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HISTÓRIA

FRENTE A | CAPÍTULO 05

4.1 ALTA IDADE MÉDIA E 4.2 BAIXA IDADE MÉDIA

Bárbaros eram todos os povos que viviam fora das fronteiras


ALTA IDADE MÉDIA do Império Romano e que não falavam o latim.

A maioria desses povos, organizava-se em aldeias rurais,


compostas por habitações rústicas feitas de barro e galhos
de árvores. Praticavam o cultivo de cereais e criavam gado.

HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05


Dedicavam-se, também, às guerras como forma de saquear
riquezas e alimentos. Nos momentos de batalhas importantes,
escolhiam um guerreiro valente e forte e faziam dele seu líder
militar.

Praticavam uma religião politeísta, pois adoravam deuses


representantes das forças da natureza (religião animista). Odin
ou Votan era a principal divindade e representava a força do
Denominamos Idade Média, o período compreendido vento e a guerra. Para esses povos, havia uma vida após a morte(o
entre a queda definitiva do Império Romano do Ocidente paraíso chamado de Valhala), onde os bravos guerreiros mortos
em 476, até o fim da Guerra dos Cem Anos e a Tomada de em batalhas eram entretidos pelas virgens Valquírias.
Constantinopla (Império Romano do Oriente) em 1453.
Esse período histórico foi chamado de “Idade das Trevas” A mistura da cultura germânica com a romana formou grande
pelos renascentistas, em virtude do controle exercido parte da cultura medieval, pois muitos hábitos e aspectos
pela Igreja Católica sobre o pensamento e produção políticos, artísticos e econômicos permaneceram durante toda
cultural da época. No entanto, nos dias atuais, não Idade Média.
recomendamos o uso do termo “Idade das Trevas”, pois
é preciso compreendermos as singularidades de cada
período sem fazermos o julgamento dos valores a partir OS IMPÉRIOS MEDIEVAIS
do que entendemos hoje como o que é certo ou errado.

A Idade Média é dividida em duas fases, Alta e Baixa Idade


Média, tomando como referência o Modo de Produção Feudal. A
primeira fase corresponde ao período de formação e apogeu do
Feudalismo, resultado da fusão do mundo romano com o mundo
bárbaro germânico, entre os séculos V e X. A partir do século XI,
o Feudalismo entra em declínio com o processo de renascimento
comercial e urbano provocado pelas Cruzadas.

OS POVOS BÁRBAROS

Na Alta Idade Média, constatamos ainda a existência de


três impérios, um no Ocidente (Império Carolíngio de origem
germânica) e dois no Oriente (Império Bizantino e o Império
Muçulmano).

IMPÉRIO FRANCO
Quando Império Romano do Ocidente caiu, surgiram vários
reinos bárbaros em suas terras. Alguns desses reinos tiveram
curta duração, mas o Reino dos Francos durou cerca de 400
anos e incorporou vários reinos bárbaros de menor porte. Nele,

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podemos perceber a fusão de elementos da cultura romana com O IMPÉRIO BIZANTINO


elementos da cultura germânica, o que resultou na formação do
Modo de Produção Feudal. Você lembra que Teodósio dividiu o Império Romano em
dois? O Império Romano do Ocidente, os bárbaros tomaram. O
A DINASTIA MEROVÍNGIA Império Romano do Oriente resistiu e mudou de nome no século
VI, passando a se chamar de Bizantino, em homenagem ao antigo
Antes da queda do Império Romano, muitos bárbaros nome de Constantinopla (Bizâncio). Esse Império abrangia a
chegaram a prestar serviço militar ao César em troca de terras. Península Balcânica, Ásia Menor, Síria, Palestina, norte da
Um bom exemplo disso é o povo Franco, que lutou contra os Mesopotâmia e nordeste da África.
Hunos. O chefe dos Francos, Meroveu, dividiu as terras que
recebeu dos romanos entre seus guerreiros, como mandava a O Império Romano do Oriente era mais rico e poderoso, além
tradição. de ter um desenvolvimento mais expressivo, mantinha suas
cidades em grande atividade, enquanto as cidades ocidentais se
Clóvis (481-511), neto de Meroveu, unificou as tribos na Gália, despovoavam.
converteu-se ao cristianismo, visando fortalecer seu poder. Após
a morte de Clóvis, o reino esfacelou-se. Os sucessores de Clóvis, O REINADO DE JUSTINIANO (527-565)
os Reis Cabeludos, não conseguiram manter a unidade política
do reino.
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Diante do esfacelamento do poder real, os Prefeitos do Paço


ou Mordomos ascenderam ao poder. Os mais importantes foram:
Carlos Martel e seu filho Pepino (o Breve). O primeiro ganhou
fama e prestígio depois de impor grande derrota aos árabes na
Batalha de Poitiers. Já o Prefeito Pepino, ganhou notoriedade
ao expulsar os Bárbaros Lombardos do Norte da Itália e tomar
suas terras. Essas terras foram depois doadas ao Papa Zacarias.
Com o apoio da Igreja, Pepino destronou o último rei merovíngio
e assumiu o Reino dos Francos. Mesmo com a bonança no comércio, o auge do Império só foi
atingido durante o governo do Imperador Justiniano. Justiniano
A DINASTIA CAROLÍNGIA chegou ao poder através do Tio Justino, que havia dado um
golpe militar e lhe deixou o trono. Ele tentou reconquistar a
parte Ocidental do  Império Romano  que havia sido tomada
pelos bárbaros em 476. Para tal empreendimento, o Imperador
aumentou os impostos, gerando uma grande revolta (a Revolta
de Nika) que ameaçou lhe tomar o trono. Os revoltosos foram
massacrados pelo General Belisário.

Após conter os revoltosos, Justiniano encomendou uma


reforma na legislação. Surgiu, dessa forma, o Corpus Juris Civilis
(baseado nas antigas leis romanas). Justiniano também combateu
Carlos Magno sendo coroado pelo papa
as heresias, sempre buscando dar unidade ao cristianismo, afinal,
isso facilitaria seu governo.
Carlos Magno, filho de Pepino, o Breve, tornou-se o rei dos
francos, foi coroado pelo papa Leão III no Natal do ano 800, RELIGIÃO 
reconhecido como Imperador do Ocidente (tentou reconstruir  
o Império Romano). Protegeu o ensino, as artes e as letras, A religião foi fundamental para a manutenção do Império
estimulou a tradução e cópia de manuscritos antigos, promoveu Bizantino, pois as doutrinas dirigidas a esta sociedade eram
um fantástico desenvolvimento cultural, conhecido como as mesmas da sociedade romana. O cristianismo ocupava um
Renascimento Carolíngio. lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado,
inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. As
O DESMEMBRAMENTO DO IMPÉRIO catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e
arquitetura mais belas do mundo, tendo como destaque, a Igreja
Após a morte de Carlos Magno, seu filho, Luís I (o Piedoso) de Santa Sofia. 
dividiu o império entre seus filhos que passaram a disputar o
poder. O Tratado de Verdun (843), pôs fim às rivalidades e dividiu
o império em três partes: a França Ocidental ficou com Carlos,
o Calvo; França Oriental, para Luís, o Germânico; e a França
Central para Lotário.

