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REVISTA
G
BR
s-
BRAZILEIJIA
tra
Le
i '
de
ira
SUiMMARLO
j
e
PAG.
sil
G
(EPISODIO VERDADEIRO)
BR
s-
Em uma das muitas « caçadas » que se faziam de indios, foi ella
tra
a pobresinha, aprisionada por uma força expedicionária partida de
(Juyabá. Recolhida, porém, por fainilia respeitável da cidade, encon-
Le
trou entre os perseguidores da sua raça um lar amigo, onde conquistou
sympathia e recebeu carinhos ; ella, representante da tribu amaldi-
de
çoada dos bororós coroados. Quanto sinto não poder agora lem-
brar-me do nome indigena por que fôra conhecida dos seus.
ira
sabia que naquella nova caçada, não poucas victimas haviam de suc-
cumbir á bala e bayonetas dos soldados.
em
Como devia soffrer aquelle meigo coração, alma tão boa, sincera
e amorosa!
ad
G
roupa em um regato junto á casa, pagou com a mesquinha existencia,
BR
a impensada perversão daquelle desastrado camarada.
De dentro da floresta próxima, silvou certeira flexa que a pros-
trou sem vida ! E assim sempre. . .
s-
E os factos se repetiam e as caçadas humanas se amiudavam, e
com ellas o extermínio de uma raça tão sympathica quanto brazi-
tra
leira genuina!
Sem esperança de resultado profícuo, e só em cumprimento do
Le
dever, lá andou annos e annos o tenente Duarte, de alpercatas por
invios e ásperos sertões, ora subindo serras, ora descendo despenha-
de
deiros, afim de não perder a pista das féras que perseguia-, elle, um
dos bravos lutadores frente a frente contra o tyranno do Paraguay.
ira
G
Caminhava muito receioso o intrépido commandante, do êxito
BR
desse novo expediente, embora fatigado da luta inglória, que lhe ia
consumindo as forças da robusta organização physica.
Certo dia mandou a india fazer alto, dizendo que ia seguir
s-
sósinha para a aldeia, e que a esperassem tres dias, sem se afastarem
daquelle ponto um momento.
tra
Por fôrma alguma dessem o menor tiro, ainda mesmo que se
vissem rodeados de Índios!
Le
Despediu-se e tirando completamente as roupas, pois vestida elles
a matariam de longe, embrenliou-se pelo mato a dentro. Que dias
de
mente em mil. Com que intenções vinham ? Era uma batalha franca,
a peito descoberto que vinham offerecer aquelles selvagens? De
em
gena. Era Rosa! era a leal india que cumpria á risca a promessa feita
e se aproximava, fazendo gestos de paz e amizade. Foi o momento
Ac
G
algum estremecimento ou susceptibilidade nascia entre os seus, era
BR
ella a apaziguadora leal. Aliás o tenente Duarte, em pouco tempo
conseguira de todos elles estima e plena confiança.
Era ella o anjo da paz que exercia a sua benefica influencia á
s-
causa santa da civilização e da humanidade! Aquelle precioso arco,
luminoso symbolo da pacificação dos bororós, bem como outro enfei-
tra
tado com lugubres pennas, por ter pertencido ao cacique morto alguns
annos antes, deu-me de presente o já capitão Duarte, algum tempo
Le
depois da minha chegada á Cuyabáe fazem parte da formosa cellecção
de artefactos de indios por mim offerecida ao Museu, quando era seu
de
Qual terá sido o fim da boa Rosa, a quem se deve quasi que
exclusivamente a pacificação da odiadatribu dos bororós coroados?!
e
G
NA CAPITAL FEDERAL
BR
s-
tra
Le
Prestou um real serviço aos que se occupam de estudos de-
mographicos o Sr. Dr. Viveiros de Castro, publicando a estatís-
de
G
tos que me assomaram á mente, quando passava os olhos por essa
BR
ruma de cifras.
s-
I
tra
Le
E' fora de duvida que é na capital federal que o numero dos
suicídios attinge a maior elevação em todo o Brazil. Em quinze
de
G
as
de Ferri.
BR
Na França, por exemplo, a marcha do suicidio foi a seguinte,
a começar de 1871:—11 suicídios por 100.000 habitantes, nesse
s-
anno; em 1875 a porcentagem já era de 15, e foi assim regular-
mente progredindo, até attingir o numero 21 em 1886. 1 E assim
tra
por todos os paizes da Europa, excepção feita, talvez, para a
Noruega. No Rio de Janeiro, entretanto, assim não foi. Em 1870, a
Le
porcentagem sobre 100.000 habitantes foi de 11,9; em 1872, ele-
vou-se a 14,5; attingiu sua altura inaxima em 1882, para ir bai-
de
citada, ha
1 Joly, le crime, Paris, 1888, p. 324. Em Movseili, op.
grande copia de dados a respeito.
entre o crime e o suicídio, e que Morselli formulou nos termos
seguintes: Onde predominam os crimes contra a propriedade, os suicí-
dios são mais frequentes do que onde preponderam os de sangue .1
Ferri, ein seu livro Omicidio-suicidio sustentou a mesma dou-
trina, procurando demonstrar que homicídio e suicídio eram, em
toda parte, actos que se completavam e se substituíam, tendo origens
biologicas similares.
G
São ambos manifestações da evolução do mesmo germen rnor-
BR
bido, como disse o citado Morselli no Congresso de Roma.
