UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES DIETAS NA PRIMEIRA ALIMENTAÇÃO DE ALEVINOS DE PARACANTHURUS HEPATUS E A CAPACIDADE DE SOBREVIVÊNCIA. Introdução
Cenário mundial da captura de peixes ornamentais;
O mercado de peixes ornamentais e suas demandas ditadas por modismos; Principais fatores para a seleção; Blue Tang, Paracanthurus hepatus; Dificuldades de reprodução e a complexidade da primeira alimentação larval. O objetivo do trabalho é estabelecer técnicas de aquicultura voltadas para primeira alimentação de alevinos, para que os mesmos sobrevivam a esta fase, e consequentemente reduzir a captura selvagem de blue tang, buscando alternativas para criações deste peixe selvagem, suprindo assim o fornecimento e consumo do mercado ornamental, obtendo um método eficaz para proteção deste recurso natural. Material e Métodos Os ovos serão obtidos através de uma parceria com o Laboratório de Piscicultura Marinha – LAPMAR. Departamento de Aquicultura; O experimento será conduzido na Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Londrina-PR, no Laboratório de Biodiversidade e restauração de ecossistemas; Entre os dias 01 de setembro e 08 de outubro de 2016; Seis tanques de fibra de vidro, de 100 litros; Os tanques funcionarão com um sistema de incubação para as larvas recém-eclodidas, para que se mantenham flutuantes na superfície a partir do primeiro dia; O sistema utilizado nas primeiras cinco semanas será larval rearing (larvicultura); controle completo sobre os parâmetros ambientais e populacionais; Qualidade da água; T°; pH; População; OD; Salinidade; Alcalinidade; Comp. Nitrogenados. Tratamentos (T1) ocorrerá em um ambiente com temperatura de água de 24 °C, fotoperíodo de 18 horas de luz e de 6 horas de escuridão, usando rotíferos, animais microscópicos aquáticos como primeira alimentação e adicionando microalgas no cultivo inicial, a adição de microalgas, ajudará a estabilizar as concentrações de oxigénio naturalmente, isso ocorrerá no período em que as luzes estiverem acesas fazendo com que a renovação da água seja reduzida ou ausente. O segundo (T2) protocolo, será caracterizado por um ambiente escuro durante os primeiros três dias após a eclosão, e logo após será adotado o fotoperíodo de 18 horas de luz e de 6 horas de escuridão, com temperatura de água de 18 °C e será utilizada Larvas de Artemia salina como primeiro alimento, que é um pequeno crustáceo da ordem Anostraca, medem no máximo 11mm, ricos em proteínas e vitaminas. O terceiro (T3) protocolo caracterizado por um ambiente com fotoperíodo de 18 horas de luz e de 6 horas de escuridão, com temperatura de água de 22 °C, a primeira alimentação será através de um zooplancton copépodo, calanoida, no estágio náuplios, altamente nutritivo. Controle da intensidade da luz e fotoperíodo; oxigênio será suprido artificialmente; densidade inicial de 100-150 pós-larvas / litro; alimento será distribuído à mão; a alimentação será realizada seis vezes por dia, distribuída a cada 2 horas da seguinte forma, 20% às 08.00 horas e 16% a cada duas horas; Higienização: remoção de sólidos por sifonamento do fundo do tanque; e troca parcial de água, realizada durante toda a larvicultura, representando cerca de 60% do volume total de cada unidade experimental. Coleta de dados biométricos amostra inicial de 800 larvas de cada tratamento, sendo 400 por tanque, serão coletadas, pesadas (gramas) e medidas em comprimento total (milímetros); terceiro dia pós nascimento serão retiradas amostras diárias de 400 ml de cada tanque, recolhidas e examinadas ao microscópio para avaliar as taxas de repleção (porcentagem de larvas tendo presas em seu estômago), da mesma forma ocorrerá no quinto dia. Após 38 dias haverá nova coleta de dados biométricos, peso e comprimento, de 800 indivíduos utilizados por experimento; Análises estatísticas: serão realizadas no software computacional Statistica 7.0®, sendo aplicada ANOVA para análise de variância e teste de Tukey para comparação de médias entre tratamentos.