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ALUNO: SANDRO JOSÉ NEUHAUS – 1º SGT

GRUPO: Grupo P
TUTOR: S TEN BARBOZA - ANDRE LUIS BARBOZA DA SILVA

ARQUITETURA CLIENTE SERVIDOR

O que se apresentava como uma novidade no início da década de 90, contrariando os


modelos utilizados até antão, Sistemas Centralizados e Os Micros Standalone (Micros trabalhando
isoladamente), o modelo Cliente/Servidor, era uma alternativa para acompanhar as novas
tecnologias, novas estruturas, tudo isto ligado a mudanças que são consequência direta dos novos
tempos, da rapidez com que a informação deveria ser tratada, buscando aprimorar a forma de
utilizar o computador, permitindo acesso rápido a informação, de forma precisa e confiável
tornando as organizações cada vez mais competitivas e seguras. A figura 1, exemplifica de forma
simplificada sua organização.

Figura 1
Podemos dizer, que é um modelo para qualquer par de aplicações que se comunicam, um
dos lados deve iniciar a execução e esperar (indefinidamente) até ser contactado pelo outro
lado. Simplificando, teremos uma aplicação inicia uma comunicação par-a-par e que é chamada
cliente e do outro lado teremos, um servidor que é um programa que espera por requisições de um
cliente.
No modelo Cliente/Servidor, os servidores oferecem serviços, que são solicitados pelos
clientes, executam a tarefa solicitada e enviam uma resposta ao cliente que se traduz nos dados
solicitados. Quando um cliente realiza a solicitação através do envio de uma mensagem, em quanto
aguarda o processamento do servidor, este fica livre para realizar outras tarefas.
Por ser uma estrutura de aplicação que distribui as tarefas e cargas de trabalho entre os
fornecedores de um recurso ou serviço (servidor), e quem requer (cliente), visualizamos
imediatamente que esta comunicação se dá através de uma rede de computadores, no entanto, o
modelo permite que ambos residam no mesmo computador.
Um servidor é um “host” que executa um ou mais serviços ou programas que compartilham
recursos com os clientes, já este não compartilha recursos somente realiza solicitações.
O modelo cliente/servidor ainda prevê o trabalho em camadas, como a organização em duas
camadas o chamado Two-Tier, onde o cliente se comunica diretamente com servidor. Um bom
exemplo para esta organização, seria termos o banco de dados do sistema em um servidor e as
regras e lógica da aplicação no cliente, esse era o modelo mais comum até pouco tempo atrás,
porém apresenta alguns problemas quanto a manutenção, pois toda vez que o sistema for alterado na
aplicação ou no banco de dados, ambos terão de ser atualizados, além da necessidade de instalar a
aplicação em todos os clientes, a exemplo do que acontece com o SIMATEX, no âmbito do
Exército.
Outra organização utilizada, é a Three-Tier, onde é implementada uma camada intermediária
que receberá as regras de trabalho e a lógica da plicação, o que a torna um pouco mais flexível,
ficando o cliente apenas com a interface de utilização, e desta forma, quando alguma regra for
alterada nesta camada ela será assumida por todos os clientes e pela base de dados. Este modelo
pode ser observado nas aplicações Web, seja na construção de um site ou sistema WEB, que seja
construído com alguma linguagem de back-end como PHP ou Java Web (JSP, JSF). Assim sendo,
sempre que for submetida uma atualização do sistema na camada intermediária, ou seja, no servidor
de aplicação, todos clientes conectados a ela receberão as atualização imediatamente, o que não
acontece no modelo Two-Tier.
Muito se falou até aqui, sobre a troca de informações entre clientes e servidores, mas para
que ela foce possível, foi necessário o desenvolvimento dos chamados protocolos de transporte, e
para organizar esta estrutura com os diversos protocolos disponíveis, foi criado o modelo de
referência OSI/ISO, que tem por objetivo especificar as formas de comunicação, para que seja
possível a troca de mensagens entre as camadas (AMARAL,1993) (COMER,1993) (DUMAS,1995)
(RENAUD,1994) (TANENBAUM,1996). Cada camada adiciona um cabeçalho para que haja uma
identificação na máquina destino. A figura 2 mostra os principais protocolos usados nas
comunicações Cliente /Servidor baseados na Microsoft, Internet e IBM e sua distribuição nas 7
camadas do MODELO DE REFERÊNCIA OSI (Open System Interconection), que foi criado para
servir de base para a padronização da conexão de sistemas abertos (TANENBAUM,1996).