Essa divisão do Império Carolíngio, na verdade, contribuiu


mais ainda para fortalecer os poderes locais dos senhores de
terras (os Senhores Feudais). Além disso, nessa mesma época,
estão ocorrendo as últimas invasões bárbaras (vikings, húngaros
e árabes), o que contribuiu mais ainda para a ruralização da
Europa. Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de
ícones, também tinham forte poder de manipulação sobre a
sociedade. Entretanto, incomodado com esse poder, o governo

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proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, A Hégira, foi a fuga de Maomé e seus seguidores da cidade de
e decretou pena de morte a todos aqueles que as adorassem. Meca para Yatreb ou Medina (era ano 622 do calendário cristão).
Essa guerra contra as imagens ficou conhecida como A Questão Esse fato marca o início do calendário muçulmano.
Iconoclasta. 
Na cidade de Medina, o Profeta organizou a Jihad (“Guerra
Esses problemas religiosos levaram ao rompimento entre o Santa”), orientando seus seguidores a saírem pelo mundo
Império Bizantino e a Igreja de Roma no século XI: foi o Cisma que pregando o Islamismo. Em 630, os seguidores do Profeta
do Oriente. conquistam Meca, destroem as imagens da Caaba. A religião
se espalha rapidamente por todo o Oriente Médio, Extremo
GRANDE CISMA DO ORIENTE (1054) Oriente, Norte e Nordeste da África, além da Península Ibérica.
Maomé morreu em 632, deixando como legado a unificação
Havia disputas doutrinárias e acordos sobre a natureza da política e religiosa da Arábia. Após a morte do profeta Maomé
autoridade papal. O papa não aceitava o cesaropapismo bizantino, (ou Mohammed), o fundador do Islamismo e autor do livro
ou seja, a intervenção do Estado em assuntos religiosos. Surgiu, a sagrado Alcorão, houve um processo de disputa para decidir
partir daí, a divisão da Igreja cristã em Igreja Católica Apostólica quem deveria sucedê-lo, já que o Islã formou uma monarquia
Romana (obediente ao Papa) e Igreja Ortodoxa Grega (obediente teocrática.
ao Patriarca de Constantinopla).
Da disputa pelo direito de sucessão legítima do Profeta, duas

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CRISE E TOMADA DE CONSTANTINOPLA  correntes tornaram-se majoritárias: os xiitas e os sunitas. 
Após a morte de Justiniano, seus sucessores foram monarcas
fracos e incapazes. o Império Bizantino ficou à mercê de diversas
invasões. Com seu enfraquecimento, Constantinopla teve sua
queda definitiva no ano de 1453, ao ser tomada pelos turcos-
otomanos.
 
O IMPÉRIO MUÇULMANO
Antes de Maomé, os habitantes da península arábica se
dividiam em dois grupos: os árabes urbanos (coraixitas) e os
beduínos (nômades que vagavam pelo deserto).

Cada grupo tinha seus deuses, mas na cidade de Meca,


importante centro comercial, existia um templo frequentado por
todos, a Caaba, onde encontravam-se os 360 ídolos.
Após a morte do Profeta Maomé, várias dinastias se
sucederam no poder: Omíada (661-750) e Abássida foram as
Maomé (570-632), fundador da religião muçulmana nasceu
mais importantes. Durante o governo dos Abássidas, ocorreu
em Meca e era caravaneiro por profissão. Nas suas viagens
uma fragmentação política e religiosa. Os Sunitas fundavam sua
pelo Oriente, foi influenciado por duas religiões: o judaísmo e o
crença no Suna, livro que continha os ditos e feitos do Profeta;
cristianismo.
acreditavam na livre escolha dos governantes. Já os Xiitas, que
obedecem cegamente ao Corão, defendem que os califados só
Aos 40 anos, Maomé disse ter o Anjo Gabriel lhe revelado
podem ser governados pelos descendentes de Maomé.
a existência de um único Deus e verdadeiro: ALÁ. Nascia
dessa forma, o Islamismo, mesclando elementos do Judaísmo,
A CULTURA ÁRABE
Cristianismo e da antiga religião árabe.

A palavra islamita significa submetido a Deus, e


Islão designa o mundo dos crentes, dos que acreditam
em Deus e obedecem a um só chefe, Maomé, e a seus
sucessores denominados de Califas. A palavra Islão
tem um significado religioso e político. Ela designa
uma Estado teocrático, isto é, um Estado em que o
chefe religioso e o político são um só. Alcáceres Reais de Sevilha
Arruda, José J. História Antiga e Medieval. São Paulo. Editora Ática.1991.
Em contato com povos de diversas regiões durante sua
expansão militar e religiosa, os árabes acabaram assimilando
vários elementos de outras culturas. Durante seu domínio sobre a
HÉGIRA (16 DE JULHO DE 622) Península Ibérica, os árabes deixaram um grande legado cultural
trazido pelos espanhóis e portugueses para suas colônias na
As pregações monoteístas de Maomé estavam atraindo América. Aliás, não podemos esquecer que a bússola, o astrolábio,
seguidores, mas os comerciantes de Meca perceberam que o papel e a pólvora chegaram ao Ocidente através deles e que foi
o volume do comércio diminuiu, pois entre as orientações do de suma importância durante a Expansão Marítima no início da
Profeta não era necessário frequentar a cidade sagrada todos os Idade Moderna.
anos, bastava uma vez na vida. Ameaçado pelos comerciantes,
Maomé fugiu. Nas ciências, os seguidores de Alá deram enorme contribuição:
Matemática, Química, Física e Astronomia. Trouxeram da Ásia

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o cultivo do arroz, da cana-de-açúcar, das hortaliças etc. Sem quando um nobre dividia as terras que possuía ou administrava
esquecer que o gosto por frituras e alimentos apimentados vem em lotes e os distribuía para camponeses produzirem. Nesse
deles também. Na literatura, As Mil e Uma Noites, de Omar caso, o camponês não prestava serviço militar, mas era obrigado
Khayan, é o livro mais lembrado. O Sul da Espanha tem um a pagar várias taxas ou impostos.
farto patrimônio cultural deixado pelos árabes, em especial na
Arquitetura com suas Mesquitas majestosas (imagem acima). OBRIGAÇÕES SERVIS:

Talha: parte da produção que o camponês entregava ao seu


O FEUDALISMO suserano
Corveia: trabalho compulsório do camponês no manso
CONCEITO senhorial
Banalidade: taxa paga pelo uso de instrumentos do suserano,
É um sistema político, econômico e social, caracterizado como o forno e do arado.
pelo poder descentralizado, economia de subsistência baseada Capitação: taxa cobrada por cabeça de servo.
na agricultura, pelo comércio in natura (base de troca), pela Tostão de São Pedro: pago semanalmente à Igreja
utilização da mão de obra servil e moeda pouco utilizada. Mão-morta: pago após a morte do servo, no momento da
transmissão da herança aos seus filhos.
O feudalismo foi fruto de uma lenta integração das estruturas
sociais dos germanos e dos romanos, no período histórico A ECONOMIA FEUDAL
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compreendido entre os séculos V e X.


