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O que é o Apostolado da Oração (AO)?

O Apostolado da Oração é um movimento religioso composto por leigos católicos. A finalidade é a santificação
pessoal e a evangelização das famílias com especial devoção ao Sagrado Coração de Jesus. O sentido do apostolado
é a doação a Deus, pelo conhecimento da palavra, pela oração, pelo oferecimento diário e pela fidelidade à igreja.
No livro dos estatutos do AO, encontramos esta definição: “O AO constitui a união dos fiéis que, por meio do
oferecimento cotidiano de si mesmos, se juntam ao Sacrifício Eucarístico, no qual se exerce continuamente a obra
de nossa redenção, e desta forma, pela união vital de Cristo, da qual depende a fecundidade apostólica, colaboram
na salvação do mundo”.
Em resumo,

O APOSTOLADO DA ORAÇÃO:
• Propõe um caminho rumo à santidade
• A partir do oferecimento diário
• Que transforma nossa vida
• E nos coloca em comunhão universal de preces
• Pela força do Espírito Santo que habita em nossos corações,
• E nos impele a vivenciar os mesmos sentimentos do Coração de Jesus
• Para que, alimentados e modelados por Ele na Eucaristia,
• E reconciliados com Ele pelo sacramento da Reconciliação,
• Possamos colocar-nos plenamente, de coração inteiro, a seu serviço e a serviço da Igreja, a exemplo de Maria,
para que seu Reino venha a nós, hoje, amanhã e sempre.

O que é ser um membro do AO?


É ser uma pessoa associada ao AO com o desejo de viver esta espiritualidade.
Quantos associados tem o AO no mundo?
O AO tem aproximadamente 50 milhões de associados no mundo, dos quais 6 a 7 milhões no Brasil.
Em quantos países do mundo o AO está presente?
O AO está presente em 70 países do mundo.
Como funciona, na prática, o AO?
A prática básica é o nosso oferecimento diário ao Pai, nas intenções do Santo Padre, e a colaboração na Missão de
Cristo.
Como se vive esta proposta?
A espiritualidade do A.O. vive-se a partir de quatro propostas:
1. Oferecer diariamente, pela manhã, o dia que começa, pondo-se à disposição para que o Espírito Santo atue em
cada momento do dia e leve à realização concreta dos valores do Evangelho.
2. Aprender a rezar, a criar intimidade com Deus, a viver no silêncio do coração a inspiração e a novidade do
Evangelho para cada dia. Juntamente com isso, procura-se ainda formar a própria fé, dando inteligência dos
mistérios e a capacidade de dialogar com as interrogações e desafios que hoje são postos à Igreja.
3. Alimentar uma profunda devoção à celebração da Eucaristia, como o Sacramento que resume e inspira a vida
cristã, descobrindo nele a presença amorosa de Deus, na pessoa de Jesus e do seu Coração.
4. Viver unidos ao Santo Padre, na oração pelas intenções que pede mensalmente a todos os cristãos, saindo dos
horizontes quotidianos e abrindo-se aos problemas da grande família humana.
Por que usar a fita?
A fita, que os membros do Apostolado da Oração usam é o sinal de pertença e entrega da parte daqueles que foram
chamados para servir ao Sagrado Coração de Jesus. A cor vermelha é o sangue, a vida de doação plena que o
Senhor entregou por cada um de nós. A medalha tem o Sagrado Coração de Jesus, a nos lembrar sempre do quanto
Ele nos ama. O Bentinho é o símbolo do AO e nele está gravado Venha a nós o Vosso Reino, para lembra-nos a
todo instante que estamos buscando esse reino. Usamos a fita não como enfeite mas como sinal de que fomos
chamados para servir e dissemos nosso sim. Devemos honrar nossa fita, porque ela simboliza o amor de Cristo por
nós e também o compromisso que assumimos com Ele. A fita estreita é a fita do(a) zelado(a) aquele que está
começando a trilhar os caminhos do Apostolado. A larga é a do(a) zelador(a), que busca novos caminhantes para
ajudá-lo(a) a servir.

História do AO
O AO está intimamente ligado à ordem dos jesuítas, a Companhia de Jesus. Começou em 1884 em um Colégio
dessa ordem na França, onde estudantes de filosofia e teologia estavam ansiosos para fazer algum apostolado. Seu
orientador lhes fez ver que enquanto eram estudantes não tinham condições para fazer pregação e outros trabalhos
de apostolado direto. O que poderiam fazer era oferecer seus estudos, os sacrifícios voluntários e outros atos de
piedade. Dois anos depois, este mesmo padre orientador espiritual publicou um livro chamado O Apostolado da
Oração. O livro e a devoção obtiveram a aprovação do superior geral da ordem dos jesuítas, e o próprio papa Pio
IX aprovou-os em 1849. Um bom teólogo, padre Gautrelet, SJ, deu o embasamento teológico à devoção ao Sagrado
Coração, bem como ao AO, e daí por diante a devoção se propagou rapidamente. Em 1861 começou a circular
o Mensageiro do Coração de Jesus, como órgão oficial do AO. Passou a ser publicado em várias línguas, e a
associação recebeu estatutos próprios e a aprovação oficial do papa.
A sede da associação está em Roma e o superior geral dos jesuítas é também o superior geral do AO. Ele os dirige
por intermédio de um delegado e um secretário-geral.
A ideia central, da qual nasceu o AO, é esta: todos os batizados são chamados a cooperar na edificação do Corpo
da Igreja e da comunidade de fé. Nem todos o fazem da mesma maneira (Ef 4,16). Nem todos podem trabalhar
diretamente como apóstolos e missionários. Mas todos podem e devem fazê-lo por meio da oração e do sacrifício.
São Paulo diz (Cl 1,24) que o cristão deve completar em sua pessoa o que falta à Paixão de Cristo, em favor do
Corpo de Cristo, a Igreja. Assim, nossa vida torna-se um sacrifício, uma oblação oferecida com Cristo, em Cristo,
para a Glória de Deus e a salvação do próximo.
O AO no Brasil
O AO começou no Brasil em Itu, São Paulo, em 1871, por iniciativa do padre Bartolomeu Taddei, SJ, considerado
o fundador e propagador do AO no Brasil. Antes disto houve um pequeno centro isolado em Pernambuco, em 1867,
mas que não teve projeção nacional. Em 1888 havia cerca de trezentos centros de AO pelo Brasil inteiro, com mais
de 400 mil membros. Com a difusão do AO houve um despertar intenso para a Sagrada Eucaristia e a vida de fé.
Atualmente, o AO continua a crescer em fervor espiritual e apostólico, em todo o território nacional.
Trechos extraídos do livro de Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ, Apostolado da Oraçãoe MEJ em perguntas e
respostas, Edições Loyola, 2011

Oferecimento diário
Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje.
Minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas,
em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo.
Que o Espírito Santo que guiou a Jesus seja meu guia e meu amparo neste dia, para que eu possa ser testemunha do teu
amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês:
Para que os povos indígenas, ameaçados na sua identidade e existência, sejam respeitados.
Para que a Igreja na América Latina e no Caribe, em sua missão continental, anuncie o Evangelho com renovado vigor
e entusiasmo.
Pai Nosso… Ave Maria…Glória ao Pai..

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