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Finanças 08/11/2013 06:00

4 erros imperdoáveis no fluxo de caixa do seu negócio


Especialistas indicam quais os principais problemas dos empreendedores na hora de
organizar as finanças do negócio

São Paulo – Organizar as finanças de uma pequena empresa é o passo inicial para que o projeto
cresça. O de
Priscila Zuini, caminho é já começar a se acostumar com a planilha do fluxo de caixa. Pensado para servir
como um planejamento, ele ajuda a acompanhar todas as receitas e os gastos da empresa e a tomar
decisões.

O problema é que muitos empreendedores só usam os dados para saber se vai faltar dinheiro no final
do mês. O ideal é acompanhar os meses futuros para programar ações. “O fluxo de caixa me diz futuro.
Já começa a ver quanto mal ou bom vai ser daqui seis meses. Ele diz quanto precisa de capital de giro,
se pode fazer distribuição de lucros, se está na hora de assumir uma dívida ou fazer um investimento”,
diz Maurício Galhardo, consultor especializado em finanças, da Praxis Business.

Para que a ferramenta funcione bem como um indicador, é preciso que o empresário fique responsável
por fazer ou acompanhar de perto os dados e se certifique de que todas as informação são reais. “O
fluxo de caixa deve traduzir a realidade financeira da empresa. É uma previsão do que vai receber e
pagar”, explica Nelson de Sousa, professor de finanças do IBMEC/RJ. Veja quais são os principais
erros que você precisa evitar para usar bem o fluxo de caixa.

1. Não ter categorias

Apesar de existirem softwares e programas que auxiliam empresários no fluxo de caixa, a maneira mais
simples é montar uma planilha. “Precisa separar os gastos em grupos, o que alguns chamam de planos
de contas”, alerta Galhardo. Apenas registrar todos os gastos e despesas não é o suficiente para tomar
decisões com a planilha. O ideal é separar todos os valores em categorias. “Se você separa em
caixinhas, no plano de contas, consegue entender quanto se gasta em cada categoria”, indica o
consultor.

Assim, faça colunas para custos com ocupação, como aluguel, IPTU e até água e luz, para custos com
pessoal, incluindo salários e benefícios, e também para custos administrativos e relacionados a vendas.
Desta forma, fica mais fácil identificar, por exemplo, onde a empresa gasta mais e até como seria
possível reduzir custos. “É importante acompanhar o saldo bancário, que deve bater com o fluxo de
caixa”, explica Galhardo.

2. Lançar vendas e não recebimentos

Uma nova venda sempre é recebida pela empresa como dinheiro no bolso e muitos empresários se
precipitam e lançam os valores na planilha. “No fluxo de caixa, o que deve ser lançado são as receitas e
não as vendas. A receita é aquilo que entrou de dinheiro. Se fizer uma venda em três vezes, vai ter que
lançar o pagamento em três vezes também”, esclarece Galhardo.

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O mesmo vale para pagamentos. “Se ia pagar uma conta e o fornecedor deu um prazo maior, muda a
conta para ser paga em outra data”, diz o consultor. Para Sousa, este é o ponto de partida para um
fluxo de caixa bem feito. “Projeta o que vai vender e o que vai receber, considerando que algumas
vendas são à vista, outras a prazo”, diz.

3. Não ter um acompanhamento diário

O padrão mais comum de fluxo de caixa é mensal, ajudando o empresário a avaliar o desempenho do
negócio naquele mês. Na prática, é melhor acompanhar diariamente. “Ele tem que ser feito diário. O
fluxo de caixa não serve para ver quanto está gastando, para falar de passado, o fluxo de caixa me diz
futuro”, afirma Galhardo.

4. Não ser realista

É com o acompanhamento diário que o empresário vai aprendendo como o negócio se comporta mês a
mês e pode se preparar para períodos de baixa. Isso só acontece se os dados usados estiverem de
acordo com a realidade. “Empresas projetam fluxo de caixa de até 2 anos, com o que imaginam que vai
ser a atividade. Cada vez que aumentam as expectativas de venda, aumentam os gastos também”, diz
Sousa.

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