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Direito Penal V – Parte II.

x. §2º ROUBO IMPRÓPRIO (Art. 157): Majorado ou Circunstanciado.

Súmula 443 -
O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado
exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera
indicação do número de majorantes.

‘’O juiz ao definir a fração de aumento pela incidência das majorantes, não pode
utilizar como critério a quantidade de majorantes aplicadas no caso. Deve ser valorado
a gravidade concreta de cada circunstância.

Redação antiga: Redação após a lei 13.654/18

 I – Arma;  I – Arma de fogo.

x. Arma branca: Canivete, faca, facão, punhal...


. REVOGADO

x. Arma de Fogo: Revolver, pistola, fuzil...

 II – Explosivos.
x. Arma Imprópria: porrete, barra de ferro,
enxada... (instrumentos que podem ferir ou
intimidar) REVOGADO

x. Explosivos: Granada, bomba, dinamite...

Obs: O conceito de arma do revogado §2º, I era mais amplo. Englobava as armas de
fogo, armas brancas, armas impróprias e explosivos. O conceito atual, previsto no Art.
2º - A, só elenca as ARMAS DE FOGO e os EXPLOSIVOS. Assim, os roubos com arma
branca ou imprópria passaram a ser ROUBO SIMPLES.

 Posição majoritária DO PASSADO;

Súmula n. 174 - No crime de


Utilizando um objeto semelhante, faz com que a
roubo, a intimidação feita com
arma de brinquedo autoriza o
vítima ofereça menor resistência à subtração,
aumento da pena. devendo incidir o AUMENTO. - NELSON HUNGRIA.

REVOGADO
 Posição majorante ATUAL; Não vale a majorante para o roubo com arma de
brinquedo. – Sendo vedada a analogia IN MALLAN PARTEM (para prejudicar o
réu).

‘’Obs: Para incidir a causa de aumento, a arma de fogo deve ter potencial lesivo, ou
seja, deve ser capaz de efetuar disparo e estar municiada ao tempo do roubo. ’’

Caso NÃO haja os dois requisitos, não haverá majorante, respondendo por roubo
simples.

 2 SITUAÇÕES:

x. A. Arma apreendida: Necessário perícia na arma para atestar que é apto a efetuar
disparos e possui munição.

x. B. Arma não apreendida: Em razão da impossibilidade de se realizar a perícia na


arma, vale qualquer outro elemento de prova para indicar que o agente se utilizou de
uma arma de fogo, tais como; prova testemunhal, filmagem, etc.

II – Concurso de duas ou mais pessoas;

III – Vitima a serviço de transporte de valores e o agente conhece essa


circunstância.

Obs: Como a lei menciona a palavra serviço, entende-se que o roubo do próprio dono
do valor transportado NÃO faz incidir a causa de aumento, devendo ser um terceiro
que preste este serviço.

Ex.: Protege, segur...

VITIMA: Patrão – não incide causa de aumento.

VITIMA: 3º (funcionário) – Incide na causa de aumento.

O agente precisa saber que o terceiro esta carregando o dinheiro (BOTE


CERTO).

IV – Veiculo automotor transportado para outro Estado ou país.

VI – Material explosivo e acessório.

§2º - A; A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):


I – Arma de fogo.

II – Explosivo para romper obstáculo ou que gere perigo incomum.

x. Polêmica do concurso de causa de aumento do crime de roubo.

1. As causas de aumento aplicam de maneira cumulativa e concomitante.

2. Art. 68, P. Ú; Deve-se aplicar o §2º - A, porque é mais severo e a circunstância do


paragrafo segundo.

§3º Se da violência resulta: QUALIFICADO.

I – lesão grave. Art. 129, §1º e §2º cp – Gravíssima.

II – Morte.

SÚMULA 603 STF; A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do


JUIZO COMUM e não do tribunal do júri.

SUBTRAÇÃO. MORTE. LATROCÍNIO consumado/tentado.

1º   CONSUMADO.
X X
2º TENTEDO.
X
3º  TENTADO.
X
4º  CONSUMADO. Sumula STF 610.

SUMULA 610 STF; Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que
não realize o agente a subtração de bens da vítima.

‘’Mesmo sendo crime contra um bem, entende-se que, por política criminal, por se
tratar de um crime que envolve a vida, considera-se LATROCÍNIO.’’

x. CONCURSO DE LATROCÍNIO.

 Para o STF: O latrocínio será determinado pelo numero de patrimônios


afetados.

 Para o STJ: O numero será determinado pelo numero de mortes.


ROUBO ≠ EXTORÇÃO.

 Art. 158, CP - EXTORSÃO.


Conceito: Constranger alguém, mediante VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA, e com o
intuito de obter para sí ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar
que se faça ou deixar de fazer alguma coisa. Pena – Reclusão de 4 a 12 anos, e multa.

x. Constranger: É obrigar alguém mediante violência ou grave ameaça à fazer


algo ou a não fazer.

