
Nacional de Coordenação-
Coordena
Informações de 1 DAS 101.4 Geral de Coordena
dor-Geral 1 DAS 101.4
Segurança Planejamento dor-Geral
Pública, Operacional
Prisionais e
sobre Drogas Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
dor
Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
dor

Coordenação-
Geral de Coordena
1 DAS 101.4
Operações dor-Geral
DIRETORIA DA Integradas
FORÇA
NACIONAL DE 1 Diretor DAS 101.5
SEGURANÇA
PÚBLICA Coordenação-
Geral do
Sistema Coordena
1 DAS 101.4
Integrado de dor-Geral
Coordenação- Comando e
Geral de Controle
Coordena
Planejamento e 1 DAS 101.4
dor-Geral
Operações da Coordena
Força Nacional Coordenação 1 DAS 101.3
dor

Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
dor

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DIRETORIA DE
1 Diretor DAS 101.5
INTELIGÊNCIA
Corregedoria-
Coordena Geral do
Coordenação 1 DAS 101.3 Corregedo
dor Departamento 1 DAS 101.4
r-Geral
Penitenciário
Coordena FCPE Nacional
Coordenação 1
dor 101.3

Coordenação- Chefe de
Coordena FCPE Gabinete 1 DAS 101.4
Geral de 1 Gabinete
dor-Geral 101.4
Inteligência
Divisão 1 Chefe DAS 101.2

Serviço 2 Chefe DAS 101.1


Coordenação-
Geral de 4 FG-3
Integração ao
Coordena
Subsistema de 1 DAS 101.4
dor-Geral
Inteligência de
Segurança DIRETORIA- Diretor-
1 DAS 101.5
Pública EXECUTIVA Executivo

Coordena FCPE Coordena


Coordenação 1 Coordenação 1 DAS 101.3
dor 101.3 dor

Divisão 3 Chefe DAS 101.2

Coordenação- Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
Geral de Coordena dor
1 DAS 101.4
Contrainteligên dor-Geral
cia Divisão 2 Chefe DAS 101.2

Serviço 1 Chefe DAS 101.1

DEPARTAMENT
O Diretor-
1 DAS 101.6 Coordenação-
PENITENCIÁRIO Geral Coordena
NACIONAL Geral de 1 DAS 101.4
dor-Geral
Logística

Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
Assessoria de dor
Chefe de
Informações 1 DAS 101.4
Assessoria Divisão 2 Chefe DAS 101.2
Estratégicas

FCPE
Serviço 1 Chefe
101.1
Ouvidoria
Nacional dos 1 Ouvidor DAS 101.4 6 FG-3
Serviços Penais

2 FG-3

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DIRETORIA DE Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
POLÍTICAS dor
1 Diretor DAS 101.5
PENITENCIÁRIA
S

Coordena 1 FG-3
Coordenação 3 DAS 101.3
dor

Divisão 1 Chefe DAS 101.2

DIRETORIA DO
Coordenação- SISTEMA
Geral de Gestão PENITENCIÁRIO
Coordena
de 1 DAS 101.4 FEDERAL (Reda 1 Diretor DAS 101.5
dor-Geral
Instrumentos ção dada pelo
de Repasse Decreto nº
9.426, de 2018)
Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
dor 2 FG-3

Divisão 2 Chefe DAS 101.2

Coordenação-
Geral de
1 FG-3 Classificação,
Movimentação
Coordena
e Segurança 1 DAS 101.4
dor-Geral
Penitenciária (
Coordenação- Redação dada
Coordena
Geral 1 DAS 101.4 pelo Decreto nº
dor-Geral
Modernização 9.426, de 2018)

Coordena Divisão 1 Chefe DAS 101.2


Coordenação 3 DAS 101.3
dor

Coordenação-
Coordenação- Geral de
Geral de Coordena Inteligência
1 DAS 101.4 Coordena
Promoção da dor-Geral Penitenciária ( 1 DAS 101.4
dor-Geral
Cidadania Redação dada
pelo Decreto nº
Coordena 9.426, de 2018)
Coordenação 3 DAS 101.3
dor
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Divisão 1 Chefe DAS 101.2

Coordenação-
Coordenação- Geral de Coordena
Geral de Coordena Assistências nas 1 DAS 101.4
1 DAS 101.4 dor-Geral
Alternativas dor-Geral Penitenciárias
Penais (Redação dada

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pelo Decreto nº Governança e


9.426, de 2018) Assessorament
o
Divisão 1 Chefe DAS 101.2

Diretorias de FCPE
5 Diretor DIRETORIA- Diretor-
Presídio Federal 101.4 1 DAS 101.5
EXECUTIVA Executivo
FCPE
Divisão 10 Chefe 1 Assistente DAS 102.2
101.2

