Você está na página 1de 797

Esta obra foi digitalizada/traduzida pela

Comunidade Traduções e Digitalizações


para

proporcionar, de maneira totalmente


gratuita, o benefício da leitura àqueles
que não podem

pagar, ou ler em outras línguas. Dessa


forma, a venda deste e book ou até
mesmo a sua

troca é totalmente condenável em


qualquer circunstância.

Você pode ter em seus arquivos


pessoais, mas pedimos por favor, que
não hospede o

livro em nenhum outro lugar. Caso


queira ter o livro sendo disponibilizado
em arquivo

público, pedimos que entre em contato


com a Equipe Responsável da
Comunidade –

tradu.digital@gmail.com

Após sua leitura considere seriamente a


possibilidade de adquirir o original,
pois assim
você estará incentivando o autor e a
publicação de novas obras.

Traduções e Digitalizações

Orkut -
http://www.orkut.com.br/Main#Communit
cmm=65618057

Blog – http://tradudigital.blogspot.com/

Fórum -
http://tradudigital.forumeiros.com/portal.h

Twitter - http://twitter.com/tradu_digital

Skoob -
http://www.skoob.com.br/usuario/mostrar
1. Secret Vampire

2. Daughters of Darkness

3. Spellbinder

4. Dark Angel

5. The Chosen

6. Soulmate
7. Huntress

8. Black Dawn

9. Witchlight
10. Strange Fate

O MUNDO DA NOITE não é um lugar.


É tudo o que nos
rodeia. É uma sociedade secreta de
vampiros, lobisomens,

bruxas e outras criaturas da escuridão


que vivem entre nós. Eles

são lindos e imortais e irresistíveis para


os seres humanos. O seu

professor da escola pode ser um, e seu


namorado também.

As leis do Mundo da Noite dizem que é


certo caçar os

seres humanos. Que não tem problema


brincar com seus

corações, e até mesmo matá-los.


Existem apenas duas coisas

que você não pode fazer com eles.

Nunca deixe eles descobrirem que o


Mundo da

Noite existe.

Nunca se apaixone por um deles.

Estas são histórias sobre o que acontece


quando essas regras

são quebradas.
LIVRO 6

S O U L MA T E

A vida de HANNAH SNOW era tão


perfeita. Amigos, notas

fantásticas, os sonhos de uma carreira


em paleontologia. Tudo era

perfeito... até que as notas começaram a


aparecer. Notas em sua
própria caligrafia, alertando ela do
perigo que estava por vir.

Morta antes dos dezessete.

O psiquiatra deveria ajudar. Mas o que


saiu das regressões

foram as memórias de outro tempo, outra


vida. E de um estranho

que rasgou o seu mundo... um vampiro


que matou uma vila

inteira em sua raiva. Até que, nos olhos


de uma menina humana

morrendo, ele reconheceu a sua alma


gêmea.
Agora, o estranho está de volta. Ele
procurou por Hannah ao

longo dos anos, tentando fazer as pazes,


esperando ela nascer.

Agora ele é Thierry, o Senhor do Mundo


da Noite, e nada no céu

ou no inferno vai impedi-lo de ter sua


alma gêmea novamente.

Mas se seu destino é a morte, o amor de


Thierry pode

mesmo protegê-la?
Capitulo 1

s lobisomens interromperam enquanto


Hannah estava no consultório

do psicólogo.

Ela estava lá pela razão óbvia.

"Eu acho que estou ficando louca", disse


ela calmamente, logo que ela se

sentou.
"E o que te faz pensar isso?" A voz do
psicólogo era neutra, calmante.

Hannah tragou. Ok, ela pensou. Ponha-


se na linha. Pule o sentimento

paranoico de estar sendo seguida e o


sentimento ultra paranoico que alguém
estava

tentando matá-la, ignore os sonhos em


que ela acordava gritando. Vá direto
para as

coisas realmente estranhas.

"Eu escrevo notas", disse ela secamente.

"Notas." O terapeuta concordou com a


cabeça, batendo um lápis contra seus

lábios. Então, como o silêncio esticado:


"Uh, e isso incomoda você?"

"Sim." Ela acrescentou depressa, "Tudo


costumava ser perfeito. Quero dizer,

eu tinha toda a minha vida sob controle.


Eu sou uma sênior na High Sacajawea.

Tenho bons amigos, tenho uma boa


média. Eu mesma tenho uma bolsa de

estudos do Estado de Utah para o


próximo ano.E agora tudo está
desmoronando...

por causa de mim. Porque eu estou


ficando louca.”

"Por que você escreve notas?", o


psicólogo disse, perplexo. "Umm, caneta

envenenada, falando
compulsivamente...?”

"Notas como essas." Hannah inclinou-se


na cadeira e deixou cair um

punhado de pedaços de papel amassado


em sua mesa.

Então ela olhou para longe


miseravelmente enquanto ele lia. Ele
parecia um

cara legal e surpreendentemente jovem


para um psiquiatra, ela pensou. Seu
nome

era Paul Winfield.

"Me chame de Paul", ele disse, e ele


tinha cabelos ruivos e olhos azuis

analíticos. Parecia como se ele pudesse


ter tanto senso de humor como um

temperamento forte. E ele gosta de mim,


Hannah pensou. Ela tinha visto o

lampejo de reconhecimento em seus


olhos quando ele abriu a porta e
encontrou-

a em pé contra o flamejante pôr do sol


de Montana.

E então ela viu a mudança de agradável


ao vazio absoluto, a neutralidade

assustada, quando pisou dentro e seu


rosto foi revelado.

Não importa.

As pessoas costumam ver Hannah de


dois jeitos, um para o longo cabelo reto

e olhos cinza claros... e um para a marca


de nascença. Inclinada na diagonal sob

sua bochecha esquerda, de cor morango


pálida, como se alguém tivesse

mergulhado o dedo no blush e


desenhado suavemente no rosto de
Hannah. Era

permanente, os médicos removeram-na


duas vezes com lasers, e ela tinha
voltado

duas vezes.

Hannah estava acostumada com os


olhares para ela. Paul limpou a garganta,

de repente, assustando-a. Ela olhou para


ele.

" Morte antes dos dezessete anos", ele


leu em voz alta, folheando os restos de

papel. "Lembre-se os três rios NÃO


jogue fora esta nota. O ciclo pode ser

quebrado."

"É quase maio, você sabe o que


acontece depois." Ele pegou o recado

amassado. "E este apenas diz: 'Ele está


vindo'."

Alisou os papéis e olhou para Hannah.

"O que eles significam?"


"Eu não sei."

"Você não sabe?"

"Eu não os escrevo", disse Hannah


através de seus dentes.

Paul piscou e bateu com o lápis mais


rápido.

"Mas você disse que os escreve."

"É a minha caligrafia. Admito isso",


disse Hannah. Agora que ela tinha

começado, as palavras saíram em


arquejos rápidos, imparáveis. "E eu os
encontro
em lugares onde ninguém mais poderia
colocá-los... na minha gaveta de meias,

dentro da minha fronha. Esta manhã eu


acordei e eu estava segurando aquele

amassado no meu punho. Mas eu ainda


não os escrevo."

Paul acenou com lápis triunfante.

"Eu vejo. Você não se lembra de


escrevê-los."

"Eu não me lembro, porque eu não fiz


isso. Eu nunca escreveria coisas desse

tipo. Todos eles são um absurdo."


"Bem." Batida. Batida. "Eu acho que
depende. É quase Maio, o que acontece

em maio?"

"Primeiro de maio é meu aniversário."

"Isso é, o que, uma semana a partir de


agora? Uma semana e um dia. E você

vai ter...?”

Hannah soltou sua respiração.


"Dezessete."

Ela viu o psicólogo pegar um dos


recados ela não precisou perguntar qual.

Morte antes dos dezessete, ela pensou.

"Você é jovem para se graduar", disse


Paul.

"Sim. Minha mãe ensinou-me em casa


quando eu era criança, e eles me

colocaram no primeiro grau em vez de


jardim de infância.”

Paul balançou a cabeça, e ela pensou


que ela podia vê-lo pensando.
"Alguma vez", ele fez uma pausa
delicadamente, "teve pensamentos sobre
o

suicídio?"

"Não. Nunca. Eu nunca faria algo


assim."

"Hmm..." Paul franziu a testa, olhando


para as notas.

Houve um longo silêncio e Hannah


olhou em volta da sala. Era decorado

como um escritório de psicólogo,


mesmo que fosse apenas uma parte da
casa. Na
Montana central, com quilômetros entre
fazendas, as cidades eram poucas e

distantes entre si. Assim eram os


psicólogos que foi por isso que Hannah
estava

aqui. Paul Winfield era o único


disponível. Não havia diplomas nas
paredes, livros

e bugigangas impessoais estavam na


estante. Um elefante esculpido em
madeira.

Uma planta semimorta. Uma foto com


moldura de prata. Lá havia até mesmo

um sofá de aparência funcional. E eu


vou mentir sobre isso? Hannah pensou.
Eu

não acho que sim. Ouviu o farfalhar de


papel quando Paul empurrou uma nota
de

lado.

Então ele disse suavemente:

"Você acha que alguém ou alguma coisa


está tentando machucá-la?”

Hannah fechou os olhos. É claro que ela


sentiu que alguém estava tentando

feri-la. Isso era parte de ser paranoica,


não era? Ele provou que ela estava
louca.

"Às vezes tenho a sensação de que estou


sendo seguida", disse ela, finalmente,

em quase um sussurro.

"Por...?"

"Eu não sei." Então, ela abriu os olhos e


disse categoricamente: "Algo estranho

e sobrenatural fora de mim. E eu tenho


sonhos sobre o apocalipse.”

Paul piscou.

"O apoc..."
"O fim do mundo. Pelo menos eu acho
que é. Algumas enormes batalhas que

virá: alguma luta final horrível e gigante.


Entre as forças do..." Viu como ele
estava

olhando para ela. Ela desviou o olhar e


continuou resignada. "Bem." Ela
estendeu

uma mão. "E o mal." Ela estendeu as


pernas. Em seguida, ambas as mãos e as

colocou no colo. "Então, eu estou louca,


certo?”
"Não, não, não." Ele atrapalhou-se com
o lápis, em seguida, apalpou o bolso.

"Por acaso você tem um cigarro?” Ela


olhou para ele, incrédula, e ele recuou.

"Não, claro que não. O que eu estou


dizendo? É um hábito sujo. Eu parei na

semana passada.”

Hannah abriu a boca, fechou-a, em


seguida, falou lentamente.
"Olha, doutor, quero dizer, Paul. Estou
aqui porque eu não quero ser louca.

Eu só quero ser eu novamente. Eu quero


me formar com minha turma. Eu quero

ter um cavalo grande e no verão jogar


Xadrez com meu melhor amigo. E no

próximo ano eu quero ir para o Estado


de Utah e estudar os dinossauros e
talvez

encontrar meu próprio local. Eu quero


minha vida de volta. Mas se você não

puder me ajudar...”

Ela parou e engoliu em seco. Ela quase


nunca chorava, foi à perda definitiva

de controle. Mas agora ela não podia


parar. Ela podia sentir o calor
derramando

para fora de seus olhos e rastejando em


suas bochechas até seu queixo.

Humilhada, ela enxugou as lágrimas


quando Paul procurou um lenço. Ela
fungou.

"Sinto muito", disse ele.

Ele encontrou uma caixa de lenços de


papel, mas agora ele deixou cair e

ficou ao lado dela. Seus olhos não eram


analíticos agora, eles eram azuis e
infantis

quando ele timidamente apertou a mão


dela.

"Sinto muito, Hannah. Soa terrível. Mas


eu tenho certeza que posso ajudá-la.

Vamos chegar ao fundo disso. Você


verá, no verão você vai se graduar e irá
para

Utah montar os dinossauros, como


sempre." Ele sorriu para mostrar que era
uma

piada. "Você fará tudo isso."


"Você realmente acha?"

Ele balançou a cabeça. Então ele


pareceu perceber que ele estava em pé e

segurando a mão do paciente: Não em


uma posição muito profissional. Deixou
ir

às pressas.

"Talvez você já tenha adivinhado, você


é o meu primeiro cliente. Não que eu

não seja formado, eu estava no top dez


da minha classe. Então. Agora." Ele

apalpou os bolsos, surgiu com o lápis, e


enfiou na boca. Ele se sentou. "Vamos
começar com a primeira vez que se
lembra de ter um desses sonhos.
Quando..."

Ele partiu quando sinos soaram em


algum lugar dentro da casa. A
campainha.

Ele parecia nervoso.

"Quem seria..." Ele olhou para o relógio


na estante e sacudiu a cabeça.

"Desculpe, isto deve levar apenas um


minuto. Basta fazer-se à vontade até eu

voltar."

"Não responda a isso", disse Hannah.


Ela não sabia por que ela disse. Tudo
que ela sabia era que o som da

campainha tinha enviado calafrios


correndo por ela e que agora seu
coração

estava batendo e as mãos e pés estavam


formigando.

Paul olhou rapidamente assustado, então


ele lhe deu um suave sorriso

tranquilizador.
"Eu não acho que seja o apocalipse na
porta, Hannah. Vamos falar sobre esses

sentimentos de apreensão, quando eu


voltar." Ele tocou levemente seu ombro

quando ele saiu da sala.

Hannah ouviu. Ele estava certo, é claro.


Não havia nada ameaçador sobre

uma campainha. Era a sua própria


loucura. Ela se recostou na cadeira
macia

arredondada e olhou ao redor da sala


novamente, tentando relaxar.

Está tudo na minha cabeça. O


psicólogo vai me ajudar...

No instante que olhou a janela toda a


sala explodiu.

Capitulo 2

annah ficou de pé. Sua consciência


estava fragmentada e a

compreensão veio-lhe em pedaços,


porque ela simplesmente não
poderia imaginar toda a situação de uma
vez.

Era muito estranho.

No início, ela simplesmente pensou em


uma bomba. A explosão foi tão alta.

Então, ela percebeu que algo havia


entrado na janela, que tinha chegado
voando

pelo vidro. E que ele estava no quarto


com ela agora, agachado entre os cacos
de

vidro. Mesmo assim, ela não pôde


identificá-lo. Era muito incongruente,
sua
mente se recusou a reconhecer a forma
imediatamente. Algo muito escuro, algo

grande. Um corpo como um cão, mas


maior, com pernas mais longas. Olhos

amarelos. E então, como se a lente certa


de repente clicasse na frente de seus

olhos, viu-o claramente.

Um lobo. Havia um grande lobo negro


no quarto com ela. Era um animal

lindo, esguio e musculoso, com pele cor


de ébano e um traço branco em sua

garganta como um raio. Ficou olhando


para ela fixamente, com uma expressão
quase humana.

Escapou de Yellowstone, Hannah


pensou confusamente.

Os naturalistas iriam reintroduzir lobos


no parque, não era? Não poderia ser

selvagem; o avô Ryan Harden tinha-se


vangloriado por anos sobre a morte do

último lobo no condado de Amador,


quando ele era um menino.

Enfim, ela disse a si mesma, os lobos


não atacam as pessoas. Eles nunca

atacam as pessoas. Um único lobo


nunca atacaria uma adolescente
adulta. Todo o

tempo sua mente consciente estava


pensando isso, algo mais profundo a fez
se

mover. Movendo-se lentamente para


trás, nunca tirando os olhos do lobo, até
que

ela sentiu a estante atrás dela.

Há algo que você precisa fazer, uma


voz em sua mente estava sussurrando

para ela.

Não era como a voz de outra pessoa,


mas não era exatamente como sua
própria voz mental, tampouco. Era uma
voz como um vento escuro e fresco,

competente e bastante sombrio.

Algo que você viu em uma prateleira


mais cedo, a voz disse.

Em um movimento incrivelmente
gracioso, a oito metros de distância, o
lobo

saltou. Não havia tempo para ter medo.


Hannah viu um fluido arco preto peludo
vindo em sua direção e em seguida, ela
estava se chocando com a estante. Por
um

tempo depois tudo foi simplesmente o


caos. Livros e coisas estavam caindo ao

seu redor. Ela estava tentando conseguir


equilíbrio, tentando empurrar o peso de

um corpo peludo longe dela. O lobo


estava caindo para trás, em seguida,
pulando

novamente quando ela virou


lateralmente para fugir.

E o mais estranho foi que ela realmente


estava fugindo. Ou, pelo menos,
fugindo do pior das estocadas do lobo,
que parecia estar destinado a jogá-la ao

chão. Seu corpo se movia como se


fosse, de alguma forma instintiva a ela,
como

se soubesse como fazer isso.

Mas eu não sei disso. Eu nunca lutei...


e eu certamente nunca joguei de pega

com um lobo antes...

Enquanto ela pensava seus movimentos


retardaram. Ela não se sentia segura e

instintiva mais. Sentiu-se confusa. E o


lobo parecia conhecê-la. Seus olhos
brilhavam estranhamente amarelo na luz
de uma lâmpada que estava deitada de

lado. Eram olhos tão estranhos, mais


intensos e mais selvagens do que
qualquer

outro animal que ela já tinha visto. Viu-o


inclinar as suas pernas para baixo.

Mova-se agora, a parte misteriosa de


sua mente estalou.

Hannah moveu-se. O lobo bateu na


estante com força incrível, e, em
seguida,

a estante de livros estava caindo.


Hannah se atirou para o lado a tempo de
evitar

ser esmagada, mas a estante caiu com


um ruído profano diretamente na frente
da

porta.

Presa, a voz escura e fresca na mente de


Hannah observou analiticamente.

Sem saída mais, exceto a janela.

"Hannah? Hannah?” Era a voz de Paul,


estava apenas fora do quarto. A porta

abriu quatro polegadas. "Deus o que está


acontecendo aí dentro? Hannah?
Hannah!" Ele parecia em pânico agora,
batendo a porta inutilmente contra o

bloqueio.

Não pense sobre ele, a nova parte da


mente de Hannah disse agudamente, mas

Hannah não poderia ajudá-lo.

Ele parecia tão desesperado. Ela abriu a


boca para gritar de volta para ele, sua

concentração foi quebrada.

E o lobo pulou.

Desta vez, Hannah não se moveu rápido


o suficiente. Um peso terrível
chocou-se contra ela e ela estava
caindo, voando. Ela caiu duro, sua
cabeça bateu

no assoalho. Doeu. Tanto que ela sentiu,


tudo cinzento. Sua visão estava

brilhante, sua mente disparou longe da


dor, e um pensamento estranho cintilou

através de sua cabeça.

Eu estou morta agora. E mais uma vez.


Oh, Isis, deusa da vida, guia-me para o
outro mundo...

"Hannah! Hannah! O que está


acontecendo aí?", a voz frenética de
Paul veio

até ela vagamente.

A visão de Hannah clareou e os


pensamentos bizarros desapareceram.
Ela não

estava voando em um vazio espumante e


ela não estava morta. Ela estava deitada

no chão com a quina de um livro


pequeno nas suas costas e um lobo no
peito.
Mesmo no meio de seu terror, sentiu um
estranho fascínio horrorizado. Ela nunca

tinha visto um animal selvagem tão


perto. Ela podia ver os pelos brancos
em pé

sobre o seu rosto e pescoço, ela podia


ver a saliva brilhante na sua língua

vermelha. Ela podia sentir seu hálito


quente e úmido, vagamente, como um
cão

selvagem, mas muito mais.

E ela não podia se mover, ela se deu


conta. O lobo era alto, e pesava mais do
que ela. Deitada por baixo, ela estava
completamente desamparada. Tudo o
que

ela podia fazer era ficar lá tremendo,


com o focinho delicado chegando mais

perto e mais perto de seu rosto. Seus


olhos fecharam involuntariamente como
se

sentisse a umidade fria do seu nariz em


seu rosto. Não era um gesto carinhoso.
O

lobo estava empurrando os fios de


cabelo que tinham caído em seu rosto.

Utilizando o seu focinho como uma mão


para empurrar o cabelo à distância.

Oh, Deus, por favor, faça isso parar,


Hannah pensou. Mas ela era a única

pessoa que poderia parar isso e ela não


sabia como.

Agora, o nariz frio estava se movendo


através de sua face. Seu farejar era alto

em seu ouvido. O lobo parecia estar


cheirando ela, sentindo o gosto dela, e

olhando para ela, tudo de uma vez. Não.


Não me olhando. Olhando para minha

marca de nascença.
Era mais um daqueles ridículos,
impossíveis pensamentos, encaixado no
lugar

como a última peça de um quebra-


cabeça no fundo dela. Irracional como
era,

Hannah sentiu absolutamente que era


verdade. E mandou a voz do vento
fresco

em sua mente novamente.

Estenda a mão, disse a voz sussurrada,


calma e eficiente. Procure em torno de

você. A arma tem estar lá em algum


lugar. Você a viu na estante. Encontre-
a.

O lobo parou suas explorações,


parecendo satisfeito. Ele levantou a
cabeça...

e riu. Realmente riu. Foi a mais


assustadora e espetacular coisa que
Hannah já

tinha visto. A grande boca aberta,


ofegante, mostrando os dentes, e os
olhos

amarelos brilhavam quente com triunfo


bestial.

Depressa, depressa.
Os olhos de Hannah estavam impotentes
fixo nos dentes brancos afiados a

dez centímetros de distância do seu


rosto, mas sua mão estava rastejando
para

fora, sentindo ao longo do assoalho de


pinho liso em torno dela. Seus dedos

deslizaram sobre livros, sobre a textura


de penas e, em seguida, sobre algo

quadrado e frio e com pedaços de vidro.


O lobo não parecia notar. Seus lábios
estavam recuando cada vez mais longe.

Não rindo. Hannah podia ver seus


dentes da frente curtos e os seus longos

caninos curvos. Ela poderia ver o


enrugamento da testa. E ela podia sentir
seu

corpo vibrar em um rosnado baixo e


vicioso.

O som da barbárie absoluta.

A voz do vento frio se apoderou da


mente de Hannah completamente. Ela

estava dizendo a ela o que aconteceria


em seguida. O lobo ia afundar seus
dentes

em sua garganta e, em seguida, sacudi-


la, rasgando a pele e os músculos fora.
O

sangue dela iria espirrar como uma


fonte. Iria preencher sua traqueia
cortada e

seus pulmões e boca.

Ela morreria ofegante e engasgando,


talvez se afogando antes de ela sangrar

completamente. Salvo. . . que tinha prata


em sua mão. A moldura de prata.
Mate-o, a voz fria sussurrava . Você tem
a arma certa. Bata nele no olho com

um canto. Golpeie a prata em seu


cérebro.

A mente comum de Hannah nem sequer


tentou descobrir como uma

moldura poderia ser a arma certa. Ela


não se opôs, tampouco. Mais fraco e

distante, veio outra voz em sua cabeça.


Como a voz do vento frio, que não era

dela, mas não era de outra pessoa,


também. Era uma voz cristalina, que
parecia
brilhar com as cores de joias quando ela
falou.

Você não é uma assassina. Você não


mata. Você nunca matou, não importa o

que acontecer com você. Você não


mata.

Eu não mato, Hannah pensou


lentamente, de acordo.

Então você vai morrer, a voz do vento


fresco disse brutalmente, muito mais

alto do que a voz cristalina. Porque esse


animal não vai parar até que ele esteja

morto ou você. Não há outra maneira


de lidar com essas criaturas.

Então aconteceu. A boca do lobo aberta.


Em um movimento extremamente

rápido, ele disparou para garganta dela.


Hannah não pensou. Ela trouxe a
moldura

até ela... e bateu na lateral da cabeça do


lobo.

Não no olho. Na orelha. Ela sentiu o


impacto do metal duro contra a carne

sensível. O lobo deu um guincho e


cambaleou para o lado, balançando a
cabeça e
bateu em seu rosto com uma pata. Seu
peso estava fora dela por um instante, e

um instante era tudo que Hannah


necessitava. Seu corpo se movia sem
direção

consciente dela, deslizando para fora


sob o lobo, virou e pulou para os pés.
Ela

manteve seu domínio sobre a moldura.

Agora. Olhe em volta! A estante, não,


você não pode movê-la. A janela! Vá

para a janela.

Mas o lobo tinha parado de agitar sua


cabeça. Mesmo quando Hannah

começou a atravessar a sala, se virou e


viu. Em um salto, correndo se colocou

entre ela e a janela. Em seguida, ele


ficou olhando para ela, cada fio de
cabelo

eriçado em seu corpo.

Seus dentes foram descobertos, seus


ouvidos na posição vertical, e seus
olhos
brilharam de puro ódio e ameaça.

Ele vai saltar, Hannah percebeu.

Eu não sou uma assassina. Eu não


posso matar.

Você não tem escolha...

O lobo saltou.

Mas nunca chegou a ela. Outra coisa


veio subindo pela janela e jogou-o fora

do curso. Desta vez, os olhos de Ana e o


cérebro identificaram a criatura de uma

vez. Outro lobo.


Meu Deus, o que está acontecendo?

O novo animal era marrom acinzentado,


menor do que o lobo negro e não

tão marcante. Suas pernas eram


surpreendentemente delicadas, torcida
com veias

e nervos, como um cavalo de corrida.

Uma fêmea, algo distante na mente de


Hannah disse, o que com certeza era

um sonho.

Ambos os lobos tinham recuperado o


seu equilíbrio agora. Eles estavam em
seus pés, eriçados. O quarto cheirava a
um jardim zoológico.

E agora eu vou realmente morrer,


Hannah pensou. Vou ser despedaçada
por

dois lobos.

Ela ainda estava segurando a moldura,


mas ela sabia que não havia chance de

lutar contra os dois de uma vez. Eles


estavam indo para rasgar-lhe aos
bocados,

discutindo sobre quem teria mais dela.


Seu coração batia tão forte que sacudiu
seu corpo e suas orelhas estavam
tocando. A loba estava olhando para ela
com os

olhos mais âmbar do que amarelo, e


Hannah olhou para trás, hipnotizada,

esperando por ela para fazer a sua


jogada.

O lobo a considerou olhando por um


momento, como se estudando o rosto

de Ana, em especial o lado esquerdo de


seu rosto. Seu rosto. Depois, ela virou
as

costas para Hannah e enfrentou o lobo


negro. E rosnou.
Protegendo-me, Hannah pensou
atordoada.

Era inacreditável, mas ela estava além


da descrença neste momento. Ela tinha

saído de sua vida cotidiana e entrou em


um conto de fadas cheio de lobos quase-

humanos. O mundo inteiro tinha


enlouquecido e tudo o que podia fazer
era

tentar lidar com um momento de cada


vez.

Eles vão lutar, a voz do vento fresco em


sua mente lhe disse. Assim, enquanto

eles estão nisso corra para a janela.

Naquele momento, tudo entrou em


erupção, em confusão. O lobo cinzento

lançou-se no o preto. A sala ecoou com


o som de rosnados e dos dentes clicando

juntos dos dois lobos novamente e


novamente. Hannah não podia saber o
que

estava acontecendo na luta. Era um caos


turvo com os lobos em círculo,
disparando, pulando, e mergulhando.
Mas foi de longe a coisa mais
assustadora

que já tinha presenciado. Como a pior


luta de cão imaginável, como a agitação
de

tubarões se alimentando. Ambos os


animais pareciam ter ensandecido.

De repente houve um grito de dor. O


sangue brotou no flanco da fêmea

cinza.

Ela é muito pequena, Hannah pensou .


Muito fraca. Ela não tem uma chance.
Ajude-a, a voz de cristal sussurrou.

Foi uma sugestão insana. Hannah não


podia sequer imaginar tentar entrar no

meio do turbilhão rosnando. Mas de


alguma forma ela se viu indo de
qualquer

jeito. Colocando-se atrás do lobo


cinzento. Não importa que ela não
acreditasse

que ela estava fazendo isso, ou que ela


não tinha ideia de como ajudar um lobo

em luta contra um outro lobo. Ela estava


lá e ela estava segurando sua moldura de
prata no alto.

O lobo negro afastou-se da luta para


encará-la. E lá estavam eles, todos os
três

deles ofegantes, Hannah com medo e os


lobos ofegantes. Eles estavam
congelados

como um quadro no meio do escritório


destruído, todos olhando uns para os

outros tensos. O lobo negro de um lado,


com os olhos brilhando com ameaça

seria. O lobo cinzento, por outro lado, o


sangue no emaranhado pelo, pedaços de
pele flutuando para longe dela. E
Hannah logo atrás dela, segurando a
moldura

em uma mão trêmula. Os ouvidos de


Hannah estavam cheios com o som de o

profundo rosnar. E então um estalo


ensurdecedor cortou a sala como uma
faca.

Uma arma de fogo. O lobo negro ganiu e


cambaleio.

Os sentidos de Hannah tinham estado


concentrados no que estava

acontecendo dentro da sala por muito


tempo que foi um choque perceber que
havia alguma coisa fora dela. Ela estava
vagamente ciente de que o grito de Paul

tinha parado há algum tempo, mas ela


não tinha parado para analisar o que
isso

significava. Agora, com adrenalina


lavada, ela ouviu sua voz.

"Hannah! Saia da frente!"

A mensagem era tensa, com medo e


afiada com raiva e determinação. Veio
do lado oposto da sala, da escuridão
fora da janela. Paul estava lá na janela

quebrada com uma arma. Seu rosto


estava pálido e sua mão estava
tremendo. Ele

estava apontando na direção dos lobos.


Se ele disparasse novamente, ele podia

atingir qualquer um deles.

"Fique em um canto!" A arma balançou


nervosamente.

Hannah se ouviu dizer:

"Não atire!"
Sua voz saiu rouca. Mudou-se para ficar
entre a arma e os lobos.

"Não atire", disse ela novamente. "Não


atire no cinzento."

"Atirar no cinzento?" A voz de Paul


transformou-se em algo como uma

risada histérica. "Eu nem sequer sei se


eu posso atirar no muro! Esta é a
primeira

vez que eu dou tiro de pistola. Então,


basta, basta tentar sair do caminho!”

"Não!" Hannah se moveu na direção


dele, segurando a mão dele. "Eu posso
atirar. Apenas dê para mim."

"Basta sair do caminho."

A arma disparou. Por um instante


Hannah não conseguia ver onde a bala

tinha ido e ela se perguntou


descontroladamente se tinha sido
baleada. Então ela

viu que o lobo negro foi cambaleando


para trás. O sangue escorria do seu

pescoço.

Aço não vai matá-lo, a voz do vento


assobiava . Você só está tornando-o
mais
irritado...

Mas o lobo negro estava balançando a


cabeça para olhar com olhos de

chamas para Hannah e a moldura e


Paulo com sua arma, o lobo cinzento
com os

dentes. O lobo cinzento rosnou e Hannah


nunca tinha visto um animal parecer

mais presunçoso.

"Um tiro mais..." Paul respirava.


"Quando for encurralado..."

Orelhas achatadas, o lobo negro virou-


se para a única janela do outro lado da
sala. Lançou em um salto em linha reta
em direção ao vidro inquebrável. Houve

uma quebra, uma vez que passou


completamente. Fragmentos de vidro
voaram

por toda parte, tilintando.

Hannah olhou vertiginosamente as


cortinas rodando primeiro fora e depois

dentro da sala, e em seguida, virou a


cabeça para olhar ao redor do lobo
cinzento.

Os olhos âmbares a olharam


diretamente. Era tal olhar humano... e
definitivamente o olhar de um igual.
Quase o olhar de um amigo. Então, o
lobo

cinzento virou e voltou para a janela


quebrada recentemente. Dois passos e
um

salto, ela se foi completamente. De


algum lugar lá fora veio um uivo de
longo

fôlego de raiva e rebeldia. Ele foi


desaparecendo, como se o lobo
estivesse se

afastando.

Então o silêncio.

Hannah fechou os olhos. Sentia os


Joelhos, literalmente, como se
quisessem

desabar. Mas ela se fez passar para a


janela de vidro sob suas botas enquanto
ela

olhava para a noite. A lua estava


brilhante, passado um dia inteiro. Ela
pensou

que ela podia ver uma forma escura


galopando em direção à pradaria aberta,
mas

poderia ter sido sua imaginação. Ela


soltou a respiração e cedeu contra a
janela. A

moldura de prata caiu para o chão.

"Você está machucada? Você está bem?"

Paul estava subindo pela outra janela.


Tropeçou em um cesto de lixo,

atravessando toda a sala, então ele foi


ao seu lado, para pegar seus ombros,

tentando olhar sobre ela.


"Eu acho que estou bem." Ela estava
entorpecida, era o que ela estava.

Sentiu-se tonta e fragmentada.

Ele piscou para ela.

"Um... Você tem alguma predileção


especial por lobos cinzentos ou alguma

coisa?”

Hannah sacudiu a cabeça. Como ela


poderia explicar? Eles se entreolharam

por um momento e, em seguida,


simultaneamente, ambos afundaram no
chão, de
cócoras entre os cacos de vidro,
respirando com dificuldade.

A face de Paul era branca, seu cabelo


ruivo despenteado, seus olhos grandes e

atordoados. Passou a frágil mão sobre a


testa, em seguida colocou a arma no
chão

e acariciou-a. Ele torceu o pescoço para


olhar para os destroços de seu
escritório,

a estante virada, os livros dispersos e


bugigangas, as duas janelas quebradas,
os

fragmentos de vidro, o buraco da bala, a


mancha de sangue, e os tufos de pelos de

lobo que ainda acumulavam-se entre o


piso de pinho.

Hannah disse baixinho:

"Então, quem estava na porta?"

Paul piscou duas vezes.

"Ninguém. Ninguém Estava na porta."


Ele acrescentou quase sonhador, "sabe

se os lobos podem tocar campainhas?"

"O quê?"

Paul virou-se para olhar diretamente


para ela.

"Alguma vez lhe ocorreu," ele exclamou,


"que pode não ser paranoica depois

de tudo, quero dizer, que algo estranho e


misterioso está realmente lá fora para te

pegar?"

"Muito engraçado", Hannah sussurrou.

"Eu quero dizer" Paul gesticulou ao


redor da sala, meio rindo. Ele parecia
de

porre. "Quero dizer, você disse uma


coisa e aconteceu." Ele parou de rir e
olhou

para ela perguntando. "Você realmente


não sabe, não é?"

Hannah olhou para o homem que deveria


guiá-la de volta à sanidade.

"Você está louco?”

Paul piscou. Ele parecia chocado e


envergonhado, ele desviou o olhar e

sacudiu cabeça.
"Deus, eu não sei. Desculpe isso não foi
muito profissional, não é? Mas..." Ele

olhou para fora da janela. "Bem, por um


momento, só parecia possível que você

tem algum tipo de segredo trancado lá


no seu cérebro. Alguma coisa...

Extraordinária."

Hannah não disse nada. Ela estava


tentando esquecer muitas coisas ao
mesmo

tempo: a nova parte dela que sussurrou


estratégias, os lobos com os olhos

humanos, a moldura de prata. Ela não


tinha ideia de todas essas coisas
somadas, e

ela não queria saber. Ela queria


empurrá-los para longe dela e voltar
para o

mundo seguro normal de Sacajawea


High School.

Paul pigarreou, ainda olhando pela


janela. Sua voz era incerta e quase

apologética.

"Não pode ser verdade, é claro. Tem


que haver uma explicação racional.

Mas, bem, se fosse verdade, ocorre-me


que seria melhor alguém desbloquear
esse

segredo. Antes que algo pior aconteça.”

Capitulo 3

elegante limusine branca correu a noite


como um golfinho

subaquático, levando Thierry


Descouedres para longe do aeroporto.
Levando-o para sua mansão em Las
Vegas, paredes brancas e

palmeiras, fontes azuis límpidas e


terraços com azulejos. Salas cheias de
arte de

museu e móveis com qualidade. Tudo o


que alguém poderia pedir. Ele fechou os

olhos e recostou-se contra as almofadas


carmim, desejando que ele estivesse em

outro lugar.

"Como foi no Havaí, senhor?" A voz do


motorista veio do banco da frente.

Thierry abriu os olhos. Nilsson era um


bom motorista. Ele parecia ter a

mesma idade de Thierry, cerca de


dezenove anos, com um rabo de cavalo

elegante, óculos escuros, apesar do fato


de que era noite, e uma expressão

discreta.

"Chuvoso, Nilsson," Thierry disse


suavemente. Ele olhou para fora da
janela.

"O Havaí foi muito... Molhado."

"Mas você não encontrou o que você


estava procurando."
"Não. Eu não encontrei o que eu estava
procurando... outra vez."

"Sinto muito, senhor."

"Obrigado, Nilsson.”

Thierry tentou olhar o passado em seu


próprio reflexo na janela. Era

preocupante, visto que o homem jovem


com o cabelo loiro esbranquiçado, e

velho, velhos olhos olhando de volta


para ele. Ele tinha uma expressão
pensativa...

tão perdido e tão triste. Como alguém


sempre à procura de algo que ele não
podia

encontrar, Thierry pensou. Ele se


afastou da janela com determinação.

"Tudo ocorreu bem quando eu fui


embora?", ele perguntou, pegando seu

telefone celular. O trabalho. O trabalho


sempre ajudou. Manteve ocupado,

mantinha a sua mente fora das coisas,


mantinha-o afastado de si mesmo,

basicamente.

"Bem, eu acho, senhor. Mr. James e


Miss Poppy estão de volta."
"Isso é bom. Eles vão fazer a próxima
reunião do Círculo Aurora". O dedo de

Thierry pairou sobre um botão no


telefone, considerando para quem ligar.
Cuja

necessidade pode ser a mais urgente.


Mas antes que ele pudesse tocá-lo, o

telefone tocou.

Thierry pressionou atender e segurou-o


na sua orelha. "Thierry."
"Senhor? Sou eu, Lupe. Você pode me
ouvir?" A voz era fraca e quebrada

por estática, mas distante como estava,


Thierry podia ouvir que soou fraca.

"Lupe? Você está bem?"

"Entrei em uma luta, senhor. Estou um


pouco rasgada." Ela deu uma

risadinha ofegante. "Mas você deve ver


o outro lobo.”

Thierry pegou um livro de endereços de


couro amarrado e uma caneta Mont

Blanc de ouro. "Isso não é engraçado,


Lupe. Você não deveria estar lutando.”
"Eu sei senhor, mas..."

"Você realmente tem de conter-se."

"Sim, senhor, mas..."

"Diga-me onde você está, e eu vou


enviar alguém para buscá-la. Levá-la a
um

médico." Thierry fez uma marca prática


com a caneta. A tinta não saiu. Ele olhou

para a ponta da mesma em descrença.


"Você compra uma caneta de oitocentos

dólares e então ela não escreve," ele


murmurou.
"O senhor não está me escutando. Você
não entende. Eu a achei."

Thierry parou de tentar fazer a caneta


escrever. Ele olhou para ela, em seus

próprios dedos longos segurando o


robusto cilindro de ouro texturizado,
sabendo

que essa visão seria impressa na sua


memória como se queimado com um

maçarico.

"Você me ouviu, senhor? Eu a


encontrei."

Quando sua voz saiu do passado, foi


estranhamente distante. "Você tem

certeza?"

"Sim. Sim, senhor, eu tenho certeza. Ela


tem a marca e tudo. O nome dela é

Hannah Snow."

Thierry alcançou o banco da frente e


agarrou Nilsson que se surpreendeu

com uma mão como ferro. Ele disse


baixinho no ouvido do motorista, "Você
tem

um lápis?"

"Um lápis?"
"Algo que escreva Nilsson. Um
instrumento para fazer marcas no papel.

Você tem um? Rápido, porque se eu


perder essa conexão, você está
demitido."

"Eu tenho uma caneta, senhor." A mão


de Nilsson se enfiou no bolso e tirou

uma Bic.

"Seu salário, apenas dobrou." Thierry


pegou a caneta e recostou-se. "Onde

você está Lupe?"


"O Badlands de Montana, senhor. Perto
de uma cidade chamada Medicine

Rock. Mas há outra coisa, senhor.” A


voz de Lupe parecia menos estável, de

repente. "O outro lobo que eu lutei


tentou vê-la também. E ele foi embora."

A respiração de Thierry travou. "Eu


vejo."

"Eu sinto muito." Lupe de repente estava


falando rapidamente, em uma
explosão de emoção. "Oh, Thierry, eu
estou arrependida. Eu tentei pará-lo.
Mas

ele foi embora e agora eu estou com


medo que ele está fora e tente se

aproximar... dela."

"Você não poderia ajudar, Lupe. E eu


vou estar lá mesmo, em breve. Eu

estarei lá para cuidar de tudo.” Thierry


olhou para o motorista. "Nós temos que

fazer algumas paradas, Nilsson. Em


primeiro lugar, a loja dos Harman.”

"O lugar da bruxa?"


"Exatamente. Você pode triplicar o seu
salário se você chegar lá mais

rápido."

***

Quando Hannah entrou na casa de Paul


Winfield na tarde seguinte, o xerife

estava lá. Chris Grady era um xerife


honesto e bondoso do ocidente, com
botas,

chapéu e colete. A única coisa que


faltava, Hannah pensou enquanto ela
andava

na parte de trás da casa onde Paul estava


martelando tábuas nas janelas
quebradas,

era um cavalo.

"Oi, Chris", disse ela.

O delegado acenou, pele bronzeada nos


cantos dos olhos. Ele tirou seu

chapéu e passou a mão pelo comprido


cabelo ruivo. "Vejo que você se
encontrou

com um casal de lobos gigante, Hannah.


Você não está machucada, está?”

Hannah balançou a cabeça


negativamente. Ela tentou sorrir, mas
não

conseguiu. "Acho que esses lobos eram


talvez cães ou algo assim. Raça pura, os

lobos não são tão agressivos.”

"Essa impressão não foi feita por


qualquer cão-lobo", disse Chris.

Nas lajes de concreto fora da janela


havia uma marca de uma pata no sangue.

Era semelhante à pegada de um cão, com


quatro almofadas mostrando marcas de

garras. Mas era mais do que seis


polegadas de comprimento por pouco
mais de
cinco polegadas de largura.

"A julgar por isso, é o maior lobo que já


ouvi falar por aqui, maior do que o

White Wolf de Judith." Os olhos do


xerife se dirigiram para os retângulos
vazios

da janela quebrada. "Grandes. Você


deve ter cuidado. Algo está acontecendo
aqui

que eu não gosto. Vou deixar você saber


se capturarmos os lobos."
Ele assentiu com a cabeça para Paul,
que estava chupando o dedo depois de

bater com o martelo. Em seguida ele pôs


o chapéu de volta na cabeça e caminhou

para o seu carro. Hannah olhou para a


impressão da pata em silêncio. Todo

mundo achava que havia algo


acontecendo. Todos, menos ela.

