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Cursos de Engenharia: Grupo HCT

Educação Continuada

Orçamentos de Obras
e Cálculo de BDI

Minicurso: “Estimativa de Custos”

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PLANEJAMENTO DE CUSTOS

1. Introdução ao Planejamento de Custos

• Existe uma grande diferença entre o enfoque do orçamento dado


pelo proprietário e pelo construtor.
– Proprietário: Tem como alvo de seus interesses o custo total
do projeto e seu fluxo de caixa.
– Construtor: Vê o orçamento como uma ferramenta de
estabelecimento de premissas que definem as metas que se
pretende alcançar.
• O preço total da obra é formado pelo preço unitário dos insumos
multiplicados pelos seus quantitativos e custo da obra é o
somatório das despesas diretas, indiretas e lucro, sendo o preço
da obra é fixo o custo é variável.

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PLANEJAMENTO DE CUSTOS

2. Grau de Detalhamento do Orçamento

– Estimativa de Custo

– Orçamento Preliminar

– Orçamento Analítico ou Detalhado

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PLANEJAMENTO DE CUSTOS

2. Grau de Detalhamento do Orçamento

– Estimativa de Custo

– Orçamento Preliminar

– Orçamento Analítico ou Detalhado

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ESTIMATIVA DE CUSTOS

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ESTIMATIVA DE CUSTOS
• A “Estimativa de Custos” é uma avaliação expedita com base em custos
históricos e comparação com projetos similares. Retorna uma ideia
aproximada da ordem de grandeza do custo do projeto.

• Normalmente é realizada em base a indicadores genéricos e números


consagrados.

• Em obras de edificações, um indicador bastante utilizado é o custo do


metro quadrado construído.

• Inúmeras são as fontes de referencia desse parâmetro, sendo o CUSTO


UNITÁRIO BÁSICO (CUB) o mais utilizado.

• O ideal é que se utilizem dados da própria construtora, pois devido as


características intrínsecas de cada empresa informações provindas do
banco de dados da própria construtora certamente serão mais precisos
que obtidos em outras fontes.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS

• A lei 4.591/64 atribuiu à ABNT a tarefa de padronizar critérios e normas


para cálculo de custos unitários de construção, execução de orçamentos e
avaliação global de obra.

• A lei obriga os sindicatos Estaduais da Industria da Construção a calcular e


divulgar mensalmente os custos unitários de construção na sua base
territorial. Esses números são obtidos em pesquisas realizadas junto a
expressivo numero de construtoras, que mensalmente informam valores
praticados.

• A NBR 12.721 (Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de


construção para incorporação de edifícios em condomínio – Procedimento) defini
critérios de coleta, cálculo, insumos representativos e os seus pesos de
acordo com os padrões de construção, que levam em conta as condições
de acabamento, a qualidade do material empregado e os equipamentos
existentes

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ESTIMATIVA DE CUSTOS

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ESTIMATIVA DE CUSTOS
• Para a utilização do CUB é necessário utilizar a área equivalente construção e
não a área real de construção
“3.20 área equivalente de construção: Área estimada, fictícia, que, ao
custo unitário básico adiante definido, tenha o mesmo valor, em reais, que o
efetivamente estimado para área real correspondente, descoberta ou coberta de
padrão diferente.
Por exemplo: se, para uma determinada área real coberta, de 60 m2, se estima
que, em virtude de sensível melhora no padrão de acabamento, o custo unitário
efetivo é cerca de 50% maior que o custo unitário básico adotado para as áreas
cobertas - padrão do edifício considerado, a área equivalente (Se) correspondente
é:
Se = 60 x 1,50 = 90 m2
No caso de uma área real descoberta de 30 m2, no mesmo edifício, sendo
o custo unitário efetivo, em virtude da redução do número e das quantidades de
serviços necessários para construí-la, estimado em apenas 50% do custo unitário
básico, tem-se:
Se = 30 x 0,5 = 15 m2”

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ESTIMATIVA DE CUSTOS

Na formação destes Custos Unitários Básicos não foram considerados os seguintes itens,
que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de
construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a
cada caso particular: a) fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes,
rebaixamento de lençol freático; b) elevador(es); c) equipamentos e instalações,
tais como fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado,
calefação, ventilação, exaustão e outros; d) playground (quando não classificado
como área construída); e) obras e serviços complementares, tais como
urbanização, recreação (piscinas e campos de esporte), ajardinamento, instalação
e regulamentação do condomínio; f) outros serviços; g) impostos, taxas e
emolumentos cartoriais; h) projetos arquitetônicos, projetos estruturais, projetos
de instalação e projetos especiais; i) remuneração do construtor; j) remuneração
do incorporador.
SINDUSCON – RJ (2013)

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ESTIMATIVA DE CUSTOS

• Percebe-se que é necessário a inclusão, nos custos obtidos pela


aplicação do CUB, de valores relativos a itens que não foram
considerados;

• Existem outras publicações de índices voltados a construção de


edificações, sejam de empresas especializadas ou revistas e editoras
envolvidas com a área técnica da construção civil.

• Uma das editoras de livros e outras publicações técnicas que também


desenvolve a emissão destes dados é a PINI.

• Existem outros parâmetros de referencia para custos de construção.

• A seguir uma planilha publicada pela PINI que divulga dados de custos
unitários de produção relativos ao Custo de Urbanização – Avaliação de
Glebas.

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4. ESTIMATIVA DE CUSTOS

Fonte: Construção Mercado (mai/2006)

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ESTIMATIVA DE CUSTOS

• Os valores obtidos na “Estimativa de Custos” também podem ser


representados por etapas de obra com a utilização de alguns indicadores.
• Este tipo de estimativa é uma decomposição da estimativa inicial, levando-
se em consideração o percentual que cada etapa da obra representa no
custo total;
• Esses indicadores podem ser encontradas em algumas publicações
técnicas;
• As tabelas com estes indicadores dão uma noção da representatividade de
cada etapa no custo total da obra mas ao se trabalhar com a mesma deve
ser considerado que se tratam de percentuais referenciais, onde no caso de
obras atípicas deve haver, por parte do planejador da obra, considerações
especiais.
• Com a distribuição por etapas é possível o orçamentista avaliar se a
cotação com determinada empresa (subempreiteiro) se encontra dentro ou
fora da faixa de preço prevista.

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ESTIMATIVA DE CUSTOS

Fonte: Construção Mercado (ago/2006)

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