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SISTEMÁTICA VEGETAL

Aluno(a): Rayelle Silva Saldanha


Professor(a): Aline Silva Quaresma

Jaguaribe, 08 de agosto de 2019


A classificação entre os períodos de Teophrastus até
Darwin.

TEOPHRASTUS (Grécia 370 cia 370 ––285 a.C)


Historia plantarum (História das plantas), em nove livros (originalmente dez).
Esses tratados constituem a mais importante contribuição a ciência botânica de
toda a antiguidade até o renascimento.

CAIO PLÍNIO SEGUNDO (23 – 79 d.C.):Terminou de escrever Historia


naturalista , a única de suas obras que chegou até a atualidade, um tratado de
História Natural, por isto cognominado de ”O Naturalista”, onde relatou todo o
conhecimento científico até o início do cristianismo, com citação sobre 35.000
fatos úteis.

SANTO ALBERTO MAGNO (1200 – 1280 d.C.): Foi físico e químico, estudou
astronomia (astrologia), meteorologia, mineralogia, zoologia, botânica, escreveu
livros sobre tecelagem, navegação, agricultura. Produziu um sistema de
classificação que reconhecia Monocotiledôneas e Dicotiledôneas e separou as
plantas vasculares das não vasculares.

JOHN RAY (1628 – 1705): Produziu um sistema de classificação, no qual,


plantas com aspectos semelhantes foram agrupadas, conseguindo diferenciar
Monocotiledôneas de Dicotiledôneas, dando ênfase especial ao número de
cotilédones.

JOSEPH PITTON DE TOURNEFORT (1656 – 1708): Criou um sistema de


classificação baseado nas características da corola, mais acessível e menos
confuso comparado ao de John Ray. Classificou 9.000 spp, 698 gêneros e 22
classes. Sua classificação vigorou até a publicação dos trabalhos de Lineu.

Aparece na segunda metade do século XVIII e permanecem até o


surgimento do darwinismo. Os botânicos da época firmavam-se no dogma
da constância e da imutabilidade das espécies. Crescimento da Morfologia
Vegetal, novas coleções originadas dos trópicos e melhoria dos
instrumentos óticos. Grande número de plantas vivas, sementes e coleções
herborizadas. Utilizam muitos caracteres para construir grupos.
Família Jussieu: : Em 1789, em plena Revolução Francesa, publica o seu
“Genera plantarum secundum ordines” (Reconhece 100 ordens de plantas,
hoje famílias).Esse sistema era muito superior ao sistema artificial de Lineu e foi
fundamental para as classificações naturais atuais.

Primeiro Sistema Natural de classificação, reflete o parentesco entre as


espécies. Devido ao avanço dos conhecimentos sobre Anatomia e Morfologia
comparadas.

Famíília De Candolle: Na obra “Prodromus systematis naturalis regni


vegetabilis” tentou descrever todas as espécies conhecidas de plantas. Este
trabalho permanece até hoje como obra de referência mundial para muitos
grupos de plantas (58.000 espécies de Dicotiledôneas, agrupadas em 161
famílias).

CHARLES DARWIN (1809 - 1882): “A Origem das Espécies” (1859), evolução


orgânica. Seleção Natural. Desenvolvimento da Fitopaleontologia, dando
indicações diretas sobre os antepassados das plantas atuais, constituiu-se na
base mais importante da Sistemática Filogenética, ou seja, de um Sistema
Natural de Classificação.
Com as publicações de Wallace (teoria evolucionista) e Darwin (The origen of
species by meansof natural selection– 1850), finaliza o período dos sistemas
naturais de classificação.
Sistemas Filogenéticos:
ENGLER (1846 – 1930): Chaves para determinação de gêneros, amplas
diagnoses para as famílias e descrições das características mais importantes
dos gêneros. Subdivide as Angiospermas em 2 classes :Primeira edição do
Syllabus →monocotiledôneas mais primitivas e Última edição→
monocotiledôneas tratadas depois das dicotiledôneas.
CHARLES EDWIN BESSEY (1845 – 1915):
A evolução tanto pode ser uma progressão como regressão dos caracteres; A
evolução não abrange todos os órgãos ao mesmo tempo. De um modo geral
temos os caracteres mais primitivos e evoluídos, com relação ao hábito (porte);
a estrutura do vegetal e as flores, frutos e sementes.

Arthur Cronquist (1919-1992):


Utilizou caracteres anatômicos, composição química, morfologia dos órgãos
reprodutores. Devido a simplicidade na organização, tornou-se o sistema de
classificação mais didático e é utilizado até hoje.
Dividida em 2 grandes grupos:
Monocotiledôneas: Raízes fasciculada; Folhas com nervuras paralelas
;Sementes com 1 cotilédone; Flores trímeras ;Ciclo de vida curto (por causa da
raiz pequena);Crescimento Primário. Exemplos: Gramíneas, arroz, milho,
cereais, centeio, trigo, aveia, cana, palmeiras.
Dicotiledôneas: Raiz axial ou pivotante; Folhas com nervuras reticuladas; Flores
Tetrâmeras ou pentâmeras(múltiplas de 4 ou 5);Semente com 2 cotilédones
;Ciclo de vida longo; Crescimento secundário. Exemplos: leguminosas
(amendoim, feijão, soja, lentilha e ervilha), ipê, jacarandá, roseiras, paineira.

APG III:
Considera apenas grupos monofiléticos. Corroborou várias famílias e ordens
propostas anteriormente. Alterou o limite de várias famílias como:
Amaranthaceae , Urticacea e Malvaceae. Apontou pontos críticos ou
problemáticos e a necessidade de uma ampla reformulação dos sistema s de
classificação vigentes até a década de 1990. Apresentou mudanças drásticas
nos níveis mais abrangentes (subclasses, ordens).
Relações entre os grupos: caracteres estruturais moleculares. Divisão
Monocotiledôneas e Dicotiledôneas não sustentada.
Dicotiledôneas : Angiospermas basais e Magnoliideas Eudicotiledôneas
(tricolpadas).
Monocotiledôneas : Monofilia corroborada.

Sistema de classificação APG IV:


O APG IV, é a quarta versão do moderno sistema de classificação das plantas
com flor (angiospérmicas), essencialmente baseado em estudos de filogenia
molecular, desenvolvido pelo Angiosperm Phylogeny Group (APG).
Este sistema de taxonomia das plantas foi publicado em 2016, 7 anos após o
seu predecessor, o sistema APG III (de 2009), e 18 após o sistema APG original
(de 1998). Em 2009, fora publicado separadamente um arranjo linear do sistema,
agora incorporado no APG IV, com referências cruzadas para a versão de 2009.
Quando comparado com os sistema APG III, o sistema APG IV reconhece 5
novas ordens (Boraginales, Dilleniales, Icacinales, Metteniusales e Vahliales),
bem como algumas novas famílias, resultando num total de 64 ordens e 416
famílias de angiospérmicas. Em termos gerais, os autores admitem que
utilizaram uma abordagem "conservadora", apenas fazendo alterações ao
sistema APG III quando estava demonstrada uma "uma necessidade bem
fundamentada" de mudança. Esta abordagem por vezes resultou em
posicionamentos que não são imediatamente compatíveis com os resultados de
alguns estudos publicados, mas onde mais investigação é necessária antes da
classificação poder ser mudada com confiança

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