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Evolução do

Pensamento
Econômico
Curso de Administração

Segundo Período
Precursores da teoria
econômica
Antigüidade

Mercantilismo

Fisiocracia

Os clássicos
Os marxistas

Neoclássicos

Keynesianos
Antigüidade

 Grécia Antiga: Aristóteles (384-


322 a.C.) – oikonomía / Platão
(427-347 a.C.) e Xenofonte (440-
335 a.C.)
 Roma não deixou nenhum
escrito notável na área de
Economia.
A fase pré- científica: os
principais pensadores da
antigüidade
 Xenofonte, pensador grego autor de diversos
escritos sobre a agricultura e o sistema
tributário, utilizou o termo "econômico", em uma
obra do mesmo nome, porém ainda não se
podia cogitar em um pensamento independente.
Pode-se dizer que, de um modo geral, o
pensamento econômico voltava-se,
predominantemente, para a solução de
problemas particulares e das transações
comerciais.


Aristóteles (384-322 a.C) - filósofo grego nascido na
cidade de Estagira, na Calcídica, Macedônia,
distante 320 quilômetros de Atenas.
Foto:Aristóteles. Disponível em: http://www.mundodosfilosofos.com.br/foto4.htm.
Acesso em 19 de jan. de 2008.

 Aristóteles também exerceu


forte influência na evolução
desse pensamento, sendo autor
de obras em que se discutia a
função do Estado, a usura e os
salários, o intercâmbio e a
aquisição, o valor e a formação
da riqueza; contribuindo às
teorias do valor que hão de vir,
dos preços e da moeda.
A fase pré- científica: os
Romanos
 ROMANOS: Os pensadores romanos estavam
intimamente ligados à área do Direito, não obstante
a troca de produtos fosse mais intensa em Roma
do que na Grécia. Roma possuía um vasto império,
com uma desenvolvida rede rodoviária e uma
intensa navegação, elementos que a
transformaram em um importante pólo econômico,
estimulando as transações comerciais e a criação
de sociedades mercantis. No entanto, os romanos
se preocupavam fundamentalmente com a política,
restando à economia algumas observações sobre
as atividades agrícolas.
A fase pré- científica
 Conclui-se então, que apesar das
importantes contribuições dos
pensadores gregos e romanos ao
desenvolvimento do pensamento
econômico, todos esse filósofos
estiveram atados à Filosofia e à Política.
Todas as obras nitidamente econômicas
se baseavam em princípios morais e
políticos, carecendo de aspectos
científicos.
  
O pensamento econômico
na Idade Média
 O principal expoente desse
período foi Tomás de Aquino. Em
suas obras percebe-se sua
preocupação com a correta
utilização da propriedade privada,
com um sistema de preços justos,
com o comércio, com a usura e
com os sistemas salariais.
 Pregava a ética no comércio,
dizendo que o apego ao lucro é
vergonhoso e deve-se buscá-lo
como remuneração de seu
trabalho e não como fim.
O pensamento econômico
na Idade Média
 Ressurge “uma vida econômica de trocas”.
As “causas” dessa reaparição encontram-se
essencialmente no esforço desenvolvido pela
Igreja e pela Realeza em prol do
estabelecimento da ordem, no campo social,
e da organização, no político.
O “quadro” onde se dá esse reaparecimento
é a região e o agente dessa nova vida
econômica será a “cidade” que desperta, se
desenvolve e se transforma no elemento
ativo da região.
 Dá-se a especialização em ofícios.
 A divisão do trabalho aumenta as
quantidades produzidas.
O pensamento econômico
na Idade Média
 O mercado expande-se. A cidade, com
as suas profissões especializadas,
necessita, para a sua manutenção, dos
produtos agrícolas da vizinhança. As
trocas urbano-rurais generalizam-se e
completam.
 O comércio estende-se, tornando-se
inter-regional com o aparecimento das
feiras. Estas são grandes mercados
onde já se efetuam trocas de
mercadorias: têm por objeto sobretudo
os produtos de luxo e, por vezes,
agrícolas também.

