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Ministério do Meio Ambiente

Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano


Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria

Inventário de PCB
Brasília, 28 de novembro de 2014.
Legalmente amparado

Convenção de Estocolmo sobre POPs – ratificada pelo Decreto


Legislativo nº 204/04 e Decreto Executivo nº 5.472/05

Art. 6º estabelece que cada Parte signatária da Convenção deverá


adotar “Medidas para Reduzir ou Eliminar as Liberações de Estoques
e Resíduos”, entre elas:

(a) Elaborar estratégias apropriadas para identificar:


i) Os estoques que consistam de, ou que contenham, as substâncias
químicas relacionadas no Anexo A ou Anexo B;
ii) Os produtos e artigos em uso, bem como os resíduos que
consistam de, contenham ou estejam contaminados com uma
substância química relacionada no Anexo A, B ou C.
Obrigações
Convenção de Estocolmo, Parte II

a) Até 2025:

i) Identificar, rotular e retirar de uso equipamentos com > 10% (100.000 ppm)
e > 5 litros;
ii) Identificar, rotular e retirar de uso equipamentos com > 0,05% (500 ppm) e >
5 litros;
iii) Identificar e retirar de uso equipamentos com > 0,05% (50 ppm) e > 0,05
litro.

b) Medidas para redução de exposição e riscos, por meio do controle do uso de


PCBs:

i) Utilizar somente em equipamentos intactos e à prova de vazamento e apenas


em áreas onde o risco de liberação para o meio ambiente possa ser minimizado e
rapidamente remediado;
Obrigações
b) Medidas para redução de exposição e riscos, por meio do controle do uso de
PCBs (continuação):

ii) não utilizar em equipamentos localizados em áreas associadas com a produção


ou processamento de alimento ou ração;

iii) quando utilizado em áreas povoadas, incluindo escolas e hospitais, adotar as


medidas razoáveis de proteção contra falhas elétricas que possam causar
incêndios e inspecionar regularmente o equipamento para verificar a existência
de vazamentos.

c) Equipamentos que contenham PCBs não sejam exportados, exceto para o


manejo ambientalmente adequado de resíduos. Importação proibida pelo
Decreto Legislativo (art. 1º, §1º, a não ser que o Brasil tiver sido o país produtor
ou exportador) e Lei nº 12.305/10 (art. 49 - É proibida a importação de resíduos
sólidos perigosos..., ainda que para tratamento...). Art. 4º da proposta de
resolução CONAMA proíbe a produção e importação de PCB e equipamentos,
materiais e fluidos com concentração acima do limite de detecção (2 ppm).
Obrigações

d) salvo para operações de manutenção e reparo, não permitir a recuperação


para reutilização em outro equipamento, de líquidos com mais de 0,005% (50
ppm) de PCB;

e) realizar o manejo ambientalmente adequado de fluidos e equipamentos com


teor superior a 0,005% (50 ppm).

Os Detentores de PCB deverão promover a retirada de uso dos equipamentos e


fluidos PCB e contaminados PCB e dos materiais contaminados PCB até 31 de
dezembro de 2025 e a destinação ambientalmente adequada até 31 de dezembro
2028.
Proposta de Resolução CONAMA

• Dispõe sobre a gestão ambientalmente adequada e a eliminação controlada


de Bifenilas Policloradas (PCBs) e dos seus resíduos.

• Em análise na Câmara de Assuntos Jurídicos do CONAMA – pedido de vistas


pela ONG Planeta Verde;

Estabelece os procedimentos e critérios para a elaboração do inventário, o


gerenciamento e a eliminação controlada de equipamentos, materiais e fluidos
contendo PCB e seus resíduos, classificados como perigosos.
Público Alvo

Detentores de PCB: pessoa jurídica, de direito público ou privado,


que no desempenho das atividades listadas no Anexo I, utilize ou
tenha posse ou guarda de equipamentos, materiais, fluidos ou
resíduos classificados conforme disposto nesta Resolução.

Setor industrial, Setor elétrico, Serviços, Transporte.


Obrigações

1. Registro no CTF;
2. Realização do inventário em até 3 anos da publicação da Resolução;
3. Elaboração do cronograma de eliminação e atualização via Relatório
de Gerenciamento de PCB;
4. Entrega do Relatório de Gerenciamento de PCB, anualmente
(informações mínimas - Anexo III). Entrega do 1º no ano de conclusão
do inventário;
5. Elaboração dos planos de contingência e de emergência para PCB;

Inventário e cronograma de eliminação devem ser mantidos


atualizados e disponíveis para controle e fiscalização dos órgãos
ambientais competentes.
Resumo dos 7 passos do Guia para o Inventário
Nacional de Bifenilas Policloradas (PCB)

Passo1. Verifique a qual grupo de declaração a sua atividade econômica pertence.


Passo2. Verifique quais equipamentos elétricos devem ser inventariados no seu
grupo de declaração.
Passo3. Inspecione os transformadores, disjuntores isolados a óleo, ou outros
equipamentos elétricos não selados e os classifique.
Passo4. Inspecione os demais equipamentos elétricos selados isolados a óleo.
Passo5. Inspecione e registre a existência de resíduos contendo PCB.
Passo6. Registre os resultados do inventário no formulário eletrônico.
Passo7. Estabeleça a forma apropriada de estocagem dos equipamentos,
produtos e resíduos contendo PCB.
Classificação