FCPE Assistente
Serviço 10 Chefe 2 DAS 102.1
101.1 Técnico

Serviço 1 Chefe DAS 101.1

DEPARTAMENT
O DE POLÍCIA
FEDERAL (Reda Diretor- Coordena
1 DAS 101.6 Coordenação 3 DAS 101.3
ção dada pelo Geral dor
Decreto nº
9.426, de 2018) Serviço 7 Chefe DAS 101.1

Assistente Divisão 1 Chefe DAS 101.2


1 DAS 102.1
Técnico

Divisão 2 Chefe DAS 101.2


Coordenação-
Coordena
Geral de Polícia 1 DAS 101.4
dor-Geral
de Imigração
Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
dor Divisão 4 Chefe DAS 101.2

Serviço 2 Chefe DAS 101.1

Chefe de
Gabinete 1 DAS 101.4
Gabinete
1 FG-2
Assistente
1 DAS 102.1
Técnico

Divisão 1 Chefe DAS 101.2 Coordenação-


Geral de
Coordena
Controle de 1 DAS 101.4
dor-Geral
Serviços e
1 FG-2 Produtos

Divisão 5 Chefe DAS 101.2

Coordenação- Coordena
1 DAS 101.4
Geral de dor-Geral

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1 FG-2 Serviço 1 Chefe DAS 101.1

4 FG-3

1 FG-2

Coordenação-
Geral de Coordena
1 DAS 101.4
Cooperação dor-Geral Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
Internacional dor

Divisão 3 Chefe DAS 101.2 Divisão 1 Chefe DAS 101.2

2 FG-2 Coordenação-
Coordena
Geral de Polícia 1 DAS 101.4
dor-Geral
1 FG-3 Fazendária

Serviço 2 Chefe DAS 101.1

Instituto Divisão 3 Chefe DAS 101.2


Nacional de 1 Diretor DAS 101.4
Identificação

Divisão 2 Chefe DAS 101.2 Coordenação-


Coordena
Geral de Defesa 1 DAS 101.4
dor-Geral
Serviço 4 Chefe DAS 101.1 Institucional

Divisão 2 Chefe DAS 101.2

DIRETORIA DE Serviço 2 Chefe DAS 101.1


INVESTIGAÇÃO
E COMBATE AO 1 Diretor DAS 101.5
CRIME
ORGANIZADO Coordenação-
Geral de
1 Assistente DAS 102.2 Repressão à Coordena
1 DAS 101.4
Corrupção e dor-Geral
Serviço 2 Chefe DAS 101.1 Lavagem de
Dinheiro

Serviço 1 Chefe DAS 101.1


Coordenação-
Geral de Polícia Divisão 1 Chefe DAS 101.2
de Repressão a Coordena
1 DAS 101.4
Drogas e dor-Geral
Facções
Criminosas Coordena
Coordenação 1 DAS 101.3
dor
Serviço 1 Chefe DAS 101.1
Serviço 1 Chefe DAS 101.1

Divisão 1 Chefe DAS 101.2

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CORREGEDORIA DIRETORIA
-GERAL DE Corregedo TÉCNICO- 1 Diretor DAS 101.5
1 DAS 101.5
POLÍCIA r-Geral CIENTÍFICA
FEDERAL
1 Assistente DAS 102.2
1 Assistente DAS 102.2
Serviço 1 Chefe DAS 101.1
Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
dor Divisão 1 Chefe DAS 101.2

Serviço 3 Chefe DAS 101.1

Instituto
Nacional de 1 Diretor DAS 101.4
1 FG-2 Criminalística

Divisão 1 Chefe DAS 101.2

Coordenação- Serviço 6 Chefe DAS 101.1


Coordena
Geral de Polícia 1 DAS 101.4
dor-Geral
Judiciária

Serviço 1 Chefe DAS 101.1 DIRETORIA DE


GESTÃO DE 1 Diretor DAS 101.5
Divisão 1 Chefe DAS 101.2 PESSOAL

1 Assistente DAS 102.2

DIRETORIA DE Coordena
Coordenação 2 DAS 101.3
INTELIGÊNCIA 1 Diretor DAS 101.5 dor
POLICIAL
Serviço 2 Chefe DAS 101.1
1 Assistente DAS 102.2
Divisão 4 Chefe DAS 101.2
Serviço 1 Chefe DAS 101.1
Serviço 4 Chefe DAS 101.1
Divisão 2 Chefe DAS 101.2

