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Janaúba
2018
INTRODUÇÃO
Deve-se ressaltar que há no Estado de São Paulo cerca de 700 líderes e cabeças de
organizações criminosas que estão completamente isolados. É urgente que mais membros de
organizações criminosas sejam submetidos ao regime de isolamento total, sem qualquer
comunicação com o mundo externo, sendo as visitas de familiares e advogados
permanentemente monitoradas. A situação requer ainda que sejam feitos mais investimentos no
setor, para dar garantias e estrutura aos agentes penitenciários. São funcionários de extrema
importância para a manutenção da ordem e disciplina nos presídios. Vale lembrar também que
o agente penitenciário que trabalha, permanentemente, no mesmo local, tende a ser aliciado
pelos presos com o passar do tempo. Assim, é necessário que haja um rodízio de agentes, de
forma que não permaneçam por muito tempo no mesmo estabelecimento carcerário, a fim de
evitar sua cooptação pelo crime organizado e de preservar sua integridade corporal.
Sob o ponto de vista técnico, e não ideológico, o investimento privado seria medida
salutar para a solução da crise carcerária, e é justamente por isso que defendo a privatização
dos presídios. São imprescindíveis investimentos privados maciços na construção de casas de
albergados, colônias penais, de presídios modernos e estruturados, de forma a garantir tanto os
direitos dos presos quanto a segurança da sociedade. Precisamos de presídios de segurança
máxima, que possam abrigar adequadamente e com segurança membros de organizações
criminosas. O Estado, por outro lado, deve procurar uma forma de fazer com que aquele que
investe consiga obter remuneração mediante o trabalho dos presos. Ao lado da questão
carcerária, temos a crise dos órgãos de segurança pública. Com a falta de verba federal, os
policiais são destituídos de estrutura para o trabalho. Aliado a esse fato, recebem parcos salários
para combater uma criminalidade organizada. O Governo Federal ainda não se deu conta de
que não estamos mais diante de ladrões de galinha de ou trombadinhas, mas de criminosos
altamente organizados, que portam granadas e fuzis e praticam delitos graves como tráfico de
armas e de entorpecentes. Em episódios como esses que estão ocorrendo atualmente em São
Paulo em que a criminalidade organizada buscou a rendição das autoridades policiais por meio
de inúmeros atentados constatamos o grande valor das polícias para o zelo do Estado
Democrático de Direito. Por serem os verdadeiros guardiões desse Estado, não podem ser
relegados a um segundo plano. Assim, juntamente com o investimento nos presídios, constitui
ume medida salutar o investimento do Estado no material humano de nossas polícias. Embora
a Polícia Civil e a Militar tenham estruturas de inteligência bastante razoáveis, faz-se necessário
investir no policial em si. A oferta de infra-estrutura adequada ao policial, fornecendo
armamentos e viaturas, por exemplo, não pode ser a única medida adotada. É preciso introduzir
estratégias motivacionais que estimulem a produção do servidor público. Deixá-lo motivado
poderá trazer resultados ainda maiores.
É preciso atentar, enfim, para o fato de que não estamos dentro de um quadro normal
de criminalidade, ou seja, aquele esperado, tolerado pela sociedade. O Governo Federal não se
deu conta de que a política de segurança pública da qual dispomos serve para o combate de uma
criminalidade existente nos idos do século passado. Quando esse padrão de criminalidade
esperado extrapola os limites do tolerável e quando se constata que essa criminalidade busca a
rendição do Estado e não mais de vítimas isoladas, não podemos mais dispor dos mecanismos
CONCLUSÃO
A segurança pública é o pilar base da sociedade, sem ela vários outros setores não
funcionariam, é a precursora que mantém a ordem e o progresso da nação Mas é sabido que
no Brasil as verbas para segurança pública são cortadas constantemente, fazendo-a respirar
por aparelhos, sendo feito milagre por parte dos agentes da mesma, uma das consequências,
os impactos mais vistos são os crescentes aumentos nos números da violência.
É certo que o controle da criminalidade em sociedades historicamente violentas não é
problema de fácil solução: a violência é um fenômeno complexo e multidimensional que
perpassa as práticas de todas as classes e grupos sociais, assim como as instituições que
supostamente deveriam ser responsáveis pelo seu controle, além de atingir preferencialmente
aqueles que já são destituídos de quase todos os direitos, os invisíveis de sempre. Mas o que
pode ser feito no curto e no médio prazo, para reduzir a violência que mata mais de 60 mil
pessoas por ano no país, sem abrir mão do compromisso com a democracia, o Estado de Direito
e a observância dos direitos fundamentais?
REFERÊNCIAS
CARIELO, Gabriel; GRILLO, Marco. Especialistas em Segurança Pública
apontam caminhos para a redução dos homicídios no Brasil. Disponível em:
< https://oglobo.globo.com/brasil/especialistas-em-seguranca-publica-apontam-caminhos-
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Autora Coletiva do blog Congresso em Foco. Seis propostas para melhorar a
segurança pública no Brasil. Disponível em:
< http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/outros-destaques/seis-propostas-para-melhorar-
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Texto extraído do SITE JUS MILITARIS. OS CONCEITOS DE ORDEM
PÚBLICA E SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DE 1988 E SEUS REFLEXOS NO DESENVOLVIMENTO DAS
ATIVIDADES DA POLÍCIA MILITAR. Disponível em:
< http://jusmilitaris.com.br/sistema/arquivos/doutrinas/cf-segpubl-pm.pdf> Acesso em:
02/04/2018.
LOUREIRO, Gabriela. 5 razões por trás da crise de segurança pública no
Brasil. Disponível em:
< http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38909715> Acesso em: 02/04/2018.
BERTAZZA, João Marcello. Os caminhos da segurança pública no Brasil:
entre o fácil e o necessário. Disponível em:
< http://justificando.cartacapital.com.br/2017/11/22/os-caminhos-da-seguranca-publica-no-
brasil-entre-o-facil-e-o-necessario/> Acesso em: 02/04/2018.