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Meio Ambiente e

Microrganismos
Indicadores em
Alimentos

Samuel Dias Araújo Júnior


Estágios Históricos da Relação do
Homem com o Meio Ambiente

1º- Reduzidíssima população e baixa interferência nos


ecossistemas.

2º- Início do crescimento populacional aliado a uma pequena


degradação ambiental.

3°- Evolução do conhecimento e do antropocentrismo. Natureza


e Homem num mesmo nível.

4º- Conhecimento sobre os fenômenos naturais e adaptação do


meio às necessidades humanas. Grande degradação ambiental.

5º- Mudança comportamental que vem se


apresentando na forma de lidarmos com as questões
ambientais, conquanto estejamos ligados ao 4º estágio.

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Estágios de Desenvolvimento das Políticas
Ambientais

Yellowstone

 Criação de Parques Nacionais: no


EUA, no século 19, Yellowstone; no
Brasil, na década de 1930, Itatiaia.

Itatiaia

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Ambientais
Surgimento de Políticas Públicas sobre
Gestão Ambiental:

ANTES DOS ANOS 70

Estágio de RECONHECIMENTO

Impactos transfronteiriços

Atitudes

1. Saneamento básico
2. Pouco conhecimento relativo a impactos ambientais e resíduos
perigosos.
3. Existência limitada de requisitos e padrões ambientais.

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ANTES DOS ANOS 70
Os efeitos do smog (smoke + fog) podem ser
fatais. Na Inglaterra em meados do século XX,
misturas letais de smog mataram 600 pessoas
em 1948, cerca de quatro mil em 1952, mais
mil em 1956, e 750 em 1962.

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Surgimento de Políticas Públicas sobre
Gestão Ambiental:

ANOS 70
Estágio de CONTROLE
Remediação – Filosofia de controle pontual.
(fim-de-tubo)
Atitudes
1. Licenciamento e controle da poluição urbana e
rural de industrias e atividades impactantes
(água, ar, solo, ruído);

2. Gestão Ambiental empresarial e pública


reativas

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Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

 Conferência da ONU sobre Meio Ambiente:


marco mundial no controle e minimização de
impactos ambientais.

A conferência de Estocolmo,
realizada em 1972 foi a primeira
atitude mundial em tentar
organizar as relações do Homem
e o Meio Ambiente.

Na capital da Suécia, a sociedade


científica já detectava graves problemas
futuros por razão da poluição atmosférica
provocada pelas indústrias.

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Ambientais
ANOS 80
Estágio de PLANEJAMENTO

Prevenção – Filosofia da integração (proteção


ambiental integrada ao processo produtivo)

Atitudes

1. Estudos de Impactos Ambientais


2. Gestão de resíduos sólidos e controle da poluição do
Solo.
3. Monitoramento da qualidade ambiental e das
principais fontes poluidoras
4. Gestões ambientais preventivas - empresarial e
pública.

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Evolução da Proteção Ambiental

• 1984: Comissão Mundial de Meio


Ambiente e Desenvolvimento -
Relatório Brundtland, publicado em
1987: conceito de desenvolvimento
sustentável.

• 1984: Programa de Atuação


Responsável da Industria Química.
Gro Harlem Brundtland

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• 1986 – Chernobyl – Rússia. Explosão
de um dos quatro reatores da usina
nuclear soviética de Chernobyl,
lançando na atmosfera uma nuvem
radioativa.

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Evolução da Proteção Ambiental

ANOS 80- No Brasil


• 1984 - Vila Socó – Cubatão – Brasil.
Duto da Petrobrás deixou vazar
gasolina provocando um incêndio que
matou 93 pessoas.

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Evolução da Proteção Ambiental

ANOS 80- No Brasil


• 1987- acidente radiológico de Goiânia
13 de setembro, um aparelho utilizado em
radioterapias foi encontrado nas
instalações de um hospital abandonado na
zona central de Goiânia.

