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Duque de Caxias
2013
Geometria Analítica 1
CAPÍTULO 1
O ponto no plano
A notação (a, b) é usada para indicar o par ordenado de números reais a e b, no qual o
número a é a primeira coordenada (ou abscissa) e o número b é a segunda coordenada (ou
ordenada). Assim o par (3, 4) é diferente do par (4, 3), pois no primeiro a abscissa é 3 e a
ordenada é 4, enquanto que no segundo a abscissa é 4 e a ordenada é 3.
Exemplo:
O produto cartesiano AB x CD entre 2 segmentos de reta AB e CD é um retângulo.
Um sistema de eixos ortogonais é constituído por dois eixos perpendiculares Ox e Oy, que possuem
a mesma origem O. Esses eixos são orientados e utilizam a mesma unidade de medida.
Os pontos P do eixo x são da forma P(x, 0), ou seja, possuem ordenada nula.
Os pontos P do eixo y são da forma P(0, y), ou seja, possuem abscissa nula.
Os pontos P do 1o quadrante são da forma P(x, y) com x > 0 e y > 0 : (+, +)
Os pontos P do 2o quadrante são da forma P(x, y) com x < 0 e y > 0 : (−, +)
Os pontos P do 3o quadrante são da forma P(x, y) com x < 0 e y < 0 : (−, −)
Os pontos P do 4o quadrante são da forma P(x, y) com x > 0 e y < 0 : (+, −)
Exemplo:
Localize no plano cartesiano os pontos A(4, 1), B(1, 4), C(−2, −3), D(2, −2), E(−1, 0), F(0, 3) e
O(0,0).
Solução
A reta r que passa por todos os pontos cuja ordenada é igual à abscissa é a bissetriz dos
quadrantes ímpares, ou seja : r = {( x,y ) ∈ ℝ 2 : y = x}
A reta s que passa por todos os pontos cuja ordenada é simétrica da abscissa é a bissetriz
dos quadrantes pares, ou seja : r = {( x,y ) ∈ ℝ 2 : y = − x}
Considere no ℝ 2 , o segmento de reta AB, cujos extremos são os pontos A = (xA, yA) e
B = (xB, yB). Representemos o ponto médio desse segmento AB por M = (xM, yM).
xA + xB yA + yB
xM = e yM =
2 2
Considere no ℝ 2 , o segmento de reta AB, cujos extremos são os pontos A = (xA, yA) e
B = (xB, yB). Dada uma razão r, desejamos as coordenadas do ponto S = (xS, yS) que divide o
AS
segmento AB na razão r, ou seja : =r
SB
→ →
Como AS = r ⋅ SB, também AS = r ⋅ SB
Daí, temos sucessivamente :
S − A = r (B − S) = r B − r S
S+rS=A+rB
S (1 + r) = A + r B
A + rB
S=
1+r
Portanto :
x + rx y + ry
A B A B
xS = e yS =
1 + r 1 + r
OBS :
a) Se r > 0, S está entre A e B (em particular, se r = 1, S é o ponto médio de AB)
b) Se r < 0 (r ≠ −1), S é externo a AB (à esquerda de A, se −1< r < 0 e à direita de B se
−∞ < r < −1)
Seja ABC um triângulo do ℝ 2 , cujos vértices são os pontos A = (xA, yA), B = (xB, yB) e
C = (xC, yC). As 3 medianas de ABC passam por um mesmo ponto G = (xG, yG) chamado
baricentro do triângulo.
Da semelhança dos triângulos FGD e AGC segue-se
que : AG/GD = AC/FD = 2
"""# """#
Assim AG = 2 ⋅ GD e também AG = 2 ⋅ GD
Daí, temos sucessivamente :
G − A = 2 (D − G) = 2 D − 2 G
3G=A+2D
Mas, 2 D = B + C, pois D é médio de BC
Logo : 3 G = A + B + C
A + B + C
G=
3
Portanto :
x + x +x y + y +y
A B C A B C
xG = e yG =
3 3
2. Atividades
Exercício 1
Um ponto P tem coordenadas (2x − 6, 7) e pertence ao eixo das ordenadas. Determine x.
Exercício 2
Os pares ordenados (2x, y) e (3y − 9, 8 − x) são iguais. Determine x e y.
Exercício 3
Sabe-se que o ponto A(3k−1, 2−k) pertence à bissetriz dos quadrantes pares de um plano
cartesiano. Determine o valor de k.
Exercício 4
Sendo A = (−4, 7) e B = (6, −8), determine as coordenadas do ponto médio M do segmento AB.
Exercício 5
Os vértices de um triângulo ABC são os pontos A = (4, −3), B = (7, −1) e C = (−5, 4). Sendo E o
ponto médio da mediana AD, determine as suas coordenadas.
Exercício 6
Num paralelogramo ABCD tem-se A = (−2, −1) e B = (1, 4). Sabe-se, também, que suas diagonais
encontram-se no ponto G = (3, 2), determine as coordenadas dos vértices C e D.
Exercício 7
Determine a distância entre os pontos A = (−4, 5) e B = (2, −3).
Exercício 8
Calcule o perímetro do triângulo ABC em que A = (2, 2), B = (5, 4) e C = (3, 6).
Exercício 9
Determine o(s) ponto(s) do eixo das abscissas, cuja distância ao ponto A = (2, 3) vale 5.