Porque não podia haver, pensou .


Porque tem que ser tudo na minha
cabeça.

Tem que ser algo que eu possa


descobrir e corrigir rapidamente. . .
algo que eu possa

controlar.

"Obrigada por me ver de novo tão


cedo", disse ela a Paul.

"Ah..." Ele fez um gesto, dobrando o


martelo debaixo do braço. "Não é

nenhum problema. Quero começar a ir


fundo e descobrir o que está perturbando

você, tanto quanto você. E," ele admitiu


sob a sua respiração "Eu realmente não
tenho qualquer outro paciente.”

Hannah seguiu pelo corredor para o seu


escritório. Estava escuro por dentro,

as placas nas janelas reduziam a luz do


sol da tarde e espalhava estranhamente
em

eixos inclinados.

Ela se sentou na cadeira de contorno. "A


única coisa é, como podemos chegar

ao fundo disso? Eu não entendo o que


está acontecendo comigo, também. É
tudo

muito estranho. Quero dizer, por um


lado, estou claramente louca." Ela falou
sem

rodeios assim que Paul tomou o seu


lugar no lado oposto da mesa. "Eu tenho

sonhos loucos, eu acho que o mundo vai


acabar, tenho a sensação de que estou

sendo seguida, e ontem eu comecei a


ouvir vozes na minha cabeça. Por outro

lado, me sentir louca, não explica os


lobos saltando pelas janelas."

"Vozes"? Paul murmurou, olhando em


volta de um lápis. Então ele desistiu e

a enfrentou. "Sim, eu sei. Compreendo a


tentação. Na última noite, após os lobos

olharem para mim, eu estava pronto para


acreditar que tinha que haver alguma

coisa..." Ele parou e balançou a cabeça,


levantando documentos em sua mesa
para

olhar por baixo. "Alguma coisa...


realmente estranha está acontecendo.
Mas agora

é dia, e somos todas pessoas racionais,


e percebemos que temos de lidar com as

coisas racionalmente. E, na verdade,


você sabe, eu acho que posso ter
chegado a
uma explicação racional." Ele encontrou
um lápis e com uma expressão de

grande alívio começou a abaná-lo entre


os dedos.

Esperança agitou dentro Hannah. "Uma


explicação?"

"Sim. Quero dizer, em primeiro lugar, é


possível que as suas premonições e

as coisas estejam completamente


desconectadas com os lobos. As pessoas
nunca

querem acreditar em coincidência, mas


acontece. Mas mesmo se as duas coisas
estão bem ligados, eu não acho que isso
significa que alguém está atrás de você.

Pode ser que haja algum tipo de


perturbação nessa área, algo que está
agitando

todo o ecossistema, tornando os lobos


loucos, quem sabe o que faz para os
outros

animais... e que você está de alguma


forma sentindo isso. Você está em
harmonia
com isso de alguma forma. Talvez seja
um terremoto ou íons negativos no ar.
Mas

seja o que for, faz com que você sinta


que algum terrível desastre está
chegando.

Que o mundo está acabando ou que você


está prestes a ser morta."

Hannah sentiu a pia esperança dentro


dela, e foi mais doloroso do que tudo.

"Eu suponho que poderia acontecer",


disse ela. Ela não queria ferir seus

sentimentos. "Mas como explicar isso?"


Ela enfiou a mão na sacola de lona e
tirou um pedaço de papel dobrado. Paul

pegou o papel e leu. "Eles te viram. Eles


vão dizer. Esta é a sua a última chance
de

escapar.” Ele enfiou um lápis na boca.


"Hmmm...”

"Eu encontrei-o esta manhã envolto em


torno de minha escova de dente",

Hannah disse calmamente.

"E é sua letra?" Ela fechou os olhos e


balançou a cabeça. "E você não se

lembrar de escrevê-la.”
"Eu não escrevi. Eu sei que não fiz." Ela
abriu os olhos e respirou fundo. "As

notas me assustam. Tudo o que está


acontecendo me assusta. Eu não entendo

nada disso, e eu não vejo como poderia


consertá-lo se eu não entendo."

Paul considerou, mastigando o lápis


suavemente.

"Olhe o que está acontecendo, quem


escreve as notas, acho que é sua mente

subconsciente que está tentando lhe


dizer algo. Os sonhos são evidências
disso.
Mas não que é o suficiente. Há algo que
eu ia sugerir, algo que eu não acredito

exatamente, mas que podemos tentar de


qualquer maneira. Algo para chegar ao

seu subconsciente diretamente para que


possamos entender o que está

acontecendo. "

Chegar ao seu subconsciente


diretamente... Hannah prendeu a
respiração. "A

hipnose?"

Paul balançou a cabeça. "Eu não sou um


grande fã da hipnose. Não é um
transe mágico como a televisão e os
filmes querem que você acredite. É
apenas

um estado de espírito onde você está um


pouco mais relaxado, um pouco mais

provável que seja capaz de lembrar


coisas sem ameaçar sufocar. Mas nada
que

você não possa fazer praticando


exercícios de respiração em casa.”

Hannah não estava feliz. A hipnose


ainda parecia significar abrir mão do

controle. Se não para Paul, então para


seu próprio subconsciente. Mas o que
mais

eu devo fazer? Ela se sentou e ouviu o


desamparo tranquilo em sua mente por
um

instante. Nem um pio da voz do vento


frio ou a voz cristalina o que foi bom, na

medida em que ela estava preocupada.


Ainda assim, isso apontou para o fato de

que ela não tinha alternativa.

Ela olhou para Paul. "Tudo bem. Vamos


fazê-lo."
"Ótimo." Ele se levantou, depois pegou
um livro sobre o canto de sua mesa.

"Sempre assumindo que eu lembro


como... Ok, por que você não se deita no

sofá?"

Hannah hesitou, então deu de ombros. Se


eu vou fazê-lo, assim eu poderia

fazer isso direito. Deitou-se para baixo


e olhou para as vigas escuras no teto.
Apesar da forma como ela estava se
sentindo miserável, tinha um impulso
quase

irresistível de rir. Aqui ela estava no


sofá de um psicólogo real, à espera de
ser

hipnotizada. Seus amigos da escola


nunca considerariam mesmo ir a um

psiquiatra, aqui em Montana loucura


estava bem. Afinal, você tinha que ser
um

pouco excêntrico de viver nesta terra


difícil, em primeiro lugar. Que não era
bom
admitir que não pudesse lidar com isso
em seu próprio país, pedindo ajuda. E

permitindo-se ser hipnotizada foi ainda


pior. Todos pensam que eu sou a mais

independente. Se eles pudessem me ver


agora.

"Ok, eu quero que você fique


confortável e feche os olhos", disse
Paul. Ele

estava sentado com o quadril na borda


de sua mesa, balançando pernas, livro
na

mão. Sua voz era calma, suave e


profissional. Hannah fechou os olhos.
"Agora eu quero que você imagine-se
flutuando. Apenas flutuando e

sentindo-se muito relaxada. Não há nada


que você precise pensar e nada onde

você precisa ir. E agora você está


vendo-se envolta por uma luz violeta
bonita.

Banhando seu corpo inteiro e fazendo


você mais e mais relaxada...”

O sofá foi surpreendentemente


confortável. Suas curvas cabiam
debaixo dela,

apoiando o seu peso sem incomodá-la.


Era fácil imaginar que ela estava
flutuando,

fácil imaginar a luz ao seu redor.

"E agora você se sente flutuando para


baixo... Em um profundo estado de

relaxamento... e você está cercada por


uma luz azul profundo. A luz azul está ao

seu redor, brilhando em você, e


tornando você mais confortável e mais

relaxada..."

A voz suave e calma passou, e em sua


direção, Hannah imaginou ondas de

cor e luz banhando seu corpo. Azul


profundo, verde esmeralda, amarelo
ouro,

laranja brilhante. Hannah viu tudo isso.


Foi incrível e sem esforço, sua mente

apenas lhe mostrou as imagens.

E como as cores iam e vinham, sentia-se


cada vez mais e mais relaxada,

aquecida e quase sem peso. Ela não


podia sentir o sofá debaixo dela por
mais

tempo. Ela estava flutuando na luz.

"E agora você está vendo uma luz


vermelho rubi, muito profunda, muito
relaxante. Você está tão relaxada; você
está calma e confortável, e se sente
segura.

Nada vai perturbar você, você pode


responder todas as minhas perguntas
sem se

sentir angustiada. Você me entende?”

"Sim", disse Hannah.

Ela estava ciente de dizer isso, mas não


era exatamente como se ela tivesse
dito isso. Ela não tinha conhecimento de
planejar dizer isso. Algo dentro dela

parecia estar respondendo a Paul usando


sua voz. Mas não foi assustador. Ela

ainda se sentia relaxada, flutuando na luz


de rubi.

"Tudo bem. Agora estou falando com o


subconsciente de Hannah. Você será

capaz de se lembrar das coisas que a


mente desperta de Hannah não está

consciente, mesmo que tenham sido


reprimidos. Você entendeu?”

"Sim." Novamente, a voz parecia vir


antes que Hannah decidisse falar.

"Bom dia. Agora, eu tenho essa última


nota aqui, a que você encontrou

envolvida em sua escova de dente esta


manhã. Lembras-te desta nota?”

"Sim." Claro que sim.

"Ok, isso é bom. E agora eu quero que


você volte em sua mente, de volta ao

tempo em que esta nota foi escrita.”

Desta vez, Hannah estava consciente da


necessidade de falar. "Mas como

posso fazer isso? Eu não sei quando foi


escrita. Eu não escrevo.”

"Basta, basta, basta deixar ir, Hannah",


Paul disse, interrompendo. Em sua voz

suave novamente, ele acrescentou:


"Sinta-se relaxada, sinta-se a tornar-se
muito

relaxada, e deixe que a sua mente


consciente se vá. Fale sobre o tempo em
que a

nota foi escrita. Não se preocupe em


fazer. Veja a luz rubi e pense 'eu vou
voltar"

Você está fazendo isso?”


"Sim", disse Hannah. Vá para trás, ela
disse a si mesma corajosamente.

Apenas relaxe e volte, ok?

"E agora, um quadro está começando a


se formar em sua mente. Você está

vendo alguma coisa. O que você está


vendo?”

Hannah sentiu algo dentro dela ceder.


Ela parecia estar caindo direto no rubi.

Sua mente consciente foi suspensa,


parecia ter sido empurrada para o lado
em

algum lugar. Neste estado de sonho


estranho, nada poderia surpreendê-la.

A voz de Paul insistiu gentilmente. "O


que você está vendo?"

Hannah viu. Uma imagem pequena que


parecia abrir-se, desdobrar quando

ela olhou.

"Eu me vejo", ela sussurrou.

"Onde está você?"

"Eu não sei. Espere, talvez eu esteja no


meu quarto."

Ela podia se ver, vestindo algo longo e


uma camisola branca. Não, a que
estava aqui, ela estava em seu quarto,
usando a sua camisola. Ela estava no

escritório de Paul, deitada no sofá, mas


ela estava em seu quarto, ao mesmo

tempo. Que estranho, pensou


vagamente.

"Tudo bem, agora a imagem vai ficar


mais clara. Você começará a ver as

coisas ao seu redor. Apenas relaxe e


você começará a vê-los. Agora, o que
você

está fazendo?"

Sem sentir nada, exceto uma espécie de


diversão Hannah disse: "Escrevendo

uma nota."

Paul murmurou algo que soou como


"Aha". Mas poderia ter sido, "XJh-huh".

Então ele disse baixinho: "E por que


você está escrevendo?"

"Eu não sei para avisar-me. Tenho que


avisar-me."

"Sobre o quê?"
Hannah sentiu-se agitar sua própria
cabeça, desanimada.

"Tudo bem... O que você está sentindo


como você escreve?"

"Oh..." Isso foi fácil. Paul, sem dúvida,


esperava que ela falasse algo como

"medo ou ansiedade”. Mas isso não era


a coisa mais forte que ela estava
sentindo.

Não é o mais forte em tudo.

"Desejo", Hannah sussurrou. Ela moveu


a cabeça no descanso do sofá.

"Apenas desejo. Eu quero, tanto... eu


quero..."

"O que você quer?"

"Ele." Saiu como um soluço. A mente


consciente de Hannah assistiu em

perplexa algum lugar, mas o corpo de


Hannah foi completamente tomado por

esse sentimento, atormentada com isso.


"Eu sei que é possível. É o perigo e a

morte para mim. Mas eu não me


importo. Eu não posso mais..."

"Whoa, whoa, whoa. Quero dizer, você


está se sentindo muito relaxada.
Você está muito calma, e você pode
responder às minhas perguntas. Quem é
essa

pessoa que você está desejando?”

"Aquele que vem", disse Hannah


suavemente e sem esperança. "Ele é mau
e

mal... eu sei disso. Ela explicou tudo


para mim. E eu sei que ele vai me matar.
A

maneira como ele sempre faz. Mas eu o


quero.'

Ela estava tremendo. Ela podia sentir


seu próprio corpo irradiar calor e ela
podia ouvir Paul tragar. De alguma
forma, nesse estado expandido de
consciência,

ela parecia ser capaz de vê-lo, como se


ela pudesse estar em todos os lugares ao

mesmo tempo. Ela sabia que ele estava


sentado na borda da mesa, olhando para

ela confusamente, perplexo com a


transformação da moça em seu sofá. Ela
sabia

que ele podia vê-la, o rosto pálido e


brilhante do calor interno, sua
respiração

vindo rapidamente, seu corpo tomado


por um tremor muscular fino. E ela sabia

que ele estava agitado e assustado.

"Oh, rapaz." Paul passou em cima da


mesa. Ele abaixou a cabeça, em seguida,

ergueu-a, procurando um lápis. "Ok, eu


tenho que admitir, estou perdido. Vamos

voltar ao início aqui. Você sente que


alguém está atrás de você, e que ele
tentou
matá-la antes? Algum antigo namorado
que está perseguindo você, talvez?"

"Não. Ele não tentou me matar. Ele tem


me matado."

"Ele matou você." Paul mordeu o lápis.


Ele murmurou, "Eu deveria ter

pensado melhor antes de ter começado


isso. Eu não acredito em hipnose de

qualquer maneira.”

"E ele vai fazê-lo novamente. Eu vou


morrer antes do meu aniversário de

dezessete anos. É o meu castigo por


amá-lo. Isso sempre acontece dessa
forma."

"Certo. Razoável. Ok, vamos tentar algo


realmente simples... Será que esse

cara misterioso tem um nome?"

Hannah levantou a mão e a deixou cair.


"Quando?" ela sussurrou.

"O quê?"

"Quando?"

"Quando o quê?" Paul balançou a


cabeça. "Oh, inferno."

Hannah falou com precisão. "Ele usava


nomes diferentes em épocas
diferentes. Ele tem centenas. Eu acho.
Mas eu penso nele como Thierry.
Thierry

Descouedres. Porque esse é o único que


ele usou para o último par de vidas.”

Houve um longo silêncio. Então Paul


disse: "O último par de...?"

"Vidas. Pode ainda ser o nome dele


agora. A última vez que o vi ele disse
que

não iria se incomodar em mudá-lo mais.


Ele não se incomodaria de se esconder

por mais tempo.”


Paulo disse: "Oh, Deus". Ele se
levantou, caminhou até a janela e
colocou a

cabeça entre as mãos. Então ele voltou


para Hannah. "Estamos a falar... quero

dizer, diga-me que não estamos a


falar..." Fez uma pausa e, em seguida,
sua voz

saiu suave e desossada. "O grande R?


Você sabe..." Ele estremeceu.

"Reencarnação"?

Um longo silêncio.

Então Hannah ouviu sua própria voz


dizer sem rodeios: "Ele não foi

reencarnado."

"Oh." A respiração de Paul saiu com


alivio. "Bem, graças a Deus. Você me

assustou por um minuto.”

"Ele está vivo todo esse tempo", disse


Hannah. "Ele não é humano, você

sabe."
Capitulo 4

hierry ajoelhou-se perto da janela, com


cuidado para não fazer barulho

ou perturbar a terra seca abaixo dele.


Era uma habilidade tão familiar

ao seu corpo que ele poderia ter nascido


com ela. A escuridão era seu

ambiente nativo, ele poderia derreter em


uma sombra sem aviso

instantaneamente, ou mover-se mais


tranquilamente do que um gato caçando.

Mas agora ele estava olhando para a luz.


Ele podia vê-la. Apenas a curva do
ombro e o derramamento do seu cabelo,
mas ele sabia que era ela. Ao lado dele,

Lupe estava agachada, seu corpo


humano magro, mas tremendo em alerta
e

tensão animal.

Ela sussurrou mais suave do que um


suspiro, "Tudo bem?"

Thierry virou seu olhar de lado para


olhar para ela. A face de Lupe estava

machucada, um olho quase fechado, o


lábio inferior rasgado. Mas ela estava

sorrindo. Ela tinha observado em torno


de Medicina Rock até que Thierry tinha

chegado, guardando a menina chamada


Hannah Snow, assegurando que nenhum

dano fosse causado a ela. Thierry tomou


a mão de Lupe e beijou-a.

“Você é um anjo”, disse-lhe, e fez ainda


menos som que ela para falar, porque

ele não usava suas cordas vocais. Sua


voz era telepática. “E você merece umas

férias longas. Minha limusine está no


estacionamento turístico em Clearwater,
a

levarão ao aeroporto de Billings.”


"Mas e você, não pretende ficar aqui
sozinho, não é? Você precisa votar

senhor. Se ela vier...”

"Eu posso cuidar das coisas. Trouxe


algo para proteger a Hannah. Além
disso,

ela não fará nada até que ela fale


comigo."

“Mas...”

“Lupe, vá.”

Seu tom era suave, mas não era


inconfundivelmente a insistência de um
amigo mais. Era a ordem de um
suserano, Thierry do Mundo da Noite,
que estava

acostumado a ser obedecido.

Engraçado, Thierry pensou , como você


nunca percebe como você estava

acostumado a ser obedecido até que


alguém desafia você.

Agora, ele se afastou de Lupe e olhou


pelas frestas da janela novamente. E
prontamente esqueceu que Lupe existia.
A menina no sofá virou. Ele podia ver

seu rosto. Choque passou através dele.

Ele sabia que era ela, mas ele não sabia


que iria ser tão parecido com ela.

Como o jeito que ela parecia à primeira


vez, a primeira vez que ela havia
nascido,

a primeira vez que ele a tinha visto.


Essa foi a que ele pensava como sua

verdadeira face, ele tinha visto várias


outras ao longo dos anos, mas ele nunca

tinha visto essa de novo. Até agora.


Esta era a imagem exata da garota por
quem ele tinha caído de amor. O

mesmo cabelo longo, liso e reto, como a


seda em diferentes tons de cor de trigo,

derramando sobre os ombros. Os mesmo


grandes olhos cinzentos que pareciam

cheios de luz. A mesma expressão


constante, a boca com o mesmo formato,
lábio

superior menor que lhe dava uma


aparência de sensualidade involuntária.
A

mesma estrutura óssea fina, as maçãs do


rosto altas e a graciosa linha da
mandíbula, que parecia saída do sonho
de um escultor. A única coisa que era

diferente era a marca de nascença. A


marca psíquica.

Era da cor do vinho derramado sobre a


luz, de melancia, de turmalina rosa,

de pálidas pedras preciosas. Manchada


de rosa. Como uma pétala grande,

enviesada sob sua bochecha. Como se


ela tivesse deitada seu rosto sobre uma e

por um momento se levantado deixando


a marca na sua carne.

Para Thierry, era bonito, porque era


parte dela. Ela era usada em cada vida

após a primeira. Mas, ao mesmo tempo,


a própria visão fez a sua garganta se

fechar e cerrar os punhos na dor e


impotente fúria contra si mesmo. A
marca era

a sua vergonha, sua punição. E a sua


penitência era vê-la usá-la em sua
inocência

ao longo dos anos.

Ele iria derramar seu sangue na terra


seca de Montana agora, ele levaria a

marca para longe. Mas nada nem no


Mundo Noite ou no mundo humano
poderia

fazer isso, pelo menos, nada que tinha


encontrado em anos incontáveis de
busca.

Oh, Deusa, ele a amava.

Ele não havia se permitido sentir isso


por tanto tempo, porque o sentimento

poderia levá-lo a loucura, enquanto ele


estava longe dela.

Mas agora isso veio sobre ele em uma


inundação que ele não poderia resistir

mesmo tentado. Fez seu coração bater e


seu corpo tremer. A visão dela ali,

quente e viva, separada dele apenas por


algumas placas frágil e um homem

igualmente frágil humano...

Ele a queria. Ele queria arrancar fora as


placas, passar através da janela, jogar

de lado o homem de cabelos vermelhos,


e levá-la em seus braços. Ele queria
levá-
la para a noite, segurando-a perto de seu
coração, para algum lugar secreto onde

ninguém pudesse encontrá-la para


magoá-la.

Ele não podia. Ele sabia... por


experiência... que não era certo. Ele
tinha feito

isso uma vez ou duas vezes, e ele pagou


por isso. Ela tinha o odiado antes de

morrer. Ele nunca correria o risco mais


uma vez. E agora, nesta noite de

primavera perto da virada do milênio no


Estado de Montana, nos Estados Unidos
da América, tudo que Thierry podia
fazer era ajoelhar-se fora de uma janela
e

assistir a mais recente encarnação de


seu único amor.

Ele não percebeu logo, porém, o que seu


único amor estava realmente

fazendo. Lupe tinha-lhe dito que Hannah


Snow estava vendo um psicólogo. Mas

foi só agora, escutando o que estava


acontecendo na sala que Thierry
lentamente

percebeu exatamente o que o psicólogo


de Hannah estava fazendo.
Eles estavam tentando recuperar suas
memórias. Usando a hipnose.

Quebrando seu subconsciente como se


fosse um cofre de banco.

Era perigoso.

Não só porque o cara que executava a


hipnose não parecia saber o que estava

fazendo. Mas porque a memória de


Hannah era uma bomba-relógio, cheio
de

trauma para ela e conhecimento mortal


para qualquer ser humano.

Eles não deveriam estar fazendo isso.


Todos os músculos do corpo Thierry
ficaram tensos. Mas não havia nenhuma

maneira que pudesse detê-lo. Ele só


podia escutar e esperar.

Paul repetiu com resignação lenta, "Ele


não é humano."

"Não. Ele é Senhor do Mundo da Noite.


Ele é poderoso... E do mal", Hannah

sussurrou. "Ele está vivo há milhares de


anos." Ela acrescentou, quase

distraidamente, "eu sou a única que foi


reencarnada."

"Oh, ótimo. Bem, isso é uma distorção."


"Você não acredita em mim?"

Paul pareceu, de repente, lembrar que


ele estava conversando com um

paciente e um paciente hipnotizado.

"Não, quer dizer, eu não sei em que


acreditar. Se é uma fantasia, não tem que

ter alguma coisa debaixo dela. E é isso


que nós estamos procurando. O que tudo

isso significa para você." Ele hesitou,


depois disse, com nova determinação,

"Vamos levá-la de volta para a primeira


vez que conheceu esse cara. Ok, eu
quero que você relaxe na luz, você está
se sentindo muito bem. E agora eu quero

que você vá para trás ao longo do


tempo, volte às páginas de um livro. Em
sua

mente, volte..."

A mente consciente de Hannah estava


invadindo, acordando, substituindo a

parte do seu sonho que estava


respondendo às perguntas de Paul.
"Espere, eu, eu não sei se isso é uma
boa ideia."

"Nós não podemos descobrir isso, até


descobrirmos o que tudo isso

simboliza, o que significa para você."

Hannah ainda não se sentia convencida,


mas ela teve a sensação de que não

era para ela discutir sob-hipnose.

Talvez isso não importasse, ela pensou .


Eu estou acordando agora, eu

provavelmente não serei capaz de


voltar.
"Eu quero que você veja a si mesma
com quinze anos, se veja com quinze

anos. Volte para o momento em que


você tinha quinze anos. E agora eu quero

que você se veja com doze anos de


idade, vá a sua mente ao momento em
que

você está com doze. Agora vá mais para


trás, veja-se com nove anos, em seis
anos,

em três anos. Agora vá para trás e veja a


si mesma como um bebê, como uma

criança. Sinta-se muito confortável e se


se veja como um bebê. "
Hannah não pôde deixar de ouvir. Ela se
sentia confortável, e sua mente a

mostrou fotos dela ao longo dos anos


que parecia voltar. Era como assistir a
um

filme da sua vida retrocedendo, ela cada


vez menor, e no final minúscula e
careca.

"E agora", a suave e irresistível voz


disse: "Eu quero que você vá mais para

trás. Voltar para o tempo antes de você


nascer. O tempo antes de você nascer

como Hannah Snow. Está flutuando na


luz vermelha, você se sente muito
descontraída, e você está indo para trás,
para trás... para o momento em que você

conheceu esse homem chamado Thierry.


Seja qual for o tempo que poderia ser,

volte. Volte para a primeira vez.”

Hannah estava sendo transportada por


um túnel. Ela não tinha controle, e ela

estava com medo. Não era como o túnel


de quase-morte que as pessoas falavam.

Era vermelho, translúcido, brilhante, as


paredes pulsando, algo como um útero.
E

ela estava sendo puxada ou sugada por


ele a uma velocidade cada vez maior.

Não, ela pensou. Mas ela não conseguia


dizer nada. Estava tudo acontecendo

muito rápido e ela não conseguia fazer


um som.

"Volte para a primeira vez", entoou


Paul, e suas palavras fizeram uma

espécie de eco na cabeça de Hannah, um


sussurro de muitas vozes. Como se uma

centena de Hannahs tivesse todas se


reunido e murmurado sibilando, "A
Primeira

Vez. A Primeira Vez."


"Vá para trás... E você começará a ver
as fotos. Você verá a si mesma, talvez

em um estranho lugar. Vá para trás e


veja isso.”

A Primeira Vez...

Não, pensou Hannah novamente. E algo


muito profundo dentro dela

choramingou: "Eu não quero vê-lo."

Mas ela ainda estava sendo puxada pelo


túnel macio vermelho, mais e mais

rápido. Ela tinha um sentimento de


distância inimaginável. E depois... ela
tinha

um sentimento de que algum limite


máximo foi alcançado.

A Primeira Vez.

Ela explodiu em escuridão, esguichou


para fora do túnel como uma semente

de melancia entre os dedos molhados.


Silêncio. Escuridão. E então uma
imagem.

Abriu como uma folha pequena


desdobrando uma semente, ficando
maior até

que a cercava. Era como uma cena de


um filme, só que estava tudo ao seu
redor,

ela parecia estar flutuando no meio.

"O que você vê?" veio à voz de Paul


suavemente de muito longe.

"Eu vejo... a mim", disse Hannah.


“Parece exatamente como eu. Só que eu

não tenho uma marca de nascença." Ela


estava cheia de admiração.

"Onde você está? O que você se vê


fazendo?"

"Eu não sei onde estou."

Hannah estava muito surpresa de ter


medo agora. Era tão estranho... ela
podia

ver isso melhor do que qualquer


memória de sua vida real. A cena era

incrivelmente detalhada. Ao mesmo


tempo, era completamente desconhecida

para ela.

"O que estou fazendo... Eu estou


segurando... alguma coisa. Uma pedra. E
eu
estou fazendo algo com ela... alguma
coisa." Ela suspirou, derrotada, em
seguida,

acrescentou: “eu estou vestindo peles de


animais! É uma espécie de camisa e

calças tudo feito de peles. É


inacreditável... primitivo. Paul, há uma
caverna atrás

de mim."

"Parece que você está realmente longe."

A voz de Paul soou em contraste com a


maravilha e excitação de Hannah.

Ele estava claramente aborrecido.


Divertido, resignado, mas entediado.

"E aí esta uma menina ao meu lado e


parece com o Chess. Tal como o minha

melhor amiga, Chess. Ela tem o mesmo


rosto, os mesmos olhos. Ela está
vestindo

peles, também... algum tipo de vestido


de pele."

"Sim, isso está detalhado no livro sobre


as regressões a vidas passadas", Paul

disse ironicamente. Hannah poderia


dizer que ele estava lançando páginas.
"Você
está fazendo algo com uma pedra. Você
está usando algum tipo de peles. O livro

é cheio de descrições como essa.


Pessoas que querem se imaginar nos
dias antigos,

mas que não sabem nada sobre eles”,


murmurou para si mesmo.

Hannah não esperou para lembrar a ele


que estava conversando com um

paciente hipnotizado.

"Mas você não me disse para ser a


pessoa da regressão em seguida. Você

me disse para vê-lo."

"Huh? Oh. Ok, então, seja essa pessoa."


Ele disse assim casualmente.

Pânico jorrou por Hannah.

"Espera, eu..."

Mas isso estava acontecendo. Ela foi


caindo, dissolvendo-se, fundindo-se
com

a cena ao seu redor. Ela estava se


tornando a menina na frente da caverna.

A Primeira Vez...

Distante, ela ouviu sua própria voz


sussurrando: "Eu estou segurando uma

pedra buril, uma ferramenta para


perfuração. Eu estou perfurando os
dentes de

uma raposa do Ártico."

"Seja essa pessoa", Paul estava


repetindo mecanicamente, ainda com a
voz

aborrecida.
Então ele disse: "O quê?"

"Mamãe vai ficar furiosa, era suposto


armazenar frutos da primavera para o

inverno. Não há muito e na maior parte


está podre. Mas Ran matou uma raposa e

deu o crânio a Ket, e passamos a manhã


inteira batendo os dentes e fazendo um

colar para Ket. Apenas para Ket ter algo


novo para vestir nos festivais."

Ouviu Paul dizer suavemente: "Oh, meu


Deus..." Então ele engoliu e disse:

"Espere você que ser um paleontólogo,


certo? Você sabe coisas sobre o velho...
"

“Eu quero ser o quê? Eu irei ser um


xamã, como a Mãe velha. Eu devo me

casar, mas não há ninguém que eu


queira. Ket continua me dizendo que eu
vou

encontrar alguém em uma reunião, mas


eu não penso assim." Estremeceu.

"Estranho eu tenho calafrios de repente.


Mãe Velha diz que não pode ver o meu

destino. Ela finge que não é nada para se


preocupar, mas eu sei que ela está

preocupada. É por isso que ela quer que


eu seja um xamã, para que eu possa

lutar, se os espíritos tiverem algo de


podre em mente para mim.”

Paul disse: "Hannah uh, vamos ter


certeza de que você pode ficar fora
desta,

certo? Você sabe, caso se torne


necessário. Agora, quando eu bater
palmas você

vai acordar completamente. Ok? Ok?”

"Meu nome é Hana." Foi pronunciado de


forma ligeiramente diferente: Hah-

na. "E eu já estou acordada. Ket está


rindo de mim. Ela enfiou os dentes numa

corda. Ela diz que eu estou sonhando.


Ela está certa, eu destruí o buraco do

dente."

"Quando eu bater palmas, você vai


acordar. Quando eu bater palmas, você

vai acordar. Você vai ser Hannah Snow


de Montana." Um aplauso. "Hannah,

como você se sente?"

Outro clap.

"Hannah? Hannah?”
"É Hana. Hana do povo do rio. E eu não
sei do que você está falando, eu não

posso ser outra pessoa." Ela endureceu.


"Espere algo está acontecendo. Existe

algum tipo de comoção do rio. Algo está


acontecendo."

A voz era desesperada. "Quando eu


bater palmas."

"Shh. Fique quieto."


Algo estava acontecendo e ela tinha que
ver isso, ela tinha que saber. Ela

tinha que levantar-se... Hana dos Três


Rios levantou-se.

"Todo mundo está animado no rio",


disse a Ket.

"Talvez Ran caiu", disse Ket. "Não, isso


é demais para aguentar. Hana, o que

eu vou fazer? Ele quer casar. Mas eu


não posso nem imaginar. Eu quero
alguém

interessante, alguém diferente..." Ela


ergueu o colar semi-acabado. "Então o
que
você acha?"

Hana mal olhou para ela. Ket parecia


maravilhosa, com os cabelos curtos

escuros, olhos puxados e brilhantes


verde, seu sorriso misterioso. O colar
era

atraente, alternado com contas


vermelhas delicadas e dentes branco-
leitosos.

"Tudo bem, linda. Você vai quebrar


todos os corações na reunião. Eu estou

indo para o rio."

Ket derrubou o colar. "Bem, se você


insiste, espere por mim."

O rio era largo e rápido, coberto com


pequenas ondas brancas. O povo de

Hana tinha vivido nas cavernas


calcárias dos três rios por mais tempo
do que

qualquer um poderia se lembrar. Ket foi


atrás dela enquanto Hana fez seu

caminho através da curva do rio. E


então, ela viu sobre o que o alarido era.
Havia

um estranho agachado nos juncos. Isso


era emocionante, estranhos não vinham
com muita frequência. Mas o estranho
era como nenhum homem que Hana

jamais tinha visto.

"É um demônio", Ket sussurrou,


impressionada.

Era um rapaz, um rapaz alguns anos mais


velho do que Hana. Ele poderia ter

sido bonito em outras circunstâncias.


Seu cabelo era louro muito claro, mais
leve

que a grama seca das estepes. Seu rosto


era benfeito, seu corpo alto era ágil.
Hana
podia ver quase todo o corpo, porque
ele estava vestindo apenas uma tanga de

couro. Isso não incomodava, todo mundo


ficava nu no verão, quando estava

quente demais. Mas não era verão, era


primavera e os dias ainda podiam ser
frios.

Nenhuma pessoa sã iria viajar sem


roupa.

Mas não foi isso que chocou Hana, que


prendeu seu pé, com o coração

batendo tanto, ela não conseguia


respirar. Era o resto da aparência do
rapaz. Ket
estava certa, ele era claramente um
demônio.

Seus olhos estavam errados. Mais como


os olhos de um lince ou um lobo que

os olhos de uma pessoa. Eles pareciam


jogar a luz do sol pálido de volta para
você

quando você olhava para eles. Mas os


olhos não eram nada comparados com
os
dentes. Seus dentes caninos eram longos
e curvados delicadamente. Eles eram

muito afiados e não muito humano.

Quase involuntariamente, Hana olhou


para o dente de raposa que ela ainda

segurava na palma da mão. Sim, eles


eram assim, só que maior. O menino
estava

sujo, cheio de lama do rio, com seu


cabelo loiro emaranhado loucamente,
seus

olhos olhando freneticamente para os


lados. Havia sangue em sua boca e
queixo.
"Ele é um demônio, certo”, um dos
homens disse. Cinco homens estavam em

pé ao redor do menino agachado, vários


deles com lanças, outros com pedras

agarradas apressadamente. "O que mais


poderia ter um corpo humano com os

olhos e dentes de animais?"

"Um espírito?" Hana disse.

Ela não sabia que ela ia dizer até que as


palavras foram para fora. Mas, então,

com todo mundo estava olhando para


ela, ela ergueu-se alto. "Se ele é um
demônio ou um espírito, é melhor você
não machucá-lo. É a Mãe Velha quem

deve decidir o que fazer com ele. Esta é


uma questão para os xamãs."

"Você não é um xamã ainda", outro dos


homens disse. Era Arno, um homem

muito largo, o líder dos caçadores. Hana


não gostava dele.

E ela não tinha certeza por que ela tinha


falado em favor do estrangeiro.

Havia algo em seus olhos, o olhar de um


animal em sofrimento. Ele parecia tão

sozinho, e com tanta dor, mesmo que não


houvesse ferimentos visíveis em seu

corpo.

"Ela está certa, é melhor levá-lo a Mãe


Velha”, um dos caçadores, disse.

"Devemos bater-lhe na cabeça e amarrá-


lo, ou você acha que pode levá-lo?"

Mas, naquele momento, um som alto


magro chegou a Hana sobre a pressa do

rio. Era uma mulher gritando.

"Ajude-me! Alguém me ajude! Ryl foi


atacado!"
Capitulo 5

ana voltou e correu até a beira do rio. A


mulher que estava gritando

era Sada, a irmã da sua mãe, a menina


que estava tropeçando ao lado

dela era Ryl, prima de Hana.

Ryl era uma menina bonita, de dez anos.


Mas agora ela parecia atordoada e
quase inconsciente. E o pescoço e a
parte da frente de sua túnica de couro
foram

manchados com sangue.

"O que aconteceu?" Hana ofegante,


correndo para colocar seus braços em

volta de sua prima.

"Ela estava à procura de novas


hortaliças. Encontrei-a deitada no chão
Eu

pensei que ela estava morta!", o rosto de


Sada estava contorcido de dor. Ela
estava
falando rapidamente, quase incoerente.
"E olhe para o seu pescoço!"

No pescoço pálido de Ryl, no centro do


sangue, Hana só poderia ver duas

pequenas marcas. Pareciam as marcas


de dentes afiados, mas apenas dois
dentes.

"Tinha de ser um animal" Ket soprou


por trás de Hana. "Mas um animal só

deixa as marcas de dois dentes?"

Hana sentiu seu coração apertado e


estranhamente pesado ao mesmo tempo

como uma pedra caindo dentro dela.


Sada já estava falando.

"Não era um animal! Ela diz que foi um


homem, um garoto! Ela diz que ele a

jogou no chão e mordeu e bebeu seu


sangue." Sada começou a soluçar,
segurando

Ryl contra ela. "Por que ele fez isso?


Oh, por favor, alguém me ajude! Minha
filha

se machucou!"

Ryl apenas olhou confusamente ao longo


braço da mãe.

Ket disse baixinho: "Um menino..."


Hana engoliu em seco e disse: "Vamos
levá-la a Mãe Velha..." Mas então ela

parou e olhou para o rio.

Os homens estavam conduzindo o


estrangeiro até o banco. Ele estava

rosnando, apavorado e zangado, mas


quando viu Ryl, sua expressão mudou.
Ele

olhou para ela, os olhos de um animal


doente e ferido. Para Hana, parecia que
ele

não poderia ficar a olhar para ela, mas


ele não podia desviar o olhar. Seu olhar
era
fixo na garganta da menina. E então ele
se virou, os olhos fechados, a cabeça
caiu

em suas mãos. Cada movimento mostrou


a angústia.

Era como se toda a luta tivesse saído


dele de uma vez.

Hana olhou para trás e para frente no


horror da menina com o sangue em sua

garganta para o estranho com sangue na


boca. A conexão era óbvia, e ninguém

tinha de fazê-lo em voz alta.

Mas por quê? Ela pensou, sentindo-se


enjoada e tonta. Por que alguém iria

querer beber o sangue de uma menina?


Nenhum animal e nenhum homem faz
isso.

Ele deve ser um demônio, afinal.

Arno se adiantou. Ele segurou o queixo


de Ryl delicadamente, virando a

cabeça em direção ao estranho.

"Foi ele quem atacou você?"


Os olhos aturdidos de Ryl olhavam para
frente e depois de repente parecia

concentrar-se. Ela olhou para o rosto do


desconhecido. Então ela começou a

gritar.

Gritando e gritando, mãos voando para


cobrir os olhos. Sua mãe começou a

chorar, embalando-a. Alguns dos


homens começaram a gritar com o
estrangeiro,

golpeando com lanças para ele,


passando do choque ao horror. Todos os
sons
mesclados juntos em uma cacofonia
terrível na cabeça de Hana.

Hana encontrou-se a tremer. Ela chegou


automaticamente para Ryl, não

sabendo como confortar ela. Ket estava


chorando. Sada chorava enquanto

segurava sua filha. As pessoas corriam


para fora da caverna de pedra calcária,

gritando, tentando descobrir o que todo


o barulho era.

E através disso tudo, o estranho


encolhido, com os olhos fechados, seu
rosto
uma máscara de tristeza.

A voz de Arno levantou-se acima dos


outros. "Acho que os caçadores sabem

o que fazer com ele. Esta não é mais


uma questão para os xamãs!" Ele estava

olhando para Hana enquanto disse.

Hana olhou para trás. Ela não conseguia


falar. Não havia nenhuma razão para

ela se importar com o que acontecia com


o estranho, mas ela se importava. Ele

havia machucado sua prima... mas ele


estava tão infeliz, tão infeliz. Talvez ele
não
pudesse ajudá-la, pensou de repente.
Ela não sabia de onde veio a ideia, mas
era o

tipo de instinto que fez Mãe Velha dizer


que ela devia ser um xamã.

Talvez... ele não queria fazê-lo, mas


algo o levou a fazer. E agora ele está

arrependido e com vergonha. Talvez...


oh, eu não sei!

Ainda tremendo, ela encontrou-se a falar


em voz alta novamente. "Vocês não

podem simplesmente matá-lo. Vocês têm


que levá-lo a Mãe Velha."
"Não é da sua conta!"

"É da sua conta se ele é um demônio!


Você é apenas o co-líder, Arno. Cuide

da caça. Mas a Mãe Velha é o líder em


coisas espirituais."

A face de Arno apertou-se com raiva.


"Ótimo, então", disse ele. "Nós o

levamos a Mãe Velha."

Golpeando com suas lanças, os homens


dirigiram ao estrangeiro na caverna.

Até então, a maioria das pessoas do clã


se reuniu ao redor e eles estavam

resmungando com raiva.

A Mãe Velha, a mulher mais velha e a


avó, do grande clã de Hana e Ryl e

quase todo mundo. Ela tinha um rosto


coberto de rugas e um corpo como um

pau seco. Mas seus olhos escuros


estavam cheios de sabedoria. Ela era a
xamã do

clã. Ela foi quem intercedeu diretamente


com a Deusa Terra, a Mãe Viva, o
Doador da Vida, que era superior a
todos os outros espíritos.

Ela ouviu a história a sério, sentada no


seu catre de couro, enquanto os outros

se aglomeravam em torno dela. Hana


sentou perto dela e Ryl foi colocada em
seu

colo.

"Eles querem matá-lo", Hana murmurou


ao ouvido da velha quando a

história foi mais. "Mas olhe em seus


olhos. Eu sei que ele está arrependido, e
eu
acho que talvez ele não quisesse ferir
Ryl. Pode falar com ele, Mãe Velha?"

A Mãe Velha conhecia um monte de


línguas diferentes, ela tinha viajado

muito longe quando ela tinha sido


jovem. Mas agora, depois de várias
tentativas,

ela balançou a cabeça.

"Demônios não falam línguas humanas",


disse Arno desdenhosamente.

Ele estava parado com sua lança pronta,


apesar de o estrangeiro de cócoras

em frente à velha não mostrasse sinais


de tentar fugir.

