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Ficar doente é um processo normal do ser humano, todos nós ficamos doentes

em algum momento da vida, quem nunca ficou gripado, com dor de cabeça,
febril, por exemplo?Todos estamos sujeitos à inúmeros males que podem
atingir nosso organismo, mas, para isso existem os meios de prevenção,
remédios, a medicina, e também tratamentos terapêuticos de modo natural,
etc.
Por outro lado, existem doenças mais agravantes, as ditas como “mais
perigosas”, e de fato o são, como por exemplo, a dengue, a AIDS, a febre
amarela, a gripe A, entre outras. A medicina vê como meio mais eficaz de se
prevenir estas doenças mais perigosas, as vacinas, pois se tem uma certeza
de que o indivíduo que toma a vacina, está imune contra aquela determinada
doença.
Normalmente quando surgem essas doenças, a mídia “toca o terror” na
população com palavras como, epidemia, pandemia, calamidade pública etc.
Essa pressão por parte dos meios de comunicação para a população tem, na
minha opinião, dois lados, um lado negativo, que é justamente esse medo,
essa insegurança em saber se vamos ou não morrer de gripe A, por exemplo,
que gera um pânico na população. Isso acontece devido à uma interpretação
errônea do que é de fato uma epidemia, há uma falsa interpretação da
diferença entre uma epidemia, endemia ou pandemia de uma virose, por
exemplo.
Por outro lado, vejo uma positividade, no sentido de que as pessoas passam a
cuidar mais de suas vidas, de sua saúde e até mesmo da vida e da saúde dos
outros, pelo fato de terem um certo “medo de morrer”, embora, obviamente
quando a “epidemia” ou “falsa epidemia” passa, ninguém mais lava as mãos
com álcool gel, coloca a mão na boca ao tossir, enfim, tudo volta ao normal e
com o tempo as pessoas vão perdendo aquele “medo de morrer” que tinham
antes quando a TV, o rádio, anunciavam o perigo que a falta de cuidados
essenciais consigo mesmo podia causar. Aqui, também vejo, o poder que a
mídia exerce sobre as decisões que tomamos no decorrer de nossas vidas.
Segundo, Moacyr Jaime Scliar, 2002,
Epidemia é a ocorrência, em uma comunidade ou região, de
doença, outro dano à saúde, ou qualquer outro fato relacionado
à saúde em quantidade maior do que se esperava. Esta última
parte do conceito é importante, pois epidemia não tem tanto a
ver com o número de casos, mas com o número de casos que
se podia normalmente esperar, com base em cálculos
estatísticos.
Um problema grave se percebe em relação à mídia e as doenças, é que
somente, ou na maioria das vezes, esta se preocupa em publicar o que é novo,
o que há de novo no campo das doenças perigosas é divulgado pela mídia, ou
seja, quantas pessoas morrem de pneumonia, por exemplo, e nem sempre isto
é mostrado pela TV como sendo algo digno de preocupação, isto porque para
ser considerado uma epidemia é preciso que 5400 pessoas morram de
pneumonia, caso contrário, está dentro do normal, já a gripe A H1N1, como é
algo “novo”, o normal é zero morte, se morre uma pessoa já é considerado
epidemia, aí entra a mídia e se aproveita disso para apavorar as pessoas.
Essas doenças “novas”, são chamadas de emergentes, pois nunca antes
haviam surgido, já as doenças “velhas”, são chamadas de re-emergentes, pois
já apareceram em algum dado momento na história da humanidade, e que
voltaram, com é o caso da febre amarela, dengue, entre outras, acredito que
toda doença que atinge a população de um modo geral, seja ela em pequena
ou grande escala, merece atenção dos órgãos responsáveis pela saúde, mas
procurando-se evitar causar o desespero das pessoas.
Outra situação, da qual, particularmente, sou extremamente contra, é o fato da
intervenção do Estado ou até mesmo dos profissionais da saúde, na vida das
pessoas, em querer à todo custo que se tome uma vacina, tome medidas
extremas de proteção contra até o ar que se respira, também em isolar
pessoas do restante do mundo ou até mesmo eliminá-las, descartando sua
importância, isto é inadmissível, vai contra os direitos humanos, e o mais
básico de todos eles, o direito á vida em todos os seus níveis.
No campo da bioética, temos que,
Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais -
incluindo visão moral, decisões, conduta e políticas - das
ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade
de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar.(Reich
WT. Encyclopedia of Bioethics. 2nd ed. New York; MacMillan,
1995: XXI).
Disponível em http://www.ghente.org/bioetica/index.htm
Partindo deste pressuposto, tendo em vista também a questão do direito que
todo ser humano tem pela vida, bem como os aspectos apresentados na
palestra ministrada pelo Max, vejo que tratar da saúde é uma prática, na qual
deve-se visar o todo, ou seja, todas as pessoas, independente de cor, sexo,
idade, classe social, merecem uma máxima atenção em relação á sua saúde,
não se deve, “descartar” vidas, por julgá-las indispensáveis, seja qual for o
motivo que se tente justificar, é de direito de todos terem acesso à meios que
lhes possibilitem uma melhor qualidade de vida.
Enfim, gostaria de destacar bem a palavra VIDA, direito o qual não exclui
nenhum ser - humano, portanto deve-se dar condições para que todas as
pessoas usufruam desse bem, auxiliando na prevenção das doenças, bem
como no fornecimento de médicos eficientes e medicamentos, para que
estejam ao alcance de todos. Assim, acredito, que estaremos dando mais um
passo para obtermos uma melhor qualidade de vida.

Referências Bibliográficas:

http://www.ghente.org/bioetica/index.htm

SCLIAR, Moacyr Jaime, Do mágico ao Social- Trajetória da saúde pública, Ed.


SENAC, São Paulo, 2002, p.153

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