Exercício 10
3
Determine o comprimento da mediana AM de um triângulo ABC cujos vértices são A = (−3, ),
2
B = (1, 5) e C = (6, −1).
Exercício 11
2
Determine o ponto S, que divide o segmento AB na razão r = , sendo A = (−1, 6) e B = (4, −4).
3
Exercício 12
Dado o segmento AB, onde A = (4, 3) e B = (−8, −1), determine as coordenadas do ponto S,
colinear com A e B, tal que AS = 3⋅SB.
Exercício 13
Os pontos A = (4, 1), B = (−1, 2) e C = (3, 7) são vértices de um triângulo. Determine as
coordenadas de seu baricentro.
Exercício 14
Em um triângulo ABC são dados o vértice A = (4, 1), o baricentro G = (−2, 0) e o ponto M = (2, −1)
médio do lado AB. Determine as coordenadas do vértice C.
Exercício 15
No triângulo ABC, cada lado é dividido em 3 partes iguais como indicado na figura abaixo. Sendo
P = (8, 3), Q = (11, 4) e R = (9, 2), determine as coordenadas do ponto M.
3. Gabarito
1) x = 3
2) x = 3 e y = 5
1
3) k =
2
1
4) m = (1,− )
2
3 5 3
5) D = (1, ) e E ( ,− )
2 2 4
6) D = (5,0) e C (8,5)
7) d ( A, B ) = 10
8) Perímetro = 13 + 8 + 17
9) p1 = (−2,0) e p 2 (6,0)
7 170
10) m = ( ,2) e d ( A, B) =
2 2
11) S = (1,2)
12) S = (−5,0)
10
13) G = (2, )
3
14) C = (−10,2)
15) A = (−1,−4); B (5,2); C (14,5); S (4,−1); N (3,0) e M (1,−2).
CAPÍTULO 2
Vetores no ℝ 2 e ℝ 3
2 - Conceito de Vetor
Consideremos um conjunto formado por todos os segmentos de reta orientados que
possuem determinado módulo, determinada direção e determinado sentido :
Esse conjunto define um único vetor, ou seja, qualquer segmento orientado desse conjunto,
independente da sua posição no plano, representa o mesmo vetor.
# # #
Se representarmos os 2 vetores com início comum, o vetor diferença v = v1 − v2 tem
#
início coincidindo com o fim do vetor subtraendo (v2 ) , e fim coincidindo com o fim do vetor
#
minuendo (v1 ) .
# # # # # #
Observe na figura que v2 + v = v1 , ou seja, v = v1 − v2
b) No ℝ 3
→ →
Dados A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3), o vetor AB é definido por AB = B – A = (b1 − a1, b2 − a2, b3 − a3)
#
v = a2 + b2
b) No ℝ 3
# # #
Se v = (a, b, c), o módulo de v (indicado por v ) é dado por :
#
v = a2 + b2 + c2
10 - Versor de um Vetor
# #
O versor de um vetor não-nulo v é o vetor unitário u com o mesmo sentido e direção de
#
v.
#
# v
u = #
v
Exemplo:
#
O versor do vetor v = (− 1, 3, 6 ) é o vetor
#
v ( − 1, 3, 6)
= − 1 , 3, 6
#
u = # =
v
( −1)2 + (3)2 + ( 6)2 4 4 4
10.1 - Vetores Unitários Canônicos de mesma direção e sentido dos eixos coordenados
a) No ℝ 2
"""# ""#
Os vetores unitários canônicos de mesma #direção e sentido que os eixos coordenados OX e OY
#
serão representados respectivamente por i = (1, 0) e j = (0, 1)
# # #
Qualquer vetor w = (x, y) do R2 pode ser escrito em termos dos vetores i e j . Com efeito:
# # #
w = (x, y) = (x, 0) + (0, y) = x ⋅ (1, 0) + y ⋅ (0, 1) = x ⋅ i + y ⋅ j
b) No ℝ 3
"""# ""#
Os vetores unitários canônicos de mesma direção e sentido que os eixos coordenados OX , OY
""# # # #
e OZ serão representados respectivamente por i = (1, 0, 0) , j = (0, 1, 0) e k = (0, 0, 1)
# # # #
Qualquer vetor w = (x, y, z) do R3 pode ser escrito em termos dos vetores i , j e k . Com efeito:
#
w = (x, y, z) = (x, 0, 0) + (0, y, 0) + (0, 0, z) = x ⋅ (1, 0, 0) + y ⋅ (0, 1, 0) + z ⋅ (0, 0, 1)
# # #
= x⋅ i + y⋅ j + z⋅ k
Exemplos:
# # # # #
1) O vetor w = (4, 1, − 6) pode ser escrito como w = 4 i + j − 6 k
# # # # #
2) O vetor w = − 7 i − 3 j + 5 k pode ser representado como w = (− 7, − 3, 5)
b) No ℝ 3
# # # #
Dados 2 vetores v = (a, b, c) e w = (d, e, f), o produto escalar entre v e w (indica-se por
# #
v ⋅ w ) é o número real obtido através da expressão :
# #
v ⋅w = a ⋅ d + b ⋅ e + c ⋅ f
# # #
c) v ⋅ v = v 2.
