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SOBRE O AUTOR

H ewerton Agra Oliveira, 28


anos, é natural de Campina
Grande na Paraíba, possui
graduação em Engenharia Civil,
Tecnologia em Construção
de Edifícios e especialização
em Engenharia de Segurança
do Trabalho. Atualmente
desempenha a função de professor
em diversas instituições incluindo Instituto Federal da Paraíba
nas disciplinas de Concreto e Argamassa, Projeto e Implantação
de Canteiro de Obras, Higiene e Segurança do Trabalho,
Qualidade da Construção Civil, dentre outras. Também é autor
de cursos presenciais e online voltados à construção civil, além
de desenvolver pesquisas relacionadas à concretos e argamassas.
Há mais de quatro anos, Hewerton vem estudando as
dificuldades maiores apresentadas pelos estudantes de Engenharia
Civil e áreas afins, e mediante os resultados vem desenvolvendo
cursos para aperfeiçoamento e capacitação dos alunos para o
mercado de trabalho. O mesmo aconteceu com este livro, que
também é tema de curso presencial, no qual explora a dificuldade

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dos egressos em preparar o canteiro, realizar o pedido do concreto
usinado, recebê-lo e verificar suas características, executar a
concretagem e realizar a adequada cura.
A experiência para tratar do assunto vem do acompanhamento
de obras há quase dez anos, sendo uma das principais obras, o
residencial Dallas Park da MRV Engenharia, localizado no bairro
da Liberdade em Campina Grande. O terreno possui mais de 43.000
metros quadrados onde foram construídos 864 apartamentos
divididos em 21 blocos. O volume de concretagem utilizado para as
fundações dos blocos era grandioso e a rigorosidade do sistema de
qualidade implantado pela construtora fez com que as habilidades
para lidar com o concreto usinado fossem dominadas.

hewertonagra@hotmail.com

@prof.hewertonagra

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sumário
Sobre o Autor 2
Capítulo 1: Definição 6
Tipos de Concreto 8
Procedimentos Preliminares à Concretagem 11
Solicitação do Concreto 12
Capítulo 2: Procedimentos para Recebimento do Concreto 15
Acessos e espaços de manobras 15
Nota Fiscal 15
Ensaio de Abatimento de Tronco de Cone 19
(Slump Test)
Ensaio de resistência à compressão 21
Transporte do concreto 22
Transporte convencional 22
Transporte por bombeamento 21
Capítulo 3: Execução da Concretagem 25
Plano de lançamento (de concretagem) 25
Condições gerais durante o lançamento 26
Adensamento do Concreto 26
Rastreabilidade e Mapeamento do Concreto 28
Exemplo de Mapeamento de Concreto 29
Cura do Concreto 30
Prazos para Desforma 30
Terminologia 32
Bibliografia 34

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CAPÍTULO 1: DEFINIÇÃo

A ntes de começarmos a tratar diretamente sobre o concreto


usinado, precisamos ter uma base sólida e clara sobre a
definição do termo “concreto” e seus elementos de composição.
O concreto é um material criado pelo homem na tentativa de
imitar a rocha natural, ou seja, o concreto é uma rocha artificial
desenvolvida através de uma mistura de agregados graúdos e
miúdos, aglomerante e água. Vale salientar que nesta composição
ainda pode-se acrescentar, não obrigatoriamente, algum tipo de
aditivo, buscando atrelar ao concreto uma característica que ele
não possuiria sem a adição do mesmo.
O cimento é o aglomerante comumente utilizado para concreto
no nosso país. Geralmente se utiliza o Cimento Portland, que
tem esse nome devido às rochas da ilha britânica de Portland, em
que foi “descoberto” um material semelhante ao cimento e que se
parecia com as rochas da ilha. O cimento tem a função de juntar,
dar liga, colar, unir ou aglomerar todos os materiais utilizados na
composição do concreto e, portanto, faz-se necessário a escolha
do cimento correto e ideal para o concreto que se queira obter.
Os agregados graúdos e miúdos são as famosas e conhecidas
britas e areias respectivamente, e recebem o nome de graúdo e
miúdo de acordo com sua granulometria. As britas geralmente

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CAPÍTULO 1: definição

utilizadas para concreto são as Britas nº 0, Brita nº 1 e Brita nº 2.


Deve-se lembrar que existem também o pó de pedra, brita nº 3 e 4.
Abaixo segue uma tabela com os tipos de britas mais comumente
utilizadas e as possíveis áreas de aplicação.

