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Nasceu em 1952.
“Empolgados com a onda neo-realista e
frustrados com a falência dos grandes
estúdios paulistas, cineastas do Rio de
janeiro e da Bahia, resolveram elaborar
novas ideais ao cinema brasileiro. Tais
ideais, agora, seriam totalmente contrários
aos caríssimos filmes produzidos pela Vera
Cruz e avessos às alienações culturais que
as chanchadas refletiam.”
“O que esses jovens queriam era a produção de um
cinema barato, feito com uma câmera na mão e
uma idéia na cabeça. Os filmes seriam voltados à
realidade brasileira e com uma linguagem adequada
à situação social da época. Os temas mais
abordados estariam fortemente ligados ao
subdesenvolvimento do país.”
Aqui também esse movimento surge como crítica
ao Cinema Industrial norte-americano.
“O núcleo mais popular do cinema novo na época
era composto por: Glauber Rocha, Nelson Pereira
dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos
Diegues, Paulo Cesar Saraceni, Leon Hirszman,
David Neves, Ruy Guerra e Luiz Carlos Barreto.
Na primeira etapa dessa escola, que se
estende de 1960 a 1964, os cineastas se
voltam para o Nordeste como fonte temática,
abordando os graves problemas que afetam o
sertão. São lançadas ‘Vidas Secas’, de Nelson
Pereira dos Santos, e ‘Deus e o Diabo na Terra do
Sol’, de Glauber Rocha.
“Deus e o Diabo na terra do sol”, 1964, Glauber Rocha
A segunda fase, que vai de 1964 a 1968,
reflete a meditação destes cineastas sobre os
caminhos ditados pela Ditadura Militar para a
política e a economia brasileira, as conseqüências
do desenvolvimentismo adotado pelos militares.
Surgem O Desafio (1965), de Paulo Cezar
Saraceni, O Bravo Guerreiro (1968), de Gustavo
Dahl, Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha.
“Terra em transe”, 1967, Glauber Rocha
A terceira e última etapa do Cinema Novo,
que se prolonga de 1968 a 1972, revela o
desgaste sofrido por este movimento, com a
repressão e, principalmente, com a censura. As
produções deste período são profundamente
inspiradas pelo Tropicalismo. Recorria-se agora ao
famoso exotismo nacional, com o uso de indígenas,
araras, bananas, enfim, tudo que é típico das terras
brasileiras. Mesmo em declínio, o Cinema Novo traz
clássicos como Macunaíma, de Joaquim Pedro de
Andrade, estrelado pelo genial Grande Otelo,
baseado na obra-prima de Mario de Andrade.
“Macunaíma”, 1969, de Joaquim Pedro de Andrade