Portanto :
# # # #
1) u ⋅ v = 0 equivale a dizer que u e v formam um ângulo reto
# # # #
2) u ⋅ v > 0 equivale a dizer que u e v formam um ângulo agudo
# # # #
3) u ⋅ v < 0 equivale a dizer que u e v formam um ângulo obtuso
a2 = b2 + c2 – 2 b.c.cos θ
OBS:
A fórmula acima é válida, ainda que o ângulo θ seja reto ou obtuso. Sendo θ reto, a fórmula se
reduz à relação de Pitágoras: a2 = b2 + c2 (pois cos θ = cos 90o = 0).
Se, todavia, θ > 90o, o seu cosseno relaciona-se com o cosseno de seu suplemento, através da
expressão: cos (θ) = - cos (180o - θ). Assim: cos 120o = - cos 60o, cos 150o = - cos 30o , etc.
IMPORTANTE:
Na aplicação da lei dos cossenos para a determinação do módulo da soma de 2 vetores, o ângulo θ
é, na realidade, o suplemento do ângulo φ formado pelos vetores. Veja, na ilustração abaixo, a
razão para isto:
14. Atividades
Exercício 1
# # # #
Na figura, os vetores u , v e u + v estão representados sobre os lados do triângulo ABC, retângulo
#
em  e o vetor w está sobre a mediana relativa à hipotenusa. Só para lembrar, a mediana
relativa a um lado de um triângulo divide esse lado em 2 segmentos congruentes. No caso particular
da mediana relativa à hipotenusa, a mediana e os 2 segmentos determinados sobre a hipotenusa
são todos congruentes.
# #
Os módulos de u e v são respectivamente, 1 e 3 .
Responda :
# #
a) Qual o módulo do vetor u + v ?
#
b) Qual o módulo do vetor w ?
# # #
c) Qual o ângulo formado pelos vetores v e u + v ?
# #
d) Qual o ângulo formado pelos vetores v e w ?
# # #
e) Qual o ângulo formado pelos vetores w e u + v ?
Exercício 2
#
Se o vetor v = (−2, 6) estiver aplicado no ponto início P (7, 7), quais as coordenadas de seu ponto
fim Q?
Exercício 3
#
Se o vetor v = (−2, 6, 8) estiver aplicado no ponto início P (1, 3, 7), quais as coordenadas de seu
ponto fim Q?
Exercício 4
Dados os pares ordenados A(2, 3), B(3, 5) e C(2, −4) obtenha :
""# ""# ""#
a) as coordenadas dos vetores AB , BC e AC
""#
b) as coordenadas do vetor BA
""# ""# ""#
c) as coordenadas do vetor 3⋅ AB − 2⋅ BC + AC
Exercício 5
Dados os ternos ordenados A(2, 7, 3), B(−1, 4, 5) e C(1, 3, −2), determine números reais x e y,
""# ""# ""#
tais que x⋅ AB + y⋅ AC = BC
Exercício 6
# #
Determine o valor de a, para que os vetores v = (a, 3) e w = (2, − 6) sejam paralelos.
Exercício 7
O vetor (a, b) é paralelo ao vetor (4, 1). Determine esse vetor, sabendo que o seu módulo é igual a
3 17 .
Exercício 8
O vetor (a, b, c) é paralelo ao vetor (2, 5, 7). Determine esse vetor, sabendo que o seu módulo é
igual a 3 78 .
Exercício 9
# # # #
Determine o produto escalar entre os vetores u e v , sabendo que u = 5, v = 2 e que formam
entre si um ângulo de 60o .
Exercício 10
# #
Determine o ângulo formado pelos vetores u = ( 3 , 1) e v = (3, 0).
Exercício 11
Determine o ângulo interno ABˆC do triângulo cujos vértices são A (−3, 1), B (0, −2) e C (1, 4).
Exercício 12
# #
Determine o ângulo formado pelos vetores u =(1,1,4) e v = (-1,2,2).
Exercício 13
#
Sabendo que o vetor u =(2,1,-1) forma um ângulo de 60° com o vetor AB determinado pelo pontos
A ( 3,1-2) e B ( 4,0,m), calcular o valor de m.
Exercício 14
# #
Calcular a e b de modo que os vetores u =(4,1,-3) e v (6,a,b) sejam paralelos.
Exercício 15
Verifique se os pontos A(-1,-5,0), B(2,1,3) e C(-2-7-1) são colineares.
Exercício 16
Determine os ângulos internos do triangulo ABC, sendo A(3,-3,3), B(2,-1,2) e C(1,0,2).
Prof. Sergio Ricardo e Prof. Geovane Oliveira
Geometria Analítica 19
3. Gabarito
1)
2) Q = (5,13)
3) Q = (−1,9,15)
4)
CAPÍTULO 3
Produto de vetores e suas aplicações
2 - Produto Vetorial
! ! ! ! ! !
Dados 2 vetores u e v do ℝ 3 , o produto vetorial de u por v (indica-se por u x v ) é um
vetor que possui as seguintes características:
! ! ! !
a) direção de u x v : perpendicular ao plano definido por u e v
! !
b) sentido de u x v : dado pela regra da mão direita
! ! ! ! ! ! ! !
c) módulo de u x v : | u x v | = u ⋅ v ⋅ senθ, onde θ é o ângulo entre u e v .
! ! !