O Instrumento, foi encontrado por


catadores de papel, que entenderam
tratar-se de sucata.
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Evolução da Proteção Ambiental

ANOS 80- No Brasil

Os trabalhos de descontaminação dos locais afetados produziram 13,4 t de


lixo contaminado com césio-137: roupas, utensílios, plantas, restos de solo e
materiais de construção. O lixo do maior acidente radiológico do Brasil.

Está armazenado em cerca de 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14


contêineres em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás,
vizinha a Goiânia, onde deverá ficar, pelo menos 180 anos.

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Estágios de Desenvolvimento das Políticas
Ambientais

ANOS 90 e 2000

Estágio de CENÁRIOS: SISTEMA DE


CONCEITOS

Sustentabilidade - Filosofia de eliminar


e evitar na fonte impactos ambientais
adversos (produção mais limpa)

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Estágios de Desenvolvimento das Políticas
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ANOS 90 e 2000
Atitudes

1. Atuação responsável,

2. Sustentabilidade Empresarial

3. Sistemas de Gerenciamento Ambiental e Integrado (Meio


Ambiente + Segurança + Saúde)

4. Avaliação do Ciclo de Vida do Produto

5. Agenda 21 Local

6. Convenções de Biodiversidade e de Mudanças Climáticas

7. Gestão Ambiental Sustentável - empresarial e pública

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Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1990: O primeiro informe com base na colaboração científica de nível internacional


foi o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), onde os cientistas
advertem que para estabilizar os crescentes níveis de dióxido de carbono (CO2) – o
principal gás-estufa – na atmosfera, seria necessário reduzir as emissões de 1990
em 60%.

• 1991: divulgado pela Câmara Internacional de Comércio (ICC), 16 Princípios da Carta


Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.

• 1991: SAGE - Strategic Action Group on the Environment, criado pela ISO, serviu de
base para a formação do Comitê Técnico 207, encarregado de realizar um primeiro
levantamento do que seria necessário para o desenvolvimento de procedimentos
ambientalmente corretos em empresas.

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Evolução da Proteção Ambiental

• 1992: Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento onde mais de


160 governos assinam a Convenção, marco sobre Mudança Climática na Rio-92. O
objetivo era “evitar interferências antropogênicas perigosas no sistema climático”.

• 1992: São divulgados 27 Princípios da “Carta da Terra”.

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Evolução da Proteção Ambiental

• 1997: Em Kyoto, Japão, é assinado o Protocolo de Kyoto, um novo componente da


Convenção, que contém, pela primeira vez, um acordo mundial que compromete
os países do Norte a reduzir suas emissões de CO2.

• 2002: Conferência de Johannesburgo (Rio +10): não houve um retrocesso em


relação à ECO 92, apesar das posições bloqueadoras e retrógradas norte-
americanas.

• 2002 à 2010: ?
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Cenários e Tendências Ambientais

Para conhecer “Gestão


Ambiental”, é preciso
compreender como o meio se
organiza.

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Cenários e Tendências Ambientais

• Meio Ambiente:
Constituído por sistemas (biosfera, litosfera,
hidrosfera e atmosfera) interligados,
interdependentes e auto-reguladores, que
estão em constante inter-relacionamento,
influenciando-se.

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Cenários e Tendências Ambientais

• De acordo com a ISO 14001:

1. Meio Ambiente é:
“Circunvizinhança em que uma
organização opera, incluindo ar,
água, solo, recursos naturais, flora,
fauna, seres humanos e suas inter-
relações.”

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Impactos sobre o Meio Ambiente

A interferência do homem nos mais diversos


sistemas que compõem o meio ambiente
levanta questões relativas aos aspectos e
impactos ambientais relacionados às
atividades desenvolvidas, que precisam ser
analisados e avaliados.

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Impactos sobre o Meio Ambiente

No meio científico, o termo impacto


ambiental negativo é usado para
designar os efeitos adversos ao meio
ambiente causados por interações
físicas, químicas, biológicas ou técnicas,
das atividades, dos produtos e serviços
de uma organização.

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Conceitos Básicos para Avaliação de
Impactos Ambientais

 Impactos sobre o Meio Ambiente, atmosfera:


 As emissões atmosféricas podem ser de
três tipos: gasosas (dióxido de carbono),
materiais particulados (fumaça) e
aerossóis (pequenas gotículas).

