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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

AGRONOMIA

HELOISA POLISELO RODRIGUES


JANAINA FUMIE MATSUMOTO
LUIZ FERNANDO CERA
VANESSA GONÇALVES AISAWA
8º A

PRINCIPAIS RAÇAS INTERNACIONAIS E NACIONAIS DE


SUÍNOS

Londrina
2016
HELOISA POLISELO RODRIGUES
JANAINA FUMIE MATSUMOTO
LUIZ FERNANDO CERA
VANESSA GONÇALVES AISAWA
8º A

PRINCIPAIS RAÇAS INTERNACIONAIS E NACIONAIS DE


SUÍNOS

Trabalho apresentado ao curso de


Agronomia da UNOPAR, como exigência
da disciplina de Suinocultura e Avicultura.

Professora: Dra Márcia Regina Coalho.

Londrina

2016

Sumário
1. Introdução................................................................................................................3

2. Raças Internacionais de suínos..............................................................................3

2.1. Principais raças internacionais criadas no Brasil...................................................4

3. Raças brasileiras......................................................................................................6

4. Conclusão................................................................................................................10

Bibliografia...................................................................................................................11
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1. Introdução

A introdução de suínos no Brasil ocorreu em 1532, pertenciam às raças da


Península Ibérica, existentes em Portugal. Inicialmente sua produção era voltada
para a subsistência, com a extração de gordura, tendo como função elaborar e
conservar alimentos, além da sua carne. A partir da década de 60, iniciou-se o
sistema intensivo de criação onde, o foco seria a produção de carnes. Com o tempo,
os criadores brasileiros passaram a desenvolver raças próprias, como o Piau, o
Canastra, o Sorocaba, o Tatu e o Caruncho (ABCS, 2014).

No final do século XIX e inicio do século XX, imigrantes europeus trouxeram para
o Brasil um padrão próprio de industrialização. Então, começaram processos de
melhoramentos genéticos, através das importações de animais das raças Berkshire,
Tamworth e Large Black da Inglaterra e posteriormente, das raças Duroc e Poland
China. Já entre 1930 e 1940, chegaram às raças Wessex e Hampshire.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos fundada em 1955, em busca do


melhoramento genético do rebanho nacional, incentivou a introdução de raças puras
que garantiriam a produção de menos gordura e mais carne. Incentivados, os
produtores trouxeram novas raças para o Brasil: na década de 50 o Landrace; na de
60 o Large White e a partir da década de 70, os híbridos de empresas
especializadas no melhoramento genético de suínos. Com o trabalho da ABCS e a
introdução de diferentes raças, geraram um novo patamar de desenvolvimento e
aprimoramento no setor de suinocultura nacional (ABCS, 2014).

2. Raças Internacionais de Suínos

De acordo, com a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS, 2014), a


importância das raças e produção de suínos está embutida no conceito “Fenótipo =
Genótipo + Ambiente”, onde, as raças e linhagens de suínos constituem genótipos,
pois, são portadores de genes que sustentam o seu funcionamento e que os
caracterizam quanto ao seu aspecto exterior e à sua capacidade de produção ou
função, sendo expressa conforme as condições nas quais são criados,ou seja, o
ambiente.
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No Brasil, as raças melhoradas geneticamente e mais criadas são três: Duroc,


Landrace e Large White. Outras raças criadas em menor escala são a Hampshire,
Pietrain e Wessex. A Landrace e Large White são as mais utilizadas na produção de
suínos para abate industrial, geralmente apresentam melhor conversão alimentar do
que a Duroc (Bonetti e Monticelli, 1998).

Novas raças ou “linhas sintéticas” têm surgido como resultado do cruzamento de


machos e fêmeas de raças diferentes, ou do cruzamento de linhas dentro de raças.

2.1. Dentre as principais raças criadas, segue suas respectivas características:

 Duroc: apresenta pelagem vermelho-cereja, bom comprimento e profundidade


corporal, orelhas do tipo ibérico, e focinho semi-retilíneo, apresenta boa taxa de
crescimento diário, conversão alimentar e rendimento de carne. Uma das
características mais importantes da raça é o teor de marmoreio na carne
(gordura intramuscular, GIM), sendo superior as raças Landrace, Large White e
Pietrain. A ausência praticamente total do alelo Halotano recessivo (Hal n) do
genoma dessa raça é outro fator que lhe confere capacidade genética para
produzir carne de excelente qualidade (ABCS, 2014)(fig.1).