Partindo dos mesmos princípios, o sábio Lacassagne colhe c o n -
clusões que não são perfeitamente idênticas. « Um grande nu-
s-
mero de suicidas, diz elle, são apenas criminosos modificados
tra
pelo meio social. O suicídio é o assassinato de si m e s m o . E' um
crime complexo; é como que o coroamento de todas as outras
Le
fôrmas de criminalidade». Mas não é somente isso que vem, de
certo modo, enfraquecer o caracter de uniformidade natural da
citada lei de um antagonismo de apparencias, resultando de um
de
Mas creio que não estarei afastado da verdade affirmando que essas
observações, corroboradas pelas que se vão seguir, autorizam a dize •
que o suicídio é uma anormalidade no Brazil.
Eis o quadro :
G
BR
s-
tra
Le
de
e ira
asil
Br
ia
em
ad
Ac
G
os enfeitiçara e, em parte, porque o numero das mulheres é muito
BR
menor, ali, entre estrangeiros, e maior entre nacionaes, e, por toda
a parte, as mulheres se suicidam muitissimo menos do que os
homens. Acrescente-se ainda que muito dos suicidas que se incluem
s-
na classe dos nacionaes sel-o-ão apenas por naturalização, e reeo-
nhecer-se-á que os nacionaes são menos sujeitos a essas crises de
tra
desequilíbrio moral de que resultam os suicídios, mesmo ahi na
grande cidade cosmopolita onde tantas causas de desarranjo biolo-
Le
gico e social se accumulam.
Dizem os escriptores que a tendencia ao suicídio presuppõe um
de
G
encontram duas saidas: o crime ou o suicídio. E' neste ponto que
BR
me parece muito arguta a observação de Lacassagne : é sobretudo
com os crimes contra a propriedade que o suicídio está em relação.
Os que não têm energia para trabalhar e vencer, os que não têm re-
s-
signação para viver obscuramente e sentem-se impulsionados para
tra
os gozos da vida, entregam-se ao crime, á embriaguez ou ao suicídio,
crime e embriaguez que, muitas vezes, terminarão também pelo sui-
Le
cídio. É no meio dessa gente golpeada pela ambição doentia, seviciada
pelos vicios, desidiosa e sem caracter, que se multiplicam as desa-
venças domesticas, porque um dos cônjuges (ou ambos, por contagio),
de
guez, que motivou 133. Pondo de parte a loucura, que é causa mani-
Br
entre estes últimos haja algum doente desse mal dos saciados, dos
desequilibrados e dos degenerados — o tedium vitce, a noja delia vita,
acobertada aqui com os desgostos domésticos, mas certamente o
ad
G
que as industrias começam ainda a ser exploradas, e m que a popula-
BR
ção é dispersa, em que a vida é fácil, havendo lugar para todos, não
se ouvindo ainda o rugir truculento da miséria que escancara as
fauces nos centros populosos da Europa, é curioso que se ache tanta
s-
gente em difficuldades pecuniarias taes que outra solução se não lhes
tra
apresente a não ser o suicídio. E, si nos lembrarmos de que esses
voluntários da morte foram principalmente negociantes que não sou-
Le
beram pautar seus dispêndios pelos ganhos regularmente auferidos,
que se comprometteram em jogos, especulações ou bambochatas
orgiacas como outros tantos exemplares de Jacques Kola, não tere-
de
uma classe differente das que, até agora, temos contemplado. E'
pena, entretanto, que não possamos saber o sexo,a nacionalidade e a
idade desses que, presos no torculo de uma paixão amorosa incurá-
vel e de satisfação impossível, affrontaram a morte, impávidos e
talvez sorridentes como as victimas das religiões em luta, ás quaes o
mysticisino anima, exalta e insensibilisa.
G
Abstrahindo das causas autochivogenas que indicam mui clara-
mente a escravidão, felizmente abolida, desde 1888, deparamos, em
BR
sexto logar, as enfermidades incuráveis e em sétimo o remorso por
crimes commettidos. Estes últimos constituem os criminosos occa-
s-
sionaes ou fortuitos que, arrependidos do crime a que foram irresis-
tivelmente levados, sentem-se tão profundamente desgostosos que,
tra
não raro, acabam pelo suicídio. E' sobre estes, penso eu, e sobre os
amorosos de que me occupei ha pouco, que mais força tem a imita-
Le
ção, pois grande numero de suicídios são imitativos.
De tudo que acaba de ser dito, se pode concluir que os suicidas
de
numa região que toca, por um lado, o crime, por outro, a loucura,
e
CLÓVIS BEVILÁQUA
Br
ia
em
ad
Ac
A TAPERA 1
G
BR
s-
tra
VI
Le
A noite subia silenciosa, mystica, alvacenta. Sobre as nossas
cabeças, no ceu alto, arrecamado d'astros, a via lactea, como um
de
os ramos.
Br
tartamudeando.
em
que tem luz, que não é bem clara porque mal se vê—promiscuidade
medonha de sombra e de claridade. Noite de m e d o ! Noite de medo!
Ac
G
A h ! m e u amigo o que senti não vos posso exprimir—foi um
BR
grande medo. T o d o o meu sangue parou como as aguas de um rio
d'encontro a u m a r e p r e z a e frio entrei a tremer, a tremer c o m o agora
tremo no limiar da grande hora tragica da meia noite.
s-
A arvore agitou-se c o m o num espreguiçamento e successivos
tra
estalos e crepitações ríspidas fizeram com que meus olhos baixassem
das ramas ás raízes e não sei que estranha força fez com que meu
Le
corpo arriasse sobre os joelhos. O colosso desprendia-se como um
polvo enorme abandonando a sua rocha, despegando, um a um, os
de
tentáculos terríveis.
