PSICOLOGIA DAS CORES

Além do efeito psicológico, as cores também causam efeitos fisiológicos, como por
exemplo: uma pessoa dentro de uma cabine vermelho fechada, tem a respiração e a
pulsação ativadas.
As cores podem sugerir uma diversidade de sensações. Se dissermos que a cor
rosa é mais clara que o vermelho, isto é puramente sensorial, mas se falarmos que o rosa
expressa doçura, intimidade, isto é psicológico.
A cor, ao ser vista, vai ao inconsciente, onde nascem as reações geradas por esta
cor. Algumas destas reações são coletivas e correspondem ao simbolismo das cores. A
seguir iremos mostrar que cada uma das cores fornece uma característica particular:

Preto – é obscuro, compacto, transmite um sentido de morte, de silêncio eternizante,

impenetrável, sem esperança e sem futuro. É desprovido de ressonância, expressa
umidade rígida, privada de todas as atividades. Quando brilhante confere nobreza.

Violeta – é triste, melancólico, cheio de dignidade, místico. Passando ao lilás, se achata,

se aclareia, e se torna mais mágico do que místico.

Cinza e neutro – não é cheio de possibilidades como o branco e nem passível como o
preto. Símbolo de indecisão, ausência de energia. Na medida que escurece dá a
sensação de medo, de monotonia e desânimo. O cinza escuro é símbolo de sujo, de
desprezível.

Vermelho – significa força, alegria de viver, virilidade, dinamismo. Dá impressão de

severidade, dignidade, benevolência, charme, é quente e enervante. O vermelho púrpura
é sereno, tradicional, rico, poderoso e encerra uma grande dignidade. Quando meio
encarnado, demonstra atividade, força, o movimento e os desejos passionais. Voltando
para o cereja, obtém um toque sensível e um pouco mais claro significa força, impulso,
energia, júbilo, triunfo. Quando escuro é grave, profundo e psíquico; quando claro é jovial,
é fantasia.

Verde – não exige nada. É calmo, não transmite alegria, tristeza ou paixão e é imóvel e
satisfeito. A adição de um ponto amarelo lhe confere uma força ativa, um aspecto
imaculado. Se o azul domina-o, torna-se sério e carregado de pensamento. Claro ou
escuro, o verde conserva suas características originais. No claro a indiferença a marca e
no escuro se sente mais a calma.

Rosa – tímida, doce e romântica. Com pouca vitalidade é a imagem material da

feminilidade e de afeição. Sugere intimidade.

Laranja – transborda mais irradiação e expansão que o vermelho. Tem característica

acolhedora, quente e íntima.

Pastel – caracteriza-se pelo adoçamento e afabilidade das cores que provêm. São a
insígnia da esfera íntima, a afeição das coisas que se acham dentro da solidão, em
silêncio.

Azul – profundo, feminino, que repousa num ambiente de calma adulta, despertando
lembranças da infância. Não exterioriza nada, calma, profunda, de dentro, gravidade
solene, supra terrestre; azul sombrio chama o homem até o infinito; o azul claro é menos
compreensível, dá a sensação de frescura higiênica, principalmente com a presença do
branco. O azul turquesa demonstra uma grande força, uma expressão de fogo, porém
interior e frio, exteriormente lembra os lagos no verão.

Branco – pureza, inacessível, incompreensível, ausência de caracteres, impressão de

vazio e de infinito, extravasa possibilidade. É como o silencio, mas não o de morte. Evoca
a ação refrescante e desinfetante, se encontrado perto do azul.

Marrom – não é vulgar, nem brutal, denota vida e o trabalho cotidiano, é a cor mais
realista, quanto mais escuro, adquire as qualidades do preto.

Na prática, usa-se muito frequentemente a composição de duas ou mais cores, e

para isso há a fusão de suas características.
Exemplo: vermelho (ativo, excitante) mais amarelo (alegre, jovial) resulta dinamismo,
expansivo, quando em superfícies iguais.

Pesquisas apontam que as pessoas tem preferência pelas cores, conforme a

classificação abaixo:
1o) Azul (maior preferência)
2o) Vermelho
3o) Verde
4o) Marrom
5o) Violeta
6o) Laranja
7o) Amarelo, preto
8o) Branco (menor preferência)

As cores preferidas são as puras em confronto com as nuances, isto é, preferem o

azul puro em vez do azul esverdeado, acinzentado, etc. Esta preferência depende ainda
dos objetos coloridos, da idade, da cultura, climas, estação, entre outros. Durante a
existência de uma pessoa, poderíamos dizer que as cores claras e vivas são para os
jovens; as saturadas e brilhantes para os adultos e as sombrias e sem vida para os
idosos.
A embalagem tem a função de atrair e vender o produto ao consumidor, por isso
ela tem que parecer como algo atrativo e interessante. Hoje em dia, as embalagens são
bastante similares um ao outro, então o trabalho com as cores desempenha um papel
fundamental na diferenciação de um produto. Uma boa embalagem é aquela que
consegue atrair a atenção o consumidor, nem que seja por apenas alguns milisegundos,
uma vez que há uma infinidade de produtos expostos nas prateleiras.
Testes feitos por empresas comprovaram que mudando-se as cores, os desenhos
de suas embalagens, conseguiram um aumento significativo nas suas vendas.