Para os vetores unitários dos eixos coordenados: i , j e k , temos:
! ! ! ! ! ! !
| i x i | = | i |⋅| i |⋅ sen 0º = 1 ⋅ 1⋅ 0 = 0, de modo que i x i = 0
! ! ! ! ! ! !
| j x j | = | j |⋅| j |⋅ sen 0º = 1 ⋅ 1⋅ 0 = 0, de modo que j x j = 0
! ! ! ! ! ! !
| k x k | = | k |⋅| k |⋅ sen 0º = 1 ⋅ 1⋅ 0 = 0, de modo que k x k = 0
! ! ! ! ! ! !
| i x j | = | i |⋅| j |⋅ sen 90º = 1 ⋅ 1⋅ 1 = 1, de modo que i x j = k
! ! ! ! ! ! !
| i x k | = | i |⋅| k |⋅ sen 90º = 1 ⋅ 1⋅ 1 = 1, de modo que i x k = − j
! ! ! ! ! ! !
| j x i | = | j |⋅| i |⋅ sen 90º = 1 ⋅ 1⋅ 1 = 1, de modo que j x i = − k
! ! ! ! ! ! !
| j x k | = | j |⋅| k |⋅ sen 90º = 1 ⋅ 1⋅ 1 = 1, de modo que j x k = i
! ! ! ! ! ! !
| k x i | = | k |⋅| i |⋅ sen 90º = 1 ⋅ 1⋅ 1 = 1, de modo que k x i = j
! ! ! ! ! ! !
| k x j | = | k |⋅| j |⋅ sen 90º = 1 ⋅ 1⋅ 1 = 1, de modo que k x j = − i
! ! ! ! ! ! ! !
O produto vetorial não é comutativo: u x v ≠ v x u (A rigor : u x v = − v x u )
! !
S = u h e h = v . senθ
! ! ! !
Portanto S = u . v . senθ, ou seja, S = | u x v |
! !
b) Área do Triângulo em que 2 de seus lados são os vetores u e v
! !
S = 1 u h e h = v .sen θ
2
! ! ! !
Portanto S = 1 u . v .sen θ, ou seja, S = 1 | u x v |
2 2
3 - Produto Misto
! ! ! ! ! !
Dados 3 vetores u , v e w do ℝ 3 , o produto misto entre u , v e w (indica-se por
! ! ! ! ! !
[ u , v , w ]) é um número real dado por : u ⋅ ( v x w )
Assim:
! ! ! ! ! !
[u ,v ,w ] = u ⋅ ( v xw )
O valor do produto misto de 3 vetores não se altera quando submetemos os vetores a uma
permutação circular (figura abaixo). Assim:
! ! ! ! ! ! ! ! !
[u ,v ,w ] = [v ,w ,u ] = [w ,u ,v ] .
u1 u2 u3
! ! !
[u ,v ,w ] = v1 v2 v3
w1 w2 w3
Assim 3 vetores do ℝ 3 são coplanares , se e somente se o seu produto misto for nulo.
! ! ! ! ! !
V = u ⋅ (v x w) = [u , v , w]
! ! !
b) Volume do Tetraedro em que 3 arestas concorrentes em um vértice são os vetores u , v e w .
! !
A diagonal que liga as extremidades dos vetores v e w e a diagonal correspondente na outra
base definem um plano que decompõe o paralelepípedo do item anterior em 2 prismas triangulares
de mesmo volume (mesma altura e bases congruentes). Além disso, cada um desses prismas
triangulares pode ser decomposto em 3 pirâmides triangulares (tetraedros) de mesmo volume,
totalizando 6 tetraedros de mesmo volume. Portanto, o volume de cada um desses tetraedros é a
sexta parte do volume do paralelepípedo :
! ! ! ! ! !
V = 1 ⋅ u ⋅ (v x w) = 1 ⋅ [u , v , w]
6 6
4. Atividades
Exercício 1
! !
Determine o vetor projeção do vetor w = (−4, 3) sobre o vetor v = (2, −1)
Exercício 2
! !
Determine o vetor projeção de w = (2, − 5, 1) sobre v = (2, 3, 6)
Exercício 3
! ! !
Dados os vetores a = (3, −1, 2) e b = (2, 0, 0), determine o vetor v , tal que:
! !
v ⋅ a = −2
! !
v ⋅ b = 2
v! = 11
Exercício 4
! !
Dados os vetores u = (2, 3, − 1) e v = (− 1, 4, 2), calcule:
! !
a) u x v
! !
b) v x u
Exercício 5
! !
Dados os vetores u = (2, − 1, 3) e v = (1, 0, − 2), calcule:
! !
a) o módulo do produto vetorial u x v
! !
b) o seno do ângulo formado por u e v
! !
c) um vetor unitário que seja perpendicular a u e a v
Exercício 6
! !
Determine a área do paralelogramo definido pelos vetores u = (−1, 0, 5) e v = ( 2, −1, 3)
Exercício 7
Os pontos A (1, 2, −4), B (2, 1, 3) e C (0, 4, −2) são vértices consecutivos de um paralelogramo
ABCD. Determine:
a) o vértice D
b) a área do paralelogramo
Exercício 8
Qual a área do triângulo cujos vértices são os pontos A (1, 1, 3), B (2, 0, −4) e C (3, 5, 1)?
Exercício 9
! ! ! ! ! !
Dados u = (2, 1, 0), v = (− 1, 3, 2) e w = (− 1, 2, 1), determine o produto misto [ u , v , w ]
! ! !
a) pela definição u ⋅ ( v x w )
b) pelo determinante
Exercício 10
! ! !
