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15 | 2012 :
Número 15
Dossiê Portos, cidades e regiões
Resumos
A fase atual da globalização é acompanhada por mutações que, ao incidirem sobre a malha
global das interações espaciais de longa distância, redefinem a paisagem institucional, as
modalidades técnico-operacionais e a organização espacial do sistema portuário mundial. A
situação dos portos, pelos quais transitam parte substancial do comércio internacional de
mercadorias, é paradoxal e complexa. As estratégias desenvolvidas pelos atores que dominam
o horizonte marítimo do porto somadas às estratégias impostas pelos atores econômicos que
dominam seu horizonte terrestre colocam as cidades portuárias em um caminho marcado por
redes de transporte e de produção. O jogo das políticas portuárias, oscilantes entre
concorrência e complementaridade, consiste em posicionar o porto no coração dessas redes
através da incorporação de um número crescente de variáveis econômicas, comerciais,
urbanísticas, ambientais e sociais frente às racionalidades funcionais e territoriais de atores
que podem transformar o porto em um simples nó de transbordamento ou, ao contrário, em
um grande centro logístico. Com base na definição de portos comerciais como territórios
situados nos espaços de manobra de um “tabuleiro” mundial e regional existem possibilidades
para articulações diferenciadas entre as competências localizadas no porto comercial, no
sistema produtivo e nos recursos do território urbano e para uma análise com trajetória em
três escalas: no nível global, através da globalização; no nível meso-econômico, no âmbito dos
sistemas regionais que capturam os volumes crescentes de fluxos e atividades de
transformação; e, no nível local, sobre o território da cidade portuária. Essa abordagem nos
permite elaborar uma tipologia das cidades portuárias como territórios de circulação e/ou
territórios produtivos.
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développées par les acteurs dominant l´horizon maritime du port et celles imposées par les
acteurs économiques dominant son horizon terrestre, placent les villes portuaires dans le
double champs des réseaux du transport et de la production. L´enjeu pour les politiques
portuaires, oscillant entre concurrence et complémentarité, consiste donc à positionner le port
au cœur de ces réseaux en incorporant un nombre croissant de variables économiques,
commerciales, urbanistiques, environnementales et sociales face aux rationnalités
fonctionnelles et territoriales d´acteurs pouvant transformer le port en simple nœud de
transbordement ou, à l´opposé, en grand centre logistique. S’appuyant sur la définition des
ports de commerce comme territoires multi-situés dont les marges de manœuvre sur
«l’échiquier» mondial et régional sont à l´origine d´une articulation différenciée des
compétences liées au port de commerce, au système productif et aux ressources du territoire
urbain, une analyse de leur trajectoire à trois échelles, au niveau global, dans le cadre de la
mondialisation ; au niveau méso-économique, au sein de systèmes régionaux qui capturent des
volumes croissants de flux et d´activités de transformation; et au niveau local, sur le territoire
de la ville portuaire permet d´élaborer une typologie des villes portuaires comme territoires
circulatoires et/ou productifs.
The current stage of globalisation presents mutations that act on the global network of long
distance spatial interactions and redefine the institutional scenery, the technic-operational
modalities and the spatial organisation of the world port system. The situation of the ports,
through which transit substantial part of the whole goods international trade, is not less
paradoxal and complex. The strategies developed by the players that control the port maritime
horizon added to the strategies imposed by the economic players that control the terrestrial
horizon, put the city-ports in a path marked by transport and production networks. The game
of the port politics, which oscillate between competition and complementarity, consists in
placing the port in the core of these networks through a rising number of economic,
commercial, urban, environmental and social variables facing the functional and territorial
rationalities of players that can transform the port into a simple logistic hub or the contrary, a
big logistic centre. Based on the definition of commercial ports as territories situated in
manoeuvre spaces of a global and regional “game board”, there are possibilities of articulations
differentiated among the capabilities located in the commercial port, in the productive system
and in the resources of the urban territory and of an analysis with trajectory in three scales: in
the global level, through globalisation, in the middle-economic level, in the regional systems
that capture the rising volumes of flows and transformation activities; and in the local level, on
the territory of the city-port. This approach allows the conception of a typology of city-ports as
territories of circulation and/or productive territories.
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Index de mots-clés : villes portuaires, relations villes/ports; réseaux; territoires
Index by keywords : port-city, cities/ ports relationships; networks; territories
Índice de palavras-chaves : cidades-portuárias, relações cidades/portos; redes; territórios
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Conclusões
39 Após um longo período de imbricação física, socioeconômica e humana,
portos e cidades seguiram, a partir do século XX, trajetórias cada vez mais
autônomas. A coerência do tradicional sistema porto-cidade foi progressivamente
questionada pelas transformações produtivas e espaciais do capitalismo, pela
massificação dos fluxos e pela evolução das tecnologias do transporte marítimo.
Estes aspectos, acompanhados dos desenvolvimentos na logística e na manipulação
das cargas, estimularam a relocalização da atividade portuária em direção a lugares
cada vez mais distantes dos centros urbanos. A retirada física do porto deixou áreas
contíguas ao porto abandonadas e degradadas, imagem que ilustra a dinâmica de
distanciamento e divórcio entre porto e cidade.
40 A fase atual da globalização questiona, no entanto, a linearidade deste
processo. Mutações maiores incidem sobre a malha global das mobilidades,
redefinindo a paisagem institucional, as modalidades operacionais e a organização
espacial do sistema portuário mundial.
41 A situação dos portos pelos quais transita o essencial do comércio
internacional de mercadorias é hoje muito complexa e paradoxal. A cidade-porto,
que durante muito tempo foi uma praça de negócios e um lugar obrigatório para
valorização das mercadorias, está submetida à pressões conjuntas dos horizontes
terrestre e marítimo e corre o risco de ser transformada em simples espaço de
trânsito no tabuleiro da circulação mundial organizado por atores logísticos cujas
estratégias funcionais e territoriais frequentemente ignoram a escala local. Neste
contexto, os portos competem pela atração de fluxos de mercadorias que, após
transitarem pelos terminais de contêineres, são redistribuídas para corredores que
interiorizam parte da atividade portuária. A problemática da atratividade preside
também a definição dos projetos de reconversão dos friches portuários; estes são
considerados trunfos estratégicos pelas metrópoles marítimas na competição para
atrair eventos, turistas, executivos e investimentos.
42 Porém, as forças das redes de circulação global e do imperativo de fluidez
não se aplicam de forma homogênea em escala mundial. Regiões e cidades portuárias
desenvolvem estratégias alternativas voltadas para a valorização de sua renda de
situação no bojo dos circuitos mundiais do transporte e da produção. A fixação local
de valor agregado aos fluxos globais torna-se um imperativo nos espaços
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Autores
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Frédéric Monié
Doutor em Geografia – Professor Adjunto, Departamento de Geografia, Programa de Pós
Graduação em Geografia – PPGG, Universidade Federal do Rio de
Janeirofmonie@uol.com.br
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