A produção de um feudo visava basicamente abastecer a
A Europa ocidental estava dividida em grandes latifúndios - população local, pois o comércio com lucro era considerado
Os feudos - cujas terras eram divididas da seguinte forma: prática pecaminosa. Para a Igreja, todos os objetos destinados
à venda deviam ter seu preço justo. O comerciante podia
acrescentar ao valor do objeto apenas os custos das despesas,
sem margem de lucro. Mesmo assim, ainda havia comércio nas
cidades litorâneas e ribeirinhas. Entre os feudos, predominava o
comércio in natura, sem o uso de moedas.

REVISÃO NA PLATAFORMA
AULAS 13
4. GERAL - IDADE
MÉDIA

1. Manso Senhorial: melhores terras destinadas a abastecer o


APOSTILAS EXERCÍCIOS ONLINE
castelo
2. Castelo Senhorial: podia servir de abrigo em caso de ataques 2 resumos + 50 questões 60 questões
de bárbaros. CAIU NO ENEM
3. Manso Servil: cultivadas pelos camponeses para seu 12 questões
sustento e pagamento de taxas.
4. Manso Comunal: pastos, bosques, rios e lagos - utilizados
por senhores e servos. BAIXA IDADE MÉDIA
A SOCIEDADE FEUDAL (ESTAMENTAL)

De acordo com o pensamento cristão da época, Deus dividiu


a sociedade em três ordens, assim como fez com Santíssima
Trindade, os homens receberam tarefas diferentes para serem
cumpridas sem questionamentos.

Clero: Responsável pelas orações, educação e manutenção


dos bons costumes
Nobreza: Responsável pela guerra e defesa da sociedade.
Servos e Vilões: Trabalhadores braçais dos campos e vilas.

AS RELAÇÕES SOCIAIS ERAM BASEADAS NOS LAÇOS DE A partir do século XI, a Europa feudal começa a se
SUSERANIA E VASSALAGEM. transformar em virtude da reabertura do comércio
intercontinental através do Mar Mediterrâneo. Aquelas
Suserano: pessoa que cede ou doa parte de seus bens para estruturas que caracterizavam o modo de produção
outra. feudal sofrem alterações: o comércio de especiarias
Vassalo: pessoa que recebe um bem e fica na obrigação de orientais, o surgimento das feiras e dos burgos
retribuir o favor ou pagar taxas ao Suserano. apontavam para novos tempos. O ponto de partida para
Relações horizontais: Ocorria quando um nobre muito rico compreendermos tudo isso são as Cruzadas, uma série de
cedia parte de suas terras para um nobre despossuído, que lhe conflitos entre cristãos e muçulmanos.
retribuía o favor prestando-lhe serviço militar (cavalaria).
Relações Verticais: Era a forma mais comum, ocorrendo
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AS CRUZADAS (SÉCULO XI AO XIII) comerciantes começaram a sofrer com a cobrança de


pedágios por parte dos Senhores Feudais. Surgiram várias
rotas comerciais, interligando regiões que até então não
se comunicavam ou possuíam pouco contato. Para tentar
pagar menos impostos, os comerciantes promoviam feiras
em locais de peregrinação religiosa ou em encruzilhadas de
estradas. Os locais onde eram realizadas as feiras, surgem
aglomerados urbanos denominados de Burgos, o que levou a
população a chamar comerciantes e artesãos de burgueses.
Aos poucos, a população rural começou a migrar para os
burgos, onde estava ocorrendo a geração de emprego com
Entre os séculos X e XI, o sistema feudal conhece seu remuneração em moeda.
esgotamento. A população cresceu e a produção agrícola
não atendia à demanda. Cercados pelos árabes e tendo o A nobreza feudal percebeu que a população de servos
Mediterrâneo intransitável, os cristãos europeus tiveram a ideia começava a diminuir, ao mesmo tempo era necessário ampliar a
de combatê-los, pois mandariam milhares de pessoas à guerra e produção agrícola para abastecer as feiras e, também, adquirir
ainda havia a esperança de tomar a cidade sagrada de Jerusalém moedas para consumir as especiarias. A solução para manter

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das mãos dos infiéis. Foram realizadas oito Cruzadas oficiais e alguns homens trabalhando no campo, era abrir mão das
duas não-oficiais. obrigações servis e, aos poucos também remunerá-los. Todas
essas transformações provocaram o fim das relações feudais e o
Entre os membros do Clero Católico, surgiram vários grupos surgimento de práticas pré-capitalistas.
de ordens mendicantes, Hospitalários e os famosos Templários. A
ordem dos Hospitalários era um grupo de padres que se instalou Comunas ou Cidades Francas: Com o crescimento do
no Oriente, durante as Cruzadas para cuidar dos doentes e comércio, a burguesia percebeu a necessidade de libertar as
feridos. Já os Templários, eram responsáveis por proteger cidades do domínio do Sr. Feudal. As associações de comerciantes
o Templo de Salomão, em Jerusalém, tomado dos árabes na então compravam a sua independência, tornando as entradas e
primeira Cruzada. saídas francas, livres dos tributos senhoriais.
Hansas ou Guildas (Grêmios): Eram associações organizadas
Das oito cruzadas, os árabes só foram derrotados na primeira, pelos mercadores das cidades com o objetivo de defender os
pois foram pegos de surpresa. Jerusalém permaneceu nas mãos seus interesses mercantis.
dos maometanos.
Corporações de Ofício: Eram associações de artesãos
CONSEQUÊNCIAS: que tinham por finalidade assegurar a produção, a qualidade
de produto e o justo preço para atender aos pedidos, contar
Fracasso militar com uma clientela certa e eliminar a concorrência desonesta -
Reabertura do Mar Mediterrâneo ao comércio ajudavam os associados doentes e incapacitados. Antes de ser
Renascimento comercial e urbano membro de uma Corporação, era preciso passar pelas categorias
de aprendiz e jornaleiro (ou companheiro), sendo submetido a
O RENASCIMENTO COMERCIAL E testes e avaliações até chegar a condição de Mestre.
URBANO
Obs: A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
pode ser comparada a uma Corporação de Ofício, pois
a Bacharel em Direito só pode exercer a profissão
depois que passa no teste aplicado para avaliar os
conhecimentos do futuro advogado. no teste aplicado
para avaliar os conhecimentos do futuro advogado.