A primeira raiz levantou-se curva, nodosa e negra e estirou-se
pela terra dilatadamente. Outra estalou, arrancou-se, desenroscou-se
ira
G
E, do que mais houve não sei porque já voltavam as cores matutinas
BR
ao fino ceu quando abri os olhos opprimido.
A arvore já se havia enterrado e lá no seu posto farfalhava
grande, sombria, desgalhada, cheia de passarinhos. Tive duvidas
s-
sobre a tragedia nocturna levando tudo á conta da minha imaginação
exaltada e, para convencer-me, fui até a raiz do colosso, examinei
tra
a cova nefanda. E cavei, cavei com as unhas a terra dura, cavei
desde a primeira luz até a hora do sol forte.
Le
Já exhausto ia abrandando quando subitamente as minhas unhas
arranharam um corpo liso. Cavei mais e os meus dedos arrancaram
de
G
ouvido, afagando-o como (Vantes o afagava d'encontro á minha
face quando dentro delle as ideias de perfídia e o luxurioso pensa-
BR
mento demoravam ouvi um surdo rebôo como o que existe no bojo
das conchas marinhas. Ah! si o ouvísseis! Era como um gemido
s-
sem fim, cavo, dolorido, eterno.
Fugi de ouvir o espectro do som nos craueos ermos—é o echo
tra
infindável das lutas intimas, é o chãos da palavra, o indistinto
rumor monotono do que foi expressão, do que foi harmonia.
Le
Ouvia quando um estridor formidando como de trovões ao longe
arrancou-me á dolorosa audiencia-levantei os olhos allucinados e
de
E Eva? Que é feito delia, meu amigo? Nunca mais a vi! Quem sabe
si já não apodreceu na terra? Talvez viva ainda. Nunca m a » a vi .
ia
— D e i x a l - a ? para q u e ?
— Para evitar o supplicio.
Ac
G
— Que tem ?
BR
Fuji! Fuji! E' o acauan! E' o acauan! Fuji! ó meia noite.
Ella ahi vem! Ella abi vem! E' a hora! Fuji! Agarrou com as mãos
ambas a cabeça e gemendo foi-se pelo mato dentro aos uivos, guai-
s-
ando, e muito tempo ouvi os seus gemidos. Bradei por elle mas a
solidão devolvia-me os meus reclamos e longe, effectivamente, as
tra
agourentas corujas grasinavam. Tremi.
Toda a mata, num grande e estrupidante murmulho, parecia
Le
dispertar macabramente, os sons cresciam, as vozes varias e dispersas
tornavam-se mais nitidas, mais longas, vibrando mais intensas. Bradei
de
)
manhan viram-me entrar, porteira dentro, num galope estafado do
meu cavallo.
Rôto, allucinado, as mãos em sangue, o rosto talhado pelos espi-
nhaes eu bradava numa fúria, desafinadamente, acossando o animal
com estabanados gestos, com palavras loucas. Falava insanamente,
aterrado, os olhos grandes e cheios de pavor, o peito ein ancias,
ardendo em febre alta.
G
Tomaram-me em braços e, no leito, tres dias longos passaram
BR
sobre mim sem que eu delles me apercebesse sempre a bradar,
assombrado, contra a arvore que vinha esgalhada, estorteg-ada,
sinistra, beirando-me para suppliciar-me.
s-
Tres longos dias de febre. Teria morrido si não fosse o animal,
conhecedor dos trilhos, que me trouxera, guiado apenas pelo instin-
tra
cto, ao sitio paterno, subindo serros, atravessando campos.
Le
Ainda hoje quando me falam do meu assombro e quando repito
tristemente as palavras do velho dizem-me com "sorriso incrédulo:
— « F o i uma visão que tiveste. Sonhaste, deliraste... Honorio
de
e da yara das aguas correntes. Foi uma visão que tiveste. Sonhaste,
sil
deliraste. »
a
COELHO NETTO
A FABRICA DE FERRO
G
DE
BR
S. JOÃO DE IPANEMA1
s-
tra
Le
VII
de
tbodos empregados para esse fim : refino total da fonte com addição
sil
G
pedra artificial é obtida em uma olaria pertencente á fabrica que
BR
dista delia cerca de 2 kilometros. O barro empregado é proveniente
da decomposição dos schistos argilosos superficiaes. Amassa-se
com enxadas o barro com grez pulverisado, num amassadouro pro-
s-
ximo ao tonel de malaxação, no qual, após meximento prévio, se
tra
introduz a massa; o malaxador pertence ao typo geral empregado
nessas installações primitivas: é um simples cylindro de madeira,
Le
oco, no interior do qual se acha um eixo provido de braços; ao
eixo está ligada uma trave maior á qual são atrelados dois animaes
de
tres classes; barro forte, onde domina a argila; barro fraco, onde
sil
G
dupla), emquanto que pelo processo belga nas mesmas condições
são preparados 8.000 e pelo processo inglez 12.000 tijolos. Os ti-
BR
jolos após sua preparação empilham-se sobre o chão da officina de
modo a expôr grande parte de sua superfície á acção dos ventos;
s-
seu empilhamento é simples : formam muros de uma largura de
tijolos collocados uns perto dos outros, e em cada muro os tijolos
tra
são superpostos do modo a que o intervallo de dois tijolos conse-
cutivos seja coberto por outro da fiada superior ; esses muros têm
Le
ordinariamente 0 m ,70 de altura, o que corresponde aproxima-
damente a 12 alturas de tijolos, o intervallo entre dois muros
de
geral.