"Ele não é um demônio", Mãe Velha


disse, com um olhar severo para Arno.

Em seguida, acrescentou lentamente.


"Mas ele certamente não é um homem,

também. Eu não tenho certeza do que ele


é. A Deusa nunca me contou nada

sobre as pessoas como ele."

"Então, obviamente, a Deusa não está


interessada", disse Arno com um

encolher de ombros. "Deixe os


caçadores cuidar dele."
Hana segurou o ombro magro da velha.
Mãe Velha pôs a mão sobre os dedos

de Hana. Seus olhos escuros eram


graves e tristes.

"A única coisa que sabemos é que ele é


capaz de grandes danos", disse ela

baixinho. "Lamento, filha, mas eu acho


que Arno está certo." Então ela virou-se

para Arno. "Está ficando escuro. É


melhor prende-lo hoje à noite em algum
lugar,

em seguida, na parte da manhã, podemos


decidir o que fazer com ele. Talvez a
Deusa vá me dizer algo sobre ele
enquanto durmo."

Mas Hana sabia melhor. Ela viu o olhar


na cara Arno quando ele e os outros

caçadores levaram o estranho. E ouviu o


murmurar frio e com raiva dos outros do

clã.

De manhã, o estranho iria morrer.


Desagradavelmente, se dependesse de
Arno.

Provavelmente foi o que ele merecia.


Não era da conta de Hana. Mas naquela

noite, enquanto estava deitada em uma


maca de couro sob suas peles quentes,
ela

não conseguia dormir. Era como se a


Deusa estivesse cutucando ela, dizendo-
lhe

que algo estava errado.

Algo precisava ser feito. E não havia


mais ninguém para fazê-lo.

Hana pensou sobre o olhar de angústia


nos olhos do estrangeiro. Talvez... se

fosse a algum lugar distante ... Ele não


poderia machucar outras pessoas. Fora
das

estepes não havia pessoas para


machucar. Talvez fosse o que a Deusa
queria.

Talvez ele fosse uma criatura que tinha


andado fora do mundo do espírito e a

Deusa estaria irritada se ele fosse preso.

Hana não sabia, ela não era um xamã


ainda. Tudo que ela sabia era que sentia

pena do estranho e que ela não poderia


aquentar por mais tempo. Pouco tempo

antes do amanhecer, ela levantou-se.

Muito discretamente, ela foi para o


fundo da caverna e pegou um odre e

alguns rissóis, é difícil viajar com


alimentos. Então, ela rastejou até a
caverna do

lado onde o estranho estava trancado.

Os caçadores haviam construído uma


espécie de barreira na frente da

caverna, como as armadilhas de


animais. Era feito de galhos e ossos
amarrados
com cordas. Um caçador estava ao lado
da cerca, uma mão sobre a sua lança.
Ele

estava deitado de costas contra a parede


da caverna, e ele estava dormindo com a

boca aberta.

Hana passou por ele. Seu coração estava


batendo tão alto que ela tinha

certeza que o acordaria. Mas o caçador


não se mexeu. Aos poucos, com
cuidado,

Hana puxou um lado do muro para fora.


Da escuridão dentro da caverna, dois
olhos brilhavam, atirando para trás a luz
do fogo.

Os dedos Hana pressionaram contra a


boca de um sinal para ficar quieto,

então acenou.

Foi só então que ela percebeu


exatamente quão perigoso o que ela
estava

fazendo era.

Ela iria deixá-lo sair, o que o impedia


de sair correndo para dentro da
caverna

principal, agarrar e morder as


pessoas?

Mas o estranho não fez tal coisa. Ele não


se moveu. Sentou-se e os dois olhos

dele brilhavam para Hana. Ele não vai


vir, ela percebeu. Ele não vai. Ela
acenou

novamente, com mais urgência. O mais


estranho ainda é que os olhos de Hana

foram se acostumando com a escuridão


na caverna e agora ela podia ver que ele
estava balançando a cabeça. Ele estava
determinado a ficar aqui e deixar o clã

matá-lo.

Hana enlouqueceu. Equilibrou a cerca


precariamente, ela apontou o dedo

para o estrangeiro, em seguida, puxou


um polegar por cima do ombro. Está
fora!

Significava o gesto. Ela colocou para


ele toda a autoridade de um descendente
da

antiga Mãe, uma mulher destinada a ser


co-líder do clã algum dia.
E quando o estrangeiro não obedeceu
imediatamente, ela aproximou-se dele.

Isso o assustou. Ele recuou, parecendo


mais alarmado do que tinha com

qualquer outra coisa que tinha


acontecido até agora.

Ele parecia estar com medo que ela o


tocasse.

Medo de que ele poderia me machucar,


Hana pensou. Ela não sabia como

colocar a ideia em sua mente. E ela não


perdeu tempo pensando sobre isso. Ela

simplesmente apertou-lhe a vantagem,


aproximando-se dele novamente, usando

o medo para fazê-lo ir para onde ela


queria que ele fosse. Ela arrebanhou ele
na

caverna principal e através dele. Ambos


como sombras entre os abrigos

construídos ao longo de ambos os lados


da caverna, Hana tinha o sentimento de

que eles estavam prestes a ser


capturados a qualquer momento. Mas
ninguém

lhes pegou.

Quando saíram, ela o guiou em direção


ao rio.

Então ela apontou a jusante. Ela pôs a


comida e o odre nas mãos e fez gestos

distantes que significava ir muito longe.


Muito longe. Muito, muito longe. Ela

estava fazendo gestos que mostravam o


que Arno faria com sua lança, se o

estrangeiro voltasse quando ela notou a


maneira como ele estava olhando para
ela.

A lua foi para cima e tão brilhante que


podia ver cada detalhe do rosto do

menino.
E agora ele estava olhando para ela com
firmeza, com a concentração e calma

de um animal de caça, um carnívoro. Ao


mesmo tempo, havia algo sombrio e

terrivelmente humano em seus olhos.

Hana parou de gesticular. Tudo de uma


vez, o espaço ao redor da caverna

parecia muito grande, e ela se sentiu


muito pequena. Ela ouviu os ruídos da
noite,

o coaxar das rãs e o correr do rio, com


uma intensidade peculiar.

Eu nunca deveria ter trazido ele aqui.


Eu estou sozinha com ele aqui fora. O

que eu estava pensando?

Houve uma longa pausa enquanto eles


ficaram olhando um para o outro em

silêncio. Os olhos do estranho eram


muito escuros. Hana podia ver que seus
cílios

eram longos e percebeu novamente,


vagamente, que ele era bonito.
Ele ergueu o pacote de viagem de
alimentos, olhou para ele, então com um

gesto repentino, ele jogou no chão. Ele


fez o mesmo com o odre. Então, ele

suspirou.

Hana se exasperou, passando de medo a


aborrecimento e de volta.

O que ele estava fazendo? Será que ele


acha que ela estava tentando
envenená-

lo?

Ela pegou o pacote de comida, quebrou


um pedaço da comida para viajar e
colocou em sua boca. Mastigando, ela
estendeu o pacote para ele novamente.

Ela fez gestos do pacote para a boca,


dizendo em voz alta: "Você precisa

comer, se alimentar. Comer! Comer!"

Ele estava olhando para ela com


firmeza. Ele pegou o pacote dela, tocou-
lhe

a boca, e sacudiu a cabeça. Ele deixou


cair a seus pés novamente.

Isto significa que não é comida para ele.


Hana percebeu com um choque. Ela

parou e olhou para o garoto estranho. A


comida não é a comida para ele e que a

água não é bebida.

Mas o sangue de Ryl... ele bebeu. O


sangue é a sua comida e bebida.

Houve outra longa pausa. Hana estava


muito assustada. Sua boca tremia e as

lágrimas vieram aos olhos. O


desconhecido ainda estava olhando para
ela em

silêncio, mas ela podia ver os dentes,


precedendo o lábio inferior e agora os
seus

olhos refletindo o luar.


Ele estava olhando para sua garganta.

Nós estamos aqui sozinhos... ele


poderia ter me atacado a qualquer
momento,

Hana pensou. Ele poderia me atacar


agora. Ele parece muito forte. Mas ele
não me

tocou. Mesmo que ele esteja passando


fome, eu acho. E ele parece tão triste,
tão

triste... e com muita fome.

Seus pensamentos foram caindo como


um pedaço de casca jogado no rio.
Sentia-se muito tonta.

Ryl. . . mas não matou Ryl. Ryl estava


sentado e comendo antes de nós todos

fomos dormir. Velha Mãe disse que ela


vai ficar bem. Se não a matou, ele não
iria

me matar.

Hana tragou. Ela olhou para o garoto


estranho com os olhos de animal

brilhando. Ela viu que não ia mudar para


ela, embora um tremor tinha retomado

o seu corpo e ele não conseguia olhar


para longe de seu pescoço.
Como ele vai fazer quando passar
fome? Não há nenhum outro clã aqui
perto.

Ele só vai ter que voltar.

E eu estava certa antes, ele não quer


fazê-lo, mas ele tem que fazê-lo. Talvez

alguém colocou uma maldição sobre


ele, ou ele faz isso ou morre de fome a
menos

que ele beba sangue. Não há mais


ninguém para ajudá-lo.
Muito lentamente, com os olhos no
estrangeiro, Hana levantou o cabelo de

um lado do pescoço. Ela expôs sua


garganta, inclinando a cabeça
ligeiramente

para trás.

Fome despertou nos olhos do menino


estranho e, então, algo brilhou neles

tão rapidamente e tão quente que tragou


a fome. Choque e raiva. Ele estava
olhando para seu rosto, agora, não o
pescoço. Ele balançou a cabeça com

veemência, gritante.

Hana tocou o seu pescoço e em seguida


a boca, em seguida, fez os gestos

distantes. Comer. Então vá embora.

E pelo amor da Deusa, apresse-se,


pensou, fechando os olhos. Antes que eu

entre em pânico e mude de ideia.

Ela estava chorando agora. Ela não


podia ajudá-lo. Ela cerrou os punhos e
os
dentes e esperou.

Quando ele tocou pela primeira vez, era


para pegar a mão dela.

Hana abriu os olhos. Ele estava olhando


para ela com infinita tristeza. Ele

suavizou seu punho levemente, em


seguida, beijou a mão dela. Entre todos
os

povos, foi um gesto de gratidão… E


reverência. E enviou sensações

surpreendentes através de Hana. Um


sentimento que era quase como
calafrios,
mas morno. A leveza na cabeça e uma
fraqueza nas pernas. Uma sensação de

espanto e admiração que ela só sentiu


antes, quando a Mãe Velha foi ensiná-la
a

se comunicar com a Deusa.

Ela podia ver a reação assustada nos


olhos do estrangeiro, também. Ele
estava

sentindo as mesmas coisas, e elas foram


igualmente novas para ele. Hana sabia

disso. Mas então ele largou a sua mão


rapidamente e ela sabia que ele também
estava com medo. Os sentimentos eram
perigosos, porque tiraram os dois juntos.

Um longo momento, enquanto ele se


levantou e viu o luar em seus olhos.

Então ele se virou para ir embora.

Hana o assistiu, a garganta doendo,


sabendo que ele ia morrer.

E de alguma forma espremeu suas


entranhas de uma maneira que nunca

tinha experimentado antes. Embora ela


se mantivesse de pé, com a cabeça alta,

ela podia sentir as lágrimas escorrendo


pelo rosto. Ela não sabia por que se
sentia

dessa forma, mas doía terrivelmente.


Era como se ela estivesse perdendo
alguma

coisa. . . infinitamente preciosa... antes


que ela tivesse a chance de conhecê-la.

O futuro parecia cinzento, agora. Vazio.


Solitário. Frio e desolado, ela estava

à beira do rio correndo e sentindo o


vento soprar através dela. Tão só. . .

"Hannah! Hannah! Acorde!"

Alguém estava gritando, mas não era


uma voz de sua caverna. Soou distante e
parecia vir de todas as direções, ou
talvez do próprio céu.

E foi dizendo seu nome errado.

"Hannah, acorda, por favor! Abra os


olhos!" A voz distante era frenética.

E então havia uma outra voz, uma voz


tranquila que parecia ter um impacto

profundo dentro de Hana. A voz que era


ainda menos como o som, e que falou
na mente de Hana.

Hana, volte. Você não tem que reviver


tudo isso. Acorde. Volte, Hannah,
agora.

Hana dos Três Rios fechou os olhos e


ficou mole.

Capitulo 6

annah abriu os olhos.


"Oh, graças a Deus", disse Paul. Ele
parecia estar quase chorando.

"Oh, graças a Deus. Você me vê? Você


sabe quem você é?"

"Eu estou molhada", Hannah disse


devagar, sentindo-se tonta. Ela tocou seu

rosto. Seu cabelo estava pingando. Paul


estava segurando um copo de água. "Por

que eu estou molhada?"

"Eu tive que acordá-la." Paul caiu no


chão ao lado do sofá. "Qual é o seu

nome? Em que ano está?"


"Meu nome é Hannah Snow, disse
Hannah, ainda se sentindo atordoada e

sem corpo. "E é…" a memória repente


saiu correndo da neblina para ela. Ela se

sentou, as lágrimas começando a fluir de


seus olhos. “O que foi isso tudo?”

"Eu não sei", sussurrou Paul. Ele apoiou


a cabeça contra o sofá, então olhou

para cima. "Você apenas continuou


falando, você estava contando essa
história

como se você estivesse lá. Foi


realmente acontecendo com você. E
nada que
fizesse quebrava o transe. Eu tentei de
tudo, eu pensei que nunca ia sair dela. E

então você começou a chorar e eu não


conseguia fazer você parar."

"Eu me senti como se estivesse


acontecendo comigo", disse Hannah. Sua

cabeça doía, seu corpo inteiro se sentiu


ferido com a tensão. E ela estava
sofrendo

com as lembranças que foram


perfeitamente reais e perfeitamente
dela... e

impossível.
"Isso não era como qualquer regressão a
vidas passadas que eu já li", disse

Paul, sua voz agitada. "O pormenor...


Você sabia de tudo. Alguma vez você já

estudou, existe alguma maneira que você


poderia ter conhecido esse tipo de

coisa?"

"Não." Hannah estava tão agitada, "Eu


nunca estudei os seres humanos na

Idade da Pedra e isto era real. Não foi


algo que eu estava fazendo até que eu

estava indo bem."


Ambos estavam falando ao mesmo
tempo. "Esse cara", Paul estava dizendo.

"Ele é o que você tem medo, não é?


Mas, olha, você sabe, a regressão é uma

coisa... vidas passadas é outra coisa...


mas isso é loucura. "

"Eu não acredito em vampiros", Hannah


estava dizendo ao mesmo tempo.

"Porque é isso que esse cara deveria


ser, não era? Claro que era. Vampiro
Caveman. Ele foi provavelmente o
primeiro. E eu não acredito em
reencarnação."

"Só loucuras. Isso é loucura."

"Eu concordo."

Ambos tomaram um fôlego, olhando um


para o outro. Houve um longo

silêncio.

Hannah colocou a mão na testa. "Estou


muito cansada..."

"Yeah. Sim, eu posso entender isso."


Paul olhou ao redor da sala, acenou com
a cabeça duas vezes, depois se levantou.
"Bem, é melhor irmos para casa.

Podemos falar sobre isso mais tarde,


descobrir o que realmente significa.
Algum

tipo de fixação subconsciente...


simbologia arquetípica... alguma coisa."
Ele correu

para fora do ar e sacudiu a cabeça.

"Agora, você se sente bem, não é? E


você não vai se preocupar com isso?

Porque não há nada para se preocupar. "

"Eu sei. Eu sei."


"Pelo menos sabemos que não precisa se
preocupar sobre vampiros atacando

você." Ele riu. O riso foi tenso.

Hannah não conseguiu sequer um


sorriso.

Houve um breve silêncio, em seguida,


Paul disse: "Você sabe, eu acho que eu

vou te levar para casa. Isso seria bom.


Seria uma boa ideia."

"Isso seria ótimo", Hannah sussurrou.

Ele estendeu a mão para ajudá-la no


sofá. "Pela maneira, eu realmente sinto
muito que eu tinha que chegar a molhar
você."

"Não. Foi bom que você fez. Eu estava


me sentindo tão terrível e que havia

coisas piores para acontecer."

Paul piscou. "Sinto muito?"

Hannah olhou para ele indefeso. "Havia


coisas piores sobre, a acontecer.

Coisas terríveis. Realmente, realmente


coisas terríveis."

"Como você sabe disso?"

"Eu não sei. Mas havia."


***

Paul levou-a até a sua porta. E Hanna


estava contente com isso. Uma vez

dentro da casa, ela foi direto ao fundo


do corredor para o estúdio de sua mãe.

Era uma sala cheia confortável com


livros empilhados no chão e as

ferramentas de um paleontólogo
espalhados. Sua mãe estava em sua
mesa,

curvando-se um microscópio.
"É você, Hannah?", ela perguntou sem
olhar. "Eu tenho algumas seções

maravilhosa de canais de Havers. Quer


ver?"

"Ah... Agora não. Talvez mais tarde",


disse Hannah. Ela queria muito contar à

mãe o que tinha acontecido, mas algo


estava parando. Sua mãe era tão
sensível,

tão prática e inteligente...


Ela vai pensar que estou louca. E ela
vai estar certa. E então ela vai ficar

chocada, imaginando como ela poderia


ter dado à luz uma filha louca. Isso foi
um

exagero, e Hannah sabia disso, mas de


alguma forma ela ainda não teve
coragem

de dizer.

Desde que seu pai tinha morrido há


cinco anos, ela e sua mãe tinham sido

quase como amigas, mas isso não


significa que ela não queria a aprovação
de sua
mãe. Ela o fez. Ela queria
desesperadamente que a sua mãe se
orgulhasse dela, e

percebesse que ela poderia lidar com as


coisas sozinhas.

Tinha sido o mesmo com as notas, nunca


contou sobre encontrá-las. Por tudo

que sua mãe sabia, o único problema de


Hannah eram os sonhos ruins.

"Assim como foi esta noite?", perguntou


a mãe agora, olhando ainda o

microscópio.

"O Dr. Winfield é tão jovem,eu espero


que ele não seja inexperiente demais."

Última chance. Tomá-la ou perdê-la.


"Uh, ele foi muito bem", Hannah disse

fracamente.

"Isso é bom. Há frango na panela


elétrica, estarei fora em pouco tempo.
Eu só

quero acabar com isso."

"Tudo bem. Ótimo. Obrigada." Hannah


virou-se e saiu cambaleando,

completamente frustrada com ela


mesma.
Você sabe que mamãe não vai ser
realmente terrível, ela se repreendeu,
ela

tirou um pedaço de frango da panela


elétrica. Então diga a ela. Ou ligue
para o

Xadrez e diga a ela. Eles vão tornar as


coisas melhores. Eles vão te dizer o
quão

impossível todas essas coisas sobre


vampiros e vidas passadas é... Sim, e
esse é o

problema. Hannah congelou, com um


garfo com um pedaço de frango sobre
ele
parado na frente dela.

Eu não acredito em vampiros ou


reencarnação. Mas eu sei o que vi. Eu
sei

coisas sobre Hana, coisas que não


estavam nem na história que contei a
Paul. Eu

sei que ela vestia uma túnica e leggings


de veado. Eu sei que ela comeu gado

selvagem e javali, salmão e avelãs. Eu


sei que ela fez ferramentas de chifre de
alce e

ossos de veados e sílex… Deus, eu


poderia pegar uma calçada de pedra e
derrubar

um conjunto de lâminas e raspadores


agora. Eu sei que poderia. Eu posso
sentir

como em minhas mãos. Ela colocou o


garfo e olhou para suas mãos. Elas
tremiam

ligeiramente. E eu sei que ela tinha uma


voz linda, uma voz como cristal. . .
Como
o cristal da voz na minha mente.

Então o que eu faço quando me dizem


que é impossível? Discutir com eles?

Então eu vou realmente ser louca,


como aquelas pessoas em instituições
que pensam

que são Napoleão ou Cleópatra. Deus,


eu espero não ter sido Cleópatra.

Metade meio rindo e chorando, ela


colocou o rosto nas mãos . E o que dizer

dele?

O estranho loiro com os olhos sem


fundo. O cara não disse seu nome, mas
Hannah o conhecia como Thierry.

Se o resto é real, o que aconteceu com


ele? Ele é o único que eu tenho medo,

Hannah pensou. Mas ele não parece tão


ruim. Perigoso, mas não mau. Então
por

que eu penso nele como o mau?

E por que eu o quero afinal? Porque


ela queria. Lembrou-se dos sentimentos

de Hana ao lado do estranho no luar.


Confusão… o medo… e atração. O

magnetismo entre eles. As coisas


extraordinárias que aconteceram quando
ele

tocou sua mão.

Ele veio para Três Rios e virou sua vida


de cabeça para baixo. . . Três Rios.

Oh, Deus, por que não pensei nisso


antes? A nota. Uma das notas diz
"Lembre-

se do Três Rios."

Okay. Então eu me lembrei dele. E


agora? Ela não tinha ideia. Talvez ela

devesse entender tudo agora, e saber o


que fazer... mas ela não. Ela ficou mais
confusa do que nunca.

Claro, uma voz pequena, como um vento


fresco e escuro em seu cérebro,

disse, você não se lembra de tudo isso


ainda. E você? Paul acordou-a antes
de

chegar ao fim.

Cale-se, Hannah disse a voz.

Mas ela não conseguia parar de pensar.


Toda a noite ela estava inquieta,

passando de uma sala para outra,


evitando perguntas de sua mãe. E mesmo
depois
que sua mãe foi para a cama, Hannah se
encontrou vagando sem rumo pela casa,

endireitando as coisas, pegando os


livros e colocando-os novamente.

Eu tenho que dormir. Essa é a única


coisa que vai me ajudar a me sentir

melhor, ela pensou. Mas ela não podia


fazer-se sentar, e muito menos deitar.

Talvez eu precise de um pouco de ar.

Era um pensamento estranho. Ela nunca


realmente sentiu a necessidade de ir

para fora com o único propósito de


respirar ar puro, em Montana você faz
isso

durante todo o dia. Mas havia algo que


puxava ela, puxando-a para ir lá fora.
Era

como uma compulsão e ela não


conseguia resistir.

Só vou à varanda de trás. É claro que


não há nada a temer por aí. E se eu
sair,

eu vou provar que não existe, e então


eu posso ir dormir.

Sem parar para considerar a lógica


disso, ela abriu a porta traseira.

Era uma noite linda. A lua jogou um


brilho prateado sobre tudo e o

horizonte parecia muito distante. No


quintal misturado a grama e capim
pinheiro

da pradaria de Hannah. O vento trazia o


cheiro pungente.

Teremos flores da primavera em breve,


Hannah pensou . Asters e campainhas

de ouro e pequenos botões de ouro.


Tudo vai ser verde por um tempo.
Primavera é

um tempo de vida, não morte.

E eu estava certa de sair. Eu me sinto


mais relaxada agora. Posso voltar para

dentro e deitar-se… Foi nesse momento


que ela percebeu que estava sendo

vigiada.

Foi a mesma sensação que tinha tido


durante semanas, a sensação de que

havia olhos no escuro e eles estavam


fixos nela. Arrepios de adrenalina
correram
pelo corpo de Hannah.

Não entre em pânico, disse a si mesma .


É apenas um sentimento. Não há

provavelmente nada aqui.

Ela deu um passo lento para trás em


direção à porta. Ela não queria se mover

muito rápido. Ela tinha a certeza


irracional de que se ela se virasse e
corresse, o

que estava olhando para ela saltaria


para fora e a levaria antes que ela
chegasse a

porta aberta.
Ao mesmo tempo seus olhos e ouvidos
estavam esticando tão difícil que ela

viu manchas cinzentas e ela ouviu um


fino toque. Ela estava tentando,

desesperadamente pegar algum sinal de


movimento, algum som. Mas tudo estava

quieto e os únicos ruídos são os ruídos


normais distantes do exterior.

Então ela viu a sombra. Negro contra a


escuridão da noite, ele estava se

movendo entre a grama bluestem. E era


grande. Não era um gato ou animais

pequenos. Grande como uma pessoa.


Ele estava vindo em sua direção.
Hannah pensou que fosse desmaiar.

Não seja ridícula, uma voz forte na


cabeça disse-lhe. Vá para dentro. Você

está aqui de pé, à luz das janelas, você


é um alvo perfeito. Vá para dentro
rápido e

tranque a porta.

Hannah virou, e sabia mesmo se ela


fizesse isso que ela não iria ser rápida o

suficiente. Ia pular em suas costas


expostas. Ele estava indo para...

"Espere", veio uma voz das trevas. "Por


favor. Aguarde."

Uma voz masculina. Desconhecida. Mas


parecia agarrar Hannah e segurá-la

ainda.

"Eu não vou te machucar. Eu prometo."

Corraaaaaaaaaa! A mente de Hannah


disse-lhe. Muito lentamente, uma

mão na maçaneta da porta, ela se virou.


Ela viu a figura escura que saiu das
sombras para ela. Ela não tentou fugir
novamente. Ela tinha a sensação
vertiginosa

de que o destino tinha pegado ela.

O terreno inclinado, a luz das janelas da


casa mostrou-lhe as botas primeiro,

depois as pernas da calça jeans. Botas


de caminhada normal como qualquer um

em Montana pode vestir. Ele era alto.


Então a luz mostrou sua camisa, que era

uma simples t-shirt, um pouco frio para


andar por aí à noite, mas nada

surpreendente. E depois os ombros, que


eram agradáveis.

Então, quando ele entrou para a base da


varanda, ela viu seu rosto. Ele

parecia melhor do que quando ela tinha


visto ele pela última vez. Seu cabelo

loiro-branco não estava loucamente


desarrumado, caiu perfeitamente em sua

testa. Ele não estava sujo de lama e os


seus olhos não eram selvagens. Eles

estavam escuros e tão infinitamente


tristes que era como uma faca no
coração

apenas vê-lo. Mas era inegavelmente o


garoto de sua sessão de hipnose.

"Oh, Deus”, disse Hannah. "Oh, Deus."


Seus joelhos estavam dando para fora.

É real. É real. Ele é real e o que isso


significa. . . é tudo verdade. "Oh,
Deus."

Ela estava tremendo violentamente e ela


teve que colocar pressão sobre os

joelhos para se manter de pé. O mundo


foi mudando ao seu redor, e era a coisa

mais desorientadora ela nunca tinha


experimentado. Era como se a tela do
seu
universo estava realmente se movendo-
pulsando e mudando para acomodar as

novas verdades. Nada jamais foi vai ser


o mesmo novamente.

"Você está bem?" O estranho se


aproximou dela e Hannah recuou

instintivamente.

"Não me toque!", ela ofegou, e ao


mesmo tempo as pernas deu o fora. Ela

escorregou para o chão da varanda e


olhou para o menino, cujo rosto estava

aproximadamente em nível com o dela.


"Sinto muito", ele quase que sussurrou.
"Eu sei o que você está passando.

Você está percebendo isso agora, não


é?"

Hannah disse, sussurrando para si


mesma: "É tudo verdade."

"Sim." Os olhos negros eram tão tristes.

"É... Eu tive vidas passadas."

"Sim." Ele se agachou no chão, olhando


para baixo como se ele não poderia

se manter olhando para o rosto dela


mais. Ele pegou uma pedra, examinou-a.
Hannah percebeu que seus dedos eram
longos e sensíveis.

"Você é uma alma velha", disse ele


calmamente. "Você teve muitas vidas."

"Eu era Hana dos Três Rios."

Seus dedos pararam de rolar a pedra.


"Sim."

"E você é Thierry. E você é um..."

Ele não olhou para cima. "Vá em frente.


Diga isso."

Hannah não podia. Sua voz não formava


a palavra

O estranho-Thierry disse para ela: "Os


vampiros são reais." Um olhar

daqueles olhos insondáveis. "Sinto


muito."

Hannah respirou e olhou para ele. Mas o


mundo tinha acabado a sua

remodelação. Sua mente estava


começando a funcionar novamente. Pelo
menos eu

sei que não sou louca, pensou ela. Isso


é algum consolo. É o universo que é
louco,

não eu. E agora eu tenho que lidar com


ele, de alguma forma.

Ela disse baixinho: "Você vai me matar


agora?"

"Deus não!" Ele se levantou


rapidamente, desenrolando-se. Choque
estava nu

em seu rosto. "Você não entende. Eu


nunca iria machucá-la. Eu..." Ele
rompeu. "É

difícil saber por onde começar."


Hannah sentou-se silenciosamente,
enquanto olhava ao redor do patamar de

inspiração. Ela podia sentir seu coração


batendo na garganta. Ela disse a Paul
que

esse rapaz a tinha matado, manteve


matando-a. Mas o seu olhar de choque
foi tão

verdadeiro como se ela o tivesse ferido


terrivelmente por até mesmo sugerir
isso.

"Suponho que deveria começar por


explicar exatamente o que eu sou", disse

ele. "E o que eu fiz. Eu fiz você vir esta


noite para fora. Te influenciei. Eu não

quero fazer isso, mas eu tinha que falar


com você."

"Influenciando a mim?"

É uma coisa mental. Eu também posso


apenas me comunicar dessa maneira.

Era a voz dele, mas seus lábios não se


moviam.

E era a mesma voz que tinha ouvido no


final de sua sessão de hipnose, a voz

que não era Paul. O que havia falado em


sua cabeça, dizendo: Hana, volte. Você
não tem que reviver isso.

"Você foi o único que me despertou",


Hannah sussurrou. "Eu não teria

voltado à exceção de você."

"Eu não aguentava vê-la sofrendo


assim."

Pode alguém com esses olhos ser mau?


Era obviamente um tipo diferente de

criatura que ela, e cada movimento que


ele fez mostrou a graça de um predador.

Ela se lembrou de como os lobos


haviam se movimentaram, tinham
ondulado.
Ele fez, também, seus músculos se
movendo tão levianamente sob sua pele.
Ele

era natural, mas bonito.

Algo a atingiu. "O lobo prateado. Peguei


uma moldura de prata para bater-

lhes." Ela olhou para ele. "Lobisomens


são reais." No último momento, sua voz

tornou uma afirmação em vez de uma


pergunta.
"Tanto é verdade que você não conhece.
Ou que você não tenha lembrado

ainda. Você disse que eu era um Senhor


do Mundo da Noite."

O Mundo da Noite. Só a menção disso


enviou choques através das espinhas

de Hannah. Ela quase podia se lembrar,


mas não completamente. E ela sabia que

era louca por se ajoelhar aqui tendo esta


conversa. Ela estava conversando com

um vampiro. Um cara que suga sangue


para viver. Um rapaz cuja a cada gesto

mostrou que ele era um caçador. E não


só um vampiro, mas a pessoa que seu

subconsciente alertou-a por semanas.


Dizendo-lhe para ter medo, tenha muito

medo.

Então, por que ela não estava correndo?


Por um lado, ela não pensou que as

pernas a suportassem. E por outro, de


alguma forma ela não conseguia parar de

olhar para ele.

"Um dos lobisomens era meu", ele


estava dizendo em silêncio. "Ela estava

aqui para encontrá-la e protegê-la. Mas


o outro... Hannah, você tem que
entender.

Eu não sou a única pessoa procurando


por você."

Para me proteger. Então eu estava


certa, pensou Hannah. A fêmea cinza
estava

do meu lado.

Ela disse: "Quem está procurando?"

"Outras pessoas da noite". Ele olhou


para longe. "Outro vampiro."

"Sou uma pessoa da noite?"


"Não. Você é um ser humano." Ele disse
que a maneira como ele disse tudo,

como se a lembrando de fatos terríveis


que ele desejava que ele não tivesse em

que trazer para a tona. "Almas velhas


são apenas seres humanos que continuam
a

voltar."

"Quantas vezes eu voltei?"

"Eu... eu teria que pensar sobre isso.


Muito pouco."

"E você tem estado comigo em todas


elas?"
"Qualquer uma delas que consegui."

"O que o resto das notas dizem?"


Hannah foi ganhando velocidade, e
agora

ela estava filmando perguntas para ele


em forma de metralhadora. Ela pensou
que

estava em controle, e ela mal percebeu a


borda histérica da sua própria voz. "Por

que estou dizendo a mim mesma que eu


estarei morta antes que eu tenha

dezessete?"

"Hannah..." Ele estendeu a mão para


acalmá-la. A própria mão de Hana

moveu por reflexo, chegando a defender.


E então seus dedos tocaram a pele nua,

a pele nua, e o mundo desapareceu.

Capitulo 7

ra como ser atingido por um raio.


Hannah sentiu a corrente através de

seu corpo, mas era ela a mais afetada.


Eu conheço você! Era como se ela
estivesse parada em um cenário escuro,

perdida e cega, quando de repente um


flash brilhante iluminado, permitindo-
lhe

enxergar mais longe do que ela já tinha


visto antes. Ela estava tremendo

violentamente, jogando para frente,


mesmo quando ele caiu em sua direção.

A eletricidade passou através de cada


nervo em seu corpo e ela estava

tremendo e agitando, vencida pelas


ondas da mais pura emoção que ela
sentiu.
Fúria.

"Você deveria estar lá!" Saiu em um


suspiro sufocado. "Onde você estava?"

Era para você estar comigo, por tanto


tempo! Você fez parte de mim, a parte
que

eu sempre achava perdida. Você


deveria estar ao redor, ajudando, me
levantando

quando eu caí. Vendo a minha volta,


ouvindo as minhas histórias.
Entendendo as

coisas que eu não gostaria de dizer às


outras pessoas. Amando-me quando eu
sou

estúpida. Dar-me algo para cuidar e


ser bom, a forma como a Deusa
designou as

mulheres a fazer.

Hannah…

Foi a coisa mais próxima a um suspiro


mental que Hannah poderia imaginar,

e ela percebeu que de alguma forma eles


estavam diretamente ligados agora. Ele

podia ouvir seus pensamentos, assim


como ela podia ouvir os dele.
Bom!, ela pensou, não perdendo tempo
em se maravilhar com isso. Sua

mente estava em fúria.

Você era meu companheiro de voo!


Meu camarada! Você foi a minha outra

metade do mistério! Era suposto ser


sagrado um para o outro e você não
foi!

Este último pensamento que ela enviou


diretamente para ele. E ela sentiu

bater-lhe, e sentiu a sua reação.

"Eu tentei!"
Ele ficou horrorizado. . . culpa o atingiu.
Mas então, Hannah podia sentir que

este era o estado normal para ele, por


isso não o afetava tanto quanto poderia
ter

afetado outra pessoa.

E sob o horror era um espanto e alegria


crescente que enviou um tipo

diferente de formigamento através dela.


"Você me conhece, não conhece?", ele
disse calmamente. Ele a empurrou de

volta para olhá-la, como se ele ainda


não pudesse acreditar. "Você se
lembra...

Hannah, o quanto você se lembra?"

Hannah estava olhando para ele,


estudando-o. . . Sim, eu sei a sua
estrutura

óssea. E o os olhos, especialmente os


olhos. Era como uma criança adotada a

descoberta de um irmão ou irmã e vendo


características familiares em um rosto
desconhecido, seguindo cada um deles
com admiração e reconhecimento.

"Eu me lembro... Que fomos feitos um


para o outro. Que somos", ela veio

com a palavra lentamente, "'almas


gêmeas."''

"Sim", ele sussurrou. Foi suavizando


seus traços, alterando os olhos. A
tristeza

desesperada. "Almas Gêmeas.


Estávamos destinados um para o outro.

Deveríamos estar juntos ao longo dos


séculos."
Eles estavam apoiando um ao outro
agora, Hannah ajoelhada no alpendre e

Thierry segurando-a com um joelho em


um passo. Seus rostos estavam

centímetros de distância. Hannah


encontrou-se observando a sua boca.

"O que aconteceu?", ela sussurrou.

No mesmo tom, sem se mover para trás,


ele sussurrou: "Eu estraguei tudo."

"Oh."

Sua fúria inicial tinha desaparecido.


Podia sentir isso, sentir suas emoções,
sentido seus pensamentos. Ele estava tão
angustiado com a sua separação como

ela estava. Ele a queria. Ele a amava...


adorava. Ele pensou em sua forma de
pensar

dos poetas da lua e as estrelas em uma


hipérbole ridícula. Ele realmente a via

rodeada por uma espécie de halo


prateado.

Que foi completamente idiota, mas se


ele quisesse pensar nela dessa maneira,

bem, Hannah não questionaria. Isso fez


com que ela quisesse ser muito gentil
com ele.

E agora ela podia sentir seu hálito


quente. Ela se inclinou para frente,
apenas

uma polegada e seu lábio superior iria


tocar o lábio inferior.

Hannah se inclinou para frente.

"Espere", disse. “Isso foi um erro”,


dizendo em voz alta.

Ele moveu os lábios contra os dela,


transformando um toque em um beijo. E

então, por enquanto, nenhum deles pôde


resistir. Eles precisavam um do outro de
modo desesperadamente, e o beijo era
quente e doce. Hannah foi inundada com

amor e conforto e alegria.

Era assim que devia ser.

Hannah estava tonta, mas ainda capaz de


pensar. Eu sabia que a vida tinha

algo de maravilhoso e misterioso para


me dar. Algo que eu podia sentir, mas
não
ver, algo que sempre esteve fora de seu
alcance. E aqui está ele. Eu sou uma

sortuda. Eu o encontrei.

Thierry não era tão articulado. Tudo que


ela podia ouvi-lo pensar era: sim.

Hannah nunca esteve tão cheia de


gratidão. Amor derramava dela e em

Thierry e de volta. Quanto mais ela


dava, mais ele retornava. Era um ciclo,

levando-os cada vez mais alto.

Como voar, Hannah pensou. Ela não


estava mais tonta. Ela estava
estranhamente contente e calma, como se
ela estivesse de pé sobre uma

montanha. Infinita ternura... Infinita


pertença. Era tão bom que doía.

E isso fez com que ela quisesse dar


mais.

Ela sabia o que queria. Foi o que ela


tinha tentado dar-lhe na primeira vez,

quando sabia que ele iria morrer sem


ela. Ela queria dar-lhe o que todas as

mulheres podiam dar. Vida.

Ela era apenas uma menina agora, não


estava pronta para as responsabilidades
que viriam com a tomada de uma nova
vida em seu corpo. Mas ela poderia dar

vida a Thierry de outra maneira.

Ela se afastou para olhar para ele, para


ver os olhos escuros machucados

cheios de ternura.

Então, ela tocou a boca com a ponta dos


dedos.

Ele beijou-os. Hannah ignorou o beijo e


enfiou um dedo dentro.

Choque queimou nos olhos de Thierry.

Não. Era isso. Os dentes caninos longos,


mal afiados. Ainda não o dente de

um predador, de uma raposa ou um lince


ou lobo. Passou o dedo contra ela.

O choque virou-se outra coisa. Um olhar


vidrado. Necessidade misturada

com terror puro.

Thierry sussurrou: "Não… Hannah, por


favor. Você não sabe"

Hannah testou a ponta do dente com o


polegar. Sim, estava mais acentuada

agora. Mais afiado, mais delicado. Seria


parecido com o dente de uma raposa
ártica, elegante e curvo. O peito de
Thierry arfava. "Por favor, pare… Eu
não

posso."

Hannah ficou encantada . Eu não sei por


que as pessoas têm medo de vampiros,

ela pensou. Um ser humano pode


provocar ou torturar um vampiro desta
forma,

levando-o louco, se ela fosse cruel.

Ou ela poderia escolher ser gentil.


Muito gentilmente, Hannah chegou com a
outra mão. Ela tocou a parte de

do pescoço de Thierry, trazendo apenas


a pressão mais leve para carregar. Mas
ele

era tão obediente ao seu toque era fácil


de guiar a boca para a garganta.

Hannah...

Podia senti-lo tremer.


Não tenha medo, disse-lhe em silêncio.
E ela puxou-o para mais perto.

Ele agarrou os ombros para afastá-la e


depois ficou de frente. Agarrado,

desesperado, impotente. Beijar o


pescoço mais e mais. Ela sentiu seu
controle

rompendo... e, então, sentiu a nitidez dos


dentes.

Não era como a dor. Era como a ternura,


a ferir o que era bom. E então...

felicidade devastadora.

Não é uma sensação física. Foi


emocionante. Eles estavam
completamente

juntos, e luz derramando por eles.

Quantas vidas, em conjunto, nós


perdemos? Quantas vezes eu tinha a
dizer,

Talvez na próxima vida? Como é que


nunca conseguiu desfazer?

Era como se a sua pergunta fosse


procurar através de suas mentes,
subindo e

mergulhando, procurando uma resposta


sobre a sua própria. Thierry não impôs
qualquer resistência. Ela sabia que não
podia, ele estava tão apanhado como ela

estava no que estava acontecendo entre


eles, como oprimido. Não havia nada

para impedi-la de encontrar a resposta.

Essa revelação não veio tudo em uma


iluminação ofuscante. Em vez disso,

vieram em pequenos flashes, cada quase


demasiado breve para entender.

Flash. A face de Thierry acima dela.


Não é o rosto gentil que tinha visto pela

varanda. Um cara selvagem com uma luz


nos olhos dos animais. Uma boca
rosnando... e dentes vermelhos de
sangue.

Não...

Flash. Dor. Dentes que rasgavam a sua


garganta. A sensação de seu sangue

derramando quente sobre seu pescoço.


Escuridão vindo.

Oh, Deus, não...

Flash. Um rosto diferente. Uma mulher


com cabelos negros e olhos cheios de

preocupação. "Você não sabe? Ele é


mau. Quantas vezes ele tem que matá-la
antes de você perceber isso?"

Não, não, não, não...

Mas dizer "não" não muda nada. Era a


verdade. Ela estava vendo suas próprias

memórias, ver coisas que realmente


tinha acontecido. Ela sabia disso.

Ele a matou.

Hannah, não... foi um grito de angústia.


Hannah puxou-se, afastando-se. Ela

podia ver o choque nos olhos de


Thierry, ela podia sentir o tremor.
"Você realmente fez isso," ela sussurrou.

"Hannah."

"É por isso que me despertou da


hipnose! Você não quer que eu me
lembre!

Você sabia que eu ia descobrir a


verdade!" Hannah estava fora de si com
tristeza

e raiva. Se ela não tivesse confiado


nele, se tudo não tivesse sido tão
perfeito, ela

não teria se sentido tão traída. Como ela


estava, foi a maior traição de sua vida
de

todas as suas vidas.

Tudo tinha sido uma mentira, ela acaba


se sentindo. A união, o amor, a

alegria... todos falsos.