O pensamento econômico
na Idade Média

 A Igreja exerce uma


poderosa influência na vida
de toda a Idade Média, cujo
pensamento também
domina. Teólogos,
canonistas e moralistas são
os mestres de então e as
suas fontes são os livros
sagrados e, para alguns, as
obras de Aristóteles, “A
Moral” e, sobretudo, a
“Política”.

Imagem de Igreja.Fonte:Clip-arts- Microsoft


Office.
O pensamento econômico
na Idade Média
 Na religião cristã, o pensamento
econômico vai buscar a concepção
moral: tratar-se-á, para os autores da
época, de “moralizar o interesse
pessoal”. E esse princípio de moderação
vai imprimir o seu cunho principalmente
às idéias relativas à propriedade e ao
lucro.
 A Aristóteles vai buscar principalmente a
concepção do “equilíbrio” necessário a
todas as coisas, intimamente ligada à
anterior e expressa sobretudo através
da constante preocupação de realizar a
“justiça nas trocas”.
A Idade Média reconhece a
plena dignidade do trabalho
humano
 A ociosidade é formalmente condenada;
exalta-se o trabalho, tanto manual
quanto intelectual. Isso, aliás, não
significa que fossem todos os ramos de
trabalho igualmente apreciados.
 Os trabalhos agrícolas, tal como na
Antiguidade, são particularmente
apreciados; a seguir vêm os trabalhos
industriais e os de administração;
- o segundo grupo é o daquelas
atividades nas quais o trabalho aplica-se
à obtenção de riquezas artificiais e,
portanto, são admitidas com reserva.
O pensamento econômico
na Idade Média
 Na Idade Média, o pensamento
econômico estava subordinado à moral.
E para que a justiça seja alcançada, é
necessário que a troca realize um
equilíbrio entre os interesses em jogo. É
preciso que o preço seja “justo”.
 Os escolásticos vão se esforçar por
deixar clara esta noção: justo preço é
aquele bastante baixo para poder o
consumidor comprar, sem extorsão, e
suficientemente elevado para ter o
vendedor interesse em vender e poder
viver de maneira decente.
O pensamento econômico
na Idade Média
 As visões econômicas e morais vão
levar os teólogos a procurarem
uma base para o preço, isto é, o
valor.
 A apreciação do justo preço sofre a
influência dos costumes e da
tradição e depende da perícia de
pessoas alheias à discussão ou, na
maioria das vezes, tão-somente da
consciência dos interessados.

O pensamento econômico
na Idade Média
 A noção de justo preço é aplicada
ao “salário”, remuneração do
operário em troca do trabalho
prestado. O justo salário deve
permitir ao operário viver, com a
sua família, de acordo com a
tradição da sua classe e com os
costumes locais.
O pensamento econômico
na Idade Média
 Foi ainda esta idéia de justiça
comutativa que determinou a
proibição do “empréstimo a juros”.
Mas com o passar do tempo, este
princípio vai ser alvo de
modificações, à medida que o
comércio e a indústria se
desenvolvem e os empréstimos
são concedidos como auxílio à
produção.

O pensamento econômico
na Idade Média
 Isso conduz os doutores da Igreja
católica a aceitar aos poucos a atividade
comercial, a riqueza que ela obtém e os
empréstimos que a estimulam é a
influência histórica que permitirá ao
calvinismo exaltar sem reserva essa
atividade.

 A moeda, por lhes parecer instrumento


prático de justiça nas trocas e por lhes
permitir avaliar bem o justo preço, atraiu,
na época, a atenção geral.