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Conceitos Básicos para Avaliação de
Impactos Ambientais

 Impactos sobre o Meio Ambiente, hidrosfera:


 O petróleo (óleos e graxas), efluentes domésticos e
industriais, fertilizantes, pesticidas e metais pesados
são os principais contaminantes da água potável.

 Os principais problemas ambientais associados ao


uso de águas superficiais são: assoreamento, aterro
de margens e eutrofização.

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Conceitos Básicos para Avaliação de
Impactos Ambientais
 Impactos sobre o Meio Ambiente, litosfera:

• Desde a antiguidade, os solos


vêm sofrendo com o seu mal uso,
caracterizado em processos
erosivos, decorrentes da retirada
de cobertura vegetal e de práticas Erosão em nascentes do rio
agro-pastoris desapropriadas. ARAGUAIA

• Existem diversos exemplos de


casos de desertificação e
salinização de solos.

Desertificação em Pernambúco
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Conceitos Básicos para Avaliação de
Impactos Ambientais
 Impactos sobre o Meio Ambiente, litosfera:

1. Antes da era industrial, a


degradação de solos estava
restrita à mineração, metalurgia
e disposição de resíduos
domésticos e esgotos.

Agrotóxicos 2. Hoje, existem novas


substâncias, com acentuados
efeitos toxicológicos sobre a
fauna, a flora e o próprio
homem.

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Conceitos Básicos para Avaliação de
Impactos Ambientais

 Impactos sobre o Meio Ambiente, litosfera:


Os principais impactos causados aos solos são: impermeabilização,
erosão, desertificação, salinização, contaminação de solos por metais
pesados e mal disposição de resíduos sólidos.

Processo de impermeabilização do Mal disposição de resíduos sólidos


solo
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Destruição de Ambientes Naturais

O desmatamento (queimadas) de:


florestas, cerrados, campos, pradarias,
vegetação marginal para atividades
agropastoris...

Ocupação de restingas, Perda da biodiversidade e por


florestas, etc para loteamento... inúmeros desequilíbrios de
ecossistemas.

O aterramento de margens de rios, baías e


mares para a construção de estradas e
expansão urbana, construção de áreas
comerciais e industriais...

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Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais

• O que é risco ambiental?


É a possibilidade de qualquer fenômeno ou dinâmica fenomenológica
ameaçar o equilíbrio do meio ambiente.
Ele está intimamente ligado ao potencial de danos que representa para as
populações humanas e para o meio ambiente.

Classificam-se em:

Eventos naturais não


influenciados pela ação
humana
Eventos Naturais
influenciados pela ação
humana
Eventos gerados pela
ação humana
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Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais
Aspectos Ambientais
• Veja agora como a norma NBR ISO 14001 define aspectos e impactos ambientais.

Aspecto ambiental:

Elemento das atividades,


produtos ou serviços de
uma organização que
pode interagir com o
meio ambiente.

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Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais

Impacto ambiental: Qualquer modificação no meio ambiente, adversa ou benéfica,


que resulta, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma
organização.

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Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais
• Cadeia de efeitos
Relação Causa x Efeito
Aspectos ambientais Interferência no meio Efeitos ambientais
(atividade) (consumo/ emissão) (depleção/ imissão)

(via de regra
Atividades, processos indicadores
ou parte deles de entradas e saídas) Os indicadores de
que podem Interações sobre bens impactos representam o
interagir ambientais gerados somatório de diferentes
com o meio ambiente a partir da fontes
(causa/causador) organização/
da localidade

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Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais
Tabela Exemplo de Causa x Efeito

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Segurança alimentar

Indústria

Varejo
Transporte
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Órgãos reguladores
• Nacionais
– ANVISA
• RDC 12/2001 (amostra indicativa e representativa)
• Portaria nº 451/1997 (limites e tolerâncias)  revogada
• RDC 07/2011 (LMT para micotoxinas em alimentos)
– MAPA
• Instruções normativas, portarias, diretivas internacionais (ISO)
• Instrução Normativa 62/2003 (Métodos Analíticos Oficiais – Contagem)
• Estados, DF e municípios
– Códigos Sanitários