Tabela 01: Tipos de Brita (Granulometria de acordo com mercado no Nordeste)

Tipo de Brita Malha (Milímetros) Área de Aplicação


Usinas de asfalto, calçadas,
Pó de Pedra Abaixo de 4,8 estabilização de solos,
pré-moldados.
Brita nº 0 4,8 a 9,5* Pré-moldados e Inter travados.
Brita nº 1 9,5 a 19** Pilares, vigas e lajes.
Brita nº 2 19 a 25*** Fundações
* Segundo a NBR 7211:2009, Brita nº 0 pode ser considerada até 12,5mm.
** Segundo a NBR 7211:2009, Brita n] 1 pode ser considerada até 25mm.
*** Segundo a NBR 7211:2009, Brita nº 2 pode ser considerada até 31,5mm.

Em relação a areia, o agregado miúdo, precisamos também


atentarmos para a umidade presente na mesma para que esta não
interfira diretamente no traço do concreto. Assim como devemos
verificar a qualidade da água utilizada para realizar a mistura,
sabendo que esta água não pode ser salobra ou contaminada, para
não reagir com os outros materiais presentes e resultar em danos
ao concreto e a estrutura.
Sabendo disso, podemos misturar esses elementos de formas
diferentes e acrescentar, ou não, o aço para compor alguns
materiais, tais como:

PASTA ARGAMASSA CONCRETO concreto concreto


armado protenido

CIMENTO pasta ARGAMASSA CONCRETO CONCRETO

ÁGUA AGREGADO AGREGADO armadura armadura


MIÚDO graúdo passiva passiva

armadura
ATIVA

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manual prático de concreto usinado

TIPOS DE CONCRETO

O concreto é um dos materiais mais utilizados na construção


civil no Brasil, até mesmo quando se trata de uma construção em
estruturas metálicas, o concreto pode estar presente tornando
a estrutura mista. São diversos tipos de concreto que podem
ser dosados de acordo com a sua finalidade, custo, resistência,
consistência, fator água/cimento e outras características. Abaixo
será descrito alguns dos tipos de concreto mais comumente
utilizados e por fim trataremos do nosso tema principal: O
Concreto Usinado.

Concreto Convencional
Concreto utilizado no dia a dia da construção civil e podem
ser lançados de forma convencional na estrutura que se deseja
concretar, através de carrinhos, jericas ou bombas. É um concreto
que não apresenta nenhuma característica especial e não utiliza
nenhum tipo de aditivo. Geralmente sua resistência à compressão
varia de 10 Mpa a 40 Mpa mas isso vai ficar a cargo do traço
definido e da execução da mistura. Sua aplicação vai desde a
fabricação de pré-moldados até obras prediais.

Concreto Bombeável
O concreto bombeável nada mais é do que o concreto convencional
com uma consistência mais fluida para permitir o bombeamento.
A consistência mais fluida para este concreto é alcançada através
de mudanças realizadas em alguns fatores do concreto, como
por exemplo o fator água/cimento que deve ser aumentado, além
de reduzir o tamanho das britas e se ainda for necessário pode-se
acrescentar algum aditivo plastificante. Os locais de aplicação deste
tipo de concreto se assemelham com os do concreto convencional
com o diferencial de alcançar grandes alturas e locais de difícil acesso.

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CAPÍTULO 1: definição

Concreto de Alta Resistência Inicial


Como o próprio nome sugere, o concreto de alta resistência
inicial é mais caro por utilizar o cimento CP V ARI e apresentar
uma grande resistência em 24 horas. Sabendo que um dos
maiores gastos na obra é com a mão de obra, pode se tornar
viável pagar um pouco mais pelo concreto ARI e reduzir o tempo
de construção. Vem sendo utilizado com mais frequência e
geralmente é empregado nas fundações e estruturas de lajes, vigas
e pilares convencionais ou protendidas.

Concreto Pesado
É um concreto que utiliza agregados graúdos especiais, como
por exemplo a hematita, o que torna um concreto com uma
alta densidade. Devido a essa sua característica, o concreto
funciona como um isolante de radiações e suas aplicações são em
contrapesos de estruturas pesadas e em salas de raio-x e locais que
possuam radiação.

Concreto Autoadensável
É um concreto que dispensa o uso dos vibradores pois possui
uma alta plasticidade e se molda com facilidade nas formas.
Geralmente se aplica em fundações do tipo hélice contínua,
estruturas densamente armadas e/ou peças delgadas. Acredita-se
que em um futuro próximo, esse será o tipo de concreto mais
utilizado nas obras civis.