"Hannah, não era essa a razão..."

"Você é mau! Você é um assassino!"

Ela me disse, Hannah pensou . A mulher


com cabelos negros; ela me contou a
verdade. Por que não me lembro dela?
Por que não escuto esse tempo?

Ela se lembrava de outras coisas agora,


outras coisas que a mulher tinha dito.

"Ele é incrivelmente astuto... ele vai


tentar enganá-la. Ele vai tentar usar o
controle

da mente..."

O controle da mente. Influenciando ela.


Ele admitiu isso. E o que ela estava

sentindo esta noite foi uma espécie de


truque. Ele conseguiu jogar com as

emoções dela... Deus, ele tinha mesmo


chegado a ela para lhe oferecer o seu

sangue.

Ela deixou-o mordê-la, beber dela como


alguns parasitas. . .

"Eu odeio você", ela sussurrou.

Ela viu como o machucou, ele recuou e


desviou o olhar, abatido. Então, ele

segurou os ombros de novo, sua voz


suave. "Hannah, eu queria explicar para

você. Por favor. Você não entende


tudo..."

"Sim, eu faço! Eu faço! Eu me lembro de


tudo! E eu entendo o que você

realmente é." Sua voz era tão tranquila


como a sua, mas muito mais intensa. Ela

encolheu os ombros e passou para trás,


para ficar longe dele. Ela não queria
sentir

suas mãos sobre ela.

Ele parecia abalado. Incrédulo. "Você


se lembra... Tudo?"

"Tudo." Hannah estava orgulhosa e fria


agora. "Assim, você pode

simplesmente ir embora, porque tudo o


que tem planejado não vai funcionar.
Seja qual for os truques que você ia
usar..." Ela balançou a cabeça. "Apenas
vá."

Por apenas um segundo, uma expressão


estranha passou pelo rosto de

Thierry. Uma expressão tão trágica e


solitária que a garganta de Hannah
fechou.

Mas ela não podia se deixar amolecer.


Ela não podia lhe dar uma chance para

enganá-la novamente.
"Basta ficar longe de mim", disse ela.
Com toda a confusão e tumulto dentro

dela, que era a única coisa que poderia


ficar claro em sua mente. "Eu nunca
quero

ver você de novo."

Ele tinha o controle de si mesmo. Ele


parecia em estado de choque, mas seus

olhos eram constantes. "Eu nunca quis


magoar você", ele disse calmamente. "E
tudo que eu quero fazer agora é protegê-
la. Mas se isso é o que você quiser, eu

vou embora."

Como ele pode afirmar que ele nunca


quis machucá-la? Não matá-la, conta?

"Isso é o que eu quero. E eu não preciso


de sua proteção. "

"Você tem de qualquer jeito", disse ele.


E então ele se moveu, mais rápido do

que ela poderia ter a esperança de se


mover, quase mais rápido do que
pensava.

Num instante, ele estava perto dela. Seus


dedos tocaram sua bochecha esquerda,

leve como as asas de uma mariposa. E


então ele estava tomando-lhe a mão,

deslizando algo em seu dedo.

"Use isso", disse ele, sem mais alto do


que um sopro. "Tem feitiços para

protegê-la. E mesmo sem as magias, não


há muitas pessoas da noite que vai

prejudicá-la se o vir." Hannah abriu a


boca para dizer que ela não tinha medo
de

qualquer um do povo da noite, exceto


ele, mas ele ainda estava falando. "Tente
não sair sozinha, principalmente à
noite."

E então ele se foi.

Assim mesmo. Ele estava fora de sua


varanda e em algum lugar na escuridão,

nem mesmo uma sombra, simplesmente


desapareceu. Se ela não tivesse tido uma

impressão fugaz de movimento em


direção à pradaria, ela teria pensado
que ele

tinha a habilidade de se tornar invisível


a qualquer momento. E seu coração

estava batendo forte, machucando,


enchendo sua garganta para que ela não

conseguisse respirar.

Por que ele tocou sua bochecha? A


maioria das pessoas não tocam o sinal
de

nascença, que o tratou como uma ferida


que ainda possa ferir. Mas os dedos não

tinha evitado isso. A carícia tinha sido


gentil, quase triste, mas não assustado. E

por que ela ainda estava de pé aqui,


olhando para a escuridão, como se
esperasse

que ele reaparecesse?


Vá para dentro, sua idiota.

Hannah virou-se e se atrapalhou com a


porta de trás, puxando a maçaneta,

como se ela nunca a abrisse antes. Ela


fechou a porta e trancou-a e, novamente,

ela encontrou-se tão desajeitada como


se ela nunca tivesse usado uma tranca ou

visto uma em sua vida. Ela foi além,


gritando ou chorando, em estado de
choque

que estava quase onírica. A casa era


muito brilhante. O relógio na parede da

cozinha era muito alto. Ela tinha a


sensação de que não era nem noite nem
dia.

Foi como sair de um teatro e ser


surpreendido ao descobrir que ele ainda
está

fora da luz.

Ela sentiu que essa não poderia ser a


mesma casa que ela tinha deixado uma

hora atrás. Ela não era a mesma pessoa


que havia deixado. Tudo ao seu redor
parecia um set de filmagem
cuidadosamente encenada, que era para
ser real, mas

não era, e só ela poderia dizer a


diferença.

Eu me sinto como uma estranha aqui,


pensou ela, colocando uma mão ao

pescoço, onde ela poderia apenas


detectar um pouco das duas marcas de
punção.

Oh, Deus, como eu vou saber o que é


real novamente?

Mas eu deveria estar feliz, eu deveria


ser grata. Eu provavelmente salvei a
minha vida lá fora. Eu estava sozinha
com um vicioso, monstro, assassino do
mal,

e... De alguma forma o pensamento


morreu.

Ela não poderia ser feliz e ela não


queria pensar sobre como Thierry era
mau.

Sentia-se vazia e dolorida. Não foi até


que ela tropeçou em seu próprio quarto,

que ela se lembrou de olhar para sua


mão direita. No quarto dedo estava um
anel.

Ele era feito de ouro e ouro branco ou


prata. Tinha a forma de uma rosa, com o

caule volúvel ao redor do dedo e volta


sobre si mesmo em um nó complicado.

Na flor foram inseridas pequenas


pedras, pedras pretas transparentes.

Diamantes pretos? Hannah perguntou.

Era lindo. O artesanato é primoroso.


Cada folha delicada e até o pequeno

espinho era perfeito. Mas uma flor


preta?

É um símbolo do Mundo da Noite, sua


mente lhe disse. Um símbolo de pessoas
que foram transformados em vampiros.

Era a voz do vento frio de volta. Pelo


menos ela entendeu o que estava

dizendo da última vez, quando ele havia


lhe dado conselhos sobre a prata e os

lobos, ela tinha estado completamente


confusa. Thierry queria que ela usasse o

anel, ele alegou que iria protegê-la. Mas


conhecendo-o, provavelmente era mais

um truque. Se tivesse algum feitiço


sobre ela, provavelmente era magia para

ajudá-lo a controlar sua mente. Demorou


quase uma hora para conseguir tirar o
anel fora. Hannah usou o sabão e a
manteiga e vaselina, puxou e torceu até
que

seu dedo estava vermelho, dolorido e


inchado. Ela usou uma picareta dental de

seu kit de recolha de fósseis para tentar


retirar a bobina do caule distante. Nada

funcionou, até que finalmente a escolha


caiu e o sangue brotou a partir de um

corte raso. Quando o sangue tocou o


anel parecia soltar, e Hannah
rapidamente o

arrancou fora.
Então ela ficou ofegante. A luta com a
bandinha de metal tinha deixado-a

exausta e incapaz de se concentrar em


outra coisa. Ela jogou o anel em seu
cesto

no quarto e tropeçou em direção à cama.

Estou cansada... Eu estou tão cansada.


Vou pensar sobre tudo amanhã, tentar

resolver a minha vida. Mas por agora...


por favor, me deixe dormir.
Ela podia sentir seu corpo vibrando com
a adrenalina depois que ela estava

deitada na cama, e ela estava com medo


de que o sono não viesse. Mas como ela

estava tensa, sua mente estava muito


nebulosa para permanecer acordada. Ela

virou-se mais uma vez e deixou ir a


consciência. Hannah Snow adormeceu.

***

Hana dos Três Rios abriu os olhos. Fria


e desolada, Hana estava junto ao rio

caudaloso e sentiu o vento soprar


através dela. Tão só.
Foi quando Arno irrompeu do mato na
beira do rio.

Havia vários caçadores com ele e todos


eles tinham lanças. Eles correram

atrás do estranho a toda velocidade.


Hana gritou um aviso, mas ela sabia que
ele

não tinha chance.

Ela podia ouvir alguns minutos de caos


longe no escuro. E então ela viu o

estranho ser dirigido para trás, cercado


por caçadores de Arno.

"Arno… não o machuque,por favor!"


Hana estava falando desesperadamente,

tentando bloquear o caminho dos


homens para trás. "Você não vê? Ele
poderia

ter me machucado e ele não fez. Ele não


é um demônio! Ele não pode deixar de

ser do jeito que ele é!"

"Não pense que você vai sair sem ser


punida." Hana seguiu até a caverna, seu

estômago revirando com medo.

Ao todo tempo que tinha sido


despertado por caçadores Arno entendia
o
que estava acontecendo, o céu lá fora
tinha virado cinza. Já estava quase

amanhecendo.

"Você disse que nós devemos esperar e


ver se a Deusa da Terra iria dizer algo

sobre o demônio enquanto você


dormia", disse Arno à Mãe Velha. "Será
que ela?"

Mãe Velha olhou tristemente para Hana,


em seguida, de volta ao Arno. Ela

balançou a cabeça. Então ela começou a


falar, mas Arno já estava falando em voz

alta.
"Então, vamos matá-lo e acabar com
isso. Levá-lo fora."

"Não!" Hana gritou. Ele não fez nenhum


bem. Ela foi capturada e retida em

fortes mãos. O desconhecido deu-lhe um


olhar quando ele foi levado para fora

em um círculo de lanças.

Foi quando o verdadeiro horror


começou.
Por causa de algo que nunca tinha
imaginado Hana, algo que ela tinha
certeza

de que mesmo os pajés nunca tinha


ouvido falar. O estranho era uma
criatura que

não iria morrer.

Arno foi o primeiro a espetar com sua


lança. A ponta de lança de pedra

cinza-esbranquiçadas entrou na lateral


do estranho, tirando sangue. Hana viu,
ela

tinha corrido para fora da caverna, ainda


tentando encontrar uma maneira de
parar isto.

Ela também viu o sangue parar de fluir


com a ferida do lado do menino,

fechando.

Houve suspiros de todos ao seu redor.


Arno, olhando como se não pudesse

acreditar em seus olhos, apontou


novamente. E observou, a boca abrir,
como a

ferida sangrou um segundo e depois


fechou. Ele continuou tentando. Somente
as

feridas quando a lança era levada para o


eixo de madeira ficaram em aberto.

Uma das mulheres sussurrou: "Ele é um


demônio."

Todo mundo estava assustado. Mas


ninguém se afastou do estranho. Para ele

também era perigoso deixar ir. E havia


muitos deles, e apenas um dele.

Hana viu algo acontecendo no rosto de


seu clã. Algo novo e horrível.

O medo do desconhecido foi mudando,


tornando-os cruéis. Eles estavam

voltando de pessoas boas, pessoas que


nunca teria a tortura de um animal por
prolongar a sua morte, em pessoas que
torturariam um homem.

"Ele pode ser um demônio, mas ele


ainda sangra", um dos caçadores disse

sem fôlego, depois de um soco.

"Ele sente dor."

"Peguem uma tocha", alguém disse.


"Veja se ele queima!"

E, então, era terrível. Hana sentiu como


se estivesse no meio de uma

tempestade, capaz de ver coisas, mas


esbofeteado dessa maneira e sem poder
fazer nada sobre isso. As pessoas
corriam.

As pessoas estavam pegando tochas,


machados de pedra, diferentes tipos de

facas de sílex. Foi irracional e


imparável. Hana lançou um olhar
desesperado em

direção à caverna, onde a velha mãe


estava confinada à sua pallet. Não houve

ajuda nesse sentido.

As pessoas estavam gritando,


queimando o estranho, atirando-lhe
pedras. O
estranho foi caindo, sangue, fumaça de
sua queima. Ele estava deitado no chão,

incapaz de lutar.

Mas ainda assim, ele não morreu. Ele


continuou tentando rastejar.

Hana gritava, gritando e chorando,


batendo nos ombros de um caçador que
a

puxou de volta. E foi assim por diante.


Mesmo os meninos eram corajosos o

suficiente para correr para frente e atirar


pedras ao desconhecido.
E ele ainda não iria morrer.

Hana estava em um pesadelo. Sua


garganta não aguentava mais gritar. Sua

visão estava acontecendo cinza. Ela não


aguentava mais assistir a isto, ela não

aguentava o cheiro de sangue e carne


queimada ou o som de pancadas. Mas
não

havia para onde ir. Não havia maneira


de sair.
Esta era sua vida. Ela tinha que ficar
aqui e enlouquecer...

Capitulo 8

annah sentou-se na cama, ofegante.

Por vários momentos, ela não sabia


onde ela estava. Através de uma

brecha em suas cortinas ela pode ver a


luz cinzenta da madrugada,
exatamente como o amanhecer cinzento
de Hana, e ela achava que ainda poderia

estar no pesadelo. Mas depois,


lentamente, os objetos na sala ficaram
claros. Suas

estantes, repletas de livros e com uma


fóssil trilobita quase perfeito em um

carrinho. Sua cômoda, empilhados com


as coisas que pertenciam a outros
lugares.

Seus cartazes de Velociraptor e T. Rex.

Eu sou eu. Lembro-me de mim.

Ela nunca tinha sido tão feliz por estar


sozinha, ou poder acordar.

Mas esse sonho que ela tinha acabado


de ter. Há muito tempo atrás, com

certeza, mas nada há tanto tempo como,


por exemplo, quando o T. Rex esteve

vivo. Sem mencionar a trilobita. Alguns


milhares de anos da Mãe Terra.

E tudo era real, ela sabia agora. Ela


aceitou. Ela tinha adormecido e seu

subconsciente havia puxado para trás do


véu do passado e lhe permitiu ver mais

sobre a história de Hana.


Thierry, ela pensou. O povo do clã
torturaram Hana. Deus sabe por
quanto

tempo...

Estou feliz por eu não ter que assistir


mais. Mas ele coloca uma espécie de
tom

diferente sobre as coisas, não é? Ela


ainda não sabia como a história
terminou. Ela

não tinha certeza se queria saber. Mas


era difícil culpá-lo por tudo que
aconteceu

depois.
Um sentimento terrível estava caindo no
estômago de Hannah.

Todas essas coisas que eu disse a ele,


coisas terríveis, ela pensou . Por que
disse

tudo isso? Eu estava com tanta raiva,


eu perdi o controle completamente. Eu
o

odiava e tudo o que importava era


machucá-lo. Eu realmente pensei que
ele era

mau, o mal puro.

Eu disse a ele para ir embora para


sempre. Como eu poderia ter feito
isso? Ele é

minha alma gêmea.

Havia um estranho vazio dentro dela,


como se tivesse sido esvaziada, como

uma árvore atingida por um raio.

Dentro do vazio, uma voz como um


vento fresco e escuro, sussurrou: Mas

você disse a Paul que ele a matou


várias vezes. Será que é justificável?
Ele é um

vampiro, um predador, e que lhe faz


mal por natureza. Talvez ele não possa
deixar

de ser o que ele é, mas não há nenhuma


razão para você ser novamente
destruída

por causa disso. Você vai deixá-lo


matá-la nesta vida, também?

Ela estava dividida entre a pena por ele


e o instinto profundo que ele era

perigoso. A voz do vento frio parecia


ser a voz da razão.
Vá em frente e sinta pena dele, disse .
Basta mantê-lo longe de você.

Ela sentiu-se melhor tendo chegado a


uma decisão, mesmo que fosse uma

decisão que deixou seu coração


entorpecido. Ela olhou ao redor da sala,
voltada

para o relógio ao lado da cama, e


piscou.

Oh, meu Deus, a escola.

Era quatro para as sete e era uma sexta-


feira. Sacajawea parecia anos-luz de

distância, como um lugar que ela visitou


em uma vida passada. Mas não é. É a

sua vida, agora, a única que conta.


Você tem que esquecer tudo o que as
outras

coisas sobre reencarnação e vampiros


e o Mundo da Noite. Você tem que
esquecê-lo.

Você o mandou embora e ele foi


embora. Então vamos começar com a
vida no

mundo normal.

Só pensando desta maneira fazia sentir-


se apoiada e gelada, como se ela
tivesse em uma ducha fria. Ela tomou um
banho de verdade, vestindo jeans e

uma camisa jeans, e ela tomou café da


manhã com sua mãe, que moldou vários

olhares pensativos, mas não fez qualquer


pergunta, até que estavam quase

terminando.

Então ela disse: "Correu tudo bem na


noite com o Dr. Winfield ontem?"

Se tivesse sido apenas ontem à noite?


Parecia que uma semana atrás. Hannah

mastigou um pedaço de sucrilhos e


finalmente disse: "Uh, por quê?"
"Porque ele ligou enquanto você estava
no chuveiro. Parecia..." A mãe dela

parou e procurou por uma palavra.


"Ansioso. Pior do que preocupado, mas
não

tão ruim como histérico."

Hannah olhou para o rosto de sua mãe,


que era estreito, inteligente e

bronzeado pela Montana.

Seus olhos eram mais azuis do que os de


Hannah, mas eles eram diretos e

exigentes.
Ela queria dizer a sua mãe toda a
história, mas quando tivesse tempo para

fazê-lo, e depois que ela tivesse tempo


de pensar isso. Não havia nenhuma

urgência. Foi tudo para trás agora, e não


era como se ela precisasse de ajuda.

"Paul é um grande ansioso", disse


judiciosamente, furando até a borda
limpa

de verdade. "Eu acho que é por isso que


ele se tornou um psicólogo. Ele tentou

uma espécie de hipnose em mim ontem e


não funcionou exatamente"

"Hipnose?" As sobrancelhas de sua mãe


se ergueram. "Hannah, eu não sei se

você deve estar recebendo esse


tratamento"

"Não se preocupe; eu não estou. Isto


acabou. Nós não vamos tentar

novamente."

"Eu vejo. Bem, ele disse para você


chamá-lo para marcar outra consulta.
Acho que ele quer vê-la logo." Estendeu
a mão de repente e pegou a mão de

Hannah. "Querida, você está se sentindo


melhor? Você ainda está tendo

pesadelos?"

Hannah olhou para longe. "Na verdade,


eu tive um ontem à noite. Mas eu

acho que entendo melhor agora. Eles não


me assustam tanto. "Ela apertou a mão

de sua mãe." Não se preocupe, eu vou


estar bem."

"Tudo bem, mas..." antes que sua mãe


pudesse terminar a frase uma trompa
buzinou lá fora.

"Isso é o Chess. É melhor eu correr."


Hannah engoliu o resto de seu suco de

laranja e correu para o seu quarto para


pegar sua mochila. Ela hesitou por uma

fração de segundo no cesto de lixo,


depois balançou a cabeça.

Não. Não havia nenhuma razão para


levar o anel de rosa negra com ela. Era

dele, e ela não queria ser lembrada dele.

Ela pendurou a mochila no ombro, gritou


adeus à sua mãe, e se apressou fora.
O carro de Chess estava estacionado na
garagem. Quando Hannah começou a

ir em direção ao carro ela teve uma


estranha impressão. Ela parecia ver uma

figura por trás da figura do carro, um


homem alto, rosto virado para ela. Mas
seus

olhos estavam ofuscados pelo sol e


naquele instante ela piscou
involuntariamente.

Quando ela voltou a enxergar, não havia


nada naquele lugar, exceto um

redemoinho de poeira.
"Você está atrasada", disse Chess
quando Hannah entrou no carro. Chess,

cujo nome verdadeiro era Catherine


Clovis, era pequena e bonita, com
cabelo

escuro cortado em um tampão para


enquadrar o rosto dela. Mas agora ela
estava

inclinada, olhos verdes de gato e sorriso


de Mona Lisa, lembrou Hannah de Ket.

Era desconcertante, ela teve de olhar


para baixo para ter certeza que Chess
não

estava usando uma roupa de camurça.


"Você está bem?" Agora Chess estava
olhando para ela com preocupação.

"Sim." Hannah afundou de volta contra o


tecido, piscando. Ela olhou para o

local onde a figura fantasma tinha


estado, nada. E era apenas Chess:
inteligente,

perspicaz, e ligeiramente exótica, como


uma orquídea que floresce no sertão.

"Bem, você pode fazer isso quando


vamos às compras neste fim de semana",

disse Chess. "Temos de ir às compras.


Semana que vem é seu aniversário e eu

preciso de algo novo para vestir."


Hannah sorriu, apesar de si mesma.
"Talvez um

colar novo", ela murmurou.

"O quê?"

"Nada." Eu me pergunto o que aconteceu


com Ket, ela pensou. Mesmo Hana

morreu jovem, e Ket deve ter crescido.


Eu me pergunto se ela se casou com
Ran,
o cara que queria "matar" ela?

"Você tem certeza que está bem?" Chess


disse.

"Sim, desculpe-me, estou um pouco com


morte cerebral, eu não dormi bem

ontem à noite..." Seu plano para Chess


era exatamente a mesma que para a mãe.

Diga-lhe tudo em pouco tempo. Quando


ela estiver menos preocupada com isso.

Chess estava colocando um braço em


volta dela, e dirigindo habilmente com

o outro. "Ei, nós temos que coloca-la em


forma, garota. Quero dizer, em primeiro
lugar é seu aniversário, depois da
formatura. O psicólogo não vai fazer
nada para

ajudar?"

Hannah murmurou: "Talvez em


demasia."

***

Naquela noite, ela estava inquieta


novamente. O dia de escola já tinha

passado, sem intercorrências.

Hannah e sua mãe jantaram em paz. Mas


depois que sua mãe saiu para uma
reunião com alguns, Hannah se
encontrou vagando ao redor da casa,
também

acabou lendo ou assistir TV, distraída


demais para ir a qualquer lugar.

Talvez eu precise de um pouco de ar,


ela pensou, e então ela se conteve e deu

um sorriso.

Claro que sim. Ar. Quando o que você


realmente está pensando é que ele só

poderia estar lá fora. Admita. Ela


admitiu.

Não que ela pensou que Thierry muito


provavelmente estava pendurado ao

redor do seu quintal, considerando o que


ela disse a ele.

E por que você quer falar com ele?, ela


exigiu de si mesma . Ele não pode ser

completo e totalmente sem sentido e


mau, mas ele ainda não é um escoteiro.

Mas ela não poderia agitar a vaga


sensação de querer ir para fora. Enfim,
ela

saiu na varanda, dizendo a si mesma que


ela iria passar cinco minutos aqui e

depois voltar para dentro.


Era uma noite bonita, mas Hannah não
pôde desfrutá-la. Tudo a lembrava

muito dele. Ela podia sentir-se


suavizando em direção a ele, o
enfraquecimento.

Ele parecia tão aflito, tão devastado,


quando ela lhe disse para ir embora...

"Estou interrompendo?"

Hannah começou. Ela se virou para a


voz. Permanente do outro lado do
vestíbulo estava uma menina alta. Ela
parecia um ano ou algo assim a mais que

Hannah, e ela tinha cabelos longos,


cabelos muito longos, tão negros que

pareciam refletir o luar como uma asa


de corvo. Ela era extraordinariamente
bela

e Hannah a reconheceu. Ela é a única da


minha visão. O flash de uma menina

dizendo que Thierry era astuto. Ela é a


única que me avisara sobre ele. E ela é
a

figura que eu vi por trás do carro de


Chess, esta manhã. Ela deve ter estado
me

observando então.

"Desculpe-me se eu te assustei", disse a


menina agora, sorrindo. "Você

parecia tão distante, e eu não quis


assustá-la. Mas eu realmente gostaria de
falar

com você se você tiver alguns minutos."

"Eu..." Hannah sentiu estranhamente a


língua presa. Algo sobre a menina a

fez incômoda, de uma forma que ia além


da esquisitice de reconhecer alguém
que ela nunca tinha visto em sua vida
atual.

Mas ela é sua amiga, ela disse a si


mesma . Ela ajudou no passado,

provavelmente ela quer ajudá-la


novamente agora. Você deve ser grata
a ela.

"Claro", disse Hannah. "Nós podemos


conversar." Ela acrescentou um pouco

sem jeito, "eu lembro de você."

"Maravilhoso. Você realmente? Isso


torna tudo tão mais fácil."

Hannah assentiu. E disse a si mesma


mais uma vez que esta menina era sua

amiga, e ninguém deve ser hostil ou


cauteloso.

"Pois bem..." A menina olhou ao redor


da varanda, onde não havia muito

lugar para sentar.

"Ah..."

Hannah estava envergonhada, como se a


menina perguntasse: "Você entretém

todos os visitantes fora?"

Ela se virou e abriu a porta traseira.


"Venha para dentro, nós podemos
sentar."

"Obrigada", disse a menina e sorriu.

Na brilhante luz fluorescente da cozinha,


ela estava ainda mais bonita. Traços

assustadoramente lindos. Requintada, a


pele como seda. Lábios que fez Hannah

pensar em adjetivos como completo e


maduro. E os olhos que eram como nada

que Hannah tivesse visto antes.


Eles eram grandes, amendoados, de
cílios pesados, e luminosos. Mas não foi

apenas isso. Toda vez que Hannah


olhou, parecia ser uma cor diferente.
Eles

mudaram de mel para o mogno a selva


verde-folha para roxo, azul enevoado.
Era

incrível.

"Se você lembra-se de mim, então você


deve saber o porquê eu estou aqui",

disse a menina. Ela descansou o


cotovelo na mesa da cozinha e apoiou o
queixo

sobre o punho. Hannah disse uma


palavra.

"Thierry."

"Sim, do jeito que você diz isso, talvez


você não precise de meus conselhos,

afinal." A menina tinha uma voz


extraordinária, bem como, baixa e
agradável,

com uma pulsação fraca. Hannah


levantou os ombros.

"Bem, ainda há muito que eu não sei


sobre ele, mas eu não preciso de

ninguém para me dizer que ele é


perigoso. E eu já lhe disse para ir
embora."

"Você realmente? Como


extraordinariamente corajoso da sua
parte."

Hannah piscou. Ela não tinha pensado


nisso como sendo tão valente.

"Quero dizer, você percebe o quão


poderoso ele é? Ele é um Senhor do
Mundo da Noite, a cabeça de todos os
vampiros feitos. Ele poderia", a menina

estalou os dedos, "chamar uma centena


de vampiros e lobisomens. Não

mencionar a sua ligação com as bruxas


em Las Vegas."

“O que você está tentando dizer? Que eu


não deveria ter dito para ele ir

embora? Não importa quantos monstros


que ele possa chamar", Hannah disse

bruscamente.

"Não. Claro que não. Como eu disse,


você é corajosa." A moça a olhou com
os olhos de violeta profundos de erva-
moura agridoce. "Eu só quero que você

perceba do que ele é capaz. Ele poderia


ter todo este conselho exterminado. Ele

pode ser muito cruel e muito infantil, se


ele não conseguir o que quer ele vai

simplesmente atrás com toda fúria."

"E ele faz isso muito, entrar em fúria?"

"Todo o tempo, infelizmente."

Eu não acredito em você. O pensamento


veio a Hannah subitamente. Ela não

sabia de onde ele veio, mas ela não


poderia ignorá-lo. Havia algo sobre
essa garota

a incomodava, algo que parecia uma


pedra gordurosa entre os dedos. Isso
parece

como uma mentira.

"Quem é você?", disse ela diretamente.


Quando os olhos da menina, agora

siena queimada, levantou aos dela.

Neste momento, ela segurou-os.

"Quero dizer, por que você está tão


interessada em mim? Por que você está
mesmo aqui, em Montana, onde eu
estou? É apenas uma coincidência?"

"Claro que não. Eu vim porque eu sabia


que ele estava prestes a encontrá-la

novamente. Eu estou interessada em


você, porque, bem, eu conheço Thierry

desde sua infância, antes que ele se


tornasse um vampiro, e eu sinto uma
certa

obrigação detê-lo." Ela sorriu,


segurando o olhar firme de Hannah
facilmente. "E o

meu nome... é Maya."

Ela disse as últimas palavras


lentamente, e ela parecia estar
observando

alguma reação em Hannah. Mas o nome


não significava nada para Hannah.

Hannah simplesmente não conseguiu


descobrir se essa garota chamada Maya

estava mentindo ou não.

"Eu sei que você me alertou sobre


Thierry antes", disse ela, tentando reunir
seus pensamentos.

"Mas eu não me lembro de nada sobre


isso, exceto que você me diz. Eu não

sei mesmo o que você está…"

“Quero dizer, você é alguém que já


reencarnou como eu? Ou você está...?"

Ela deixou a questão em aberto como


uma questão de fato, ela sabia que Maya

não era humana. Nenhum ser humano era


tão assustadoramente belo ou

graciosamente sobrenatural. Se Maya


dissesse que ela fosse, Hannah saberia
com
certeza que seria uma decepção.

"Eu sou uma vampira", disse Maya com


calma e sem hesitação. "Eu vivia com

a tribo de Thierry nos dias em que você


viveu com o clã Três Rios. Na verdade,

eu sou a única que realmente o fez um


vampiro. Eu não deveria ter feito isso,
eu

deveria ter percebido que ele era uma


daquelas pessoas que não conseguiam
lidar

com isso. Mas eu não sabia que ele ia


ficar louco e se tornar... o que ele é."
Ela
olhou para longe. "Suponho que é
porque eu me sinto responsável por ele",
ela

terminou em voz baixa. Então ela olhou


para Hannah. "Alguma outra pergunta?"

"Centenas", disse Hannah. "Sobre o


Mundo da Noite, e sobre o que

aconteceu comigo em vidas passadas"

"E eu estou receosa que eu não seja


capaz de responder a maioria delas.

Existem regras contra falar sobre o


Mundo da Noite e de qualquer maneira,
é
mais seguro para você não conhecer.
Quanto a suas vidas passadas, bem,
você

realmente não quer saber o que ele fez


para você a cada vez, não é? É muito

horrível." Ela se inclinou para frente,


olhando para Hannah sinceramente. "O
que

você deve fazer agora é colocar o


passado para trás e esquecer tudo isso.
Tentar

ter um futuro feliz. "

Foi exatamente o que Hannah havia


decidido fazer mais cedo. Então, por
que

se sentia eriçada agora? Ela pesava


diferentes respostas e finalmente disse:

"Se ele quer matar-me tanto, por que


apenas não fez isso na noite passada?

Ao invés de falar comigo."

"Oh, meu querido filho." O tom foi um


pouco condescendente, mas parecia

realmente pena.
"Ele quer que você o ame primeiro, e
depois matá-la. Eu sei, ele é doente, é

confuso, mas é a maneira como ele é.


Ele parece pensar que tem que ser
assim,

pois foi dessa forma pela primeira vez.


Ele é obcecado."

Hannah ficou em silêncio. Nada dentro


dela se levantou para dizer que esta

era uma mentira. E a ideia de que


Thierry era obcecado certamente soou

verdadeiro. Enfim, ela disse lentamente:

"Obrigada por ter vindo me avisar. Eu


aprecio isso."

"Não, você não", disse Maya. "Eu não


diria tanto, se alguém veio dizer-me

coisas que eu não quero ouvir. Mas


talvez um dia você vá me agradecer."
Ela

estava em pé. "Espero que não tenha de


encontra-lo outra vez."

Hannah caminhou com ela até a porta e


deixou-a sair.

Na varanda, Maya virou.

"Ele realmente é uma loucura, você


sabe!", disse ela. "Você provavelmente
vai começar a ter, as dúvidas
novamente. Mas ele é obsessivo e
instável, assim

como qualquer caçador, e ele é


realmente capaz de tudo. Não se deixe
enganar."

"Eu não acho que eu vou vê-lo


novamente", disse Hannah,
irracionalmente

irritada. "Então, vai ser meio difícil de


me enganar."

Maya sorriu, assentiu, então o ato de


desaparecimento. Assim como Thierry,

ela se virou e simplesmente derreteu


durante a noite.

Hannah olhou para a escuridão por um


minuto ou assim. Então ela voltou

para a cozinha e ligou para o número de


Paul.

Ela falou para o seu atendedor de


chamadas:

"Oi, aqui é Hannah, e eu recebi sua


mensagem sobre fazer uma outra

consulta. Fiquei me perguntando se


talvez nós poderíamos fazer isso amanhã
ou

pelo menos algum tempo durante o fim


de semana. E..." Ela hesitou,
perguntando

se era algo que ela deva dizer


pessoalmente, então encolheu os
ombros. Poderia

muito bem dar-lhe tempo para se


preparar. "E eu gostaria de fazer outra

regressão. Há algumas coisas que eu


quero descobrir."

Ela se sentiu melhor depois que ela


desligou. De uma forma ou de outra, ela

iria chegar à verdade.

Ela caminhava para seu quarto com um


sorriso leve e sombrio. E parou no

limiar.

Thierry estava sentado em sua cama.

Por um momento, Hannah ficou


congelada. Então ela disse severamente:

"O que você está fazendo aqui?"

Ao mesmo tempo, ela olhou ao redor da


sala para ver como ele tinha
entrado. As janelas estavam fechadas e
só abriam por dentro. Ele deve ter
andado

enquanto eu estava na cozinha


conversando com Maya.

"Eu tinha que te ver", disse Thierry.

Ele parecia estranho. Seus olhos escuros


pareciam quentes de alguma forma,

como se estivesse queimando por


dentro. Seu rosto estava tenso e
desagradável.

"Eu lhe disse para ficar longe de mim."


Hannah manteve o medo fora de sua
voz, mas ela estava assustada. Havia
uma espécie de eletricidade no ar, mas
não

era uma boa eletricidade. Era puramente


perigosa.

"Eu sei que você fez, e eu tentei. Mas eu


não posso ficar longe, Hannah. Eu

simplesmente não posso. Faz-me...


louco."

E com isso, ele se levantou. O coração


de Hannah parecia saltar para a

garganta e ficar lá, batendo duro. Ela


lutou para manter a face calma .
Ele é rápido, uma pequena voz em sua
cabeça parecia dizer, e com alívio que

ela reconheceu a voz do vento escuro, a


voz da razão legal. Não há nenhum
ponto

em correr dele, porque ele pode te


pegar em um segundo.

"Você tem que entender", Thierry estava


dizendo. "Por favor, tente entender.

Eu preciso de você. Nós fomos feitos


para ficar juntos. Sem você eu não sou

nada."

Ele deu um passo em sua direção. Seus


olhos eram negros e insondáveis, e

Hannah poderia quase sentir o seu calor.

Obcecado, sim, ela pensou . Maya


estava certa. Ele pode sobressair em
uma

frente boa, mas no fundo ele é


simplesmente louco. Como qualquer
perseguidor.

"Digamos que você entende", diz


Thierry. Ele estendeu a mão pedindo
para

ela.

"Eu entendo", Hannah disse


severamente. "E eu ainda quero que
você vá

embora."

"Eu não posso. Tenho que ter certeza


que nós vamos estar juntos, do jeito

que estávamos destinados a ser. E só há


uma maneira de fazer isso."

Havia algo diferente em sua boca, dois


dentes salientes eram delicados, recuo

seu lábio inferior.

Hannah sentiu um frio sobre seu


coração.
"Você tem que se juntar ao Mundo da
Noite, Hannah. Você tem que se

tornar igual a mim. Eu prometo a você,


uma vez mais, você vai ser feliz."

"Feliz?" Uma onda de revolta tomou


conta de Hannah. "Com um monstro

como você. Eu era feliz antes de você


aparecer. Eu ficaria feliz se você só
ficasse

fora da minha vida para sempre. Eu…"


Pare de falar! A voz do vento frio
estava gritando com ela, mas Hannah

também estava exausta de ouvir.

"Você é nojento. Eu te odeio. E nada


pode me fazer te amar ag..."

Ela não chegou a concluir. Em um


movimento rápido, ele estava na frente

dela. E então ele agarrou-a.


Capitulo 9

ocê vai mudar de ideia", disse Thierry.

Um instante depois tudo foi um caos.


Thierry tinha uma mão em

seu cabelo, torcendo a cabeça para o


lado, expondo seu pescoço. O

outro braço estava mantendo ambos os


braços presos contra o seu corpo.
Hannah

estava torcendo, lutando e não estava


fazendo nenhum bem. Ele era
incrivelmente forte.

Ela sentiu o calor da respiração em seu


pescoço... e, em seguida, a nitidez dos

dentes.

"Não lute." A voz abafada Thierry veio


para ela. "Você só vai fazer isso doer

mais."

Hannah lutou. E isso doeu. A dor de ter


o sangue retirado contra sua vontade

era como nada que ela já sentiu. Era


como se sua alma estivesse sendo
puxada
para fora de seu corpo, uma dor que
irradiava pelo pescoço e pelo ombro e
braço

esquerdo. Girou sua visão cinzenta e fez


ela se sentir tonta.

"Odeio você", ela disse. Ela tentou


chegar a ele com sua mente, para ver se

ela poderia machucá-lo dessa maneira...


mas era como correr contra uma parede

de obsidiana. Ela não podia sentir nada


de Thierry, apenas a dureza negra.

Esqueça isso, a voz do vento frio disse .


E não desfaleça; você tem que ficar
consciente. Pense no seu quarto. Você
precisa de madeira, você precisa de
uma

arma. Onde... A mesa de trabalho.

Mesmo que ela pensasse, o aperto de


Thierry sobre ela foi mudando. Ele

estava forçando-a a inclinar-se longe


dele, ainda segurando-a em um punho de

ferro com um braço. Ela não tinha ideia


do que estava fazendo com o outro braço

até que ele falou de novo.

"Eu tenho que lhe dar de volta, algo que


eu levei."
E então o outro braço estava na frente de
Hannah, apertando o pulso à boca.

Ela ainda não entendia, ela estava


atordoada com a dor e a perda de
sangue, até

que sentiu o líquido quente escorrendo


em sua boca e provou um sabor estranho

exótico.

Oh, Deus, não. É o seu sangue. Você


está bebendo sangue de vampiro. Ela
tentou não engolir, mas o líquido
continuou a fluir, sufocando-a. Não tinha
gosto

de sangue.

Era rico e selvagem e queimou um


pouco, e ela quase podia sentir mudar
ela.

Você tem que parar com isso, a voz do


vento fresco disse-lhe . Agora.

Com tanta violência que quase deslocou


seu ombro, Hannah tirou um braço

livre. Então ela começou a lutar muito,


não porque ela queria ficar longe, mas
porque ela queria manter Thierry
ocupado em segurá-la. Enquanto eles
estavam

lutando, ela sorrateiramente estendeu a


mão livre.

Eu não posso senti-lo. Ela jogou seu


corpo para trás e para frente, tentando

aproximar Thierry da mesa. Só um


pouco mais longe... ali. Não! Seus
dedos

estavam sobre a mesa. Ela pisou no pé


de Thierry para mantê-lo distraído. Ela

ouviu um grunhido de dor e Thierry


abanou, mas manteve os dedos sobre a
mesa

às apalpadelas até encontrar algo bom e


longo, com uma ponta de grafite. Um

lápis. Hannah curvou os dedos,


recolhendo o lápis em punho. Ela estava
ofegante

com o esforço, o que significou mais do


sangue estranho fluindo em sua boca.

Agora pense. Visualize sua mão. A


imagem do lápis indo direto, todo o
caminho. E

agora estaque.

Hannah trouxe o lápis com toda sua


força, apunhalando a parte de trás da

mão de Thierry.

Ela ouviu um grito de dor e indignação,


e no mesmo instante, ela sentiu uma

pontada de dor em si mesma. Ela havia


dirigido o lápis por todo o caminho

através de sua mão e apertou a bochecha


dela própria.

Ela não perdeu tempo se preocupando


com isso. O punho de ferro sobre ela

havia se soltado. Ela bateu com o pé na


canela de Thierry e se afastou quando
ele
recuou.

A mesa! Você precisa de outra arma!

Mesmo enquanto a voz lhe dizia, Hannah


estava indo para a sua mesa,

reunindo um punhado aleatório de


canetas e lápis. Agradeço a Deus por
seu

hábito de perder os lápis, que foi a


razão que ela tinha que manter tantos.
Assim

que ela os pegou, ela atravessou a sala,


ficando de costas para uma parede. Ela

enfrentou Thierry, ofegante.


"Este próximo vai direito em seu
coração", disse a ele, puxando um lápis
fora

do punhado e segurando-o em seu punho.


Sua voz era suave e áspera, mas

absolutamente mortal em sua convicção.

"Você me machucou!" Thierry tinha


puxado o lápis para fora e olhava

fixamente para o ferimento. Seu rosto


estava contorcido, os olhos brilhando
com

a dor e fúria animal. Ele parecia um


estranho.
"Certo", Hannah disse, ofegante. "E se
você chegar perto de mim novamente,

eu vou matar você. Isso é uma promessa.


Agora fique fora de minha casa e da

minha vida!"

Thierry olhou para trás e para frente


dela para sua mão. Então, ele rosnou,

rosnou realmente, a sua elevação do


lábio superior, dentes arreganhados.
Hannah
nunca tinha visto um rosto humano
parecer tão bestial.

"Você vai se arrepender", disse ele,


como uma criança em um acesso de
raiva.

"E se você contar a alguém sobre isso,


eu vou matá-los. Eu vou. Esta é a lei do

Mundo da Noite."

Então ele fez a coisa de desaparecer.


Hannah piscou e ele não estava lá. Ele

deve ter apoiado pelo corredor, mas ela


não ouviu a porta abrir ou fechar. Levou

vários minutos antes que ela pudesse


afrouxar seu aperto em seus lápis ou
afastar

da parede. Quando pode, foi tropeçando


em direção ao telefone. Ela apertou a

marcação rápida para o número de


Chess. Ocupado. Hannah deixou cair o

telefone. Ela estava balançando em seus


pés, sentindo-se doente e tonta, mas ela

se dirigiu para a sala de jantar. Ali,


mantendo uma das janelas fechadas, era
um

passador de madeira, o remanescente de


uma mania de segurança de sua mãe.
Hannah partiu em seu joelho e levou um
pedaço com ela para a garagem.

