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A Vida De Viriato

Não se conhece praticamente nada sobre


a vida de Viriato. Desconhece-se a data e o sítio
onde nasceu, somente têm a referência à
localização da sua tribo.
Viriato competia na parte dos guerreiros.
Era conhecido através dos romanos como o dux
do exército Lusitano, protector de Hispânia, ou o
imperador, provavelmente da união das tribos Lusitanas e Celtiberos.
Outros estudos indicam que a teórica de que Viriato era um pastor não é a mais
exacta. Segundo o Pastor Muñoz, Viriato seria um aristocrata possessor de cabeças de
gado. Tito Lívio descreve-o como um pastor que se tornou caçador e depois um
guerreiro, dessa forma teria seguido a carreira da maior parte dos jovens soldados, a
descobrimentos, que se dedicavam a fazer incursões para capturar gado, à caça e à
guerra. Na tradição dos romanos os antepassados mais ilustres eram pastores, e
Viriato é comparado àquele que teria sido o pastor mais ilustre que se tornou no rei de
Roma. O idealismo do rei-pastor, o pastor que se tornou rei, está presente na tradição
de diversas culturas para além da grega e da romana. A metáfora do rei-pastor de
Homero era frequentemente usada para dar exageração às funções e responsabilidade
de um rei. Havia quem imaginasse que Viriato tinha uma origem escura no entanto
Diodoro da Sicília também diz que Viriato “demonstrou ser um verdadeiro príncipe”.
Os Lusitanos glorificavam Viriato com os títulos de Benfeitor, e Salvador, os mesmos
títulos honrosos usados pelos reis da dinastia ptolemaica.
Ele foi enumerado como um homem que seguia os princípios da honestidade e
civilidade justa, foi reconhecido por ser justo e fiel à sua palavra nos tratados e alianças
que fez. Diodoro disse que a opinião geral era de que ele tinha sido o mais amado de
todos os líderes lusitanos.
Viriato era, segundo a teórica avançada por Schulten, oriundo dos enormes Montes
Hermínios, actual Serra da Estrela, embora nenhum autor da antiguidade o tenha
mencionado.
A Guerra De Viriato

Viriato descrito, sendo um pastor e caçador da


Lusitânia, foi nomeado como o chefe dos lusitanos.
Depois de guarecer vitoriosamente as suas serranias,
Viriato lançou-se desengnadamente numa guerra
agressiva. Entra vencedor na Hispânia Citerior, (divisão
romana da Península Ibérica em duas províncias, Citerior
e Ulterior, separadas por uma linha perpendicular ao rio Ebro e que passava pelo saltus
Castulonensis (a actual Serra Morena, em Espanha), e atira contribuições sobre as
cidades que reconhecem o Governo de Roma.
Dois tipos de guerra foram atribuídos a Viriato, bellum, quando utilizava, um
tropa regular, e latrocinium, quando as lutas envolviam pequenos grupos de soldados e
o uso de estratégias guerrilhas. Para muitos autores, Viriato é visto como o modelo do
guerrilheiro.
Em 147 a.C. opõe-se à rendição dos lusitanos a Caio Vetílio, teria cercado no
vale de Betis, na Turdetânia. Mais tarde derrotaria o povo romano no desfiladeiro de
Ronda, porém divide a planície de Guadalquivir da costa marítima da Andaluzia, onde
iria a matar o próprio Vetílio. Mais tarde, novo vencimento contra as forças de Caio
Pláucio, adquirindo Segóbriga e as forças de Cláudio Unimano que, em 146 a.C., era o
governador da Hispânia Citerior. No ano seguinte o exército de Viriato volta a derrotar
os romanos, comandados por Caio Nígidio.
Nesse ano, Fábio Máximo, o irmão do Cipião o Africano, é nomeado cônsul da
Hispânia Citerior e encarregado da guerra contra Viriato sendo-lhe, para isso, dadas
duas legiões. Depois algumas derrotas, Viriato consegue retomar e, em 143 a.C. volta a
volta a vencer na luta para com os romanos, empurrando-os para Córdova. Ao
semelhante tempo, as tropas celtibéricas revoltavam-se contra os romanos iniciando
uma guerra que só finalizaria por volta de 133 a.C. com a queda de Numância.
Em 140 a.C. Viriato inflinge uma derrota decisiva a Fábio Máximo Servilliano,
novo cônsul, onde faleceram na luta cerca de 3000 romanos. Servilliano consegue
manter a sua vida oferecendo promessas e garantias a liberdade dos lusitanos e Viriato
decide que não o iria matar. Ao chegar a Roma a notícia desse tratado, foi considerado
muito vergonhoso para a imponência romana e o Senado volta atrás, afirmando guerra
contra os lusitanos.
Assim, Roma envia novo general, Servílio Cipião que tinha o apoio dos soldados
de Popílio Lenas. Renovava as lutas com Viriato, mas este mantém superioridade
guerreiro e força-o a pedir uma nova paz. Envia, neste processo, três comissários de sua
confiança, Audas, Ditalco e Minuros. Cipião recorreu ao suborno dos companheiros de
Viriato, que mataram o grande chefe enquanto ele dormia. Uma conclusão muito trágica
para Viriato e os lusitanos, vergonhoso para Roma, superpotência da época, e que se
intitulava arauto da civilização.
Depois de Viriato falecer, Tantalos tornou-se líder do exército lusitano até ser
raptado.
Sem a forte resistência de Viriato, Decius Junius Brutus pôde marchar para o
nordeste da península, atravessando o rio Douro subjugando a Galiza. Júlio César ainda
governou o território (agora Galécia) durante algum tempo.
Viriato De Cílio Itálico

Foi argumentado que o Cílio Itálico, no seu poema homéreo intitulado Púnica,
menciona Viriato mais antigo que tenha sido contemporâneo de Aníbal. Ele começou a
ser chamado de primo “Viriathus in aeuo”, foi um chefe dos Gallaeci do povo
Lusitanos. Viriato é um guerreiro histórico, era aquele que recebia o título de, “regnator
Hiberae magnanimus terrae”, o superior magnanimo dos reis da terra Ibérica.
Roma chegou a compactou com Viriato, quase identificou como soberano, porém
à traição, compactuou com três dos seus cúmplices para que assassinassem Viriato.
Anos antes, o comandante romano Sérgio Galba quase dizimou o povo lusitano, e
Viriato foi um dos que escaparam. O historiógrafo Estrabão assim definiu a
Lusitânia:"A mais poderosa das nações da península ibérica, por mais tempo deteve as
armas romanas". Todavia, os Romanos podiam contar com a submissão dos povos da
Península Ibérica que se viram obrigados a manter o país em rigorosa ocupação militar,
e de aí provieram os primeiros exércitos permanentes de Roma. Quarenta mil soldados
se seguraram na Península Ibérica em permanente guarda.

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