Concreto Usinado ou Dosado em Central


O concreto usinado ou dosado em central (CDC), tema deste
livro, é um concreto pré-fabricado em usinas e transportado até o
local desejado. A rigorosidade no controle tecnológico e dosagem
do material é uma de suas vantagens e seu uso vem crescendo a

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manual prático de concreto usinado

cada dia nas construções de grande, médio e até pequeno porte


no Brasil. Dentre as vantagens da escolha pelo Concreto Usinado
pode-se destacar:

a) Eliminação de grandes baias para estocagem de areia e brita;


b) Maior produtividade da equipe devido ao grande volume
descarregado por caminhão;
c) Redução das perdas e economia de materiais;
d) Controle tecnológico do concreto realizado com qualidade;
e) Redução do número de funcionários devido a não existência
da central de concreto dentro do canteiro;
f) Concretagem de grandes áreas em menor tempo.

Mas, antes de escolher utilizar o concreto usinado em sua obra


faz-se necessário observar que não existem apenas vantagens, o
CDC também possui algumas desvantagens. Uma das principais
desvantagens que pode-se observar é a total dependência que a obra
fica em relação a concreteira, caso haja qualquer eventualidade na
produção do concreto que inviabilize o transporte no horário ou
no dia combinado, a obra atrasará e isso é uma desvantagem a ser

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CAPÍTULO 1: definição

considerada. O acesso a uma usina também deve ser observado,


pois nem sempre é possível ter uma concreteira próxima o
suficiente da obra para realizar o transporte do concreto em
tempo hábil seguindo as recomendações da NBR 7212:2012.
Quando não há uma usina próxima, e a obra é de grande porte,
realiza-se a construção de uma usina temporária na própria obra.
Já se a obra é de pequeno porte a alternativa mais utilizada é a
produção do concreto através de betoneiras.
Conhecendo as vantagens e desvantagens do Concreto Usinado,
e decidindo utilizá-lo em obra, requer então a preparação do
canteiro de obras para o recebimento dos caminhões betoneiras e
execução da concretagem.

PROCEDIMENTOS PRELIMINARES À CONCRETAGEM

Para entender de fato como se deve proceder para organizar o


canteiro de obras, acessos, estruturas e outras questões, traçaremos
um passo a passo. Antes de realizar o pedido do concreto à usina,
faz-se necessário:

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manual prático de concreto usinado

• Quanto à organização do canteiro:


a) Verificar as condições de acesso para os caminhões
betoneiras, carrinhos, jerica e bombas caso necessário. Quem
deve garantir o acesso à obra é o contratante;
b) Caminhos distintos para as jericas irem e virem sem
interrupções e, portanto, facilitando a movimentação;
c) Conferir a existência de energia e iluminação para o
uso de adensadores e régua caso a concretagem se estenda até a
noite;
d) Realizar vistoria quanto à segurança do trabalho no
canteiro de obras, fazendo as sinalizações e proteções devidas
aplicando o que se pede na NR-18;

• Quanto à estrutura:
a) Averiguar se as estruturas anteriormente concretadas
(se houver) já possuem o tempo de cura necessário e estão
escoradas devidamente para receber uma nova carga;
b) Conferir o travamento das formas e também os pés dos
pilares para evitar qualquer tipo de vazamento ou eventualidade;
c) Verificar as armaduras (bitolas, quantidades e
espaçamento) principalmente as negativas onde, em caso de
lajes, haverá a movimentação da equipe de concretagem. Deve-
se verificar também se a armadura está fixa e com a quantidade
suficiente de espaçadores.

• Quanto à concretagem:
a) Garantir que os moldes utilizados para recolher as
amostras de concreto para posterior análise estão em boas
condições;
b) Manter uma equipe de carpinteiros, armadores
e eletricistas atentos durante a concretagem para qualquer

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CAPÍTULO 1: definição

problema que ocorra;


c) Em caso de lajes, finalizar a concretagem na caixa de
escada ou saída da laje.
d) Seguindo esses procedimentos e garantindo a
permanência da qualidade e segurança no canteiro, basta agora
escolher a fornecedora do concreto e realizar o pedido.