Figura 1. Duroc

 Landrace: apresenta pelagem branca, orelhas do tipo céltico, excelente


comprimento corporal e rendimento de carne, ótima capacidade materna,
produzindo e criando leitegadas com mais de dez ou onze leitões, boa taxa de
crescimento, conversão alimentar e rendimento de carne (Bonetti e Monticelli,
1998) (fig.2).
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Figura 2. Landrace

 Large White: também apresenta pelagem branca, orelhas curtas e eretas, tipo
asiático. É a mais prolífica das três raças, com boa taxa de crescimento diário,
conversão alimentar e rendimento de carne. São animais sexualmente
precoces. Em alguns países da América do Norte e Europa, a raça tem sido
utilizada para desenvolver linhas hiperprolíficas e produção de suínos com
peso elevado de abate (ABCS, 2014) (fig.3).

Figura 3.Large White

 Hampshire: apresenta pelagem preta, com uma faixa de cor branca em torno
da paleta, orelhas eretas e curtas, e focinho subconcâvo. Apresenta excelente
quantidade de carne na região do lombo, baixa espessura de toucinho e carne
de boa qualidade (Bonetti e Monticelli, 1998) (fig.4).
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Figura 4.Hampshire

 Pietrain: sua pelagem pode ser malhada, em tons de cinza, marrom e vermeho,
com orelhas do tipo asiático, perfil cefálico subconcavilíneo. É uma raça que
apresenta menor deposição de gordura e maior rendimento de carne na
carcaça entre todas as raças, é sensível ao estresse, e sua carne não é de boa
qualidade industrial (Bonetti e Monticelli, 1998) (fig.5).

Figura 5.Pietrain

 Wessex: sua pelagem é semelhante à Hampshire, suas orelhas são compridas


e caídas, seu focinho é retilíneo. Excelente prolificidade, habilidade materna e
capacidade de produção de leitões, mas tem alta capacidade de produzir
gordura, adapta-se bem em condições de campo (Bonetti e Monticelli, 1998)
(fig.6).
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Figura 6. Wesses

3. Raças Brasileiras

No Brasil na época da colonização não existiam porcos doméstico, foram os


colonizadores, portugueses e espanhóis, que trouxeram algumas de suas raças
naturais e primitivas, cujos descendentes ainda sobrevivem, segregados, mas
sem maior importância, por todo o interior. Pertenciam essas raças aos tres
troncos originais e fundamentais de todas as raças atuais de suínos: Céltico,
porco grande e tardio descendente do javali europeu, Asiático, porco pequenos,
de orelhas curtas e grande propensão à engorda, descendente do indiano e
finalmente o Ibérico, intermediário, de hibridação remota dos dois troncos. O
estudo das chamadas "raças" suinas nacionais tem hoje objetivo exclusivamente
científico, de interesse no campo da genética e etnografia, principalmente.

Os representantes mais típicos e puros do tronco Céltico são: o canastrão, o do


Ibérico, o Canastra e o Nilo-Canastra, e o do Asiático, o Tatu e o Caruncho. Todas
são raças sóbrias, pouco exigentes, pouco prolificas, tardias, mal conformadas,
pouco musculadas, criadas com o objetivo de produzir banha. Como atualmente
este tipo deixou de ser econômico e devido à maior procura da carne, alimentos
mais escassos, perderam o interesse por parte dos criadores e vão
desaparecendo à medida que a civilização penetra para o interior. Não merecem
mais que uma descrição sumária.
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Algumas raças brasileiras sofreram infusão de sangue das raças aperfeiçoadas


estrangeiras, mas diversas 07 não conseguiram sobreviver por muito tempo e as
restantes não o conseguirão. É que o porco degenera facilmente quando criado
em consangüinidade e, as raças obtidas, mantidas em "rebanho fechado" por
limitado número de criadores, não conseguiram contornar o problema.

Faremos pois uma descrição bastante sumária das raças brasileiras que alias não
são bem definidas, existe muita confusão nos seus nomes, na maioria adotados
apenas regionalmente. Destacamos os principais:

 CANASTRÃO
Raça do tipo céltico descendente da raça Bizarra de Portugal e era muito
criada no leste de Minas Gerais e no estado do Rio de Janeiro. É difícil hoje
encontrar animais puros, pois houve miscigenação com outras raças.
Apresenta corpo grande, cabeça grossa, orelhas grandes, papada e membros
compridos e fortes. A pelagem pode ser preta ou vermelha e o couro grosso e
pregueado com cerdas duras e ralas. Muito tardio, fica pronto para abate
apenas no segundo ano. As fêmeas são prolíficas e boas mães.

 CANASTRA
Raça do tipo ibérico e derivada das raças Alentejana e Transtagana.
Já foi muito difundida no Brasil com diversas denominações, principalmente
Meia-Perna. De porte médio, tem a cabeça pequena, focinho curto, bochechas
largas e pendentes, às vezes com brincos, orelhas médias e horizontais,
membros curtos de ossatura fina.
A raça foi mencionada por Saint-Hilaire (1779-1853) como a mais comum na
região de Formiga em Minas Gerais. Dizendo que o Canastra é um animal
preto, orelhas eretas que pesava quando cevado, mais de 8 arrobas (120 kg) .
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 NILO

Também conhecido como Nilo-Canastra. Pouco se sabe sobre a sua origem.