Segue-se agora a queima dos tijolos. Esta faz-se e m baixo de
a
chammas e dos gazes, por cima dos tijolos são collocados os la-
em
9 dias.
O tijolo obtido tem 0 m , 2 2 x 0 m , l l x 0 m , 0 5 ; é sonoro, de massa
Ac
G
que possa dispor; com effeito, a operação essencialmente physico-chi-
BR
niica da fusão reductiva duma massa em que consistem tantos ele-
mentos, exige de quem tenha de dirigil-a noções exactas de compo-
sição, das affinidades cliimicas, das propriedades physicas, etc., dos
s-
reactivos em presença na cuba do apparelho.
Nenhum dado, infelizmente, possuímos sobre as substancias que
tra
constituem o leito de fusão do alto forno de Ipanema; as próprias
Le
analyses da mina pobre e do calcareo que citamos, não merecem ser
consideradas como dignas de inteira fé, pois não indicam absoluta-
mente a composição média dessas substancias : a mina pobre, por
de
G
principal escopo na producção dessa classe de fontes é a pureza do
BR
metal. O termo médio que se procura obter em Ipanema é, pois, , i-
conveniente sob todos os pontos de vista : obtem-se um mau metal
de moldagem e um mau metal de refino. Nas condições especiaes
s-
em que está aquella usina, não hesitaríamos em dar preferencia á
producção duma boa fonte dé moldagem, não só porque nesse caso
tra
o phosphoro seria menos prejudicial sinâo vantajoso, como porque,
desde que se não fizessem moldagens mais propriamente mecanicas,
Le
não haveria nenhum inconveniente em augmentar a impureza do
metal pela introducção daquelle metalloide, desde que fosse augmen-
de
tada a producção do forno alto; antes obter uma boa fonte de mol-
dagem do que um ferro que, na melhor hypothese, ainda contem
ira
G
compunha da fôrma seguinte :
BR
Mina pobre 16'"°. mi 10l. nu l<v.
Schisto argiloso.. 11™«. ou 3o1. ou 30'.
s-
Calcareo >:>0;"°. nu "05'. ou Cal I3n'.
.">00'.
Schisto a r g i l o s o . . . . . h
de
cal J®
100
ira
em
em 1889
1889 .assaram
passaram a a ser
sei solidas em 1893 e ainda por cima funde-se
o forno alto !... E' justo dizer que o metal obtido deve estar privado
ião basicas bastante
de phosphoro, pois as escorias são nasiaui« para isso. Basta
esse confronto para mostrar que a administração Mursa f o p e m d o
áureo de Ipanema. Vamos agora comparar os resultados obudos
nessa énoca com os dados colhidos em usinas smiühante, naEuropa
nessa época com os
e nos Estados-Unidos
A composição do leito de fusão presta-se immediatamente á cri-
tica, pois a obtenção de fontes graphitosas de moldagem exigindo
andamento quente e dosagens refractarias, está claro, tanto quanto a
falta de analyses permitte dizel-o, que em Ipanema era demasiado
pequena a quantidade de argila introduzida no fundente; a refracta-
riedade obtida pelo excesso de silica tinha os inconvenientes cie
impedir a disphosphoração da fonte em andamento quente e intro-
G
duzir no leito de fusão novos elementos impuros, em vista da compo-
BR
sição das substancias empregadas; parecia, portanto, imprescindível
a modificação do fundente no sentido de augmentar a proporção
de argila e, acima de tudo, combater a refractariedade das substan-
s-
cias e o elevado consumo de combustível, d'ahi derivado, pelo aqueci-
mento do ar soprado. Quaes seriam as consequências dessa appli-
tra
caçâo? Elevação de temperatura do recinto, economia de combustível
e reducção mais intensa. As duas primeiras consequências seriam em
Le
alto grau beneficas; a terceira daria fontes mais impuras e, portanto,
cumpre examinar essa questão. As principaes impurezas a temer em
de
G
ferreas a razão de 100 km. por hora, só se empregam para esse fim
BR
fontes puríssimas, provenientes de substancias isentas de phosphoro
e fabricadas com ar frio ; mesmo assim, ha quem proíligue o uso da
fonte em rodas de vehiculos de grande velocidade sobre as quaes
s-
vêm actuar poderosíssimos freios, que exigem do metal tensões
tra
extraordinarias, ás quaes elle nem sempre pode resistir. Em muitas
vias-ferreas européas ó systematicamente prohibido o uso da fonte
Le
em rodas de wagon, e acreditamos que 110 Brazil, apezar das pe-
quenas velocidades de nossos trens, esse exemplo deveria ser
imitado.
de
G
destinados a ser abandonados antes de ter servido, não era logico
BR
procurar o limite máximo da capacidade productora dos apparelhos
existentes ? Isso era tanto mais racional quanto desde 1862 já se
conheciam na Italia e em outros paizes fornos analogos ao de Ipa-
s-
nema com volume interno de 17™° e producção 13' por d i a ; mais
ainda, desde 1838 conheciam-se altos fornos c o m volume interior de
tra
13m°,56 e producção de area de 13'. Certo, isso não quer dizer que o de
Ipanema pudesse produzir 19* de fonte, poisé impossível de antemão
Le
declarar qual a producção dum forno alto quando mil causas locaes
influem sobre os algarismos finaes, mas era seguramenteumincentivo
de
para procurar saber o que era essa usina. Isso, porém nunca foi
feito, apezar da competencia que ao governo approuve dar aos
ira
preparo do aço.
em
VIII
ad
G
madeira fonte de refino de pureza excepcional; durante muito tempo
BR
só foram usados ferros acierosos suecos ou russos preparados com
cuidado extremo e de pureza irrepreliensivel.
