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PROF: HIGOR BRITO DA SILVA

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


O IMPERIO ROMANO
1.
CAIO SEMPRÂNIO GRACO
Tribuno romano nascido em Roma e irmão mais jovem de Tibério Semprônio Graco (164-
133 a. C.), que também ganhou destaque como reformador e continuador da obra do
irmão. Intelectualmente bem preparado e grande orador, após a morte do irmão, assumiu
a frente da facção radical e tornou-se figura pública proeminente. Eleito tribuno (123 a.
C.) dez anos depois do assassinato do irmão, reuniu as facções que se opunham à
aristocracia e retomou as reformas de Tibério. O mais moço foi ainda mais longe e depois
de vingar a morte do irmão, tratou de restringir o poder do Senado e adotou medidas que
favoreciam grandemente a plebe. Regulamentou o ager publicus nas regiões mais
afastadas, mas teve de respeitar as terras da nobreza próximas a Roma, e implantou várias
leis populares, como a Lex Viaria, que determinava a construção de obras públicas para
empregar os desocupados e a Lex frumentaria, que barateava o custo do trigo aos pobres.

Reeleito (122 a. C.), beneficiado por uma lei (125 a. C .), que dava ao tribuno o direito de
reeleição, tinha, em tese, condições para concluir o projeto do irmão. Promulgou outras
tantas leis, entre elas a de criação de colônias como as leis de fundação de colônias em
Tarento, Cartago e outras cidades, e uma outra de concessão de cidadania romana aos
latinos. Estas leis o fizeram perder progressivamente partidários entre a plebe, pois
surgiram os boatos da idéia de que as colônias, como concorrentes de Roma, podiam
provocar a ira dos deuses. Isto acabou gerando uma nova revolta, mas, desta vez, no
Fórum.

Conta-se que em depressão por se sentir mal agradecido pelo povo, pediu para ser morto
por um fiel servo que, cumprido o pedido, no bosque de Furrina, perto de Roma, suicidou-
se ao lado do amo. Em consequência da ação desses tribunos a antiga Roma republicana
do século II a. C., passou por excelente fase, em conseqüência das reformas sociais
realizadas em etapas consecutivas por esses irmãos. Lembrar que os Cônsules, em número
de 2, eram magistrados supremos que inclusive presidiam os cultos religiosos e
comandavam os exércitos, enquanto que os Tribunos da plebe, em número de 10, eram
sacrossantos, ou seja, tinham direitos especiais invioláveis e podiam vetar leis.
A imagem a baixo mostra uma ilustração sobre “A Morte de Caio Graco”.
2.
CAIO JÚLIO CÉSAR

Recebe o nome de cesarismo o governo de um elemento apenas, levado ao poder pelo


povo, mas revestido de poder absoluto. Tal prática recebe este nome devido a Júlio César,
estadista romano (101-44 a. C.), que, de certo modo, entrou para a história como o
praticante máximo desta forma de ascensão política. A partir daí, todo o indivíduo que
realizasse similar trajetória, estaria praticando o cesarismo.

Considerado modernamente como uma das formas de degeneração dos regimes políticos,
já era definido no século XIX por Benjamin Constant (o escritor e político de origem
francesa) como:

"usurpação, dado que, mantendo-se, na aparência, as anteriores formas de liberdade,


mas para as profanar, se gera uma contrafação da liberdade".

Inúmeros casos de cesarismo acontecem e estão acontecendo atualmente. De fato, sempre


que uma sociedade está ameaçada por uma grave crise, aparece aquele indivíduo salvador,
pronto para levar toda a comunidade a um novo período de progressos. Assim, tal
transferência da soberania do povo para a pessoa que a exerce de forma concentrada, tanto
pode fazer-se por aclamação como por plebiscito, mantendo-se, contudo, alguns órgãos
de representação popular.

Já de no ponto de vista popular romano, o cesarismo nada mais é que uma forma
camuflada de esconder a tirania, ou de ocultar um tirano.

Tirania: Poder soberano, usurpador e ilegal; governo do tirano, tirania. Domínio, poder
absoluto e supremo, tomado pela força.

Aos aliados de Caio Júlio César e sua família, como, Marco Aurélio, Marco Antônio,
Servilla, Áttia e Cleópatra, recebe-se o título de Autocrático ou Autócrata, titulo referente
a ricos e elites necessárias que dominariam a plebe romana.

É importante ainda deixar claro que o cesarismo não se trata de uma fórmula de
administração política, estando na verdade ligado mais a um conceito abstrato e irracional
da natureza humana, o desejo íntimo do ser humano de ser reconhecido e estimado,
deturpado, porém a níveis exagerados.