Figura 2
Como podemos observar na figura 2, que apresenta alguns dos diversos exemplos de
protocolos distribuídos nas camadas do modelo OSI, qualquer um que tenha pesquisado um pouco
sobre redes de computadores, certamente já terá ouvido falar de serviços/aplicações que usam como
protocolo de transporte TCP ( Transmission Control Protocol) ou o UDP (User Datagram Protocol ).
Numa referência ao modelo OSI, estes protocolos pertencem à camada 4 (camada de
transporte). Já no modelo TCP/IP, estes protocolos encontra-se igualmente na camada de transporte
mas que corresponde à camada 3, como mostra a figura 3.

Figura 3
Observa-se que existem vários motivos para que tenha ocorrido o crescimento do modelo
cliente servidor, pois trouxe inúmeras vantagens como a simplificação do uso, pois os usuários do
lado cliente não precisam mais ter conhecimentos da área do servidor, sua rede tornou-se dinâmica,
permitindo a adição ou retirada de clientes sem alterar o funcionamento da rede, permitiu a
centralização dos recursos o que facilitou o gerenciamento além do um aumento significativo na
segurança.
No contraponto, temos alguma desvantagens, pois devido a complexidade dos novos
ambientes, aumentou também a dificuldade para realizar as configurações bem como para a
identificação e análise dos problemas, isso sem falar no aumento do custo com hardware software,
seja no servidor como no cliente, sendo necessárias ferramentas de desenvolvimento e
administração.
Conclui-se portanto, que o modelo Cliente/Servidor, mais do que uma simples estrutura para
definir o tipo ou a forma como irá funcionar nossa aplicação, é um modelo formado por um
conjunto de tecnologias, que vão do conceito, meio físico, dados e transporte até chegar na camada
que está ao alcance do usuário, a aplicação.
Tudo em tecnologia pode e deve evoluir e neste contexto vimos vantagens e desvantagens
deste modelo, mas de uma coisa podemos ter certeza, devido a sua flexibilidade, estabilidade e
escalabilidade, o modelo Cliente/Servidor irá perduram por muito tempo.
Referências Bibliográficas:
(AMARAL,1993) Amaral, W. H. “Arquitetura Cliente/Servidor Orientada a Objeto”Tese de Mestrado,
IME, 1993.
(AQUINO,1995) Botelho, Tomás de Aquino Tinoco, “Análise de Desempenho daArquitetura
Cliente/Servidor Orientada a Objeto”, Tese de Mestrado, IME,Dezembro/1995(COMER,1993) Comer,
Douglas E. & STEVENS, David L. “Internetworking WithTCP/IP Vol.III:
Client/Server Programming and Application (Socket Version)”. PrenticeHall, Englewood Cliffs,
New Jersey, USA, 1993.
(DUMAS,1995) Dumas, Arthur “Programando WinSock”, Axcel Books, Rio de Janeiro,1995.
(RENAUD,1994) Renaud, P. E. “Introdução aos Sistemas Cliente/Servidor” IBPI Press,RJ 1993
(TANENBAUM,1996) Tanenbaum, Andrew S. “Computer Networks” Prentice Hall,Third Edition,
1996
Modelo Cliente/Servidor e Introdução a Sockets, Disponível em :
<http://www.ic.unicamp.br/~juliana/cursos/mc833/aula4.pdf> Acessado em: 27 Julho 2019
Utilização de Bancos de Dados e Arquitetura Cliente/Servidor, Disponível em:
<http://www.computacao.unitri.edu.br/downloads/monografia/42371129385144.pdf> Acessado em: 27 Julho
2019

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