SOLICITAÇÃO DO CONCRETO
Para solicitar o concreto, a escolha da usina fornecedora é de
extrema importância e a ilustração abaixo exibe alguns detalhes
que devem ser considerados para decidir entre uma ou outra
concreteira:
Obviamente o preço não deve ser o único fator de escolha, mas a
capacidade de transporte devido ao número de caminhões que a empresa
dispõe, a disponibilidade de entrega no dia desejado, a credibilidade da
empresa mediante os construtores, engenheiros e profissionais da
construção e também a existência da Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) que a concreteira deve possuir, são fatores a considerar
para a decisão final sobre a responsável por fornecer o concreto usinado.
Definido a concreteira, para realizar o pedido o contratante pode
fornecer alguns critérios que necessita que o concreto possua e deixar
a cargo da usina os outros fatores, ou informar detalhadamente como
deseja o concreto usinado. Segundo a NBR 7212:2012, o pedido pode
ser feito pela(o):

a) Resistência do concreto à compressão;


b) Consumo do cimento;
c) Composição do traço.

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manual prático de concreto usinado

Na prática geralmente podem ser informados outros fatores como:

a) Tipo de cimento;
b) Relação Água/Cimento;
c) Aditivos;
d) Consistência do concreto (Slump).

Além desses critérios, um dos dados mais importante a ser informado é


o VOLUME de concreto que se deseja. Ao calcular o volume de concreto
lembre-se de acrescentar uma porcentagem referente as perdas. O cálculo
de concreto deve ser minucioso visto que qualquer alteração para mais ou
para menos pode causar grandes transtornos. Para aprender mais sobre
cálculo de volumes em lajes treliçadas, nervuradas e maciças adquira o
e-book “Manual para cálculo de volume em lajes” de minha autoria.
Após o pedido do concreto usinado, resta aguardar o dia agendado e
a chegada dos caminhões betoneiras.

PREÇO

FROTA DE
ART CAMINHÕES

CREDIBILIDADE ENTREGA

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CAPÍTULO 2: PROCEDIMENTOS PARA
RECEBIMENTO DO CONCRETO

Acessos e espaços de manobras


Para evitar atrasos, acidentes e perdas no concreto usinado
deve-se planejar o canteiro para o recebimento dos caminhões.
Os trajetos internos e externos devem permitir manobras do
próximo caminhão para que não haja obstrução. Um local
deve ser reservado para o caminhão que estiver na espera para
descarregar esteja estacionado. A sinalização do local do acesso
dos caminhões, manobras e estacionamento devem estar visíveis,
podendo ser utilizadas fitas, luzes e cones. No caso de concretos
bombeáveis será necessário também planejar o acesso e o local
para posicionamento da bomba além dos caminhões, visando um
fluxo contínuo de concretagem.

Nota Fiscal
Quando o primeiro caminhão chega a obra, cabe ao responsável
verificar a nota fiscal do concreto transportado. Algumas
informações precisam ser checadas para analisar se realmente o
material é o que foi solicitado. A primeira verificação a ser feita

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manual prático de concreto usinado

é se o número do lacre no caminhão bate com o número da nota


fiscal, além de verificar se o lacre não está rompido. A imagem
abaixo mostra que o lacre estará na calha por onde o concreto
será descarregado:

Em seguida outras verificações devem ser feitas de acordo com o


pedido, alguns itens importantes são:
• Resistência à compressão do concreto;
• Brita utilizada no traço;
• Abatimento (Slump) especificado;
• Aditivo utilizado;
• Horário de carregamento e saída do caminhão;
• Volume total transportado;
• Cimento utilizado.
O limite de tempo estabelecido pela NBR 7212:2012 para o
transporte até o local da concretagem é de até 150 minutos desde que
não seja utilizado nenhum tipo de aditivo plastificante, retardador de
pega e etc. Caso tenha sido acrescido ao concreto algum tipo de aditivo
citado anteriormente, o tempo limite para a chegada do concreto será
determinado pelo contratante ou empresa responsável.
Em caso de não conformidade em algum desses quesitos, o concreto
deve ser rejeitado pois não atende as características pedidas. Caso esteja

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CAPÍTULO 2: PROCEDIMENTOS PARA RECEBIMENTO DO CONCRETO

tudo conforme solicitado, é realizado o ensaio de abatimento de tronco


de cone ou slump test afim de conferir se o resultado em obra bate com
o especificado em nota.
Confira a seguir uma representação de nota fiscal e onde você poderá
encontrar algum dessas informações citadas anteriormente.