Caio Júlio César se dizia filho de Vênus e Júpiter, um descendente dos deuses romanos,
e com essa história foi ganhando partes do mundo inteiro, anexando os reinados ao
império ocidental, fazendo assim Roma se tornar o maior império existente a história do
mundo, em poucos anos conquistou a Gália, área referente a atual, França, Suíça, Bélgica
e parte da Alemanha, quando os governantes tentaram impedir que César continuasse a
tomar terras e partisse para África, Caio negou, tornando-se um ditador da República.

Tomando essa atitude César se torna inimigo da República, possuindo como principal
concorrente Pompeu, seu assessor, que era contra atitudes autoritárias vindas de Caio,
dessa forma Júlio chega a África e casa-se com Cleópatra para manter terras controladas
no continente africano, ao tentar capturar Pompeu, seus exércitos entendem como forma
de assassinatos e matam o inimigo do tirano. Com a morte de Pompeu, a Republica
entende que Júlio César está fora de controla, afirmando que o próprio se auto proclama
um Deus romano, e com isso, ele se torna inimigo dos republicanos e do povo Italiano.

No dia 15 de março de 44 A.C, dentro do salão principal em meio a uma reunião com 23
assessores, Caio Júlio César é assassinado a sangue frio, levando ao todo 23 facadas, uma
de cada republicano e assessor, marcando o inicio do fim do Império Romano.

3.

CAIO JÚLIO CÉSAR OTAVIANO AUGUSTO

Com a morte de Júlio César no ano de 44 A.C, seu conselheiro de guerra Marco Antônio assumiu
o poder pode um poder, Antônio era amante de Áttia, prima de 1º grau do ex imperador falecido
Júlio César, Áttia por sua vez era mãe de Otávio, seu filho mais novo de 14 anos, Otávio possuía
o trono por lei, mas não poderia assumir pois ainda não tinha 25 anos de idade (idade necessária
para se tornar maior de idade na Roma antiga), em uma discussão entre Otávio e Antônio, Áttia
expulsa seu filho de casa e resolve ficar com o amante, causando uma imensa frustração em seu
filho.

Otávio então migra para o Oriente e reúne um exercito imenso para batalhar contra Antônio e
tomar o trono, 11 anos se passam, e Otávio aos 25 anos regressa a Roma, cravando uma grande
batalha com Antônio, onde sai vitorioso, sua vitória, faz Antônio recuar para as províncias
africanas, ficando ao lado de Cleópatra.

Otávio invade a África, porém ao invés de uma batalha encontra um filme de amor, Cleópatra
com medo de Antônio morrer em guerra, escreve uma carta de suicídio, fazendo seu marido se
suicidar junto a ela, no entanto a carta era falsa, e Antônio morreu sozinho, inconformada com a
morte de seu marido e refletindo suas ações, Cleópatra também comete suicídio em frente ao
imperador Otávio.

Esse período histórico marcado pelo governo de Otávio foi denominado de Pax Romana,
recebendo esse nome devido ao longo período de paz e prosperidade.
4.

BATALHA DA FLORESTA DE TEUTOBURGO

No ano 9 da era cristã, o Império Romano se aproximava do auge do seu poder, mas, ao
tentar expandir suas fronteiras sobre a Germânia, amargou uma de suas maiores derrotas
nas florestas negras de Teutoburgo. Com três legiões completamente arrasadas, Roma
abandonou seus sonhos de conquista. A derrota em momento tão próspero do império fez
com que o imperador César Augusto tivesse surtos de pranto pela perda.

Armínio, comandante germânico que pretendia libertar seu povo do jugo romano, pediu para que
uma tribo distante simulasse uma rebelião objetivando a atenção e o deslocamento do exército
romano estacionado em solo alemão.

Indicado como “bravo na hora de agir, aprendia com rapidez e tinha uma mente que o colocava
muito acima do estado de barbarismo”, Armínio gozava de prestígio em Roma, então sua suposta
aliada. Também conhecia o ímpeto do comandante das legiões sediadas na Alemanha, Públio
Quintílio Varo. Valeu-se do seu temperamento displicente para vencê-lo, mantendo-se ao lado de
Varo durante o deslocamento romano — “manteve seus aliados perto, seus inimigos mais ainda”.

Nas florestas de Teutoburgo, na Alemanha, aproximadamente 25 mil soldados, dispostos em


15/18 mil legionários, tropas auxiliares de infantaria e cavalaria aliadas, além de outros 8/10 mil
não combatentes, como vivandeiros (comerciantes) e prostitutas, encontraram seu fim pela
chuva de dardos e flechas disparados pelos soldados de Armínio (posteriormente rebatizado de
Hermann).