1 FG-2
Coordenação-
Coordena
Geral de 1 DAS 101.4
dor-Geral
Inteligência
Academia
Nacional de 1 Diretor DAS 101.4
Polícia
Divisão 2 Chefe DAS 101.2
Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Serviço 1 Chefe DAS 101.1
Serviço 1 Chefe DAS 101.1

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Coordena DIRETORIA DE
Coordenação 2 DAS 101.3
dor TECNOLOGIA
DA 1 Diretor DAS 101.5
Serviço 4 Chefe DAS 101.1 INFORMAÇÃO E
INOVAÇÃO

Divisão 2 Chefe DAS 101.2


Divisão 1 Chefe DAS 101.2
Serviço 3 Chefe DAS 101.1
Serviço 5 Chefe DAS 101.1

1 FG-2
11 FG-2

1 FG-3
Superintendênc
ia Regional de Superinte
Polícia Federal 1 ndente DAS 101.4
DIRETORIA DE no Rio de Regional
ADMINISTRAÇÃ Janeiro
1 Diretor DAS 101.5
O E LOGÍSTICA
POLICIAL Delegacia Delegado
2 DAS 101.1
Regional Regional
1 Assistente DAS 102.2
Corregedoria Corregedo
1 DAS 101.1
Coordena Regional r Regional
Coordenação 2 DAS 101.3
dor

Serviço 5 Chefe DAS 101.1


24 FG-2
Divisão 4 Chefe DAS 101.2
35 FG-3
Serviço 4 Chefe DAS 101.1

Superintendênc
Superinte
9 FG-2 ia Regional de
1 ndente DAS 101.4
Polícia Federal
Regional
1 FG-3 em São Paulo

Delegacia Delegado
2 DAS 101.1
Regional Regional
Coordenação-
Geral de Coordena Corregedoria Corregedo
1 DAS 101.4 1 DAS 101.1
Planejamento e dor-Geral Regional r Regional
Modernização

Divisão 3 Chefe DAS 101.2


34 FG-2
Serviço 5 Chefe DAS 101.1
52 FG-3

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Superintendênc Superinte 5 FG-1


ia Regional de 25 ndente DAS 101.3
Polícia Federal Regional 4 FG-3

Delegacia Delegado
50 DAS 101.1
Regional Regional
Coordenação-
Coordena
Corregedoria Corregedo Geral de 1 DAS 101.4
25 DAS 101.1 dor-Geral
Regional r Regional Inteligência

Coordena FCPE
Coordenação 1
dor 101.3
143 FG-2
FCPE
Divisão 1 Chefe
472 FG-3 101.2

DEPARTAMENT 1 FG-1
O DE POLÍCIA Diretor-
1 DAS 101.6
RODOVIÁRIA Geral
FEDERAL
Corregedoria- Corregedo FCPE
1
FCPE Geral r-Geral 101.4
1 Assistente
102.2
FCPE
Divisão 3 Chefe
DIRETORIA- Diretor- 101.2
1 DAS 101.5
EXECUTIVA Executivo

FCPE
Divisão 1 Chefe
101.2 3 FG-3

Chefe de FCPE
Gabinete 1
Gabinete 101.4
Coordenação-
Coordena FCPE Geral de Coordena FCPE
Coordenação 3 1
dor 101.3 Administração e dor-Geral 101.4
Logística

FCPE
Divisão 8 Chefe
Coordenação- 101.2
Coordena FCPE
Geral de 1
dor-Geral 101.4
Operações

FCPE 2 FG-1
Divisão 2 Chefe
101.2
8 FG-3
Coordena FCPE
Coordenação 2
dor 101.3

FCPE Coordenação-
Divisão 2 Chefe Coordena FCPE
101.2 Geral de Gestão 1
dor-Geral 101.4
de Pessoas

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FCPE SITUAÇÃO SITUAÇÃO


Divisão 6 Chefe
101.2 DAS- ATUAL NOVA
CÓDIG
UNITÁRI
O
Coordena FCPE O VALOR VALOR
Coordenação 1 QTD. QTD.
dor 101.3 TOTAL TOTAL

FCPE NE 6,41 1 6,41 1 6,41


Divisão 2 Chefe
101.2
DAS
6,27 5 31,35 5 31,35
101.6

2 FG-1 DAS
5,04 26 131,04 28 141,12
101.5
4 FG-3
DAS
3,84 57 218,88 68 261,12
101.4

Coordenação- DAS
2,10 86 180,60 97 203,70
Geral de 101.3
Coordena FCPE
Tecnologia da 1
dor-Geral 101.4
Informação e DAS
1,27 65 82,55 82 104,14
Comunicação 101.2