O Ford velho e empoeirado estava


estacionado ali, o seu pai tinha dirigido

antes de morrer. Hannah encontrou as


chaves e saiu para a casa de Chess. Ela

conseguia pensar em uma coisa: ela não


queria ficar sozinha.

Pontos cinza dançaram na frente de seus


olhos enquanto ela dirigia. Ela ficava

imaginando coisas correndo para ela a


partir da pradaria.
Mantenha-se acordada. Basta ficar
acordada, disse a si mesma, mordendo
o

lábio de sangue com força suficiente


para machucar. Não! Há casas à frente.
Você

pode ver a luz. Tudo que você tem a


fazer é chegar lá. Ela pisou no
acelerador. E

então tudo ficou cinza.

***

Thierry olhou ao redor do átrio a


estância, em seguida, olhou para o
relógio.
Ele vem fazendo isso a cada cinco
minutos pelas últimas doze horas, e seus
nervos

estavam começando a se desgastar. Ele


não gostava de Hannah saindo sozinha.

Claro, o anel iria protegê-la quando ela


estava longe de casa, e o amuleto que
ele

tinha enterrado no quintal de sua casa


iria proteger a própria casa. Era um

amuleto forte, feito para ele pela avó


Harman, a mais antiga e mais poderosa

bruxa do mundo, a anciã do Circulo


interno. Estabeleceu alas ao redor da
casa,

para que nenhuma pessoa da Noite


pudesse entrar sem um convite direto de

alguém que vivia dentro. Ele ainda não


tinha como deixar Hannah sozinha. Só

mais um pouco, ele disse a si mesmo.


Ele tinha levado a maior parte da noite

passada e todo o dia hoje para chamar o


suficiente de seu próprio povo para
criar
um plano para vigiar Hannah.

Ela lhe disse para ir embora, e ele foi.


Sua palavra era lei para ele. Mas isso

não significa que ele não poderia tê-la


guardada. Ela nunca precisaria perceber

que havia pessoas ao redor dela a noite,


observando e esperando nas sombras e

prontos para lutar até a morte se houver


perigo.

Lupe tinha razão. Ele não podia lidar


com isso sozinho. E agora ele estava

tendo que confiar em outras pessoas


para manter Hannah segura.
Thierry olhou para o relógio novamente.
Eram nove horas da noite, e ele

estava quase tentado a desistir de Circe.


Mas apenas uma bruxa de seu poder

pode configurar o tipo de cuidados


pesados que iria proteger Hannah onde
quer

que fosse a Amador County.

Ele continuou esperando. Como ele fez,


ele olhou para um cabide de armas

na parede e tentou manter o seu cérebro


desligado. Não funcionou. Desde que

Hannah despertou de seu transe


hipnótico, ele estava tentando muito
duro não

pensar nos velhos tempos. Mas agora,


ele se viu sendo irresistivelmente
atraído de

volta não só de pensar nelas, mas


revivê-las. Viajando de volta em sua
mente para

o homem jovem estúpido, ele havia


sido...

Ele não tinha sido o primeiro vampiro.


Ele não tem essa distinção. Ele só

tinha sido o segundo.


Ele cresceu na tribo de Maya e
Hellewise. Os maias e Hellewise, filhas

gêmeas de Hécate a bruxa rainha. Os


maias e Hellewise que descendiam
como as

duas maiores figuras da história do


Mundo da Noite; Hellewise Hearth-
Mulher

como a ancestral da família Harman, a


mais famosa das bruxas que existiu, e

Maya a ancestral de ambos Lamia e


vampiros feitos. Mas é claro que ele não
sabia

nada sobre isso na época.


Tudo o que sabia era que ambos eram
meninas bonitas. Lindas. Hellewise

havia muito tempo tinha os cabelos


amarelos e olhos castanhos profundos.
Maya

tinha longos cabelos negros e olhos que


brilhavam em cores diferentes, como as

luzes que mudam de uma geleira. Ele


gostava muito das duas irmãs. Talvez
esta

fosse sua queda.

Ele tinha sido um companheiro muito


comum, com um bom braço de
arremesso, um toque delicado na
escultura de marfim, e uma vaga saudade
de ver

o mundo. Ele tinha tomado como certo


que sua tribo era especial, que poderiam

influenciar o tempo e chamar os animais


da floresta. Eles eram bruxos, que

haviam sido concedidos poderes


especiais, e isso era tudo. Não era nada
para se
preocupar. E,como todo mundo, ele
sabia que Maya estava fazendo
experimentos

na floresta, usando seus poderes para


tentar se tornar imortal. Mas isso não o

preocupava particularmente...

Eu era muito jovem e muito, muito


estúpido, Thierry pensou . Essa tinha
sido a

queda real da tribo.

O desejo de Maya de se tornar imortal.


Porque ela estava disposta a pagar

qualquer preço por isso, até mesmo ao


ponto de se tornar um monstro e deixar

uma maldição sobre todos os seus


descendentes. Talvez se Thierry e as
outras

bruxas tivessem percebido eles


poderiam tê-la parado antes que
acontecesse.

Porque Maya tinha finalmente


encontrado o feitiço certo para alcançar
a

imortalidade. O problema era que para


fazê-lo, ela teve que roubar os bebês da

tribo. Todos os quatro deles. Ela os


levou para fora da floresta, fez o feitiço,
e

bebeu seu sangue. Thierry e o resto da


tribo encontraram os quatro corpos

sangrados mais tarde.

Hellewise chorou a noite toda. Thierry,


que não conseguia entender como

uma menina bonita que ele gostava tanto


poderia ter feito algo tão horrível,

chorei também. Maya tinha


desaparecido completamente.

Mas algumas noites depois, ela veio


para Thierry. Ele estava vigiando fora
da
caverna quando ela apareceu em
silêncio ao lado dele. Ela tinha mudado.
Ela não

era a menina bonita que ele conhecia


mais. Ela era incrivelmente, fascinante.
Mas

ela era diferente. Ela se movia com a


graça de um predador noturno, e seus
olhos

refletiam a luz do fogo. Ela estava muito


pálida, mas isso só a deixava mais
bonita.

Sua boca, que sempre foi suave e


convidativa, parecia vermelha como
sangue. E
quando ela sorriu para ele, ele viu seus
longos dentes pontiagudos.

"Olá, Theorn", ela disse o que era o


nome dele na época. "Eu quero fazê-lo

imortal."

Thierry tirou o medo de sua mente. Ele


não tinha ideia de que ela tinha se

tornado uma criatura estranha, com


dentes antinaturais. Mas ele sabia que
ele não

tinha desejo algum de ser como ela.

"Eu realmente acho que é injusto, a


forma como você vai e volta entre mim e
Hellewise", disse ela casualmente,
sentando-se sobre a terra nua. "Então eu
decidi

resolver a questão. Você vai ser meu,


agora e para sempre."

Ela estendeu a mão e pegou a mão dele.


Seus dedos eram muito finos e

muito frios e incrivelmente fortes.

Thierry não poderia se afastar. Ele


olhou para sua mão com a boca aberta

como o idiota que ele era. Este foi o


tempo que ele deveria ter começado a
gritar,
batendo, fazendo qualquer coisa para
atrair a atenção e fugir. Mas Maya
parecia

segurá-lo com os olhos como uma cobra,


segurando um pássaro.

Ela era natural e do mal... mas era tão


bonita. Foi a primeira e a última vez

que Thierry ficaria fascinado pela


beleza pura do mal, mas foi o suficiente.
Ele
estava condenado a partir daquele
momento. Ele havia condenado a si
mesmo.

Um instante de hesitação. Ele pagaria


por ele durante anos inimagináveis no

futuro.

"Não é tão ruim", Maya estava dizendo,


ainda fixando-o com seus olhos

terríveis e encantadores. "Há algumas


coisas que eu tinha que descobrir,
algumas

coisas que eu não esperava. Eu achava


que beber o sangue dos bebês seria o
fim,
mas não."

Thierry sentiu-se mal.

"Eu tenho esses dentes por um motivo,


aparentemente. Parece que eu tenho

que beber o sangue de uma criatura


mortal a cada dia, ou eu morro. É

inconveniente, mas eu posso viver com


isso."

Thierry cochichou algo, "Ah, Hécate, a


Mãe das Trevas…"

"Agora, pare com isso!" Maya fez um


gesto afiado. "Sem oração, por. Eu não
sou uma bruxa mais. Sou algo
completamente novo, eu suponho que eu
deveria

pensar em um nome para mim. Caçadora


da noite... Bebedor de sangue... Eu não

sei, as possibilidades são infinitas. Vou


iniciar uma nova raça, Theorn.
Estaremos

melhor do que as bruxas, mais forte,


vamos viver para sempre. Nós nunca
vamos

morrer, então vamos governar a todos. E


você vai ser meu primeiro convertido."

"Não", disse Thierry.


Ele ainda pensava que ele tinha uma
escolha.

"Sim, eu vou ter um bebê, não com você,


estou com medo, eu não acho que

você vai poder e o bebê vai ter o meu


sangue e eu vou dar meu sangue para

outras pessoas do jeito que eu vou dar


para você agora. Algum dia não haverá

ninguém no mundo que não terão o meu


sangue. É um pensamento agradável,

não é?"

Ela descansou o queixo sobre o punho e


os olhos dela brilharam.
"Hellewise vai parar você", diz Thierry
categoricamente.

"Minha irmã? Não, eu não penso assim.


Especialmente desde que eu o terei

para me ajudar. Gosta de você, você


sabe. Vai ser difícil para ela matar
alguém

que ela tanto gosta."

"Ela não vai precisar. Eu vou matar


você", disse Thierry rosnando.

Maya gargalhou.

"Você? Você? Você não sabe ainda?


Você não é um assassino, você não tem
coragem para isso. Isso vai mudar, é
claro, depois de eu lhe dar o meu
sangue.

Mas você não vai querer me matar


depois. Você vai se juntar a mim e ser
feliz.

Você vai ver." Ela tirou o pó de suas


mãos como se uma negociação difícil
tivesse

sido realizada e os termos foram


alcançados. "Agora. Vamos fazê-lo."
Ele era forte. Ele tinha um braço bom
com uma lança ou um pau de matar.

Mas ela era muito mais forte e podia


lidar com ele como um bebê. A primeira

coisa que ela fez foi colocar uma mão na


boca, porque por esta altura já havia

ocorrido até para o estúpido Thierry que


ele estava com problemas, e que ele

precisava de ajuda. Não havia nenhum


som de uma luta e ela o arrastou para

dentro da mata.

"Eu tenho medo é que isto vai doer",


disse ela. Ela estava deitada em cima
dele, com os olhos. Ela estava animada.
"Pelo menos, todos os animais que eu

peguei parecem ter encontrado muito


desagradável. Mas é para seu próprio
bem."

Então ela rasgou sua garganta. Isso foi o


que sentiu. E foi aí que ele percebeu

para o que os dentes caninos longos


serviam. Como qualquer leão ou lince,
ou

lobo, ela precisava de dentes para


rasgar. Através das ondas de choque em
preto e

dor, ouviu seu consumo. Durou muito


tempo. Mas enfim, felizmente, ele

percebeu que ele estava morrendo. Ele


tomou conforto na ideia de que o terror

logo se acabou. Ele não poderia ter


estado mais errado. O horror estava
apenas

começando. Quando Maya levantou a


cabeça, sua boca era vermelha com seu

sangue. Gotejando. Ela não estava


bonita por mais tempo, ela era
simplesmente

diabólica.

"Agora", ela disse. "Eu vou dar-lhe algo


que fará tudo melhor."

Ela se retirou e colocou uma lasca de


madeira em sua própria garganta. Ela

sorriu para ele. Maya tinha sido sempre


fisicamente forte. E então, com um gesto

quase de êxtase, ela mergulhou a lasca


dentro, enviando sangue jorrando e

derramando. Então ela caiu em cima


dele novamente. Ele não queria engolir
o

sangue que encheu a boca. Mas tudo


estava tão cinzento e irreal, e ele ainda
tinha
reflexos de sobrevivência suficiente
para não querer se afogar nela. O
quente, o

líquido de sabor estranho desceu sua


garganta. Queimou como vinho
fermentado.

Depois lhe fazer beber, ele percebeu,


para seu alívio que ele ainda estava

morrendo. Ele não sabia que ele não ia


ficar morto. Sentiu-a carregá-lo mais
para

dentro da floresta, estava completamente


flácido e agora não colocou qualquer

resistência e, em seguida, tudo ficou


escuro.

Quando ele acordou, ele tinha sido


enterrado. Ele agarrou-se para fora da

cova rasa e encontrou-se olhando para o


rosto atônito de seu irmão Conlan. A

tribo o sepultou na forma tradicional, na


terra mole no fundo da caverna.

Nos minutos antes de seu irmão poder


gritar de surpresa, Thierry estava em

sua garganta.
Era o instinto animal. Uma sede dentro
dele como nada que ele já havia

conhecido. A dor que era como estar


debaixo d'água, sendo estrangulado,
falta de

ar. Isso o fez desesperado, feito louco.


Ele não pensou em tudo.

Ele simplesmente tentou, sem pensar, a


rasgar a garganta de seu irmão. O que

o impediu foi alguém chamar pelo seu


nome. Chamando-o mais e mais, com

muita dor. Quando ele olhou ao redor,


viu Hellewise, seus olhos castanhos

enormes e derramando em lágrimas, sua


boca tremia.

A expressão em seu rosto o assombraria


para sempre. Ele correu para fora da

caverna e continuou correndo. Atrás


dele, apenas levemente, ele podia ouvir
a

voz de Hellewise: "Theorn, eu vou


impedi-la. Eu te juro, eu vou impedi-
la."
Ele mais tarde percebeu que era tudo
que Hellewise poderia lhe oferecer. Ela

sabia que era sua maldição permanente.


O que ele era agora, ele seria para

sempre. Não havia um nome para ele,


então, mas ele foi o primeiro vampiro

feito. Maya teve um filho, e assim como


prometeu, foi o primeiro dos Lamia, os

vampiros de família que podiam crescer


e ter filhos. E seu filho, Red Fern, seria
o

ancestral da família Redfern, a família


lâmia mais poderosa do Mundo da
Noite.
Thierry não sabia de nada disso
enquanto corria. Ele só sabia que tinha
que ficar

longe de pessoas, ou ele iria prejudicá-


las.

Maya o pegou enquanto ele estava


desesperadamente tentando saciar sua

sede por beber de um córrego.

"Você vai ficar doente", disse ela,


inspecionando-o criticamente. "Você
não

pode beber isso. É o sangue que você


precisa."
Thierry saltou para cima, agitando com
fúria e ódio e fraqueza todos

misturados.

"Então será o seu?", ele rosnou.

Maya riu. "Como é doce. Mas não vai


fazer. Você precisa do sangue de

criaturas vivas." Ela não estava com


medo dele, e ele se lembrava de como
tinha

sido forte. Ele não era páreo para ela.

Ele se virou e começou a tropeçar para


fora.
Maya o chamou: "Você não pode fazer
isso, você sabe. Você não pode ficar

longe de mim. Eu escolhi você, Theorn.


Você é meu, agora e sempre. E no final

você vai perceber isso e se juntar a


mim."

Thierry continuou. Ele podia ouvi-la rir,


enquanto ele subia. Ele viveu nas

estepes por várias semanas, vagando


pelas altas pastagens. Ele era mais um
animal

do que qualquer coisa semelhante a uma


pessoa. A sede dentro dele o fez
desesperado, até que ele tropeçou em
um coelho. No instante seguinte, ele

descobriu que ele o estava segurando,


mordendo seu pescoço. Seus dentes
eram

como os de Maya agora, longos,


sensíveis e perfeitos para rasgar ou para
punção. E

ela estava certa, só o sangue de uma


criatura viva poderia ajudar a
queimação,
sufocando sentimento dentro dele. Ele
não pegava comida com muita
frequência.

Ele estava com fome quando ele


finalmente chegou à Três Rios.

Ele não viu a menina a escolher couve


até que ele estava em cima dela. Ele

explodiu de uma pilha de couve, com


sede ofegante como um veado ferido e lá

estava ela, olhando para ele. E então


tudo ficou escuro por um tempo.

Quando voltou a si, ele parou de beber.


Ele precisava de comida, ele morreria
em terrível agonia sem ela, mas ele
largou a menina e saiu correndo. As
pessoas

de Hana arranjaram-lhe um pouco mais


tarde.

E eles fizeram exatamente o que ele


esperava que qualquer tribo fizesse

assim que percebessem que ele era uma


abominação e brandiriam lanças contra

ele. Ele esperava que eles o matassem a


qualquer momento. Ele não percebeu

ainda e nem eles, que uma criatura como


ele era difícil de matar.
E então ele viu Hana.

Capitulo 10

primeira visão dela rompeu seu estado


animal e devolveu-lhe a

mente o suficiente para se levantar como


um homem. Ela o lembrou

de Hellewise. Ela tinha esse mesmo


olhar de coragem, e a sabedoria
eterna que havia nos olhos dela.
Qualquer mulher pode ser bonita, por
força de

recursos regulares. Mas Hana estava


linda, porque a sua alma mostrou-se em
seu

rosto.

Ao vê-la o fez sentir vergonha. Vendo-a


defendê-lo, interceder em seu nome

como ela tão obviamente fez, o fez com


raiva. Ele resistiu quando ela esgueirou-

se para fora da caverna e tentou enviá-lo


de volta ao mundo. Será que ela não
entendeu? Era melhor para ele morrer.
Enquanto ele estava solto, nenhuma

criança, nenhuma mulher, nenhum


homem estava seguro. Mesmo quando
ele

estava ali, ao luar, com ela, ele tremia


com a necessidade. A sede de sangue
estava

tentando desequilibrar sua mente, e era


tudo o que podia fazer para não agarrá-
la

e morder seu pescoço macio.

Quando ela lhe ofereceu a garganta, ele


quase chorou. Não foi um sacrifício ir
embora. Foi a única coisa certa a fazer,
a única coisa que podia fazer. E então

vieram os caçadores. Sua mente estava


desequilibrada pela tortura. Era tão

simples. Não que fosse uma desculpa,


não havia nenhuma desculpa para o que
se

seguiu. Mas durante o tempo infinito


enquanto o clã de Hana o queimou e

esfaqueou, ele perdeu todo o contato


com a pessoa que ele pensou que era.
Ele se

tornou um animal, tão inconsciente


quanto à multidão que estava tentando
matá-

lo. Como um animal, ele queria duas


coisas: sobreviver e atacar o povo que o

estava machucando. E havia uma


maneira de fazer as duas coisas.
Gargantas.

Gargantas brancas, espirrando sangue


escuro. A imagem lhe veio lentamente
em

sua neblina da dor. Ele não tem que ficar


aqui e assumir isso. Ele foi ferido, mas

não havia ainda um núcleo de força


dentro dele. Ele poderia lutar para trás,
e os
seus inimigos lhe dariam vida. A
próxima vez que uma lança apontou para
ele,

ele a agarrou e puxou.

Ele pertencia a um caçador de ombros


largos, aquele que tinha levado os

outros a ele. Thierry agarrou o homem


quando ele cambaleou para frente,

lutando com ele no chão. E então, antes


que alguém na multidão tivesse tempo
de reagir, ele disparou para a garganta
do caçador, para a grande veia que
pulsava

sob a pele.

Estava tudo acabado em um minuto. Ele


estava bebendo profundamente,

profundamente e ganhando força a cada


gole. A barragem de Três Rios estava

olhando para ele em choque paralisado.


Sentiu-se bem.

Ele jogou o homem morto para o lado e


pegou outro. Quando os caçadores,

vários, vieram na direção dele de uma


vez, bateu-os e matou-os, um, dois, três.

Ele era um assassino muito eficiente. O


sangue o fez sobrenaturalmente forte e

rápido, a sede de sangue deu-lhe


motivação. Ele era como um lobo solto
em um

rebanho de antílopes, exceto que, por um


longo tempo ninguém no clã tinha a

sensação de correr. Eles continuaram a


vir para ele, tentando impedi-lo, e ele

continuou matando.

Foi um massacre. Ele matou todos eles.


Ele estava embriagado com o sangue
e se vangloriou de que, na simplicidade
do mesmo animal, o poder que lhe deu.

Matar era a glória. Matar para comer,


matar por vingança. Destruir as pessoas
que

o machucaram. Ele não queria parar


nunca.

Ele estava bebendo as últimas gotas das


veias de uma jovem quando ele

olhou para baixo e viu que era Hana.

Seus claros olhos cinzentos estavam


abertos, mas a luz neles estava

começando a escurecer.
Ele a matou. Em um momento de
cegueira, ele não era um animal mais.
Ele

era uma pessoa. E ele estava olhando


para a pessoa que tentou ajudá-lo, que
lhe

ofereceu o seu sangue para mantê-lo


vivo. Ele levantou os olhos e viu a

devastação que ele deixou na caverna.


Não foi apenas esta menina.

Ele assassinou a maioria de sua tribo.


Foi quando ele soube a verdade. Ele foi

condenado. Pior do que Maya. Ele


cometeu um crime tão monstruoso que
ele

nunca poderia ser perdoado, jamais ser


redimido.

Ele havia se juntado ao mal no final,


assim como Maya havia prometido que

faria.

Nenhuma punição poderá ser demasiado


grande para ele, mas depois,

nenhuma punição faria a menor


diferença de qualquer maneira, não a
essas

pessoas ou para a menina morrendo em


seus braços.
Por apenas um instante, alguma parte
dele afastou os sentimentos de culpa e

horror. Tudo bem, você está mal, ele


disse. Você pode também ir em frente e
ser do

mal. Apreciá-lo. Não tenha


arrependimentos. É a sua natureza
agora.

Então a menina em seus braços agitou-


se. Ela ainda estava consciente, embora

mal. Seus olhos estavam ainda abertos.


Ela estava olhando para ele...
Nesse momento, Thierry sentiu um
choque que foi diferente de tudo que ele

já sentiu antes. Nestes grandes olhos


cinzentos, o estudando, estavam

extremamente dilatados como se para


pegar todos os últimos raios de luz antes

da morte, ele viu... a si mesmo. A si


mesmo e a garota, caminhando juntos,
lado a

lado com várias idades. Registrando


cenas por trás deles, lugares diferentes,

tempos diferentes. Mas sempre os dois,


amarrados, com um laço invisível. Ele a

reconheceu. Era quase como se todas


essas diferentes idades já tivessem

acontecido, como se ele estivesse


apenas recordando-as. Mas ele sabia
que eles

estavam no futuro. Ele estava olhando


para o corredor do tempo, vendo o que

deveria ter sido.

Ela era sua alma gêmea.


Ela foi a única que deveria ter andado
com ele através de vidas diferentes,

nascer e amar e morrer e nascer de


novo. Eles nasceram um para o outro,
para se

ajudarem mutuamente a crescer e


florescer e descobrir e evoluir. Eles
deveriam

ter tido muitas vidas juntos. E nada


disso aconteceria. Ele era uma criatura

imortal, como ele poderia morrer e


nascer de novo? E ela estava morrendo
por

causa dele. Ele destruiu tudo, tudo.


Ele tinha matado o seu destino. A
enormidade do que ele fez, ele se sentou

em silêncio e atordoado. Ele não


poderia dizer, "me desculpe". Ele não
podia

dizer: "O que eu fiz?" Não havia nada


que pudesse dizer que não era tão trivial

quanto ser humilhante para ela. Ele


simplesmente se sentou e balançou,
olhando

em seus olhos. Ele tinha um sentimento


de queda.

E então Hana falou.


Eu te perdoo.

Era apenas um sussurro, mas ele ouviu


em sua mente, não com seus ouvidos.

E ele compreendeu mesmo que sua


língua fosse diferente da dele. Thierry

balançou com a descoberta de que ele


pudesse falar com ela. Oh, Deusa, a

chance, de pelo menos lhe dizer como


ele iria tentar expiar isso derramando
seu

próprio sangue...

Você não pode me perdoar. Ele podia


ver que ela entendia a sua própria
resposta abafada. Ele sabia que não
merecia perdão. Mas parte dele queria
que ela

percebesse que ele nunca tivera a


intenção que isso acontecesse. Não foi
sempre

assim. Eu costumava ser uma pessoa.


Nós não temos tempo para isso, disse
ele. Seu

espírito parecia estar chegando a sua


direção, puxando-o para ela, encarando-
o

em um lugar separado e ainda que


apenas dois deles existiam. Ele sabia
que ela
tinha visto a mesma coisa que ele tinha,
o mesmo corredor de tempo.

Ela era gentil, mas tão triste.

Eu não quero que você morra. Mas eu


quero que você me prometa uma coisa.

Qualquer coisa.

Eu quero que você me prometa que


nunca vai matar novamente.

Foi fácil prometer. Ele não tinha planos


de viver. . . Não, ela não queria que

ele morresse. Mas ele não podia viver


sem ela e ele certamente não poderia
viver

depois do que ele tinha feito.

Ele se preocuparia com isso mais tarde,


sobre como lidar com o longo trecho

cinza de futuro à espera.

Por enquanto, ele disse , eu nunca vou


matar de novo.

Ela deu-lhe apenas o mais fraco dos


sorrisos. E depois ela morreu. Os olhos
cinzentos ficaram fixados e escuros.
Cegos. Sua pele era branca
fantasmagórica e

seu corpo estava absolutamente imóvel.


Ela parecia menor uma vez que o seu

espírito a deixou.

Thierry a ninava, gemendo como um


animal ferido. Ele estava chorando.

Balançando tão forte que ele quase não


conseguia manter a preensão dela.

Desamparado, perfurado pelo amor que


sentia como uma lança, ele estendeu a

mão para empurrar suavemente os


cabelos do rosto. Seu polegar acariciou
sua

bochecha e deixou um rastro de sangue.

Ele olhou para isso com horror. A marca


era como uma chama de vermelho

contra sua pele pálida. Mesmo que seu


amor era mortal. Sua carícia tinha

marcado ela.

Os poucos sobreviventes do clã Hana


estavam em movimento, envolvendo

Thierry, ofegante e ofegante com suas


lanças prontas. Eles perceberam que ele
estava vulnerável agora. E ele não teria
levantado a mão para detê-los... exceto

que ele tinha feito uma promessa a Hana.


Ela queria-o vivo para manter isso.

Então, ele deixou-a lá. Ele a pegou


ainda, o arrefecimento do corpo e levou-
a

para o mais próximo caçador. O homem


olhou para ele com medo e descrença,

mas ele finalmente largou a lança para


levar a menina morta. E então Thierry
saiu

da caverna e à luz do sol implacável.


Dirigiu-se para sua casa.
Maya encontrou com ele em algum lugar
nas estepes, aparecendo para fora

da grama alta e se rasgando.

"Eu disse-lhe como ia acabar. Agora


esquecer aquela desbotada loira e

começa a desfrutar a vida comigo."

Thierry nem sequer olhou para ela. A


única coisa que ele poderia imaginar

fazendo com Maya era matá-la. . . e ele


não podia fazer isso.

"Não fuja de mim!" Maya não estava


rindo agora. Ela estava furiosa. Sua voz
o seguiu enquanto ele continuou. "Eu
escolhi você, Theorn! Você é meu. Você

não pode fugir de mim!"

Thierry continuava, nem mais lento nem


mais rápido, deixando sua voz

misturar com o zumbido dos insetos nas


pastagens. Mas sua voz mental o seguiu.

Eu nunca vou deixar você ir embora.


Você vai ser sempre meu, agora e
sempre.
Thierry viajou rápido, e em apenas
alguns dias, chegou em casa e a pessoa

que ele voltara para ver. Hellewise


levantou os olhos da secagem de ervas

ofegante.

"Eu não vou te machucar", disse ele. "Eu


preciso de sua ajuda."

O que ele queria dela era um feitiço


para dormir. Ele queria dormir até Hana

nascer de novo.

"Pode ser um longo tempo", disse


Hellewise quando ele disse a ela toda a
história. "Soa como se a alma dela foi
danificada. Poderia haver centenas de

milhares de anos."

Thierry não se importava.

"E você pode morrer", Hellewise disse,


olhando-o firmemente com sua

profundidade castanha de olhos. "E com


que você se tornou… Eu não acho que

criaturas como você renascem. Você


simplesmente... Morre."

Thierry simplesmente assentiu. Ele só


estava com medo de duas coisas: que
Maya fosse encontrá-lo enquanto ele
dormia, e que ele não saberia quando

acordar.

"Eu posso organizar o segundo,"


Hellewise disse calmamente. "Você está

ligado de qualquer maneira, suas almas


estão unidas. Quando ela nascer de
novo,

as vozes do outro lado vão sussurrar


para vocês. "

Thierry descobriu como resolver o


primeiro problema. Ele cavou um

túmulo. Era o único lugar onde ele


poderia contar em estar seguro e
tranquilo.

Hellewise deu-lhe uma infusão de raízes


e cascas e Thierry foi dormir. Ele

dormiu um bom tempo.

Ele dormiu direto através da épica


batalha quando Hellewise levou Maya e

seu filho, longe da tribo e das bruxas.


Ele dormiu até as origens do Mundo da

Noite e milhares de anos de mudança


humana. Quando ele finalmente acordou,
o

mundo era um lugar diferente, com as


civilizações e as cidades. E ele sabia
que

em algum lugar Hana nascera em um


deles.

Ele começou a procurar. Ele era um


andarilho, uma alma perdida, sem casa e

sem gente. Mas não um assassino. Ele


aprendeu a tirar sangue, sem matar, para

encontrar doadores dispostos em vez de


caçar com suas presas aterrorizadas.

Ele olhou em todas as aldeias que


passou, aprendendo sobre o novo mundo

em torno dele, sobrevivendo com muito


pouco, buscando cada rosto que viu.

Muitas comunidades teriam ficado


contentes de adotá-lo, este jovem alto
com

roupas empoeiradas e olhos que


enxergam longe. Mas ele só ficou o
tempo

suficiente para se certificar de que Hana


não estava lá.

Quando ele achou que ela estava no


Egito, o Reino das Duas Terras. Ela
tinha

dezesseis anos.

Seu nome era Ha nahkt. E Thierry a teria


reconhecido em qualquer lugar,

porque ela ainda era alta, loura, e ainda


de olhos cinzentos e bonitos. Exceto por

uma coisa. Através de sua bochecha


esquerda, onde tinha os dedos
manchados de

seu próprio sangue na noite em que ele


tinha matado ela, era uma marca

vermelha como um machucado. Como


uma mancha em sua pele perfeita. Foi

uma espécie de marca psíquica, uma


lembrança física do que tinha acontecido
em

sua vida passada. Uma ferida


permanente. E isso foi culpa dele.
Thierry foi

superado com desgosto e vergonha. Ele


viu que a outra garota, Ket, o amigo que

estava com Hana na vida passada,


estava com ela novamente agora. Ela
tinha

amigos. Talvez fosse melhor deixá-la


sozinha nesta vida, nem mesmo tentar
falar

com ela.

Mas ele tinha esquecido sobre Maya. Os


vampiros não morrem. A vida é

estranha às vezes. Era quando Thierry


estava pensando isso que uma figura

caminhou para o saguão. Ainda meio no


seu sonho do passado, ele estava

esperando que ele fosse Circe, então por


um momento ele estava simplesmente

confuso. Então, sua frequência cardíaca


acelerou e todos os músculos do seu
corpo tencionaram violentamente. Era
Maya.

Ele não a tinha visto por mais de cem


anos. A última vez, havia sido em

Quebec, quando Hannah tinha sido


nomeada Annette. E Maya tinha acabado
de

matá-la.

Thierry ficou de pé. Ela estava linda


como sempre. Mas Thierry era como o

arco-íris em espuma de óleo. Ele a


odiava mais do que jamais imaginou que

poderia odiar ninguém.


"Então você me encontrou", ele disse
calmamente. "Eu sabia que você ia

aparecer eventualmente."

Maya sorriu brilhantemente. "Eu


encontrei-a primeiro."

Thierry permaneceu.

"Esse amuleto era muito bom. Eu tive


que esperar para pegá-la sozinha para

que ela pudesse convidar-me para


dentro."

O coração de Thierry balançou. Ele


sentiu um aperto físico, como se algo
nele estivesse realmente tentando sair,
tentando desesperadamente chegar a

Hannah agora. Como ele poderia ter


sido tão estúpido? Ela era muito
inocente, é

claro que ela gostaria de convidar


alguém em sua casa. E ela pensou em
Maya

como amigo.

O anel deve ter oferecido pelo menos


uma medida de proteção do controle

da mente, mas se Hannah tivesse


mantido. Thierry percebeu agora que ela

provavelmente não tinha.

Sua voz, um sussurro nu, ele disse: "O


que você fez com ela?"

"Oh, não muito. Principalmente foi


apenas conversa. Mencionei que era

susceptível ser áspero com ela se as


coisas não fossem do seu jeito." Maya

inclinou a cabeça, olhando no seu rosto,


olhando por uma reação.
Thierry não deu isso a ela. Ele apenas se
levantou, olhando para ela

silenciosamente. Ela não tinha mudado


em milhares de anos. Ela nunca mudou,

nunca cresceu, nunca se cansou. E ela


nunca desistiu. Ele não achava que ela
era

capaz disso.

Às vezes, ele achava que deveria apenas


amarrar-se a ela na cintura e

encontrar um poço sem fundo para


saltar. Livrar o mundo dos seus dois
mais
antigos vampiros e todos os problemas
causados por Maya.

Mas havia a promessa de Hannah.

"Não importa o que você diga para ela",


disse ele secamente. "Você não

entende, Maya. Desta vez é diferente.


Ela se lembra…"

"E ela o odeia. Eu sei. Pobre bebê."


Maya fez uma cara de dor simpática.
Seus

olhos brilhavam de azul pavão.

Thierry rangeu os dentes. "E eu vim para


uma decisão", ele continuou igual.
"O ciclo tem que ser quebrado. E há uma
maneira de fazer isso."

"Eu sei", disse Maya, antes que ele


pudesse terminar. "Você pode desistir

dela. E ficar comigo"

"Sim." Desta vez ele cortou. E o olhar


de espanto que deflagrou nos olhos

dela era de valer a pena. "Pelo menos,


sim à primeira parte", completou. "Eu

estou deixando-a."

"Você não está. Você não pode."

"Ela está feliz nesta vida. E ela não me


quer." Não. Tinha sido difícil dizer,

mas ele tinha conseguido. "Ela se


lembra de tudo, eu não sei por que, mas
ela faz.

Talvez porque ela esteja tão próxima de


sua forma original. Talvez de algum

modo as memórias estejam mais perto


da superfície. Ou talvez seja a hipnose.

Mas em qualquer caso, ela não me quer


mais."

Maya estava olhando para ele,


fascinada, os olhos violeta como o
crepúsculo
profundo, lábios entreabertos. De
repente, ela olhou para além dele e
sorriu

secretamente.

"Ela se lembra de tudo? Você realmente


acha isso?"

Thierry assentiu. "Tudo, de que eu


sempre trouxe miséria e dor. Eu acho
que

ela percebe isso."


Ele respirou e, em seguida chamou a
atenção de Maya novamente. "Então, eu

estou terminando o ciclo... agora."

"Você está indo a pé."

"E assim como você. Ela não é uma


ameaça para você. Se você quer algo de

mim, a pessoa a tratar é comigo. Você


pode tentar qualquer hora do dia em Las

Vegas." Ele olhou para ela calmamente.


Maya jogou a cabeça para trás e soltou

ondulações do riso musical.

"Oh, por que você não me disse antes?


Você poderia ter me salvado alguns

problemas... Mas por outro lado, seu


sangue era muito doce. Eu não teria

perdido."

Ela partiu, então, porque Thierry bateu


contra a parede de carvalho do lobby.

Em um instante, seu controle tinha


desaparecido. Ele estava tão irritado
que ele

não podia falar em voz alta.

O que você fez com ela? O que você


fez? Ele gritou as palavras
telepaticamente
com suas mãos fechadas em torno da
garganta de Maya.

Maya apenas sorriu para ele. Ela era o


mais antigo de vampiros, e o mais

poderoso. Em cada vampiro que vieram


depois dela, o sangue tinha sido diluído,

metade tão forte, um quarto tão forte, um


oitavo. Mas ela foi a original e mais

pura. Ela não tinha medo de ninguém.

Eu? Eu não fiz nada, ela disse,


respondendo a ele da mesma forma.
Acho que

você era a pessoa que a atacou. Ela


parecia muito infeliz, ela ainda
esfaqueou-o

com um lápis. Maya levantou a mão e


Thierry viu um buraco negro puro,

levemente anelado com sangue.

O poder da ilusão, ele pensou. Maya


poderia aparecer como qualquer um e

qualquer coisa que ela queria. Ela tinha


talento, que geralmente só pertencia a

lobisomens e metamorfos. E é claro que


ela era uma bruxa.

Ela realmente tem espírito


extraordinário, Maya continuou . Mas
ela está bem,

você não trocou tanto sangue quanto


você havia planejado. O lápis, você
verá.

As pessoas estavam se reunindo para


trás de Thierry, murmurando

ansiosamente. Eles estavam prestes a


interferir e pedir-lhe que, por favor,
deixe ir

a garota que ele estava estrangulando.


Ele ignorou.

Ouça-me, disse a Maya, olhando para


ela zombando de olhos dourados.
Escuta, porque eu nunca vou dizer isso
novamente. Se você tocar em Hannah
de

novo, em qualquer vida eu vou te


matar.

"Eu vou matar você", ele sussurrou em


voz alta, para enfatizar isso. "Acredite

em mim, Maya, eu vou fazê-lo."

Então ele a deixou ir. Ele tinha que


começar a procurar Hannah. Mesmo uma

pequena troca de sangue com um


vampiro pode ser perigoso, e o sangue
de Maya
era o mais potente do mundo. Tinha
tomado um pouco do sangue de Hannah
na

noite passada. Ela poderia estar


criticamente fraca agora... ou
começando a mudar.

Ele não iria pensar sobre isso.

Você não vai, você sabe. A voz


telepática de Maya seguiu-o enquanto
ele saia
pela porta. Você não vai me matar. Não
o Thierry compassivo, Thierry vampiro
do

bem, Thierry, o santo do Círculo


Alvorada. Você não é capaz disso. Você
não pode

matar.

Thierry parou no limiar e se virou. Ele


olhou diretamente nos olhos de Maya.

"Teste-me."

Então ele estava lá fora, movendo-se


rapidamente durante a noite. Mesmo

assim, Maya teve a última palavra.


E, claro, há a promessa...

Capitulo 11

annah se mexeu.

Ela sentia vagamente que havia algo


errado, algo precisava ser feito.

Então, ela lembrou. O carro! Ela tinha


que ficar acordada, tinha que

manter o carro na estrada. . .


Seus olhos se abriram.

Ela já estava fora da estrada. O Ford


tinha ido itinerante sobre a pradaria

aberta, onde não havia quase nada para


bater, exceto plantas daninhas. Ela tinha

terminado com seu para-choque da


frente contra uma pedra espinhosa,
dobrando

o cacto em um ângulo impossível. A


noite estava muito calma. Ela olhou em

volta e descobriu que ela podia ver a luz


da casa de Chess, por trás dela e para a

esquerda.
O motor estava desligado. Hannah virou
a chave na ignição, mas só teve uma

retificação de som.

E agora? Devo sair e andar? Ela tentou


se concentrar em seu corpo, para

descobrir como ela se sentia. Ela


deveria se sentir terrível, afinal, ela
tinha perdido

sangue e ingerido pelo que sabia veneno


das veias de Thierry.

Mas ao invés disso, ela só se sentia


estranhamente tonta, um pouco

sonhadora. Eu posso andar. Eu estou


bem.

Segurando-se, ela saiu do carro e


caminhou em direção à luz. Ela mal
podia

sentir o chão áspero e a grama sob seus


pés. Ela tinha ido a uns cem metros na

direção da luz, quando ouviu um uivo de


lobo. Era um tal distintivo som e tão

incongruente. Hannah parou em suas


trilhas. Por um momento selvagem ela se

perguntou se os coiotes uivavam. Mas


isso era ridículo. Era um lobo, assim
como
os lobos, que tinham atacado ela e Paul.

E ela não tinha nada feito de prata.


Apenas continue andando, ela pensou.
Ela

não precisava da voz do vento fresco


dizer isso a ela. Mesmo em seu estado
de

vertigens, ela estava assustada. Ela tinha


visto a selvageria de dentes e garras de

perto. E a parte dela que foi a Hana dos


Três Rios tinha um medo profundo do

instinto de animais selvagens que a


civilizada Hannah Snow nunca poderia
começar a ter.

Ela agarrou o pau na palma úmida e


continuou andando severamente. O uivo

soou outra vez, tão próximo que Hannah


pulou de dentro de sua pele. Os olhos

dela dispararam, tentando pegar objetos


no escuro. Ela sentia como se pudesse

ver melhor do que o habitual a noite,


poderia o sangue de vampiro fazer isso?
Mas mesmo com sua nova visão, ela não
poderia ver qualquer coisa em

movimento. O mundo ao seu redor


estava deserto e estranhamente quieto.

E as estrelas estavam muito longe. Elas


brilharam no céu com uma luz azul e

fria como se mostrassem quão distantes


eram dos assuntos humanos. Eu poderia

morrer aqui e elas vão continuar a


brilhar, Hannah pensou. Ela se sentiu
muito

pequena e sem importância, e muito


sozinha.
E depois ela ouviu um suspiro por trás
dela. Divertido. Os uivos do lobo

tinham sido tão altos, e isso foi tão


suave. . . e ainda era muito mais
aterrorizante.

Era quase íntimo. Um som pessoal que


disse que ela definitivamente não estava

sozinha.

Hannah rodopiou com sua bengala a


postos. Sua pele estava rastejando e ela

podia sentir uma lavagem de ácido no


estômago dela, mas ela queria lutar por
sua
vida. Ela estava de acordo com a voz do
vento frio, seu coração estava escuro e

frio como aço. Uma figura alta estava


ali. A luz das estrelas refletida no
cabelo

louro pálido.

Thierry.

Hannah nivelou a bengala.

"Qual é o problema? Voltou para mais?"


Disse ela, e ela teve o prazer de

encontrar sua voz firme. Baixa, mas


constante. Ela acenou com a bengala
para ele
para mostrar que tipo de "mais" ela
queria dizer.

"Você está bem?" Thierry disse.

Ele parecia diferente da última vez que


tinha visto. Sua expressão era

diferente. Seus olhos escuros pareciam


pensativos, novamente, o tipo de

expressão que uma estrela pode ter se


preocupando com tudo o que estava

acontecendo debaixo dela.

