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TERRORISMO
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Vice-Presidente da República
José Alencar Gomes da Silva
ENCONTRO DE ESTUDOS
TERRORISMO
Brasília
2006
Edição: Secretaria de Acompanhamento e Estudos Institucionais
Endereço para correspondência:
Praça dos Três Poderes
Palácio do Planalto, 4° andar, sala 130
Brasília - DF
CEP 70150 - 900
Telefone: (61) 3411 1374
Fax: (61) 3411 1297
E-mail: saei@planalto.gov.br
E56 E n c o n t r o d e E s t u d o s : T e r r o r i s m o ( B r a s í l i a : 2 0 0 5 ) .
Encontro de Estudos:Terrorismo. Brasília: Presidência da República,
Gabinete de Segurança Institucional, Secretaria de Acompanhamento e
Estudos Institucionais, 2006.
180 p.
CDD –341.26
Sumário
I
Apresentação .................................................................................................... 07
II
Exposição Inicial: Possíveis implicações econômicas de ações terroristas
III
As múltiplas faces do terrorismo e a probabilidade de ocorrência de
atentados no Brasil
IV
Medidas preventivas e de combate ao terrorismo implementadas nos
fóruns internacionais e possíveis implicações para o Brasil
V
Terrorismo no Brasil: prevenção e combate
VI
Artigo: O Terrorismo de Massas na Nova Ordem Mundial
Professor Francisco Carlos Teixeira Da Silva
Universidade Federal do Rio de Janeiro........................................................ 141
APRESENTAÇÃO
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Exposição Inicial: Possíveis implicações
econômicas de ações terroristas
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antes de 2001 e cuja tendência era a de que cada vez mais as fronteiras
fossem abolidas, sofreu, se não um retrocesso, pelo menos uma paralisia
temporária. Este fato pode ser comprovado, claramente, nos riscos e
nas dificuldades que é ir aos Estados Unidos, atualmente. Sendo assim,
embora a globalização não tenha acabado e nem tão pouco acabe, já que
temos a revolução tecnológica das telecomunicações, dos computadores,
dentre outras, atualmente, estas preocupações de segurança começam a
“jogar areia na engrenagem”, quer dizer, estas coisas são grãos de areia
que estão sendo colocados na engrenagem, e um destes grãos de areia é
a questão dos custos de transação. Um exemplo destas dificuldades que
estão sendo impostas é o fato de os americanos estarem, gradualmente,
se movendo em direção a uma decisão de que, no futuro, eles só
permitirão a entrada livre da mercadoria importada que tenha sido
inspecionada por inspetores de alfândega americanos antes de sair do
porto de exportação. Os americanos já credenciaram 20 megaportos,
porém, nenhum na América Latina, pelo menos não América do Sul.
Atualmente, nos portos europeus como Roterdã e Cingapura, um dos
maiores portos do mundo, já há fiscais americanos que inspecionam
os contêineres antes destes saírem do porto de origem e, segundo eles,
os países que não aceitarem esta condição terão que se submeter a
um processo muito mais complicado. Embora esses países não sejam
impedidos de exportar, terão de fazê-lo de uma maneira tão complicada e
tão cara que haverá um diferencial de competitividade. Este é, portanto,
um dos problemas que estão sendo discutidos - os custos de transação,
em razão do próprio comércio mundial.
O Embaixador Rubens Ricupero finalizou sua fala destacando
que esta questão não é só complexa, mas iminente, e não se trata de
uma questão para debates acadêmicos, antes, segundo ele, estamos
vendo que se não despertarmos para isso, teremos problemas concretos
no futuro, independentemente da chance de o Brasil mesmo ser alvo,
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terrorista. Forças especiais não estão desenhadas para dar conta de uma
discussão da história do terrorismo. Outra solução seria desenvolver
novas medidas de eficácia de terceira geração. No Brasil, ainda se
trabalha com algumas medidas de primeira e segunda geração, mas
não com medidas de terceira geração.
Por fim, duas premissas devem ser consideradas. A primeira é
a de que nossos valores ideais são melhores que os dos terroristas.
Esta premissa é complicada, pois envolve a idéia de que precisamos
compreender o adversário. A segunda premissa se refere à de que
uma tríplice fronteira é um santuário de terrorismo. Pode até ser,
porém, é irrelevante, pois África do Sul e Indonésia o são. Dessa
maneira, a idéia de que tríplice fronteira ou determinadas regiões
do mundo oferecem critério analítico para estruturar um combate é,
absolutamente, irrelevante.