O pensamento econômico na
Idade Média: as idéias monetárias

 A moeda era coisa do rei e a ele


cabia-lhe fazer com ela o que
quisesse. Foi a partir do século
XIII que as mutações monetárias
começaram a ser mais
freqüentes.
O pensamento econômico na
Idade Média:
as idéias monetárias
 Os reis passaram a justificar essas
mutações, do ponto de vista prático,
equiparando-as a operações fiscais
necessárias à boa marcha dos seus
reinos. Tais razões passaram a ser
discutidas quando, ao se desenvolver o
comércio, se verificou representar a
instabilidade da moeda um óbice à boa
regularidade das transações, que então
se intensificavam.
Finalizando a fase
pré-científica
 São características de um conjunto de idéias
que convencionou-se chamá-la de
Mercantilismo (1450-1750);
 Ela reflete uma época na qual a sociedade está
atravessando grandes transformações,
principalmente relacionadas ao comércio que
passa a ter um papel cada vez mais importante;
 “As Políticas comerciais mercantilistas” voltam-
se para o protecionismo;
 As principais referências são: Colbert, Cantillion
e Petty.
Mercantilismo: Trabalho indígena nas
minas de prata, Gravura de Théodore De
Bry, século XVI.
 Para os mercantilistas, a
riqueza de um país era
dada pelo seu estoque de
metais preciosos. Com
isso, buscavam
estabelecer os princípios
de como fomentar o
comércio exterior no intuito
de entesourar tais metais;
 Estímulo às guerras,
exacerbação do
nacionalismo, presença do
Estado em assuntos
econômicos. Vamos
estudá-los com maior
profundidade essa Escola.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII)
 Chama-se mercantilismo ao conjunto de
idéias e práticas econômicas que
floresceram, na Europa, entre 1450 e
1750. Uma tríplice transformação, de
ordem intelectual, política e geográfica,
assinala, na aurora desse período, o início
dos tempos modernos.
O mercantilismo é marcado por um
processo de expansão dos mercados
consumidores e produtores de matéria-
prima, pela revolução comercial, pela
centralização do comércio como atividade
econômica e pelo protecionismo e
intervencionismo estatal na economia.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII)

 No século XVI assiste-se ao surgimento do


Estado Moderno. A centralização monárquica
vai tomando o lugar dos pequenos núcleos
feudais.
 A Idade Média teve, sem dúvida, o seu
sistema de Estado. Mas, pelo fato de não
passarem de aglomerações feudais, não
possuíam uma verdadeira política nacional.
 Foi a suplantação desta forma de Estado que
fez surgir a idéia de economia nacional no
sentido moderno da expressão, ou seja, a
concepção de Estado que coordena todas as
diferentes forças ativas da nação.

Mercantilismo (Séc. XV – XVIII)
 O comércio, principalmente, transforma-se em
negócio público. A noção de “balança comercial”
suplanta a de “balança de contratos”.
O fim do século XV marca o início da era das
grandes descobertas e com ela o fenômeno mais
importante deste período.
 O afluxo de metais preciosos, a que dá origem, vai
determinar duas conseqüências essenciais para o
pensamento econômico:
(1) o desenvolvimento de idéias interessantes
sobre a moeda;

(2) a possibilidade de elaboração da concepção
metalista, base dos sistemas mercantilistas.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII)

 Verifica-se, no século XVI, na Europa, um considerável


afluxo (entrada) de metais preciosos. Nessa mesma
época, os preços experimentaram uma rápida e
considerável alta, que transforma e desequilibra as
condições da vida econômica e social. Os
trabalhadores, principalmente, são seriamente
atingidos pelo fenômeno.
 A sobrevivência das idéias medievais do “justo preço”
e “justo salário” cristaliza a taxa dos salários, a
despeito da elevação do custo de vida, em nível
imutável. O descontentamento generaliza-se e a
opinião pública inquieta-se.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII)

A idéia metalista
 A abundância de metais
preciosos é o fator
determinante de uma
concepção central do
mercantilismo: a idéia
metalista.

