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Instituto Superior da Maia - ISMAI

Licenciatura em Criminologia
Delinquência Juvenil
Turma ........

Tiago Azevedo Nº ....

Porto
Novembro 2009/2010
Instituto Superior da Maia - ISMAI
Licenciatura em Criminologia
Delinquência Juvenil
Turma ........

Tiago Azevedo Nº ....

Porto
Novembro 2009/2010
Índice
Índice..................................................................................................................................2

............................................................................................................................................2
Introdução..........................................................................................................................2
1.Definição.........................................................................................................................4
6. Causas............................................................................................................................4
7. Efeitos.............................................................................................................................6
8. Soluções..........................................................................................................................7
8.A situação em Portugal..................................................................................................9
Anexos..............................................................................................................................11

..........................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas..............................................................................................12

Introdução

2
O objectivo deste estudo é voltar os olhos para aquilo que vulgarmente não se
discute: a Prostituição Juvenil. A Prostituição Juvenil apesar de ser um assunto
polémico, é muito praticada já desde há muito tempo. A fase juvenil é entendida como
sendo forma imatura de um ser vivo, é a fase do desenvolvimento humano que marca a
transição entre a infância e a idade adulta. Para o ser humano esta designação refere-se
ao período entre a infância e a maturidade, podendo ser aplicada a ambos os sexos e
podendo haver variações no período de idade que ocorre de acordo com a cultura. Com
isso esta fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e
representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento
e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o
capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.

Com efeito, ,,,,,,,,,,,,,,, dizer o que vão falar que aspectos e temas vão falar ao
longo do trabalho a partir deste conceito de prostituiçaõ juvenil . Podem ainda dar um
pequeno toque sobre a definição da prostituição juvenil aqui na introdução, mas não
falem muito não se estendam muito, pois a definição fazem noutra pagina sozinha, e
mais explicita. Aqui na introdução é bom que digam o significado como já escrevi
encima do que é ser juvenillll que fase do ciclo do ser humano se refere como referi mais
encima

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1.Definição
A
palavra Prostituição vem do grego " pornai ", palavra que deriva de " pérnêmi ", "vender".

.....

6. Causas

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Dentre as causas apontadas para o problema da prostituição juvenil, as situações
de extrema pobreza, oriundas das desigualdades sociais, e a falta de estrutura familiar
têm sido apontadas como causas principais da prostituição infantil. A prostituição é vista
como uma forma de sobrevivência diante da falta de condições económicas básicas, mas
referem outros factores associados que levam aos jovens a entrarem no mundo da
prostituição tais como: falta de condições financeiras por parte dos pais ou mesmo por
parte dos jovens para o seu próprio sustento, podem até trabalhar, mas o tipo de trabalho
tem pouca renumeração e também devido a expulsão de casa pelos próprios pais. O
domínio masculino em relação à mulher e a dominação do adulto sobre a criança são
factores influentes uma vez que o machismo e o adultocentrismo, por essência, violam os
direitos do outro.
Além disso, a violência e o abuso sexual na infância também são factores que
propiciam a iniciação na exploração sexual. A criança que sofre violência, sexual ou não,
torna-se susceptível à exploração de qualquer natureza, uma vez que a violência tende a
lesar sua integridade psíquica. Há uma estreita relação entre o abuso sexual vivido pela
criança no meio familiar e sua iniciação na prostituição. A criança que tem antecedentes
de abuso sexual vivencia um processo de rebaixamento da auto-estima que, associado a
uma cumplicidade com o abusador e obediência a ele, a torna mais vulnerável ao mundo
da prostituição.
Segundo o resultado de um relatório estatístico realizado pela ABRAPIA, no
período de Fevereiro de 1997 a Janeiro de 2003, constatou-se um total de 3328
denúncias de exploração sexual. No relatório, considerou-se exploração sexual toda
violência sexual com fins económicos: a prostituição infantil, a pornografia na internet, o
turismo sexual, o tráfico de crianças e adolescentes e a venda de material pornográfico.
Diante deste estudo verificamos que as causas que levam as jovens a entrarem no mundo
da prostituição, em sua maioria, são de ordem sócio económica, levando-se em conta que
muitos casos de violência sexual não são denunciados, estes dados retratam apenas parte
da realidade.
Além da pobreza e do abuso sexual na infância, o uso de substâncias psicoactivas
(álcool e drogas) também foram referidos como causas que predispõem à prostituição.
(ver gráfico 1- Anexos). O envolvimento no tráfico de drogas e o alcoolismo podem ser
factores que desencadeiam a prostituição ou que decorrem dela, sendo ora causa, ora
efeito do fenómeno.
Enquanto efeito, o uso de drogas é um modo das jovens resistirem a vida de rua,
uma vez que a exploração sexual as leva a vislumbrar o seu uso como forma de

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tolerarem as humilhações a que são submetidas, aos danos emocionais e físicos e a
convivência com a baixa auto-estima e com a auto-imagem negativa que desenvolvem
nesse processo.

Figura 1- Crianças exibindo-se para os motoristas dos camiões, oferecendo os seus corpos com a
maior naturalidade em troca de um prato de comida, um lanche ou na maioria das vezes, por
alguns trocados.

