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REVISÃO DIREITO INTERNACIONAL

Tratados Internacionais

São Regidos pelo DI.

È todo acordo formal celebrado por escrito concluído entre pessoas


jurídicas de direito internacional publico e destinado a produzir efeitos
jurídicos.

O fundamento de validade dos tratados internacionais é a regra PACTO SUNT


SERVANDA, segundo a qual os compromissos livremente assumidos devem
ser cumpridos de boa fé.
Trata-se de principio fundamental do direito dos tratados, sem o qual não
haveria qualquer segurança nas relações internacionais;

Convenção de Viena de 1969 sobre o direito dos tratados: art. 26. Todo
tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumpridos por elas de boafé.

Tratado Internacional

I. Acordo celebrado por Escrito


II. Capacidade contratante dos Estados e das
organizações internacionais IV. Concluído em
instrumento único ou em dois ou mais instrumentos específicos;
III. Acordo regido pelo DIP
V. Inexistência de denominação específica;

Estrutura dos tratados

Título:

Indica a matéria tratada pelo acordo ou, mais amplamente, o assunto nele
versado;

Preambulo:

indica as partes contratantes, é dizer, os sujeitos de DIP que concluem o


tratado.
Considerandos:

indicam as intenções, vinculações e motivos das partes em relação a


celebração do acordo.
Articulando:

Principal elemento do instrumento convencional, composto por uma


sequencia de numerados, onde se estabelecem todas as clausulas da
operatividade do acordo.

Fecho:

especifica o local e a data da celebração do tratado, o idioma em que o


mesmo será redigido e o numero de exemplares originais;

Assinatura:

Chefe de estado, Ministros da Relações exteriores, ou de outra autoridade que


represente o Presidente da República na celebração do instrumento;

Anexos ou apêndices: Instrumentos com natureza de norma jurídica


convencional;

Requisitos de Validade

Capacidade das partes

A parte que celebrar o tratado deve ser capaz- sujeito de DIP


Tradicionalmente feito por estados, atualmente é aceito que tratados sejam
celebrados por pessoas jurídicas com personalidade internacional diversa dos
Estados; como os organismos internacionais.

Habilitação dos agentes signatários Consentimento mútuo

Os tratados devem concordar sobre a celebração do acordo, não pode haver


coação;

Objeto licito e possível e determinavel


Fases do TRATADO

São atos de manifestações definitivas do consentimento de um estado em


obrigar-se ao texto de um tratado dentre se destacam:

Fase externa- Presidente assina e negocia os tratados

Fase Interna: Referendo parlamentar e ratificação do executivo;

I Fase ( Ambito Internacional); Negociação e assinatura

Negociação: não é possível a formação de tratados internacionais através de


coação;

Assinatura:

è o ato formal praticado pelo chefe de estado ou outro legitimado para


representar a pessoa jurídica de direito internacional publico que sinaliza o
compromisso de realizar os termos do tratado;

Requisitos de validade do tratado ( capacidade das partes, habilitação dos


agentes signatários, consentimento mutuo e objeto licito e possível;)
Competência: Privativa do Presidente da República ( Art. 84, VII, da cf/88)

II Fase ( âmbito interno) Referendo Parlamentar

Competência: Congresso Nacional ( art. 49, I da Cf/88). Decreto


legislativo ( Art. 59, VI da cf/88).

Obs: O congresso não ratifica o tratados, ele o referenda ( aprova) ou


rejeita. Quem ratifica é o Presidente da República;

III Fase ( âmbito interno)

Ratificação e Adesão

Ratificação: è o ato unilateral e discricionário, irretratável de estado por


meio do qual ele se compromete definitivamente, no plano internacional a
vincular-se ao texto de um tratado.
O estado estabelece no plano internacional formalmente a sua anuência em
relação ao acordo que foi negociado;
Por ser um ato internacional é o Poder executivo o competente para
realizalo. No caso especifico do brasil, o congresso nacional apenas
autoriza a ratificação que é feita pelo Presidente da república.

Para que seja ratificado, pressupõe que ele já deva ter sido objeto de
consentimento provisório, isto é, tenha sido assinado anteriormente.

Adesão:

São atos internacionais por meio dos quais um Estado que não participou das
negociações, tampouco assinou o tratado, se vincula definitivamente a este.
Quando um estado adere a um tratado, não há que se falar em ratificação, uma
vez que a adesão já representa o compromisso estatal definitivo.

Aprovação;

È um termo que, se refere ao ato por meio do qual o congresso nacional


autoriza que o Presidente da república proceda a ratificação d um tratado.

Convenção de Viena- 1969

Reserva

Constituem em declaração unilateral qualquer que seja a sua redação ou


denominação, por meio do qual um estado visa excluir ou modificar os efeitos
jurídicos de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse estado.
Podem ser apresentadas em qualquer momento em que o Estado manifestar
seu consentimento com o tratado, seja este, provisório ou definitivo, isto é, um
estado pode apresentar reservas no momento em que assinar, aceitar,
aprovar ou aderir a um tratado.