Infinitamente distante, mas infinitamente


triste, também.
"Por que você se importa?" Uma onda
de tontura passou por ela. Lutou e viu

que ele estava entrando em sua direção,


atingindo a mão para fora. Ela chicoteou

o pau até o nível exato de sua mão, um


centímetro de sua palma. Ela ficou

impressionada com o quão rápido ela o


fez. Seu corpo estava se movendo da

maneira que tinha com os lobisomens,


instintivamente e sem sobressaltos. Acho

que tive uma vida como um guerreiro,


ela meditou. Eu acho que é aonde a voz
do
vento frio vem, do jeito que a voz de
cristal vem da Hana dos Três Rios.

"Eu me importo", diz Thierry. Sua voz


disse que não esperava que ela

acreditasse.

Hannah riu. A combinação de sua


tontura e seu instinto estava tendo um

efeito estranho. Sentia-se impetuosa,


estupidamente confiante. Talvez seja
isso
que se sente quando está bêbado,
pensou, sua mente desviando de novo.

"Hannah"

Hannah girou a vara no ar, para impedi-


lo de vir para mais perto dela.

"Você está louco?" Disse ela. Havia


lágrimas em seus olhos. "Você acha que

você pode apenas me atacar e depois


voltar e dizer que sinto muito e tudo vai

ficar bem? Bem, não é. Se houve alguma


coisa entre nós, está tudo acabado agora.

Lá há uma segunda chance. "


Ela podia ver o seu rosto tenso. Um
músculo se contraiu em sua mandíbula

apertada. Mas o mais estranho foi que


ela poderia ter jurado que ele tinha

lágrimas em seus olhos também. Isso a


enfureceu. Como ele ousa fingir ser
ferido

por ela, depois do que ele fez?

"Eu te odeio." Ela cuspiu as palavras


com uma força que surpreendeu até

mesmo ela. "Eu não preciso de você. Eu


não quero você. E eu estou te dizendo

pela terceira vez, mantenha-se bem


longe de mim."

Ele abriu a boca como se estivesse


prestes a dizer algo, mas quando chegou
à

„Eu não preciso de você ', de repente


ele fechou. Quando ela terminou, ele
olhou

para longe, em toda a pradaria.

"E talvez seja melhor", disse ele quase


inaudivelmente.

"Para que você possa manter-se longe?"

"Para você me odiar." Ele olhou para


ela novamente. Hannah nunca tinha
visto olhos como este antes. Eles foram
incrivelmente distantes e quebrados e

parados. . . como a paz após uma guerra


que matou todos.

"Hannah, eu vim aqui para lhe dizer que


estou indo embora", continuou ele.

Sua voz era como os seus olhos, sem


sangue e apagados. "Eu estou indo para
casa

eu não vou incomodá-la novamente E


você está certa. Você não precisa de
mim

Você pode viver uma vida longa e feliz


sem mim."
Se ele esperava que ela se
impressionasse, ela não estava. Ela não
iria acreditar

nas palavras dele mais.

"Há apenas uma coisa." Ele hesitou.


"Antes que eu vá, você vai me deixar

olhar para você? Em seu pescoço.


Quero ter certeza de que" – outra
hesitação

passageira – "que eu não te machuquei


quando eu ataquei."

Hannah riu de novo, uma acentuada


risada. "O quão estúpido você acha que
eu sou? Quero dizer, realmente." Ela riu
de novo e ouviu uma ponta de histeria

na mesma. "Se você quer fazer algo por


mim, você pode virar e ir embora. Vá

embora para sempre."

"Eu vou." Houve tensão no seu rosto.


"Eu prometo. Eu só estou preocupado

com você ficando dentro de casa antes


de desmaiar."
"Eu posso cuidar de mim. Eu não
preciso de sua ajuda." Hannah estava

sentindo tonturas por um minuto, mas ela


tentou não demonstrar isso. "Se você

simplesmente me deixar, eu vou ficar


bem."

Na verdade, ela sabia que não ia ficar


bem. Os pontos cinza pularam na

frente de seus olhos novamente. Ela ia


desmaiar em breve. Então é melhor eu

encontrar a Chess, ela pensou. Foi


loucura virar as costas para ele, mas
seria
loucura pior ficar ali até que ela caísse a
seus pés.

"Estou saindo agora", disse ela, tentando


soar mais claro e preciso e ao

contrário de alguém que estava prestes a


cair inconsciente. "E eu não quero que

você siga-me."

Ela se virou e começou a andar.

Eu não vou desfalecer, não vou


desmaiar, pensou sombriamente. Ela
balançou

o pau e tentou respirar profundamente o


ar fresco da noite. Mas tufos de grama
pareciam estar tentando derrubá-la a
cada passo e toda a paisagem parecia
cinza

cada vez que ela olhou para cima.

Eu... não... vontade... desmaiar. Ela


sabia que sua vida dependia disso. O
chão

parecia de borracha agora, como se seus


pés estavam afundando e depois se

recuperando. E onde estava a luz que


marcava a casa de Chess? Ela tinha
chegado

de alguma forma a direita dela. Ela


corrigiu seu rumo e tropeçou.
Eu não vou desfalecer. . .

E então as pernas simplesmente


derreteram. Ela não tinha pernas. O
resto

caiu lentamente em direção ao chão.


Hannah conseguiu amortecer a queda
com

os braços. Então, tudo estava quieto e


escuro.

Ela não desmaiou completamente. Ela


estava flutuando na escuridão,

sentindo-se tonta, mesmo ela estando


deitada, quando ela sentiu alguém ao seu
lado.

Não, ela pensou . Pegue o pau. Ele vai


morder você, ele vai matá-la.

Mas ela não conseguia se mover. Sua


mão não obedecia. Ela sentiu uma mão

suave escovar os cabelos do rosto.

Não...

Em seguida, um toque em seu pescoço.


Mas fora só dedos delicados,

correndo suavemente sobre a pele onde


tinha sido mordida hoje. Sentia-se como

os dedos de um médico, para


diagnosticar e a explorar. Ela ouviu um
suspiro que

parecia ser de alívio, e depois arrastou


os dedos à distância.

"Vai dar tudo certo." A voz de Thierry


veio suavemente. Ela percebeu que

ele não achava que ela podia ouvi-lo.


Ele pensou que ela estava inconsciente.

"Contanto que você fique longe de


vampiros pela próxima semana."
Foi uma ameaça? Hannah não entendeu.
Ela se preparou para a dor aguda de

dentes.

Então ela sentiu que ele a tocou


novamente, apenas as pontas dos dedos

escovando seu rosto. O toque foi tão


incomparavelmente suave.

Não, o pensamento de Hannah.

Ela queria se mover, chutar para longe.


Mas ela não podia. E os dedos

delicados foram seguindo em frente,


rastreando seus recursos, um por um.
Com o
mais leve dos toques que enviou
calafrios desamparados através dela.

Eu te odeio, Hannah pensou.

O toque seguindo a curva da


sobrancelha, seguindo pelo seu rosto à
sua

marca de nascença. Hannah estremeceu


interiormente. Ele desenhou a linha do

queixo, em seguida, mudou-se para os


lábios.

A pele era tão sensível aqui. Os dedos


Thierry traçou o contorno dos lábios, a

junção entre superiores e inferiores. Os


calafrios se tornaram um pássaro dentro

de Hannah. Seu coração se encheu de


amor e saudade.

Eu não vou me sentir assim. Eu odeio


você... Mas uma voz sussurrando em sua

mente, uma voz que ela não tinha ouvido


falar no que parecia ser um longo

tempo. Uma voz cristalina, suave, mas


de toque.

Sinta-se dele.

Será isso sentir o outro? Senti-lo. Será


o mesmo cheiro, o mesmo som...?
Hannah não sabia o que fazer com as
palavras e não queria. Ela só queria

fazer Thierry parar.

Os dedos roçaram os cílios, acariciando


o polegar sobre a pele frágil de suas

pálpebras, como se a mantê-los


fechados. Então, ela sentiu que ele
dobrou-se

mais perto.

Não, não, não. . .

Lábios quentes tocou sua testa.


Novamente, apenas o toque nu. Em
seguida,
eles foram embora.

"Adeus, Hannah", Thierry sussurrou.

Hannah sentiu-se levantada. Ela estava


sendo transportada em braços fortes

gentis, movendo-se rapidamente e sem


sobressaltos. Foi difícil para ela ficar

consciente do que tinha sido antes. Ela


tinha uma estranha sensação de

tranquilidade, de segurança. Mas ela


lutou para abrir os olhos apenas uma
fresta.

Ela queria ver suas mãos.


Ela não pensou que tivesse havido
tempo suficiente para que a ferida do
lápis

cicatrizasse completamente. Se a ferida


lápis estava lá. Mas seus olhos não
abriam,

não até que ela se sentia sendo baixada e


colocada em terra firme. Em seguida,
ela

conseguiu levantar as pálpebras pesadas


e dar uma olhada para suas mãos. Não
havia marcas.

O conhecimento queimou-a, mas ela não


tinha nenhuma força. Ela sentiu

seus olhos fechados novamente.


Vagamente, de muito longe, ela podia
ouvir o

eco abafado de uma campainha.

Então uma voz suave em sua cabeça.


Você não precisa ter medo. Eu estou
indo

embora e ela também.

Não vá. Aguarde. Eu tenho que falar


com você. Tenho de lhe perguntar...
Mas ela podia sentir o ar frio em volta
dela e ela sabia que ele tinha ido

embora. Um momento depois ela ouviu a


porta aberta, e o som do ofegar da mãe

de Chess. Ela estava na porta. As


pessoas estavam sacudindo,
conversando com

ela. Hannah não estava interessada em


nada disso. Ela deixou a escuridão levá-
la.

Foi quando ela se soltou completamente


que ela começou a sonhar. Ela era

Hana dos Três Rios, e ela estava vendo


o fim de sua própria vida. Ela viu a
figura

machucada e sangrando de Thierry


subindo para matar seus torturadores.
Ela

sentiu-o quando chegou sua vez. Ela


olhou para cima e viu seu rosto
selvagem,

viu a luz nos olhos dos animais. Ela


sentiu o fluxo de vida. Então ela viu o
final da

história. O vislumbre de um corredor ao


longo do tempo, o reconhecimento de

sua alma gêmea. O perdão e a promessa.


E então apenas sombras. Hannah, porém,
dormia pacificamente nas sombras

até de manhã, sem medo. A primeira


coisa que Hannah viu quando ela
acordou

estava um par de brilhantes olhos verdes


de gato olhando para ela.

"Como você se sente?" Chess perguntou.

Ela estava deitada na cama de Chess. A


luz do sol estava entrando pela janela.

"Eu... não posso dizer ainda", disse


Hannah. Imagens disjuntas estavam

flutuando em sua cabeça, não muito


formando uma imagem inteira.

"Nós a descobrimos na noite passada",


disse Chess. "Você saiu com o carro

de seu pai para fora da estrada, mas


você conseguiu vir aqui antes que você
entrar

em colapso."

"Ah... Sim. Eu me lembro." Ela a fez


lembrar, as peças do quebra-cabeça de

repente clicando juntas. Maya. Thierry.


O ataque. O carro. Thierry novamente. E

finalmente o seu sonho. Sua própria voz


dizendo: "Eu te perdoo."
E agora ele se foi. Ele tinha ido para
casa, onde estava em casa. Ela nunca se

sentira tão confusa.

"Hannah, o que aconteceu? Você está


doente? Nós não sabemos se para levá-

la a um hospital na noite passada. Mas


você não tem febre e você parecia estar

respirando firme então minha mãe disse


que você poderia apenas dormir um
pouco."

"Eu não estou doente." Este era o


momento de dizer tudo a Chess. Afinal,
era

essa a razão pela qual ela estava


correndo para Chess, em primeiro lugar
na noite

passada.

Mas agora. . . agora na luz da manhã


brilhante, ela não queria dizer a Chess.

Não era apenas que podia pôr em perigo


Chess, a parte de Thierry ou o Mundo

da Noite em geral. Foi que Hannah não


precisou falar sobre isso, ela poderia
lidar

com isso ela própria. Não era de Chess


o problema. E eu nem sei a verdade, no

entanto, pensou Hannah. Mas isso vai


mudar.

"Hannah, está me ouvindo?"

"Sim, eu sinto muito E eu estou bem. Eu


me senti meio tonta na noite

passada, mas agora estou melhor Posso


usar seu telefone?"

"Pode o quê?"
"Tenho que ligar para Paul, você sabe, o
psicólogo. Preciso vê-lo, e rápido."

Ela pulou, equilibrou-se contra um


breve momento de tontura, e passou

Chess, que estava olhando para ela,


perplexa.

***

"Não", disse Paul. "Não, é


absolutamente fora de questão." Ele
acenou com as

mãos, em seguida, apalpou os bolsos


nervosamente, chegando ao vazio.

"Paul, por favor. Eu tenho que fazer


isso. E se você não vai me ajudar, vou

tentar isso sozinha. Eu acho que auto-


hipnose, deve funcionar. Venho fazendo

um trabalho muito bom de sonhar com o


passado ultimamente, de qualquer

maneira."

"É... Muito... Perigoso." Paul disse cada


palavra separadamente, em seguida,

afundou em sua cadeira, mãos nas


têmporas. "Não se lembra do que
aconteceu da

última vez?"
Hannah sentiu pena dele. Mas ela disse
impiedosamente, "Se eu faço isso por

minha conta, pode ser ainda mais


perigoso. Certo? Pelo menos se você me

hipnotizar você pode estar lá para me


acordar. Você pode jogar um copo de
água

na minha cara de novo."

Ele olhou para cima rapidamente. "Ah,


é? E se ele não funcionar dessa vez?"

Hannah baixou os olhos. Então, ela


levantou-os e olhou para Paul

diretamente. "Eu não sei", ela admitiu


calmamente. "Mas eu ainda tenho que

tentar. Eu tenho que saber a verdade. Se


eu não, eu realmente acho que posso

ficar louca.” Ela não disse


melodramaticamente. Era uma simples
declaração de

fato.

Paul soltou um gemido. Então ele pegou


uma caneta e começou a mastigar
sobre ele, olhando ao redor do quarto.
"O que é isso que você quer saber? Só

presumindo que eu concordei em ajudá-


la." Sua voz soava achatada.

Hannah sentiu uma onda de alívio. "Eu


quero saber sobre essa mulher que

me mantém alerta", disse ela. "Seu nome


é Maya. E eu quero saber como eu

morro nas minhas outras vidas."

"Ah, ótimo. Isso parece divertido."

"Eu tenho que fazer isso." Ela respirou


fundo. Ela não iria deixar-se desviar o
olhar dele, mesmo ela podia sentir o
calor de seus olhos se enchendo. "Olha,
eu

sei que você não entende. E eu não


posso explicar a você o quanto é
importante

para mim. Mas é... importante."

Houve um silêncio, em seguida, Paul


disse: "Tudo bem. Tudo bem. Mas só

porque eu acho que é mais seguro para


você estar com alguém."

Hannah sussurrou: "Obrigada."

Então ela piscou e desdobrou um pedaço


de papel. "Eu escrevi algumas

perguntas para você me fazer."

"Ótimo. Maravilha. Eu tenho certeza que


você estará recebendo seu diploma

em psicologia breve." Mas ele pegou o


papel.

Hannah caminhou até o sofá e se


estabeleceu. Ela fechou os olhos,
dizendo-

lhe para relaxar os músculos.

"Tudo bem", disse Paul. Sua voz era


muito pouco instável, mas Hannah
poderia dizer que ele foi tentando fazê-
lo calmante. "Eu quero que você imagine

uma linda luz violeta..."

Capitulo 12

la tinha dezesseis anos e seu nome era


Ha-nahkt. Ela era uma sacerdotisa

virgem, dedicada à deusa Isis. Ela


estava vestindo uma vestimenta de
linho que caia desde a cintura até os
tornozelos. Acima da cintura, ela

usou nada além de um colar de prata


profundo amarrados com gotas de
ametista,

cornalina, turquesa e lápis-azúl. Havia


duas pulseiras de prata nos seus braços
e

dois nos pulsos.

Esta manhã era o seu momento favorito.


Esta manhã, ela cuidadosamente

colocou a sua oferta na frente da estátua


de Isis. Flores de Lótus, pequenos bolos,
e cerveja. Então, para o sul, ela
começou a cantar para acordar a deusa.

"Desperte, Isis, a Mãe das Estrelas, da


magia, senhora de todo o Mundo,

soberana de seu pai, mais poderoso do


que os deuses, a Senhora das Águas da

Vida, do Coração Poderoso, Isis dos dez


mil nomes..."

Um passo soou atrás dela e ela


interrompeu o culto, sentindo-se
assustada e

irritada.

"Sinto muito. Eu te incomodo?"


Era uma mulher, uma bela mulher de
longos cabelos negros.

"Você não é permitida aqui", disse Ha-


nahkt bruscamente. "Só os sacerdotes

e sacerdotisas..."

A voz dela foi sumindo enquanto ela


olhava para a mulher mais de perto.

Talvez ela seja uma sacerdotisa, ela


pensou. Há algo em seu rosto. . .

"Eu só quero falar com você", disse a


mulher. Sua voz era rouca e persuasiva,

quase hipnótica. "É muito importante."


Ela sorriu e Ha-nahkt sentiu os cabelos
mexer na parte de trás do pescoço dela.

Se ela é uma sacerdotisa, eu aposto que


ela é uma sacerdotisa do conjunto. Set

era o mais maligno de todos os deuses e


um dos mais poderosos. Ha-nahkt podia

sentir o poder desta mulher, não há


dúvida sobre isso. Mas o mal? Ela não
tinha

certeza.

"Meu nome é Maya. E o que eu tenho


que dizer pode salvar sua vida."

Ha-nahkt parou. Parte dela queria correr


de Maya, para ir buscar o seu
melhor amigo Khe-thete-pes. Ou, melhor
ainda, uma das sacerdotisas superiores.

Mas uma outra parte dela estava curiosa.

"Eu realmente não devo parar no meio


do canto", ela começou.

"É sobre o desconhecido."

Ha-nahkt perdeu o fôlego.

Houve um longo momento de silêncio, e


então ela disse: "Eu não sei do que
você está falando." Ela podia ouvir o
agitar da sua própria voz.

"Oh, sim, você sabe. O estranho. Alto,


louro e bonito... E com esses tristes

olhos escuros. O que você tem


encontrado às escondidas."

Ha-nahkt podia sentir o tremor tomar


quase todo o corpo. Ela era uma

sacerdotisa, que jurou a deusa. Se


alguém achou que ela tinha estado se

encontrando com um homem. ...

"Oh, não se preocupe, um pouco", disse


Maya e riu. "Eu não estou aqui para
te entregar, exatamente o oposto, na
verdade. Eu quero te ajudar."

"Nós não fizemos nada", Ha-nahkt


vacilou. "Só o beijei. Ele diz que não
quer

que eu saia do templo. Ele não vai ficar


muito tempo. Ele disse que me viu, e ele

só tinha que falar comigo."

"E não é de admirar", disse Maya em um


tom de arrulhar. Ela tocou o cabelo

Ha-nahkt, e Ha-nahkt levemente moveu-


se instintivamente à distância. "Você é

uma menina tão bonita. Coloração


anormal. Para esta parte do mundo.
Suponho

que você acha que o ama."

"Eu amo ele", desabafou Ha-nahkt antes


que ela pudesse se conter. Então, ela

baixou a voz. "Mas eu sei o meu dever.


Ele diz que no outro mundo vamos estar

juntos." Ela não quis contar o resto, as


coisas notáveis que tinha visto com o

estranho, o modo como ela o


reconheceu. A maneira como eles
estavam

destinados um para o outro.


"E você acreditou nele? Oh, minha
querida filha. Você é tão inocente.

Suponho que vem de viver sua vida em


um templo." Olhou em torno, pensativa,

em seguida, olhou para Hannah.

Seu rosto tornou-se grave e lamentável.

"Eu odeio ter que dizer isso", disse ela.


"Mas o estranho não a ama. A verdade

é que ele é um homem muito mal. A


verdade é que ele não é um homem. Ele
é

um Ur-Demon e ele quer roubar a sua


Sá."
Oh, Isis, pensou Ha-nahkt. Sá era o
sopro da vida, a força mágica que lhe

permitia viver. Ela tinha ouvido falar de


demônios que queriam roubá-lo. Mas
ela

não podia acreditar que fosse o


estranho.

Ele parecia tão gentil, tipo assim. . .

"É verdade", disse Maya positivamente.


Ela olhou para Ha-nahkt

lateralmente. "E você sabe que é, se


você pensar sobre isso. Por que mais ele
quer
provar o seu sangue?"

Ha-nahkt se surpreendeu. "Como você


sabe?" Ela parou e mordeu o lábio.

"Você tem de conhecê-lo durante a noite


à beira da piscina de lótus, quando

todo mundo está dormindo", disse Maya.


"E eu suponho que você pensou que

não iria prejudicar deixá-lo tomar um


pouco de seu sangue. Não muito. Só um
pouco. Foi emocionante. Mas eu estou te
dizendo a verdade, agora ele vai feri-la.

Ele é um demônio e ele quer você


morta."

A voz rouca hipnotizante foi sobre ela.


Foi dizendo tudo sobre Ur-Demon

que bebia sangue, e os homens e


mulheres que poderiam se transformar
em

animais, e um lugar chamado o Mundo


da Noite, onde todos viviam. A cabeça
de

Ha nahkt começou a girar.


E seu coração se despedaçou.

Literalmente. Ela podia sentir os


pedaços irregulares toda vez que ela
tentava

respirar. Uma sacerdotisa não chorava,


mas as lágrimas estavam forçando-se
fora

de suas pálpebras fechadas.

Porque ela não podia negar que o


desconhecido fez agir um pouco como
uma

Ur-Demon. Por que mais ele beberia


sangue?
E as coisas que tinha visto com ele, a
sensação de destino. . . que devem ter

sido todos magia. Ele tinha enganado ela


com magias.

Maya parecia ter terminado a sua


história. "Você acha que pode lembrar

tudo isso?", perguntou ela.

Ha-nahkt fez um gesto infeliz. Que


importava se ela se lembrava dele? Ela

queria ser deixada sozinha.

"Olhe para mim!"


Ha-nahkt ergueu os olhos, assustada. Foi
um erro. Os olhos Maya eram

estranhos, pois eles pareciam com cores


diferentes a cada momento, e uma vez

que Ha-nahkt os viu, não podia desviar


o olhar. Ela foi pega em um feitiço, e ela

sentiu a vontade dela escorregar.

"Agora", disse Maya, e seus olhos eram


de ouro profundo e antigo como o de

um crocodilo. "Lembre-se de tudo isso.


E lembre-se disto. Lembre... Como ele
te

mata."
E então a coisa mais estranha de todas
aconteceu.

De repente, pareceu Ha-nahkt que estava


duas pessoas. Um deles era o seu

eu comum. E o outro era um eu


autodiferente, um distante eu, que
parecia estar

olhando do futuro. Neste momento, Ha-


nahkt e as coisas que eu futuro estava

vendo diferente.

Ha-nahkt viu que Maya tinha ido embora


e o templo estava vazio. E então

ela viu que alguém estava andando


dentro. Uma figura alta, com cabelos
claros e

olhos escuros impenetráveis o estranho.


Ele sorriu, caminhou em sua direção
com

os braços para fora. Ele a agarrou com


as mãos que foram tão fortes como os de

um demônio. Em seguida, ele mostrou os


dentes.

No futuro ela viu algo mais. Ela viu que


Maya nunca deixou o templo. Ela

viu o rosto de Maya e ondulação do


corpo, como se fossem feitas de água e,
em

seguida, mudar. Era como se houvesse


duas imagens, uma em cima da outra. A

imagem exterior era do estranho, mas


era Maya embaixo.

É isso aí. É assim que ela fez.

A voz veio de fora de Ha-nahkt, e ela


não entendia. Ela não tinha tempo para

pensar nisso também, porque no instante


seguinte, ela sentiu a dor de dentes
rasgando. Oh, Ísis, deusa da vida, guia-
me para o outro mundo. . .

"É assim que ela fez isso", Hannah


respirou.

Ela estava sentada no sofá. Ela sabia


quem ela era, e mais, ela sabia que ela

tinha sido.

Foi uma daquelas luzes cegantes de


iluminação. Ela sentia como se estivesse

em pé no final do corredor do tempo e


olhando para trás de uma centena de

versões diferentes de si mesma.


Cada um deles parecia um pouco
diferente, e eles vestiam roupas
diferentes,

mas eram todos dela. Seu nome havia


sido Hanje, Anora, Xiana, Nan Haiane,

Honni, Ian, Annette. Ela foi uma


guerreira, uma sacerdotisa, uma
princesa, um

escravo. E agora ela sentiu que tinha a


força de todos os seus egos.

No final do corredor, de volta para onde


estava enevoado e desfocado e

levemente matizado rosa e azul, parecia


ver Hana sorrindo para ela. E então
Hana

virou e foi embora, a sua tarefa


cumprida.

Hannah respirou fundo.

"Ela fez isso com ilusões", disse ela,


mal sabe que ela estava falando em voz

alta. "Maya. E ela fez isso antes, é claro.


Talvez o tempo todo. O que você faz

com alguém que você continua matando


mais e mais? Nunca deixá-lo vivo a seu

aniversário de dezessete anos? Tentando


te destruir, não apenas a sua vida, mas o
seu coração...?"

Ela percebeu que Paul estava olhando


para ela. "Você quer que eu responda

isso?"

Hannah meneou a cabeça, mesmo


enquanto ela continuava a falar. "Deusa,

quero dizer, Deus, ela deve me odiar. Eu


ainda não entendo o porquê. Deve ser

porque ela quer Thierry ou talvez apenas


porque ela quer que ele seja miserável.

Ela quer que ele saiba que eu tenho


pavor de ele, que eu o odeio. E ela fez
isso.
Ela me convenceu. Ela convenceu meu
subconsciente o suficiente para que eu

começasse a me alertar contra ele."

"Se isso é verdade, que eu não vou


admitir por um segundo, porque eles

definitivamente iriam tirar minha


licença, então eu posso te dizer uma
coisa",

disse Paul. "Ela parece ser muito, muito


perigosa."
"Ela é."

"Então por que você está tão feliz?"


perguntou ele pateticamente.

Hannah olhou para ele e riu. Ela não


podia esperar para explicá-lo. Mas ela

estava mais do que feliz, ela estava


exaltada. Ela era alegre, em êxtase, ao
longo da

lua.

Thierry não era mau. Ela teve a


confirmação de uma centena de autos

sussurrando para ela.


Maya era o inimigo, a serpente no
jardim. Thierry foi exatamente o que ele

disse a ela que ele era. Alguém que tinha


cometido um erro terrível e passou um

milênio pagando por isso e procurando


por ela. Ele é gentil e amável. Ele me
ama.

E estamos destinados um para o outro.


Eu tenho que encontrá-lo.

O último pensamento veio como uma


revelação adicional brilhante, mas que

a fez sentar-se. Ela não tinha ideia de


como. Onde ele foi? Casa. Quando
estava
em casa? Ela não sabia. Poderia ser em
qualquer lugar do mundo.

"Hannah..."

"Espere", Hannah sussurrou.

"Olha, Hannah, eu acho que nós


deveríamos talvez fazer algum trabalho

sobre este assunto. Fale sobre isso,


analisar seus sentimentos ... "

"Não, silêncio!" Hannah acenou com a


mão para ele. "Ela me deu uma dica!

Ela não queria, mas ela me deu uma


dica! Ela disse que ele tinha ligações
com as
bruxas em Las Vegas."

"Oh, meu Deus", murmurou Paul. Então,


ele pulou. "Hannah, onde você está

indo?"

"Sinto muito". Ela voltou correndo para


dentro do escritório, jogou os braços

ao redor dele, e deu-lhe um beijo. Então,


sorrindo para o rosto assustado, ela

disse, "Obrigada. Obrigada pela ajuda.


Você nunca saberá o quanto você tem

feito por mim."

***
"Eu preciso de dinheiro."

Chess piscou, mas passou a olhá-la


atentamente.

"Eu sei que não é justo perguntar-lhe,


sem explicar o porquê. Mas eu não

posso dizer. Seria perigoso para você.


Eu só tenho que lhe pedir para confiar
em

mim."
Chess ficou olhando para ela. Os olhos
oblíquos verdes procurou o rosto de

Hannah. Então, sem uma palavra, ela se


levantou. Hannah sentou-se no cobertor

nítido branco sobre branco e esperou.


Depois de alguns minutos Chess voltou

para a sala e se estabeleceu no seu


próprio eu petite na cama.

"Aqui", ela disse, e entregou um cartão


de crédito. "Minha mãe disse que eu

poderia usá-lo para comprar algumas


coisas para a formatura. Eu acho que ela
vai
entender, talvez."

Hannah jogou os braços ao redor dela.


"Obrigada", ela sussurrou. "Eu vou

pagar de volta o mais rápido possível."


Então ela explodiu: "Como você pode
ser

tão boa? Eu estaria gritando para saber


o que estava acontecendo."

"Eu vou gritar", Chess disse, apertando


suas costas. "Mas mais que isso. Eu

vou com você."

Hannah afastou-se. Como ela poderia


explicar? Ela sabia que ao ir para Las
Vegas, ela estaria colocando a própria
vida em perigo. De Maya, certamente.
Do

mundo da noite, provavelmente. Mesmo


a partir das bruxas que Thierry tinha

ligações, possivelmente. E ela não


poderia arrastar Chess para isso.

"Eu tenho algo que eu quero que você se


agarre", disse ela. Ela enfiou a mão

no saco de lona e tirou um envelope.


"Isto é para você e para a minha mãe, só
no

caso. Se você não ouvir de mim pelo


meu aniversário, então eu quero que
você

abra-o."

"Não está me ouvindo? Eu vou com


você. Eu não sei o que está acontecendo

com você, mas eu não vou deixar você


fugir por conta própria."

"E eu não posso te levar." Ela pegou os


olhos de gato brilhando e prendeu-os.

"Por favor, compreenda, Chess. É algo


que tenho que fazer sozinha. Além disso,

eu preciso de você aqui para me


substituir, para dizer a minha mãe que eu
estou
em sua casa para que ela não se
preocupe. Ok? "

Chess fechou os olhos, em seguida,


assentiu. Então ela fungava, com o
queixo

tremendo.

Hannah abraçou-a novamente.


"Obrigada", ela sussurrou. "Vamos ser

melhores amigas para sempre.”

***

Segunda de manhã, em vez de ir à


escola, Hannah correu para o aeroporto
de
Billings. Ela estava dirigindo o Ford da
mãe dela tinha emprestado no fim de

semana. Sua mãe achava que ela estava


passando o próximo par de dias com

Chess para estudar para as provas


finais.

Foi assustador, mas estimulante voar em


um avião por conta própria, indo

para uma cidade que nunca esteve antes.


Todo o tempo que ela estava no ar, ela
estava pensando, perto, mais perto, mais
perto e olhando para a rosa negra no

anel em seu dedo.

Ela pegou-a de sua lixeira do quarto.


Agora ela virou a mão para lá para ver

as pedras negras capturando a luz. O


peito apertado.

E se eu não puder encontrá-lo? ,


pensou. O outro medo que ela não queria

admitir, até para si mesma. E se ela


achou, e ele não a queria mais? Afinal,
ela só

lhe disse que o odiava algumas dúzias


de vezes e ordenou-lhe para ficar longe
dela

para sempre.

Eu não vou pensar nisso. Não há


nenhum ponto. Primeiro tenho que
encontrá-

lo, e depois disso o que acontece,


acontece.

O aeroporto de Las Vegas foi


surpreendentemente pequeno. Havia
máquinas

caça-níqueis em todo lugar. Hannah


coletou sua mochila em um carrossel de
bagagens e, em seguida, caminhou para
fora. Ela ficou no ar quente do deserto,

tentando descobrir o que fazer a seguir.


Como você encontra as bruxas?

Ela não sabia. Ela não achava que eles


eram susceptíveis de ser listados na

lista telefônica. Então, ela só confiava à


sorte e se dirigiu onde todo mundo
estava

indo. Foi um erro desde o início, e


naquela tarde e noite, estavam entre os
piores

momentos de sua vida.


Ele não começou tão ruim. A rua era
vistosa e brilhante, especialmente

porque a escuridão caiu. Os hotéis eram


tão bizarro e tão deslumbrante que

tomou fôlego de Hannah. Um deles, o


Luxor, a forma de uma pirâmide negra

gigante frente com uma esfinge. Hannah


levantou-se e assistiu dardos de lasers

coloridas dos olhos da Esfinge e riu.

O que Ha-nahkt teria pensado disso?

Mas havia algo quase doentio sobre


todas as luzes e as agitadas depois de
um
tempo. Alguma coisa. . . insalubre. A
multidão era tão espessa, tanto dentro
dos

hotéis e na rua, que Hannah mal


conseguia se mexer. Todo mundo
parecia estar

com pressa, exceto o povo pregado em


frente das máquinas caça-níqueis.

Ela se sente. . . gananciosa, Hannah


decidiu, finalmente, buscando em sua

mente a palavra certa. Todas essas


pessoas querem ganhar dinheiro grátis.
Todos

estes hotéis querem tomar seu dinheiro.


E, claro, os hotéis são os vencedores no

final. Eles construíram uma espécie de


planta carnívora para atrair pessoas
para

cá. E algumas dessas pessoas não olham


como se pode dar ao luxo de perder.

Seu coração sentiu fisicamente pesado e


os seus pulmões se sentiu apertado.

Ela queria Montana e um horizonte tão


distante em sua mente aberta. Ela queria

que o ar limpo. Ela queria um espaço.


Mas ainda pior do que a atmosfera da
ganância e do mercantilismo era o fato

de que ela não estava encontrando


qualquer bruxa. Ela teve uma conversa

algumas vezes com recepcionistas e


garçonetes. Mas quando ela casualmente

perguntou se havia quaisquer pessoas


estranhas na cidade, que praticava a

feitiçaria, eles olharam para ela como se


estivesse louca.
Às nove horas daquela noite, ela estava
tonto, cansada, doente com a derrota.

Eu nunca vou encontrá-los. O que


significa que eu nunca vou encontrá-lo.

Ela desabou em um banco fora do Hotel


Stardust, perguntando o que fazer a

seguir. Suas pernas doíam e sua cabeça


latejava.

Ela não queria gastar o dinheiro da mãe


de Chess com o hotel, mas os

policiais notavam aqueles que tentaram


dormir na rua.

Por que eu vim aqui? Eu deveria ter


colocado um anúncio no jornal:

"Desesperadamente à Procura de
Thierry." Eu deveria ter sabido que
isso não iria

funcionar.

Mesmo quando ela estava pensando,


algo sobre um menino no meio da

multidão chamou sua atenção.

Ele não era Thierry. Ele não era nada


parecido com Thierry. Exceto para a

maneira como ele se moveu. Foi essa


mesma graça de ondulação tinha visto
em
ambos, Thierry e Maya, um fácil
controle de movimento que a fez
lembrar-se de

um gato selvagem. E o rosto... ele estava


quase assustadoramente de boa
aparência

na sua forma maltrapilha.

Quando ele olhou para o neon alto do


Stardust, ela pensou que ela poderia

ver a luz refletida nos olhos.

Ele é um deles. Eu sei disso. Ele é um


do povo da noite.

Sem parar para pensar, ela pulou, bolsa


pendurada no ombro dela, e seguiu-o.

Não foi fácil. Ele andava rápido e tinha


que manter esquivando dos turistas. Ele

foi na direção da Strip, a uma das ruas


mais tranquilas pouco iluminados
paralela

a ela.

Era um mundo totalmente diferente aqui,


apenas um quarteirão de distância

do brilho e animação. Os hotéis eram


pequenos e em más condições. As
empresas

parecem estar mais para as casas de


penhores. Tudo tinha um sentimento

sombrio, deprimido. Hannah sentiu um


formigamento na espinha. Ela estava

agora a seguir a única figura em uma rua


deserta. A qualquer momento, ele

perceberia que ela era, mas o que ela


poderia fazer? Ela não se atreveu a
perder

de vista ele.

O menino parecia estar levando-a em


áreas cada vez pior, pilantra era a

palavra para eles, Hannah pensou. As


luzes da rua estavam distantes aqui com
áreas de escuridão no meio.

De repente, ele pegou uma curva


acentuada à esquerda, parecendo

desaparecer atrás de um prédio com um


cartaz que dizia, de Dan Bail Bonds.

Hannah correu para pegá-lo e encontrou-


se olhando por um beco estreito. Era

extremamente escuro. Ela hesitou um


instante, depois severamente deu alguns
passos em frente. Na terceira etapa, o
garoto apareceu de trás de uma lixeira.
Ele

estava de frente para ela, e mais uma vez


Hannah pegou o flash de olhos

brilhantes. Ela ficou muito quieta


enquanto ele caminhava lentamente na
direção

dela.

"Você me seguia ou algo assim?", ele


perguntou. Ele parecia estar se

divertindo. Ele tinha um rosto afiado


com um queixo pontudo e cabelo quase
escuro que parecia despenteado. Ele não
era mais alto do que Hannah, mas seu

corpo parecia duro e rijo.

É o Artful Dodger, Hannah pensou.

Como ele chegou a ela, ele olhou para


cima e para baixo. Sua expressão era

uma combinação de luxúria e da fome.


Arrepios floresceram na pele de
Hannah.

"Sinto muito", disse ela, tentando fazer


sua voz calma e direta. "Eu estava

seguindo você. Eu queria te perguntar


uma coisa, estou procurando por alguém.
"

"Você o encontrou, baby", disse o


menino. Ele lançou um olhar rápido ao

redor, como se ter certeza de que não


havia ninguém no beco com eles.

E então, antes que Hannah poderia dizer


outra palavra, bateu-a na parede e a

prendeu lá.
Capitulo 13

ão lute", ele ofegou em sua face. "Será


mais fácil se você apenas

relaxar."

Hannah estava assustada e furiosa.

"Em seus sonhos!" Ela respirou fundo e


bateu um joelho em sua virilha. Ela

não tinha sobrevivido Maya e vindo de


milhares de quilômetros para ser morto

por algum doninha de um vampiro.


Ela podia sentir que ele está tentando
fazer alguma coisa em sua mente, ela se

lembrou da maneira que Maya tinha


capturado os olhos Ha-nahkt. Algum tipo
de

hipnose, ela supunha. Mas ela tinha


bastante hipnose na semana passada. Ela

lutou contra ele.

E ela lutou com seu corpo, inábil, talvez,


mas com convicção. Ela cabeceou o

nariz dele, quando ele tentou chegar


perto de seu pescoço.

"Ai!" Artful Dodger recuou. Então ele


teve uma melhor aderência em seu

braço. Puxou o pulso em direção a ele e


Hannah de repente percebeu o que ele

estava fazendo. Havia boas veias


acessíveis lá. Ele ia tirar sangue de seu
pulso.

"Não, você não", ela ofegou. Ela não


tinha ideia do que aconteceria se

perdesse mais sangue para um vampiro.


Thierry tinha dito que ela não estava em

perigo, enquanto ela ficava longe deles


pela próxima semana, assim que ela

presume que,se ela não ficar longe,ela


estava em perigo.E ela já estava
percebendo

pequenas mudanças em si mesma: sua


capacidade de enxergar melhor no
escuro,

por exemplo.

Ela tentou arrancar seu braço fora de


controle do rapaz e, em seguida, ela

ouviu um suspiro. De repente, ela


percebeu que ele não estava segurando
tão

firmemente, e ele não estava tentando


puxá-la para ele. Ao contrário, ele
estava
apenas olhando para sua mão. No seu
anel.

A expressão em seu rosto pode ter sido


engraçada se Hannah não tivesse sido

tremendo de adrenalina. Ele olhou


chocado, desanimado, com medo,
descrença, e

envergonhado ao mesmo tempo.

"Quem-quem-quem é você?" ele


balbuciou.
Hannah olhou para o anel, e depois para
ele. Claro que sim. Como ela

poderia ter sido tão estúpida? Ela


deveria ter mencionado Thierry
imediatamente.

Se ele fosse um Senhor do Mundo da


Noite, talvez todos o conheciam. Talvez
ela

poderia pular as bruxas completamente.

"Eu disse que eu estava procurando


alguém.Seu nome é Thierry
Descouedres.

Ele me deu este anel."


Artful Dodger deu uma espécie de
gemido. Então, ele olhou para ela. "Eu
não

te machuquei, eu?", disse ele. Não era


uma pergunta, era uma demanda para um

acordo. "Eu não fiz nada para você."

"Você não teve a chance", disse Hannah.


Mas ela tinha medo de o menino só

poderia sair correndo, por isso,


acrescentou, "Eu não quero te pegar no
problema.

Eu só quero encontrar Thierry. Pode me


ajudar?"
"Eu... ajudá-la. Sim, sim. Eu posso ser
uma grande ajuda…" Ele hesitou,

depois disse: "É uma espécie de uma


longa caminhada."

Um passeio? Thierry estava aqui? O


coração de Hannah saltou tão alto que

todo o seu corpo estava leve. "Eu não


estou cansada", disse ela, e era verdade.
"Eu

posso andar em qualquer lugar."

A casa era enorme. Magnífica.


Palaciana, mesmo. Inspiradora. Artful
Dodger
abandonou Hannah no início da longa
carreira de palmeiras, "É isso aí", e
então

escapou para a escuridão. Hannah o


observou ele por um momento, então

severamente começou a subir, esperando


sinceramente que ele era ele. Ela estava

tão cansada que ela estava tecendo e


seus pés se sentiram como se tivessem
sido

socados com pedras.

Como ela caminhou até a porta da frente,


no entanto, as dúvidas
desapareceram. Havia rosas negras em
toda parte. Havia um arco em forma de

vitral acima da porta dupla, mostrando


uma rosa negra, que tinha o mesmo

radical intrinsecamente atado como o


anel de Hannah. O mesmo projeto havia

sido trabalhado nas coroas sobre as


janelas. Foi usado como um brasão da
família

ou selo. Bastou ver todas aquelas rosas


fez o coração de Hannah bater mais

rápido.

Ok, então. Tocar a campainha, ela


disse a si mesma . E pare de se sentir
como

uma Cinderela que vem para ver o que


está mantendo o príncipe.

Ela apertou o botão da campainha, em


seguida, prendeu a respiração como

sinos ecoou longe.

Por favor. Por favor, responda. . .

Ela ouviu passos se aproximando e seu


coração começou realmente a vibrar.