A CRISE DO SÉCULO XIV

A partir da Quarta Cruzada (a Dos Comerciantes), o espirito Desde a reabertura do Mar Mediterrâneo, a Europa vinha
religioso das primeiras expedições deu lugar a ambição e passando por intensas mudanças que apontavam para o fim
do Período Feudal. O comércio florescia, cidades surgiam e a
ao desejo de fazer comércio com os árabes. Toneladas de
burguesia prosperava. Mas, no Século XIV eclode a Guerra dos
especiarias eram compradas para serem revendidas por
Cem Anos e a Peste Negra assola vilas e campos, foram milhões
toda a Europa. Os italianos de Gênova e Veneza tomaram a de vítimas de uma epidemia que mais parecia castigo divino. Não
dianteira em tal empreendimento, acumulando fortunas em faltou quem acreditasse que era o fim do mundo. O comércio
pouquíssimo tempo. É claro que nas demais cruzadas, ainda estagnou, rotas comerciais foram abandonadas, cidades ficaram
havia gente lutando pela religião, principalmente os mais vazias.
pobres e os missionários do Clero.
Em algumas regiões da Europa, eclodiram revoltas
As especiarias e os produtos de luxo, como a seda e camponesas, a exemplo das Jacqueries, na França. Enquanto
a porcelana da China, eram comercializados por todos isso, nobre britânicos e franceses disputavam uma das mais
os cantos da Europa Ocidental. Porém, os primeiros sangrentas guerras de todos os tempos. Paralelo a tudo isso,
reis aglutinavam feudos em Monarquias Nacionais, portugueses

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reuniam condições técnicas para iniciar a Expansão Marítima séculos XV e XVI.


pelo Mar Atlântico.
A GUERRA DOS CEM ANOS:
AS MONARQUIAS NACIONAIS
Causas: Disputa pelo trono francês entre Eduardo III (rei
da Inglaterra e neto do rei Francês Felipe IV, o Belo) e Felipe de
Valois (sobrinho de Felipe IV). Ainda havia a disputa pela região
da Normandia (Flandres).

O conflito: Nos primeiros anos da guerra, os ingleses


demonstravam maior poderia bélico. Mas, em virtude da Peste
Negra, as tropas inglesas tiveram que bater em retirada, o que
deu tempo para os franceses se organizarem, além do forte
sentimento nacionalista despertado pela Joana D’Arc. Os nobres
franceses se uniram ao seu monarca, fortalecendo o poder
central, o que resultou na derrota dos britânicos.

A MONARQUIA BRITÂNICA
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A Grã-Bretanha era constituída por sete pequenas monarquias


de origem bárbara. Essas monarquias foram gradativamente
A fragmentação política e territorial da Europa em feudos,
conquistadas por um nobre francês, denominado de Guilherme,
era um grande entrave ao desenvolvimento do capitalismo
o Conquistador. Seus sucessores Ricardo I (o Coração de Leão)
comercial. Impostos diversos, moedas, sistemas de pesos e e João I (o Sem - terra), tentaram consolidar a monarquia, mas
medidas com diferenças absurdas de valor prejudicavam a ocorreu algo diferente das demais regiões da Europa. Os nobres
nascente burguesia. Como solução a esse entrave, alguns britânicos impuseram limitações ao poder do monarca através
grupos de burgueses se aliaram a nobres com descendência de um documento denominado de Carta Magna (1.215). Com
dinástica ou com espirito de concentração de poderes, para a Carta Magna nasce o sistema Parlamentarista que dura até
dominar outros Senhores Feudais e padronizar moedas, pesos 1.534, quando o Ato de Supremacia estabelece plenos poderes
e medidas. ao rei.

As monarquias ibéricas se destacam entre as primeiras CULTURA MEDIEVAL


com caráter nacional. Inglaterra e França tentam se consolidar
durante a Guerra dos Cem Anos, pois os nobres lutavam ao lado
dos seus monarcas.

MONARQUIAS IBÉRICAS
Portugal e Espanha surgiram durantes as Guerras de
Reconquista (Cruzadas do Ocidente). Desde o século VII, quando
a Península Ibérica foi invadida pelos árabes, os pequenos reinos
cristãos da região iniciaram uma longa luta para expulsá-los.
Nobres católicos franceses também ajudaram na luta contra A cultura medieval foi uma síntese de elementos greco-
os mouros. Entre os cavaleiros franceses, destacaram-se os romanos, cristãos e germânicos. A principal característica foi o
irmãos Raimundo e Henrique de Borgonha, que se tornariam os teocentrismo. A educação era controlada pelo clero católico.
fundadores de Portugal. A participação especial na cultura medieval ficou por conta
dos monges copistas, cujo trabalho de reprodução de antigos
As monarquias de Leão, Castela, Navarra e Aragão passaram manuscritos, devemos à conservação dos roteiros culturais da
por um processo de fusão, com o intuito de fortalecer suas Antiguidade.
forças militares e derrotar os seguidores de Alá. Tal fato só se
concretizou no século XV, quando Fernando de Aragão casou-se OS CURSOS UNIVERSITÁRIOS:
com Isabel de Castela. A vitória contra os árabes ocorreu com a
tomada da cidade de Granada em 1492. Nesse mesmo ano, os Uma universidade compreendia quatro faculdades: Artes (ou
reis espanhóis financiaram a viagem de Cristóvão Colombo. Letras), Direito, Medicina e Teologia. Algumas universidades
se especializaram num determinado curso. A de Bolonha em
MONARQUIA FRANCESA Direito, a de Paris em Teologia, a de Nápoles em Medicina. A
universidade de Bolonha é considerada a mais antiga da Europa
Após o Tratado de Verdun, o Império Carolíngio despareceu. (fundada no século XI)
O território francês passou a ser governado por poderosos
senhores feudais. Dentre eles, destacou-se Hugo Capeto que A Filosofia: Santo Agostinho (na Alta Idade Média) e São
reiniciou a centralização política, partindo de Paris, apoiado pela Tomás de Aquino (na Baixa Idade Média) foram os maiores
burguesia. A Dinastia Capetíngia não concretizou o processo pensadores medievais. Aquino tornou-se muito influente ao
centralista, cabendo às dinastias seguintes tal missão. Por isso, a pregar a Escolástica, tentando conciliar fé e razão.
Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453) ganhou muita importância,
pois ela despertou o sentimento nacionalista e uniu os nobres ao Ciência: Roger Bacon foi o cientista mais conhecido da Idade
rei. Valois e Bourbons consolidaram a monarquia francesa nos Média. Dizia que a Teologia é a rainha das ciências. Defendeu o

