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Domínios de deformação e tensão utilizados no dimensionamento de peças a

flexão

Para um ELU que corresponde a ruina de uma seção transversal, ocorrem por
ruptura do concreto ou por uma deformação excessiva da armadura.
Admite-se a ocorrência da ruina, quando a distribuição das deformações ao
longo da altura de uma seção transversal se enquadrar em um dos 5 domínios
de dimensionamento existente:

Domínio 1 e 2 : deformação excessiva da armadura atingindo o valor máximo de


10‰ sem esmagamento do concreto.

Domínio 3-4 e 4a:seção parcial ou totalmente comprimida, quando a


deformação na fibra comprimida atingir o valor de serviço.

Domínio 5: seção totalmente comprimida.

Domínio 1 : tração não uniforme sem tensões de compressão;

Domínio 2 : sem ruptura do concreto a compressão com máximo alongamento


permitido para as armaduras 10‰;

Domínio 3 : ruptura do concreto por compressão e escoamento do aço;

Domínio 4: ruptura do concreto por compressão sem o escoamento do aço;

Domínio 4a: armadura comprimida;

Domínio 5: compressão não uniforme sem tensão de tração ;


Em flexão simples os domínios para dimensionamento situam-se entre o 2 – 3 –
4, porem a nova formulação da NBR 6118 elimina parte do domínio 3 e 4, com
os seguintes limites:

Domínio 2 a relação x/d =0,259,

Domínio 3 até o limite x/d=0,45 para concretos CA50, e para concretos com
maiores resistências x/d=0,35 , acima deste limite, teria que optar por armadura
dupla ( As’)

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Segundo a denominação clássica, o coeficiente de esbeltez é o índice que avalia


o quanto uma barra comprimida é mais ou menos vulnerável ao efeito da
flambagem. O índice de esbeltez é uma medida mecânica utilizada para estimar
com que facilidade um pilar irá “encurvar”.

O projeto dos pilares depende fundamental mente do seu índice de esbeltez .


Os pilares esbeltos e os pilares excessivamente esbeltos devem ser calculados
com métodos de cálculo mais complexos, baseados em modelos numéricos. Já
os pilares com esbeltez inferior a90 podem ser calculados com métodos
aproximados.

Seguem abaixo algumas descrições da NBR 6118/2014 referente a esbeltez de


pilares.

15.8 Análise de elementos isolados


15.8.1 Generalidades

O descrito em 15.8.2, 15.8.3.2. e 15.8.4 é aplicável apenas a elementos isolados


de seção constante e armadura constante ao longo de seu eixo, submetidos à
flexo-compressão.

Os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200. Apenas no caso
de elementos pouco comprimidos com força normal menor que 0,10 fcd Ac, o
índice de esbeltez pode ser maior que 200.

Para pilares com índice de esbeltez superior a 140, na análise dos efeitos locais
de 2ª ordem, devem-se multiplicar os esforços solicitantes finais de cálculo por
um coeficiente adicional gn1 = 1 + [0,01.(L – 140) / 1,4].

15.8.2 Dispensa da análise dos efeitos locais de 2ª ordem

Os esforços locais de 2ª ordem em elementos isolados podem ser desprezados


quando o índice de esbeltez for menor que o valor-limite L1 estabelecido nesta
subseção.
O índice de esbeltez deve ser calculado pela expressão:
L= le / i

O valor de L1 depende de diversos fatores, mas os preponderantes são:

— a excentricidade relativa de 1ª ordem e1/h na extremidade do pilar onde


ocorre o momento de 1ª ordem de maior valor absoluto;
— a vinculação dos extremos da coluna isolada;
— a forma do diagrama de momentos de 1ª ordem.
Quando a esbeltez os pilares se classificam em:
• Pilares robustos ou pouco esbeltos < L1
• Pilares de esbeltez media L1 < 90
• Pilares esbelto ou muito esbelto 90 < L <140
• Pilares excessivamente esbelto 140 < L < 200
Curiosamente o CYPECAD não dimensiona pilares com coeficiente de esbeltez
superior a 140, mais uma novidade deste software que não para de “inovar”.

sendo L o coeficiente de esbeltez

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