Eu não posso acreditar que tudo foi tão


fácil. . .
Mas quando a porta se abriu, não era
Thierry. Ele era um cara da faculdade

com um terno, cabelo de castanho


puxado para trás em um rabo de cavalo
curto

e óculos escuros. Ele olhou vagamente


como um jovem agente da CIA, Hannah

pensou selvagemente. Ele e Hannah


olharam para o outro.

"Uh, eu estou aqui... Eu estou


procurando Thierry Descouedres,” disse

Hannah, finalmente, tentando soar


confiante.

O cara da CIA não mudou a expressão.


Quando ele falou, não foi maldoso,

mas o coração de Hannah despencou.

"Ele não está aqui. Tente novamente em


alguns dias. E é melhor chamar um

de seus secretários antes de aparecer."


Ele começou a fechar a porta.

Uma onda de desespero quebrou sobre


Hannah. "Espere!" disse ela, e ela
realmente enfiou o pé na porta. Ela ficou
admirada com ela.

O cara da CIA olhou para seu pé, depois


para seu rosto. "Sim?"

Oh, Deus, ele pensa que eu sou um


visitante incômodo. Hannah de repente

teve uma visão de enxames de


peticionários alinhados na casa de
Thierry. Todos

querem que ele faça algo por eles.


Suplicantes à espera de uma audiência
com o rei.

E eu tenho que parecer como a ralé, ela


pensou. Ela estava vestindo Levi's e uma
camisa que estava suada e amarrotada
depois de ficar vagando ao redor todo o
dia.

Suas botas estavam empoeiradas. Seu


cabelo estava desgrenhado e flácido,

disperso sobre o rosto.

"Sim?" o cara da CIA disse mais uma


vez, educadamente urgente.

"Eu, nada..." Hannah sentiu lágrimas nos


olhos e ficou furiosa com ela mesma.

Ela escondeu, curvando-se para pegar


sua mochila, que já sentiu como se
estivesse
carregada com pedras.

Ela nunca tinha estado tão cansada. Sua


boca estava seca e seus músculos

estavam começando a ter cãibra. Ela não


tinha ideia de onde encontrar um lugar

seguro para dormir. Mas não era


problema do cara da CIA.

"Obrigada", disse Hannah. Ela respirou


fundo e começou a virar.

Foi a respiração profunda que fez isso.


Alguém estava atravessando o hall de

entrada grande atrás do cara da CIA e a


respiração retardada de Hannah deu
tempo suficiente para que eles se
vissem.

"Nilsson, espere!" , alguém gritou e veio


delimitadora até a porta.

Era uma menina, magra e bronzeada,


com cabelo prateado e olhos castanhos

âmbar escuro. Ela tinha vários


hematomas amarelados na face dela.

Mas foi a expressão que assustou


Hannah. Seus olhos estavam arregalados
e

espumantes no que parecia ser o


reconhecimento, sua boca estava aberta
de
espanto e emoção. Ela estava agitando
os braços.

"É ela!" Ela gritou com o cara da CIA,


apontando para Hannah. "É ela! É ela."

Quando ele olhou para ela, ela bateu-lhe


no ombro. "Sua!"

Eles se viraram para olhar para Hannah.


O cara da CIA tinha uma expressão

agora. Ele olhou assustado. Hannah


olhou de volta para eles, confusa.
Em seguida, parecendo atordoado, o
cara da CIA muito lentamente abriu a

porta. "Meu nome é Nilsson", disse ele.


"Por favor, venha para dentro."

Estúpida eu, Hannah pensou. Quase


como uma reflexão tardia, ela empurrou

o cabelo para fora de sua bochecha


esquerda, longe de sua marca de
nascença. Eu

deveria ter dito a eles quem eu era.


Mas como poderia saber que eles iriam

entender?

Nilsson estava falando novamente


enquanto ele gentilmente levou sua
bolsa.

"Eu sinto muito, sinto muito, eu não


percebi... Eu espero que você não vá
segurar

essa."

"Ninguém sabia que estava chegando", a


garota quebrou com franqueza

refrescante. "E o pior é que Thierry foi


para algum lugar. Eu não acho que

ninguém sabe onde ou quando ele vai


voltar. Mas, entretanto, é melhor você
ficar
atento. Eu não quero pensar sobre o que
faria de nós, se você se perdesse." Ela

sorriu para Hannah e acrescentou: "Eu


sou Lupe Acevedo."

"Hannah Snow."

"Eu sei." A garota piscou. "Nós nos


encontramos antes, mas eu não podia

exatamente me apresentar. Não se


lembra?"

Hannah começou a sacudir a cabeça e,


em seguida, ela piscou. Piscou

novamente. Essa coloração marrom


prateada. . . aqueles olhos âmbar. . .
"Sim", Lupe disse, parecendo
extremamente satisfeita. "Era eu. É
assim que

eu tenho essas contusões. O outro lobo


se deu pior, no entanto. Eu arranquei-lhe

um novo."

"Deseja algo para beber?" Nilsson


interrompeu às pressas. "Ou para
comer?

Por que você não entra e se senta?”

A mente de Hannah estava cambaleando.


Essa menina é um lobisomem, ela

pensou. Um lobisomem. A última vez


que eu vi, ela tinha orelhas grandes e
uma

cauda espessa. Lobisomens são reais. E


este me protegeu.

Ela disse vertiginosamente, "eu...


obrigado. Quero dizer, você salvou a
minha

vida, não é?"

Lupe encolheu os ombros. "Parte do


trabalho. Quer uma Coca?"

Hannah piscou, então riu. "Eu mataria


por uma."

"Eu vou cuidar dela", disse Nilsson. "Eu


cuido de tudo. Lupe, por que você

não mostra a ela lá em cima?" Ele


correu e abriu um telefone celular. Um

momento depois, vários outros caras,


vestidos como ele veio correndo. O

estranho era que eles eram todos muito


jovens, todos no final da adolescência.

Hannah pegou pedaços de sonoridade


frenética na conversa.
"Bem, tente esse número."

"Que tal deixar uma mensagem?"

"Vamos", Lupe disse, interrompendo a


espionagem de Hannah. Com essa

mesma alegria franca, ela acrescentou:


"Você parece como se você pudesse
usar

um banho."

Ela levou Hannah passando uma


escultura gigante em branco em direção
a

uma escada em curva larga. Hannah


vislumbrou outras salas de abertura fora
do

corredor. Uma sala de estar que parecia


tão grande como um campo de futebol,

decorado com sofás brancos, móveis


geométricos e pinturas abstratas. Uma
sala

de jantar com mesa de quilômetros de


extensão. Uma alcova com um piano de

cauda.

Hannah sentiu mais como Cinderela do


que nunca. Ninguém em Medicina

Rock tinha um grande piano. Eu não


sabia que ele era tão rico. Eu não sei
se eu

posso lidar com isso.

Mas quando ela foi instalada em uma


espécie de casa de banho árabe,

rodeado por plantas verdes coberto de


mato e azulejos exóticos e luzes em
globo

de bronze com formas de corte de


estrela, ela decidiu que ela
provavelmente

poderia ajustar a viver desta maneira.


Se for forçada.

Era o paraíso só para relaxar na


banheira de hidromassagem, beber uma
Coca.

E foi ainda melhor para se sentar na


cama depois, comer sanduíches enviado
pelo

"Chef" e dizendo a Lupe como ela veio a


Las Vegas.

Quando ela terminou, Lupe disse:


"Nilsson e todos estão tentando
encontrar

Thierry. Pode demorar um pouco,


porém. Veja, ele simplesmente parou
por

alguns minutos no sábado, e então


desapareceu novamente. Mas, entretanto,
esta

casa é muito bem protegida. E todos nós


vamos lutar por você, quero dizer, lutar

até a morte, se preciso. Então, é mais


seguro do que a maioria dos outros
lugares."

Hannah sentiu um peso em seu estômago.


Ela não entendeu. Lupe fez soar

como se eles estavam em algum castelo


se preparando para um cerco. "Seguro

de...?"

Lupe pareceu surpresa. "De Maya",


disse ela, como se deveria ser óbvio.

Hannah tinha a sensação de naufrágio.


Eu deveria ter sabido, pensou. Mas tudo
o

que ela disse foi: "Então você acha que


eu ainda estou em perigo."

As sobrancelhas de Lupe se levantaram.


Ela disse suavemente: "Bem, com

certeza. Ela vai tentar matá-la. E ela é


muito boa em matar."
Especialmente eu, Hannah pensou. Mas
ela estava cansada demais para ter

muito medo. Confiando em Lupe e


Nilsson e o resto da família de Thierry,
ela

dormiu naquela noite, logo que sua


cabeça tocou o travesseiro.

Ela acordou para ver o sol refletindo


nas paredes do quarto, que eram

pintadas suavemente de ouro polido.


Estranho, mas bonito, Hannah pensou,

olhando sonhadoramente ao redor do


mobiliário e decoração de ébano
máscaras
tribais. Então se lembrou de onde estava
e pulou da cama.

Ela encontrou roupas limpas em tamanho


deitado sobre uma caixa talhada.

Ela tinha acabado de terminar de puxá-


las quando Lupe bateu na porta.

"Lupe, eles conseguiram."

Lupe sacudiu a cabeça marrom-


prateada. "Eles não o encontrado ainda."

Hannah suspirou, depois sorriu, tentando


não olhar muito decepcionada.

Lupe fez uma cara simpática. "Eu sei.


Enquanto você espera, no entanto,
você gostaria de conhecer algumas
pessoas." Ela sorriu. "Eles são tipo de
pessoas

especiais, e é um segredo que eles estão


mesmo aqui. Mas eu conversei com eles

ontem à noite, e todos eles decidiram


que seria bom. Todos querem conhecê-
la."

Hannah estava curiosa. "As pessoas


especiais? São seres humanos ou...
Uh...?"

Lupe sorriu ainda mais amplamente.


"Eles são ambos. É por isso que eles
são
especiais." Enquanto ela falava, ela
estava levando as escadas e Hannah

quilômetros de corredor. "Eles fizeram


algo para mim", disse ela, sem sorrir
agora,

mas grave. "Eles salvaram a minha vida


e a vida da minha mãe. Olha, eu não sou

um lobisomem de raça pura. Meu pai era


humano."

Hannah olhou para ela, assustada.

"Yeah. E isso é contra as leis do Mundo


da Noite. Você não pode se

apaixonar por humanos, muito menos


casar com elas. Os outros lobisomens

vieram uma noite e mataram meu pai.


Eles teriam matado a minha mãe e a mim

também, mas Thierry nos levou para


fora da cidade e se escondeu de nós. É
por

isso que eu faria qualquer coisa para


ele. Eu não estaria viva se não fosse por
ele...

e o circulo Alvorada."

Ela parou junto à porta de uma sala


localizada na direção da parte de trás da

casa. Agora, ela abriu a porta, deu um


aceno engraçado a Hannah e uma
piscadela

e disse: "Você vai encontrá-los. Eu acho


que vocês vão gostar uns dos outros.

Você é o seu tipo."

Hannah não sabia ao certo o que isso


significava. Sentia-se tímida quando ela

ultrapassou o limiar e olhou ao redor da


sala. Era um antro, menor do que a sala

da frente, e mais aconchegante, com


móveis em ambientes quentes ocres e

siennas queimado. Um buffet pequeno


de almoço estava em um aparador longo
de pinho dourado. Cheirava bem, mas
Hannah não teve tempo de olhar para
ele.

Assim que ela entrou na sala, todos se


viraram e ela encontrou uma dúzia de

pessoas olhando para ela.

Jovens. Todos ao redor de sua idade.


Adolescentes normais, exceto que

surpreendente vários deles eram


extremamente bem parecidos. Atrás
dela, a

porta foi fechada com firmeza. Hannah


sentia mais e mais como se ela tivesse

acabado de entrar no palco e esquecido


suas falas.

Então uma das meninas sentada num


divã saltou e correu para ela. "Você é

Hana, não é?", disse ela calorosamente.

"Hannah. Sim."

"Eu não posso acreditar que estou


realmente conhecendo você! Isto é tão

excitante. Thierry nos contou tudo sobre


você."

Ela colocou a mão suavemente no braço


de Hannah. "Hannah, este é o

círculo Alvorada. E meu nome é Thea


Harman."

Ela era quase tão alta como Hannah, e


os cabelos loiros derramando sobre os

ombros era alguns tons mais escuros do


que Hannah. Seus olhos eram castanhos
e

macios e de alguma forma sábia.

"Thea, oi." De alguma forma, Hannah


sentiu instintivamente à vontade com
essa menina. "Lupe estava me contando
sobre o circulo Alvorada, mas eu não

entendi exatamente."

"Tudo começou como uma espécie de


organização de bruxas", Thea disse.

"Um círculo de bruxas. Mas não é só por


bruxas. É para os seres humanos e

vampiros e lobisomens e Metamorfos...


E, assim, quem quer ajudar as pessoas
da

noite e os seres humanos se darem bem.


Venha conhecer os outros e nós vamos

tentar explicar. "


Poucos minutos depois, Hannah estava
sentada em um sofá com um prato de

ovos Benedict, sendo introduzida.

"Este é James e Poppy", Thea disse.


"James é um Redfern do lado da mãe, o

que faz dele um descendente de Maya."


Ela olhou para James com prejuízo
suave.

"Eu não escolhi meus pais. Acredite em


mim, eu não fiz", James disse para

Hannah. Ele tinha cabelos castanhos


claros e olhos cinzentos pensativos.
Quando
ele sorria, era impossível não sorrir de
volta.

"Ninguém poderia ter escolhido seus


pais, Jamie", Poppy disse,
acotovelando-

o. Ela era muito pequena, mas houve


uma espécie de sabedoria travessa no
rosto

dela. Sua cabeça era um emaranhado de


cachos de cobre e seus olhos eram
verdes

como esmeraldas. Hannah encontrou sua


beleza élfica apenas um pouco

assustador. . . um pouco desumano.


"Eles são ambos vampiros", Thea disse,
respondendo a pergunta silenciosa de

Hannah.

"Eu não costumava ser", disse Poppy.


"James mudou-me porque eu estava

morrendo."

"O que é uma alma gêmea faz?" James


disse, e Poppy o cutucou de novo e

depois sorriu para ele. Eles estavam,


obviamente, apaixonados.

"Vocês são almas gêmeas?" Hannah


falou baixinho, com melancolia.

Foi Thea que respondeu. "Isso é a coisa,


você vê, a coisa está acontecendo

com as Pessoas da noite encontrando sua


alma gêmea humana. Nós bruxas

achamos que é um poder que está


acordando novamente, que isso
aconteça.

Algum poder que está adormecido por


um longo tempo, talvez desde o

momento em que Thierry nasceu. "


Agora Hannah entendeu porque Lupe
tinha dito que ela era do tipo de

pessoas do circulo Alvorada.

Ela fazia parte do presente.

"Mas, isso é maravilhoso", disse ela,


falando devagar e tentar reunir seus

pensamentos. "Eu meio..." Ela não


conseguia explicar exatamente por que
era tão

maravilhoso, mas tinha uma sensação


imensa algum ponto de giro sendo
atingido

no mundo, de um ciclo que estava


prestes a terminar.

Thea estava sorrindo para ela. "Eu sei o


que dizer. Pensamos que sim,

também." Ela se virou e estendeu a mão


a um menino muito alto com um rosto

doce, cabelos ruivos e olhos castanhos.


"E esta é minha alma gêmea, Eric. Ele é

humano."

"Acabou", um menino do outro lado da


sala, disse. Eric ignorou-o e sorriu

para Hannah.

"E esta é Gillian e David", disse Thea,


que se deslocaram ao redor do círculo.

"Gillian é uma prima distante minha,


uma bruxa, e David é humano. Almas

gêmeas, mais uma vez."

Gillian era pequena, com cabelo loiro-


branco que se encaixam com a cabeça

como um boné de seda e olhos violeta


escuro. David tinha cabelos escuros,
olhos

castanhos e um rosto magro e bronzeado.


Ambos sorriram para Hannah.

Thea seguiu em frente. "E depois vem


Rashel e Quinn. Rashel é humana, ela
costumava ser um caçador de
vampiros".

"Eu ainda sou. Mas agora eu só caço


vampiros maus", Rashel disse friamente.

Hannah teve um sentimento instintivo de


respeito por ela. Ela era alta e parecia

ter o controle perfeito de seu corpo. Seu


cabelo era preto e seus olhos eram de

um verde forte e ardente.

"E Quinn é um vampiro", Thea disse.

Quinn era o garoto que tinha feito a


observação de quase humano. Ele era
muito bonito, com características limpas
que foram fortemente esculpidas, mas

quase delicado. Seus cabelos eram


negros como Rashel, e seus olhos eram
negros,

também. Ele lançou um sorriso para


Hannah, foi um pouco enervante.

"Quinn é o único aqui que pode


competir com você, tanto quanto o

passado", Thea acrescentou. "Ele foi


transformado em um vampiro de volta na

casa das centenas de anos, por Hunter


Redfern."

Quinn deu outro sorriso. "Você teve uma


vida na América colonial? Talvez

nós conhecemos."

Hannah sorriu de volta, mas ela também


estava estudando-o com interesse.

Ele não parecia com idade superior a


dezoito anos.

"É por isso que todo mundo aqui parece


tão jovem?", perguntou ela. "Todo o
pessoal, quero dizer - Nilsson e os
outros caras de terno. Todos eles são

vampiros?"

Thea assentiu. "Todos os vampiros


feitos. Lamia, como Tiago, podem
crescer

se quiserem. Mas uma vez que você faz


um ser humano em um vampiro parar de

envelhecer e você não pode fazer


alguém com mais de dezenove anos em
um

vampiro. Seus corpos não podem fazer a


mudar. Eles só queimam."
Hannah sentiu um frio estranho, quase de
premonição. Mas antes que ela

pudesse dizer qualquer coisa, uma nova


voz interrompeu.

"Falando do Lamia, alguém não vai me


apresentar?"

Thea voltou-se para a janela. "Desculpa,


Ash, mas se você vai dormir lá, você

não pode culpar-nos por esquecer


você." Ela olhou para Hannah. "Este é
outro

Redfern, um primo de James. Seu nome


é Ash."
Ash era lindo, esguio e elegante, com
cabelo louro cinza. Mas o que assustou

Hannah como ele se levantou e


caminhou sem pressa para conhecê-la
foi os

olhos. Eles eram como os olhos de


Maya, mudando de cor a cada momento.
A

semelhança era tão marcante que levou


um momento antes de Hannah poder

tomar sua mão. Ele tem genes da Maya,


Hannah pensou. Ele sorriu para ela,
então,

se esparramou no sofá duplo.


"Nós não somos todos do círculo
Alvorada, é claro", disse Thea. "Na
verdade,

somos alguns dos membros mais


recentes. E somos de todo o país, na
Carolina do

Norte, Pensilvânia, Massachusetts, em


toda parte. Thierry chamou-os juntos,

especialmente, para falar sobre o


princípio da alma gêmea e as antigas
potências

que despertaram."

"Isso foi na semana passada, antes de


descobrir sobre você," Poppy de
cabelos

cobre disse. "E antes que ele fugisse.


Mas nós temos falado sem ele, tentando

descobrir o que fazer."

Hannah disse: "Seja o que for, eu


gostaria de ajudá-lo."

Eles todos pareciam satisfeitos. Mas


Thea disse: "Você deve pensar nisso

antes. Somos um povo perigoso de


conhecer."

"Nós estamos na lista de todos


caçadores", Rashel, o caçador de
vampiros de

cabelos pretos, disse secamente.

"Nós temos todo o Mundo da Noite


contra nós", disse Ash, revirando os

olhos em constante mudança.

"Contra nós. Você acabou de dizer


'nós'.” James girou sobre seu primo,

triunfante, como se tivesse acabado de


ganhar um ponto do argumento. "Você
admite que é uma parte de nós."

"Eu não tenho nenhuma", Ash olhou para


o teto, "escolha".

"Mas você, Hannah", Thea interrompeu.


Ela sorriu para Hannah, mas seus

olhos castanhos eram graves. "Você não


tem que estar em mais perigo do que

você está agora."

"Eu acho que…" Hannah começou. Mas


antes que ela pudesse terminar,

houve uma explosão de ruído de algum


lugar lá fora.
Capitulo 14

ique aqui", disse Rashel agudamente,


mas Hannah correu com o

restante deles em direção à frente da


casa. Ela podia ouvir um rosnar

“ feroz e ladrar lá fora, uma espécie


muito familiar de som. Nilsson e os

outros caras da CIA estavam correndo


ao redor. Eles pareciam sombrias e
eficientes, movendo-se rapidamente,
mas não desesperadamente. Hannah

percebeu que eles sabiam como fazer


esse tipo de coisa. Ela não viu Lupe. A

parte externa ficou rosnando alto, o


prédio parecia uma salva de latidos
curtos.

Houve então um ruído. Após um


momento de silêncio veio um som, que

levantou o cabelo no antebraço de


Hannah um som selvagem e misterioso e
belo.

Um lobo uivando. Duas vozes outro lobo


se juntou ao primeiro, acordes, subindo
e descendo, misturando uns com os
outros. Hannah encontrou-se ofegante, a
pele

toda tremendo. Depois houve uma longa


nota sustentada e tudo estava acabado.

"Uau", a pequena loira chamada Gillian


sussurrou.

Hannah esfregou os braços nus


rigidamente. A porta da frente aberta.

Hannah sentiu-se olhando para o chão,


mas nada de quatro patas entrou vez

disso, foi Lupe e dois rapazes, todos


desgrenhados, lavada, e sorridente.
"Foram apenas alguns olheiros", Lupe
disse. "Nós corremos com eles."

"Escuteiros de Maya?" Hannah disse,


sentindo um aperto no estômago. Ela

realmente era verdade, então. Maya


estava tentando invadir a casa para
chegar até

ela.

Lupe assentiu. "Vai ficar tudo bem",


disse ela quase suavemente. "Mas eu

acho que é melhor ficar dentro hoje.


Você pode assistir filmes ou jogar jogos
na
sala de jogo."

Hannah passou o dia conversando com


os membros do Círculo Alvorada.

Quanto mais ela descobriu sobre eles,


mais ela gostava deles. Só uma coisa a
fez

desconfortável. Todos pareciam adiar,


como se, de alguma forma, eles
esperavam

que ela fosse mais sábia, ou melhor, por


causa de suas vidas anteriores. Foi

constrangedor, porque ela sabia que não


era.
Ela tentou manter sua mente fora
Thierry... e Maya. Mas não foi fácil.

Naquela noite, ela encontrou-se andando


impacientemente pela casa. Ela acabou

em uma saleta no segundo andar, e olhou


para a sala de estar enorme.

"Não é possível relaxar?"

O sopro preguiçoso veio por trás dela.


Hannah virou-se para ver Ash, o seu
esguio e elegante corpo encostado a uma
parede. Seus olhos pareciam prata no

quarto mal iluminado.

"Não realmente", Hannah admitiu. "Eu


só gostaria que eles se encontrassem

Thierry. Eu tenho um mau


pressentimento sobre ela."

Ficaram por um momento em silêncio.


Então Ash disse: "Sim, é difícil ficar

sem a sua alma gêmea. Uma vez que


você os encontra, eu quero dizer."

Hannah olhou para ele, intrigada. A


maneira como ele disse isso. . .
Ela falou hesitante. "Esta manhã, Thea
disse que estavam todos aqui, porque

você tinha alma gêmea humana."

Ele olhou para o quarto, portas


francesas que levaram a uma varanda.
"Sim?"

"E-bem..." Talvez ela esteja morta,


Hannah pensou de repente. Talvez eu
não

devesse perguntar.

"E você quer saber onde está a minha",


disse Ash.

"Eu não queria me intrometer."


"Não. Está tudo bem." Ash olhou para a
escuridão além das portas francesas

novamente. "Ela está esperando, eu


espero. Eu tenho algumas coisas para
colocar

em ordem antes de eu vê-la."

Ele não parecia mais assustador, não


importa o quanto seus olhos mudaram.

Ele parecia vulnerável.

"Tenho certeza que ela está esperando",


disse Hannah. "E eu aposto que ela

vai ficar feliz em vê-lo quando você


colocar as coisas em ordem." Ela
acrescentou

baixinho: "Eu sei que vou estar feliz por


ver Thierry".

Ele olhou para ela, espantado, depois


sorriu. Ele tinha um sorriso muito

bonito. "Isso é verdade, você estava no


lugar dela, não é? Thierry certamente

tentou compensar o seu passado. Quero


dizer, ele vem fazendo boas obras

durante séculos. Então talvez haja


esperança para mim depois de tudo."

Ele disse quase zombeteiramente, mas


Hannah apanhou um brilho estranho
em seus olhos. "Você é como ela, você
sabe", acrescentou bruscamente. "Tal

como a minha, como Mary-Lynnette.


Vocês são ambas... sábias."

Antes de Hannah poderia pensar em algo


a dizer sobre isso, ele acenou para

ela, endireitou-se e voltou para o


corredor, assobiando baixinho por entre
os

dentes. Hannah ficou sozinha na sala


escura. Por alguma razão, se sentia
melhor,

de repente. Mais otimista sobre o futuro.


Eu acho que vou conseguir dormir esta
noite. E amanhã, talvez Thierry estará
aqui. Ela segurou firme sobre a onda de

esperança que a enchia com o


pensamento. Esperança. . . e
preocupação. Afinal,

ela havia dito a ele, ela não poderia ter


certeza absoluta de como Thierry iria

recebê-la. E se ele não me quer, afinal?


Não seja bobo. Não pense sobre isso.
Vá lá
fora e consiga um pouco de ar, e depois
vá para a cama.

Mais tarde, naturalmente, percebeu o


quão estúpida tinha sido. Ela deveria

ter sabido que tomar uma lufada de ar


fresco só levou a uma coisa em sua vida.

Mas no momento em que parecia uma


boa ideia. Lupe tinha avisado a ela para

não abrir qualquer porta de fora, mas as


portas francesas só levaram a uma

varanda do segundo andar com vista


para o quintal. Hannah abriu e saiu.

Bom, ela pensou. O ar estava frio o


suficiente para ser agradável. A partir

daqui, ela poderia olhar através de


trechos escuros de grama para palmeiras
com

iluminação suave e fontes que jorravam.


Embora ela não pudesse ver as pessoas

de Thierry, ela sabia que eles estavam


lá, estacionados em volta do terreno,

observando e esperando. Guardando-a.


Isso fez ela se sentir segura. Nada pode

chegar a casa com eles em torno dela,


ela pensou. Eu não consigo dormir
muito bem.
Ela estava prestes a virar e voltar para
dentro quando ela ouviu o riscar. Ele

veio de cima dela. A partir do telhado.


Ela olhou para cima e conseguiu o
choque

de vida particular. Havia um morcego


pendurado no telhado. Um morcego. Um

morcego.

Um morcego enorme. De cabeça para


baixo. Suas asas negras de couro foram

envolvidas em torno dele e os seus


pequenos olhos brilhavam vermelhos
para ela
com a luz refletida. Pensamentos
selvagens caíram na cabeça de Hannah,
tudo em

uma fração de um instante. Talvez seja


uma decoração. . . Não, idiota, ele está

vivo. Talvez seja alguém para me


proteger. Deus, talvez seja o Thierry. . .

Mas o tempo todo, ela sabia. E quando,


no momento de paralisia passou e ela

poderia comandar seu corpo novamente,


ela chupou em uma respiração profunda

para gritar um alarme. Ela nunca teve a


chance de fazer um som. Com um ruído
como uma abertura de guarda-chuva, o
morcego desdobrou as asas de repente,

apresentando uma extensão


incrivelmente grande de membrana
negra. No

mesmo instante, algo como um


relâmpago pareceu bater em Hannah, um
surto

de cegueira de energia mental pura. Ela


viu estrelas, e depois tudo desapareceu
na

escuridão.

Algo ferido. Minha cabeça, o


pensamento de Hannah lentamente. E a
minha

volta. Na verdade, ela fere tudo. E ela


estava cega ou tinha os olhos fechados.
Ela

tentou abri-los e nada mudou. Ela podia


sentir-se piscar, mas ela só conseguia
ver

uma coisa. Negritude. A negritude


completa. Ela percebeu então que ela
nunca

tinha visto a escuridão de verdade antes.


Em seu quarto à noite, havia sempre

alguma luz difusa que aparece em cima


de suas cortinas. Mesmo ao ar livre
sempre havia luar ou estrelas, ou se foi
nublado, o reflexo das luzes humanas,

porém fraco.

Desta vez foi diferente. Esta foi a


escuridão contínua. Hannah imaginava
que

podia sentir pressionado contra seu


rosto, pesando sobre seu corpo. E não

importa quão grande ela abriu os olhos e


como ela olhou fixamente, ela não
podia ver ainda mais leve sinal de
quebrá-lo. Não vou entrar em pânico,
disse a si

mesma.

Mas foi difícil. Ela estava lutando


contra um medo instintivo em seu
cérebro

desde antes da Idade da Pedra. Todos os


seres humanos em pânico na escuridão

completa.

Basta respirar, ela disse a si mesma


com firmeza . Respire. Okay. Agora.
Você
tem que sair daqui.

As primeiras coisas primeiro. Você está


machucada? Ela não podia dizer. Ela

tinha que fechar os olhos para sentir seu


próprio corpo. Quando ela fez, ela

percebeu que estava sentada,


instintivamente em si mesma para manter
a

segurança e as trevas.

Okay. Eu não acho que você está


machucado. Vamos tentar levantar-se.
Muito

lentamente.
Foi quando o choque real veio. Ela não
conseguia se levantar. Ela não podia.

Ela podia mover os braços e até as


pernas. Mas quando ela tentou levantar o
seu

corpo, até mesmo para se deslocar um


pouco, algo em sua cintura, mantendo-a

imóvel. Com um sentimento de horror


rastejando, Hannah colocou as mãos em

sua cintura e sentiu a áspera textura de


corda. Eu estou amarrada. Eu estou

amarrada...

Havia algo duro contra suas costas. Uma


árvore? Suas mãos voaram para

senti-lo. Não, não é uma árvore muito


regular. Fino, mas quadrado. Um poste
de

algum tipo. A corda parecia estar


envolvida várias vezes em volta da
cintura, com

força suficiente para que ele


constringisse sua respiração um pouco.
Ela prendia

firmemente para o cargo. E então


fixados acima ou muito atrás dela em
algum

lugar, ela não conseguiu encontrar


qualquer o nó com os dedos. Parecia
uma

corda muito forte, muito resistente.


Hannah sabia, sem dúvida que ela não
era

capaz de mexer com isso ou desatar.

O lugar pareceu muito resistente,


também. O chão sob Hannah era terra e

rocha. Estou sozinha, pensou


lentamente. Ela podia ouvir sua própria
respiração

ofegante. Eu estou sozinha. . . e eu


estou amarrada aqui no escuro. Não
posso me
mover. Eu não posso fugir. Maya me
pôs aqui. Ela me deixou para morrer
sozinha

no escuro.

Por um tempo, então, Hannah


simplesmente perdeu o controle. Ela
gritou

por socorro e ouvi a voz sem eco


estranho. Ela puxou e torceu a corda
com os

dedos até a ponta dos dedos eram


primas. Ela jogou todo o seu corpo de
um lado
para o outro, tentando soltar a corda ou
o cargo, até que a dor em sua cintura a

fez parar. E finalmente ela deu galope ao


medo dentro dela e chorou em voz alta.

Ela nunca, nunca, me sentiu tão desolada


e sozinha. No final, porém, ela

chorou para fora. E quando ela engasgou


com uma parada, ela encontrou que ela

poderia pensar um pouco.


Ouça, menina. Você tem que ir com
calma. Você tem que se ajudar, porque
não

há mais ninguém para fazê-lo.

Não era a voz de vento frio ou até


mesmo a voz de cristal, pois ambos
eram

apenas partes dela agora. Foi a própria


voz mental de Hannah. Ela tinha
aceitado

todos os seus eu's do passado e suas


experiências, e em troca ela sentiu que

poderia chamar pelo menos em algumas


de sua sabedoria.
Ok, pensou sombriamente. Não vou mais
chorar. Pense. O que você pode dizer

sobre a sua situação? Eu não estou a


céu aberto. Eu sei por que não há luz
em tudo

e por causa da forma como a minha voz


ecoou. Eu estou em um grande. . .
quarto ou

algo assim. Ele tem um teto alto. E o


chão é de pedra. Boa. Ok, você ouve
alguma

coisa?

Hannah ouviu. Foi difícil concentrar-se


em silêncio ao redor dela, que fez sua
própria respiração e os batimentos
cardíacos parecem terrivelmente alto.
Ela

podia sentir seu estiramento dos nervos.


. . mas ela o segurou, ignorando seus

próprios sons e tentou chegar a


escuridão com seus ouvidos. Então ela o
ouviu.

Muito longe, um som como uma torneira


pingando lentamente. Mas que diabos?

Eu estou em uma grande sala preta


com um chão de pedra e uma torneira
pingando.

Cale a boca. Mantenha a


concentração. O que você cheira?
Hannah cheirou.

Isso não funcionou, assim que tomou


respirações longas pelo nariz, ignorando
a

dor como seu peito pressionado contra a


corda.

Tem cheiro úmido e frio. Na verdade,


ele estava muito frio. Seu pânico a

mantinha quente antes, mas agora ela


percebeu que seus dedos estavam
gelados e

os braços e as pernas estavam duras.


Ok, então o que temos? Eu estou em um
quarto escuro grande refrigerado com

um teto alto e chão de pedra. E tem


mofo e umidade.

Uma adega? Uma caverna sem


janelas? Mas ela estava apenas
enganando a si

mesma. Ela sabia. A pele de seu rosto


parecia o sentir a pressão de toneladas
de

rocha acima dela. Seus ouvidos lhe


disseram que esse musical gotejamento
de

água sobre a rocha, muito longe. O nariz


dela disse que ela não estava em

nenhum prédio. E os dedos podia sentir


a irregularidade natural do terreno

debaixo dela. Ela não queria acreditar.


Mas o conhecimento encheu ela,

inescapável.

Eu estou em uma caverna. Uma


caverna ou uma caverna. Enfim, eu
estou
dentro da terra. Deus sabe quão
profunda dentro. Profunda o bastante e
suficiente

para que eu não consigo ver nenhuma


luz de uma entrada ou saída do
orifício.

Muito bem no fundo, seu coração disse-


lhe. Ela estava no lugar mais solitário
do

mundo. E ela ia morrer aqui.

Hannah nunca tinha tido antes de


claustrofobia. Mas agora ela não podia

deixar de sentir que a massa de rocha ao


redor e acima dela estava tentando
esmagá-la. Pode cair a qualquer
minuto, ela pensou. Ela sentiu uma
pressão física,

como se ela estivesse no fundo do


oceano. Ela começou a ter dificuldade
para

respirar.

Ela teve que começar sua mente fora


dela. Ela se recusou a virar esse grito,

esta coisa na escuridão novamente. Pior


do que o pensamento de morrer era o

pensamento de ficar louco aqui em


baixo.
Pense em Thierry. Quando ele
descobrir que está faltando ele vai
começar a

procurar para você. Você sabe disso.

Outra vida, onde eu sentia falta dele,


ela pensou. Ela piscou contra lágrimas

de repente. Oh, Deus. Grande. É tão


difícil. Tão difícil de manter a
esperança que

um dia ele vai trabalhar para fora.


Mas eu vou encontrá-lo novamente na
minha

próxima vida. E talvez eu não seja tão


estúpida na época, eu não vou cair nos
truques de Maya.

Vai ser difícil para ele, eu acho. Ele


vai ter de esperar para passar o dia-a-
dia.

Vou ir dormir e acordar eventualmente


em algum outro lugar. E então um dia
ele

virá para mim e eu vou lembrar. . . e


depois vamos começar tudo de novo.

Eu realmente tentei esse tempo,


Thierry. Eu fiz o meu melhor. Eu não
quis

bagunçar as coisas. Prometa-me que


você vai me procurar novamente.
Prometa que

vai me encontrar. Prometo que vou


esperar por você. Não importa quanto
tempo

leva. Hannah fechou os olhos,


reclinando-se contra o poste e quase

inconscientemente tocou o anel que ele


lhe dera. Talvez da próxima vez ela se

lembrasse dele.

De repente, ela não se sentia triste ou


com medo. Só muito cansada. Os olhos

ainda fechados, ela sorriu fracamente.


Eu me sinto velha. Como mamãe sempre
reclamando que ela se sente. Pronto para
transformar este corpo velho e pegar

um novo. . .

A ideia partiu e desapareceu. Isso foi


um barulho? Hannah encontrou-se

sentada, inclinando-se, tanto quanto a


corda permitiria, puxando as orelhas.
Ela

pensou que tinha ouvido. . . sim. Lá


estava ele novamente. Um som sólido

ecoando nas trevas.


Parecia passos. E foi chegando mais
perto. Sim, sim. Estou salva, estou
salva.

O coração de Hannah estava batendo tão


forte que ela mal conseguia respirar

para gritar. Mas afinal, como ela viu um


ponto de luz balançando na escuridão,

ela conseguiu sair um grito rouco.

"Thierry? Olá? Eu estou aqui!"


A luz estava vindo em sua direção. Ela
podia ouvir os passos que se

avizinham. E não houve resposta.

"Thierry...?" A voz dela sumiu.

Passo a Passo. A luz era grande agora.


Era um feixe, uma lanterna. Hannah

piscou para ele. Seu coração estava


afundando lentamente, até que parecia

alcançar a pedra. E então, a lanterna foi


bem na frente dela. Ele brilhou em seu

rosto, do brilho de seus olhos. Outra luz


estalou em uma pequena lanterna de
acampamento. Visão correu de volta
para Hannah, envio de informações de

afluência para o cérebro.

Mas não havia felicidade nele. Todo o


corpo de Hannah estava frio como

gelo agora, tremendo.

Porque é claro que não foi Thierry. Era


Maya.

"Espero não incomodá-la", disse Maya.

Ela baixou a lanterna e o que parecia


uma mochila preta. Então ela ficou com

as mãos nos quadris e olhou para


Hannah . Eu não vou chorar. Eu não
vou dar-lhe

a satisfação, Hannah pensou.

"Eu não sabia que os vampiros


realmente poderiam se transformar em

morcegos", disse ela.

Maya riu. Ela estava linda na piscina de


luz da lanterna. Seus longos cabelos

negros caíram em ondas em torno dela,


pendendo de volta para seus quadris.
Sua

pele era leitosa pálida e seus olhos


pareciam escuros e misteriosos. Sua
boca era

vermelha rindo. Ela estava vestindo


jeans e botas de pele de cobra de salto
alto.

Engraçado, Hannah nunca tinha notado


qualquer roupa de Maya antes.

Normalmente, a própria mulher era tão


impressionante que era impossível se

concentrar em como ela estava vestida.

"Nem todos os vampiros podem


metamorfosear", disse Maya. "Mas,
então, eu

não sou como os outros vampiros. Eu


sou o primeiro, minha querida. Eu sou o

original. E eu tenho que dizer que estou


realmente ficando enjoada de você."

O sentimento é mútuo, Hannah pensou.


Ela disse: "Então por que você não me

deixar sozinha? Por que você não deixar


eu e Thierry sozinho?"

"Porque, então, minha querida, eu não


iria ganhar. E eu tenho que vencer."

Ela olhou para Hannah diretamente, com


o rosto estranhamente sério. "Vocês

não entendem isso ainda?" ela disse


suavemente. "Eu tenho que ganhar.
Desistir

há muito a perder. Não pode ser tudo


para nada. Portanto, vencer é tudo que

existe."

A respiração de Hannah foi levada. Ela


não esperava uma resposta coerente

de Maya. . . mas ela tinha adquirido um.


E ela não entendia. Maya tinha dedicado

sua vida para manter Hannah e Thierry


distante. Sua longa vida. Seus milhares
de

anos. Se perdesse, neste ponto, a vida


perdeu o sentido.

"Você não sabe fazer qualquer outra


coisa", Hannah sussurrou devagar,

imaginando-o para fora.

"Ah, chega de a conferência de


imprensa. Eu sei como fazer muitas
coisas,

pois você vai descobrir isso. Eu sou


meio que brincando com você, docinho."

Hannah ignorou a ameaça e o insulto


carinhoso. "Mas não vai fazer qualquer

coisa boa", disse ela, genuinamente


perplexa, como se ela e Maya estavam

discutindo se deve ou não ir às compras


juntos. "Você vai me matar, com certeza,

eu entendo isso. Mas isso não vai ajudá-


lo com Thierry. Ele vai te odia-la mais. .
.

e ele vai me esperar para voltar."

Maya tinha se ajoelhado ao lado da


mochila, mexendo nela. Ela olhou para

Hannah e sorriu, um sorriso estranho


lento.
"Será que ele vai?"

Hannah olhou para os lábios vermelhos,


sentindo como se alguém estivesse

derramando água gelada para baixo sua


espinha dorsal. "Você sabe que ele vai.
A

menos que você vá matá-lo, também."

Os lábios se curvaram novamente. "Uma


ideia interessante, mas não é bem o

que eu tinha em mente Eu preciso que


ele viva, ele é o meu prêmio, você vê

Quando você ganha, você precisa de um


prêmio."
Hannah estava sentindo mais frio e mais
frio. "Então ele vai esperar".

"Não se você não está voltando."

E como você vai fazer isso? Hannah


pensou. Deus, talvez ela vai me manter

viva aqui. . . amarrada e viva até que


eu fazer noventa. A ideia trouxe uma
onda

de medo sufocante. Hannah olhou ao


redor, tentando imaginar o que seria
como

passar a vida neste lugar. Nesse frio,


escuro, horrível. . . Maya cai na
gargalhada.
"Você não pode descobrir isso, não é?
Bem, deixe-me ajudar." Ela caminhou

até onde Hannah estava sentada e se


ajoelhou. "Olhe para isto. Olhe,
Hannah."

Ela estava segurando um espelho de mão


oval. No mesmo instante ela

brilhou a lanterna no rosto de Hannah.


Hannah olhou para o espelho e suspirou.

Era seu rosto. . . mas não seu rosto. Por


um instante ela não podia colocar a

diferença, tudo o que ela conseguia


pensar era que ele era o rosto de Hana,
Hana
dos Três Rios. E então ela percebeu.
Sua marca de nascença tinha ido
embora.

Ou... quase desapareceu. Ela ainda


podia ver uma sombra quando se ela
virou

a cabeça para um lado.

Mas ele tinha desaparecido quase


invisível.