São animais de cor preta do tipo médio, tendo como característica a ausência
de pelos, pesando de 100 a 150 quilos. Apresenta ossatura fina, com mistura
reduzida e grande rendimento de toucinho. Pela sua rusticidade são criados em
mangueiras, soltos, com alguma ração suplementar. A fêmea pode ter até 8
leitões por ninhada. São excelentes produtores de toucinho, produzindo de
65% a 70% de banha.

 PIAU
A palavra ‘Piau’ de origem tupi-guarani significa ‘malhado’ ou ‘pintado’. Os
trabalhos de seleção da raça começaram em 1939.
É uma raça de animais de pelagem cor-de-areia com manchas preta e marrom,
orelhas de tamanho médio e focinho semi-retilíneo. A carcaça apresenta
grande deposição de toucinho com mais de 4 cm de espessura. Um tipo mais
antigo é o Caruncho Piau um pouco maior que o Carunchinho e menor que o
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Piau. Possui uma variedade vermelha o Sorocaba, de tamanho médio e


aptidão intermediária, melhorada por cruzamento com Duroc.

 TATU

É uma raça proveniente da Índia ou da Indochina e são de pequeno porte que


alcançam no máximo 90 quilos. São também conhecidos como Macau,
Caruncho, Canastrinho, Perna-Curta e no norte e nordeste do Brasil como
Baé. Foram trazidos das colônias portuguesas da Ásia pelos colonizadores
portugueses. São geralmente pelados e se têm pelos são ralos e finos de cor
preta. Rústicos e pouco exigentes são criados no interior para a produção
doméstica de carne e toucinho. A porca de pequena prolificidade produz no
máximo 8 crias por ninhada.

 PEREIRA

É considerado pelos estudiosos uma variedade do cruzamento do Canastra


com Duroc-Jersey. Tem grande aptidão para produzir toucinho e de tamanho
médio, pesando no máximo 180 quilos. Tem pelagem tordilha, podendo ter
pintas avermelhadas. A formação da raça começou com o criador de
Jardinópolis SP Domiciano Pereira Lima, de quem ganhou o nome. Foi muito
utilizada pelos criadores paulistas em cruzamentos com raças americanas e
européias para obtenção de porcos de fácil engorda.
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 PIRAPETINGA
Foram desenvolvidos na Zona da Mata em Minas Gerais, na bacia do rio
Pirapetinga, de onde ganhou o nome da raça. É considerado do tipo asiático.
Alguns zootecnistas o consideram uma variação da raça Tatu e parecido com
o Nilo
Difere do Nilo, sobretudo por caracteres da cabeça as quais vão dando lugar as
de outras raças mais produtivas. São animais de tamanho médio, de corpo
comprido e estreito, com pouca musculatura e ossatura, sem pelos ou com
cerdas ralas.

4. Conclusão

A cadeia produtiva de suinocultura tem como enfoque raças e linhagens que


possam expressar de forma intensa determinada característica(s), seja, para
habilidade materna, eficiência alimentar, taxa de crescimento, aumento da
prolificidade, deposição de carne na carcaça, onde esses fatores são obtidos
através da junção de melhoramentos genéticos com bem-estar animal
(ambiente), propiciando ao animal a capacidade de expressar seu potencial
máximo de produtividade.
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BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE SUÍNOS – ABCS. Produção de


suínos: teoria e prática. Coordenação Técnica da Associação Brasileira de
Criadores de Suínos; Coordenação Técnica da IntegralI Soluções em Produção
Animal. Brasília, DF, 2014. 908p.:il.

BONETTI, L.P.; MONTICELLI, C.J. Suínos: o produtor pergunta, a Embrapa


responde. 2. ed., rev. Brasília: Embrapa – SPI; Concórdia: Embrapa Suínos e
Aves,1998. 243p.

Suinocultura brasileira avança no cenário mundial – Canal do produtor.


Disponível em: <http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/Ativos-
Suinocultura-n1.pdf>. Acesso em: 02 out de 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL – ABPA. Suinocultura.


Disponível em: <http://abpa-br.com.br/setores/suinocultura>. Acesso em: 02 out de
2016.

OS SUÍNOS: ORÍGEM, HISTÓRIA E MITOLOGIA Disponível


em:http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/os-suinos-origem-historia-
e-mitologia.html> Acesso em: 05 out de 2016.

SUÍNOS - PRINCIPAIS RAÇAS DO MUNDO Disponível


em:http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/05/principais-racas-de-suinos-
do-mundo.html Acesso em: 02 out de 2016.

SUÍNOS – IMPORTÂNCIA DO BRASIL NO CENÁRIO MUNDIAL Disponível


em:http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/06/suinos-importancia-do-
brasil-no-cenario.html >Acesso em: 03 out de 2016.
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