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manual prático de concreto usinado

Perceba que ao final da nota fiscal há espaços que devem ser


preenchidos com o horário de chegada, início de descarga e saída
da obra. Inicio de carga e saída da central já virão preenchidos. Ao
preencher o horário de saída da obra lembre-se de ficar com uma
via da nota fiscal para posterior controle.
Atente também que há um espaço para a quantidade de água
acrescentada no concreto. Nesse caso, caso haja adição de água
sem estar previsto anteriormente, a concreteira ficará isenta de
responsabilidade por qualquer alteração nas propriedades do
concreto. Então, antes de adicionar água verifique se a adição já
tinha sido programada, caso contrário avalie os efeitos.
A conferência, controle e armazenamento das notas fiscais é de
extrema importância para uma obra de qualidade mas as notas
fiscais podem variar de modelo, então fique atento para encontrar
as informações o mais rápido possível.

Lacre do Caminhão Betoneira

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CAPÍTULO 2: PROCEDIMENTOS PARA RECEBIMENTO DO CONCRETO

Ensaio de Abatimento de Tronco de Cone (Slump Test)


Após a conferência da nota fiscal, antes da autorização para
o descarregamento do caminhão deve-se realizar o Slump Test
que nada mais é do que o teste para conferir a consistência do
concreto. Este teste é normatizado através da NBR NM 67:1998.
Muitos iniciantes e estudantes cometem o erro de afirmar que
esse teste medirá aspectos de resistência do concreto e isso não é
verdade. A resistência do concreto será medida através dos moldes
preenchidos e levados para posterior análise em laboratório. Para
realizar o Slump Test é necessário possuir a aparelhagem que
é composta de um molde, uma haste e uma placa de base cuja
dimensões estão especificadas na norma.
Geralmente todos os caminhões betoneiras já possuem o kit
para a realização do teste de abatimento de tronco de cone. O
teste pode ser realizado pelo próprio motorista do caminhão
que normalmente são treinamos para executar tal tarefa, mas
sob supervisão por um responsável que também pode designar
alguém para executar o ensaio. O ensaio deve ser realizado para
cada caminhão betoneira que chegar a obra. Segundo a NBR NM
67, os procedimentos para a realização do ensaio são:

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manual prático de concreto usinado

1. Umedecer o molde e a placa de base.


2. Posicionar o molde acima da placa de base que deve estar
estabilizada.
3. Colocar os pés sobre as aletas do molde durante o preenchimento.
4. Encher rapidamente o molde em 3 camadas cada uma com
aproximadamente 1/3 do molde.
5. Compactar cada camada com 25 golpes distribuídos
uniformemente.
6. Retirar o molde verticalmente entre 5 e 10 segundos.
7. Colocar o molde invertido ao lado da amostra.
Medir com o auxílio da haste e de uma régua a diferença da
altura do molde para o eixo da amostra, este será o valor do
abatimento ou slump.
Algumas observações podem ser feitas durante a execução do
ensaio. A amostra coletada de concreto para a realização do slump
test deve ser retirada após 15% da descarga e antes de completar
85% do volume total, porém se recomenda descarregar cerca

SLUMP TESTE
HASTE METÁLICA
régua

ABATIMENTO
(cm)
CONE DE ABRAMS

AMOSTRA

base de chapa
metálica

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CAPÍTULO 2: PROCEDIMENTOS PARA RECEBIMENTO DO CONCRETO

de 1/3 em jericas e coletar o concreto logo após para definir a


aceitação ou rejeição da carga. Durante a execução, na camada
superior, por exemplo, deve-se acumular concreto sobre o molde
antes de iniciar os golpes pois o concreto adensará e o volume
diminuirá. O ensaio deve ser realizado em até 150 segundos. A
imagem abaixo ilustra como é medido o abatimento.
O valor do slump vem descrito na nota fiscal, como mostrado
anteriormente, e o valor medido in loco deve estar dentro da
margem estabelecida. Por exemplo, um Slump de 14+-2 pode
obter resultados que variem de 12 até 16 centímetros. Caso o
slump esteja fora da margem, o ensaio pode ser refeito em até 3
vezes. Se ainda assim o slump não atingir o especificado, a carga
deverá ser rejeitada. A tolerância para o ensaio é de 5 milímetros.
Vale salientar que quanto maior o valor determinado para o
slump, mais fluido será o concreto e quanto menor o valor mais
seco será o concreto. É de fundamental importância seguir os
passos citados anteriormente pois qualquer desvio na execução
do ensaio poderá causar distorções no resultado do mesmo.