• Internacionais
– FDA (Food and Drug Administration)
– ICMSF (International Commission on Microbiological Specifications for Foods)
– FAO (Food and Agriculture Organization of ONU) e WOH
• CODEX Alimentarius (International Food Standards)

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Microrganismos indicadores
Microrganismos
indicadores

Qualidade dos Sanificação dos


alimentos alimentos

Vida de Patógenos
Segurança
prateleira alimentares

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Microrganismos indicadores
• Grupos ou espécies de microrganismos que fornecem
informações sobre (Franco & Landgraf, 1996):
– Possível contaminação (fecal)
– Provável presença de patógenos
– Deterioração potencial do alimento
• Vida útil (tempo de prateleira)
– Condições sanitárias inadequadas
• Processamento
• Produção
• Armazenamento
– Falhas no processamento, contaminação pós-processamento,
contaminação ambiental, nível geral de higiene do local de
processamento e armazenamento
• Padrões e especificações nacionais e internacionais
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Microrganismos (ainda) não cultiváveis

“Grande anomalia da contagem em placa” STALEY; KONOPKA, 1985

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Genômica x Metagenômica
Isolado (cultura pura) Comunidade microbiana

sequenciamento

Genoma Metagenoma
HANDELSMAN, J. et al., 1998

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Doenças bacterianas
• Meningite
• Otite
• Conjuntivite
• Faringite
• Gastrite
• Diarréia
• Infecção pele
• Infecção urinária
• Infecção pulmonar
• DST
• Outras...

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Postulados de Koch

Robert Koch

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Como identificar?

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Como você acha que é...

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...como realmente é!

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Critérios mos indicadores
• Estar presente no alimento avaliado
• Estar presente quando o patógeno estiver associado
• Não pode ser “contaminante” natural
• Facilmente distinguível de outro microrganismo característico
do alimento
• Fácil e rapidamente detectável e enumerável
• Multiplicação não afetada pela microbiota do alimento
• Deve apresentar velocidades e necessidades de crescimento e
morte semelhantes à do patógeno
• Número relacionado (limites)
• Deve estar ausente nos alimentos que estão livres do
patógeno ou estar presente em quantidades mínimas
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Microrganismos indicadores
• ICMSF (International Commission on Microbiological
Specifications for Foods)
– (I) Microrganismos que não oferecem um risco direto à
saúde
• Contagem padrão de mesófilos, psicrotróficos e termófilos
• Contagem de bolores e leveduras
– (II) Microrganismos que oferecem um risco baixo ou
indireto à saúde
• Coliformes totais, coliformes fecais
• Enterecoccus
• Enterobactériaceae totais
• E. coli
(Silva, 2002)

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Principais análises
Contagem Número Mais Análises
padrão Provável (NMP) específicas
Aeróbios Mesófilos Testes presuntivos e
Coliformes totais
confirmatórios para
coliformes e E. coli
Aeróbios Psicrotróficos
Coliformes fecais
Aeróbios Termófilos Salmonela
E. coli
Bolores e leveduras
S. aureus coagulase
Filtração em membrana Filtração em membrana
positivo
(Água) (Água)

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Contagem padrão
• Determinar o número “total” de “grandes grupos” de
microrganismos em um alimento

• Realizado em meio de cultura não seletivo (ágar padrão para


contagem)

• Variação de condições de incubação


– Tipo de meio
– Temperatura
– Tempo de incubação
– Atmosfera

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Ágar Padrão para Contagem (PCA)

Meio ágar sólido


Incubação
Colônias de
bactérias na
Método “spread plate” superfície

Suspensão
de bactérias
diluídas Incubação
Colônias de
9 ml de meio
bactérias na
líquido
Método “pour plate” superfície e
dentro do ágar

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Contagem padrão
• Monitorar
– Aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF)

– Cumprimento dos padrões legais estabelecidos

– Especificações de compra

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Aeróbios mesófilos e psicrotróficos e termófilos