Verifique se os vetores u = (2, 1, 8), v = (− 1, − 3, − 7) e w = (1, 4, 1) são coplanares.
Exercício 11
! !
Determine o volume do paralelepípedo definido pelos vetores u = (1, 0, − 2), v = (− 1, 1, 0) e
!
w = (2, 3, − 1)
Exercício 12
→ → →
Determine o volume do paralelepípedo de arestas AB , AC e AD , sendo A (0, 0, 4), B (2, 1, 8),
→ →
BC = (10, 10, 1) e DA = (2, 5, 3)
Exercício 13
Ache a área do triângulo com vértices em ( −2, 3, 1 ) , (1, 2, 3) e (3, − 1, 2) .
Exercício 14
Determine os ângulos do triângulo com vértices em A (2,1,3) , B (1, 0, −1) e C ( −1, 2, 1)
#! ! ! #! ##! #! ! #! ! #! ! #! #! ! #! ##!
a) w ×v b) v × (w −u) c) (u ×v ) ⋅ (u ×v ) d) (u ×v ) ⋅ w e) (u + v ).(u × w )
Exercício 16
Determine a área do quadrilátero cujos vértices são (1, −2,3) , ( 4, 3, − 1 ) , (5, 7, − 3) e (2,2,1 ) .
Exercício 17
#! ! #! #! ! !
Se u ×v = 3 3; u =3 e 60º é o ângulo entre u e v , determine v .
Exercício 18
#! ! #! ! #! ! #! !
Mostrar que se u e v são vetores tal que, u +v é ortogonal a u −v , então u =v .
Exercício 19 #! #! ! #! #! !
Mostrar que, se u é ortogonal a w e v , então u é também ortogonal a w +v .
Exercício 20
Para que valores de m os pontos A (m,1,2 ) , B (2, − 2,3) , C ( 5, − 1, 1) e D (3, − 2,2 ) são coplanares.
5. Gabarito
22 11
1) (− , )
5 5
10 15 30
2) (− ,− ,− )
49 49 49
!
3) v = (1, 3, −1) ou (1, −1, −3)
4)
a. (10, −3, −11) b. (−10,3, −11)
5)
#! 6 7 6 6
a. 3 6 b. 0,878 c. w = ( , , )
9 18 18
6) A▱= 195 u.a
7)
a. D = (−1,5, −9) b. A▱= 346 u.a
8) A△= 6 30 u.a
9)
a. – 3 b. – 3
10) Não
11) Vol = 9 u.a
12) Vol = 142 u.a
10 2 6 2
14) Â = arc cos ; B = arc cos ; C = arc cos ;
3 28 9 42
15)
a. (2, 2, −1) b. (−1, −1, 0) c. 3 d. 1
CAPÍTULO 4
A Reta no Plano
4 – Estudo da reta no ℝ 2
4.1 - Condição de Alinhamento de 3 pontos no ℝ 2
By −y
A c y −y
B
tem-se : x − x = x − x
B A c B
Como os passos usados na dedução foram de ida e volta (⇔), podemos afirmar que:
A condição necessária e suficiente para que 3 pontos A = (xA, yA), B = (xB, yB) e C = (xC, yC) do
xA yA 1
ℝ estejam alinhados é que seja nulo o determinante xB y B 1 .
2
xC y C 1
OBS: Este resultado é igualmente válido nos casos em que os pontos A, B e C pertencem a uma
reta paralela a um dos eixos coordenados.
Com efeito, consideremos sobre r dois pontos distintos A=(xA, yA), B=(xB, yB) e um ponto
genérico P=(x, y).
xA yA 1
xB yB 1 = 0
xC yC 1
ax+by+c=0
Casos Particulares
Como a e b não podem ser simultaneamente nulos, os possíveis casos particulares são:
1) a = 0 e b ≠ 0 (yA = yB e xA ≠ xB)
c
A equação fica da forma b y = − c ou y = − b = constante = yA = yB
Trata-se de uma reta paralela ao eixo x
2) b = 0 e a ≠ 0 (xA = xB e yA ≠ yB)
c
A equação fica da forma a x = − c ou x = − a = constante = xA = xB
Trata-se de uma reta paralela ao eixo y
Δ y y 2 − y1
tg (180o − α) = Δ x = x − x
1 2
y 2 − y1 y 2 − y1
tg α = − tg (180o − α) = − x − x = x − x
1 2 2 1
y 2 − y1
Logo: m = x − x
2 1
Conclusão: Se A = (x1, y1) e B = (x2, y2) são 2 pontos distintos de uma reta r, não paralela ao eixo
y (isto é : x2 ≠ x1), então o seu coeficiente angular (ou declividade) é o número:
Δ y y 2 − y1
m= Δ x
= x −x
2 1
4.4 - Coeficiente angular de uma reta expressa por sua equação geral
Seja r a reta definida pelos pontos A = (x1, y1) e B = (x2, y2), cuja equação geral é
a x + b y + c = 0. Se b = 0, r é vertical (m não está definido), de modo que resta considerar o caso
em que b ≠ 0.
Como A e B são pontos de r: a x1 + b y1 + c = 0 e a x2 + b y2 + c = 0.
Daí, a x1 + b y1 + c = a x2 + b y2 + c = 0 ou a (x2 − x1) = − b (y2 − y1).
y 2 − y1 a
Portanto: x 2 − x1 = − b
O coeficiente angular de uma reta r cuja equação geral é a x + b y + c = 0 (b ≠ 0), é dado por:
a
m=− b
4.5 - Equação da reta que passa por um ponto e cujo coeficiente angular é conhecido
Consideremos uma reta r que passa por um ponto A = (xo, yo) e cujo coeficiente angular
seja m.