FCPE DAS
Divisão 3 Chefe 1,00 157 157,00 171 171,00
101.2 101.1

1 FG-1 DAS
5,04 3 15,12 4 20,16
102.5
2 FG-3
DAS
3,84 3 11,52 7 26,88
102.4

Superintendênc Superinte FCPE DAS


27 2,10 - - 6 12,60
ia Regional ndente 101.3 102.3

DAS
1,27 7 8,89 7 8,89
102.2
84 FG-1
DAS
1,00 13 13,00 13 13,00
324 FG-3 102.1

1.000,3
SUBTOTAL 1 423 856,36 489
7
Delegacia
145 FG-2
Regional FCPE
2,30 11 25,30 12 27,60
101.4
145 FG-3
FCPE
1,26 42 52,92 42 52,92
b) Quadro Resumo de Custos dos Cargos em Comissão e das 101.3
Funções de Confiança do Ministério Extraordinário da
Segurança Pública: (Redação dada pelo Decreto nº 9.426, FCPE
0,76 38 28,88 40 30,40
de 2018) 101.2

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FCPE DAS
0,60 11 6,60 13 7,80 2,10 78 163,80 86 180,60
101.1 101.3

DAS
1,27 62 78,74 65 82,55
101.2
FCPE
2,30 - - - -
102.4 DAS
1,00 156 156,00 157 157,00
101.1
FCPE
1,26 - - - -
102.3

FCPE DAS
0,76 2 1,52 2 1,52 5,04 - - 3 15,12
102.2 102.5

FCPE DAS
0,60 4 2,40 4 2,40 3,84 2 7,68 3 11,52
102.1 102.4

SUBTOTAL 2 108 117,62 113 122,64 DAS


2,10 3 6,30 - -
102.3
FG-1 0,20 95 19,00 95 19,00
DAS
1,27 8 10,16 7 8,89
FG-2 0,15 375 56,25 375 56,25 102.2

1.07 1.07 DAS


FG-3 0,12 128,64 128,64 1,00 14 14,00 13 13,00
2 2 102.1

1.54 1.54 SUBTOTAL 1 397 750,96 422 849,95


SUBTOTAL 3 203,89 203,89
2 2
FCPE
2,30 12 27,60 11 25,30
2.07 1.177,8 2.14 1.326,9 101.4
TOTAL
3 7 4 0
FCPE
1,26 40 50,40 42 52,92
101.3
ANEXO V
FCPE
0,76 38 28,88 38 28,88
Remanejamento de Cargos em Comissão do Grupo- 101.2
Direção e Assessoramento Superiores - das, Funções
Comissionadas do Poder Executivo - FCPE e Funções FCPE
0,60 10 6,00 11 6,60
Gratificadas 101.1

DO MJ PARA A DA SEGES/MP
DAS- SEGES/MP (a) PARA O MESP (b)
CÓDI
UNITÁR FCPE
GO 2,30 - - - -
IO QT VALOR QT VALOR 102.4
D. TOTAL D. TOTAL
FCPE
1,26 2 2,52 - -
DAS 102.3
6,27 4 25,08 5 31,35
101.6
FCPE
0,76 2 1,52 2 1,52
DAS 102.2
5,04 17 85,68 26 131,04
101.5
FCPE
0,60 4 2,40 4 2,40
DAS 102.1
3,84 53 203,52 57 218,88
101.4
SUBTOTAL 2 108 119,32 108 117,62

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FG-1 0,20 95 19,00 95 19,00 FCT-7 19

FG-2 0,15 376 56,40 375 56,25 FCT-8 37

1.0 1.0 FCT-9 9


FG-3 0,12 128,64 128,64
72 72
FCT-10 19
1.5 1.5
SUBTOTAL 3 204,04 203,89 FCT-11 88
43 42

2.0 2.0 FCT-12 34


TOTAL 1.074,32 1.171,46
48 72
TOTAL 219
SALDO DO REMANEJAMENTO (b-a) 24 97,14

b) Do Arquivo Nacional:
ANEXO VI
FUNÇÃO COMISSIONADA
Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Grupo-Direção QTD.
TÉCNICA
e Assessoramento Superiores - das Transformados nos
Termos do ART. 8º DA LEI Nº 13.346, DE 10 DE OUTUBRO FCT-2 30
DE 2016
FCT-5 60
SITUAÇÃO SITUAÇÃO
DAS- ATUAL (a) NOVA (b) FCT-6 44
CÓDI
UNITÁR
GO
IO QT VALOR QT VALOR FCT-9 50
D. TOTAL D. TOTAL
FCT-13 30
DAS-5 5,04 - - 8 40,32
FCT-15 36
DAS-3 2,10 8 16,80 - -
TOTAL 250
DAS-1 1,00 24 24,00 - -