Ensaio de resistência à compressão

O ensaio de resistência à compressão do concreto é realizado pelo laboratório


da própria construtora caso possua ou em um laboratório terceirizado.
Geralmente se preenchem dois moldes cilíndricos de 100 milímetros de
diâmetro e 200 milímetros de altura para cada idade de rompimento dos
corpos de prova de acordo com o estabelecido na NBR 12655:

a) Recolher a amostra conforme NBR NM 33, evitando as primeiras


e as últimas partes do material lançado;
b) Retirar o concreto diretamente da calha do caminhão-betoneira,
realizando a mistura em um carrinho de mão para assegurar a homogeneidade;
c) Preencher os moldes em duas camadas iguais, golpeando cada

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manual prático de concreto usinado

camada com 12 golpes uniformemente distribuídos, evitando penetrar a haste


na camada inferior já adensada;
d) Realizar acabamento da superfície com uma régua metálica,
retirando o excesso de material;
e) Deixar o molde em repouso, em temperatura ambiente, por 24 horas;
f)Enviaraolaboratóriooscorpos-de-prova,devidamenteidentificados.

Transporte do concreto

Transporte convencional
O transporte do concreto do caminhão betoneira na obra até
as fôrmas que se pretende concretar pode ser feita de modo
convencional, utilizando:

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CAPÍTULO 2: PROCEDIMENTOS PARA RECEBIMENTO DO CONCRETO

a) Carrinhos e Jericas: O ideal é o uso da jerica devido suas laterais


serem elevadas evitando o desperdício de concreto ao transportar.
Além disso deve-se prever caminhos de ir e vir distintos evitando
perda de tempo. A distância máxima do caminhão betoneira até
o local da concretagem deve ser de até 60 metros, superior a essa
distância o concreto corre o risco de segregar.
b) Guinchos: Realizar manutenções periódicas e rigorosas nas
roldanas, eixos, cabos, torre, freio e trilhos do guincho além de:
• Travar os carrinhos e jericas na cabine do guincho;
• Proibir o transporte de pessoas no guincho (NR-18);
• A operação deve ser feita por pessoa habilitada;
• Prever corrente, cadeado e chave para impedir o uso
por pessoa sem habilitação e/ou em horários inadequados ou
acionamento acidental.
c)Gruas e Caçambas – A área de operação da grua deve possuir
sinalização delimitando o espaço para impedir a circulação de
pessoas sob as cargas. Respeitar a carga máxima e se comunicar
através de rádios também são boas práticas para uma perfeita
execução.

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manual prático de concreto usinado

Transporte por bombeamento


O transporte por bombeamento é realizado por um equipamento
acoplado a um caminhão-lança que empurra o concreto por uma tubulação,
sendo muito utilizado para vencer grandes alturas ou distâncias horizontais.
Uma das maiores vantagens desse modo de transporte é o
volume de concreto transportado que pode chegar até 45 metros
cúbicos por hora, aumentando a produtividade. Ao escolher o
sistema por bombeamento, o concreto usinado deverá ser mais
fluido visando não entupir a tubulação.
Para o bom andamento da concretagem por bombeamento é
necessário alguns cuidados:

a) A brita não deve ter um diâmetro maior que 1/3 do


diâmetro interno da tubulação;
b) Antes de realizar o bombeamento deve-se lubrificar a
tubulação com nata de cimento;
c) Providenciar reforços com travamentos e escoras para
os pontos de curvas;
d) Selecionar pelo menos dois colaboradores para segurar
a extremidade do mangote de lançamento;
e) Utilizar rádios para comunicação e controle remoto
para a lança;
f) Verificar se a movimentação da lança não pode atingir
as instalações elétricas, telefônicas e vizinhas;
g) Prover sempre um caminhão betoneira para ficar na
espera mantendo o fluxo contínuo de concretagem.

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CAPÍTULO 3: execução da concretagem

O momento da execução da concretagem é sempre um


momento de grande atenção para qualquer obra, onde é
necessário ter sido realizado anteriormente uma conferência
rígida no sistema de formas e armação. A seguir estão citados
alguns cuidados que se deve ter no dia de concretagem:

Plano de lançamento (de concretagem)


a) Calcular anteriormente o volume de concreto, de preferência
da própria forma, e planejar o ciclo de caminhões e intervalos
entre eles para mantimento do fluxo contínuo;
b) Selecionar os colaboradores para executar o lançamento,
adensamento e cura do concreto;
c) Selecionar e verificar o estado dos equipamentos necessários
para o transporte, adensamento e cura do concreto;
d) Prever locais de tomadas de força em caso de uso de
equipamentos elétricos.