Sendo P = (x, y) um ponto genérico da reta, temos:
y − y0
m = tg α = x − x ⇒ y − yo = m (x − xo)
0
OBS:
a) Se a reta r é paralela ao eixo x, tem-se m = 0 e a equação fica y = yo.
b) Se a reta r é paralela ao eixo y, m não é definido e a equação fica x = xo.
A equação da reta que passa por um ponto A = (xo, yo), com coeficiente angular m é dada
por:
y − yo = m (x − xo)
No caso particular em que o ponto A é o ponto de encontro da reta com o eixo y, isto é:
A = (0, n) a equação fica:
y − n = m (x − 0) ou y = m x + n
Considere uma reta r que não passa pela origem e que intersecta o eixo x no ponto P=(p, 0)
e intersecta o eixo y no ponto Q = (0, q).
Consideremos um ponto genérico R = (x, y)
desta reta. Como R, P e Q estão alinhados:
x y 1
p 0 1 = 0. Desenvolvendo o determinante,
0 q 1
obtemos: q x + p y − pq = 0
x y
Dividindo por p⋅q, obtemos: p + q −1=0
x y
p + q = 1
As coordenadas x e y dos pontos de uma reta r podem estar definidas por equações da
forma x = f(t) e y = g(t), onde f e g são funções do 1o grau em uma variável t chamada parâmetro.
Para se obter a equação geral de r, devemos eliminar o parâmetro (isolar t em uma das equações
paramétricas e substituir seu valor na outra).
Como as inclinações das retas são distintas (θ ≠ α), seus coeficientes angulares também são
distintos:
m1 ≠ m2
Sejam r e s retas não verticais paralelas distintas, cujas equações reduzidas são:
r : y = m1 x + n1
s : y = m2 x + n2
Como as inclinações das retas são iguais, seus coeficientes angulares também são
iguais; todavia os seus coeficientes lineares devem ser distintos.
m1 = m2 e n1 ≠ n2
r : a1 x + b1 y + c1 = 0
s : a2 x + b2 y + c2 = 0
a1 b1 c1
b) r e s são paralelas distintas, se a = b ≠ c
2 2 2
a1 b1 c1
c) r e s são paralelas coincidentes, se a = b = c
2 2 2
De modo que:
sen(90º +α ) cos α 1
tg (90o + α) = cos(90º +α ) = = − cotg α = − tgα
−senα
1
Assim: tg (90o + α) = − tgα
1 1
Daí, tg α2 = tg (90o + α1) = − tgα , ms = − m ou ms ⋅ mr = − 1
1 r
Logo, 2 retas são perpendiculares sss o produto de seus coeficientes angulares for igual a − 1.
s ⊥ r ⇔ ms ⋅ mr = − 1
a ⋅ a*
Daí : a ⋅ a* + b ⋅ b* = 0 , = −1
b ⋅ b*
a a
*
− ⋅ − * = − 1 ou mr ⋅ ms = − 1
b b
Há 4 casos a considerar
1o Caso: Uma reta é paralela ao eixo x (horizontal) e a outra paralela ao eixo y (vertical) ou então
uma possui coeficiente angular m1 e a outra m2, com m1 . m2 = − 1.
2o Caso: Uma reta é paralela ao eixo x (horizontal) e a outra tem coeficiente angular m = tg α.
Em qualquer dessas situações, o ângulo θ entre r e s é tal que: tg θ = |tg φ| = |tg α| = |m|
tg θ = |m|
3o Caso: Uma reta é paralela ao eixo y (vertical) e a outra tem coeficiente angular m = tg α.
1
Nesse caso, se α for agudo (m > 0), então θ = 90o − α (tg θ = cotg α = ), se ao contrário
m
1
α for obtuso (m < 0), então θ = α − 90o (tg θ = − cotg α = − )
m
1
Em qualquer das situações, o ângulo θ entre r e s é tal que: tg θ = |cotg α| =
m
1
tg θ =
m
4o Caso: As retas, de coeficientes angulares m1 e m2, não são paralelas aos eixos e, embora sejam
concorrentes, não são perpendiculares.
Temos: α = β + θ ou θ = α − β.
tgα − tg β mr − ms
Daí: tg θ = tg (α − β) = 1 + tgα ⋅ tg β = 1 + m ⋅ m
r s
Como θ é sempre o menor dos ângulos, ele é agudo e tg θ > 0. Portanto:
mr − ms
tg θ =
1 + mr ⋅ ms
4. Atividades
Exercício 1
Determine a, sabendo que os pontos A = (a, 2), B = (3, a) e C = (5, 0) estão alinhados
Exercício 2
Determine o valor de k de modo que os pontos (k, 4), (11, k) e (−1, 3) estejam alinhados.
Exercício 3
Determine os valores de k de modo que os pontos A = (k, −1), B = (−1, k) e C = (4, −2) sejam vértices de um
triângulo.
Exercício 4
#$"
Determine o ponto em que AB intersecta a bissetriz dos quadrantes pares, sendo A = (0, −8) e B = (5, 7).