 Esta idéia foi deduzida pela


seguinte observação: a
prosperidade dos países
parece estar na razão direta da
quantidade de metais
preciosos que possuem.
A idéia metalista

 Daí nasce a convicção – predominante


nos séculos XVI e XVII – de serem
riqueza e quantidade de metal precioso,
possuídas por um país, expressão de
um só e mesmo fenômeno.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII)

 Os mercantilistas não vêem o ouro e a


prata como “a única riqueza”, mas os
consideram como “o mais perfeito
instrumento de aquisição da riqueza”.
No entanto, foram muitos os
mercantilistas que confundiram a
riqueza com o dinheiro.
 Até aos primórdios do século XVII,
principalmente, era muito comum essa
confusão em autores espanhóis,
italianos e ingleses.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII)

 Em resumo, três são os principais


fundamentos da idéia metalista:
 Um, decorrente do fato de se associar à
idéia de moeda – riqueza;
 Outro, que consiste no caráter de
durabilidade da riqueza metálica, e o
último, enfim, oriundo da necessidade
de dinheiro para a guerra.
 O mercantilismo exprimiu-se através de
um grande número de sistemas, dos
quais se destacam três formas:
espanhola, francesa e inglesa.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII):
os sistemas mercantilistas

 A forma espanhola ou bulionista:


A primeira – e também a mais rudimentar –
forma de mercantilismo coincide com a
descoberta e exploração das minas de ouro
da América, e tem nascimento no país que
recebe este metal precioso: a Espanha.
 Os principais representantes bulionistas são
Ortiz, Botéro, entre outros.

Mercantilismo (Séc. XV – XVIII):
A forma francesa ou colbertismo
 Com o mesmo objetivo de aumentar os estoques
monetários, a França vai orientar a sua ação para o
fomento da indústria, uma vez que não pode recorrer às
fontes diretas de metais preciosos.
 A indústria é preferida, por um lado, em virtude da sua
produção ser mais certa e regular, e, por outro, pelo fato
dos produtos fabricados para a exportação terem um
valor específico maior.
 O esforço em prol do desenvolvimento industrial é
acompanhado de numerosas medidas intervencionistas:
o Estado outorga monopólio de produção e regulamenta
a indústria de modo estrito; há interdição do trabalho
livre.
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII):
A forma inglesa ou comercialista

 Foi perante as potencialidades


comerciais dos Descobrimentos que os
comerciantes solicitaram a abolição da
proibição da saída de metais precioso
do país.
 O argumento é simples: as Índias
Orientais fornecem aos compradores
preciosas especiarias, as quais são
revendidas aos estrangeiros a um preço
muito elevado.

Mercantilismo (Séc. XV – XVIII):

 Ora, os estrangeiros não querem vender


contra pagamento em outros produtos, mas,
sim, em metal precioso.
 A exportação desse metal permitiria,
portanto, ao comerciante inglês, auferir
lucros que se traduziriam, no fim de contas,
em importação do metal precioso, com
vantagem para o país.
 Na concepção mercantilista, é a nação – e
não o indivíduo – o comerciante.
 Cabe-lhe, pois, realizar todos os esforços
para conseguir uma balança de comércio
exterior saldada mediante a entrada de
metal.
Fisiocracia (organicistas)
 Séc XVIII – reação ao Mercantilismo;
 A riqueza consistia em bens produzidos com
ajuda da natureza em atividades econômicas
como a lavoura, a pesca e a mineração. Em
suma, só a terra teria a capacidade de
multiplicar a riqueza.
 Obra: Tableau Économique (Quadro
Econômico) – François Quesnay
 Séc XX (anos 1940) – Leontief
Fisiocracia (organicistas)

 Agora vamos estudar os Fisiocratas.


 Essa escola de pensamento econômico
expressa a reação à excessiva
intervenção governamental na
economia, prática que estava fortemente
enraizada nos países europeus após
mais de dois séculos de predomínio das
idéias mercantilistas.
Fisiocracia

A Escola Fisiocrata foi a


primeira escola econômica.
Seus representantes são
franceses que, juntos,
trabalharam na elaboração de
uma explicação geral da vida
econômica. Suas obras se
situam entre 1756 e 1778.
A fase científica: a Fisiocracia

 François Quesnay
(1694-1774)
 Médico da corte do rei francês
Luís XV (1710-1774). Sua obra
principal, Quadro Econômico,
foi publicada em 1758. Baseado
em números e dados, Quesnay
demonstra a relação entre
diferentes classes e setores
econômicos, e o fluxo de
pagamentos entre eles.
François Quesnay (1694-1774)