Em Ipanema o ferro empregado coutem phosphoro na propor-
s-
ção de 0,052 — 0 , 0 9 % ; o aço resultante tem as quinas fundilhadas
e apresenta todas as desvantagens dos aços phospliorosos.
tra
De ha muito são cousas sabidas em siderurgia que o aço cemen-
Le
tado tende a ser substituído pelo aço de cadinho e que, para seu
preparo, são exigidos ferros puríssimos. O que dizer, portanto, da
competencia technica de quem mandou construir um apparelho
de
para obter aço por um processo condemuado e que o faz sem conhe-
cer a composição cliimica dos ferros de que dispõe, quando é esse o
ira
leitores.
sil
semer.
Br
G
selho dado ao governo de empregar o Bessemer e m Ipanema; en-
BR
tretanto demos de barato que a composição cliimica das fontes as
indicasse como eminentemente próprias a serem tratadas por esse
processo; vamos ver si, nas especialíssimas condições de producção
s-
da fabrica, era licito aconselhar tal processo.
Vimos que a condição essencial de economia do processo Bes-
tra
semer é a grande capacidade productiva, que se consegue pelos dois
methodos seguintes:
Le
1.° Augmento da capacidade das retortas.
2.° Augmento do numero desses apparelhos.
de
G
No convertedor Robert o sopramento ó lateral, as cargas são de
BR
500 kg. cada uma e lia tres operações por hora, sejam mais ou menos
70 em 24 horas; a producção diaria é, portanto, de 35* aproximada-
mente; nessas condições, a fonte feita durante uma semana no alto
s-
forno de 10' seria elaborada em 3 dias, ficando durante os 4 res-
tantes inactivo o convertedor; com a producção actual, em 3 dias
tra
ficaria transformada integralmente em aço a fonte produzida em
1 mez ! . . .
Le
Acreditamos que após esta serie de dados, mais não precisa-
mos dizer sobre a infeliz idéa de applicar-se em Ipanema o processo
de
de preparo do aço pelo refino total da fonte com addição final, sinão
que, do m e s m o modo que o forno alto de 10', ainda não foram con-
ira
O refino produziu :
200.000 kgs. a 180 rs 36:000$000
112.000 kgs. a 300 rs 33:660$000
Trabalho da o Alcina de machinas 37:790$000
G
Porém da producção obtiveram-se :
Productos vendidos 60:õ95$790
BR
Fornecimentos ao Estado 26:9*11$060
Ficaram em ser 96:284$679
183:822$ 129
s-
Total
tra
coronel Mursa ao Dr. Rodrigo Silva, parece claudicar e m alguns
pontos. Com effeito a producção de fonte em gusa do forno alto
Le
divide-se em duas partes :
de
G
acreditamos elevar-se a mais o excesso real da despeza sobre a
BR
receita. A mesma reserva fazemos quanto ao deficit de 132:134$603
confessado no ultimo relatorio do general Costallat, relativo ao exer-
cício de 1893.
s-
Portanto de 1888 para cá, admittindo que não houvesse deficit
em 1889,1890 e 1891, cousa que se nos affigura extremamente duvi-
tra
dosa, gastaram-se em pura perda em Ipanema: Le
1888 41:182$077
1892 87:778.3005
de
18f»3 132:13«$<303
ira
os seguintes:
a sil
Br
G
dos methodos empregados em Ipanema, apontando os principaes
BR
erros e senões ahi commettidos,nunca encaramos a questão principal •.
tem esta usina razão de ser ? poderá o futuro justificar as despezas
j á feitas ou as que tenham de se fazer para, na frase do Dr. Antão
s-
de Faria, ahi estabelecer o arsenal de guerra da Republica ? Franca-
tra
mente, não. Como bem faz notar o Dr. F . Gautier 1 são elementos
indispensáveis para installações desse genero : minério, combustivel
Le
e calcareo, reunidos num mesmo ponto com o mínimo possível de
despezas. Ora o minério em Ipanema é de má qualidade, de difficil-
lima extracção em grande escala, limitado em quantidade ; o com-
de
G
de que nenhuma empreza séria o adquirirá, e principalmente pelo
BR
fabuloso preço pedido no edital de 1 de Junho de 1891 (2500 contos).
Porque não si lembra o governo de transformar Ipanema em
colonia agricola ? clima excellente, terras ferteis e nas quaes abun-
s-
dam os phosphatos (adubo de primeira ordem), tudo concorre para
fazer daquella localidade um optimo centro agricola ; poderia o go-
tra
verno sem grandes dispêndios ahi estabelecer uma escola modelo de
agricultura, crear colonias agrícolas -, trataria de sylvicultura, tão
Le
necessaria ao Brazil todo e, especialmente, a S. Paulo.