Exercício 5
Determine a equação geral da reta que passa pelos pontos A = (5, 3) e B = (−2, −1)
Exercício 6
Uma reta r tem equação 4 x − y − 3 = 0 e uma reta s tem equação 3 x + y − 11 = 0. Determine o ponto
P = (x, y) de interseção dessas retas
Exercício 7
Determine os vértices do triângulo ABC conhecendo-se as equações das retas-suporte dos lados
↔
AB : x − 3 y + 7 = 0
↔
AC : x − y + 1 = 0
↔
BC : x − 2 y + 5 = 0
Exercício 8
Sendo A = (−2, 3) e B = (4, −1), determine a equação da mediatriz do segmento AB (reta perpendicular ao
segmento AB e que contém o seu ponto médio).
Sugestão : Um ponto genérico P = (x, y) da mediatriz equidista de A e B : d(P, A) = d(P, B)
Exercício 9
Determine a área do triângulo hachurado da figura abaixo:
Exercício 10
Determine o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos:
a) A = (2, 3) e B = (4, 7)
c) P = (5, 2) e Q = (−3, 2)
Exercício 11
Determine o coeficiente angular de cada reta dada por sua equação geral :
a) 3 x − 2 y + 6 = 0
b) 2 x + y + 1 = 0
c) 3 y − 4 = 0
d) 5 x + 7 = 0
Exercício 12
Determine a equação da reta que passa pelo ponto A = (5, 3) e tem coeficiente angular − 2.
Exercício 13
Determine a equação da reta que passa pelo ponto A = (−1, 4) e tem coeficiente angular 2.
Exercício 14
Determine a equação da reta de inclinação α = 135o e que passa pelo ponto P = (4, 1)
Exercício 15
Qual é a equação da reta r da figura?
Exercício 16
Determine a equação da reta de declividade − 2 e que intersecta o eixo y no ponto A = (0, −3).
Exercício 17
Determine a equação segmentária da reta que corta os eixos coordenados em (5, 0) e em (0, −2).
Exercício 18
Uma reta r é definida parametricamente por x = t + 1 e y = 2 t.
Determine :
a) o ponto P da reta r associado ao valor t = 5 do parâmetro
Exercício 19
Dadas as equações paramétricas de r: x = 2 t − 1 e y = t + 2 ; determine :
a) a equação reduzida de r
Exercício 20
Dada a reta r : 4 x − 5 y + 20 = 0, pede-se :
a) dois pontos A e B de r
b) um vetor diretor de r
c) um vetor normal à r
Exercício 21
Determine m, sabendo que o vetor (2, −7) é perpendicular à reta de equação m x + 3 y − 2 = 0.
Exercício 22
Verifique a posição relativa das retas dadas por suas equações:
a) r: 3 x − y + 2 = 0
x y
s: 4
+ 10
=1
2
b) r: y = 3
x−1
s: 4 x − 6 y + 5 = 0
c) r: x = 8
s: y − 5 = 3 (x − 4)
Exercício 23
Determine a equação geral da reta que passa pelo ponto P = (2, −3) e é paralela à reta de equação
5 x − 2 y + 1 = 0.
Exercício 24
Determine a equação geral da reta-suporte do lado AB do paralelogramo ABCD da figura abaixo.
Exercício 25
Se as retas (a + 3) x + 4 y − 5 = 0 e x + a y + 1 = 0 são paralelas, determine o valor de a .
Exercício 26
Dada a reta r: 3 x − 2 y + 4 = 0 e o ponto P = (1, −3), determine a equação da reta s que passa por
P e é perpendicular à reta r.
Exercício 27
Determine a equação da mediatriz do segmento de reta cujos extremos são os pontos A = (3, 2) e
B = (−2, −4).
Exercício 28
Determine, em cada caso, o ângulo formado pelas retas r e s:
a) r : y = 4 e s : x = 3
1
b) r : y = 2 x + 6 e s : y − 5 = − 2 (x + 4)
c) r : y = 5 e s : y − 2 = 3 (x + 4)
d) r : x = 4 e s : 2 x + 6 y − 1 = 0
x
y
e) r : y − 4 = 3 (x − 5) e s : 7 + 7 =1
2
5. Gabarito
1) a = 4 ou a = 1
2) k = 5 ou k = − 3
3) k = 0
4) P = ( 4 , 4 )
5) 4 x − 7 y + 1 = 0
6) P = ( 2 , 5 )
7) A = ( 2 , 3 ); B ( − 1, 2 ); C (3,4 )
8) 3 x − 2 y − 1 = 0
20
9) AΔ =
11
= 1,8
10)
a. m = 2
b. Não está definido, pois a reta é perpendicular (90°) ao eixo x.
c. m = 0 ( nulo ) , pois a reta é paralela ao eixo x.
11)
3
a. m = 2 b. m = − 2 c. m = 0 ( nulo ) d. Não está definido.
12) 2 x + y − 13 = 0
13) 2 x − y + 6 = 0
14) x + y − 5 = 0
15) 2 x + y + 2 = 0
16) 2 x + y + 3 = 0
x y
17) 5 + − 2 = 1
18)
a. P = ( 6 ,10 ) b. 2 x − y − 2 = 0
19)
1
a. y=
2
( x + 5) b. P = ( − 5 , 0 )
20)
a. A ( 0 ,4 ) e B (5 ,0 ) b. v = (5 ,− 4 ) c. u = ( 4 ,− 5 )
6
21) m = − 7
22) F
Prof. Sergio Ricardo e Geovane Oliveira
45
Geometria Analítica
CAPÍTULO 5
A Circunferência no Plano
O ponto O é o centro
OA = OB = OC é o raio
Sejam O(a, b) o centro, r o seu raio e P(x, y) um ponto genérico de uma circunferência.