Deus, eu estou de boa aparência, o


pensamento de Hannah entorpecida. Ela

estava atordoada demais para sentir


tanto vaidosa ou humilde. Então ela
percebeu

que não era apenas a ausência da marca


de nascença que a fez linda. Mesmo no

feixe natural da lanterna, ela poderia


dizer que ela estava pálida. Sua pele era

cremosa, quase translúcida. Seus olhos


pareciam maiores e mais brilhantes. Sua

boca parecia mais suave e sensual. E


havia um algo indefinível em seu rosto...

Eu pareço Poppy, ela pensou. Como


Poppy, a menina com o cabelo cor de
cobre.

O vampiro. Sem dizer nada, ela olhou


para Maya. Lábios vermelhos Maya

esticados em um sorriso.

"Sim. Eu troquei de sangue com você


quando te peguei na noite passada. Isso

é porque você dormiu muito tempo...


Você provavelmente não percebe isso,
mas

é tarde lá fora. E você já está mudando.


Eu acho que mais uma troca de sangue...

talvez dois. Eu não quero apressar as


coisas. Eu não posso ter você morrendo

antes de você se tornar um vampiro."

A mente de Hannah estava cambaleando.


Sua cabeça caiu para trás um

pouco para descansar contra o poste.


Ela olhou para Maya. "Mas por quê?",
ela

sussurrou, quase suplicante. "Por que me


fazer um vampiro?"

Maya estava de pé. Ela andou até a


mochila e cuidadosamente dobrada para

dentro do espelho.
Então ela pegou algo mais, algo tão
longo que foi saindo do topo do bloco.

Ela ergueu-a.

Uma estaca. Uma estaca de madeira


preta, como uma lança, quase tão longo

quanto o braço de Maya. Ele teve um


final agradável apontado sobre ele.

"Vampiros não voltam", disse Maya. De


repente houve um estrondo nos

ouvidos de Hannah.

Ela engoliu em seco e ingeriu. Ela


estava com medo que ela ia desmaiar ou
ficar doente.

"Vampiros... Não...?"

"É um pouco interessante de trivial, não


é? Talvez ele estará em "Jeopardy!"

Algum dia. Tenho que admitir, eu não


entendo exatamente a logística, mas

vampiros não reencarnam, nem mesmo


se eles têm almas velhas. Eles

simplesmente morrem. Eu já ouvi isso


sugere que é por causa tornando-os

vampiros tem suas almas embora, mas


eu não sei... Será que Thierry tem uma
alma, que você acha?"

Tudo estava girando em torno de Hannah


agora. Não havia nada sólido, nada

para se pendurar. Para morrer... ela


poderia enfrentar isso. Mas a morte para

sempre, se os vampiros nem sequer


iriam para algum outro lugar, alguns
pós-

vida? E se de repente não era? Foi a


coisa mais assustadora que ela tinha
imaginado.

"Eu não vou deixar", ela sussurrou,


ouvir sua voz sair rouca e áspera. "Eu
não

irei."

"Mas você não pode me parar", disse


Maya, achando graça. "Os cabos são de

cânhamo para prendê-la quando você é


um vampiro, assim como quando você

for humana. Você será um bebê, pobre e


indefeso. Você não pode fazer nada

contra mim." Com um olhar de prazer


em sua própria inteligência, ela disse:
"Eu

finalmente encontrei uma maneira de


quebrar o ciclo."

Ela deixou a mochila e se ajoelhou na


frente de Hannah novamente. Desta

vez, quando os lábios vermelhos


partiram, Hannah viu longos dentes
afiados.

Hannah lutou. Mesmo sabendo que era


impossível, ela fez tudo que podia

pensar, batendo em Maya com a força


do desespero. Mas não foi bom. Maya
era
simplesmente muito mais forte do que
ela. Em questão de minutos, Hannah

encontrou-se com ambas as mãos e


derrotou a cabeça torcida para um lado,
a

garganta exposta. Agora ela sabia por


que Maya a tinha forçado beber sangue
de

vampiros antes. Não tinha sido apenas


crueldade aleatória. Era parte de um
plano.

Você não pode fazer isso comigo. Você


não pode. Você não pode matar a
minha
alma...

"Pronta ou não", disse Maya, quase


sussurrando-o. Então, Hannah sentiu os

dentes. Ela lutou mais uma vez, como


uma gazela na boca de uma leoa. Não
teve

nenhum efeito. Ela podia sentir a dor de


seu sangue ser retirado contra sua

vontade. Ela podia sentir Maya beber


profundamente. Eu não quero que isso

esteja acontecendo... No passado, a dor


desapareceu a uma espécie de dor de

sonolência. A mente de Hannah sentiu-se


tonta, o seu corpo entorpecido.

Maya moveu-se em uma posição


diferente, inclinando a cabeça de
Hannah

para trás e pressionando o pulso dela


para a boca de Hannah. Eu não vou
beber.

Vou deixar-me afogar em primeiro


lugar. Pelo menos eu vou morrer antes
que eu vire

um vampiro...

Mas ela achou que não era tão fácil de


colocar-se para morrer de falta de ar.
Eventualmente, ela engasgou e engoliu o
sangue de Maya. Ela acabou tossindo,

tentando limpar a garganta e entrar ar.


Maya se sentou.

"Não", ela disse, levemente ofegante.


Ela brilhou a lanterna para o rosto de

Hanna novamente.

"Sim." Ela olhou judicial, como uma


mulher que considera um peru no forno.
"Sim, está indo muito bem. Mais uma
vez devemos fazê-lo. Você poderia ser
um

vampiro agora, se tanto tempo desde que


o primeiro não tivéssemos

desperdiçado a troca."

"Thierry vai matá-la quando ele


descobrir", Hannah sussurrou.

"E quebrar a sua promessa sagrada? Eu


não penso assim." Maya sorriu e

levantou-se novamente, com sua


mochila. "Evidentemente, isso não
estaria
acontecendo se ele não tivesse quebrado
a sua promessa para mim", acrescentou

ela, quase com naturalidade. "Ele me


disse que você não viria mais entre nós.
Mas

da próxima vez que eu me viro, lá está


você! Amigada em sua casa, nem menos.

Ele deveria ter conhecido melhor."

Hannah olhou para ela. "Ele nem sabia


que eu estava lá. Maya não percebe

isso? Ele não sabia."

Maya cortou com um gesto. "Não que eu


acredite no que você diz. Não
neste momento." Ela se endireitou, olhou
para Hannah, depois suspirou. Ela

apagou a lanterna. "Eu estou receoso que


eu vou ter que deixá-lo por um tempo,

agora. Volto hoje à noite para terminar


este pequeno trabalho. Não se preocupe,

não será tarde... Afinal, eu tenho um


prazo a cumprir. Amanhã é seu
aniversário."

"Maya..." Eu tenho que mantê-la aqui a


falar, Hannah pensou. Eu tenho que

fazê-la entender que Thierry não


quebrou sua promessa. Ela estava
tentando
ignorar a questão de refrigeração que
funcionou apenas sob seus pensamentos.
E

se Thierry tinha sido sério sobre o que


ele disse a Maya? Se ele realmente
queria

ficar com Maya, enquanto Hannah já não


estava entre eles?

"Não posso ficar, tenho que voar", disse


Maya, trinado riso novamente.

"Eu espero que você não vai ficar muito


solitária. Esta é uma mina de prata

abandonada, e toda estrutura é instável.


"
"Maya"

"Vejo você depois." Ela pegou a


mochila e se afastou. Ela ignorou os
gritos de

Hannah. E finalmente,quando Hannah


não podia ver o feixe da lanterna mais,
ela

parou de gritar. Ela estava no escuro de


novo.

E mais fraco. Drenada emocionalmente


e privada de vitalidade com o que

Maya tinha feito. Ela se sentia febril,


doente, e prurido como se não houvesse
erros rastejando sob sua pele. E ela
estava sozinha.

Quase, quase, ela se deu para o pânico


novamente. Mas ela temia que, se ela

perdesse o controle desta vez, ela nunca


voltaria atrás. Ela estaria insana pelo

tempo que Maya retornasse. Tempo. É


isso aí, garota, você tem algum tempo.
Ela

não vai voltar, até hoje, assim que


coloque a cabeça fria e comece a usar
o tempo

que você tem.


Mas é tão escuro... Aguarde. Será que
ela tomou a lanterna com ela? Ela

desligou, mas ela guardou? Com a


máxima cautela, Hannah sentiu ao seu
redor

com as mãos. Nada, mas então ela não


podia inclinar muito longe por causa da

corda. Okay. Experimente seus pés.


Com cuidado. Se você chutar para
longe, está
tudo acabado. Hannah levantou uma
perna e começou tatear delicadamente o

para baixo em direção ao chão. Pouco


movimento, movimentos lentos. Sobre a

terceira vez que ela fez, ela bateu o pé


algo que caiu. É isso aí! Agora
empurre-o

para você. Cuidado. Cuidado. Perto. . .


quase. . . Agora volta para seu lado. . .

Isso! Hannah se esticou e pegou a


lanterna, segurando-o desesperadamente

com as duas mãos como alguém


segurando uma rádio enquanto está
sentado na

banheira. Não a deixe cair... encontrar


o interruptor. Luz floresceu.

Hannah beijou a lanterna. Ela realmente


beijou-a. Foi uma bateria normal de

funcionamento fluorescente da lanterna


de acampamento, mas ela se sentiu como

se estivesse segurando um milagre.

Luz faz a diferença. Okay. Agora olhe


ao seu redor. O que você pode fazer
para

se ajudar aqui?
Mas olhando em volta fez afundar o
coração. A caverna era irregular, com

paredes e lajes irregulares pendendo da


pedra. Uma mina de prata, Maya tinha

dito. Isso significava que o lugar era


provavelmente explodido pelos seres

humanos.

Em cada lado dela, Hannah podia ver


mais postes como o que ela era

amarrada. Eles pareciam formar um tipo


de armação contra a parede. Assim, os

mineiros podem chegar a ele, eu acho,


pensou vagamente. Ou talvez para
ajudar a

segurar o telhado para cima, ou ambos.


E é instável.

Como último recurso, ela pode


simplesmente fazer o seu melhor para
levar a

coisa toda. E depois implorou para que


ela morresse rapidamente. Por enquanto,

ela ficou olhando. A parede à sua


direita, o único que ela poderia ver na
piscina

de luz da lanterna, foi


surpreendentemente variada. Mesmo
bonita. Não era só
pedra cinza-escuro, era pedra áspera
com veios cinza branco leitoso e quartzo

rosa pálido.

Prata vem de quartzo, por vezes,


Hannah pensou. Ela sabia através de
muito

dos amigos da mãe. Mas isso não me faz


nenhum bem. É bonito, mas inútil. Ela

estava começando a entrar em pânico


novamente. Ela tinha uma luz, mas que

bom seria? Ela podia ver, mas ela não


tinha nada para trabalhar.

Tem que ter alguma coisa aqui. Pedras.


Eu tenho pedras e é isso. Talvez eu

possa jogar pedras contra ela. . . .

Não rochas. Quartzo. De repente, todo


o corpo de Hannah estava

formigando. Sua respiração foi


interrompida em seus pulmões e sua
pele estava

eletrificada. Eu tenho quartzo. Com as


mãos tremendo, ela colocou a lanterna
para baixo. Ela pegou um pedaço
angular de pedra no chão ao lado dela.

As lágrimas saltaram aos olhos. Este é


um nódulo de quartzo. É cristal.

Granulação fina. Viáveis.

Eu sei como fazer uma ferramenta com


isto. Ela nunca havia feito nesta vida, é

claro. Mas Hana dos Três Rios tinha


feito o tempo todo. Ela fez facas,
raspadores,

brocas. . . e eixos. Ela teria preferiu


trabalhar com pedra, que fraturou com
muito
mais regularidade. Mas quartzo, estava
bem. Eu sinto nas minhas mãos como
fazê-

lo...

Okay. Mantenha-se calmo. Primeiro,


encontre um martelo de pedra. Era
muito

fácil. Havia pedras ao seu redor.


Hannah pegou uma com uma superfície

ligeiramente arredondada, pesou na sua


mão. Senti-me bem. Ela puxou as
pernas,

no jogo do bloco angular na frente dela e


começou a trabalhar.
Ela não chegou a fazer uma machadinha.
Ela não precisava. Uma vez que ela

tinha bateu fora alguns flocos com


longas pontas afiadas, ela começou a
serrar a

corda. Os flocos foram ondulados e


irregulares, mas eles eram tão afiados
como

vidro quebrado e suficiente para cortar


o cânhamo.

Levou um longo tempo, e duas vezes


teve que fazer flocos de novo quando

os que ela estava usando quebraram.


Mas ela estava doente. Ela continuou
trabalhando até que ela pudesse puxar
um primeiro comprimento de corda,

depois outro e outro livre. Quando o


último fio partido, ela quase gritou de
pura

alegria.

Estou livre! Eu fiz isso! Eu fiz isso! Ela


levantou-se, a sua fraqueza e febre

esquecido. Ela dançava ao redor da


sala. Então ela correu e pegou a lanterna

preciosa. E agora, estou fora daqui!


Mas ela não estava.

Demorou um pouco para a realização de


madrugada. Primeiro, ela voltou na

direção em que Maya tinha chegado. Ela


achou que pareciam quilômetros de

corredores de torção, às vezes tão


estreito que as paredes quase roçou os
ombros,

e tão baixa que ela teve de pato com a


cabeça. A pedra estava fria e úmida.

Havia várias passagens ramificação,


mas cada um levou a um beco sem saída.

E foi só quando Hannah chegou ao fim


da passagem principal que ela percebeu

como Maya tinha entrado na mina.


Ela estava abaixo de um eixo vertical.
Ele subiu uns cem metros em linha

reta. No topo, ela podia ver luz


avermelhada.

Era como uma chaminé gigante, só que


as paredes estavam longe tão perto

uns dos outros. E longe e irregular o


bastante para escalar.

Nenhum ser humano podia sair desse


jeito. Acho que eles tiveram algum tipo
de

elevador ou algo assim quando a mina


estava trabalhando, Hannah pensou
atordoada. Ela estava doente e
dormente. Ela não podia acreditar que
seu triunfo

havia se transformado. Por um momento


ela gritou, olhando para aquele

quadrado de luz irritante, inatingível.


Quando ela ficou tão rouca que mal
podia

se ouvir mais, ela admitiu que não era


nenhum uso.
Ninguém vai vir e salvar você. Okay.
Então você tem que salvar a si mesma.

Mas tudo que eu tenho são rochas. . .


Não. Não, eu estou livre agora. Eu
posso

me movimentar. Eu posso chegar ao


andaime. Eu tenho madeira e pedras.

Hannah ficou paralisada por um


segundo, então ela agarrou a lanterna
para o

peito e saiu correndo de volta pelo


corredor. Quando ela chegou à sua
caverna,

ela examinou o andaime animadamente.


Sim. Algumas dessa madeira ainda é
boa. É antigo, mas é difícil. Eu posso

trabalhar com isso.

Desta vez, ela fez uma verdadeiro


machado, dando especial atenção à
forma

da ponta, tornando-se fina e com bordas


retas e nítidas. A ferramenta final foi

aproximadamente triangular e pesada.


Ela se encaixa confortavelmente na mão.

Hana teria ficado orgulhosa dela. Então


ela usou o machado para cortar um

pedaço de madeira gemendo. Todo o


tempo ela fez isso ela assobiou
baixinho,

esperando que ela não estivesse


trazendo toda a estrutura para baixo em
sua

cabeça.

Ela usou o machado para moldar o


pedaço de madeira, também, tornando-
os

redondos, tão espessa quanto seu


polegar e do tamanho do seu antebraço.
Ela

quebrou um raspador de quartzo para o


fazer mais fino.
Finalmente, ela usou um floco para
aprimorar uma extremidade da vara a

um ponto. Ela o passou no chão para trás


e para frente contra um maciço de

pedra arenosa para trazê-lo à máxima


suavidade e nitidez.

Então ela estendeu a ferramenta


terminada para admirá-la. Ela tinha um
jogo.

Um jogo muito bom.

E Maya ia ter uma surpresa. Hannah


sentou-se, desligou o farol para

conservar a bateria, e começou a


esperar.

Capitulo 15

oi um tempo muito longo antes de


Hannah ouvir passos novamente. Ela

distraiu-se durante a longa espera


assobiando canções baixinhas e

pensando sobre as pessoas que ela


amava. A mãe dela. Sua mãe nem
sequer saberia da falta dela, no entanto,
não sabia que ela tinha ido embora. Mas

amanhã ela saberia. Amanhã é primeiro


de maio, aniversário de Hannah, Chess

daria a mãe a carta. Chess, é claro.


Hannah queria, agora que ela tivesse
mais

tempo para dizer adeus a Chess, que ela


houvesse explicado melhor as coisas.

Chess teria estado fascinada. E ela tinha


o direito de saber que ela era uma alma

velha, também.

Paul Winfield. Isso foi estranho só o


conhecia de uma semana. Mas ele tentou

ajudar ela. E neste momento, ele sabia


mais sobre Hannah Snow do que
ninguém,

em Montana . Espero que ele não


comece a fumar novamente se ele
souber que eu

estou morta.

Porque era assim, provavelmente, como


ela iria acabar. Hannah não tinha

ilusões sobre isso.

Ela tinha uma arma, mas assim como


Maya e Maya era muito mais rápida e
mais forte. Ela não era páreo para Maya
na melhor das circunstâncias, muito

menos quando ela estava fraca e febril.


O melhor que podia esperar era Maya

começar a matá-la enquanto ela ainda


era humana. Ela pensou sobre os
membros

do círculo Alvorada. Eles eram pessoas


boas. Ela estava arrependida, ela não
teria

a chance de conhecê-los melhor, para


ajudá-los. Eles estavam fazendo algo

importante, algo que ela sentia


instintivamente era necessário agora.
E ela pensou em Thierry. Ele vai ter que
esperar de novo, eu acho. É muito

ruim. Ele não teve uma vida muito feliz.


Eu estava começando a pensar que eu

poderia tirar essa tristeza de seus


olhos... Quando ela ouviu um barulho no

passado, ela pensou que poderia ser sua


imaginação. Ela prendeu a respiração.

Não. São passos. Chegando mais perto.


Ela está vindo. Hannah mudou de

posição. Ela tinha se postado perto da


boca da caverna, agora ela respirou
fundo e
aliviou-se em um agachamento. Ela
limpou a palma da mão suada direito em
seu

jeans e teve um melhor controle sobre


seu jogo. Ela imaginou que Maya iria

brilhar a lanterna em direção ao polo


onde Hannah tinha sido amarrada, então

talvez desse alguns passos mais longe


dentro da caverna, tentando ver o que

estava acontecendo.
E então eu vou fazê-lo. Eu vou sair da
escuridão atrás dela. Ir espetar através

da parte traseira. Mas eu tenho o


tempo certo. Ela prendeu a respiração
quando viu

a luz fora da boca da caverna. Seu maior


medo era que Maya iria ouvi-la.

Silenciosa... quieta...

A luz chegou mais perto. Hannah assistiu


e não se movimentou. Mas seu

cérebro estava clicando ao longo de


surpresa. Não foi o raio, inclinado o
foco de
uma lanterna. Foi a piscina mais difusa
da luz de uma lanterna.

Ela trouxe um outro. Mas o que isso


significa. . . Maya estava andando
dentro.

Andando rapidamente, e não parando.


Ela não podia brilhar a luz no poste
ainda.

E ela não parece ansiosa,


aparentemente, não ocorreu a ela que ela
precisava

verificar Hannah. Ela estava confiante.


Hannah amaldiçoou mentalmente.

Ela está indo longe demais, ela está


fora do intervalo. Levante-se! Seu
plano

em ruínas, ela flexionou os joelhos e se


levantou. Ela ouviu um estalo em seu

joelho que soou tão alto quanto um tiro.


Mas Maya não parou. Ela seguiu em

frente. Ela estava quase no polo.


Silenciosamente como pôde, Hannah se
dirigia

para a caverna. Tudo o que Maya tinha


que fazer era virar-se para vê-la. Maya
foi

ao poste. Ela estava parada. Ela estava


olhando para os lados. Hannah foi atrás
dela.

Agora.

Agora era o momento. Os músculos de


Hannah podia sentir como ela tinha a

facada, para jogar o peso por trás do


impulso para que a lâmina acertasse
Maya no

ombro esquerdo. Ela sabia como fazê-


lo. ...

Mas ela não podia. Ela não esfaquear


alguém nas costas. Alguém que não

estava ameaçando ela no momento, que


nem sabia que eles estavam em perigo.
Oh, meu Deus! Não seja estúpida! Faça
isso!

Oh, minha Deusa! Uma voz ecoou em


sua cabeça. Você não é uma assassina.

Isso não é nem mesmo autodefesa!

Frustrada quase ao ponto da histeria,


Hannah ouviu-se soltou um suspiro. Ela

estava molhada. Ela estava chorando. O


braço dela pendia. Seus músculos

desmoronaram. Ela não estava fazendo


isso. Ela não podia fazê-lo.

Maya virou-se lentamente. Ela parecia


bela e misteriosa, à luz da lanterna.
Então ela olhou para o rosto de Hannah.

"Você é uma garota estranha", disse ela,


no que parecia ser uma verdadeira

confusão. "Por que você não faz isso?


Você foi inteligente o suficiente para
sair

sozinha e fazer-se uma arma. Por que


você não tem coragem de terminá-lo?"

Hannah estava se perguntando a mesma


coisa. Somente com palavrões a
mais. Eu vou morrer agora, ela pensou.
E talvez morrer para o bem, porque eu
não

tenho coragem. Porque eu não poderia


matar alguém que eu sei é
completamente

mau e completamente determinado a


me matar. Isso não é ética. Isso é
estupidez.

"Eu suponho que é que a formação do


templo egípcio", Maya estava dizendo.

"Ou talvez a vida quando você era um


Budista, você se lembra disso? Ou
talvez
você esteja apenas fraca." E uma vítima.
Eu passei um par de mil anos, sendo
uma

vítima sua. Eu acho que eu tenho a minha


parte de baixo perfeita até agora.

"Oh, bem. Realmente não importa o


motivo", disse Maya. "Tudo se resume a

mesma coisa no final. Agora. Vamos


acabar com isso."

Hannah olhou para ela, respirando com


dificuldade, sentindo-se como um

coelho a olhar para um farol.

Ninguém deve viver como uma vítima.


Cada criatura tem o direito de lutar

por sua vida. Mas ela não conseguia


obter os seus músculos para mover
mais. Ela

estava muito cansada. Cada parte de sua


dor, de cabeça latejante a ponta dos

dedos para seus pés machucados e


doloridos. Maya estava sorrindo,
fixando-a

com olhos que mudou de lápis-lazúli


azul para verde.

"Seja uma boa menina, agora," ela


sussurrou. Eu não quero ser uma boa
menina. . . . Maya a pegou com os
braços longos.

"Não toque nela!" Thierry disse da boca


da caverna.

A cabeça de Hannah empurrou para o


lado. Ela olhou para a nova piscina de

luz do outro lado da caverna. Para os


primeiros segundos ela pensou que
estava

tendo alucinações. Mas, não. Ele estava


lá. Thierry estava ali de pé com uma

lanterna de sua própria altura e quase


brilhante com a tensão em espiral, como
um predador pronto para saltar. O
problema era que ele estava muito
longe. E

Maya foi muito rápido. No mesmo


instante em que Hannah demorou em
fazer

seu cérebro acreditar em seus olhos,


Maya estava se movendo. Em uma etapa

rápida, ela foi atrás de Hannah, com as


mãos em torno da garganta de Hannah.

"Fiquem onde estão", disse ela. "Ou eu


vou quebrar seu pescoço pequeno."

Hannah sabia que podia fazê-lo. Ela


podia sentir a força de ferro nas mãos de
Maya. Maya não precisa de uma arma.
Thierry colocou a lanterna para baixo e

levantou as mãos vazias.

"Eu vou ficar", disse ele calmamente.

"E diga a quem quer que você tem


naquele túnel para voltar. Todo o

caminho de volta. Se eu vejo outra


pessoa, eu vou matá-la. "

Sem se virar, Thierry gritou. "Volte para


a entrada. Todos vocês." Então ele

olhou para Hannah. "Você está bem?"


Hannah não podia cabecear. O agarre de
Maya era tão apertado que ela mal

podia dizer, "Sim". Mas ela poderia


olhar para ele, e ela podia ver seus
olhos. Ela

sabia que, naquele momento, que nem


todos os seus medos sobre ele querendo

mais dela foram infundados. Ele a


amava. Ela nunca tinha visto o amor
livre, por
exemplo, e preocupação no rosto de
alguém antes. Mais, eles se entendiam.
Eles

não precisaram de nenhuma palavra. Era


o fim de mal-entendidos e

desconfianças. Para talvez pela primeira


vez desde que ela tinha sido Hana dos

Três Rios, Hannah confiava nele sem


reservas. Eles estavam de acordo. E
nenhum

deles quis que isso acabasse com uma


morte.

Quando Thierry tirou os olhos de


Hannah, para olhar para Maya e diz:
"Isto

acabou, agora. Você tem que perceber


isso. Eu tenho vinte pessoas aqui, e mais

vinte na superfície a espera." Sua voz se


tornou mais suave e deliberada. "Mas eu

lhe dou minha palavra, você pode sair


daqui agora, Maya. Ninguém vai te
tocar.

Tudo que você tem a fazer é deixar


Hannah ir primeiro."

"Juntos", disse Hannah, tossindo como


as mãos de Maya apertados, cortando

a respiração. Ela ofegou, "Nós saímos


juntos, Thierry".

Thierry assentiu com a cabeça e olhou


para Maya. Ele estava segurando a

mão agora, como alguém tentando


convencer uma criança assustada. "Basta

deixá-la ir," ele disse suavemente.

Maya riu. Era um som não natural, e isso


fez a pele de Hannah se arrepiar.

Insana. Nada fazia um barulho parecido.

"Mas por esse caminho, não vou


ganhar", disse Maya, quase agradável.

"Você não pode ganhar de qualquer


maneira", disse Thierry disse

calmamente. "Mesmo se você matá-la,


ela vai ainda estar viva"

"Nem se eu faço-lhe um primeiro


vampiro", Maya interrompeu.

Mas Thierry estava balançando a


cabeça. "Isso não importa." Sua voz
ainda

estava calma, mas foi preenchida com a


autoridade de convicção absoluta, uma

espécie de segurança fundamental que


manteve até mesmo Hannah hipnotizada.

"Mesmo se você matá-la, ela ainda


estará viva aqui." Ele bateu no peito.
"Em

mim. Mantê-la-ei aqui. Ela é parte de


mim. Então, até você me matar, você não

pode realmente matá-la. E você não


pode vencer. É simples assim."

Houve um silêncio. O próprio coração


de Hannah estava preso com a força

de seu amor por ele. Seus olhos estavam


cheios. Ela podia ouvir a respiração de

Maya, e o som era irregular. Ela pensou


que a pressão das mãos de Maya era

infinitamente menor.
"Eu poderia matá-lo também", disse
Maya, finalmente, em voz áspera.

Thierry levantou os ombros e deixou-os


cair em um gesto triste demais para

ser um encolher de ombros. "Mas como


você pode ganharia quando as pessoas

que você odeia não estão lá para vê-lo?"

Parecia loucura, mas era verdade.


Hannah podia sentir bateu em Maya
como
um bem-lançado dardo. Se Maya não
poderia ter Thierry como seu prêmio, se
ela

não poderia mesmo fazê-lo sofrer, qual


era o ponto? Onde estava a vitória?

"Vamos parar o ciclo aqui mesmo", diz


Thierry suavemente. "Deixá-la ir."

Ele era tão gentil e tão razoável e tão


cansado. Hannah não conseguia ver

como ninguém podia resistir-lhe. Mas


ela ainda estava surpresa com o que

aconteceu em seguida. Lentamente,


muito lentamente, as mãos em volta do
pescoço afrouxou seu aperto. Maya se
afastou. Hannah chupou em uma

respiração profunda. Queria correr para


Thierry, mas ela estava com medo de

fazer alguma coisa para desequilibrar o


delicado impasse na caverna. Além
disso,

seus joelhos estavam cambaleantes.


Maya se movia em torno dela, dando um

passo ou dois à sua frente, enfrentando


Thierry diretamente.

"Eu o amei", disse ela. Houve um som


em sua voz que Hannah nunca tinha
ouvido antes, um tremor. "Por que você
não compreende isso?"

Thierry balançou a cabeça. "Porque não


é verdade. Você nunca me amou.

Você me queria. Principalmente porque


você não poderia ter-me."

Houve um silêncio, em seguida, como


eles ficaram olhando uns para os

outros. Não porque eles se entendiam


muito bem as palavras, o pensamento de

Hannah. Porque eles nunca


compreenderiam uns aos outros. Eles
não tinham
nada a dizer. O silêncio se estendeu por
diante e, em seguida, Maya entrou em

colapso.

Ela não caiu. Mas bem que poderia.


Hannah viu a vida sair de sua

desesperança. A energia que mantinha


Maya vibrante e cintilante, após
milhares

de anos. Tudo vinha da sua necessidade


de vencer. . . e agora ela sabia que tinha

perdido. Ela foi derrotada.

"Vamos lá, Hannah," Thierry disse


calmamente. "Vamos". Então ele virou-
se

para uma mensagem de volta para dentro


do túnel atrás dele. "Saiam da frente.

Estamos todos a sair."

Foi quando aconteceu. Maya tinha


estado em pé caído, cabeça baixa, olhos

no chão. Ou na sua mochila. E agora,


quando Thierry virou, ela piscou um
olho

para ele e então se mudou tão rápido


como uma serpente impressionante. Ela

pegou a estaca preta e segurou-a na


horizontal, o braço puxado.
Hannah reconheceu a postura
instantaneamente. Hana dos três rios
tinha

visto caçadores atirar lanças o tempo


todo.

"Fim de jogo", Maya sussurrou.

Hannah teve uma fração de segundo para


agir e nenhum tempo para

considerar. Tudo o que ela achava que


era, Não. Com todo seu peso por trás do
impulso, ela investiu contra Maya. A
primeira estaca.

A ponta afiada de madeira passou a


lâmina no ombro de Maya. Ela

cambaleou, fora do equilíbrio, ela jogou


em ruínas. Os pedaços negros foram

deslizando pelo chão de pedra bruta.

Hannah estava desequilibrando, também.


Ela estava caindo. Maya estava

caindo. Mas tudo isso parecia estar


acontecendo em câmera lenta. Eu a
matei.

Não houve triunfo no pensamento.


Apenas uma espécie de certeza
silenciada.

Quando o sentimento terminou, ela


achou o caminho que ninguém encontra

a si mesmos depois de uma queda. No


chão e surpresa. Só que Maya estava

debaixo dela, com um pedaço saliente


nas costas. O primeiro pensamento

frenético de Hannah era conseguir um


médico. Ela nunca tinha visto alguém

machucado antes, não nesta vida. Havia


sangue escorrendo em volta de Maya em

volta da estaca improvisada. Ele tinha


ido muito fundo, a madeira perfurando a

carne do vampiro como o aço afiado em


um humano.

Thierry estava ao lado dela. Ajoelhado,


puxando Hannah um pouco longe de

Maya, como se ela ainda pudesse ser


perigosa. Hannah chegou para ele, ao
mesmo

tempo, e suas mãos se encontraram,


entrelaçadas. Ela segurou firme,
sentindo

uma onda de calor e conforto de sua


presença. Então Thierry delicadamente
virou
Maya para seu lado. O cabelo estava
caindo sobre o rosto de Maya como uma

cachoeira negra. Sua pele era giz branco


e seus olhos estavam bem abertos. Mas

ela estava rindo.

Rindo.

Ela olhou para Hannah e riu. Com uma


voz grossa asfixiada, ela engasgou.

"Você tinha fibra."

Hannah sussurrou: "Podemos fazer


alguma coisa por ela?"

Thierry balançou a cabeça. Em seguida,


foi terrível. O riso de Maya se

transformou em um gorgolejo. Um filete


de sangue escorreu para fora do canto

da boca. O corpo dela estremeceu. Os


olhos dela se arregalaram. E então,

finalmente, ela ainda estava viva.


Hannah sentiu-a suspirar própria
respiração.

Ela está morta. Eu a matei. Eu matei


alguém. Cada criatura tem o direito de

lutar por sua vida ou de seus entes


queridos.

Thierry disse suavemente, "O ciclo está


quebrado." Em seguida, ele deixou o

ombro de Maya ir e seu corpo caiu para


baixo novamente. Ela parecia menor

agora, encolhida. Depois de um


momento Hannah percebeu que não era
uma

ilusão. Maya estava fazendo o que todos


os vampiros fazem nos filmes. Ela
estava

caindo em si mesma, seus tecidos em


colapso, o músculo murchando e a
carne.

Por um lado, Hannah podia ver parecia


estar definhando ao mesmo tempo.

A pele ficou amarela e coriácea,


demonstrando a forma de tendões
embaixo.

No final, Maya era apenas um saco de


couro cheio de ossos. Hannah engoliu

e fechou os olhos.

"Você está bem? Deixe-me olhar para


você." Thierry estava segurando ela,

examinando-a. Em seguida, quando


Hannah encontrou os olhos dele, ele
olhou

para ela longa e minuciosamente e disse


com um significado diferente, "Você
está

bem?" Hannah entendeu. Ela olhou para


Maya e depois volta para ele.

"Eu não estou orgulhoso dela", disse ela


lentamente. "Mas eu não estou

arrependida. Ele só tinha de ser feito."


Ela pensou um instante e depois disse,

saindo de cada palavra em separado,


"Eu me recuso a ser... uma vítima...
Mais."
Thierry apertou o braço ao redor dela.
"Eu estou orgulhoso de você", disse

ele. E acrescentou: "Vamos embora.


Precisamos levá-la a um curandeiro."

Eles caminharam de volta pela


passagem estreita, que não era mais
escura

porque as pessoas de Thierry tinham


colocado lanternas a cada poucos
metros.

No final da passagem, na sala com o


eixo vertical, que tinha criado uma
espécie

de corda e roldana.
Lupe estava lá, e Nilsson, e o resto do
grupo CIA. Assim, como Rashel e

Quinn. Os lutadores, Hannah pensou.


Todos o chamavam e riam e afagou-a

quando ela veio com Thierry.

"Isto acabou", diz Thierry brevemente.


"Ela está morta."

Todos olharam para ele e depois para


Hannah. E de alguma forma eles

sabiam. Todos aplaudiram e afagou-a


novamente. Hannah não se sentia mais

como a Cinderela, ela sentiu como


Dorothy, depois de matar a Bruxa
Malvada. E

ela não gostou.

Lupe tomou-a pelos ombros e disse com


entusiasmo: "Você sabe o que você

fez?"

Hannah disse: "Sim. Mas eu não quero


pensar mais nisso agora."

Não foi até eles transportaram-na até o


eixo vertical que lhe ocorreu

perguntar a Thierry como ele a


encontrou.

Ela estava de pé sobre uma colina


discreta, sem edifícios ou monumentos
ao

redor. Maya tinha escolhido um bom


esconderijo.

"Um de seu próprio povo vendeu-a", diz


Thierry. "Ele esteve em casa quase

ao mesmo tempo que eu esta noite, e ele


disse que tinha informações para

vender. Ele era um lobisomem que não


estava feliz com a forma como ela o

tratou."
Um lobisomem com cabelo preto?
Hannah perguntou. Mas ela estava com

muito sono de repente para fazer mais


perguntas.

"Casa, senhor?" Nilsson disse, um


pouco ofegante, porque ele tinha
acabado

de chegar no eixo.

Thierry olhou para ele, riu e começou a


ajudar Hannah descer o morro.
"Isso é certo. Casa, Nilsson. "

Capitulo 16

reciso ligar para a minha mãe", disse


Hannah.

“ Thierry assentiu.

"Mas talvez seja bom esperar até ela


acordar. É madrugada ainda."

Eles estavam na casa de Thierry, no


quarto elegante, com o ouro brunido nas

paredes. A janela tinha começado a


virar cinza. Foi tão bom para descansar,
para

deixar ir a tensão, para sentir seu corpo


golpeado relaxar. Era tão bom estar
viva.

Ela se sentiu como se tivesse renascido


e foi olhar o mundo com olhos novos.

Mesmo o menor conforto, uma bebida


quente, um fogo na lareira eram

imensamente preciosos.

E foi bom estar com Thierry. Ele estava


sentado na cama, segurando a mão

dela, olhando para ela como se ele não


podia acreditar que ela era real. O

curandeiro tinha ido e vindo, e agora


estavam apenas os dois. Eles se
sentaram

juntos, quietos, não necessitando de


palavras. Eles olharam um para o outro
nos

olhos, e então eles estavam chegando


para o outro, abraçados. Descansando
como

viajantes cansados nos braços um do


outro.
Hannah encostou a testa contra os lábios
de Thierry. Acabou, ela pensou. Eu

estava certa quando disse a Paul, o


apocalipse estava chegando, mas
acabou agora.

Thierry agitado, beijando os cabelos em


sua testa. Então ele falou, não em

voz alta, mas com sua voz mental. Assim


como Hannah, ouvindo isso, ela sabia

que ele estava tentando dizer algo sério


e importante.

Você sabe, você chegou muito perto de


se tornar um vampiro. Vais ficar
doente
por uns poucos dias, enquanto o seu
corpo muda de volta para humano.

Hannah assentiu, sem afastar-se para


olhar para ele. O curandeiro lhe disse

tudo isso. Ela sentiu que havia algo mais


que Thierry queria dizer. E. . . bem,
você

ainda tem uma escolha, você sabe.

Houve um silêncio. Então Hannah se


afastou para olhar para ele. "O que

você quer dizer?"

Ele respirou fundo e disse em voz alta:


"Quero dizer, você ainda pode
escolher ser um vampiro. Você está
mesmo à beira. Se você quiser, nós
podemos

fazê-la mudar de novo."

Hannah respirou fundo. Ela não tinha


pensado nisso, mas ela estava pensando

agora. Como um vampiro, ela estaria


imortal, ela poderia ficar com Thierry

continuamente por quem sabia quantos


milhares de anos? Ela seria mais forte
que

um ser humano, mais rápida, telepática.


E perfeita fisicamente.

Involuntariamente, a mão foi para a sua


face esquerda, à sua marca de

nascença. Os médicos não conseguiram


tirá-lo. Mas tornar-se um vampiro.

Ela olhou diretamente para Thierry. "É


isso que você quer? Me tornar um

vampiro?"

Ele estava olhando para o seu rosto,


também. Então, ele encontrou os olhos
dela.

"Eu quero o que você desejar. Eu quero


que você seja feliz. Nada mais

importa para mim."

Hannah pegou a mão dele.

"Então", disse ela muito baixinho, "se


você não se importa, vou ficar humana.

Eu não me importo com a marca de


nascença. É apenas parte de mim, agora.
Ela

não traz nenhuma lembrança ruim."


Depois de um momento, acrescentou:
"Todos os seres humanos são
imperfeitos, eu acho."

Ela podia ver lágrimas nos olhos de


Thierry. Ele gentilmente levantou a mão

e beijou-a. Ele não disse nada, mas algo


sobre a sua expressão fez a garganta de

Hannah e o peito encher de amor.

Então tomou-a nos braços.

E Hannah estava feliz. Tão feliz que ela


estava chorando um pouco, também.

Ela estava em seu voo com o


companheiro dela. O que era sagrado
para ela, que
era a outra metade dos mistérios da vida
dela. O que estaria sempre lá para ela,

ajudá-la, protegê-la, buscá-la quando


ela caiu no chão, ouvindo suas histórias,
não

importa quantas vezes ela disse a eles.


Amá-la mesmo quando ela era estúpida.

Entendendo-a sem palavras. Estando


dentro do círculo mais íntimo de sua
mente.

Sua alma gêmea.

As coisas vão ficar bem agora, ela


pensou. De repente era como se ela
pudesse ver o corredor de tempo
novamente, mas desta vez à procura para
a

frente, não para trás. Ela iria para a


faculdade e se tornar uma paleontóloga.
E ela

e Thierry iriam trabalhar com o Circulo


Alvorada e as antigas potências que

estavam subindo. Eles seriam felizes


juntos, e eles poderiam ajudar o mundo

através das enormes mudanças que


estavam por vir. A tristeza saía dos
olhos de

Thierry.
Eles gostariam de descobrir e de
aprender e explorar. E Hannah iria
crescer e

envelhecer, e Thierry a amaria da


mesma forma. E então um dia, como ser

humano, ela iria voltar para a Mãe


Terra, como uma onda de no oceano.
Thierry

iria pesar por ela e esperar por ela. E


então eles começariam tudo de novo.
Uma
vida com ele era o suficiente, mas
Hannah percebeu que haveria muitas.
Haveria

sempre algo novo para aprender.

Thierry mudou, sua respiração


aquecendo o cabelo dela.

"Eu quase me esqueci", ele sussurrou.


"Você tem dezessete hoje. Parabéns."

Isso mesmo, o pensamento de Hannah.


Ela olhou para a janela, surpresa e

oprimida. O céu estava tornando-se rosa


agora. Ela estava vendo o amanhecer do

seu décimo sétimo aniversário, algo que


nunca havia acontecido antes. Eu mudei
o

meu destino.

"Eu te amo", ela sussurrou para Thierry.

E então eles simplesmente sentaram-se


juntos, abraçados, como a sala cheia

de luz.

Fim
Esta obra foi digitalizada/traduzida pela
Comunidade Traduções e Digitalizações
para

proporcionar, de maneira totalmente


gratuita, o benefício da leitura àqueles
que não podem

pagar, ou ler em outras línguas. Dessa


forma, a venda deste e book ou até
mesmo a sua

troca é totalmente condenável em


qualquer circunstância.

Você pode ter em seus arquivos


pessoais, mas pedimos por favor, que
não hospede o

livro em nenhum outro lugar. Caso


queira ter o livro sendo disponibilizado
em arquivo

público, pedimos que entre em contato


com a Equipe Responsável da
Comunidade –

tradu.digital@gmail.com

Após sua leitura considere seriamente a


possibilidade de adquirir o original,
pois assim
você estará incentivando o autor e a
publicação de novas obras.

Traduções e Digitalizações

Orkut -
http://www.orkut.com.br/Main#Communit
cmm=65618057

Blog – http://tradudigital.blogspot.com/

Fórum -
http://tradudigital.forumeiros.com/portal.h

Twitter - http://twitter.com/tradu_digital

Skoob -
http://www.skoob.com.br/usuario/mostrar

Você também pode gostar