E' certamente doloroso reconhecer o proprio erro e perder o
de
publica, Ipanema nunca poderá ser, pois como bem disse o Dr. F.
sil
J. P. CALQUERAS
ia
em
ad
Ac
POESIAS INÉDITAS
G
BR
DE
s-
tra
Le
de
ÉCLOGA
ira
TITIRO, E MELIBEU
Br
G
T e via sempre estar temendo as iras
Do Lobo roubador, que o cão disperta ?
BR
Tit. Tu que de mim tão longe te retiras,
E estas vivendo la n'outra montanha
s-
Razão tens de ignorar se aqui não giras.
V e m discorrendo o monte, ouve essa extranha
tra
Maravilha, que vai por toda a parte,
Ou segue os passos meus, e me acompanha.
Le
Que te soa aos ouvidos?
jfá Com tal arte
de
G
O mal, que aos nossos gados agoirava
De sorte fugiu já, que não tememos
BR
O contagio da peste, e a fera brava.
Com ella os nossos dias passaremos
s-
Tão cheios de prazer, e de alegria,
Que da doirada idade nos lembremos,
tra
Idade, em que o Pastor se divertia
Ao som do seu rabil, e doce avena,
Le
E da inveja os venenos não temia.
Mel. — Titero, se este bem o Ceo te ordena,
de
G
ícaro a contar chegava,
BR
Quando o Pai se esforçava,
Artifice infeliz de mortaes damnos,
A tecer-lhe na cera a débil penna,
s-
Dando-lhe as azas, de que uzar lhe ordena.
tra
Le
Pelos espaços da região vazia
Dirige o tenro Moço o voo incerto,
de
3.
a
Br
4.
Ac
5.
Mas se a impreza é tão digna, que de gloria
Pode servir-me o mesmo precipício,
Eu farei sacrifício
Da Tragedia, e igualmente da Victoria :
Quero cantar de hna Heroina os annos,
Cantar quero seus dotes soberanos.
G
BR
6.
s-
Desde a margem do Tejo
tra
Vem tributar lhe as raras maravilhas
De seus ferteis eristaes, de seu thezoiro,
Le
Rizonhas sacodindo as tranças de oiro.
de
8.
ia
9.
Sim Noronhas invictos, sim Menezes,
Este dia nos trouce o fausto auspicio :
O horoscopo propicio
Nos fez ver os escudos, e osarnezes,
Que das vossas virtudes dando abono
Nos seguravam sobre o Tejo o trono.
10.
G
De troncos taes um ramo fiorecente :
BR
Eu o tenho presente
Ao lado da suavíssima Maria.
Oh que b e m neste laço eu imagino
s-
Que mais do que a eleição pode o Destino.
tra
11. Le
Se Maria do Sol não visse a façe,
Quem de Rodrigo o coração prendera ?
de
E quem o merecera ?
Sim, Rodrigo no mundo tão bem nasçe.
ira
12.
a
Br
13.
Ac
14.
G
Concorresse das Dêozas na porfia!
BR
15.
s-
Contentate de que inda g e m a o Xanto
Da roubada belleza o triste cazo,
tra
E que o Pergamo razo
Devesse as Plirigias Mains tão terno pranto.
Le
Contentate de ver ao carro prezo
Heitor dos Gregos infeliz desprezo.
de
16.
ira
Esmurece-se a vista.
a
17.
ODE
G
Desce do Tejo as regioens frondozas;
BR
Ali cheias de rizo, alli gostozas
Euphrozina e Aglaia
Andão brincando na arenoza praia,
s-
o.
tra
V e de hum golpe de vista essa ligeira.
Le
Volante esquadra de gentis Amores,
Que armados de mil dardos passadores,
Huns c o m outros se apostão na carreira.
de
3.
sil
4.
Ac
G
Qual rasgando-lhe a aljava,
BR
Vingão do cego Deus a fúria brava!
6.
s-
Bate as palmas, Amor, pede piedade,
tra
Chora, solluça e geme : a dor movidas
Ja querem perdoar; eis que detidas
Le
Entre a ternura estão, entre a crueldade.
Confessa Amor, confessa com vaidade
de
7.
e
A chusma se reparte;
em
8.
Contame, Amor, que estranha scena he esta ?
Ac
9.
G
Cedelhe o Nume o desarmado braço.
BR
10.
s-
Eis aqui espalhados sobre a terra
tra
Os seus feros arpoens em sangue tinctos;
Estas as armas, e os farpoens distinctos,
Le
Com que aos humildes coraçoens fes guerra.
Que alto mistério esta ruina encerra !
Ainda destroçado
de
11.
e
12.
G
Porque os seus bellos dias aumentemos.
BR
s-
CANTO ÉPICO
tra
recitado em o dia ão felis Anniversario da lllm* Exm.a Senhora
D. Maria Joze Ferreira cl'Essa e Burbon
Le
OITAVAS
de
1.
ira
2.
ad
G
Eu que ao de Mantua occupo igual assento,
BR
Igual fortuna nos meus v e r s o s tento.
4.
s-
Verás, ó Pedro, da roubada Espoza
tra
Hum ramo rebentar, que ao Trono extincto
Illustre excelsa successão glorioza
Le
Na longa idade renderá distinto:
Este João será, de quem na lionroza
de
6.
7.