Denuncia

É um ato unilateral por meio do qual um Estado manifesta sua vontade em


desvincular-se de um tratado internacional.
Obs: tanto o Presidente da República quanto o Congresso Nacional poderão
denunciar um tratado internacional;

Imunidades de Jurisdição

Os representantes de um Estado perante o outro gozam de certos privilégios


e garantias, os quais estão previstos atualmente na Convenção de Viena
sobre as relações diplomáticas de 1961 e na convenção de Viena sobre as
relações consulares de 1963.
Esses privilégios e garantias representam uma espécie de imunidade de
jurisdição, ou seja, definem situações em que o Estado soberano não
poderá submeter os representantes de outros estados a sua jurisdição;
Privilégios Diplomáticos

Locais de missão diplomática são invioláveis ( art. 22. Conv. Viena 1961)

Os agentes do estado acreditado não poderão neles penetrar sem o


consentimento do Chefe da missão. Ademais, os locais da missão, seu
mobiliário e demais bens neles situados, assim como os meios de
transporte da missão, não poderão ser objeto de busca, requisição, embargo
ou medida de execução. Também os arquivos, os documentos e a
correspondência oficial da missão são invioláveis.

Tributos

O estado acreditante e o chefe da missão estão isentos de todos os


impostos e taxas incidentes sobre os locais da missão. Além disso, os
direitos e emolumentos que a missão perceba em razão da pratica de atos
oficiais ( como a concessão de vistos) estarão isentos de todos os impostos ou
taxas.

Os agentes Diplomáticos

Gozam de :

Inviolabilidade pessoal e domiciliar( Não podem ser objeto de qualquer


forma de prisão ou detenção e ainda, sua residência particular goza da
mesma proteção que os locais da missão. Eles também não podem ser
obrigados a prestar depoimento como testemunha.

Nota: Os agentes diplomáticos gozam de ampla imunidade de jurisdição


penal, sendo esta absoluta.
Em hipótese alguma um diplomata que cometa crime no estado acreditado
poderá ser preso, processado e julgado por esse estrangeiro.

Possuem também imunidade de jurisdição civil e administrativa, as quais não


são absolutas.

Gozam também de imunidade tributaria, aplicam se somente aos tributos


diretos.
Obs: Todos os privilégios dos Agentes diplomáticos em matéria civil, penal,
administrativa e tributária se estendem aos membros das respectivas
famílias.

Art.31 Convenção de Viena 1961


A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no estado acreditado não
o isenta da jurisdição do estado acreditante!

Embora imune ao processo, um diplomata deverá observar as leis do pais em


que se encontra.

Consulares

Imunidade penal

Os funcionários consulares não poderão ser detidos ou presos


preventivamente, exceto no caso de crime grave e em decorrência de
sentença de autoridade judiciaria competente.

Imunidade civil

Esta limitada aos exercícios de suas funções;

Imunidade tributaria

aplicam se somente aos tributos diretos.

As imunidades não se estendem aos familiares.

Atos de império x Atos de Gestão

Atos de império:

São aqueles que o estado pratica no exercício de suas prerrogativas


soberanas.
Atos públicos, atos de estado, imunidade total de jurisdição

Atos de gestão:

São aqueles exercidos pelo estado em igualdade de condições com os


particulares.
Ato privado, não faz jus a imunidade de jurisdição. Trata se de uma imunidade
de jurisdição relativa. Em matéria trabalhista não há imunidade de
jurisdição.
Ex: aluguel e compra de bens moveis e imóveis, contratação de prestadores de
serviços e de empregados e ainda as causas relativas a responsabilidade civil.
Obs; Não há imunidade de jurisdição nas causas relativas a responsabilidade
civil, tendo em vista que estas tem natureza de atos de gestão.

Personalidade Jurídica Internacional

Sujeitos de direito Internacional: Os Estados, as organizações internacionais e


os indivíduos;

Os estados podem celebrar tratados sobre quaisquer assuntos Estes


possuem personalidade jurídica originária;
É sujeito de direito internacional por excelência, ou seja, é considerado o mais
importante dentre os entes dotados de personalidade internacional. Possui
plena capacidade jurídica no plano internacional; Seus
elementos são:

Território: dimensão física sobre a qual o estado exerce sua jurisdição geral e
exclusiva, ou seja, a dimensão material onde ele exerce seus poderes. A
jurisdição do estado sobre o território não é todavia absoluta, uma vez que,
há pessoas e bens que não se submetem ao poder estatal.
Ex. os diplomatas, as missões diplomáticas e organismos internacionais;
Povo: é a dimensão pessoal do estado, não se confunde com população.
Enquanto esta é formada pelo conjunto de pessoas que vivem com animo
definitivo no seu território, incluindo nacionais e estrangeiros, a dimensão
pessoal do estado ( povo) compreende a comunidade nacional, ou seja, o
conjunto de seus nacionais.