• Fornecem informações sobre


– Limpeza, desinfecção, controle de temperatura (tratamento industrial,
transporte e armazenamento), etc.
• Contagem elevada de aeróbios mesófilos
– Alimentos não perecíveis: indicativo do uso de matéria-prima
contaminada ou processamento insatisfatório
– Alimentos perecíveis: pode indicar abuso durante o armazenamento em
relação ao binômio tempo/temperatura
– Alterações detectáveis >106 UFC/g
• Aeróbios mesófilos e psicrotróficos em produtos refrigerados
– Condição higiênica de equipamentos e utensílios
– Perfil tempo/temperatura de armazenamento e distribuição
• Aeróbios psicrotróficos e mesófilos
– Grau de deterioração: refrigerados ou submetidos a tratamento térmico

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Contagem de aeróbios mesófilos
Método da American Public Health Association (APHA)  Água e Alimentos

10-1 10-2 10-3

Homogeneização 1 mL 1 mL

9 ml 9 ml
H2Op H2Op
25g de amostra +
225 ml de água
peptonada (H2Op) 1 mL ou 0,1 mL 1 mL ou 0,1 mL

Plaqueamento em
profundidade ou superfície

PCA Ágar Padrão de Contagem (PCA) PCA

35±1oC/48±2h
(Morton, 2001)

CONTAGEM TOTAL DE AERÓBIOS MESÓFILOS (UFC/g)


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Contagem de aeróbios psicrotróficos
Método da American Public Health Association (APHA)  Alimentos

10-1 10-2 10-3

Homogeneização 1 mL 1 mL

9 ml 9 ml
H2Op H2Op
25g de amostra +
225 ml de água
peptonada (H2Op) 1 mL ou 0,1 mL 1 mL ou 0,1 mL

Plaqueamento em
profundidade ou superfície

Ágar Padrão de Contagem (PCA)


PCA ou TSA PCA ou TSA
Ágar Tripticase de Soja (TSA)

7±1oC/10 dias ou 17±1oC/16h seguido de 7±1oC/3 dias


(Morton, 2001)

CONTAGEM TOTAL DE AERÓBIOS PSICROTRÓFICOS (UFC/g)


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Contagem de aeróbios termófilos
Método da American Public Health Association (APHA)  Alimentos

10-1 10-2 10-3

Homogeneização 1 mL 1 mL

9 ml 9 ml
H2Op H2Op
25g de amostra +
225 ml de água
peptonada (H2Op) 1 mL ou 0,1 mL 1 mL ou 0,1 mL

Plaqueamento em
profundidade ou superfície

PCA Ágar Padrão de Contagem (PCA) PCA

55±1oC/24h
(Morton, 2001)

CONTAGEM TOTAL DE AERÓBIOS TERMÓFILOS (UFC/g)


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Restrições
• Só determina células vivas
– Sem valor para matéria prima de produtos termicamente
processados

• Pouco valor para avaliar qualidade sensorial


– Perda da qualidade sensorial depende do grupo de
microrganismo e atividade bioquímica

• Sem significado para produtos fermentados


– Populações elevadas são desejáveis

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Bolores e leveduras
• Indicadores de qualidade sanitária em alimentos
– ↓ Aa e ↓ pH (↑ crescimento fúngico)
• Provável presença de micotoxinas
• Útil para
– Produtos lácteos fermentados, frutas, sucos e polpas processadas,
alimentos desidratados e em conservas (picles)

• Medidas (adotar, reduzir ou eliminar)


– Boas práticas de higiene
– Consumo rápido pelo consumidor
– Armazenamento de congelados ≤12oC
– Contato com ar pelas embalagens (eliminar O2)
– Adicionar ácidos ou conservantes químicos (benzoatos ou sorbatos)

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Contagem de bolores e leveduras
Método da American Public Health Association (APHA)  Alimentos

Plaqueamento em
profundidade ou superfície

DRBC ou DG18 Ágar Dicloran Rosa de Bengala Cloranfenicol DRBC ou DG18


Ágar Dicloran Glicerol 18
Aa ↑↓ 0,95 22-25oC/5 dias ou 25oC/5 dias (ICFM)