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HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05 4.2 BAIXA IDADE MÉDIA

método experimental como de atividade científica. TRIBUNAIS DA INQUISIÇÃO OU DO SANTO OFÍCIO

Literatura: Poesia Épica - exaltava a ação corajosa dos As pessoas que discordavam dos ensinamentos católicos
cavaleiros em prol da cristandade -> Canção de Rolando (França) contestavam o poder da Igreja e do papa eram chamadas de
Poesia Lírica - o amor cortês dos cavaleiros em relação às suas hereges e tinham como castigo a perseguição, a tortura e, muitas
damas vezes, a morte no Tribunal da Santa Inquisição.

Arquitetura: Estilo Românico (típico da Alta Idade Média) -


traços simples, grossos pilares e janelas estreitas.

Santa Inquisição

HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05


Igreja de San Martin de Fromista, Palência, Espanha. REVISÃO NA PLATAFORMA
Estilo Gótico (predominante na Baixa Idade Média) - AULAS 00
leveza e janela com vitrais coloridos.
4.

APOSTILAS EXERCÍCIOS ONLINE


2 resumos + 50 questões 60 questões
CAIU NO ENEM
12 questões
Catedral de Milão

IGREJA MEDIEVAL SEÇÃO VESTIBULARES

CRISTIANISMO

Os cristãos eram perseguidos no Império Romano por


QUESTÃO 01
não considerar o Imperador de origem divina, por isso, eram
considerados uma ameaça às instituições. O Cristianismo foi
oficializado por Teodósio (391), pelo Edito de Tessalônica.

Na Idade Média, a Igreja era a instituição dominante. Além do


poder espiritual (religioso), tornou-se dona de um grande poder
temporal (domínios sobre as coisas materiais), tornando-se um
instrumento de unificação social.

A QUERELA DAS INVESTIDURAS

A Querela das Investiduras foi um movimento no qual a Igreja


protestava contra a nomeação de bispos e papas pelo Imperador.
No século X, o poder papal estava enfraquecido. A situação se
encontrava tão embaraçosa que os imperadores germânicos
nomearam doze papas e excluíram cinco. Revoltados, os clérigos O Saltério de Chludov, hoje na Rússia, é um dos mais importantes
da Abadia de Cluny, na França, manifestaram-se exigindo maior documentos provenientes do Império Bizantino. Essa iluminura,
autonomia à Igreja, que queria tomar o poder de escolha de seus em especial, retrata um importante movimento sociopolítico
membros para si. Durante o reinado de Henrique IV, o conflito ocorrido nesse Estado, denominado de:
entre as partes chegou ao seu ápice.
A. Cesaropapismo, a aliança entre o Imperador e o Patriarca.
Em 1122, um pacto de trégua foi assinado entre as partes. B. Iconoclasmo, o movimento pela destruição dos ícones
O imperador teria poder de nomear bispos com autoridade religiosos.
secular, mas não com autoridade sagrada. Ou seja, poderia C. Bizantinismo, a discussão interminável sobre temas
nomear, mas não realizar a cerimônia religiosa. As práticas exotéricos.
religiosas e as nomeações de cargos religiosos, no entanto, eram D. Cisma, a excomunhão mútua entre as igrejas Católica Romana
exclusivamente do papa. Esse episódio ficou conhecido como a e Ortodoxa Oriental.
Concordata de Worms. E. Iluminismo, a política em prol da ilustração dos manuscritos.

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HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05 EXERCÍCIOS

QUESTÃO 02 comunidades próximas.


D. conflitava com o princípio papal de “ora et labora” (reza e
No século VIII, tropas muçulmanas, lideradas pelo general Tarik, trabalha), ao valorizar a prática do trabalho, em detrimento
saíram do Norte da África, atravessaram o mar Mediterrâneo das orações diárias.
pelo Estreito de Gibraltar e conquistaram quase toda a península E. contribuiu para o surgimento de uma mentalidade que, ligada
Ibérica. às atividades comerciais urbanas, promoveu contestações ao
poder papal sobre os europeus.
Sobre o período de domínio muçulmano na península Ibérica, é
correto afirmar que: QUESTÃO 05
A. contribuiu para a consolidação do feudalismo, isolando a O século X é caracterizado, na Europa, pela desestruturação
Europa do restante do mundo, e estimulando as pessoas a do Império Carolíngio e pelas invasões de outros povos. Essa
abandonarem as cidades. situação acabou intensificando um processo de ruralização já
B. o desenvolvimento mercantil provocou o crescimento de em andamento e a procura da proteção militar oferecida pelos
cidades como Córdoba e Toledo, atraindo poetas, letrados e nobres e guerreiros, por parte das pessoas pobres ou com menos
músicos, estimulando o ambiente intelectual. recursos. Era o início do que ficou conhecido como feudalismo.
C. sua duração foi maior em Portugal do que na Espanha, reino As instituições feudais se originaram de elementos romanos e
do qual os muçulmanos foram expulsos pelos cruzados, cerca germânicos.
de trinta anos após a ocupação da península Ibérica.
D. durou aproximadamente meio século, e foi marcado pela São elementos germânicos:
perseguição aos cristãos, pela obstrução das rotas mercantis
e pela Peste Negra, que dizimou parte da população europeia. A. economia agropastoril, comitatus, beneficiun.
E. consolidou o sistema escravocrata medieval, fechou B. comitatus, fragmentação do poder político, beneficiun.
universidades, desestimulou o desenvolvimento científico e C. colonato, comitatus, fragmentação do poder político.
proibiu manifestações literárias e musicais pagãs. D. comitatus, beneficiun, colonato.
E. fragmentação do poder político, economia agropastoril,
QUESTÃO 03 beneficiun.