 Os fisiocratas reúnem-se em volta de um


chefe, Doutor Quesnay,um sábio que por
volta de 1756 - aos 62 anos -, orienta suas
pesquisas para os problemas econômicos.
 François Quesnay foi, em sombra de
dúvida, o maior expoente dos fisiocratas,
cujas idéias podem ser entendidas a partir
da decomposição da própria palavra que
dá nome à escola:
Fisio = natureza e Cracia = governo
François Quesnay (1694-1774)

 De acordo com essa idéia, as leis da


natureza governam as sociedades humanas
da mesma maneira que as descobertas de
Newton governam o mundo físico.
 Todas as atividades humanas, portanto,
deveriam ser mantidas em harmonia com
essas leis naturais.
 O objetivo de todo estudo científico era
descobrir as leis às quais todos os
fenômenos do universo estavam sujeitos.
Fisiocracia

 Portanto, Fisiocracia significa governo da


natureza e daí podem ser depreendidos os
principais postulados defendidos pelos
seus adeptos:
Ordem natural - os fisiocratas introduziram
a idéia de ordem natural ao pensamento
econômico. Achavam que o funcionamento
da economia correspondia a uma ordem
natural.
Fisiocracia
 Para os fisiocratas, portanto, os
governos nunca deveriam estender
sua interferência nos assuntos
econômicos além do mínimo
absolutamente essencial para
proteger a vida e a propriedade e
para manter a liberdade de adquirir.
Fisiocracia
 Para os fisiocratas, só a agricultura é
produtiva, dado que só a agricultura tem a
possibilidade de produzir uma quantidade
de riqueza superior à que consome.
Consideravam estéreis tanto a indústria
como o comércio.
 Entendem que só pode ser legitimamente
considerado como riqueza o excedente que
esta riqueza representar em relação ao
consumo de riqueza que aqueles encargos
representam.
Fisiocracia
 Ao excedente obtido na operação
produtiva deram os fisiocratas o nome
de produto líquido. Este produto líquido
é exclusivo da produção agrícola.
 Só a agricultura cria realmente riqueza,
porque nela ao trabalho produtivo se
junta a fecundidade da terra: Deus é o
único produtor (Dupont).
 O comércio e a indústria são classes
estéreis na medida em que ganham,
mas não produzem.
Clássicos
 Predominaram entre o final do século XVIII e
início do século XIX, consolidando a economia
como corpo científico próprio.
 Lançaram as bases do liberalismo econômico,
em que prevaleceram as forças de mercado,
sem intervenção governamental.
 Seus expoentes foram Adam Smith, David
Ricardo, John Stuart Mill, Jean-Baptiste Say.
A Escola Clássica
 A base do pensamento da Escola Clássica é
o liberalismo econômico, ora defendido pelos
fisiocratas. Seu principal expoente é Adam
Smith (1723-1790) que, ao contestar a
regulamentação comercial do sistema
mercantilista, acreditava que a concorrência
produz como resultado o desenvolvimento
econômico, que por sua vez é utilizado por
toda a sociedade.
 A teoria clássica surgiu do estudo dos meios
de manter a ordem econômica através do
liberalismo e da interpretação das inovações
tecnológicas provenientes da Revolução
Industrial.
A Escola Clássica

 Todo o contexto da Escola Clássica está


sendo influenciado pela Revolução Industrial.
 São características dessa escola: a busca
no equilíbrio do mercado (oferta e demanda)
via ajuste de preços ("mão invisível"), a não-
intervenção estatal na atividade econômica,
prevalecendo a atuação da "ordem natural" e
a satisfação das necessidades humanas
através da divisão do trabalho, que por sua
vez aloca a força de trabalho em várias linhas
de emprego.
A Escola Clássica