Ágar seletivo
Dicloran: antifúngico (inibir rápida propagação)
Rosa bengala: restringe bactérias e tamanho das
colônias dos fungos Colônias presuntivas de leveduras
Cloranfenicol: inibe bactérias
5 colônias
Colônias típicas de bolores
Observação microscópica
% colônias confirmadas
Contagem de bolores (UFC/g) Contagem de leveduras (UFC/g)
(Morton, 2001)

CONTAGEM TOTAL DE BOLORES E LEVEDURAS (UFC/g)


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Micotoxinas
• Metabólitos secundários produzidos por bolores durante a
fase log
• Toxicidade aguda e/ou crônica com propriedades mutagênicas
e carcinogênicas
• Principais: aflatoxina, patulina, citrulina, ocratoxina,
zearalenona, fumosina
• Controle
– Estocagem adequada com temperatura e umidade controladas
– Evitar pragas e roedores
– Evitar irradiação de grãos
• Legislação específica
– Resolução - RDC Nº 7, de 18/02/2011 – Dispõe sobre limites máximos
tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos (µg/Kg)

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Indicadores de contaminação fecal

Coliformes totais

Coliformes
termotolerantes

E. coli

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Coliformes totais e termotolerantes

• Usados para indicar provável presença de


patógenos entéricos de interesse

• Detecção
– Mais simples, barata e rápida

• Patógeno geralmente está em menor número


que os outros microrganismos

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Coliformes totais (35 C)
o

• Família Enterobacteriaceae, fermentadores de lactose, com


produção de gás. Incubados a 35-37º C por 48 horas. Gram
negativos e não formadores de esporos
(Ray, 1996)

• Presença não indica necessariamente contaminação fecal ou


ocorrência de enteropatógenos
– Inclui bactérias entéricas e não entéricas
(Silva et al, 1997)
• Inclui
– Escherichia: hábitat primário
• trato intestinal do homem e animais
– Enterobacter, Citrobacter, e Klebsiella
• fezes, vegetais e solos (coliformes ambientais)

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Coliformes fecais termotolerantes/Fecais (45 oC)

• Fermentam lactose com produção de gás a


temperatura de 44-46oC

• 90% são E. coli positivas (predomínio)


• Também presentes: Klebsiella, Citrobacter

• Presença não significa CAUSA de doença:


– % E. coli patogênica é menor
– Significa RISCO
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Coliformes fecais termotolerantes (45oC)
Escherichia coli
• Melhor indicador de contaminação fecal
– Proposto em 1892 por Teobaldo Smith
(Ray, 1996)
– Direta ou indireta (matéria-prima e manipuladores)

• Alguns laboratórios estão classificando como bactérias fermentadoras e


não-fermentadoras de lactose.
• Justificativa:
– Mal definida taxonomicamente
– Meio de cultura, temperatura, amostra e leitura – inclusão de outros
microrganismos

• Fermentadores tardios de lactoses


– Salmonela lactose-negativa  falso-negativo. (Franco, 2003)

• Cepas de Salmonella podem ser mais resistentes que E. coli


– Resultados falso-positivo.

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Técnica do Número Mais Provável (NMP)

• NMP ou Técnica dos tubos múltiplos


– Estimativa de resultados são relatados como positivos (produção de
gás) em uma ou mais diluições decimais da amostra (mínimo n = 3)
• NMP não fornece uma medida direta da contagem bacteriana
• Método estatístico
– Tabelas NMP (Tabela estatística de Hoskins)
– ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
– Resultados geralmente maiores do que os da contagem padrão
• Informações sobre
– População presuntiva de coliformes totais (teste presuntivo)
– População real de coliformes totais (teste confirmativo)
– População de coliformes de origem fecal (coliformes fecais)
– População de E. coli (teste confirmativo)

Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Meio Ambiente e Microrganismos Indicadores em Alimentos
NMP e Teste presuntivo
Método da American Public Health Association (APHA)  Água e Alimentos

10-1 10-2 10-3

Homogeneização 1 mL 1 mL

9 ml 9 ml
H2Op H2Op
25g de amostra +
225 ml de água
peptonada (H2Op)