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manual prático de concreto usinado

Condições gerais durante o lançamento


a) O concreto deverá ser lançado na estrutura em até duas horas
e meia caso não tenha sido aditivado, em caso contrário o tempo
será estimado pela própria construtora ou calculista;
b) Programar o ponto de início e fim da concretagem. Iniciar
pelo ponto mais distante do recebimento do concreto;
c) Não acumular concreto em nenhum ponto da estrutura,
tentando sempre distribuí-lo;
d) Lançar sempre a partir das extremidades em direção ao meio
das formas e em camadas de até 30 centímetros;
e) Lançar nova camada antes do início de pega da camada
inferior;
f) Não lançar o concreto à uma altura superior a 2 metros e
meio. Se for o caso deve-se providenciar calhas ou similares.;
g) Verificar as rampas e acessos às formas.
h) Umedecer as formas antes do inicio da concretagem;
i) Em caso de chuva, a concretagem deve ser interrompida e o
trecho concretado deve ser protegido com lonas plásticas;
j) Providenciar pontos de iluminação no caso da concretagem
se estender para a noite.

ADENSAMENTO DO CONCRETO
No momento em que o concreto usinado é descarregado na
estrutura, há a necessidade de adensa-lo para que possa preencher
todos os vazios e retirar o ar do material. O único concreto que
pode dispensar o adensamento é o concreto auto adensável pois é
mais plástico e fluido.
Em obras de pequeno porte utilizam o adensamento manual,
porém em obras onde se exige uma maior qualidade usa-se o
adensamento mecânico por meio de equipamento denominado
vibradores. Para adensar o concreto em profundidade utiliza-

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CAPÍTULO 3: execução da concretagem

se os vibradores de imersão, já para acabamento de superfície


se utilizam as réguas vibratórias. Vale salientar que a ausência,
insuficiência ou excesso de vibração no concreto podem resultar
em problemas futuros. Algumas boas práticas para o adensamento
são:
a) Sempre aplicar o vibrador na vertical.
b) Cada vibrador tem sua capacidade de alcance, mas a boa
prática recomenda lançar o concreto em camadas de até ¾ do
comprimento da agulha do vibrador.
c) Verificar o raio de alcance do vibrador e aplica-lo no maior
número de pontos possíveis.
d) Não retirar o vibrador de forma brusca do concreto para
evitar bolhas de ar;
e) Permanecer no máximo 15 segundos com a agulha do
vibrador em um mesmo ponto.
f) Evitar tocar a armadura e as formas com a agulha do vibrador.
g) Utilizar os equipamentos de proteção individual adequados.

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manual prático de concreto usinado

RASTREABILIDADE E MAPEAMENTO DO CONCRETO

A rastreabilidade e mapeamento do concreto é uma atividade


simples mas de extrema importância para as obras que desejam
manter a qualidade e exatidão dos seus serviços. Mapear o
concreto usinado nada mais é do que demarcar em uma planta
baixa da estrutura a ser concretada o local exato onde o concreto
foi descarregado.
O engenheiro da obra deve designar um responsável para
realizar o mapeamento durante a concretagem e ele destacará
a área correspondente a cada caminhão que descarregar. O
mapeamento pode ser feito com cores diferentes ou apenas com
traços e anotando o número da nota fiscal de cada caminhão em
sua respectiva área.
Os pontos de maior atenção devem ser o de início e fim da
descarga para que o anotador não perca nenhuma informação.
O mapeamento do concreto se dá apenas para os concretos
convencionais, em caso de concreto auto adensável ficará inviável
a realização do mapeamento e, portanto, é indicado o uso de
concreto colorido.
Para uma rastreabilidade mais eficiente deverá conter no
mapa de concretagem: data e hora do descarregamento, tipo de
concreto, número da nota fiscal e responsável pela aceitação do
concreto. Para cada estrutura distinta, deverá ser realizado um
mapa diferente se estiverem em patamares ou locais distintos.