TOTAL 32 40,80 8 40,32 ANEXO VIII

SALDO DA TRANSFORMAÇÃO (c)= Funções Comissionadas Técnicas Do Ministério


-24 -0,48 Extraordinário Da Segurança Pública
(b)-(a)
a) Do Departamento Penitenciário Nacional:

ANEXO VII FUNÇÃO COMISSIONADA


QTD.
TÉCNICA
Funções Comissionadas Técnicas do Ministério da Justiça
a) Do Ministério Da Justiça: FCT-8 4

FUNÇÃO COMISSIONADA FCT-9 2


QTD.
TÉCNICA
FCT-10 2
FCT-1 9
FCT-11 5
FCT-2 2
FCT-12 2
FCT-5 2

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TOTAL 15 FCT-8 3

FCT-9 2
b) Da Secretaria Nacional de Segurança Pública:
FCT-10 3
FUNÇÃO COMISSIONADA
QTD. FCT-11 6
TÉCNICA
FCT-12 4
FCT-7 3
TOTAL 21
FCT-8 4

FCT-9 2

FCT-10 2 DECRETO Nº 1.655/1995


FCT-11 10 Define a competência da Polícia Rodoviária Federal, e dá
outras providências.
FCT-12 2 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que
lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição,
TOTAL 23
DECRETA:
Art. 1º À Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente,
ANEXO IX integrante da estrutura regimental do Ministério da Justiça,
no âmbito das rodovias federais, compete:
Cargos em Comissão Alocados na Defensoria Pública da
União I - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
operações relacionadas com a segurança pública, com o
CÓDIGO QTD. objetivo de preservar a ordem, a incolumidade das pessoas,
o patrimônio da União e o de terceiros;
NE 2 II - exercer os poderes de autoridade de polícia de trânsito,
cumprindo e fazendo cumprir a legislação e demais normas
DAS 101.5 1 pertinentes, inspecionar e fiscalizar o trânsito, assim como
efetuar convênios específicos com outras organizações
DAS 101.4 3 similares;

DAS 101.3 5 III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de


trânsito e os valores decorrentes da prestação de serviços de
DAS 101.2 3 estadia e remoção de veículos, objetos, animais e escolta de
veículos de cargas excepcionais;
TOTAL 14 IV - executar serviços de prevenção, atendimento de
acidentes e salvamento de vítimas nas rodovias federais;
V - realizar perícias, levantamentos de locais boletins de
ANEXO X ocorrências, investigações, testes de dosagem alcoólica e
Funções Comissionadas Técnicas Alocadas na Defensoria outros procedimentos estabelecidos em leis e regulamentos,
Pública da União imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito;
VI - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
FUNÇÃO COMISSIONADA medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
QTD.
TÉCNICA veículos, escolta e transporte de cargas indivisíveis;
VII - assegurar a livre circulação nas rodovias federais,
FCT-1 1
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas
emergenciais, bem como zelar pelo cumprimento das
FCT-7 2
normas legais relativas ao direito de vizinhança,

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promovendo a interdição de construções, obras e


instalações não autorizadas;
VIII - executar medidas de segurança, planejamento e
escoltas nos deslocamentos do Presidente da República,
Ministros de Estado, Chefes de Estados e diplomatas
estrangeiros e outras autoridades, quando necessário, e sob
a coordenação do órgão competente;
IX - efetuar a fiscalização e o controle do tráfico de menores
nas rodovias federais, adotando as providências cabíveis
contidas na Lei nº 8.069 de 13 junho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente);
X - colaborar e atuar na prevenção e repressão aos crimes
contra a vida, os costumes, o patrimônio, a ecologia, o meio
ambiente, os furtos e roubos de veículos e bens, o tráfico de
entorpecentes e drogas afins, o contrabando, o descaminho
e os demais crimes previstos em leis.
Art 2º O documento de identidade funcional dos servidores
policiais da Polícia Rodoviária Federal confere ao seu
portador livre porte de arma e franco acesso aos locais sob
fiscalização do órgão, nos termos da legislação em vigor,
assegurando - lhes, quando em serviço, prioridade em todos
os tipos de transporte e comunicação.
Art. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 3 de outubro de 1995; 174º da Independência e 107º
da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Nelson A. Jobim
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 4.10.1995

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