A partir do século V d.C., a língua latina, utilizada em todo QUESTÃO 06


o Império Romano, passou a ser influenciada pelos idiomas
falados por populações que invadiram o Império, especialmente A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas
os germânicos e os árabes, dando surgimento às Línguas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente.
Românicas, também conhecidas como Línguas Neolatinas. São Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial
línguas neolatinas que surgiram do encontro do latim com outros e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela
idiomas: economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia
da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade
A. inglês, mirandês, alemão, occitano, sardo, austríaco, búlgaro. hierarquizada.
B. italiano, francês, provençal, espanhol, catalão, português, http://www.suapesquisa.com/idademedia.
romeno.
C. friulano, romanche, espanhol, grego, russo, mandarim, Na Idade Média, o trabalho gratuito que os servos prestavam aos
dalmático. senhores feudais, durante o período de 3 ou 4 dias, é conhecido
D. lombardo, vêneto, lígure, siciliano, piemontês, napolitano, como:
valenciano.
E. egípcio, catalão, basco, francês e dinamarquês. A. banalidades.
B. talha.
QUESTÃO 04 C. formariage.
D. corveia.
“Em terras alemãs em lugares afastados, onde a vida permanecia E. mão morta
rude e isolada, os monges não só pregavam o cristianismo, mas
também foram importantes para levar os avanços agrícolas para QUESTÃO 07
a região das florestas. Nas matas fechadas, abriam clareiras,
drenavam pântanos e introduziram novas lavouras. As poucas A era feudal tinha legado às sociedades que a seguiram a
escolas que existiram na Idade Média eram dirigidas e mantidas cavalaria, cristalizada em nobreza. [...] Até nas nossas sociedades,
pelos monges. Alguns monastérios serviam também de hospitais em que morrer pela sua terra deixou de ser monopólio de uma
e hospedarias”. classe ou profissão, o sentimento persistente de uma espécie de
Adaptado de: Wallbank, T. W. e outros. History and Life.4ªed. Illinois: Scott Foresman. supremacia moral ligada à função do guerreiro profissional —
atitude tão estranha a outras civilizações, tal como a chinesa —
De acordo com o texto, é correto afirmar que, durante a alta permanece uma lembrança da divisão operada, no começo dos
Idade Média europeia, a atividade dos monastérios: tempos feudais, entre o camponês e o cavaleiro.
Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987. Adaptado.
A. redimensionava o princípio de “ora et labora” (reza e trabalha),
já que os monges se dedicavam apenas aos trabalhos braçais. Segundo o texto, a valorização da ação militar:
B. seguia o princípio de “ora et labora” (reza e trabalha), pois
os monges dedicavam-se a uma vida reclusa e trabalhos A. representa a continuidade da estrutura social originária da
exclusivamente intelectuais. Idade Média.
C. redimensionava o princípio tradicional de “ora et labora” (reza B. ultrapassa as barreiras de classe social, igualando os homens
e trabalha), pois exercia importante ligação com o cotidiano de medievais.

292
HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05 EXERCÍCIOS

C. deriva da associação, surgida na Idade Média, entre nobres e enriquecimento da burguesia. Com a formação das monarquias
cavaleiros. absolutistas, unificando territórios, mercados, leis, moedas
D. surgiu na Idade Média e é desconhecida nas sociedades e tributos, o poder político se concentrou nos reis. Bastante
modernas. enriquecida, uma parte da burguesia começou a comprar terras,
E. revela a identificação medieval de quem trabalhava com quem conquistar títulos de nobreza e, inclusive, a assumir cargos nos
lutava. governos.
MIGLIOLI, Jorge. Dominação burguesa nas sociedades modernas. https://www.ifch.
unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo205Artigo1.pdf /
QUESTÃO 08
Para conquistar o domínio sobre os demais membros da
Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras
sociedade, o grupo descrito no texto se utiliza de diversos
cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade
instrumentos, tendo-se como principal:
– algo diferente do Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio
a desertos. Num local a madeira é rara e as árvores indicam a
civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie.
A. a divisão de riquezas.
A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras,
B. a utilização dos militares.
cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos
C. a abertura do mercado nacional.
gênios pagãos que monges, santos e missionários abatem
D. o controle dos meios de produção.
impiedosamente.
E. o fechamento do comércio ao mercado externo.
J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005.
QUESTÃO 11
Acerca das características da Cristandade e do Islã no período
medieval, pode-se afirmar que: Aproveitando-se do reforço populacional e espiritual, os
reinos cristãos acentuaram sua ofensiva contra os domínios
A. o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, muçulmanos. Em 1492, concluía-se a conquista da península,
enquanto a religião muçulmana teve como base inicial as com a incorporação de Granada.
cidades e os povoados da península arábica. A reconquista representou, para os ibéricos, uma primeira
B. a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos expansão feudal. Caracterizou-se pela incorporação de novas
oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais e terras, pelo crescimento demográfico, pelo desenvolvimento
culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã. das cidades, das atividades mercantis e pela expansão cristã.
C. a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência No entanto, 1492 não se encerra em Granada. Meses depois,
de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que em outubro, Colombo daria continuidade à conquista material e
abundavam nas formações sociais islâmicas. espiritual. Do outro lado do Atlântico.
D. o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu Flavio de Campos. Folha de S. Paulo, 17.10.2000. Adaptado A Reconquista Ibérica
as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas
regiões desérticas da Cristandade ocidental. A. remonta aos meados do século IX, momento no qual os cristãos
E. a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação ibéricos, refugiados no norte da península, constituíram-
das fronteiras de cultivo, em detrimento das florestas, em um se em pequenos reinos independentes e, a despeito das
movimento inverso àquele verificado no Ocidente medieval. suas diferenças étnicas e das rivalidades, edificaram uma
identidade cultural e política, porque objetivavam vencer
QUESTÃO 09 militarmente os muçulmanos.
B. contrapõe-se ao movimento das Cruzadas porque a luta e as
O modo de produção feudal que emergiu na Europa ocidental ofensivas contra o poder mulçumano não foram realizadas
na Idade Média foi dominado pela terra. A propriedade agrária como uma conquista militar, mas por meio de lenta e
era controlada por uma classe de senhores feudais, a quem progressiva incorporação de novas terras, obtidas com as
os camponeses prestavam serviços e faziam pagamentos em relações de vassalagem, em especial a partir do século XII.
espécie. C. significou uma recomposição das forças cristãs ocidentais e
Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo, 2016. Adaptado.
parte das orientais, a partir do início do século XIV, unificadas
pelo Concílio de Trento, que estabeleceu uma nova mística em
O excerto contém informações históricas essenciais sobre o torno da figura de Jesus Cristo, que passou a ser tratado como
feudalismo, tais como: tendo essência divina e não humana.
D. constitui-se em um processo que tem as suas origens
A. as produções artísticas e os fundamentos culturais. localizadas após a formação das nações ibéricas, Portugal
B. as bases econômicas e as relações sociais. e Espanha, em fins do século XIV, porque a expulsão dos
C. as guerras de dominação e a formação dos reinos bárbaros. invasores mouros dependia de uma enorme ação militar que
D. as crenças religiosas e o poder eclesiástico. apenas Estados unificados podiam organizar e arcar com os
E. as atividades comerciais monetarizadas e o crescimento custos.
urbano. E. dependeu menos da ação das forças cristãs ibéricas e muito
mais da progressiva fragilização dos domínios mouros nessa
QUESTÃO 10 região, condição do califado de Granada, no século XIII, que
foi obrigado a mandar forças militares para conter uma série
Na Europa ocidental, a burguesia surge entre os séculos X e de invasões aos seus domínios no Norte da África.
XI, sob a forma mercantil, isto é, composta por comerciantes,
cambistas e emprestadores de dinheiro, sendo aumentada logo QUESTÃO 12
em seguida com a participação dos artesãos urbanos. Durante
muito tempo, o poder político esteve nas mãos da nobreza, dos Jean Delumeau, em sua obra História do medo no ocidente 1300-
grandes senhores de terras, o que não impediu o crescimento e 1800: uma cidade sitiada, escreve acerca da peste negra no
continente europeu:

293
HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05 EXERCÍCIOS

“Até o final do século XIX, ignoraram-se as causas da peste A Peste Negra, que atingiu a Europa no séc. XIV, espalhou o
que a ciência de outrora atribuía à população do ar, ela pânico e transformou a maneira como se concebia a morte.
própria ocasionada seja por funestas conjunções astrais, seja A Dança Macabra, expressão artística surgida nesse período,
por emanações pútridas vindas do solo ou do subsolo. Daí representava temas fúnebres e sombrios, como a decrepitude
as precauções, aos nossos olhos inúteis, quanto se aspergia dos corpos já em forma cadavérica ou esquelética. Ao chamar
com vinagre cartas e moedas, quando se acendiam fogueiras a atenção para a fragilidade e a finitude da vida, sugeria que
purificadoras nas encruzilhadas de uma cidade contaminada, todos, independentemente de sua posição social, haviam de
quando se desinfetavam indivíduos, roupas velhas e casas por compartilhar o mesmo destino.
meio de perfumes violentos e de enxofre, quando se saía para
a rua em período de contágio com uma máscara em forma de Com base na figura, nos textos e nos conhecimentos sobre a
cabeça de pássaro cujo bico era preenchido com substâncias Baixa Idade Média, assinale a alternativa correta.
odoríferas.”
DELUMEAU, Jean. História do medo no ocidente 1300-1800: uma cidade sitiada. São A. Em uma sociedade dividida em ordens, a Dança Macabra
Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 159.
foi interpretada como uma crítica social que nivelava os
estamentos em face do fenômeno da morte.
Podemos deduzir por meio do texto e da história da Baixa Idade
B. Na gravura, dois personagens são conduzidos por figuras
Média que:
macabras, revelando que, devido às péssimas condições de
vida, os camponeses eram os que mais temiam a morte.
A. sua forma de transmissão, exclusivamente pelas fezes dos C. Na maioria dos países, a epidemia de Peste Negra assolou
ratos, era desconhecida, por isso, mesmo evitando as casas
burgos e castelos, mas preservou os camponeses do contágio,
em que havia doentes, o fato de continuarem circulando
por estarem eles isolados no campo.
normalmente nas ruas infestadas fez com que a doença
D. Por viverem nos mosteiros, os membros da Igreja foram
continuasse a se espalhar.
poupados da Peste Negra, reforçando a imagem do clero
B. a peste negra chegou do Oriente até a Europa com os ratos
como estamento de origem divina.
e produtos por eles contaminados, fato comprovado pelos
E. Devido ao grande número de vítimas da Peste Negra, a
comerciantes de Gênova e Veneza, logo após o início da
sociedade na Baixa Idade Média se tornou indiferente à morte,
epidemia, com grande incidência da doença nas cidades
entendendo-a apenas como uma passagem à vida eterna.
portuárias.
C. o local onde a peste se originou foi provavelmente a China,
onde não se tornou epidêmica até meados do século XVI,
QUESTÃO 14
contudo, devido a condições mais propícias à contaminação,
Perante esta sociedade, a burguesia está longe de assumir uma
como a grande quantidade de lixo e esgoto a céu aberto, ela se
atitude revolucionária. Não protesta nem contra a autoridade
desenvolveu como surto no continente europeu.
dos príncipes territoriais, nem contra os privilégios da nobreza,
D. devido à grande mortandade causada pela epidemia, houve
nem, principalmente, contra a Igreja. (...) A única coisa de que
grande número de pessoas que se isolaram em feudos,
trata é a conquista do seu lugar. As suas reivindicações não
fortalecendo senhores feudais e as obrigações a serem pagas,
excedem os limites das necessidades mais indispensáveis.
devido à proteção que a vida no campo passou a representar.
Henri Pirenne. História econômica e social da Idade Média, 1978.
E. os medievos atuavam de maneira a tentar evitar sua
propagação com medidas como o isolamento de doentes,
Segundo o texto, é correto afirmar que:
uso de ervas e perfumes para evitar os maus odores, e muitos
chegaram a fugir para longe das grandes cidades.
A. a burguesia, nascida da própria sociedade medieval, nela
não tem lugar; para conquistá-lo, suas reivindicações são a
QUESTÃO 13 liberdade de ir e vir, elaborar contratos, dispor de seus bens,
fazer comércio, liberdade administrativa das cidades, ou seja,
A Peste Negra, ou Morte Negra, era assim chamada porque no
não tem o objetivo de destruir a nobreza e o clero.
seu desenvolvimento provocava hemorragias subcutâneas, que
B. os burgueses, enriquecidos pelo comércio, reivindicam
assumiam uma coloração escura no momento terminal da doença.
privilégios semelhantes aos da nobreza e do clero na
A morte dava-se entre três e sete dias, depois de contraída a
sociedade moderna; acentuadamente revolucionários, os seus
patologia, e levava de 75% a 100% dos acometidos. O agente
interesses significam título, terras e servos para garantirem
causador da peste era transmitido pelo rato, por meio das pulgas
um lugar compatível com sua riqueza.
e sua penetração na pele humana causava uma adenite aguda,
C. o território da burguesia é o solo urbano, a cidade como
que recebia o nome de “bubão”, principal sintoma da doença. Daí
sinônimo de liberdade, protegida da exploração da nobreza
também o nome de peste bubônica.
SIMONI, K. De peste e literatura: imagens do Decameron de Giovanni Boccaccio. e do clero; para isso, cria o direito urbano, isto é, leis para
Anuário de Literatura Umbral. https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/ o comércio, a justiça e a administração que, de forma
viewFile/5447/4882. revolucionária, asseguram-lhe um lugar na sociedade
moderna.
D. a sociedade medieval tem um lugar específico para os
burgueses, pois as liberdades, as leis, a justiça e a administração
estão em suas mãos; tal situação tem o objetivo de brecar o
poder político e econômico dos nobres e da Igreja, fortalecidos
pela expansão da servidão e pelo declínio do comércio.
E. com exigências revolucionárias, como liberdade comercial,
jurídica e territorial, a burguesia, cada vez mais rica, visa
destruir a sociedade medieval; esta, por sua vez, barra a
ascensão econômica e política da burguesia, ao fortalecer
a servidão no campo e impedir as transações comerciais na
cidade.