10 ml por tubo (água) 1 mL por tubo (água) 0,1 ml por tubo (água)
1 mL por tubo (alimentos) 1 mL por tubo (alimentos) 1 mL por tubo (alimentos)
Tubo de Durhan

Teste presuntivo

Enriquecimento seletivo
Recuperação células injuriadas Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) 10 mL
Lactose:
35±0,5oC/24-48h±2h produção gás
(Hajdenwurcel, 1998)

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Teste confirmativo
Método da American Public Health Association (APHA)  Água e Alimentos

1 alçada 1 alçada

E. coli (+) Tubos LST


Crescimento e produção de gás
E. aerogenes (+)

Sais biliares:
inibe G+

Banho maria

Caldo E. coli (EC) Caldo Verde Brilhante (VB) 2%


Sais biliares:
inibe G+ Formação de gás: fermentação da lactose
Seletividade: lauril sulfato de sódio (surfactante aniônico) = inibe G+
45,5±0,2oC/24-48±2h
35,5±0,5oC/24-48±2h

CONTAGEM DE Tubos confirmados

COLIFORMES
Confirmação E.coli CONTAGEM DE
TERMOTOLERANTES
COLIFORMES TOTAIS
(NMP/g) Capacidade de continuar fermetando lactose a 45oC
(NMP/g)
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Confirmação E. coli
Método da American Public Health Association (APHA)  Água e Alimentos

IMViC
Coloração 35oC/96h
de Gram TESTE DE
CITRATO (-)

Fonte de carbono

Estrias de esgotamento Caldo Citrato de Koser ou Ágar Citrato de Simonns

35oC/48h (VP) Fermentação do ácido pirúvico


Ágar Levine 35oC/48h (VM) TESTE DE VP (-) CONTAGEM
Eosina Azul de DE E. coli
Metileno (L-EMB) TESTE VM (+)
(NMP/g)
VP: produtos não ácidos
VM: produtos ácidos
35oC/24h Colônias típicas
Caldo Voges-Proskauer (VP) e Vermelho de Metila (VM)
Nucleadas, centro preto e
brilho verde metálico Produção de triptofanase
35oC/24h
TESTE DE INDOL
Ágar Padrão para (+) OU (-)
Contagem (PCA)
Triptofano  indol

Caldo Triptona
Reativo de Kovacs
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Tabela NMP

Fonte: ABNT (1991). MB 3463


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Características macro e micro
• Coloração de Gram
– Positiva e Negativa

• Formato das células


– Cocos e bastonetes

• Colônia
– Tamanho, cor, aspecto, etc

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Gram positiva x Gram negativa

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Gram positiva x Gram negativa

Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Meio Ambiente e Microrganismos Indicadores em Alimentos
Coloração de Gram

Cuidado

G- perde ME =
Complexo
Complexo removido
G+ e G- insolúvel no Corantes básicos (+)
G+ = desidrata PC e fecha
citoplasma
poros (impermeável)

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Salmonela
Método ISO 6579 (2007)  Alimentos, rações animais, amostras do ambiente

10 mL
37±1oC/24±3h

Ágar Xilose Lisina


37±1oC/24±3h Desoxicolato (XLD)

25g/25ml de amostra
Incubação*
+ 225 ml de água
peptonada Caldo Tetrationado Muller
Meio opcional
Kauffmann Novobiocina (MKTTn)
tamponada (BWP) Xilose: todos os entéricos
Crescimento lento
1 mL Lisina: somente Salmonela

Homogeneização Enriquecimento seletivo Plaqueamento diferencial

10 mL
Incubação*
Meio opcional
41,5±1oC/24±3h
37±1oC/18±2h
37±1oC/24±3h
Pré-enriquecimento Caldo Rappaport
Vassilidis Soja (RVS) Ágar Xilose Lisina
Digestão papáica de farinha de soja Desoxicolato (XLD)
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Salmonela
Método ISO 6579 (2007)  Alimentos, rações animais, amostras do ambiente
Colônias centro negros (H2S)
Incubação
Provas bioquímicas
Colônias típicas 37±1oC/24±3h
Teste de crescimento Teste de Lisina
Teste de Urease (-)
Purificação em TSI Descarboxilase (+)