-Classe 1 – Resíduo PCB


-Classe 2 – Equipamento, materiais e fluidos PCB
a) Equipamentos elétricos e industriais (exceto capacitores) e fluidos:
[PCB] > 500 mg/kg no fluido;
b) Todos os grandes capacitores fabricados ou importados até 1985 ou cujo líquido
isolante contenha [PCB] > 500 mg/kg e todos os pequenos capacitores fabricados
ou importados até 1990.
-Classe 3 – Contaminados por PCB
a) Equipamentos elétricos e industriais (exceto capacitores) e fluidos:
50 < [PCB] < 500 mg/kg no fluido;
b) Materiais permeáveis: [PCB] > 50 mg/kg;
c) Materiais impermeáveis: [PCB] > 100 μg/dm2.
-Classe 4 – Equipamentos, materiais e fluidos contendo [PCB] < 50 mg/kg
Parágrafo único. Os equipamentos, materiais e fluidos classificados como
Classe 4 não poderão ser destinados como isentos de PCB, exceto se a [PCB]
< LD do método.
Rotulagem

-Classe 1 Resíduo PCB – PRETO


-Classe 2 Equipamento, materiais e fluidos PCB – LARANJA
-Classe 3 Contaminados por PCB – AMARELO
-Classe 4 Contendo PCB – VERDE

A rotulagem física poderá ser realizada de forma gradual, de


acordo com a rotina de manutenção e destinação dos
equipamentos, materiais, fluidos e resíduos.
Análises laboratoriais

Art 13. As análises laboratoriais para determinação da


concentração de PCB deverão ser executadas por laboratórios
acreditados para realização deste ensaio, pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) ou por
laboratórios estrangeiros acreditados por organismos de
acreditação, signatários de um acordo de reconhecimento mútuo,
do qual o INMETRO faça parte.

Parágrafo 2º Para fins do inventário, poderá ser aceito método


semi-quantitativo validado para falso negativo menor do que 1%;
Exceção

Os equipamentos elétricos selados, fabricados a partir de 1991, e


com até 150 litros de fluido isolante, para efeitos de classificação no
inventário deverão ser agrupados em lotes específicos e
considerados para fins de gerenciamento como isentos de PCB.
Projetos Demonstrativos (Piloto)

Recursos do Projeto BRA 08G32 - Estabelecimento da Gestão e


Destinação de Bifenilas Policloradas-PCB.

Execução de 3 (três) projetos demonstrativos (pilotos) em 3 (três)


companhias do setor elétrico brasileiro, contemplando, em cada
uma delas:
i. Definição das estratégias, orientações, diretrizes e as metas para
a execução dos trabalhos, junto aos representantes das companhias
elétricas selecionadas e à Coordenação Nacional do Projeto;

ii. Avaliação das informações constantes nos bancos de dados das


companhias elétricas;
Projetos Demonstrativos (Piloto)
iii. Definição, com base no Guia do Inventário de PCB, dos critérios
estatísticos para a definição do espaço amostral dos equipamentos
que deverão ser inventariados em cada uma das companhias
elétricas selecionadas com grau de confiança de no mínimo 98%;

iv. Levantamento e mapeamento dos equipamentos e materiais


suspeitos de conterem PCB;

v. Execução das análises químicas necessárias para uma avaliação


do grau de confiança dos testes rápidos (colorimétrico e
potenciométrico) de detecção de PCB/Cloro e correlações entre os
resultados dessas análises e o método cromatográfico clássico;

vi. Elaboração de um planejamento para o Inventário de PCB para


as três companhias elétricas selecionadas;
Projetos Demonstrativos (Piloto)

vii. Proposição de um Plano de Gestão: manuseio, transporte,


estocagem e plano de ação para inventário, retirada de uso e
destinação final ambientalmente adequada, considerando os
aspectos regulatórios vigentes, laboratórios, unidades de
tratamento e destinação, estimando prazos e custos;

viii. Programa de treinamento voltado à gestão de PCB, tendo como


público-alvo os técnicos especializados das empresas do setor
elétrico e industrial, dos órgãos ambientais e demais atores
envolvidos com a temática do PCB;
Projetos Demonstrativos (Piloto)

ix. Elaboração do conteúdo e execução do treinamento, cujo


conteúdo envolverá a execução do inventário, as rotinas e
procedimentos de caracterização e análise química, a elaboração
dos planos de gestão e a análise das alternativas tecnológicas
disponíveis para descontaminação, destruição e disposição de PCB,
assim como a apresentação dos resultados de cada um dos Projetos
Demonstrativos em três (3) edições, sendo uma em cada companhia
elétrica selecionada;

x. Oficina para apresentação e discussão dos resultados obtidos


pelos projetos demonstrativos, conclusões e recomendações.
Projetos Demonstrativos (Piloto)

Manifestação de Interesse divulgada no sítio eletrônico do MMA e do


PNUD, além de 3 jornais de grande circulação;

As três propostas recebidas foram aprovadas:

• Eletrobrás Amazonas Energia


• Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF)
• COPEL Distribuidora.

Contemplam as fases de geração, transmissão e distribuição;

Representam regiões distintas do país;

Já possuem banco de dados atualizados, pelo menos parcialmente.


Projetos Demonstrativos (Piloto)

Termo de Referência do MMA -> PNUD (início da semana que vem);

PNUD elabora Edital de Concorrência Internacional para contratação de


empresa ou consórcio de empresas que tenha comprovadamente
experiência na gestão de resíduos perigosos, preferencialmente junto ao
setor elétrico: 2 ou mais Jornais, site do PNUD; links no site do MMA,
outros (FMASE (?)). DIVULGUEM QUANDO SAIR!

Serão compostas 3 equipes, uma para cada Cia. Elétrica selecionada,


respondendo a uma coordenação geral;

Prazo de duração: 12 meses, sendo 9 em campo;

Programa de Capacitação e workshop ao final dos trabalhos.


Obrigado!

Alberto da Rocha Neto


Gerente de Segurança Química
alberto.rocha@mma.gov.br

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