 De acordo com o pensamento de Adam Smith,


a economia não deveria se limitar ao estoque
de metais preciosos e ao enriquecimento da
nação, apenas a nobreza era beneficiada por
esse enriquecimento, no entanto, o restante
da população estaria excluído dos benefícios
provenientes das atividades econômicas. Sua
preocupação fundamental era a de elevar o
nível de vida de todo o povo.
Adam Smith (1723-1790)
 Publica em 1776 a obra:
 “A Riqueza das Nações”;
 Pergunta Central dessa obra:
Como uma sociedade de
indivíduos livres e
“egoístas” (pois buscam seu
próprio interesse) pode
funcionar?
 Resposta: a concorrência,
através de preços livremente
formados nos mercados gera a
eficiência social.
Adam Smith (1723-1790)
 Mercado = simboliza a “mão invisível”;
 Mercado é o “sistema auto-regulador”, baseado na
flexibilidade de preços. É o laissez-faire(deixai-fazer)
 Outros argumentos de Adam Smith:
 A divisão do trabalho aumenta a produtividade:
 (ex.: fábrica de alfinetes);
 Comércio internacional é importante fonte de
crescimento das nações.
 Limitações de suas idéias:
 Nem sempre o mercado funciona como ele previu.
 O capitalismo transformou-se muito desde seu tempo.
Adam Smith (1723-1790)
 Assim:
“Cada pessoa, em busca de melhorar a si
mesma, sem pensar nas demais, depara-se
com uma legião de outras pessoas com
motivações semelhantes.
Como resultado, cada agente do mercado, ao
comprar e vender, é forçado a equiparar seus
preços aos oferecidos pela concorrência.”
Adam Smith (1723-1790)
 No mundo da “livre concorrência” de Adam
Smith, um vendedor que tiver um preço “acima
do mercado”, não conseguirá vender seu
produto; um trabalhador que pedir um salário
“muito alto” não conseguirá trabalhar.
 O mercado tem duas funções centrais:
 Disciplina a concorrência;
 Garante a melhor “alocação de fatores”: ou
seja, os fatores de produção serão
direcionados para a produção somente daquilo
que a sociedade “quer comprar”.
David Ricardo(1772 - 1823)

 Economista inglês nascido em


Londres, criador da teoria da
lei de ferro dos salários.
 Em seu primeiro trabalho The
High Price of Bullion, a Proof of
the Depreciation of Bank Notes
(1810),  pregava a limitação na
emissão de moeda como
medida preventiva para o
combate à inflação.
 Sua teoria foi aceita por um
comitê indicado pela Câmara
dos Comuns, o que lhe deu
grande prestígio.
A seguir : o pensamento
marxista
 Outra escola de
pensamento
contemporânea aos
clássicos foi o
Marxismo.
 Mas o que eles
pregavam?
Karl Marx (1818 – 1883)
 Marx descreveu o
capitalismo dos grandes
cartéis e dos crescentes
conflitos entre “capital e
trabalho”;

 Em Marx o crescimento no
capitalismo é cheio de
“armadilhas”
O Pensamento Marxista
 Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava
que estes erraram ao afirmar que a estabilidade
e o crescimento econômico seria efeito da
atuação da ordem natural.
 E explica, dizendo que "as forças que criaram
essa ordem procuram estabilizá-la,
sufocando o crescimento de novas forças
que ameaçam solapá-la, até que essas
novas forças finalmente se afirmem e
realizem suas aspirações".
O Pensamento Marxista
 Ao afirmar que "o valor da força de trabalho é
determinado, como no caso de qualquer
outra mercadoria, pelo tempo de trabalho à
produção, e consequentemente à
reprodução, desse artigo em especial", Marx
modificou a análise do valor-trabalho (teoria
objetiva do valor).
 Desenvolveu, também, a teoria da mais-valia
(exploração do trabalho), que é a origem do
lucro capitalista, de acordo com o pensamento
marxista. Analisou as crises econômicas, a
distribuição de renda e a acumulação de capital.
O Pensamento Marxista
 No decorrer da evolução do pensamento
econômico, Marx exerceu grande impacto e
provocou importantes transformações com a
publicação de duas conhecidas obras: Manifesto
Comunista e Das Kapital.
 Segundo sua doutrina, a industrialização vinha
acompanhada de efeitos danosos ao
proletariado, tais como, baixo padrão de vida,
longa jornada de trabalho, reduzidos salários e
ausência de legislação trabalhista.
O Pensamento Marxista
 As crises econômicas seriam recorrentes e
gerariam:
 Concentração/centralização de capitais:
as empresas menores e mais frágeis
seriam eliminadas a cada crise.
 Os conflitos “capital x trabalho” se
agravariam com a crescente
“proletarização”.
Neoclássicos
 Escola que se desenvolveu a partir da segunda
metade do séc XIX e início do séc XX;
 Formulação analítica em Economia e pelo uso
intensivo da Matemática – alocação ótima dos
recursos;
 Teoria do valor-utilidade: o valor dos bens é
formado a partir do grau de satisfação;
 Principais pensadores: Marshall, Walras,
Schumpeter, Pareto, Pigou, Edgeworth, entre
outros
Alfred Marshall (1842-1924)
 Alfred Marshall (Londres,
26 de julho de 1842 — Cambridge,
13 de julho de 1924) foi um dos
mais influentes economistas de seu
tempo.
 Seu livro, Princípios de Economia
(Principles of Economics).