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CAPÍTULO 3: execução da concretagem

EXEMPLO DE MAPEAMENTO DO CONCRETO

7 2

1
4

6 8
3

10 5

ÁREA DATA HORA DE INÍCIO Nº DO CAMINHÃO NOTA FISCAL


1 14/07/2018 07:05 321 51-99.888
2 14/07/2018 07:45 111 51-99.891
3 14/07/2018 08:20 032 51-99.892
4 14/07/2018 08:55 123 51-99.894
5 14/07/2018 09:25 001 51-99.895
6 14/07/2018 10:30 332 51-99.899
7 14/07/2018 11:05 121 51-99.902
8 14/07/2018 11:40 041 51-99.907
9 14/07/2018 12:10 252 51-99.908
10 14/07/2018 12:35 125 51-99.915

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manual prático de concreto usinado

CURA DO CONCRETO
Finalizado a concretagem, se inicia a cura do concreto que é
o processo de secagem e endurecimento do mesmo. Para uma
cura ideal, o concreto deve ser protegido contra ventos, raios
solares, agentes químicos, mudanças de temperatura e excesso de
água. Portanto, após perceber que o concreto está seco ao tato é
necessária providenciar a cura úmida ou cura química. A seguir
estão representadas algumas formas de realizar esse tipo de cura:

molhar continuamente
(pilares e vigas)

manter lâmina de água sobre


TIPOS DE CURA

a superfície
(lajes e pisos)

espalhar a areia, serragem ou sacos


de cimento ou estopa sobre
a superfície e umedecer

MOLHAR E COBRIR COM LONA

PÓ QUÍMICO

PRAZOS PARA DESFORMA


Os prazos para as desformas variam de acordo com a estrutura.
Respeitar os prazos são de fundamental importância para evitar
problemas estruturais, patologias e até acidades. Nas concretagens
usuais, deve-se criar um plano de desforma e respeitar a sequência
da retirada das formas. Segundo a NBR 14931, os prazos para
desforma são:

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CAPÍTULO 3: execução da concretagem

Prazo de Desforma
Tipos de Formas
Concreto comum Concreto com ARI
Paredes, pilares e faces 3 dias 2 dias
laterais de vigas
Lajes até 10 cm de espessura 7 dias 3 dias
Faces inferiores de vigas com 14 dias 7 dias (?)
reescoramento
Lajes com mais de 10 cm de
espessura e faces inferiores 21 dias 7 dias
de vigas com menos de 10 m
de vão
Arcos e faces inferiores de 28 dias 10 dias
vigas com mais de 10 m de
vão

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terminologia

Abatimento – Ensaio normalizado para a determinação da


consistência do concreto e que permite verificar se não há excesso
ou falta de água no concreto.
Adensamento – No caso específico de concreto, é um processo
manual ou mecânico para compactar uma mistura de concreto
no estado fresco, com o intuito de eliminar vazios internos da
mistura (bolhas de ar) ou facilitar a acomodação do concreto no
interior das formas.
Concreteira – empresa especializada em fornecimento de
concreto usinado.
Concreto fresco – é o estado do concreto que permite
manusear (transportar, lançar e adensar).
Cura - Molhagem do concreto, após o fim de pega, ou seja, o
endurecimento inicial do concreto, a fim de evitar a evaporação
da água necessária às reações químicas (hidratação) nas primeiras
idades.
Jerica, jirica, girica ou gerica – tipo de carrinho caçamba com
um eixo e dois pneus apropriado para transporte de argamassa e
concreto.
Junta fria – junta motivada pela paralisação da concretagem

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ou por etapa de concretagem.
Pasta – mistura mais consistente de cimento é água.
Pega – é a etapa de endurecimento do concreto, tendo o
início de pega quando ocorrer um aumento notável e brusco
da viscosidade e fim da pega quando ocorrer à formação de um
bloco rígido.
Traço – é a convenção adotada para expressar a quantidade
(proporção) de cada componente do concreto, sempre tendo
como elemento base da proporção o cimento.

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bibliografia

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2006.


Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento
do tronco de cone; NBR NM 67. Rio de Janeiro: ABNT.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992.


Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos
de resistências. NBR 8953. Rio de Janeiro: ABNT.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992.


Controle Tecnológico de Materiais Componentes do
Concreto. NBR 12654. Rio de Janeiro: ABNT

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994.


Execução de concreto dosado em central; NBR 7212. Rio de
Janeiro: ABNT.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1993.


Materiais de pedra e agregados naturais. NBR 7225. Rio de
Janeiro: ABNT

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2006.


Preparo, Controle e Recebimento de Concreto NBR 12655.
Rio de Janeiro: ABNT.

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