G
Desces a nós, o Purpura Romana,
BR
De um dos Almeidas a cingir o peito,
Almeidas, de que a Estirpe Soberana
Vincula de Borbon o laço estreito;
s-
Mas qual outro da praia Luzitana
Solta as vellas, e parte a ver sujeito
tra
Das aureas Minas o Emisferio, aonde
Novas conquistas o destino esconde ?
Le
de
8.
9.
G
(Qual sobre as margens do saudozo Amphrizo)
BR
Vira as Tegides. bellas, que mimozas
Grinaldas tecem de jasmins, e rozas.
s-
11.
tra
Alimentada aos peitos da innocencia
Eu vira crescer, tocando a idade,
Le
Em que a sazão dos fructos da prudência
Provara da grande alma a heroicidade :
de
12.
a
13.
14.
G
Amor, tu que da Idalia te remontas
A respirar do Tejo os frescos ares,
BR
Prepara o arco, e as doiradas pontas,
Que honra milhor despojo os teus altares :
s-
Se digno so da bella Ninfa contas
O Mancebo gentil, que as Tutelares
tra
Deidades guardão no Solar de Anjeja
Rodrigo de Maria o Espozo seja.Le
15.
de
16.
em
17.
G
Os milagres de Amor; além dos frios,
BR
Distantes serros, que enche a Hispanha, e guarda
De Pedro a Estirpe a se enlaçar não tarda.
s-
18.
tra
Hs sombras noto, que vagando pizão
Do Elizeo os campos, reppetir mil vezes
Le
Os Reaes Troncos, onde se eternizão
Os Brazoens dos Noronhas, e Menezes :
de
19.
a
20.
21.
G
Das abelhas destilão, já de leite
BR
Vejo os rios correr; esmalta o prado
Da verde Primavera o vario enfeite;
Não mais o mundo de Saturno estado
s-
Por fabula dos séculos acceite;
tra
Que boje desce a pizar a nossa arêa
A dezejada fugitiva Astrêa. Le
22.
de
CANTATA EPITHALAMICA
ad
G
Vai ferir o filho, eis que o aterra
BR
Prodigio inda mais novo ! no brilhante
No transparente escudo tem diante
Formoza Esquadra de gentis Amores,
s-
Coroadas de murtas, e de flores
tra
Himnos cantando vem com voz serena.
He o vendado Irmão, que o coro ordena.
Le
CORO DOS AMORES
de
1.
ira
2.
ia
Amor o empregará.
Ac
3.
De sangue, e pó coberto
Nem sempre o braço armado
Temido, e respeitado
Do Deus de Amor será.
4.
G
5.
BR
Se o nosso espanto, e susto
Mil glorias lhe concede
s-
Vulcano deixa a rede
Que Amor lhe tecerá.
6.
tra
Le
Gemendo os roxos pulsos
de
7.
sil
8.
G
Na militar fadiga, e nos suores,
BR
Que illustres vivem para gloria bella
Da caza, e do solar de Bobadella!
Nutrido foi a sombra dos Loireiros
s-
Sobre as palmas nasceu dos seus Primeiros,
Conta por ellas os Avós honrados.
tra
Seus dias inda apenas esmaltados
Dos primeiros Abris, já me promettem
Le
Vencer os feitos, que oiço, e que repetem
Nas Elizias moradas
de
As sombras adoradas
Dos Freires immortaes; esses que pizão
ira
G
A formoza Izabel: hum digno excesso
Eu contemplo nos seus dotes: foi nutrida
BR
No seio da modéstia; assim nascida
Entre as prizões da purpura, que zela
s-
Ao prado se retarda a roza bella;
Assim nas conchas, que o Eritreo sepulta
tra
A pérola, que se ama mais se occulta.
Conservando a Innocencia
Le
Tratando só co'pejo, e co'a decencia,
Sabe que a bella Eliza se dispunha
de
G
ODE
BR
No nascimento de hum filho do IU.-eEx~ Sr D. Rodrigo Joze
de Menezes.
s-
Florecentes oiteiros
tra
A meus Paternos lares sobranceiros
Que nutris dentro em vos de oiro a semente,
Le
Agora lizonjeiros
Inclinai para mim a verde frente,
de
2.
e
3.
ad
Formozas habitantes
Ac
G
Por entre orvalhos, que das nuvens manda,
Qual ja colhendo pelos prados anda.
BR
5.
s-
Officiozos Amores
Brincando girao ; de mil tenras flores
tra
Chegao, tendo nas maons frescas grinaldas!
Le
Os Faunos saltadores
Finos Rubis, Safiras, esmeraldas
Cavão nos montes; com semblante airozo
de
6.
e
7.
ad
G
Do escuro Abismo, onde em grilhoens ligado
BR
Mil vezes de si mesmo he devorado.
9.
s-
Ali o está roendo
tra
A descarnada inveja; ali gemendo
Colérico, e feroz rasga as entranhas.
Le
Eu ja vos estou vendo
Celestes dons das imortaes campanhas
de
10
e
sil
De um golpe se derrama
Essa de immensa luz purpurea chama,
a
11
G
Perdida ja nos restitue a graça.
BR
13
s-
Ferem os meus ouvidos
Os eccos de hum Pastor, que emmudecidos
tra
Que cheios de terror, de susto, e espanto
Viu por terra cahidos
Le
Os espíritos v a o n s . . . Ao sacro manto,
A face augusta, e u n e l l e j a contemplo
de
14
e
Venturoza Marianna,
sil
15
ad
16
Monte, doirai a testa
Todo o seu rizo o Ceo vos manifesta,
Brilhe em vos toda a face da alegria.