O último ponto apresentado pelo palestrante, e deixado em
aberto por ele, é polêmico e diz respeito ao fato de uma das grandes
recomendações apontar para não se fazer aliança regional. Todo
movimento atual e intuitivo leva à formulação de alianças regionais de
segurança e defesa. Intuitivamente, parece que esse seria o caminho:
integração econômica leva à integração de segurança. Porém, o
processo analítico parece recomendar exatamente o contrário, não
fazer aliança de segurança, por dois motivos: evitar a transitividade e
evitar a difusão de percepção. Se esse é o jogo, vale a pena cooperar,
mas uma aliança formal de segurança pode ser um tremendo erro
político. Este é um movimento que envolve muito dinheiro e interesses
políticos. No Brasil e na América Latina isso ainda é morno, mas em
outras regiões do mundo esta é uma discussão trivial.
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do Direito Penal são muito mais rigorosas e têm uma tradição muito
maior que as do Direito Internacional, até mesmo porque este lida com
uma sociedade anárquica. Ao se observar o Direito Penal, verificamos
uma norma emanada do poder legislativo, aplicada por um juiz, que
exige saber quem é esse juiz, quem tem competência para julgar, qual
o crime exatamente pelo qual se está sendo acusado, onde está descrito
claramente o crime pelo qual se está sendo acusado.
Devido a fatos como estes, verifica-se que há uma série de
absolvições, as quais, muitas vezes, são incompreendidas pela opinião
pública pelo fato de, muitas vezes, o tribunal simplesmente ter se
detido, de maneira excessiva, neste princípio da reserva legal, nesta
idéia de que não passa somente na lei anterior que defina o crime,
mais do que isso, uma lei anterior que defina com certeza e precisão,
pois um tipo penal não pode ser aberto e indeterminado.
O Direito Penal Clássico sempre trabalhou nesses parâmetros e,
para o penalista, é uma dificuldade muito grande lidar com questões,
por exemplo, como terrorismo, cujas definições são trazidas por
campos de estudos que evidentemente não têm compromisso, e nem
precisam ter, com esta reserva legal, com esta idéia de precisão; são,
portanto, campos de estudos ligados a áreas que trabalham com outros
parâmetros. No âmbito do Direito Penal, o penalista é obrigado a
propor uma fórmula, uma tipificação para casos como estes, o que se
mostra bastante problemático.
No que tange ao terrorismo, é um caso clássico a situação
de como se dá o processo de sua tipificação. Em se tratando
especificamente do Brasil, a Constituição afirma que o terrorismo é
um crime assemelhado a crime hediondo. Sabemos que o terrorismo
não admite anistia, indulto, graça ou concessão de fiança para o preso
acusado de tal crime. Além disso, o crime de terrorismo não admite
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como medida de preparação para outro, sendo este outro político, para
executá-lo, assegurar seu proveito ou a sua impunidade.
Em se tratando de terrorismo, a tendência atual é não considerá-
lo crime político para efeitos de extradição, menos por razões
doutrinárias ou teóricas, do que por motivos pragmáticos, ligados a
maior necessidade de se estabelecerem mecanismos para sua repressão.
Não sendo ele considerado crime político, permitida estará a concessão
da extradição, aumentando-se as possibilidades de cooperação
internacional entre os Estados. No Brasil, a Lei 6.815, veda no seu
Art. 77, inciso VII, a concessão de extradição em matéria de crime
político. Estabelece, no entanto, no seu § 3°, que o Supremo Tribunal
Federal poderá deixar de considerar crimes políticos, os atentados
contra chefes de Estado ou quaisquer autoridades, bem assim como
os atos de anarquismo, terrorismo, sabotagem, seqüestro de pessoas,
ou que portem propaganda de guerra, ou de processos violentos para
subverter a ordem social e política. Estabelece, o § 1º do referido Art.
77, que a exceção do item VII não impedirá a extradição, quando o fato
constituir, principalmente, infração da lei penal comum, ou quando o
crime comum, conexo ao delito político, constituir o fato principal,
cabendo, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal apreciar o
caráter de infração. Sendo assim, se a infração é constituída por um
crime comum e um crime político, ou seja, se alguém pratica uma
extorsão mediante seqüestro, teoricamente com objetivos políticos,
o Supremo pode considerar que esta situação, mediante seqüestro,
crime comum, prevalece sobre o crime político, e, portanto, pode-se
haver a extradição. No Brasil, portanto, o terrorismo, pelo menos para
efeito de cooperação penal internacional, não tem sido considerado
crime político.