‘’A finalidade/vantagem econômica pode ser lícita ou até mesmo ilícita. ’’

 Elementos:

x. Violência.

x. Grave ameaça.

DIFERENÇA ENTRE EXTORÇÃO E ROUBO:

1ª – No roubo, a colaboração da vítima é DISPENSÁVEL (subtrair).

Na extorsão, a colaboração da vitima é INDISPENSÁVEL (Constranger).

‘’Na extorsão, é necessário (IMPRESCINDÍVEL) a colaboração da vitima para que o


agente obtenha vantagem econômica. Já no roubo, a colaboração é dispensável
(PRESCINDÍVEL).

2ª – No roubo, a vantagem econômica é IMEDIATA.

Na extorsão, a vantagem econômica é MEDIATA (Futura).

Consumação: Cr. Formal (consumação antecipada) Ou seja, ainda que o agente não
receba o resultado naturalístico.

SÚMULA 96 STJ: O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da


vantagem indevida.

-BASTA O CONSTRANGIMENTO E NÃO A VANTAGEM ECONÔMICA.


§ 1º MAJORANTE; +1/3 a ½.

x. Com mais de uma pessoa.

x. Arma; ≠ da Arma do roubo.

Arma de fogo; Arma branca;


Explosivo; e Arma imprópria.

§ 2º EXTORSÃO QUALIFICADA;

x. Lesão grave. 7 a 18 anos + multa.

Art. 157, §3º

x. Morte. 20 a 30 anos.

§ 3º EXTORSÃO + RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA VITIMA. (SEQUESTRO RELÂMPAGO).

6 a 12 anos...

‘’ O tempo deve ser acima do normal de uma mera extorsão’’.

‘’ O roubo é absolvido pela extorsão’’.

Obs:

x. LESÃO GRAVE: Pena: 16 a 24 anos.


Aplicação da pena do Art. 159, §2º e
x. MORTE: Pena: 24 a 30 anos. §3º do CP.

DIVERGÊNCIA:

LATROCÍNIO é crime HEDIONDO. (Art. 1º, II, Lei n. 8.072/90).

Art. 159 é crime HEDIONDO.

Lei de crimes Hediondos: L. 8.072/90


DIVERGÊNCIA DA EXTORÇÃO QUALIFICADA PELA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE. ART.
158, §3º DO CP. QUANDO GERA LESÃO GRAVE OU MORTE.

- 24 a 30 anos de prisão – Causa: Morte.

- 16 a 24 anos de prisão – Causa: Lesão Grave.

x. Posição Majoritária: Não é crime hediondo, pois não esta na lei 8.072/90.

x. Posição Minoritária: (SEGUNDO O MP) É crime hediondo.

 ART. 159, CP – EXTORÇÃO MEDIANTE SEQUESTRO.

Conceito de Extorsão mediante sequestro: Restringir a liberdade da vítima mediante


violência ou grave ameaça A FIM DE OBTER VANTAGEM ECONÔMICA.

x. Intenção de pedir resgate em toca de dinheiro.

x. Finalidade patrimonial ilícita.

X. Resgate exigido para um terceiro,

‘’ ≠ De SEQUESTRO ou CÁRCERE PRIVADO (Art.148, CP)’’.

Conceito de sequestro: Restringir a liberdade da vítima mediante violência ou grave


ameaça.

§2º e §3º; É crime hediondo, segundo o MP.

Bens jurídicos: Liberdade de locomoção;

Patrimônio;

Obs: Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de sequestro?

-Quanto ao patrimônio, sim.


Consumação e tentativa: Consuma-se com o mero sequestro da vítima, ainda que por
um breve período, não sendo necessária a solicitação ou pagamento do resgate,
devendo haver a intenção de pedir o resgate.

‘’É CRIME FORMAL DE CONSUMAÇÃO ANTECIPADA’’.

É Crime permanente: segundo o direito penal brasileiro, é aquele cujo momento


consumativo se prolonga no tempo de acordo com a vontade do criminoso, de modo
que o agente tem o domínio sobre o momento de consumação do crime.

‘’FLAGRANTE É POSSÍVEL ENQUANTO A VÍTIMA ESTIVER EM CATIVEIRO. ’’

 QUALIFICADORAS (3)

§1º x. Privação da liberdade por mais de 24h.

x. Vítima menor de 18 anos.

x. Associação criminosa (art. 288, CP).(ANTIGO QUADRILHA OU BANDO).

§2º x. Lesão grave; 16 a 24 anos de prisão.

§3º x. Morte;(de qualquer pessoa) 24 a 30 anos de prisão.

 ART. 163, CP - DANO.


-Só se configura crime de dano na modalidade DOLOSA.

3 modalidades de praticar dano;

Dolo de destruir: Arruinar.

Dolo de inutilizar – Diminuir a utilidade/Aplicação.

Dolo de deteriorar – Por em mau estado.

-ANIMUS NECANDI (vontade + consciência): Intenção de causar prejuízo.