Orne a grenha funesta
A lúcida e custoza pedraria,
Para vós he que o Ceo tinha guardado
G
Novo thezoiro nunca em vós achado.
BR
17
s-
Do frio jaspe, aonde
Doce letargo tanto Heroe esconde,
tra
Eu os vejo surgir, a testa erguendo.
Fitos os olhos ponde
Le
Prole de Heroes no augusto Henrique lendo
Por elle a historia dos Maiores vossos
de
18
ira
19
Se em roda amontoadas
ad
G
BR
s-
l.r>.—Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro, vol. XVII, 1891—92,
Rio de Janeiro, 1895, in 8», 337—58 pags.
tra
Le
Como se vê continuam sempre a sair atrazados estes preciosos Annaes
—Nao podemos compreliender qual a conveniência dessa divisão factícia
em dois fascículos com folha de rosto separada quando a publicação é feita
de uma só vez, em um só tomo, formando um volume completo —Este
de
que distinguem o seu A., e mais uma revelação das preciosidades que en-
Br
Sn \ T i m r s t X ^ a t a l o g o u n i a o m i s s ã o lamentável, a de
Z h Z 1 differentes Mulos catalogados, o que não só, como sabe
em
G
centam ao mexoedivel Joaquim Caetano, cujo livro clássico L'Oyapocet A
mazone « esgotou por assim dizer a matéria » consoante o mesmo e auton-
BR
zado Sr. Teixeira de Mello. Nem por isso p e r d e m inteiramente o interesse
e s t e s S u M d i o s , pois revelam a exlsteneia na Bibliotheca de docutaentos
preciosos para aquella questão como para a historia e geographiada região
que ella particularmente interessa, sobretudo para a Estória desse bello
s-
episodio da conquista de Cayena pelos l u s o - p a r a e n s e s - E s t e v o l . dos
X m e s em summa, não desmer eco dos melhores precedentes e essa publica-
tra
d o d a n o s s a Bibliotheca Nacional é por vários motivos benemerita de
estima eapreço. Pena ó, e a P enas publico uma reflexão ouvida mais de uma
v e z f ó r a d'aqui e aqui que a admnist ração não a exponha a venda nos
Le
Uvreiros como no estrangeiro se pratica com todas as publicações offlciaes.
Assfm seria ™acü aos estudiosos de toda a parte, que não têm meios mdi-
rect™ ou directos de obtel-a, a d q u i r i l - a sem dificuldade Pemntta-nos
a nova e esclarecida administração que lhe lembremos o a l v i t r e . - J . V .
de
ira
LIVROS E FOLHETOS
Ac
G
nunciado no Cassino Fluminense no festival concerto em favor da estatua do
eminente escriptor em 1" de Dezembro do 95. Discreto no fundo o elegante
BR
na forma)—Homens e f a c t o s d a h i s t o r i a p a t k i a pelo Dr. José Maria Velho
da Silva, Rio de Janeiro, Livraria do Povo, Quaresma & C . . Livreiros edi-
tores. rua de S. José <>5 e (57, m-8", IX—204 pgs. (Resumos biographicos.
sem novidades nem na apuração dos factos nem nas apreciações, que, se-
s-
gundo declara o A . obedecem á ordem estabelecida no programma do curso
elementar da escola primaria de primeiro grau. Comquanto úteis e reeom
mondáveis, são pela sua mesma extensão, pouco proprios para os alunnios.
tra
Servirão perfeitamente aos mestres que não tenham tempo ou não queiram
fazer leituras mais demoradas.)—Da v e h i c u l a ç ã o no v i h h i â o c h o l e i u c o NO
x a r q u e pi,atino relatório officiai pelo D r . F . Fajardo, Rio, Imprensa Na-
Le
cional, 1895, 10 p g s . - P a g i n a s humanas por Brito Mendes. Rio de Janeiro,
Typ. C.Braga & C . . editores. 385)4, (50 pgs.— Sf.oundo l i v r o d e l e i t u r a
para a infanciapor Thomaz Galhardo. Alves & C . , R i o de Janeiro, 4(5, rua.
Gonçalves Dias, S. Paulo,!), rua da Quitanda (Approvado pelo Conselho Su-
de
diamants au B r é s i l Xote sur les gisements diamant iferes d'Ayua Suja par
J. P. Calógeras, 21 pgs. (Este interessante trabalho do nosso collaboradoi
J. P. Calógeras é extraído da Recue miicerselle des Mines: trabalho original
a
com os retratos dos principaes personagens, vistas dos pontos mais impor-
tantes da acção e c o m a planta colorida do porto do Rio de Janeiro o a do
combate naval no porto do Desterro. 2» edição consideravelmente augmentada
e correcta, Laemmert & C., editores, Rio e S. Paulo, 185)5, in-8», 37(5 pgs.
(Util pelos documentos que contem)—O B R A Z I L SEU PRESENTE E SEU FUTURO
por Américo Werneck, Petropolis, 1893, in-8«, (51 pgs.—ERROS E VÍCIOS DA
ORGAXISAÇÃO REPUBLICANA pelo mesmo, Petropolis. 1893, in-8«, 8(5 p g s . —
MORENA romance brazileiro pelo mesmo — S. Gonçalo de Sapucahy, 3 893
in-8», 129 pgs. s