O palestrante mencionou duas definições de terrorismo da
legislação pós-64. A primeira estava descrita no Decreto-Lei 314/67,
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onde no seu Art. 370, define como terrorismo praticar, por motivo de
faccionismo político ou com o objetivo de coagir autoridade, o ato de:
1) devastar, saquear, explodir bombas, seqüestrar, incendiar, depredar,
ou praticar atentado pessoal ou sabotagem, causando perigo efetivo
ou danos a pessoas ou bens; 2) apoderar-se ou exercer o controle,
total ou parcialmente, definitiva ou temporariamente, de meios de
comunicação ao público, ou de transporte, portos e aeroportos, estações
ferroviárias ou rodoviárias, instalações públicas ou estabelecimentos
destinados ao abastecimento de água, luz, combustíveis ou alimentos,
ou à satisfação de necessidades gerais e impreteríveis da população. O
Parágrafo seguinte pune estas mesmas condutas, se praticadas mediante
“acréscimo, supressão ou modificação de dados, ou por qualquer outro
meio, que interfiram em sistemas de informação ou programas de
informática”, estabelecendo, por fim, penalidades mais graves para o
caso em que desses atos resultem lesão corporal grave ou morte.
O professor Carlos Augusto Canêdo finalizou sua palestra,
levantando a questão se o Direito Penal deve surgir como mais um
instrumento de administração e de gestão desses riscos reais ou
perseguidos. Isso abriria uma possibilidade de flexibilização daqueles
princípios clássicos com os quais sempre costumamos trabalhar, em
nome da segurança, e permitiria saber até que ponto nós estaríamos,
como sociedade, dispostos, em nome da segurança, a sacrificar um
desses princípios constitucionais.
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200 operações realizadas pelo COT, todas foram bem sucedidas, nenhum
refém foi morto, apenas um foi levemente ferido, não pelos agentes do
COT, mas pelo próprio seqüestrador e nenhum dos integrantes do COT
sofreu um tiro ou ficou incapacitado.
As principais missões do COT se destinam ao apoderamento de
aeronaves, à apreensão de drogas, e à realização de prisões de delinqüentes
tidos como perigosos para a atividade normal da polícia. Em se tratando
deste último ponto, cabe destacar que o último apoderamento ilícito de
aeronave, modalidade dita terrorista e bastante comum entre os grupos
terroristas nos anos 70, o último apoderamento de aeronave ocorrido no
Brasil foi realizado há 17 anos, quando um Boeing 737-200, da Vasp, foi
seqüestrado e o intuito do seqüestrador, cujo nome era Raimundo Nonato,
era lançá-lo sobre o Palácio do Planalto. O seqüestrador foi abatido, vindo
a falecer poucos dias depois, em um hospital de Goiânia. Todos os mais
de noventa passageiros foram salvos, bem como o comandante. O co-
piloto, porém, foi morto em pleno ar pelo seqüestrador.
Dentro da atividade de apreensão de drogas, o COT tem o recorde
de apreensão em uma única operação de drogas, no caso cocaína, são 7
toneladas e 300 quilos, em 1994, no Estado do Tocantins. Já dentro das
missões de prisões de pessoas perigosas, ou pessoas que requeiram o
emprego de homens e táticas especiais, o COT prendeu Darcy e Darly
Alves, ambos assassinos de Chico Mendes; o Major Ferreira, da Polícia
Militar de Pernambuco, que chegou a representar o Brasil em competições
internacionais de tiro; o Deputado Federal Hildebrando Pascoal e todo o
seu grupo; o Coronel Cavalcante, da Polícia Militar de Alagoas, além da
detenção de vários policiais federais envolvidos no crime organizado.
No que se refere à capacitação dos integrantes do COT, estes
são permanentemente treinados e quando ingressam na unidade,
participam, durante 15 semanas, do curso de operações táticas em
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brasileira já fizeram soar o alarme no Salvamar Brasil, sendo que todos eles
foram falsos. Houve ainda, recentemente, o caso de um navio Venezuelano,
em que foi informado ao Salvamar Brasil o reconhecimento do alarme do
Navio-Tanque Luiza Cárceres, a 16 milhas do litoral. O Salvamar Brasil,
por sua vez, solicitou informações da posição do RCC da Venezuela. No dia
seguinte, o Comandante do 3º Distrito Naval, responsável por aquela área de
jurisdição, enviou um Navio-Patrulha para fazer a interceptação do referido
navio. Ao ser interceptado, o Comandante do Navio-Patrulha recebeu a
informação do Comandante do Navio-Tanque, que o acionamento do
alarme havia sido acidental. Quando este alarme é acionado, só é recebido
pelo Salvamar Brasil. Após avaliação do Comando de Operações navais
e do Comandante do 3º Distrito Naval, foi ordenado o regresso do navio
ao porto sede (Natal). Ainda em se tratando deste caso, cabe mencionar
a atuação da FAe, com uma aeronave que sobrevoou a área nos dias 6 e
7 de fevereiro, confirmando o movimento do navio-tanque, de retorno à
Venezuela. Este, portanto, foi um fato recente, embrionário; a atuação está
ainda em uma fase inicial. Cabe ressaltar que o GSI/PR foi informado das
ações desenvolvidas.