- Bem jurídico: Patrimônio.


Não são considerados crimes de dano:

A pichação (picho); Crime AMIENTAL; POLUIÇÃO NO MEIO AMBIENTE


URBANO.

OS Bens tombados (Protegidos) por lei ou ato administrativo: Art. 62, lei;
9605/98.

O Dano à sepultura: Art. 210, CP.

O Dano à objeto de culto religioso: Art. 208, CP.

E a Destruição de documentos; Art. 305, CP.

 QUALIFICADORAS:

PARÁGRAFO ÚNICO: SE O CRIME É COMETIDO:

I – Grave ameaça ou violência.

II – Utilização de substância inflamável ou explosivo. (Só contra um


bem e que não haja perigo ou possibilidade de atingir outro bem ou pessoa.

≠ Crime ambiental (incêndio em terrenos) e;

≠ Do Art. 250 – Crime de incêndio, que há perigo de dano à


outros bens ou pessoas.

III – Bem Público.

ART. 168, CP – APROPRIAÇÃO INDÉBITA.


Conduta: O agente RECEBE a posse desvigiada do bem pelo proprietário.

Conduta: Inversão do ânimus da posse: Passa a se comportar como proprietário; a


posse passa a ser ilegítima. Ex.: Pessoa confiada à pagar contas.

Diferença entre FURTO COMO ABUSO DE CONFIANÇA: No furto, há a subtração e não a


entrega do bem pelo proprietário, como na apropriação indébita.

MAJORANTE (+ 1/3)

I- Depósito necessário; Quando recebe a coisa por determinação legal, ou


situação de emergência ou calamidade pública.

II- Tutor, curador, síndico, liquidatário, testamentário, depositário judicial.

III- Em razão de emprego ou ofício ou profissão;


Art. 168 – A APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE CONTRIUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.

Relativo à tributos federais (união).

‘’A pessoa que deve recolher, não recolhe, se omitindo dolosamente’’.

Cr. Omissivo doloso; Porque o agente, conscientemente se omite em fazer o


recolhimento das contribuições previdenciárias.

 P. J não responde, ocasionando a prisão de sócios administradores com


condições de saber da omissão do recolhimento.

Doutrina de maneira majoritária (+) não recolher tributo, infere-se em dolo. Presume-
se o crime.

 O pagamento gera extinção total.

HC. 362.478/SP –STJ.

O PAGAMENTO DO TRIBUTO DEIDO, EM QUALQUER


MOMENTO, MESMO APÓS O TRANSITO EM JULGADO DA
SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA, EXTINGE A
PUNIBILIDADE.

STF/STJ: Para o ajuizamento da ação penal, é necessário que não caiba mais recurso
quanto à este lançamento tributário na esfera administrativa.

Art. 171. ESTELIONATO.


Conduta: O agente se utiliza de mentira; fingimento; astúcia, para que a vitima
tenha falsa percepção da realidade ao entregar a coisa, induzindo ao erro, fazendo
com que ela ENTREGUE ESPONTANEAMENTE a vantagem patrimonial ilícita.

≠ FURTO MEDIANTE FRALDE; é utilizado para REBAIXAR O NÍVEL DE VIOLÊNCIA.


Não há entrega como no estelionato em que a vítima está em erro.

2 ELEMENTOS:

x. Fraude: Lesão patrimonial realizada para meio enganoso.

x. Vantagem ilícita: Proveito econômico indevido.


Pode ocorrer fralde bilateral, quando os dois agem de má-fé.

Falsidade e estelionato: SÚMULA 17 STJ. Falsificação como meio p/ fim de


estelionato.

CRIME MEIO CRIME FIM.

(falsificação e estelionato) (estelionato).

‘’... o crime meio absolvido pelo crime fim...’’

Esgota/não tem mais capacidade lesiva (a falsificação se esgota).

Estelionato: Continuação... SÚMULA 17

§ 1º Estelionato Privilegiado;

x. Réu primário.

x. Pequeno valor do prejuízo.

§ 2º Figuras equiparadas à estelionato.

I – Disposição de coisa alheia como própria.

II – Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria.

III – Defraudação de penhor.

IV – Frade na entrega da coisa.


V – Frade à seguro.

VI – Fraude no pagamento de cheque.

SÚMULA STF 246: Dolo de praticar fraude (lesão patrimonial por meio de engano).

SÚMULA 551 E 520; Juízo competente para jugar.

SÚMULA 554; O pag. de cheque até o recebimento da denúncia, extingue a


punibilidade.

Art. 180 - RECEPTAÇÃO.


Coisa móvel do produto de crime anterior.

...Receptar; adquirir; receber; transportar; conduzir; ocultar; em produto próprio ou


alheio.

‘’ o receptador não pode ser o sujeito ativo do crime anterior...’’

‘’ o receptador sempre deve ser um terceiro..’’

>Receptação imprópria: Influir terceiro de BOA-FÉ a receber, adquirir ou


ocultar...

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