294
4.1 ALTA IDADE MÉDIA E
HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05 4.2 BAIXA IDADE MÉDIA

QUESTÃO 15 Texto II

Entre o final do século XII e início do próximo, com o fortalecimento É nossa vontade que todos os povos regidos pela nossa
do comércio e o crescimento dos centros urbanos, os europeus administração pratiquem a religião que o apóstolo Pedro
começaram a estreitar contatos com o Oriente. Através de transmitiu aos romanos. Ordenamos que todas aquelas pessoas
rotas comerciais, vinham especiarias e tecidos, como a seda, que que seguem esta norma tomem o nome de cristãos católicos.
chegavam ao Mar Mediterrâneo pelo Mar Vermelho, costeando Porém, o resto, os quais consideramos dementes e insensatos,
o Egito, ou pelo Mar Negro, atravessando os Estreitos de Bósforo assumirão a infâmia da heresia, os lugares de suas reuniões não
e Dardanelos. receberão o nome de igrejas e serão castigados em primeiro
lugar pela divina vingança e, depois, também pela nossa própria
Esse período foi próspero na Península Itálica, especialmente iniciativa.
Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade
para os mercadores de: Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.

A. Nova Déli e Calicute. Nos textos, a postura do Império Romano diante do cristianismo
B. Pequim e Xangai. é retratada em dois momentos distintos. Em que pesem as
C. Londres e Manchester. diferentes épocas, é destacada a permanência da seguinte
D. Gênova e Veneza. prática:
E. Paris e Lyon.

HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05


A. Ausência de liberdade religiosa.
B. Sacralização dos locais de culto.
QUESTÕES ENEM C. Reconhecimento do direito divino.
D. Formação de tribunais eclesiásticos.
E. Subordinação do poder governamental.
QUESTÃO 01 QUESTÃO 03
(ENEM LIBRAS)
No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no
Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento urbano
Entre o século XII e XIII, a recrudescência das condenações da
ligado às funções comercial e industrial – digamos modestamente
usura é explicada pelo temor da Igreja ao ver a sociedade abalada
artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício
pela proliferação da usura, quando muitos homens abandonam
que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do
sua condição social, sua profissão, para tornarem-se usuários.
trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de
No século XIII, o papa Inocêncio IV teme a deserção dos campos,
preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
devido ao fato de os camponeses terem se tornado usurários
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito,
ou estarem privados de gado e de instrumentos de trabalho
em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as
pertencentes aos possuidores de terras, eles próprios atraídos
cidades.
pelos ganhos da usura. A atração pela usura ameaça a ocupação
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010
dos solos e da agricultura e traz o espectro da fome.
LE GOFF, J. A bolsa e a vida: economia e religião na Idade Média. São Paulo: Brasiliense,
O surgimento da categoria mencionada no período em destaque
no texto evidencia o(a):
A atitude da Igreja em relação à prática em questão era motivada
pelo interesse em: A. apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
B. relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho.
A. suprimir o debate escolástico. C. importância organizacional das corporações de ofício.
B. regular a extração de dízimos. D. progressiva expansão da educação escolar.
C. diversificar o padrão alimentar. E. acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.
D. conservar a ordem estamental.
E. evitar a circulação de mercadorias. QUESTÃO 04
QUESTÃO 02 (ENEM) Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da
Idade Média das águas às quais devia sua imunidade a ataques,
(ENEM LIBRAS) era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na
prática, era uma cidade-estado independente na altura do século
Texto I X. Veneza era única na cristandade por ser uma comunidade
comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”, como
Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram denunciados um surpreso observador do século XI constatou. Comerciantes
como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que venezianos puderam negociar termos favoráveis para comerciar
respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma terceira com Constantinopla, mas também se relacionaram com
vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram, mercadores do islã.
mandei executá-los, pois eu não duvidava que, seja qual for a FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo de islã, de Maomé à Reforma. Rio de Janeiro.
culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas.
Outros, cidadãos romanos portadores da mesma loucura, pus no A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média,
rol dos que devem ser enviados a Roma. dinamizadas por centros como Veneza, reflete o(a):
Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província romana situada na Ásia
Menor, ao imperador Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível em: www.veritatis.com.br.
A. importância das cidades comerciais.
B. integração entre a cidade e o campo.

295
HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 05 EXERCÍCIOS

C. dinamismo econômico da Igreja cristã.


D. controle da atividade comercial pela nobreza feudal.
E. ação reguladora dos imperadores durante as trocas
GABARITO
comerciais.

QUESTÃO 05 VESTIBULARES ENEM

A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em 1 B 11 A 1 D


três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham.
2 B 12 E 2 A
Essas três partes que coexistem não suportam ser separadas; os
serviços prestados por uma são a condição das obras das outras 3 B 13 A 3 B
duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto...
Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz. 4 C 14 A 4 A
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais.
Lisboa: Sá da Costa, 1981. 5 A 15 D 5 A

A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida 6 D 16 B 6 B


durante a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um 7 C 17 A 7 •
processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em:
8 B 18 B 8 •
A. Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
B. Subverter a hierarquia social / centralização monárquica. 9 B 19 C 9 •
C. Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas. 10 D 20 E 10 •
D. Controlar a exploração econômica / unificação monetária.
E. Questionar a ordem divina / Reforma Católica.

QUESTÃO 06
Mas era sobretudo a lã que os compradores, vindos da Flandres
ou da Itália, procuravam por toda a parte. Para satisfazê-los, as
raças foram melhoradas através do aumento progressivo das
suas dimensões. Esse crescimento prosseguiu durante todo o
século XIII, e as abadias da Ordem de Cister, onde eram utilizados
os métodos mais racionais de criação de gado, desempenharam
certamente um papel determinante nesse aperfeiçoamento.
DUBY, G. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1987 .

O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da


atividade pastoril e avanço técnico na Europa ocidental feudal,
que resultou do (a):

A. crescimento do trabalho escravo.


B. desenvolvimento da vida urbana.
C. padronização dos impostos locais.
D. uniformização do processo produtivo.
E. desconcentração da estrutura fundiária.

296

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