O Comandante destacou ainda um ponto principal na sua fala, que
é a existência de plataformas estrangeiras, principalmente, americanas,
localizadas no litoral brasileiro. De maneira que, nada impede que um
terrorista, que queira fazer uma pequena ação para motivar um problema
político ou econômico, ou qualquer agitação, venha atuar na área.
Ele encerrou sua apresentação destacando que a Marinha do Brasil
já efetuou vários procedimentos em diversos cenários onde existe a
possibilidade de ação de terroristas. Entretanto, é necessário um maior
investimento em adestramento e material, de modo que as medidas
preventivas e reativas às ações terroristas no mar sejam eficientes e estejam à
altura das responsabilidades decorrentes dos compromissos internacionais,
assumidos pelo País.
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NOVA ORDEM MUNDIAL: em
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busca de uma
nova estratégia de segurança e de defesa
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das nações do Eixo do Mal, o Iraque, Irã e Coréia do Norte, aos quais se
somaram mais tarde Síria, Somália e Yemen. Ao incluir o Irã - país que
havia prestado sua solidariedade às vítimas do 11/09 – no Eixo do Mal,
a Administração Bush destruiu a argumentação dos setores moderados
iranianos, favoráveis a abertura do diálogo com os Estados Unidos, abrindo
o caminho para os radicais fundamentalistas voltarem ao poder (o que de
fato ocorreu em 2005). Da mesma forma, ao entregar inteiramente a Questão
Palestina aos israelenses, abandonando o papel de mediador exercido nas
últimas três décadas, a Administração Bush isolou a liderança de Yasser
Arafat, erodiu o apoio popular do Partido Al Fatah e abriu caminho para a
vitória eleitoral dos radicais do Hamas.
Por outro lado, a relação entre Al Qaeda e tais países nomeados
no Eixo do Mal não é, de forma alguma, evidenciada, o que obriga os
Estados Unidos a uma nova formulação. No discurso do State of The
Union Bush volta-se, não só contra as nações que não cooperam na luta
contra o terrorismo, como ainda formula uma doutrina militar que prevê
a intervenção armada prévia - quer dizer, preemptiva - contra qualquer
país que procure se dotar de armas capazes de colocar os Estados Unidos
em risco. Tal postura implica em romper com uma tradição secular em
política externa, que remonta ao Tratado de Westphalia de 1648, assumindo,
como provável, o ataque militar convencional, de caráter preventivo.
Tradicionalmente os Estados Unidos sempre entraram em conflitos em
resposta a ataques sofridos ou com mandatos de organismos internacionais,
o que é descartado agora pela nova Doutrina Bush. Na mesma ocasião,
Bush confirma as assertivas de D. Rumsfeld e J. Ashcroft, de que a derrota
do regime talibã, em 2001, não poria fim à Guerra contra o Terrorismo, que
deveria ser longa e continuada.
É neste sentido que Bush anuncia a Operação Balikatan, o desembarque
de tropas americanas nas Filipinas, para combater a organização terrorista
Abu Sayyaf, responsável por inúmeros seqüestros e mortes e suspeito
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Ver para esta discussão: KALDOR, Mary. New & old wars. Cambridge, Polity Press, 2001.
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Ver BROWN, Michael ( ed. ). Offense, defense and war. Cambridge, MIT Press, 2004.
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LEMKE, Douglas. Regions of war and peace. Cambridge, University Press, 2002.
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BONIFACE, Pascal. Les guerres de demain. Paris, Seuil, 2001.
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TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos. A nova geopolítica do petróleo. In: www.agenciacartamaior.com.br,
Internacional, 2005.�
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10 Ver ZORGBIBE, Charles. L’avenir de la sécurité internationale. Paris, Presses de Sciences Po, 2004.
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11 ���������������������������������������������������������������������������������������������������������
Para a discussão de guerra preemptiva ver TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos. Enciclopédia de guerras e
revoluções do Século XX. Rio de Janeiro, 2004.�
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A Organização Al-Qaeda
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