 Procurou reunir num todo coerente


as teorias da oferta e da demanda,
da utilidade marginal e dos custos
de produção, tornando-se o manual
de economia mais adotado na
Inglaterra por um longo período.
Reação Neoclássica (1870-1929)

 Os pensadores da Revolução Marginalista:


elaboraram teses que incluem os seguintes
elementos: “recursos escassos x usos
alternativos”; “valor de utilidade”.
 A escola do “neoclassicismo” ou “marginalismo”
desloca a temática da discussão do valor e
distribuição da tradição clássica (“valor-trabalho”)
para a visão do valor utilidade e dos custos de
produção.
 Destaques: Escola Austríaca (Menger, Jevons,
Böhm-Baverk); Escola de Viena (Walras e o
“equilíbrio geral”); Marshall e a Escola de
Cambridge (“equilíbrio parcial”).
A Teoria Keynesiana

 John Maynard Keynes


(1883-1946)
 • Talvez o mais importante
economista da história.
 • Publicou em 1936 o livro
 “Teoria Geral do Emprego,
do Juro e do Dinheiro”.
John Maynard Keynes(1883-1946)

 Foi o economista mais influente do século XX;


 Seu livro “A Teoria Geral do emprego do juro e
da moeda” representa uma revolução teórica e
política;
 Assistiu a um período de grande turbulência nos
entre-guerras (1914-1945):
 Problemas monetários (hiperinflação e deflação);
 Desemprego em massa;
 Ascensão do nazismo e duas guerras que quase
acabaram com a Europa.
John Maynard Keynes (1883-1946)

 Segundo Keynes, os economistas


convencionais (liberais) acreditavam na “Mão
Invisível” do mercado de Adam Smith.
Entretanto, esses economistas liberais, não
sabiam e não apresentavam nenhuma
solução para as crises;
 Keynes demonstrou que os mercados não
possuíam forças naturais auto-corretivas;
 As variações na renda (riqueza) dependem
das decisões privadas de gastos (demanda
efetiva), especialmente do investimento.
John Maynard Keynes (1883-1946)

 Estas decisões de gastos ou despesas


envolvem tempo e são tomadas em um
ambiente de incerteza;
 Logo: a instabilidade é intrínseca ao sistema
econômico;
 Somente as intervenções governamentais
podem evitar a ocorrência de “equilíbrios
ruins”, qual seja, desemprego.
John Maynard Keynes (1883-1946)

 Problema que enfrentou: como enfrentar o


ciclo vicioso da depressão?
 Consumidores com menos renda reduzem os
gastos; as empresas vendem menos; as
empresas demitem funcionários; a renda cai e,
assim, o consumo cai ...
 Solução: intervenção governamental (políticas
fiscais e monetárias):
 Políticas fiscais – gasto público e impostos.
 Política monetária – taxa de juros e volume de
crédito.
Referências Bibliográficas

• VASCONCELLOS, M.A.S. e GARCIA,


M. E. Fundamentos de economia.
2a. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

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