Governo soberano> é a dimensão politica do estado e é quem exerce o poder


soberano estatal.
A soberania é portanto, atributo essencial do estado, garantindo que sua
vontade não se subordine a qualquer outro poder nos planos interno e
internacional.

As organizações internacionais somente celebram tratados em áreas


relacionadas as suas finalidades;

Possuem personalidade jurídica derivada

Os indivíduos, por sua vez, não tem capacidade para celebrar tratados;
Normas de grau superior de validade

Jus Cogens

São normas imperativas de direito internacional geral, das quais nenhuma


derrogação é possível, salvo por norma de igual natureza. São portanto,
hierarquicamente superiores a qualquer outra norma.;
É uma norma interativa do direito internacional geral, aceita reconhecida pela
sociedade em seu conjunto como norma que não admite acordo em contrario e
que só pode ser modificada por uma norma posterior de direito internacional
geral que tenha o mesmo status.

Art. 53.

È nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma
imperativa de direito internacional geral.

Para fins da presente convenção, uma norma imperativa de direito internacional


geral é uma norma aceita reconhecida pela comunidade internacional dos
estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida
e que só pode ser modificada por norma ulterior de direito internacional geral
da mesma natureza;

Soft low

São normas de eficácia limitada que não trazem compromissos vinculantes;


São regras com baixo valor jurídico, que não cria obrigações de direito positivo
aos estados, mas somente normas de conteúdo moral.

Fontes do Direito Internacional

- TRATADOS
Fontes do direito Internacional

Público Art:38 - COSTUMES

Corte internacional de justiça

- PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO


- DOUTRINA Meios Auxiliares na determinação da regra.

- JURISPRUDENCIA

Não há hierarquia entre as fontes de DIP

Os tratados estão no mesmo nível hierárquico dos costumes e dos princípios


gerais de direito.

Rol de fontes Não exaustivo

Nota: Ex aequo et bono: A corte internacional de justiça poderá solucionar uma


controvérsia com base na equidade. ( caso ambas as partes litigantes com isso
concordarem.).

TRATADOS INTERNACIONAIS
São fonte do direito internacional público que atualmente se reveste de maior
importância na sociedade internacional. O fundamento de sua validade é a
regra do pactun sunt servanda¸ segundo a qual os compromissos livremente
assumidos devem ser cumpridos de boa fé.
Os tratados sejam juridicamente obrigatórios para os estados e organizações
internacionais que manifestarem seu consentimento em a eles se obrgar. Com
efeito, um tratado internacional não tem o poder para obrigar a sociedade
internacional como um todo, mas apenas aqueles sujeitos de DIP que dele
sejam parte. Os tratados podem ser considerados como fonte mais
democrática do direito internacional.

COSTUMES
Costume é uma pratica geral aceita como sendo o direito. Nessa definição,
percebe se que o costume possui elemento objetivo ( material) e um elemento
subjetivo ( psicológico).

Extinção do costume

Pelo desuso: o decurso do tempo faz com que o costume deixe de ser uma
pratica generalizada e reiterada dos sujeitos de direito internacional.
Pela adoção de um novo costume: surge um novo costume contrario aquele
anteriormente empregado. Aqui opera se um regra clássica do direito, segundo
o qual a norma posterior revoga a anterior.

Substituição por um tratado internacional: trata se de um processo muito


comum atualmente. É o processo de codificação do direito consutuedinário.

PIRNCIPIOS GERAIS DE DIREITO


Princípios são normas de alto grau de abstração e generalidade, que
representam os valores basilares de uma ciência. Os princípios são os valores
sobre os quais surgem as normas jurídicas.

Exemplos: Ampla defesa, contraditório, boa fé, respeito a coisa julgada e direito
adquirido.

DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA
São termos de meios auxiliares para a determinação das regras do direito.
Elas não criam normas jurídicas, mas apenas auxiliam na determinação das
regras jurídicas. São chamadas de fontes secundárias do direito
internacional.

OUTRAS FONTES DE DIP


Atos Unilaterais

Não estão relacionados no art. 38 do Estatuto do CIJ. Mas atualmente são


amplamente considerados pela doutrina como fonte do direito internacional
publico. Atos unilaterais são aqueles que dependem da manifestação
exclusiva de um estado.

Decisões das Organizações Internacionais

As decisões das organizações internacionais, também chamadas de atos


unilaterais das organizações internacionais, são consideradas como fonte de
direito internacional publico.

Ex: A declaração universal dos direitos do homem, emanada da assembleia


geral da onu.

Analogia e equidade

Não são consideradas pela doutrina majoritária como fontes do direito


internacional, mas sim como formas de integração das regras jurídicas.

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