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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB

CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

DISCIPLINA: MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO

PROFESSORES: DR. HENRIQUE MANOEL DA SILVA

ACADEMICA: Edivania de Cássia Santos


R.A.: 86531
POLO: ENGENHEIRO BELTRÃO

RESUMO

ENGENHEIRO BELTRÃO

2015
CUSTÓDIO J. A. C. Ética na pesquisa e o lugar do pesquisador no mundo. Métodos e
Técnicas de Pesquisa em Educação Maringá: Eduem, 2010. Cap. 2, P. 25-36.

Edivania de Cássia Santos

RESUMO DO CAPÍTULO 2: Ética Na Pesquisa E O Lugar Do Pesquisador No Mundo


LIVRO: Métodos E Técnicas De Pesquisa Em Educação

Custódio (2010, p. 25) já diz: A ética na pesquisa tem muito a ver com a visão de
mundo. O pesquisador busca a legitimidade de sua pesquisa em algum fundamento ético
que lhe dá conforto intelectual ou moral. É deste “lugar” confortável que ele desenvolve
toda a sua pesquisa. Ética, porém, é muito mais do que seguir um conjunto de regras
escritas e consagradas. (um Código).
Ética – em pesquisa ou em qualquer contexto – tem a ver com diálogo: é o diálogo entre
o pesquisador e os outros atores envolvidos na pesquisa. Note que não falamos em
“objeto” de pesquisa, como normalmente acontece, porque nem sempre a pesquisa é
sobre um objeto, mas sobre outras pessoas. E pessoas nunca são objetos – nem de
pesquisa. Este é um ponto importante e bom início de reflexão ética.
Ética é o conjunto de princípios e valores morais que conduzem o comportamento
humano dentro da sociedade. Uma conduta ética segue padrões e valores, tanto da
sociedade, quanto da própria organização são essenciais para o alcance da excelência
profissional, agindo dentro dos padrões convencionais. [...] a ética é bem mais do que
uma antologia de regras de conduta codificadas; pois embora várias categorias tenham
seu Código de Ética – como médicos, dentistas, jornalistas, etc. – esses
“mandamentos” não dão conta de responder às demandas da dinâmica da prática
profissional. É preciso seguir a lei e observar as normas codificadas, mas ter sempre
em mente que a ética é mais ampla e profunda. (CUSTÓDIO 2010 P. 27)
Ao iniciar uma pesquisa deve-se ter clareza dos objetivos e objetos da pesquisa.
Normalmente, fala-se em um sujeito (o pesquisador) diante de um objeto de pesquisa.
Seja qual for à área de conhecimento, sempre se fala em objeto. Qual seria o objeto de
pesquisa de um psicólogo que observa a hiperatividade de um grupo de crianças?
Lembre-se: sua resposta denuncia sua ética, e sua ética orienta seu comportamento e sua
pesquisa. Se sua resposta foi: “ora, o objeto de pesquisa são as crianças”, nota zero para
você. Um equívoco comum na pesquisa moderna é considerar seres humanos como
objeto de pesquisa. Há um nome para isso: desumanização. E, como vimos uma ética
que reduz seres humanos a objetos de pesquisa pode autorizar pesquisas muito pouco
humanas – uma redundância proposital, para fixar bem a idéia. Em outras palavras:
seres humanos são sempre sujeitos de pesquisa, independente do lugar que nela
ocupem. Entretanto, se você respondeu que o objeto da pesquisa é o comportamento
hiperativo, separou o objeto de estudo da pessoa estudada. Uma ciência que entende que
é preciso “separar em pedaços” para estudar, compreender e atuar sobre o objeto - este é
o conhecimento do médico especialista, que trata o ser humano por partes, ignorando
muitas vezes o conjunto. Mas será possível separar o comportamento hiperativo da
criança dela mesma? Ou seja, voltamos ao ponto inicial da possível e nada
recomendável desumanização. (CUSTÓDIO 2010 P. 27)
Custódio aborda fatos que o pesquisador algumas vezes não leva em consideração ou
simplesmente ignora; uma criança juntamente com seus pais não são objetos de
pesquisa! Estamos diante de uma ética (de pesquisa) de resultados, sem falar na ética do
consumo, a que já foram referidos.
A objetividade na pesquisa é um mito, assim como a objetividade do jornalista que
reporta um fato. Todo texto (verbal ou não) é uma leitura de mundo.[...] as
metodologias de pesquisa, herdeiras do pensamento cartesiano apoiam-se nas teorias
objetivistas ou subjetivistas. (CUSTÓDIO 2010 P. 28-29)
No início de uma pesquisa são feitas considerações sobre porque pesquisar; em seguida,
a exposição das partes fundamentais de um projeto de pesquisa; seguindo com
lembretes sobre a apresentação, redação e a ética no trabalho. Porém, só se aprende a
fazer pesquisa fazendo, nada substitui o caminho próprio de cada pesquisador, daquele
que tem dúvidas, inquietações, que vê relações intrínsecas entre seu trabalho e seu
estudo.
A Bioética é uma proposta de levar a Ética a um nível mais elevado ainda, sob um
enfoque contemporâneo e, portanto, multidisciplinar. Em outras palavras, trata-se de
levar muito a sério a idéia do “outro”, e cultivar como fundamentos éticos a tolerância e
o respeito à diversidade – moral e cultural. (CUSTÓDIO 2010 P. 30)
A bioética tem forte ligação com a filosofia, pois considera a responsabilidade moral
dos cientistas em suas pesquisas e práticas. [...] provocar a reflexão de pensadores de
todas as áreas, pois ninguém pode se furtar de pensar sobre a vida, a saúde, o meio
ambiente, a tecnologia e as gerações futuras. (CUSTÓDIO 2010 P. 30)
A bioética é a ética aplicada à vida, abrange diversos temas que vão desde uma simples
relação interpessoal até fatores que interferem na sobrevivência humana e do próprio
planeta.

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