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Biografia de Viriato, chefe dos Lusitanos

Não há documentos que comprovem a sua data de nascimento e falecimento exata, mas crê-se
que terá vivido no século II a.c. O seu local de nascimento, embora também não seja claro, pensa-se
que possa ter ficado ao longo da Península Ibérica possivelmente na Serra da Estrela, onde viveu.
Provavelmente foi pastor familiarizado com uma vida nas montanhas, que acabou por se tornar
caçador e soldado.
Segundo algumas fontes Viriato não foi um chefe hereditário, mas escolhido para o cargo pois era o
que possuía maiores habilidades de liderança entre os bárbaros. Tornou-se chefe dos Lusitanos por
volta do ano 148 a.c. tendo, enquanto tal, oferecido uma forte oposição à pressão romana, ao qual se
destacava a sua inteligência, o humanismo, a capacidade de liderança, e a sua visão de estratega
militar e político. Qualidades essas que eram elogiadas pelos grandes historiadores antigos,
começando pelos romanos.
O principal objetivo de Viriato era defender as suas terras e as suas montanhas,
depois de o fazer lançou-se decididamente numa guerra ofensiva. Contagiou o
seu povo e incentivou-o a lutar a seu lado pelos seus direitos, não aceitando
acordos que Roma raramente cumpria e que deixaria os lusitanos em
desvantagem.
Após ter conquistado várias como Segóbriga, a Mancha e a Bética tornou-se
uma preocupação para os romanos a partir de 143 a.C. O confronto de Erisane,
foi decisivo por marcar o fim da resistência oposta a Roma, tendo Viriato em
nome do seu povo aceita o Tratado de paz com Serviliano que consistia em que
os Lusitanos teriam a sua independência reconhecida se se tornassem amigos dos romanos.
Roma viu esse acordo como uma humilhação, por esse motivo decidiu enviar um novo general
Servílio Cipião que renova os combates contra Viriato, mas este força-o a pedir uma nova paz, neste
processo foram enviados três comissários de sua confiança.
Servílio recorreu ao suborno dos companheiros de Viriato que o assassinaram enquanto este dormia.
Desta forma o chefe Lusitano faleceu no ano 139 a.C. segundo algumas fontes.
A este chefe sucedeu Táutalo, mas a vontade de independência dos Lusitanos enfraqueceu de tal modo
que a sua liderança pouco durou.
Assim Lusitânia foi reconhecida pelo historiador Estrabão como:
“A mais poderosa das nações de Hispânia, a que, entre todas, por mais tempo deteve as armas
romanas.”

Ana Miguel Salvador Silva


História A
nº 15300

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