Ágar Nutriente Bacilos


Gênero Atividade enzimática
(NA) entéricos
Proteus Lisina  cadaverina
H2S

37±1oC/24±3h
Ágar Tríplice Açúcar Ágar Uréia de Caldo Descarboxilase 0,25mL
Ferro (TSI) Christensen Lisina
Reagente ONPG
Teste de β-
Teste VP (-) Teste de Indol (-)
galactosidade (-)

Ácido
37±1oC/5 min
Ágar Nutriente (NA) pirúvico Produção de
↓ triptofanase
Produtos
ácidos Banho maria
Sorologia
0,25 mL de sol. Salina 0,85% estéril +
Caldo VM-VP Caldo Triptona 1%
1 gota de tolueno
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Salmonela
S. enterica subespécie enterica
Choleraesuis
Sorologia Paratyphi A
Typhi

Teste Sorológico Somático Detecção do Antígeno Vi Teste Sorológico Flagelar

Termoestável Antígeno de membrana Motilidade


Termolábel

Ágar Nutriente
semi-sólido
(0,4% ágar)
Solução salina Solução salina
0,85% + cultura 0,85% + cultura
Anti-soro Poli-O + Anti-soro Vi +
cultura cultura

Testes moleculares
Solução salina Anti-soro Poli
+ cultura H + cultura

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S. aureus coagulase positivo
Método da American Public Health Association (APHA)  Alimentos

10-1 10-2 10-3

Homogeneização 1 mL 1 mL

9 ml 9 ml
H2Op H2Op
25g de amostra +
225 ml de água
peptonada (H2Op)
0,1 mL 0,1 mL

Meio seletivo
0,3 mL 0,3 mL 0,3 mL 0,1 mL
Lecitinase
↓ Ágar Baird-
lecitina de ovo Parker (BP)
(fosfolipídio)

35-37oC/45-48h

1 alçada
Manutenção para 35-37oC/18-24h
Teste de Coagulase
testes adicionais
35-37oC/18-24h Ágar Tripticase de Caldo Infusão Cérebro Coração (BHI)
Soja (TSA)
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Teste de Coagulase
Método da American Public Health Association (APHA)  Alimentos

Teste de Coagulase

Controle –
0,2 mL Cultura 0,2 mL Caldo BHI
0,5 mL Plasma EDTA 0,5 mL Plasma EDTA

35-37oC/6h

Banho maria

Capacidade de coagulação do plasma

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Teste de Catalase

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Interpretações e conclusões
• RDC 12/2001 (ANVISA)
– Interpretação dos resultados
• Produtos em condições sanitárias satisfatórias
• Produtos em condições sanitárias insatisfatórias

– Conclusões (laudos)
• Produto ou lote de acordo com os padrões legais vigentes
• Produto ou lote impróprio para o consumo humano
• Produto ou lote impróprio para o consumo humano por
apresentar microrganismo patogênico ou toxina que representa
perigo severo à saúde humana

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RDC 12/2001 (ANVISA)
• Planos de amostragem
– Duas classes: aceitável e inaceitável
– Três classes: aceitável, intermediária aceitável e inaceitável
Tolerância para Tolerância para Amostra
Grupo de Alimentos Microrganismo
Amostra Indicativa Representativa
n c m M
1 - FRUTAS, PRODUTOS DE FRUTAS e SIMILARES
a) morangos frescos e Coliformes a 45oC/g 2x103 5 5 2x102 2x103
similares “in natura”, inteiras,
selecionadas ou não. Samonella sp/25g Aus 5 0 Aus -
b) frescas, "in natura",
Coliformes a 45oC/g 5x102 5 2 102 5x102
preparadas
(descascadas ou selecionadas
ou fracionadas) sanificadas,
Salmonela sp/25g Aus 5 0 Aus -
refrigeradas ou congeladas,
para consumo direto.

Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Meio Ambiente e Microrganismos Indicadores em Alimentos
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