Da definição do LG , temos:
d (P,O) = (x − a)2 + (x − b)2 = r
Logo, a equação é :
(x − a)2 + (x − b)2 = r2
x2 + y2 − 2 a x − 2 b y + (a2 + b2 − r2) = 0
Exemplo:
Vejamos como o método funciona na equação geral x2 + y2 − 2 x + 4 y − 4 = 0
1º passo:
Agrupam-se os termos em x e os termos em y, isolando no segundo membro o termo
independente.
É interessante deixar um espaço após os termos em x e os termos em y e dois espaços
após o termo independente.
x2 − 2 x + ___ + y2 + 4 y + ___ = 4 + ___ + ___
2º passo:
Somam-se a ambos os termos da equação valores convenientes, de modo que os termos
em x e os termos em y se transformem cada qual em um quadrado perfeito.
O número que completa o quadrado perfeito em x é o quadrado da metade do
coeficiente de x.
Como o coeficiente de x é − 2, esse número é (−1)2 = 1
Incorporando esse número a ambos os membros, temos:
x2 − 2 x + 1 + y2 + 4 y + ___ = 4 + 1 + ___
Analogamente, o número que completa o quadrado perfeito em y é o quadrado da
metade do coeficiente de y. Como o coeficiente de y é 4, esse número é (2)2 = 4.
Prof. Sergio Ricardo e Geovane Oliveira
Geometria Analítica 48
5.3 - Atividades
Exercício 1
Determine a equação da circunferência cujo centro é o ponto A(5, 3) e cujo raio é de 2 cm.
Exercício 2
Determine a equação da circunferência com centro em O (−3, 1) e raio 3
Exercício 3
Determine a equação da circunferência que passa pelo ponto P (2, 3) e cujo centro é o ponto
A(1, −2).
Exercício 4
Verifique se a equação x2 + y2 − 4 x − 8 y + 19 = 0 representa uma circunferência.
Exercício 5
Verifique se a equação x2 + y2 + 2 x − 2 y + 6 = 0 representa uma circunferência. Em caso
afirmativo, dê as coordenadas do centro e o raio.
Exercício 6
Obtenha o raio e o centro da circunferência x2 + y2 + 6 x − 4 y − 12 = 0.
Exercício 7
O centro de uma circunferência é o ponto médio do segmento AB, sendo A(2, −5) e B(−2, −3).
Se o raio dessa circunferência é 2 , determine a sua equação.
Exercício 8
O ponto P(3, b) pertence à circunferência de centro C(0, 3) e raio 5. Calcule o valor da ordenada b.
Exercício 9
Determine a equação da circunferência com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo ponto A(1, 1).
Exercício 10
Qual é o centro e o raio da circunferência de equação x2 + y2 = 2 (x − y) + 1.
Exercício 11
Verifique se x2 + y2 + 2 x + 2 y − 2 = 0 representa uma circunferência. Caso positivo exiba seu
centro e seu raio.
Exercício 12
Determine uma equação da reta que passa pelo centro da circunferência de equação
x2 + y2 − 4 x − 4 y + 4 = 0 e é paralela à reta de equação 2 x + 3 y = 0.
Exercício 13
Quais são os valores que k pode assumir para que a equação x2 + y2 − 2 x + 10 y + 13 k = 0
represente uma circunferência?
Exercício 14
Considere P e Q os pontos de interseção da reta de equação 2y - x = 2 com os eixos coordenados x
e y, respectivamente.
a) Determine as coordenadas dos pontos P e Q.
b) Determine a equação da circunferência que tem o segmento PQ como diâmetro.
Exercício 15
Determine o(s) ponto(s) comum(ns) à circunferência L e à reta s:
a) L : x 2 + y 2 − 4x − 12 = 0 , s: x + y + 2 = 0
b) L : x 2 + y 2 − 6x − 12y + 25 = 0 , s: 2x – y = 0
c) x 2 + y 2 − 2x − 8 = 0 , s: 3x + 4y + 12 = 0
Exercício 16
Determine a(s) equação(ões) da(s) reta(s) tangente(s) à circunferência e que passa(m) por P:
a) P(-2, 5), L : x 2 + y 2 + 2x + 4y − 20 = 0
b) P(5, 3), L : x 2 + y 2 − 4x − 2y − 4 = 0
c) P(-1, -7), L : x 2 + y 2 − 4x + 6y − 12 = 0
5.4 - Gabarito
1) x 2 + y 2 − 10 x − 6 y + 30 = 0
2) x 2 + y 2 + 6 x − 2 y + 1 = 0
3) x 2 + y 2 − 2 x + 4 y − 21 = 0
4) Sim
5) Não
6) C = ( −3, 2); r = 5
7) x 2 + y 2 − 8 y + 14 = 0
8) b = 7 ou b = −1
9) x 2 + y 2 − 4 x − 2 y + 4 = 0
b. P1 = (1,2); P2 = (5,10)
12
c. P =( ,0 )
5
16)
a. x − 7 y + 37 = 0
b. 2 x + 3 y − 19 = 0
c. 3 + 4 y + 31 = 0