7. Efeitos
Os efeitos sobre as crianças e adolescentes em situação de exploração sexual,
dizem respeito a: discriminação social, insultos, estigmas; redução da auto-estima,
desenvolvimento de psicopatologias, narcodependência (depedência da droga); danos
físicos, gestação precoce, ocorrência de abortos; oposição em reinserção nos seus lares e
na escola, dependência económica dos parceiros sexuais (clientes com os quais se
envolvem afectivamente); tráfico e turismo sexual, e pornografia infanto-juvenil.
As atitudes das pessoas vistas como normais em relação a grupos minoritários
assumem distintas formas de discriminação. Esta se fundamenta numa lógica que
inferioriza quem é estigmatizado devido ao perigo que essa pessoa representa. As
pessoas que contrariam o padrão de comportamento social são marginalizadas pelo
cidadão comum. Este, com conhecimentos restritos, analisa um contexto na forma como
o fenómeno se manifesta, desconsidera sua essência. Não é capaz de identificar as
causas, as interfaces e a complexa estrutura que levam a criança ou o jovem a se
envolver em situações ilícitas.
A criança discriminada e identificada com o estigma de prostituta convive com
situações de exploração, humilhação, sofrimento e exclusão. Além de ser
responsabilizada pela opção que supostamente fez, fica impedida de romper com o lugar

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social que lhe foi destinado. Essa responsabilização da criança configura uma violência
institucional porque desobriga a sociedade e o Estado à criação de políticas públicas para
sua protecção.
O sofrimento decorrente da discriminação possibilita o acometimento da baixa
auto-estima da criança, reduzindo seu potencial de enfrentamento para lidar com a
situação de stress que a condição de exploração gera. A baixa auto-estima influencia a
concepção da criança em relação a sua auto-imagem, desencadeando comprometimento
emocional e o desenvolvimento de psicopatologias como a depressão.
Além dos danos psíquicos, a criança explorada sofre também constantes danos
físicos por maus tratos dos seus aliciadores ou dos próprios clientes, por estar vulnerável
às doenças sexuais e devido à gestação precoce e indesejada. Aliada a essa situação de
risco, o retorno da criança a sua família enfrenta grande dificuldade, pois advém de uma
família desintegrada que necessita de auxilio para se restabelecer e estar em condição de
receber novamente a criança.

8. Soluções

As soluções apontadas consistiram em intervenções relativas a abordagem da


família para restauração dos vínculos familiares; elaboração de políticas públicas
eficazes contra as injustiças sociais e exclusão social; acesso à educação e às condições
dignas de trabalho; articulação interdisciplinar da saúde pública com outros serviços;
capacitação específica para os profissionais de saúde; acções de prevenção, recuperação
e protecção da saúde; promoção da conscientização dos direitos na infância;
rastreamento e controle da pornografia infantil; penalização dos estelionatários1; e
desenvolvimento de mais pesquisas sobre o tema.

No que diz respeito à família, alguns autores defendem que esta deve ser
valorizada enquanto espaço essencial à produção da identidade social e desenvolvimento
da auto-estima da criança com vistas à formação do cidadão. Ela é a responsável pelo
apoio necessário ao desenvolvimento biopsicossocial dos seus componentes,
desempenha um papel construtivo na educação formal, na absorção de valores éticos,
morais e humanitários. É necessário sensibilizar os órgãos públicos para construção de
programas de atenção integral não só à criança, mas também a sua família.

7
(1)
Estelionatário - é um indivíduo que toma proveito da ignorância de certas pessoas para tirar proveito para si
mesmo. Geralmente são indivíduos com grande poder financeiro e envolvidos em esquemas de tráfico de pessoas,
tráfico de droga, etc.

 nota de rodapé mete tu depois

O problema da prostituição infantil é de uma ordem de grandeza que transcende o


âmbito da saúde. Algumas medidas já estão implementadas, como a acção da denúncia,
os conselhos tutelares, os direitos da mulher, alguns centros de atendimento de saúde,
valorizar muito a educação nas escolas que promova o debate sobre ética no exercício da
sexualidade) através de formações capacitando os professores a desenvolverem estes
temas na escola e a identificar indícios da violência sexual. Em geral, uma criança pode
estabelecer vínculo afectivo com um(a) professor(a), esta proximidade favorece a
revelação de segredos por parte da criança; razão pela qual o(a) professor(a) precisa de
estar preparado(a) para lidar com certas revelações, que normalmente são subtis,
discretas podem representar informações complementares importantes para a avaliação
diagnóstica.

Além dos educadores, os profissionais de saúde também necessitam desenvolver


mecanismos para identificar sinais de violência. Pesquisas podem ajudar a elaborar
instrumentos para construir indicadores de violência. O governo e as empresas devem e
podem prover recursos para incentivar demais pesquisas com distintos enfoques: perfis
epidemiológicos da violência, estudos conceituais, proposições de intervenção à saúde,
entre outros. Outras acções são necessárias, como a implementação de mecanismos que
permitam o rastreamento dos usuários de pornografia infanto-juvenil através do
monitoramento sistemático da Internet. Nesse âmbito de acção, é importante a iniciativa
de cada cidadão. É preciso sensibilizar e conscientizar a população de que a prevenção
da violência depende da implementação de políticas públicas em conjunto com o
exercício da cidadania. A população precisa ser esclarecida que o sucesso das acções
públicas depende também da contribuição de cada cidadão. Este precisa ser activo nos
programas de redução da violência.

8
8.A situação em Portugal

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10
Anexos

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Gráfico 1 – Crianças e Adolescentes – Algumas causas que levam à Prostituição Infantil

Referências Bibliográficas

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Livros:

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Referencias Electrónicas:

 A dimensão Social da Violência Infanto-Juvenil. Acedido em : 10 de Novembro,


em: http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_violencia.htm

Artigos Científicos:

 Andrade Feitosa L. Prostituição Infanto- Juvenil na mídia: Estigmatização e


Ideologia. 2001

 Molina Ricci A. Prostituição Juvenil: uma Condição Existencial em Busca de


seus Sentidos. Psicologia Ciência e Profissão, 2003, 23 (2), 22-29

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