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O que é Realmente Evangelismo

por
Paul Mizzi

Tentarei definir evangelismo, e trazer à luz sua natureza essencial, a partir de 1


Tessalonicenses 2 e 1 Coríntios 9:15-27.

1 Tessalonicenses 2.
Evangelismo, o proclamar de boas novas, não é fácil. Porque no evangelismo, a
igreja ataca as fortalezas de Satanás, que mantém o mundo inteiro no engano. O
evangelismo verdadeiro é freqüentemente visto nos cristãos sendo zombados e
maliciosamente maltratados, verso 2.
Mas Deus honra o verdadeiro evangelismo e freqüentemente Se agrada em fazer a
semente crescer e produzir fruto. O Pai é o Senhor da seara (Lucas 11); Ele concede
ou retém o sucesso; Cristo é o construtor de Sua igreja (Mateus 16); o Espírito Santo
é o divino Energizador e Comissionador (Atos 13:1ss). Onde o Deus triuno é honrado
e Sua doutrina é mantida, os pregadores (em geral) não trabalharão em vão (verso
1).
O verdadeiro evangelismo explora a questão dos motivos: por que essa e aquela
pessoa prega o evangelho? É para sua fama, para o seu avanço na escada
eclesiástica, para o seu ganho financeiro? Paulo podia assegurar sua sinceridade e
seus justos motivos (verso 3). Ele se considerava um servo, ou melhor, um
despenseiro a quem foi confiada uma comissão (verso 4). Ele sabia a quem devia
agradar. O evangelismo verdadeiro olha primariamente para Deus: é por causa do
Seu Nome (Romanos 1:5; 3 João 7) que os evangelistas saem, verso 4.
O evangelista é alguém que poderia dizer aos seus ouvintes: “vocês são queridos por
nós”. Ele é um amante de almas. Ele não abusa de sua autoridade. Ele preferirá
pregar sem gerar despesas: Paulo algumas vezes trabalhava como um fazedor de
tendas para pagar as despesas.
A todo custo, o evangelista deve lembrar que ele é um modelo do evangelho: o
evangelho lhe mudou. Seu exemplo fala talvez mais do que suas palavras.

1 Coríntios 9:15-27.
Um ministério de evangelista não é uma tarefa que pode ser escolhida à vontade.
Embora todo cristão tenha a responsabilidade de compartilhar o evangelho e dar a
razão para a esperança nele, à medida que Deus provê a oportunidade, o evangelista
tem uma necessidade posta sobre ele. Ela é seu fardo, uma maravilhosa
responsabilidade dal qual ele não pode escapar ou evitar, verso 16. Mesmo que Deus
encontre os Seus evangelistas indispostos inicialmente (Moisés, Jeremias, Amós), Ele
os faz dispostos e lhes promete Sua presença e capacitação.
O verdadeiro evangelismo é adaptável e flexível, e não rígido. Cristo falou à mulher
Samaritana de uma maneira muito diferente da qual Ele Se aproximou do culto
Nicodemos. O mesmo evangelho foi apresentado; a aproximação foi moldada pelas
necessidades e capacidades dos Seus ouvintes. Este é o porquê Paulo se tornou um
servo para todos: aos judeus ele se tornou um judeu...para ganhá-los para Cristo.
Isto não é comprometer o conteúdo da mensagem, longe disso. É adaptabilidade.
Paulo falava aos judeus, arrazoando com eles a partir do Antigo Testamento, com o
qual eles estavam familiares. Aos filósofos atenienes, ele nunca citou o Antigo
Testamento, mas sua mensagem era, contudo, bíblica e o mesmo Cristo era
pregado.

Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto


Cuiabá-MT, 09 de Outubro de 2004.

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