Teria sido bíblico: uma tempestade desabou sobre a floresta prenunciando o fim das legiões
romanas. Árvores caídas se juntaram à confusão. Armínio atacou a retaguarda romana e logo
toda a coluna de César estava sob o crivo das lanças disparadas pelos germanos. Varo ficou
chocado quando descobriu que sua cavalaria leve — auxiliares germanos — havia desertado.

O pântano dificultou a vida dos soldados de Roma que mal conseguiam se mexer e erguer seus
escudos, muito pesados por estarem encharcados. Os germanos atacaram os cavalos, que
ficaram incontroláveis, e derrubaram mais árvores causando mais terror aos homens de varo.

Com a vitória, Armínio não havia unido o povo alemão; entretanto, conseguiu manter o que
viria um dia a ser a Alemanha longe da influência do Império Romano — por isso, ficou
conhecido como “liberator haud dubie Germanie” (“o libertador da Alemanha”).

A Batalha da Floresta de Teutoburgo pôs fim à expansão romana ao centro do continente


Europeu. Armínio tornou-se um herói alemão sendo rebatizado de Hermann por barrar o avanço
dos Césares e preservar a cultura da região. Também é tido como um dos grandes generais da
história. Teria dito: “Minha luta tem sido aberta, não traiçoeira. E tem sido contra homens
armados, não mulheres “.

5.

O FIM DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE

É possível afirmar que o fim do Império Romano não foi provocado por um único fator, e sim por
vários que, a partir do século III, contribuíram para a sua decadência. Dentre as principais causas,
destaque para as mencionadas a seguir.

Uma das forças que impulsionava o sistema econômico romano era a escravidão. A expansão
territorial romana garantia um fluxo constante de escravos, cuja mão de obra era explorada nos
latifúndios – grandes propriedades de terra. A produção em geral era comercializada nas cidades,
nas províncias e para outros territórios ao redor do Império. Essa dinâmica gerava grandes lucros
para os latifundiários e comerciantes, e possibilitava uma grande soma em impostos para o
governo.

A partir do século III, esse sistema econômico começa a entrar em colapso, à medida que o
Império para de se expandir. A redução do número de escravos ocasiona uma queda na
produção, maximizada, eventualmente, por questões climáticas.

Essa queda reduziu sobremaneira os lucros, tornando a manutenção dos escravos cada vez mais
custosa. Consequentemente, o Estado romano era afetado com uma redução na arrecadação
de impostos. Paulatinamente, o sistema escravista foi sendo substituído pelo Colonato, no qual
grandes proprietários cediam parte de suas terras para pessoas pobres dos campos e das cidades.
Em alguns casos, os escravos eram convertidos à condição de colonos, pois seus donos não tinham
condições de sustentá-los. Em troca do lote de terras, os colonos deveriam ceder parte de sua
produção agrícola.

O território dominado pelos romanos era imenso, e necessitava de um grande número de soldados
para proteger as suas fronteiras. O custo para manter a máquina de guerra romana em
funcionamento consumia boa parte dos recursos do Estado que, em épocas de crise, precisava
aumentar os impostos para arcar com os custos. Além disso, os soldados veteranos, ao deixarem
o serviço militar, deveriam receber terras, cada vez mais escassas com o fim das guerras de
expansão.

A partir do século III, o Império Romano passou a se tornar um Império militar, com a grande
maioria dos imperadores saindo do exército. Cientes do poder que vinha das armas, era comum
que vários generais desafiassem o governo imperial, contando com o apoio de suas tropas para
atingir o poder.

À medida que o exército romano se enfraquecia, devido à falta de recursos e às constantes lutas
internas, crescia a pressão dos povos bárbaros nas fronteiras do Império. É importante
lembrar que muitos desses bárbaros, mais especificamente os germânicos, já viviam dentro do
território romano como povos federados. Muitos deles serviam no exército romano, nas chamadas
tropas auxiliares, nas quais aprendiam todas as táticas e técnicas utilizadas pelo exército. Com a
fragilidade do Império cada vez mais evidente, vários desses povos começaram a buscar a
emancipação do poder romano, exercendo, de fato, o poder na região em que viviam.

Como exemplos da fragilidade militar romana no século IV, temos a grande invasão germânica,
ocorrida em 406 d.C, o saque de Roma por parte dos Visigodos, em 410 a.C., e a guerra contra
os hunos, em 451 d.C., que só foi vencida graças à ajuda de vários povos germânicos, mostrando
que, naquela altura, Roma já não conseguia se defender sozinha.

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